INTESTINO ISOLADO DE COELHO INTRODUÇÃO: O trato

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INTESTINO ISOLADO DE COELHO
1. INTRODUÇÃO:
O trato gastrointestinal (TG) possui um sistema nervoso próprio, o
Sistema Nervoso Entérico (SNE). Este sistema controla os movimentos e
secreções do trato gastrointestinal. O SNE é constituído por plexos intrínsecos,
com um grande número de neurônios intimamente interconectados com o
sistema nervoso simpático e parassimpático.
Desta forma o sistema gastrointestinal é regulado em dois níveis. Um
nível controlado pelo sistema nervoso extrínseco, representado pelo Sistema
Nervoso Autônomo (SNA). O segundo nível é único para o sistema
gastrointestinal (SNE) sendo exercido pelos nervos intrínsecos localizados
dentro do próprio intestino, permitindo ao intestino a auto regulação da função
de motilidade e secreção, com base em condições locais, como a quantidade e
o tipo de alimento contido no lúmen.
2. OBJETIVO:
O íleo de coelho apresenta tônus e automatismo maiores quanto mais
alta é a porção intestinal observada. Sua ocorrência é dependente, em grande
parte, de arcos reflexos intrínsecos originados em terminações sensitivas da
mucosa intestinal e mediados por uma sinapse nos gânglios mioentéricos.
Nessa preparação, o tônus e o automatismo são conservados, pelo menos em
parte, permitindo assim o estudo de drogas relaxantes e espasmódicas que
atuam por diferentes mecanismos de ação. Dessa forma, o objetivo da aula é
demonstrar através do registro gráfico das contrações do intestino isolado de
coelho, a motilidade do sistema gastrointestinal, bem como, o papel do sistema
simpático e parassimpático na modulação dessa motilidade.
3. ANIMAIS E MATERIAIS:
- Coelho: Íleo isolado com aproximadamente 2 cm – (jejuno-íleo).
- Adrenalina.
- Acetilcolina.
- Atropina.
- Cloreto de bário.
- Solução de Tyrode (g/L): (NaH2PO4 (0,05);. KCl (0,2);. NaHCO3 (1);.
CaCl2 (0,2); Glicose (1); MgCl2 (0,2).
- Sistema de fixação do íleo.
- Sistema de aquisição de dados.
- Termômetro.
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PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:
4.1 – Montagem do sistema:
Fragmentos de aproximadamente 2 cm de jejuno-íleo de um coelho,
anestesiado com Thiopental, são retirados pelo técnico de laboratório. O íleo
isolado deverá ser mantido na solução de Tyrode (solução nutriente que “imita”
o meio interno, composto por vários eletrólitos dissolvidos em água).
Cada fragmento do intestino deve ser fixado de forma que o íleo esteja
ligado ao transdutor, e ao mesmo tempo peso contido no béquer de Tyrode.
Primeiramente, fixe um fragmento do íleo em um peso, que funcionará
como uma âncora no fundo do béquer. Depois fixe esse fragmento por um fio
de linha no transdutor.
Coloque a montagem dentro do recipiente com solução de Tyrode e
posicione o termômetro dentro a mesma.
Antes de iniciar o experimento, proceda a calibração do aparelho.
4.2 – Execução dos testes:
Depois de montar adequadamente o sistema, verifique a existência ou
não de motilidade no segmento intestinal. Faça um registro da motilidade, que
servirá como controle.
Perceba que a solução de Tyrode encontra-se na temperatura ambiente.
Entretanto, a temperatura corporal é mais alta do que a ambiente. Portanto, o
fragmento do intestino não estará se comportando como in vivo. Assim, para
verificar se existe alguma influência da temperatura na motilidade do intestino,
aqueça a solução de Tyrode, controlando a temperatura. Verifique em qual
temperatura tem início os movimentos do intestino. Continuar o aquecimento
controlado do banho até 36°C. Tome muito cuidado para não perder o controle
da temperatura e deixar a temperatura aumentar demais. Faça o registro das
contrações, conte a freqüência em que ocorrem e anote o valor encontrado.
Existe alguma diferença entre as contrações nas diferentes temperaturas
(ambiente e 36°C)?
4.2.1 – Adicione 0,1 mL (10 µg) de adrenalina ao banho de solução de
Tyrode. Observe, registre e anote os efeitos.
Para dar prosseguimento à experiência, é preciso que a solução de
Tyrode contendo adrenalina seja substituída por outra intacta. Esse
procedimento irá "lavar" preparação. É importante que a nova solução também
esteja a ~36-37°C. Aguarde alguns minutos até que os movimentos do intestino
estejam normalizados e estabilizados.
4.2.2 – Agora, adicione 0,1 mL (10 µg) de acetilcolina ao banho de
solução de Tyrode. Observe, registre e anote os efeitos.
Mais uma vez, lavar preparação substituindo a solução de Tyrode
contendo acetilcolina por uma nova solução de Tyrode à ~36-37°C. Aguarde a
normalização e a estabilização dos movimentos do intestino.
4.2.3 – Adicione ao banho de solução de Tyrode 0,1 mL de atropina.
Faça o registro, observe e anote os efeitos da atropina.
Na mesma preparação, adicione agora 0,1 mL de acetilcolina. Faça o
registro, observe e anote os efeitos da acetilcolina. Existe alguma diferença
entre os efeitos da acetilcolina observados antes da adição de atropina e
aqueles que estão sendo observados agora, depois da adição de atropina?
Ainda na mesma preparação, adicione 0,1 mL de adrenalina. Faça o
registro, observe e anote os efeitos obtidos. Existe alguma diferença entre os
efeitos da adrenalina observados antes da adição de atropina e aqueles que
estão sendo observado agora, depois da adição de atropina?
Agora, ainda na mesma preparação, adicione 1 mL de solução de
cloreto de bário ao banho. Faça o registro, observe e anote os efeitos do
cloreto de bário.
OBS.: Os procedimentos devem ser realizados na ordem em que foram
aqui descritos. Dessa maneira, eles irão ocorrer da maneira correta e irão
demonstrar diversas características da motilidade e da modulação do trato
gastrintestinal.
5. RESULTADOS:
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6. DISCUSSÃO:
6.1 - Descreva os principais efeitos do sistema autonômico simpático e
parassimpático sobre o intestino (relacionar com os efeitos da acetilcolina,
atropina e adrenalina). Diante dessas informações, a aula prática apresentou
os resultados esperados? Justifique.
7. CONCLUSÃO:
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