I Seminário Internacional & III Seminário de Modelos e Experiências de Avaliação de Políticas, Programas e Projetos UM NOVO OLHAR DO SERTÃO: AVALIAÇÃO PARTICIPATIVA DO PROJETO DE POLICULTURA NO SEMI-ÁRIDO Patrícia Honório Freitas Resumo Este artigo apresenta a experiência de avaliação participativa do projeto Policultura no Semiárido, desenvolvido pelo Instituto de Permacultura da Bahia, que pretende modificar a relação dos agricultores com seu ambiente, pela adoção de práticas agroecológicas e permaculturais. Trata-se de uma proposta de intervenção social cujo objetivo constituiu ser um processo de aprendizagem em gestão social para os atores participantes. A construção do processo de avaliação participativa utilizou como metodologia a pesquisa-ação integral, na qual os atores participam em todas as etapas, discutindo os objetivos, definindo as etapas do trabalho, as metodologias, analisando os dados coletados e redigindo os relatórios. As conclusões centrais do trabalho evidenciam que a experiência, enquanto processo de desenvolvimento social, representou uma quebra de limites para os sujeitos envolvidos. Conclui-se que se for construída de maneira realmente aberta, a avaliação participativa permite e estimula amplas trocas de experiências e saberes. Recomenda-se avaliar, futuramente, se a participação dos integrantes do projeto Policultura no Semiárido neste processo provocará o empoderamento dos mesmos enquanto gestores sociais. Palavras-chave: avaliação participativa, policultura, semiárido. Abstract This article presents the experience of participative evaluation of the project Policulture in Semiarid developed by the Instituto de Permacultura da Bahia, which pretends to change the relationship of the family farmers with their environment, through the adoption of agroecological and permacultural approaches. This is a proposal of a social intervention whose objective is the learning process in social management for the participating actors. For the construction of the participative evaluation process the methodology of integral research-action was used, in which the subjects participate in all the phases, discussing the process objectives, defining jointly the working plan, the methodologies, analyzing the information collected and issuing the reports. The main conclusion shows that the experience, as a social development process, represented a braking-limits for the people involved. The participative evaluation permits and stimulates the exchange of knowledge. It is recommended a future evaluation about the empowerment as social managers of the participants of the Policulture project in this process. Keywords: participative evaluation, policulture, semiarid Introdução e objetivos O presente trabalho relata a experiência de avaliação participativa do projeto Policultura no Semiárido, realizado pela ONG Instituto de Permacultura da Bahia em parceria com instituições governamentais e empresas. Tal projeto ofereceu assistência técnica agroecológica para o plantio de sistemas de policultivo, para o processamento e beneficiamento de produtos locais, para a recuperação de áreas degradadas, para a valorização e consumo de alimentos da região; além de ter propiciado a formação de jovens agentes comunitários e agricultores monitores como facilitadores do desenvolvimento de pro158 I Seminário Internacional & III Seminário de Modelos e Experiências de Avaliação de Políticas, Programas e Projetos priedades agrícolas sustentáveis. As ações desenvolvidas tinham por finalidade modificar a relação dos agricultores com seu ambiente, pela adoção de práticas agroecológicas e permaculturais que buscam a cooperação com a Natureza. Tal projeto teve início em 1999 e ampliou paulatinamente sua área de atuação, chegando a alcançar 65 comunidades rurais de quatro municípios do semiárido baiano: Umburanas, Ourolândia, Cafarnaum e Morro do Chapéu. Também ampliou o público participante de 15 famílias de agricultores, no primeiro ano, para mais de 700 durante a etapa de consolidação. Apesar destes números, de uma maneira geral seu monitoramento foi prejudicado pela ausência de indicadores preestabelecidos e pela gama de atividades que foram desdobradas ou iniciadas sem um plano de ação específico. No cotidiano dos técnicos envolvidos com as famílias de agricultores, aos poucos foram detectadas fragilidades na auto-organização das mesmas em grupos associativos, na articulação com outros parceiros e na construção autônoma de projetos coletivos, o que poderia colocar em risco a sustentabilidade das ações do projeto Policultura no Semiárido a partir do seu término, previsto para o ano de 2009. Por outro lado, durante avaliações processuais da equipe técnica, constatou-se uma gama significativa de resultados não esperados. Foi assim que surgiu a proposta de avaliar participativamente o Projeto Policultura no Semiárido - a partir de reflexões coletivas e individuais suscitadas pelo diálogo entre a praxis e algumas das teorias relacionadas com a gestão social e o desenvolvimento. Pretendeu-se que a avaliação participativa fosse um processo políticopedagógico, um processo de açãoaprendizagem por meio do qual os sujeitos participantes pudessem exercer a reflexão e propor intervenções para as transformações que fossem identificadas como necessárias na realidade do próprio Projeto. Reflexão, conforme a definição de Maturana e Varela ([1998] apud Oliveira Neta, 2009) – é um processo de conhecer como é que se conhece, um ato de se voltar sobre si mesmo. Neste sentido, o processo de avaliação participativa teve como objetivo geral fomentar um espaço de discussão reflexiva, visando a produção de sentido sobre as questões que envolvem o “Policultura no Semiárido”. Conforme demonstram as experiências de educação popular inspiradas na pedagogia freiriana, que privilegiam a aprendizagem problematizadora , a capacidade de solucionar problemas identificados em um local se adquire em processos de experimentação social (TONNEAU; SABOURIN, 2007). Foi a partir desta abordagem que a avaliação participativa do projeto pretendeu ser uma oportunidade para todos os envolvidos experimentarem, vivenciarem um processo de gestão social em busca da transformação das fragilidades em potencialidades. A decisão de realizar a avaliação participativa ocorreu durante a penúltima reunião de planejamento do projeto Policultura no Semiárido. Estavam presentes a coordenadora, técnicos, consultores, assistentes administrativos e representantes de agentes comunitários rurais e de agricultores monitores, num total de 20 pessoas dos municípios de Umburanas, Ourolândia, Cafarnaum e Morro do Chapéu, além de Salvador. É importante destacar que o processo não foi fechado para os 20 atores que participaram deste encontro. O convite deveria ser estendido aos demais agentes comunitários, monitores e aos agricultores interessados. Após concluírem que seria inviável avaliar todas as ações empreendidas pelo projeto dentro do prazo que restava até o final do mesmo (seis meses), os participantes priorizaram a avaliação de cinco atividades (formação de agricultores, formação de monitores, formação de agentes comunitários rurais, práticas agroecológicas e segurança alimentar) e, para cada uma delas estabeleceram os objetivos específicos. 159 I Seminário Internacional & III Seminário de Modelos e Experiências de Avaliação de Políticas, Programas e Projetos Foram constituídos cinco grupos – cada um ficando responsável pela avaliação de uma das atividades citadas acima. Destaca-se a heterogeneidade dos participantes do ponto de vista de escolaridade e formação profissional. Em um mesmo grupo podiam se reunir técnicos com nível de pós-graduação e agricultores com dois anos de escolaridade. Tal fato gerou um cuidado ainda maior com a comunicação dialógica, no sentido de haver respeito e valorização dos diferentes saberes. Métodos De acordo com Jara ([1998] apud ALMEIDA, 2001), “fazer pesquisa participativa diz respeito a aceitar que toda pesquisa é, essencialmente, um relacionamento comunicante, que constrói um diálogo de mútua aprendizagem e mútua confiança entre pesquisador e pesquisado. Isso significa uma parceria intelectual que é, ao mesmo tempo, descobrimento e criação, procura não apenas explicar, senão melhorar situações”. O referencial metodológico que mais se adequou à construção deste diálogo de mútua aprendizagem foi o da pesquisa-ação integral. O processo de pesquisa-ação integral (PAI) é assim definido por Morin (2004, p. 60): “A PAI é aquela que visa a uma mudança pela transformação recíproca da ação e do discurso, isto é, de uma ação individual em uma prática coletiva eficaz e incitante, e de um discurso espontâneo em um diálogo esclarecido e, até engajado. Ela requer um contrato aberto e formal (preferencialmente não estruturado), implicando em participação cooperativa e podendo levar até a cogestão.” A definição dos instrumentos utilizados para a coleta de dados é feita pelos atores envolvidos, de acordo com suas capacidades e com o contexto. De qualquer forma, trata-se de uma avaliação qualitativa, que procura enfatizar o sentido das intervenções. Por isso, os pesquisadores utilizam instrumentos pedagógicos que implicam os atores na pesquisa. Quanto à análise, optou-se pela abordagem da reflexão crítica. Durante o encontro inicial, a facilitadora do processo solicitou aos demais participantes que respondessem três perguntas: 1 – Qual (ou quais) deve(m) ser o(s) objetivo(s) da avaliação do Projeto PSA? 2 – Qual é sua expectativa ao participar deste processo? 3 – Qual é o compromisso que assume enquanto participante? A maioria dos participantes (65%) citou a necessidade de conhecer os resultados do Projeto como um dos objetivos do processo de avaliação. O objetivo de obter informações sobre as ações do Projeto foi o segundo mais citado (40%). Quase um terço dos participantes (30%) citaram como objetivo da avaliação participativa o aprendizado a respeito do processo e desta metodologia. Analisar as ações do Projeto, verificar o que deu certo, o que não deu e por quê não deu certo também foi considerado objetivo da avaliação participativa por um quarto dos participantes (25%). E 10% também consideraram que a avaliação participativa deveria ter como objetivo contribuir com o Projeto Policultura, referindo-se a garantir sua permanência ou expansão. A análise das respostas cruzada com o papel que o participante ocupa no PSA, revelou que o objetivo de “ficar informado sobre as ações” do Projeto foi mais citado por sujeitos que tiveram pouca 160 I Seminário Internacional & III Seminário de Modelos e Experiências de Avaliação de Políticas, Programas e Projetos participação nos processos de gestão e nas reuniões de planejamento, monitoramento e avaliação (um agente comunitário rural, três extensionistas que foram agentes comunitários rurais e um consultor com menos de dois anos de atuação no PSA). Quanto aos objetivos de “visualizar os resultados do Projeto” e de “aprender com o processo” de avaliação participativa foram citados tanto por pessoas que tiveram maior influência nos processos de tomada de decisão e na gestão quanto por aqueles que tiveram pouca influência na gestão. Além dos objetivos elencados, também foram listadas as expectativas individuais com a realização da avaliação participativa. Entre as mais citadas estavam a de que houvesse participação das pessoas em todas as etapas (mais citada); que a avaliação fosse sistematizada; e que os resultados da mesma fossem apresentados a todas as comunidades envolvidas no Projeto PSA. Tais resultados demonstram que os participantes tinham a percepção de que a avaliação não é somente um processo interno de aprendizagem, mas também deve ser útil para as comunidades envolvidas e a sociedade em geral. Como havia um tempo previsto de seis meses para o término das ações do Projeto, as ações foram planejadas para serem concluídas até o final deste período. A primeira etapa foi a construção do plano geral da avaliação com seu cronograma. Em seguida, foram elaborados os planos de ação para cada uma das atividades a serem avaliadas. Após a construção dos planos de ação, cada grupo definiu a metodologia e o instrumento de coleta que considerou mais adequados para o tema que investigaria, levando em consideração sua própria experiência com pesquisa, as pessoas que seriam envolvidas, bem como o contexto onde se daria a coleta de dados. Após a coleta dos dados, cada grupo fez um relatório parcial de análise, que foi entregue aos demais e discutido posteriormente, durante o último encontro. A análise final foi realizada por um grupo menor, constituído por pessoas que tinham maior disponibilidade e interesse. Resultados e discussão Cada grupo alcançou resultados diferentes e vivenciou o processo de maneira singular. Percebeuse maior facilidade naqueles formados por profissionais que vivem no mesmo município, já que os encontros foram presenciais e as tarefas eram realizadas coletivamente. Nos grupos formados por pessoas de diferentes municípios, os encontros foram mais “virtuais”, por troca de mensagens eletrônicas ou por telefone. Isto parece ter dificultado mais, principalmente a troca de opiniões sobre a forma de realizar as tarefas e o compartilhamento das dúvidas, inquietações e descobertas. Alguns dos depoimentos deixam claro as diferentes experiências: “A gente acabou fazendo duas vezes o questionário porque da primeira vez a gente percebeu que tinha umas perguntas que não estavam muito claras. Nos reunimos umas quatro vezes, nos organizamos bem e colocamos no cronograma para fazer tudo com calma. Foi tranquilo. Acabei fazendo uma revisão das práticas junto com os agricultores que entrevistei. Não encontramos muitos dados nos relatórios que estavam no computador”. (J. A. A., participante do grupo de avaliação das “Práticas Agroecológicas do PSA) “Gostei muito de usar o gravador. Dá trabalho transcrever as fitas, mas a gente aprende mais, pois tem mais tempo de refletir sobre as falas das pessoas. Foi importante para mim, porque eu entendi como foi todo o processo de construção da formação 161 I Seminário Internacional & III Seminário de Modelos e Experiências de Avaliação de Políticas, Programas e Projetos dos monitores. Dificilmente eles falam das práticas agroecológicas que aprenderam. Falam muito mais do aprendizado da convivência, da relação com o grupo.” (A. R., participante dos grupos de avaliação da Formação dos Monitores e da Formação de ACRs) “O que eu pude perceber é que o trabalho [do projeto PSA] teve várias etapas. Cada equipe que vinha trazia também uma mudança dentro do projeto. E a gente vê a importância deste grupo todo. Refletir sobre o passado faz a gente renascer e ser novo outra vez. Pessoas que eu achava que estavam parando disseram que estão dando continuidade e estava todo mundo consciente” (L. S., participante dos grupos de avaliação da Formação dos Monitores e da Segurança Alimentar) “As pessoas entrevistadas estão interessadas em saber o resultado desta avaliação. Com as perguntas orientadoras elas ficam com uma visão mais crítica. Deu para ver que da mesma forma que a gente avalia o nosso trabalho eles também querem avaliar o deles.” (A. G., participante do grupo de Segurança Alimentar) A análise participativa é um dos processos mais difíceis da avaliação, pois requer um amadurecimento individual e também de grupo. Os processos reflexivos geram aprendizagens e, muitas vezes, críticas aos métodos e posturas adotados pelos profissionais e pessoas envolvidas nas ações avaliadas. Por isso, neste momento, é preciso ter ainda mais segurança e confiança nos parceiros para que o diálogo verdadeiro e sincero ocorra sempre com amorosidade, como lembrava Paulo Freire. No encontro realizado para discussão dos dados analisados por cada subgrupo, os participantes confessaram suas dificuldades em perceber o processo integradamente, perceber cada ação avaliada relacionando-se com as demais. Não seria mais fácil analisar somente os resultados obtidos em cada ação ou processo avaliado, perguntava-se? Há questionamentos que ficaram sem resposta, mas levantaram dúvidas e provocaram incertezas a respeito das verdades conhecidas, o que é o primeiro caminho para a aprendizagem. Nas lições aprendidas pelos atores foi possível verificar que alguns resultados esperados inicialmente foram alcançados: “Não tenho dúvida da importância desse documento e do trabalho em si, pois, quando perguntamos, estamos levando a pessoa a refletir para dar uma resposta, eles voltam no tempo e assim o aprendizado se multiplica para a própria pessoa e para aqueles que a escutam. Por meio dessa avaliação podemos rever o que fizemos e o que deixamos de fazer, o que podemos melhorar no futuro e não somente a equipe enriquece, mas os próprios entrevistados.” (N. X., agente administrativa) “Foi para mim um processo muito complicado. Confesso que tive muitas dificuldades, mas foi também uma experiência muito rica que significa demais para minha vida, tanto pessoal quanto profissional. Foi quando eu enxerguei o quanto é importante avaliar as coisas. O processo de avaliação é uma forma de ver o que deu errado, o que deu certo, o que poderia ter sido diferente e isso é muito bom, porque nos possibilita fazer diferente nas próximas vezes.” (C. N., extensionista e ex-agente comunitária) 162 I Seminário Internacional & III Seminário de Modelos e Experiências de Avaliação de Políticas, Programas e Projetos “Esta foi uma experiência muito rica pra mim, pois aprendi diversas coisas que poderei utilizar em outros momentos no decorrer do meu trabalho, sobretudo por ter utilizado as ferramentas necessárias para a coleta dos dados para a avaliação. (...) Além disso, a própria discussão que aconteceu em cada um dos grupos foi importante para que houvesse uma aprendizagem que pra mim foi e está sendo muito importante.” (A. R., coordenadora dos agentes comunitários de 3 municípios) “Quando nos foi apresentada, imaginava a avaliação participativa não tão participativa como se revelou. Pensava que o condutor ou os condutores do processo se restringiriam a uma, duas ou três pessoas, que consultariam, de forma participativa, um grande número de pessoas, utilizando metodologias democráticas para todos se colocarem da forma mais horizontal possível. Entretanto, os líderes e definidores do processo de investigação não foram um, dois ou três. Fomos cerca de 18 pessoas, representando os diversos grupos atuantes e participantes do Projeto Policultura no Semi-Árido. Aprendi que, ao darmos asas a pessoas que não estão acostumadas com certo tema, podemos nos surpreender de forma muito positiva.” (A. G., consultor de associativismo) Considerações finais O processo de avaliação participativa, enquanto processo de desenvolvimento social, representou uma quebra de limites para os sujeitos envolvidos. Agricultores se revelaram pesquisadores sensíveis, jovens agentes comunitários desenvolveram sua capacidade analítica, técnicos descobriram uma nova forma de se comunicar com os agricultores, profissionais com formação acadêmica se viram diante de um modelo diferente de planejamento e gestão. A princípio, considera-se que a proposta foi bem sucedida por ter sido aceita, apropriada pelo grupo e ser reconhecida por ter sido desenvolvida de maneira participativa. Todos os depoimentos citam o aprendizado com o processo de avaliação participativa como muito importante para o próprio desenvolvimento profissional. Vários profissionais também mencionam que aprenderam mais sobre algumas ações do Projeto, quais sejam: o processo de formação de monitores, as metodologias utilizadas na formação dos agricultores, a forma como vêm sendo utilizadas ou não algumas das práticas agroecológicas enfocadas etc. Houve depoimentos que relatam como os entrevistados, principalmente os agricultores entrevistados, também aprenderam com esta avaliação. Este é um resultado que demonstra que um processo participativo não limita a aprendizagem àqueles que o elaboram e executam; ao contrário, se for construído de maneira aberta, permite e estimula amplas trocas de experiências e saberes. Finalmente, relatos de alguns dos participantes citam que o processo lhes fez repensar a própria prática, perceber o que poderiam fazer diferente, como poderão modificar algumas ações no futuro, demonstrando que a transformação já está ocorrendo. No entanto, ainda é cedo para avaliar se a participação dos integrantes do projeto Policultura no Semi-árido neste processo provocará o empoderamento dos mesmos enquanto gestores sociais e contribuirá para que eles se tornem coautores de projetos de desenvolvimento no Semi-árido, seja no âmbito local ou territorial. Tal avaliação poderá ser tema de um estudo futuro. 163 I Seminário Internacional & III Seminário de Modelos e Experiências de Avaliação de Políticas, Programas e Projetos Referências ALMEIDA, D. G. A Construção de sistemas agroflorestais a partir do saber ecológico local: O caso dos agricultores familiares que trabalham com Agrofloresta em Pernambuco. Dissertação (Mestrado em Agroecossistemas). Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis: 2001. FREITAS, P. H. Um novo olhar do sertão: avaliação participativa do projeto Policultura no Semiárido. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento e Gestão Social). Universidade Federal da Bahia. Salvador: 2009. MORIN, A. 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