ANEXO I LISTA DAS DENOMINAÇÕES, FORMAS FARMACÊUTICAS, CONCENTRAÇÕES DOS MEDICAMENTOS, VIAS DE ADMINISTRAÇÃO, REQUERENTES, TITULARES DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO NOS ESTADOS-MEMBROS 1 Estado-Membro Dinamarca Titular da Autorização de Introdução no Mercado ratiopharm GmbH Graf-Arco-Str. 3 89079 Ulm Alemanha Requerente Nome de fantasia Dosagem Forma farmacêutica Via de administração Mefecomb 50 mg/5 mg 50/5 mg Comprimido de libertação prolongada oral Alemanha ratiopharm GmbH Graf-Arco-Str. 3 89079 Ulm Alemanha Metoprololtartrat/Felodipin- 50/5 mg ratiopharm 50 mg/5 mg Retardtabletten Comprimido de libertação prolongada oral Finlândia ratiopharm GmbH Graf-Arco-Str. 3 89079 Ulm Alemanha Mefecomb 50 mg/5 mg depottabletti 50/5 mg Comprimido de libertação prolongada oral Luxemburgo ratiopharm GmbH Graf-Arco-Str. 3 89079 Ulm Alemanha Felodipin/Metoprololtartrat- 50/5 mg ratiopharm 50 mg/5 mg Retardtabletten Comprimido de libertação prolongada oral 2 ANEXO II CONCLUSÕES CIENTÍFICAS E FUNDAMENTOS PARA A SUSPENSÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO E RECUSA DA CONCESSÃO DA(S) AUTORIZAÇÃO(ÕES) DE INTRODUÇÃO NO MERCADO 3 CONCLUSÕES CIENTÍFICAS RESUMO DA AVALIAÇÃO CIENTÍFICA DE Mefecomb e denominações associadas (ver Anexo I) Nos termos da norma orientadora CPMP/EWP/QWP/1401/98 (Note of Guidance on the Investigation of Bioavailability and Bioequivalence), não foram realizados estudos de bioequivalência com o propósito de demonstrar uma similitude essencial entre o medicamento do pedido e Mobloc/Logimax enquanto medicamento de referência. Mais especificamente, não foi apresentado qualquer estudo de bioequivalência farmacocinética. O requerente apresentou dados apenas referentes a uma equivalência farmacodinâmica (FD), tendo comparado o medicamento de teste com o medicamento de referência da combinação de dose fixa (CDF). Este foi um estudo de FD constituído por um centro único, em dupla ocultação, aleatorizado, controlado por placebo e cruzado, em 72 doentes com hipertensão arterial estável ligeira a moderada. O critério de eficácia principal foi a medição da pressão arterial em ambulatório (MPAA) ao longo de 24 horas. O estudo foi iniciado com um período introdutório de quatro semanas com placebo. Um total de 63 doentes (40 homens, 23 mulheres, média de idades: 51,1 ± 10,2 anos, 173,5 ± 9,4 cm em termos de altura, 26,85 ± 3,09 de índice de massa corporal) completaram a fase introdutória, tendo sido aleatorizados para o tratamento. O estudo foi realizado ao longo de três períodos de tratamento de quatro semanas, no decorrer dos quais os doentes foram distribuídos aleatoriamente para receber combinações fixas de metoprolol e felodipina (teste/referência) e/ou placebo numa concepção de quadrado latino. Todos os doentes receberam dois comprimidos diários para ingestão oral durante os períodos do estudo (teste/placebo, referência/placebo e placebo/placebo). O estudo teve por objectivo primário comparar a eficácia clínica do medicamento sob avaliação com o medicamento de referência em indivíduos com hipertensão arterial ligeira a moderada. Segundo a hipótese primária, o tratamento de teste seria equivalente ao tratamento de referência na redução da PAD média ao longo de 24 h e ao longo de 18 24 h pós-administração. A equivalência terapêutica seria considerada demonstrada desde que o intervalo de confiança bilateral de 90% se situasse na totalidade no âmbito do intervalo de aceitação de ±5 mmHg e desde que ambos os tratamentos activos demonstrassem ser significativamente superiores ao placebo na redução da PAD média. O parâmetro de eficácia primário foi a PAD média ao longo de 24 horas após a ingestão da medicação do estudo e ao longo de 18 - 24h pós-administração dentro de cada grupo de tratamento. A PAD média de dia e a pressão arterial sistólica (PAS) média de dia, média de noite e média ao longo de um período de 24 horas foram avaliadas enquanto parâmetros de eficácia secundários. Utilizou-se um braço com placebo para propósitos de validação neste estudo cruzado empregando as medições da MPAA no final de cada um dos períodos de tratamento de quatro semanas. As reduções médias da PAD (0-24h) foram de 9,0 mmHg após o tratamento de referência e de 8,3 mmHg após o tratamento de teste, em comparação com um aumento de -0,7 mmHg após o tratamento com placebo. A diferença após ambos os tratamentos activos foi estatisticamente significativa versus placebo (p<0,0001). Não se observaram diferenças estatisticamente significativas entre o medicamento de teste e o medicamento de referência (p=0,38). O intervalo de confiança de 90% foi incluído na totalidade no intervalo de ± 5 mmHg (IC: -2,07 a 0,64). Foram obtidos resultados correspondentes para a PAD de noite (IC: -2,43 a 0,72). Principalmente devido à sua concepção, o estudo foi considerado inadequado para o fornecimento de um número suficiente de provas que demonstrasse que a segurança e a eficácia eram equivalentes às do medicamento de referência. Apesar de as notas de orientação CPMP/EWP/QWP/1401/98 (Note for Guidance on the Investigation of Bioavailability and Bioequivalence) e CPMP/EWP/280/96 (Note for Guidance on Modified Release Oral and Transdermal Dosage Forms) permitirem a realização de estudos alternativos para demonstração da equivalência terapêutica, tais estudos têm de ser adequadamente concebidos e realizados de modo a permitir a constatação da equivalência terapêutica. O ensaio apresentado sobre equivalência terapêutica não foi considerado adequado com base nos seguintes pontos: (1) Intervalos de aceitação: Com a CDF, é possível que até mesmo as diferenças maiores em termos de biodisponibilidade dos componentes individuais não tenham sido detectadas com o estudo de FD apresentado. Não se procedeu à especificação prévia de um plano aceitável de análise estatística, incluindo intervalos de aceitação para os parâmetros de avaliação final secundários. 4 (2) (3) A norma orientadora CPMP/EWP/238/95 2.ª rev. (Note for Guidance on the clinical investigation of medicinal products in the treatment of hypertension) apresenta o exemplo de 2 mmHg para um efeito clinicamente relevante na PAD. Não se excluiu uma diferença superior a 2 mmHg entre o medicamento de teste e o medicamento de referência no caso da PA 24h, PA de dia (0-18h) e PA de noite (18 – 24 h) nem para cada um dos intervalos posológicos de 6h (0-6h, 6-12h, 12-18h, 18-24h). Dada a inexistência de intervalos de aceitação predefinidos aceitáveis e justificados, os valores fornecidos na norma orientadora são encarados como uma indicação importante. Não se excluiu uma diferença clinicamente relevante, tal como definida pela norma orientadora do CPMP, para nenhum dos parâmetros. Sensibilidade do ensaio: Mesmo diferenças grandes em termos de biodisponibilidade entre dois medicamentos de CDF podem não resultar em diferenças grandes em termos de efeitos de redução da PA. Numa combinação fixa, apesar das diferenças FC relevantes entre os dois medicamentos, a biodisponibilidade mais alta de um componente e a biodisponibilidade mais baixa do outro podem levar ao mesmo efeito líquido nos valores da PA ao longo de 24 h. Não existe uma relação linear clara entre os níveis plasmáticos e a redução da PAD ou PAS na combinação fixa, inclusive no caso de uma FC linear. Mesmo diferenças grandes em termos de biodisponibilidade entre dois medicamentos de CDF podem não resultar em diferenças grandes em termos de efeitos de redução da PA. É, provavelmente, muito mais fácil detectar a nãobioequivalência com um estudo de FC utilizando limites geralmente aceites para intervalos de confiança, do que quando se utilizam medições da PA. Dado não ser possível excluir nem mesmo as grandes diferenças em termos de biodisponibilidade com base apenas nas medições da PA, a equivalência ao nível da segurança entre o medicamento de teste e o medicamento de referência não foi demonstrada. A relação concentração-resposta para um fármaco antihipertensor em monoterapia e em combinação é diferente. Considerando os diferentes parâmetros primários e secundários (PA média ao longo de 24h, PA de noite, etc.), o estudo de FD apresentado não foi capaz de excluir uma diferença de 2 – 3 mmHg em termos de eficácia entre as duas formulações. No contexto desta CDF, a sensibilidade de um estudo em que se compararam os efeitos de redução da PA parece ser consideravelmente mais baixa do que a sensibilidade de um estudo de FC clássico. Considerando a sensibilidade mais baixa do estudo de FD, não foi possível presumir a bioequivalência para a segurança. Duração do tratamento: O CHMP acordou que o período de 4 semanas era suficiente para se alcançar um efeito máximo no estudo de FD. O estudo não foi considerado suficiente para demonstrar a bioequivalência com o medicamento de referência. Na medida em que os dados de segurança e eficácia a longo prazo do medicamento de referência não são transferíveis, o estudo apresentado não foi suficiente para, por si só, demonstrar a segurança e eficácia a longo prazo de acordo com a norma orientadora CPMP/EWP/238/95 2.ª rev. (Note for guidance on the clinical investigation of medicinal products in the treatment of hypertension). Concluindo, basicamente devido à sua concepção, o estudo foi considerado inadequado para fornecer provas suficientes da equivalência da segurança e eficácia, em comparação com o medicamento de referência. As questões principais (sensibilidade do ensaio, intervalos de aceitação e duração do tratamento) não foram resolvidas. Com base nos dados apresentados, segundo o parecer do CHMP, não foi possível demonstrar a segurança e eficácia equivalentes da CDF proposta contendo Tartarato de metoprolol 50 mg/Felodipina 5 mg, comprimidos de libertação prolongada, em comparação com o medicamento de referência. Os dados fornecidos não foram suficientes para demonstrar uma relação benefício-risco positiva. 5 FUNDAMENTOS PARA RECUSA E SUSPENSÃO Considerando que • • Nos termos da alínea b do n.º 2 do artigo 10.º da Directiva 2001/83/CE, conforme alterada, um medicamento genérico designa “um medicamento que apresenta a mesma composição qualitativa e quantitativa em termos de substâncias activas e a mesma forma farmacêutica que o medicamento de referência e cuja bioequivalência com o medicamento de referência foi demonstrada por estudos de biodisponibilidade adequados”. O CHMP considerou que o estudo de biodisponibilidade não demonstrou a existência de bioequivalência entre Mefecomb e denominações associadas e o medicamento de referência. O CHMP recomendou a recusa da concessão da Autorização de Introdução no Mercado e a suspensão da Autorização de Introdução no Mercado para Mefecomb e denominações associadas, quando aplicável, sujeita à seguinte condição: • a bioequivalência com o medicamento de referência é demonstrada por meio de um estudo de bioequivalência adequado e os resultados de tal estudo são apresentados à autoridade nacional competente relevante para uma avaliação adicional. 6 ANEXO III CONDIÇÃO PARA O LEVANTAMENTO DA SUSPENSÃO 7 CONDIÇÃO PARA O LEVANTAMENTO DA SUSPENSÃO A bioequivalência com o medicamento de referência tem de ser demonstrada por meio de um estudo de bioequivalência adequado e os resultados de tal estudo têm de ser apresentados à autoridade nacional competente relevante para uma avaliação adicional. 8