Sesc promove atividades divertidas para adultos e crianças no

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CULTURA
Sexta, 5 de Fevereiro de 2016
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CINEMALÍSTICA
O diálogo salva ‘Os Oito Odiados’
Rodrigo Pereira
Editor do jornal
TODODIA e
criador do blog:
http://cinexistance.
blogspot.com.br/
O erro que cometem ao comentar sobre a obra de Quentin
Tarantino é situá-lo em uma restrita seara onde figuram os melhores de todos os tempos. Não
é. Segue uma fórmula pré-estabelecida e não se arrisca em renovações. Mas a fórmula que segue traz bons frutos. E pode ser
considerado como um deles “Os
Oito Odiados” (2015), filme com
três indicações ao Oscar deste
ano. Algumas considerações óbvias já feitas por aí: obra traz sim
uma mescla de “Django Livre”
(2012) com “Cães de Aluguel”
(1992). Tarantino resgata a ideia
de confinar personagens em
um ambiente para privilegiar os
diálogos e realizar digressões a
partir do que os levou ali e a res-
peito da história deles. A parte
resgatada de Django diz respeito
ao conflito histórico envolvendo
brancos e negros nos Estados
Unidos e a carga de western, inclusive com o ícone Ennio Morricone se encarregando da trilha
sonora (ele concorre ao prêmio
da academia nesta categoria).
Soma-se a esse segundo ponto
a fotografia de Robert Richardson, que também concorre a
uma estatueta por esse trabalho.
Tarantino foge da disposição
da vingança como o foco principal e carrega o roteiro de mistérios a serem desvendados, em
meio a mentes desconfiadas.
Outro ponto forte: pode ser considerado o roteiro com as maiores inserções de humor e sarcasmo da carreira do cineasta.
A história: dois caçadores de
recompensa se cruzam durante
uma nevasca. Um deles, John
Ruth (Kurt Russell), carrega a
mercenária Daisy Domergue
(Jennifer Jason Leigh, que concorre ao Oscar por essa atu-
ação) até Red Rock, a cidade
onde pretende entregá-la para
ser enforcada e receber o pagamento por isso. O outro, Major Marquis Warren (Samuel L.
Jackson), leva três corpos pelo
qual também pretende receber.
Eles ainda cruzam o caminho
de Chris Mannix (Walton Goggins), que se diz futuro xerife
da cidade para onde os corpos
e a mercenária serão levados.
Por conta da nevasca, eles buscam abrigo em uma pousada
onde estão quatro pessoas que
se identificam como Oswaldo
Mobray (Tim Roth), carrasco da
cidade para onde viajam, Sandy
Smithers (Bruce Dern), um general que diz ter lutado em Baton Rouge, o vaqueiro Joe Gage
(Michael Madsen) e um funcionário da casa, o mexicano Bob
(Demián Bichir).
Apresentados os oito, algumas
das desconfianças: John Ruth
desconfia que Mannix mentiu
sobre ser o futuro xerife. Marquis Warren desconfia de Bob
FOLIA
Sesc promove atividades
divertidas para adultos
e crianças no Carnaval
Programação inclui construção de instrumentos, de adereços,
apresentações musicais, cortejo afro e oficinas de danças
Divulgação
SILVANA GUAIUME
CAMPINAS
O Sesc Campinas promove
uma série de atividades gratuitas durante a folia do Carnaval,
de hoje até terça-feira. A programação oferece construção
de instrumentos musicais, cortejos musicais com manifestações regionais, marionetes, bonecos, entre outras atividades
para crianças e adultos. A maior
parte das atividades do “Especial de Carnaval” são gratuitas.
O pesquisador e percussionista Afonsinho Menino vai
ensinar a construir o xequerê,
instrumento, de origem africana feito a partir da cabaça seca
e cortada, envolta por uma rede
de contas.
Já o pesquisador e luthier
Afonsinho Menino ensina a
construir o agogô, de origem
africana, composto por um ou
múltiplos sinos e utiliza-se uma
baqueta para tirar seu som.
As crianças poderão ainda
participar de brincadeiras e experimentações sonoras no ritmo do Carnaval com Christian
Felix, além de integrar oficinas
XEQUERÊ | Oficina ensina a construir instrumentos no Sesc-Campinas
para construir adereços da folia
de Momo.
A Cia. Mevitevendo e o Coletivo de Ventiladores usam
estranhas e extraordinárias marionetes, junto a músicos e artistas, para fundar o Bloco Insólito, que vai brincar e confundir
o imaginário do público.
Na Rádio Itinerante, com a
Cia. Pé no Canto, cinco personagens reconstroem um programa de rádio antigo. O grupo
apresenta boletins informati-
vos, desafio musical, instante
poético, desfile da Rainha do
Rádio e jingles.
O cortejo Afro, com o Grupo
Cangarussu, é uma intervenção
de música e dança composto
por elementos musicais africanos. Outros grupos musicais,
como Cia Cabelo de Maria,
Ôncalo, Bando da Farra e Zabumbando integram a programação, que tem ainda oficinas
de dança. O telefone para informações é (19) 3737-1500.
e de seu relato de que os donos
do estabelecimento viajaram.
A história de Joe Gage, de que
viaja para a casa da mãe, passar
o Natal com ela, também não
convence Ruth.
A tensão envolve toda a estadia do grupo na casa, e apesar
do ambiente limitado e das quase três horas de filme, a evolução dos diálogos traz fluxo. Da
história da carta de Lincoln carregada por um dos justiceiros
ao encontro do filho do general
com Marquis Warren, a história
principal é permeada por contos paralelos.
Tim Roth e Samuel L. Jackson
trazem as melhores atuações,
justamente pelo perfil caricato
dos personagens.
Mas Tarantino erra mão em
questões técnicas, como o slow
motion aplicado em vozes de
personagens em momentos
cruciais, o que traz um aspecto
cômico que parece não ter sido
o desejo do cineasta naquele
momento. Um narrador (no
caso, o próprio Tarantino) surge
em um momento bem avançado da trama para detalhar cenas.
Ele não é necessário, mas parece
ser o diretor buscando apontar
genialidades que inseriu em
sua película. Egocentrismo em
demasia. Por último, e possivelmente o mais polêmico ponto:
em uma história povoada por
“machões”, a única mulher que
tem um papel mais presente na
trama (Daisy Domergue) apanha a maior parte do tempo.
Apanha principalmente como
um elemento de momentos cômicos, como parte de uma piada inserida na história.
RACIAL
NUA
MPF aciona
TV Globo sobre
uso de boneco
Luana Piovani
posa de graça
para a Playboy
ESTADÃO CONTEÚDO
RIO DE JANEIRO
A PBB Entertainment,
nova responsável pela revista
Playboy no Brasil, anunciou
ontem que Luana Piovani
será a estrela da primeira
edição da nova revista, que
chega às bancas no mês de
abril. “Hoje a revista convida
as mulheres para fazerem o
ensaio e elas fazem da forma
que querem e mostram o que
O uso de um boneco de estética negra como esponja de
lavar louças, no programa Big
Brother Brasil 16, levou a TV
Globo a ser investigada pelo
MPF-RJ (Ministério Público
Federal no Rio de Janeiro) por
suspeita de discriminação
racial. A Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão
enviou ofício à emissora, intimando-a a prestar esclarecimentos.
Diversas
representações
contra a TV Globo foram recebidas no Ministério Público
Federal, de que o objeto reforça um estigma de comparação entre o cabelo crespo e
uma esponja de aço e amplia
o preconceito contra o negro.
Procurada ontem, a emissora informou que “a esponja citada, representando um
dançarino disco dos anos
1970, faz parte de uma coleção que retrata ícones de
gerações e culturas diversas,
como uma moça descolada
dos anos 60, um soldado da
guarda inglesa”. Segundo a
Globo, os “outros modelos estão sendo colocados na casa”.
1970
É A DÉCADA
REPRESENTADA PELO
BONECO, DIZ A GLOBO
“Corpo da mulher
não tem preço”,
afirma publisher
da revista
querem. E é para isso que estamos lutando. Porque o corpo é nosso e fazemos com ele
o queremos”, afirma a modelo
em comunicado.
Luana, que já fez quatro ensaios sensuais, diz que agora
quer fazer diferente. “Quem
quiser posar nua, posa. Eu,
por exemplo, quero”, afirma
segundo o comunicado.
A nova Playboy diz que um
de seus pilares é a valorização da mulher. “O que muda
é o tom e a maneira de olhar
para essa estrela de capa. Os
ensaios não serão mais pagos
com cachê porque o corpo
da mulher não tem preço. As
mulheres vão se despir como
e o quanto quiserem”, diz André Sanseverino, publisher da
revista.
| ESTADÃO CONTEÚDO
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