Pergunta: Fórmulas com imuno-moduladores devem ser utilizadas em pacientes com Trauma grave? Question: Should immune-modulation formulas be used routinely to improve outcomes in a patient with severe trauma? Nós sugerimos que fórmulas imuno-moduladoras contendo arginina ou óleo de peixe sejam consideradas em pacientes com Trauma grave. We suggest that immune-modulating formulations containing arginine and FO be considered in patients with severe Trauma Argumento: O uso metabólico de fórmulas com imuno-moduladores contêm nutrientes como o EPA, DHA, glutamina, arginina e ácidos nucleicos tem sido estudado extensivamente em pacientes pos-cirurgicos. Enquanto muitas linhas de pesquisa apoiam o uso em casos de Trauma, existe ainda uma falta de documentação. O nível ideal e combinação desses agentes ainda precisa ser determinado. Rationale: The use of metabolic and immune-modulating formulations containing nutrients such as EPA, DHA, glutamine, arginine, and nucleic acids has been studied extensively in surgical populations. While several lines of evidence support use in trauma settings theoretically, documentation of outcome benefit is lacking. In a metaanalysis of 8 RCTS involving 372 trauma patients, use of immunemodulating formulas showed no difference in outcome with regard to infections, hospital LOS, or mortality compared to controls receiving standard enteral formulas (374). The optimal level and combination of these agents has yet to be determined. Pergunta: Devem ser utilizadas formulas com imuno-moduladores em pacientes com traumatismo craniano? Question: Should immune-modulating formulas be used in a patient with TBI? Based on expert consensus, we suggest the use of either arginine-containing immune-modulating formulations or EPA/DHA supplement with standard enteral formula in patients with TBI. Com base no consenso dos experts, nós sugerimos o uso de fórmulas que contenham ou arginina ou EPA/DHA e a suplementação de fórmulas padrão com esses elementos para pacientes com traumatismo craniano. Rationale: Only one small trial in adults (40 patients) compared the use of immune-modulating formulations (containing arginine, glutamine, prebiotic fiber, and omega3 fatty acids) with standard enteral formulations in TBI patients and demonstrated decreased infections (379). The use of EPA and DHA in the neurologically injured population has recently gained significant attention in accelerating recovery after TBI, and future studies may provide further support for this strategy (380). Argumento: Uma amostra de adultos (40 pacientes) utilizando fórmulas com imuno-moduladores (contendo arginina, glutamina, fibra e ômega 3) foi comparada com outros pacientes que utilizavam fórmulas padrão (standard) e detectou-se nos pacientes utilizando os imuno-moduladores uma diminuição nas infecções. O uso do EPA e DHA em pacientes neurologicamente comprometidos vem ganhando atenção da comunidade médica por sua rápida recuperação após o traumatismo craniano, e futuros estudos podem comprovar mais evidência para apoiar esta estratégia. 1|2 Question: Is there any advantage to providing immune or metabolic-modulating enteral formulations (arginine with other agents, including EPA, DHA, glutamine, and nucleic acid) in sepsis? Pergunta: Existe alguma vantage em se oferecer dietas enterais com imuno-moduladores (arginina e outros agentes – Epa, DHA, glutamine, ácido nucleico) para o paciente com SEPSE? We suggest that immune-modulating formulas not be used routinely in patients with severe sepsis. Nós sugerimos que dietas com imuno-moduladores não sejam utilizadas ROTINEIRAMENTE em pacientes com SEPSE GRAVE. Rationale: Theoretically, use of arginine may pose a threat to the septic critically ill patient who is hemodynamically unstable by upregulating inducible nitric oxide synthase enzyme activity, increasing nitric oxide production, and causing greater hemodynamic instability and organ dysfunction (418). Several clinical trials in which arginine was supplied to septic patients reported no such adverse events (419). In fact, arginine may provide benefit in sepsis by promoting perfusion of tissues and increasing cardiac output. In a multicenter RCT of 176 septic patients given a formula containing FO, arginine and nucleic acids, mortality (17 of 89 vs 28 of 87; p < 0.5), incidence of bacteremia (7 of 89 vs 19 of 87; p = 0.01) and incidence of nosocomial infection (5 of 89 vs 17 of 87; p = 0.01) were all reduced in the study group compared to the controls (171). The outcome benefits, though, were seen only in patients with moderate degree of critical illness (APACHE II scores 10–15), which limits the broader application of these results to all patients with sepsis. In a small RCT of 55 septic patients, Beale reported faster recovery in organ function as assessed by the Sequential Organ Failure Assessment, with use of an enteral formulation of glutamine, antioxidants, trace elements and butyrate (but no arginine) compared to use of a standard enteral formula (160). Similarly, an RCT of septic patients without organ dysfunction found that, when given early, prior to severe sepsis, an immune-enhancing enteral formula with omega-3 fatty acids, gamma-linolenic acid (GLA), and antioxidants reduced the development of organ dysfunctions, although it did not improve mortality or LOS (420). However, more recent RCTs comparing immunemodulating formulas with standard EN, of which a significant proportion of patients were septic, failed to show clear benefit in a MICU setting (see section E2). Argumento: Teoricamente, o uso de arginina pode parecer uma ameaça ao paciente que apresente SEPSE que esteja hemodinamicamente instável por sua possibilidade de auto-inflação na produção do óxido nítrico, o que pode vir a causar maior instabilidade hemodinâmica e disfunção nos órgãos. Muitos testes em que a arginina era administrada para pacientes com SEPSE não reportaram esses eventos adversos. De fato, a arginina pode causar benefícios na SEPSE pelo motivo de permitir a profusão de tecidos e melhorar o resultado cardíaco. Em amostras específicas com pacientes (ver quadro ao lado) notou-se que pacientes que utilizavam fórmulas com arginina apresentaram redução de mortalidade e infecção hospitalar. A melhora entretanto foi observada principalmente em pacientes que apresentavam um grau moderado de SEPSE (APACHE II – até 15), o que limita a aplicação desse tipo de fórmula a outros pacientes mais graves. Num estudo realizado com pacientes com SEPSE que utilizavam fórmulas com arginina, todos apresentaram recuperação no funcionamento orgânico. Similarmente, quando administrada para pacientes com grau médio de SEPSE, uma fórmula enteral com imuno-moduladores (arginina, ômega 3, etc) leva à melhora das disfunções orgânicas. 2|2