Apresentação do PowerPoint

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10 SEMINÁRIO REGIONAL SOBRE
LEISHMANIOSE VISCERAL
FLORIANÓPOLIS-SC
Diagnostico da leishmaniose
visceral humana
José Angelo Lauletta Lindoso
Instituto de Infectologia Emílio Ribas-SES-SP
Laboratório de Soroepidemiologia-LIM38 HC-FMUSP
Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo
90% dos casos: Brasil, Etiopia, Nepal, Índia, Sudão e Bangladesh
Urbanização da LV no Brasil
Harhay et al. Trends in
Parasitology 2011
Distribuição de municípios do Estado de São Paulo segundo classificação epidemiológica para leishmaniose
visceral americana. Dezembro/2012.
Classificação dos municípios quanto a área de transmissão de
LVA, ESP, 2010 a 2012
Sem transmissão
Esporádica
Moderada
Intensa
Situação geográfica, magnitude e transcendência
Mundo
Américas
Brasil
76 países com casos registrados
11 países com casos registrados
5 Regiões e 21 Unidades Federadas
com casos registrados
Países prioritários: Índia,
Bangladesh, Sudão,
Sul de Sudão, Brasil e Etiópia
Países prioritários: Brasil, Paraguai,
Argentina e Colômbia
Regiões prioritárias: Nordeste,
Norte e Sudeste
Casos esporádicos: Nicarágua,
Venezuela, Honduras, Costa Rica, Bolívia
Média casos/ano: 0,2 a 0,4
milhões
Média de casos registrados ao ano: 3.500
Estimativa de casos: 4.500-6.800
casos/ano (Alvar, 2012)
20.000 a 40.000 mortes/ano
Letalidade: 7%
Média de casos registrados ao ano:
3.383
Estimativa de casos: 4200-6300
casos/ano (Alvar, 2012)
Letalidade: 6,9%
Leishmaniose Visceral
DOENÇA MULTIFATORIAL
Agente
Etiológico
Vetor
Reservatório
Hospedeiro
susceptível
Alterações Geográficas
Fatores
físicos
humanos ou sociais
biológicos
Imunopatogenia das Leishmanioses
Interação
Parasito Intracelular
Resposta imunológica celular e
humoral do hospedeiro
Espectro clínico da doença
FATORES DETERMINANTES DA INFECÇÃO
PARASITA
 TAMANHO DO INÓCULO
 FASE DE METACICLOGÊNESE
Fase de Metaciclogênese (crescimento lento)
0
5 dias
METACICLOGÊNESE
VETOR
 Maturação
Expressão de moléculas na sua superfície LPG
GP63
 SUBSTÂNCIAS NA SALIVA
HOSPEDEIRO
 MAXADILAN
 FATOR GENÉTICO
 FATORES IMUNES R. Inata
R. Adquirida
Leishmaniose
Vetor
Pele
Hospedeiro
Órgãos
Diferenciação
Macrófago
Progressão
da doença
Promastigotas.........Amastigotas
Infecção
PMN
Inespecífica
Eo
IGF-I
oxLDL
complemento
Mf
GM-CSF
TGFb
TNFa
IL-10
NK
IL-12
IFNg
IFNg
IFNg
IL-2
TNFa
IL-3
CD8+
IL-10
IL-4
CD4+ TH1
CD4+ TH2
Específica
Aspectos imunopatogênicos da leishmaniose visceral
Órgãos alvo 1
Infecção de células do sistema
reticulo endotelial
2
Linfonodos
Fígado
Medula
óssea
3
Comprometimento da medula óssea e
desvio na produção de outros tipos celulares
4
Baço
Hemácias
7
Triade clássica
Febre
Emagrecimento
Hepatoesplenomegalia
5
Monócitos
Diminuição na produção
dos progenitores dos
linfócitos T
Plaquetas
Neutrófilos
Alterações
laboratoriais:
Anemia
 Plaquetopenia
Neutropenia
 Linfopenia
6
Comprometimento do sistema imune
1
2
Ativação imune
sistêmica
Imunossupressão
específica a antígenos de
Leishmania
4
Deficiência da imunidade
efetora
3
Ativação policlonal células B
Hipergamaglobulinemia
Ativação policlonal células T
5
Teste de Montenegro negativo
Elevados níveis de
citocinas inflamatórias
Diminuição de linfócitos T
6
7
Reversíveis após o
tratamento
7
Síndrome inflamatória
sistêmica
Leishmaniose Visceral
Assintomática
Oligossintomática
Clássica
Sorologia
+
++
++++
Teste de Montenegro
+
+ ou -
-
Hepatoesplenomegalia
Ausente
Discreta
Volumosa
FORMAS CLÍNICAS DA LEISHMANIOSE VISCERAL
Clássica: 5 a 10% dos
infectados por L.chagasi
Subclínica ou Oligossintomática:
sintomatologia leve. Facilmente
confundidas com processos
infecciosos de diversas
etiologias. Progressão para a
cura ou para a LV clássica.
Assintomática: infectados
sem evidência clínica.
(Badaró et al, 1986)
AI: asymptomatic infection=LST+/++++ and IFAT−
SRI: subclinical resistant infection= LST+/++ and IFAT+/++
III: indeterminate initial infection=LST−and IFAT+/++
SI: symptomatic infection=LST− and IFAT+++/++++
SOI: subclinical oligosymptomatic infection=LST− and IFAT+++/++++
Crescente et al, AJTMH, 103, 2009
Perfil Clínico de LV
Silveira et al
SINAIS E SINTOMAS
SINAIS E SINTOMAS
FEBRE
ESPLENOMEGALIA
HEPATOMEGALIA
LINFOADENOPATIA
DIARRÉIA
PALIDEZ
ADINAMIA
EPISTAXES
PETÉQUIAS
ICTERÍCIA
FREQUENCIA
98-100%
98-100%
90-100%
30-50%
15-35%
35-70%
80-100%
15-30%
20%
5%
Diagnóstico Laboratorial
• Exames Inespecíficos:
• Hemograma
• Leucopenia
• Anemia
• Plaquetopenia
• Eletroforese de proteínas
• Hipergamaglobulinemia
• Inversão da relação albumina/proteína
Diagnóstico Laboratorial
• Sorológico:
• Elisa
• IFI
• Western blot
• Parasitológico
• Pesquisa direta
• Cultura: Meio NNN
• Inoculação em hamster
• Molecular
• PCR
Diagnóstico da Leishmaniose Visceral
• Critérios clínicos
• Manifestações clínicas
• Laboratoriais
• Sorologia
• IFI e ELISA
• Pesquisa e cultura
• Testes imunocromatográficos
• rK 39
Diagnóstico de laboratório
Exames específicos
• Métodos diagnósticos disponíveis :
- Métodos diretos: Exame parasitológico, cultura e PCR
- Métodos indiretos: Teste Imunocromatográfico (Teste
rápido), Imunofluorescência indireta (IFI) e ELISA
Diagnóstico de laboratório
Métodos diretos
Permitem a visualização do parasito na amostra obtida do paciente e incluem:
• A visualização de amastigotas no esfregaço de material
obtido a partir de punção aspirativa.
Foto: Costa, JML, CPq GM-Fiocruz, Brasil
• A visualização de promastigotas em
cultivos de material obtido na punção
aspirativa
Foto: Costa, JML, CPq GM-Fiocruz, Brasil
• A detecção de material genético (ADN o ARN) do parasito por meio de técnicas como a
Reação em Cadeia de Polimerase (PCR).
Foto: Braz, LM, IMT-USP-SP, Brasil
Métodos diretos
Técnica: Punção aspirativa
•
Procedimento invasivo
•
Necessita de instalações adequadas e apoio para a realização de possíveis transfusão e
cirurgia, se houver complicações relacionadas ao procedimento;
•
Requer habilidade e conhecimento técnico específico do médico
•
Sensibilidade variável, quando utilizado o exame parasitológico direto:
•
aspirado de baço: 93% a 99%
•
aspirado de medula óssea: 53% a 86%
•
aspirado de gânglio linfático: 53% a 65%
ATENÇÃO: A cultura de Leishmania aumenta a sensibilidade do diagnóstico direto
http://youtu.be/XwaiUBudFj4
Métodos diretos
• A sensibilidade dos métodos diretos é variável e depende:
• da experiência do analista e o tempo utilizado para a leitura da lâmina
•da técnica utilizada para punção aspirativa e processamento da amostra
•da condição imunológica do paciente
• Tempo de resultado do diagnóstico
•
A realização do exame parasitológico direto é rápido e de amplo uso
DEMONSTRAÇÃO DO PARASITO ATRAVÉS DE EXAME DIRETO DE
AMOSTRAS DE MEDULA ÓSSEA.
Solução fisiológica (salina), estéril e
gentamicina
Inoculação em animais
Diagnóstico molecular
• Gênero específico
• kDNA
• Espécie específico
• mannose phosphate isomerase gene (MPI)
• Distingue braziliensis, peruviana e guyanensis
• cysteine proteinase B: PCR-RFLP
• brazisliensis e não braziliensis
• Gp 63: PCR-RFLP
• G6PD
• Hsp 70: PCR-RFLP
Métodos diretos
•
Tempo de resultado do diagnóstico:
•
o PCR é rápido, com elevada sensibilidade e de acordo com os iniciadores usados,
apresenta também elevada especificidade. É mais oneroso e requer uma estrutura
laboratorial mais complexa.
Foto: Martins, T. IMT-USP-SP
Foto: Braz, LM. IMTUSP-SP
•
o cultivo requer pelo menos 30 dias para obter o resultado
Foto: Kanashiro, EY. e
Martins, T. IMT-USP-SP
Métodos indiretos
• Se baseiam na detecção de anticorpos específicos contra Leishmania.
• As técnicas disponíveis são:
• imunocromatografia - teste rápido – rK 39
• imunofluorescência indireta (IFI)  valores ≥ 1:80
• ELISA (EIE)
• Imunocromatografia (teste rápido):
• detecta anticorpos contra o antígeno rK39
• é fácil de realizar, rápido e econômico
• recomendado para diagnóstico precoce devendo estar disponível em todos os níveis
de atenção
• sensibilidade: 84,7% (79,7 – 88,7%) e 92,0% (87,8 – 94,8%)
• especificidade: 96,8% (93,9 – 98,4%) e 95,6% (92,2 – 97,5%)
•O teste rápido está validado para uso em soro.
http://youtu.be/g1mIDwiYX4w
DIRECT AGGLUTINATION TEST (DAT)
• KIT Biomedical Research, Amsterdam, The
Netherlands
•
•
•
•
•
Promastigotas de L. donovani
Leishmania donovani, L. infantum or L. chagasi
Não requer equipamento e treinamento
Alta sensibilidade e especificidade
Placas 96 poços fundo em V
TESTE RÁPIDO PARA LEISHMANIOSE VISCERAL HUMANA
(Kalazar Detect  Rapid Teste – InBios)
APRESENTAÇÃO:
50 TESTES E DOIS TAMPÕES OU
25 TESTES E UM TAMPÃO
TESTE RÁPIDO PARA LEISHMANIOSE VISCERAL HUMANA
(Kalazar Detect  Rapid Teste – InBios)
20 µl soro
2 a 3 gotas de tampão (Chase Buffer)
Linha controle
TESTE NEGATIVO
Linha teste (+)
Linha controle
TESTE POSITIVO
Imunocromatografia (teste rápido):
• Interpretação dos resultados de um teste rápido rK39.
• Positivo: quando a linha do controle e a linha teste estiverem presentes, o
teste é considerado reagente mesmo quando sua linha for levemente
vermelha.
• Negativo: quando apenas a linha do controle estiver presente.
• Inválido: quando houver ausência da linha controle
Funed: Representação Esquemática do resultado do teste rápido
Teste rápido é um teste de diagnóstico
fácil de utilização ao lado do paciente.
Quando positivo, pela alta
especificidade, permite definir o
diagnóstico de LV.
Porém, pela sua sensibilidade que não é
elevada, não permite descartar o
diagnóstico de LV.
Métodos indiretos
• Imunocromatografia (teste rápido):
• O teste rápido está indicado para pacientes com suspeita clinica de leishmaniose
visceral, de qualquer idade, proveniente de área endêmica e com os seguintes sinais e
sintomas:
• Febre de qualquer duração associada à esplenomegalia
• Febre de qualquer duração associada à hepatomegalia
• Febre de duração igual ou superior a 14 dias, associada a qualquer citopenia
(anemia, leucopenia, plaquetopenia ou pancitopenia).
• ELISA
• detecta anticorpos anti-Leishmania
• menor especificidade
• a amostra é feita a partir da coleta de sangue, de onde se separa o soro e o plasma, que
podem ser usados para detecção dos anticorpos
• procedimento realizado em laboratório e processamento feito em espectrofotômetro a
492 nm.
• a amostra é considerada positiva quando a densidade ótica é igual ou superior a
densidade ótica média dos soros controles negativos mais dois desvios padrões
Técnicas recomendadas para o diagnóstico de leishmaniose visceral para
áreas endêmicas , segundo nível de sistema de saúde.
Nivel de lo sistema de salud
Técnicas de diagnóstico
Centro de Atención Primaria
Serológico: Antígeno rK39, detectado en prueba inmunocromatográfica
Hospital Distrital o Regional
Serológico: Antígeno rK39, detectado en prueba inmunocromatográfica o
prueba de aglutinación directa *
Parasitologico: Microscopía de aspiración en la médula ósea, los ganglios
linfáticos o el bazo **
Hospital de Referencia (Atención
terciaria)
Serología : Antígeno rK39 detectado en prueba inmunocromatográfica,
prueba de aglutinación directa, otro prueba serológica (por
ejemplo, IFAT, ELISA)
Parasitologico: Microscopía de las muestras de crema leucocitaria, médula
ósea, ganglios linfáticos o bazo
Cultivo o PCR
Fuente: WHO TRS 949,2010
(*)Prueba de aglutinación directa se debe utilizar sólo si la adecuada supervisión y control de calidad
(**) Aspiración del bazo debe ser realizado únicamente por personal médico experimentado y si las instalaciones para el
tratamiento de las complicaciones hemorrágicas se encuentran disponibles.
IMPORTANTE
Em decorrência do aumento da coinfecção Leishmania/HIV nos últimos anos,
recomenda-se oferecer o teste de HIV a todo paciente com diagnóstico de
leishmaniose visceral, tendo em vista que esta pode manifestar-se como doença
oportunista em pessoas imunodeprimidas.
Projeto de pesquisa em andamento
Validação do teste imunocromatográficos rk39 em humanos utilizando sangue total e
exsudado de mucosa oral (saliva).
Local
Campo Grande
Bauru
Aracaju
São Paulo
Total
LV
22
17
27
66
CS
2
0
2
4
Local
CI
1
0
0
1
Campo Grande
N=26
Bauru
N=8
Tabela 2. Frequência de amostras positivas no teste rápido, em
amostras de soro de pacientes de LV e controles, de acordo com o
local de coleta
LV – leishmaniose visceral, CS – controle sadio, CI – controle
infectado
As quatro amostras de controle saudáveis (CS) e uma de
controle infectado (CI) reagiram fracamente (linha tênue).
Aracaju
N=18
Total
N=52
Teste
TR-ST
TR-FO
TR-SO
TR-ST
TR-FO
TR-SO
TR-ST
TR-FO*
TR-SO
TR-ST
TR-FO#
TR-SO
P%
96,15
84,62
92,31
100,0
62,50
100,0
83,33
68,75
77,78
92,31
76,00
88,46
IC 95%
81,11-99,32
66,57-93,85
75,86-97,86
67,56-100,0
30,57-86,32
67,56-100,0
60,78-94,16
44,00-85,84
54,79-91,00
81,83-96,97
62,59-85,70
77,03-94,60
Tabela 4. Positividade (%) e intervalos de confiança de 95% de probabilidade (IC 95%)
do teste rápido em amostras soro de pacientes com LV, de acordo com o local de coleta
Local
Campo
Grande
N=14
Bauru
N=8
Aracaju
N=11
Total
N=33
Teste
DAT
IFI
P%
85,71
92,86
IC 95%
57,19-98,22
66,13-99,82
DAT
IFI
DAT
IFI
DAT
IFI
100,00
87,50
100,00
100,00
93,94
93,94
63,06-100,0
47,35-99,68
71,51-100,0
71,51-100,0
79,77-99,26
79,77-99,26
Tabela 9. Positividade (%) com intervalos de confiança de 95% de probabilidade (IC
95%) do DAT e IFI em amostras de pacientes com LV
Local
Campo Grande
N=5
Bauru
N=2
Aracaju
N=6
Total
N=13
Teste
DAT
IFI
DAT
IFI
DAT
IFI
DAT
IFI
P%
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
50,00
0,00
23,08
IC 95%
0,00-43,45
0,00-43,45
0,00-65,76
0,00-65,76
0,00-39,03
18,76-81,24
0,00-22,81
8,18-50,26
José Angelo Lauletta Lindoso
•
•
Instituto de Infectologia Emílio Ribas – SES-SP
• 3896-1236
Instituto de Medicina Tropical
• 3061-7023
E-mail: [email protected]
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