50º Congresso Brasileiro de Genética Resumos do 50º Congresso Brasileiro de Genética • 7 a 10 de setembro de 2004 Costão do Santinho • Florianópolis • Santa Catarina • Brasil www.sbg.org.br - ISBN 85-89109-04-6 [email protected] Palavras-Chave: Penaeus, ITS, Filogenia, Crustacea, Camarão Maggioni, R1,2; Diniz, NB2; Rogers, AD3; Maclean, NM3 1 Faculdade de Educação Ciências e Letras (FECLESC), Universidade Estadual do Ceará. 2 Núcleo de Genômica e Bioinformática (NUGEN),Universidade Estadual do Ceará. 3Universidade de Southampton, Reino Unido. Variabilidade do DNA ribossômico nuclear em camarões peneídeos do continente americano Uma nova espécie de camarão Farfantepenaeus da costa brasileira foi identificada recentemente, com base em aloenzimas e seqüências mitocondriais. Para testar a hipótese de que a nova espécie apresenta similaridade nuclear com F. paulensis, como foi proposto pelos dados aloenzimáticos, em oposição à similaridade mitocondrial com F. subtilis, os genes que integram o cluster ribossômico nuclear foram seqüenciados. Em adição a isso seqüências dessa mesma região do genoma nuclear foram obtidas para 11 espécies de camarões do gênero Penaeus s.l., a fim de avaliar sua utilidade para estudos filogenéticos e genético-populacionais. Os primers usados permitiram a amplificação da maior parte do gene da subunidade 18S, de todo ITS1 e 5.8S, e da primeira metade do ITS2. Um fragmento de 1073 pares de bases mostrou níveis muito baixos de variablilidade (p=0.0028) entre 10 espécies, enquanto que todos os 160 pares de bases do gene 5.8S se apresentaram completamente conservados (p=0.000) entre cinco espécies. O sequenciamento direto de produtos de PCR não foi possível para ITS1 e ITS2, portanto para estas regiões os dados foram obtidos através de clonagem bacteriana. Os produtos de PCR, incluindo o gene ITS1 completo, de duas espécies de Litopenaeus e quatro espécies de Farfantepeaneus, foram clonados e as seqüências resultantes apresentaram forte evidência de variabilidade intragenômica, muitas vezes em função da presença de microssatélites dentro do espaçador. Apesar dessa variabilidade, árvores baseadas em distâncias, construídas por ‘neighbor-joining’, apóiam filogenias prévias, baseadas em genes mitocondriais, fornecendo evidência de que a nova espécie está filogenenticamente mais próxima de F. subtilis, em oposição aos resultados baseados em aloenzimas, que sugerem uma relação mais próxima com F. paulensis. Apoio Financeiro: CNPq e FUNCAP 387