A Leishmaniose Visceral (Calazar) é uma doença causada por um protozoário denominado Leishmania, que necessita de um inseto e de um animal vertebrado para completar o seu ciclo. O cão é o principal reservatório da leishmaniose no ambiente urbano. A transmissão da leishmaniose ocorre somente por meio da picada de um inseto, que vive em locais ricos em matéria orgânica em decomposição, com presença de umidade, ausência de movimentação de ar e ausência parcial ou total de luz. Não ocorre transmissão direta da doença de homem para homem, do animal ao homem, e, nem de um animal a outro animal. O período de incubação tempo decorrido entre a exposição à leishmania e o início dos sintomas - é de dez dias a dois anos. Porém, a média é de dois meses. Sintomas - Leishmaniose Visceral provoca febre, fraqueza, perda do apetite, emagrecimento, aumento do fígado e baço. A doença, que pode matar se não tratada em tempo, é transmitida por um mosquito que “ataca”, principalmente, no fim da tarde e a noite. Os mosquitos vivem e se proliferam em bosques, condomínios, matas, áreas sombreadas, úmidas e com acúmulo de lixo e matéria orgânica como capim, folhas, esterco, madeira, serragem, papel e se contamina ao picar cães ou outros animais doentes. Como proceder - Ao detectar esses sintomas, deve-se procurar uma unidade de saúde. Em caso de confirmação, o profissional de saúde pedirá exames para comprovação do diagnóstico de leishmaniose visceral. A doença é tratável e tem cura. O paciente que não precisa de internação pode realizar o tratamento nos ambulatórios dos hospitais da rede pública. Não é uma doença aguda e a evolução é lenta. No entanto, quanto mais rápido e precoce o diagnóstico, melhor a sua recuperação. Para se proteger, as medidas a serem tomadas é evitar ambientes externos no período de atividade do mosquito – entardecer, utilizar calças compridas e camisas de mangas compridas nestes horários e telar as janelas da casa. Proteção para os animais – Os criadores de cães podem adquirir coleiras repelentes à base de Deltametrina 4% e devem procurar um médico veterinário caso haja suspeita de cão doente. Os interessados em criar animais não devem adquiri-los de outras áreas, principalmente, de regiões endêmicas como Piauí, Ceará, Bahia, Maranhão, Minas Gerais (Unaí, Paracatu, Belo Horizonte, Montes Claros etc.), Mato Grosso do Sul (Campo Grande), Tocantins, entre outros. Medidas ambientais - Pode as árvores e evite o sombreamento excessivo. Os restos de poda e da limpeza do terreno, bem como, as folhas e as frutas caídas no chão devem ser acondicionadas em sacos plásticos e disponibilizadas para a coleta pública. Evitar criação de aves, principalmente em áreas urbanas. Acondicionar e destinar corretamente o lixo. Materiais, como madeiras, devem ser mantidos sobre estrados com altura mínima de 40 cm do solo e materiais em desuso, como restos de obras, devem ter um destino adequado. Atenção - Caso seu cão tenha obtido resultado reagente para leishmaniose, leia atentamente o laudo de exame laboratorial e entre em contato com a Dival, da Secretaria de Saúde, pelos telefones: 3343-8803 ou 3343-8804.