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Leishmaniose visceral americana: uma revisão bibliográfica
Cristina M. M. Torres1; Ozinaldo O. Santos2; Lenira L. Guimarães3
1
Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, Av. Prof. Moraes Rego, 1235, Cidade
Universitária, Recife – PE, [email protected];
2
Universidade Federal de Alagoas – UFAL, Setor de Biodiversidade e Ecologia, Av. Lourival
Melo Mota, s/n, Cidade Universitária, Maceió – AL, [email protected];
3
Faculdade Frassinetti do Recife – FAFIRE, Av. Conde da Boa Vista, 921, Recife – PE,
[email protected].
A Leishmaniose Visceral é uma doença infecciosa, febril de curso prolongado,
causada por protozoários do gênero Leishmania e caracterizada por palidez,
emagrecimento, hepatoesplenomegalia e edema. O objetivo deste trabalho foi
realizar uma revisão bibliográfica sobre a Leishmaniose Visceral Americana,
sendo o período de publicação de 2001 a 2011. Leishmania é um parasito
intracelular obrigatório, heteroxeno. Nas Américas, a L. (L.) chagasi é a espécie
responsável pela LV. O modo de transmissão é através da picada de dípteros
da subfamília Phlebotominae. No Brasil, a principal espécie transmissora é
Lutzomyia longipalpis, conhecido popularmente como mosquito-palha. Sua
atividade se dá em geral no crepúsculo noturno, mas em locais associados à
extensa cobertura florestal podem ocorrer durante as horas claras do dia. A LV
apresenta três formas clínicas: forma assintomática – o paciente não apresenta
sintomas; forma oligossintomática – o paciente apresenta alguns sintomas,
como febre, esplenomegalia e anemia discreta; forma clássica – com todos os
sintomas supracitados, podendo evoluir para a cura ou para um agravamento.
A LV pode manifestar-se como doença oportunista em pacientes
imunocomprometidos, nos quais podem ocorrer também as lesões cutâneas. A
LV canina, do ponto de vista epidemiológico, é considerada mais importante
que a doença humana, pois além de ser mais prevalente, apresenta um grande
contingente de animais infectados com parasitismo cutâneo, já que o animal
alberga o parasita na pele sã, o que representa melhor fonte de infecção para
os vetores. O controle da LV está baseado em medidas profiláticas de combate
ao vetor e no extermínio de cães infectados, bem como no tratamento dos
indivíduos infectados. A LV vem apresentando claramente uma expansão
geográfica, deixando de ser caracterizada somente como uma doença rural. A
falta de informação sobre a epidemiologia da LV por parte da população torna
mais difícil o controle desta endemia.
Palavras-chave: Leishmaniose; Leishmania; Lutzomyia
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