Educação O GESTOR ESCOLAR FRENTE A UMA

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O GESTOR ESCOLAR FRENTE A UMA GESTÃO DEMOCRÁTICA
1
Solange do Socoro Margalho do Vale1, Maria Suely Margalho do Vale2 e
Neila Pedrotti Drabach3
Curso de Especialização para Gestores da Rede Pública, do Programa de Pós Graduação do Instituto
Tecnologico do Paraná, Rua João XXIII, 600 - Bairro Judith Londrina - PR, 86060-370,
[email protected]
2
Mestrado em Gestão do Desenvolimento Regional, Universidade de Taubaté – Rua Visconde do Rio
Branco, 210 Centro - 12020-040 – Taubaté/SP, [email protected]
3
Professor do Programa de Pós Graduação do Instituto Tecnológico do Paraná, Rua João XXIII, 600 Bairro Judith Londrina - PR, 86060-370, [email protected]
Rerumo: O presente pesquisa objetiva apresentar as características de um gestor escolar frente a uma
gestão democrática e caracteriza-se como exploratória, com levantamento bibliográfico e descritiva a partir
do olhar do Gestor Escolar Frente a uma Gestão Democrática, devendo agir adequadamente em diferentes
momentos, pois as instituições de ensino necessitam de líderes capazes de trabalhar de forma
competente, para facilitar a resolução de problemas, tornando-se um agente de transformação, com
consciência e responsabilidade na tomada de decisão e de forma coletiva com seu grupo e identificar
as habilidades de cada indivíduo, delegando autoridade, com a finalidade de construir equipes
participativas. Assim, estimular a participação de pedagogos, professores, funcionários, pais e alunos, para
participar do planejamento e das ações que irão ajudar o desenvolvimento da escola e da comunidade
escolar.
.
Palavras-chave: Gestor Escolar, Liderança, Pessoas e Planejamento.
Área do Conhecimento: Ciências Sociais Aplicada
Introdução
O desenvolvimento constante da tecnologia
trouxe às organizações o desafio de adaptar-se de
acordo com o cenário vivenciado, buscando
sempre a atualização. Dessa forma, este trabalho
objetiva apresentar as características
de um
gestor escolar frente a uma gestão democrática,
pois temas sobre gestão escolar através de viés
democrático tem sido apresentado nas pesquisas
para
discussão,
como
soluções
de
transformações no sistema atual de ensino,
para isso destacam-se as mudanças que se
direcionam a descentralização do poder, pois a
necessidade de um trabalho realizado com ampla
participação de todos os segmentos da escola e
da comunidade, para envolver a sociedade e a
comunidade escolar como um todo.
Considera-se que esse processo é de grande
relevância e de importância para o início de
transformação necessária para propiciar um
ambiente de trabalho favorável buscando-se com
isso pessoas preparadas e motivadas e que
participem direta ou indiretamente desse processo
educacional.
Para esse momento de mudança, a escola é
responsável pela transmissão do conhecimento,
porém, no mundo globalizado, exige-se que a
escola tenha uma nova concepção e uma forma
diferenciada de se trabalhar, ou seja, uma
constante renovação na sua postura, para
transmitir um conhecimento de nível elevado para
preparar o aluno a serem criativo e pensante, com
objetivo de formar cidadãos críticos e que se
comprometam a uma participação mais efetiva
Este
estudo
objetiva
apresentar
as
características de um gestor escolar frente a uma
gestão democrática e caracteriza-se como
exploratória, com levantamento bibliográfico e
descritiva a partir do olhar do Gestor Escolar
Frente a uma Gestão Democrática,
Resultado
O Papel do Gestor Escolar
O quadro atual da política brasileira,
principalmente, na educação, apresenta intensas
transformações, portanto busca-se uma gestão
mais democrática, para que ocorra um interesse e
envolvimento da comunidade escolar, frente aos
acontecimentos
relacionados
ao
trabalho
pedagógico como a tomada de decisões para
fatos que influenciam diretamente o andamento da
escola. Assim, os caminhos, buscados ou
efetivados para democratização do ensino público,
vêm sendo apontados com bastante ênfase, nas
últimas décadas, principalmente por educadores e
ou sujeitos envolvidos direta ou indiretamente com
o trabalho pedagógico desenvolvido na escola. A
democratização da gestão do sistema educativo
amplia-se a gestão da escola, a qual prevê, entre
outras ações, o envolvimento, a participação dos
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pais dos alunos, moradores e demais membros
da comunidade local, como lideranças políticas,
movimentos populares no processo de tomada de
decisões,
a partir do contexto escolar.
(SCHNECKENBERG, 2005, p.15)
Na gestão de ensino, apresenta a presença do
Diretor, chamado de gesto é o dirigente principal,
responsável pela escola e tem a competência de
em conjunto com os demais responsáveis, pela
articulação
e
integração das áreas
administrativas, pedagógico, secretaria, serviços
gerais e o relacionamento com a comunidade,
entre outras.
Para LIBÂNIO et al ( 2007, p. 335).
[...] o diretor coordena, mobiliza,
motiva, lidera, delega aos membros da
equipe
escolar,
conforme
suas
atribuições
específicas,
as
responsabilidades decorrentes das
decisões,
acompanha
o
desenvolvimento das ações, presta
contas e submete à avaliação da
equipe
o
desenvolvimento
das
decisões tomadas coletivamente
Com a nova concepção de gestão e do papel
do diretor, intensificaram-se os debates sobre a
necessidade da profissionalização das pessoas
envolvidas na administração escolar como
condição para a melhoria da qualidade da
educação básica. Dessa forma, as propostas de
“capacitação de dirigentes”, especialmente às de
“competências gerenciais”.
A Lei de Diretrizes Básicas da Educação –
LDB, instituída através da Lei nº 9394/96 (Brasil,
1996), pouco inovou em relação ao cargo de
diretor escolar e contemplou apenas a formação
dos profissionais com o curso de pedagogia e a
forma de escolha dos dirigentes.
Em seu Art. 67, determinou a exclusividade de
ingresso no cargo por meio do concurso público
de provas e títulos (sem definir os seus critérios) e
o pré-requisito da experiência docente para o
exercício do cargo.
No Estado do Paraná, o Conselho Estadual de
Educação adotou o regimento único para as
escolas públicas estaduais. Ao mesmo tempo,
sugere um poder diluído e descentralizado, uma
vez que propõe à instituição a criação de uma
Congregação de Professores,
que, conforme
Deliberação 027/72 – CEE configura-se como um
“órgão consultivo e deliberativo em assuntos
didáticos e pedagógicos e consultivo em assuntos
administrativos”.
De acordo com essa
Deliberação, a direção da escola é vista como “o
órgão que presidirá ao funcionamento dos
serviços escolares, aos trabalhos dos professores,
às atividades dos alunos e às relações da
comunidade escolar com a vida exterior” da
Deliberação 027/72 – CEE..
Dessa forma, o final do século XX tem
testemunhado várias mudanças na política da
administração da educação brasileira.
Conforme
Freitas
(1981)
são
criados
colegiados ou conselhos escolares com poder
deliberativo e autonomia para tomar certas
decisões no âmbito da escola; são permitidas
eleições de diretores; são ativadas as
participações de pais, líderes comunitários; são
realizadas experiências com concurso público (de
provas e títulos) e cursos concurso para diretores;
dentre outros.
Começa-se
dessa forma, a discutir a
importância da preparação de diretores escolares
que incentivem a participação das comunidades
escolar e local e atendam à legislação vigente.
Castro (1981, 73), considera a forma de
seleção para o cargo de diretor de escola, por
meio de eleição, reveste-se, em algumas escolas,
de um papel inovador e de transformação da
realidade e práticas escolares. Para a autora,
assumir a função de diretor de escola parece vir
carregado de muito peso e responsabilidade.
Assim, vários diretores falam que a assumem
numa situação de pressão.
Castro (1981), na figura 1, apresenta
fluxograma do papel do diretor escolar.
Figura 1: O Papel do Gestor Escolar
Fonte: Castro (1981)
São poucos os educadores que desejam
assumir
esta
função,
pois
ela
exige
responsabilidade, maior carga de trabalho e as
compensações não são claramente visíveis. Nas
comunidades menores, observa-se que a função
de diretor tem um papel importante como líder
comunitário e este papel parece tornarem-se mais
relevante para a comunidade.
A atuação do Gestor enquanto exercício de
liderança
Em
outros tempos,
vários
dirigentes
escolares
foram
criticados
por
práticas
conservadoras e muito autoritárias, mas hoje a
prática de gestão atribui uma liderança mais
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participativa, atitudes mais flexíveis,
e
um
compromisso com a necessidade de mudança
na educação.
Dessa forma, o Líder escolhe sua equipe de
trabalho sem temer a “sombra” dos mais
talentosos. Um líder delega a quem sabe assumir
responsabilidades (Druker , 2002, 137).
Luke apud Drabache (2011) conceitua
liderança como um conjunto de ações, atitudes e
comportamentos assumidos por uma pessoa para
influenciar o desempenho de alguém, visando a
realização de objetivos organizacionais.
Com relação à gestão escolar, segundo a
autora é um processo pelo qual se mobiliza e
coordena o talento humano, coletivamente
organizado, do modo que as pessoas em equipe,
possam promover resultados desejados (LÜKE,
2010, 96).
Assim, no modelo de gestão que se quer
hoje, o diretor deve liderar o processo da
passagem
do
enfoque administrativo para
construir o enfoque na gestão.
O novo paradigma da administração escolar
traz, junto com a autonomia, a ideia e a
recomendação de gestão colegiada, com
responsabilidades
compartilhadas
pelas
comunidades interna e externa da escola. O
novo modelo não só abre espaço para iniciativa e
participação, como cobra isso da equipe escolar,
alunos e pais, para que juntos possam resolver o
desafio da qualidade da educação no âmbito de
sua instituição.
Drabache (2011, 75), aponta para o processo
democrático de gestão as lideranças do tipo:
• Compartilhada, se caracteriza pela tomada
de decisão compartilhada pelos participantes
da comunidade escolar. Esse tipo de
liderança conduz as pessoas a sentirem-se a
vontade para expressar suas ideias e agir, no
intuito de promover a realização de objetivos
da instituição. Dessa forma, todos no
processo de educativo exercem também a
liderança,
configurando-se
numa
possibilidade para o exercício de cidadania;
• Coliderança é consequência de uma
liderança compartilhada
e é exercida
principalmente pelos integrantes da equipe da
gestão da escola ou grupo gestor por
exercerem formalmente responsabilidade
pela liderança geral da escola, a fim de que
esta atinja os objetivos. Isso não significa que
outros não sujeitos não possam exercê-la.
• Educativa, tem como foco a aprendizagem
dos profissionais d instituição escolar, assim
como a aprendizagem dos seus estudantes;
• Integradora ou Holística, parte do princípio
de que o trabalho educacional, assim como
qualquer processo sociocultural se realiza a
partir de uma teia dinâmica de eventos
interrelacionados. Dessa forma, não são as
pessoas, as ações e os elementos isolados
que fazem a diferença e sim o conjunto deles
todos, em processos interatuantes que
determinam o curso das realizações, dos
eventos e dos seus resultados.
• Segundo a autora, esses tipos de lideranças
exigem um estilo de liderança específico para
que se possam atingir os objetivos desejados.
Lüke (2010) apud Drabache (2011, 77),
apontam ainda os estilos de liderança, que são
recorrentes no ambiente escolar.
• Estilo Autocrático está presente na
concepção de administração como tarefa do
diretor/gestor escolar, na qual o diretor é o
centro de poder na instituição, cabendo a ele
todas as decisões e responsabilidade sobre
o seu funcionamento;
• Estilo Laissez Faire, segue o caminho
contrário do autocrático. Enquanto no estilo
democrático controla-se tudo e a todos, o
estilo laissez faire orienta pelo princípio do
deixar fazer” configurando-se na ausência
total de liderança/coordenação do trabalho
coletivo.
• Estilo Democrático segue um meio termo
entre o estilo autocrático e o laissez faire. Sua
prática
assenta-se
no
princípio
da
descentralização das decisões, no entanto
tem princípios, objetivos e regras previamente
definidas no coletivo.
O gestor democrático deve exercer uma
liderança que incentive a autoconstrução, o
compromisso, responsabilidade e qualidade de
forma criativa no processo educacional. Cabe a
ele o papel de coordenar as relações entre
todos os profissionais, alunos e a comunidade
escolar, visando uma educação que possibilite
uma integração democrática e participativa
entre ambos. O objetivo geral dessa pesquisa é
desenvolver estratégias de mobilização para um
gerenciamento escolar mais democrático.
O
Desenvolvimento
da
Equipe
e
o
Fortalecimento da Autonomia
Ao promover a contribuição dos diversos
membros da comunidade escolar na gestão da
escola, o diretor escolar estimula a cultura da
participação, fomenta a responsabilidade coletiva
pelo sucesso da escola e reduz o potencial de
conflito.
Dessa forma, o gestor educacional, também,
deve ter disciplina para superar os desafios que
são
encontrados
nas
funções
de
sua
responsabilidade. Ao realizar suas funções, deve
manter em evidência a necessidade da
valorização da escola, dos funcionários e,
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principalmente, de seus alunos, para que os
mesmos se sintam estimulados e incentivados
para aprender e assimilar novos conhecimentos.
No Quadro 1, a Secretaria de Estado de
Educação do Governo de Minas Gerais apresenta
Padrões de Competências para o Diretor de
Escola
(Minas
Gerais,
2012),
para
o
Desenvolvimento da Equipe e o Fortalecimento da
Autonomia:
Competências
Aplicar os pressupostos e a
prática gestão democrática e
participativa.
Promover uma gestão de
pessoas que valorize a escola
como
comunidade
de
aprendizagem
e
se
comprometa
com
à
superação contínua.
Promove o estreitamento das
relações entre os membros
da comunidade escolar
Conhecimentos e
Habilidades
Investe no aprimoramento
das instâncias da gestão
colegiada,
sobretudo
o
Colegiado Escolar
Conhece
o
papel
das
instituições colegiadas da
escola no fortalecimento da
autonomia e na promoção da
gestão participativa.
Envolve os demais membros
do
colegiado escolar em
processos decisórios.
Fomenta o trabalho coletivo e
compartilhado para fortalecer
a organização da escola.
Observa os direitos e deveres
de
professores,
outros
profissionais
e
demais
membros da comunidade
escolar
Promove e mantém um clima
organizacional
ético
e
produtivo,
favorável
à
melhoria do coletivo e à
resolução de conflitos
Sabe ouvir e utilizar as
opiniões
dos
outros,
compartilhando informações e
decisões
Delega atividades, orienta e
monitora
a
equipe
no
exercício de suas atribuições.
Valoriza
as
relações
interpessoais na consolidação
da
equipe
integrando
profissionais da escola, pais e
alunos.
Adéqua a gestão de pessoal
aos recursos disponíveis e
equitatitavente.
Atende
as
exigências
procedimentais relativas ao
pessoal.
Lidera a formulação de planos
de trabalho e a execução
conjunta dos processos e
atividades necessárias para
alcançar
os
resultados
desejados.
Conhece e aplica técnicas e
estratégias de comunicação
interna e externa
Envolve todos os segmentos
para dar apoio ao trabalho da
escola
Empreende esforços para dar
apoio ao trabalho da escola
Incentiva a consolidação de
uma cultura focada no
desenvolvimento
de
profissionais
a partir do
processo de auto-avaliarão
Assegura o desenvolvimento
do processo de avaliação de
desempenho,
conforme
legislação vigente
Envolve o colegiado escolar
na análise e elaboração de
projetos e programas de
melhoria de resultados da
escola
Utiliza os resultados de
avaliação de desempenho
para
identificar
as
necessidades de formação
continuada dos membros da
equipe escolar
Direciona as oportunidades
de capacitação em serviço
para
potencializar
as
competências
dos
profissionais da escola
Relaciona o Plano de Gestão
de Competências Individuais
às metas e necessidades da
escola
Quadro 1: Padrões de Competências para o Diretor de Escola
Fonte: Secretaria de Estado de Educação (MG, 2012)
Utilizar
a
avaliação
de
desempenho como tecnologia
de gestão eficaz, cumprindo
todas as suas etapas e
desenvolvendo
planos
e
projetos
para
os
cumprimentos das metas e a
melhoria dos resultados
Nesse contexto, o gestor educacional que
promove o crescimento da educação na instituição
onde atua, certamente estará contribuindo para a
formação de pessoas que buscam o sucesso.
A Secretaria de Estado de Educação do
Governo de Minas Gerais (2012) contribui com o
Guia do Diretor Escolar, material esse coletado
entre diretores, professores, funcionários, alunos e
pais, apresenta algumas dicas para uma Gestão
de Sucesso:
• Fazer planejamento integrado das ações da
Escola.
• Formar sua equipe de trabalho.
• Fazer pautas para as reuniões.
• Ser transparente nas ações.
• Tomar decisões coletivamente.
• Ter os pais e a comunidade como parceiros.
• Envolver todos os alunos na realização das
atividades cívico-sociais
• Divulgar amplamente as decisões tomadas
nas reuniões do Colegiado
• Divulgar as pautas de reunião do Colegiado
para a comunidade escolar, 24 horas antes
de sua realização.
• Desenvolver a cultura da Auto-Avaliação da
Escola.
• Analisar e divulgar os resultados das
Avaliações do SIMAVE / SAEB para os
alunos e comunidade escolar.
• Reconhecer e valorizar a contribuição de
cada servidor. Compartilhar suas vitórias e
sucessos com todos.
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• Fomentar nos servidores o desejo de
formação continuada.
• Registrar as ocorrências (fatos eventuais)
para segurança do gestor e do servidor.
• Ser pontual na chegada, na saída, no
cumprimento das ações e dos prazos
estabelecidos.
• Ser firme, porém cordial com toda a
comunidade escolar.
• Buscar as qualidades das pessoas (alunos,
pais, servidores).
• Estar atento às situações sociais relacionadas
aos funcionários (aniversários, nascimentos,
casamentos, falecimentos).
• Ser justo, dispensar a todos o mesmo
tratamento.
• Manter à vista de todos um quadro, mural,
com as atribuições de cada servidor.
• Investir nas relações interpessoais.
• Conquistar a autonomia da Escola com
trabalho
compartilhado,
competência,
planejamento, acompanhamento, avaliação e
com resultados positivos e atingimento das
metas pactuadas.
• Buscar parcerias na SEE/SRE, na Equipe da
Regional (Inspetor e Analista Educacional).
• Realizar o trabalho em equipe.
• Socializar com os servidores toda a legislação
pertinente à educação.
• Estar atento à aprendizagem dos alunos –
Escola Boa é aquela em que todos os alunos
aprendem.
• Fazer acontecer a Intervenção Pedagógica no
tempo certo utilizando-se: do Projeto Escola
de Tempo Integral, da escolha do melhor
professor para os alunos da alfabetização, do
reforço
extraturno, da reenturmação
temporária dos aluno, entre outras.
• Buscar
estratégias
e
ações
para,
pedagogicamente, corrigir
• Investir no professor e cobrar resultados.
• Proporcionar um ambiente alegre, prazeroso,
no qual as pessoas estejam e sejam felizes.
• Ter visão dos objetivos, das Metas da Escola
e das estratégias para o seu atingimento.
• Estar atento quanto à manutenção e
conservação
das
instalações
físicas,
mobiliário e material de uso permanente.
• Buscar recursos financeiros e humanos para
a execução de todos os projetos.
• Dispensar um atendimento de excelência ao
público.
• Promover encontros frequentes com os pais
dos alunos. Ouvi-los, possibilitando que eles
participem, e não apenas escutem.
O Fortalecimento e Ampliação das relações
da Escola com a Comunidade
Pelo impacto do contexto social no
funcionamento da escola, o Diretor de Escola
procura estabelecer relações de parceria entre os
pais dos alunos, as organizações da comunidade
e as instituições escolares, na busca do bem-estar
e a aprendizagem dos alunos.
Dessa forma, consciente da relação de
interdependência entre a melhoria da escola e o
desenvolvimento da comunidade, o Diretor exerce
sua liderança educacional promovendo a
participação da comunidade na escola e da escola
na comunidade.
O Gestor e a importância das Pessoas no
Ambiente de Trabalho
Antes a competitividade estava ligada à
tecnologia, entretanto percebe-se que a realidade
hoje em dia é outra, pois a sociedade está voltada
para o conhecimento e as pessoas passam a ser o
centro das atenções organizacionais, pois delas
se
podem
obter
vantagens
competitivas
diferenciadas.
Dessa forma, com evolução do conceito da
gestão de pessoas, a racionalidade nas decisões,
a eficiência nos processos e a eficácia no alcance
dos resultados têm levado as organizações a
reformular sua percepção sobre o papel das
pessoas. (ARANTES, 2011, 10).
Conforme a autora, de executores de tarefas,
os profissionais passaram a participar na tomada
de decisão, o que lhe confere o reconhecimento
devido pelos bons resultados atingidos.
Dessa forma, para manter esses profissionais,
o gestor também necessita estar preparado e
desenvolver-se, para ser capaz de colocar a
gestão estratégica de pessoas como uma
atividade que demanda conhecimento, tempo e
dedicação e das condições necessárias para um
ambiente de trabalho propício com qualidade e
segurança no trabalho, contribuem para que as
pessoas permaneçam ou não na organização
(ARANTES, 2011, 80).
Assim, os gestores educacionais terão que
aprender a valorizar seu recurso humano, pois só
terá sucesso quem souber gerir seu capital
intelectual. As pessoas serão os recursos mais
desejados e disputados nos próximos anos, afinal
não existem organizações sem pessoas.
O Planejamento no Contexto Escolar
O ato de planejar sempre acompanhou a
trajetória histórica da humanidade. O homem
sempre pensou suas ações, embora não
soubesse que deste modo estaria planejando.
Dessa forma, se planeja quando pensa sobre o
que fez o que deixou de fazer, sobre o que está
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fazendo e o que pretende fazer no futuro. Assim, o
homem usa sua razão, sempre imagina o que
pretende fazer, ou seja, suas ações. O ato de
imaginar, pensar, não deixa de ser uma forma de
planejamento.
No Planejamento Escolar, é importante a
participação de todos os envolvidos, pois planejar
o conteúdo a ser aplicado durante o ano letivo
considera-se uma tarefa que necessita do
envolvimento dos profissionais da escola, como
professores, gestores profissionais da área de
educação. Assim, torna-se fundamental, durante
essa construção, o questionamento de todos e
que se busquem novas possibilidades para a
elaboração do Plano que promoverá o
desenvolvimento da escola, que constará dos
campos: o que é? Para que serve? A quem se
destina? Como se constrói? Como se
implementa? (GOMES, 2007, 6).
Já o planejamento coletivo, segundo Carvalho
(2011), tem como característica, a necessidade de
clareza de onde se quer chegar, do caminho a ser
percorrido até o ponto de chegada e dos
elementos para efetivarem o caminho.
Para a autora, esta defesa legitima que cada
governante que assuma o poder possa mudar
todo o “contexto educativo, por simples vontade ou
luxo, desconsidera boa parte das conquistas dos
profissionais da educação e do próprio processo
educativo.
Dessa forma, é como se a política estivesse
para o governante e não para o coletivo de
pessoas a quem ele representa.
Discussão
O planejamento está presente em nosso dia-adia, mesmo que implícito, como o caso da pessoa
que, ao levantar-se pela manhã, pensa no seu dia,
no que vai acontecer ao longo dele. Como não se
tem certeza do que realmente irá acontecer no
passar dessas vinte e quatro horas, a pessoa
obriga-se a pesar, prever, imaginar e tomar
decisões mais acertadas para o alcance dos
objetivos esperados.
Conclusão
O gestor eficaz deverá agir adequadamente em
diferentes momentos, pois as instituições de
ensino necessitam de líderes capazes de trabalhar
de forma competente, para facilitar a resolução de
problemas, de forma coletiva com seu grupo
e identificar
as habilidades de cada indivíduo,
delegando autoridade, com a finalidade de
construir equipes participativas. Assim, estimular a
participação
de
pedagogos,
professores,
funcionários, pais e alunos, para participarem do
planejamento e das ações que irão ajudar o
desenvolvimento da escola e da comunidade
escolar. Para isso, o gestor necessita ainda reter,
atrair, desenvolver e aproveitar seu capital
humano, que são as pessoas, para realizar uma
gestão estratégica eficaz e democrática, pois as
pessoas precisam estar em primeiro plano.
Dessa forma, recomenda-se que o gestor tenha
uma visão global e conhecimentos para provocar
e incitar as mudanças dentro da instituição
educacional,
tornando-se
um
agente
de
transformação,
com
consciência
e
responsabilidade na tomada de decisão.
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Doutorado, 2005.
XVI Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e
XII Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba
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