HISTÓRIA - 3o ANO MÓDULO 53 CRISE DE 1929 E NEW DEAL Como pode cair no enem A depressão econômica gerada pela Crise de 1929 teve no presidente americano Franklin Roosevelt (1933-1945) um de seus vencedores. New Deal foi o nome dado à série de projetos federais implantados nos Estados Unidos para recuperar o país, a partir da intensificação da prática da intervenção e do planejamento estatal da economia. Juntamente com outros programas de ajuda social, o New Deal ajudou a minimizar os efeitos da depressão a partir de 1933. Esses projetos federais geraram milhões de empregos para os necessitados, embora parte da força de trabalho norte-americana continuasse desempregada em 1940. A entrada do país na Segunda Guerra Mundial, no entanto, provocou a queda das taxas de desemprego, e fez crescer radicalmente a produção industrial. No final da guerra, o desemprego tinha sido drasticamente reduzido. (EDSFORD, R. America’s response to the Great Depression. Blackwell Publishers, 2000 [tradução adaptada].) A partir do texto, conclui-se que: a) O fundamento da política de recuperação do país foi a ingerência do Estado, em ampla escala, na economia. b) A crise de 1929 foi solucionada por Roosevelt, que criou medidas econômicas para diminuir a produção e o consumo. c) Os programas de ajuda social implantados na administração de Roosevelt foram ineficazes no combate à crise econômica. d) O desenvolvimento da indústria bélica incentivou o intervencionismo de Roosevelt e gerou uma corrida armamentista. e) A intervenção de Roosevelt coincidiu com o início da Segunda Guerra Mundial e foi bemsucedida, apoiando-se em suas necessidades. Fixação 1) (PUC) A crise econômica de 1929 não deixa intocado nenhum ramo da economia e atingiu diferentes segmentos sociais, determinando, EXCETO: a) diminuição drástica do volume do comércio internacional. b) afastamento do poder público do cenário econômico. c) desemprego em massa e aumento do número de falências. d) a queda acentuada da produção em nível mundial. e) a retração da taxa de crescimento e da renda nacional. Fixação u2) (UERJ) Os estados ocidentais inquietam-se sob os efeitos da metamorfose incipiente. Texas e Oklahoma, Kansas e Arkansas, Novo México, Arizona, Califórnia. Uma família isolada mudava-se de suas terras. O pai pedira dinheiro emprestado ao banco e agora o banco queria as terras. A companhia das terras — que é o banco, quando se ocupa dessas transações — quer tratores, em vez de pequenas famílias nas terras. Um trator é mau? A força que produz os compridos sulcos na terra não presta? Se esse trator fosse nosso, não meu, nosso, prestaria. Se esse trator produzisse os compridos sulcos em nossa própria terra, prestaria, na certa. Não nas minhas terras, nas nossas. Então, aí sim, a gente gostaria do trator, gostaria dele como gostava das terras quando ainda eram da gente. Mas esse trator faz duas coisas diferentes: traça sulcos na terra e expulsa-nos delas (...). Há que pensar sobre isso. (STEINBECK, John. As Vinhas da Ira. São Paulo: Círculo do Livro /s.d./) Esse trecho do romance de Steinbeck reflete as dificuldades de famílias de agricultores norte-americanos durante a Grande Depressão de 1929. A crise de 1929 resultou de um fator acentuado após a Primeira Guerra Mundial, a saber: a) diminuição da produção agrícola norte-americana, devido a problemas climáticos. b) recuo da produção industrial, devido à falência das instituições de crédito em todo o mundo. c) falência da democracia liberal, devido à não intervenção do Estado nas questões econômicas. d) desequilíbrio entre produção e consumo, devido ao crescimento não integrado da economia norte-americana. Fixação 3) (UERJ) Em vários momentos da História, arte e poder se encontram. O quadro de Moser Soyer retrata diversos artistas pintando imagens esperançosas e otimistas, associadas ao New Deal, implementado pelo governo Roosevelt. (MOSER, Soyer. Apud: PAZZINATO, A. L. e SENISE, M.H.V. História Moderna e Contemporânea. São Paulo: Ática, 2003). Nesse clima de euforia e com o objetivo de reerguer a economia norte-americana, esse governo adotou como medidas: a) redução da produção agrícola e realização de grandes obras públicas; b) repressão aos movimentos dos trabalhadores urbanos e elevação do poder aquisitivo; c) valorização da moeda e incentivo ao aumento da produção industrial de bens duráveis; d) concessão de empréstimos aos pequenos agricultores e estabelecimento de um modelo econômico de livre mercado. Fixação 4) (FGV) Os Estados ocidentais inquietam-se sob os efeitos da metamorfose incipiente. A necessidade é um estimulante do ideal; o ideal, um estimulante da ação. Meio milhão de homens caminha pelas estradas; um milhão mais prepara-se para a caminhada; dez milhões mais sentem as primeiras inquietudes. E tratores abrem sulcos múltiplos nas terras abandonadas. (John Steinbeck. As vinhas da ira, 1939.) Tendo como referência o texto acima, assinale a afirmativa correta quanto aos significados e efeitos da crise de 1929. a) Assistiu-se, nos Estados Unidos, e em diversas sociedades europeias, à elevação das taxas de desemprego a níveis que beiravam o colapso social. b) O impacto da depressão econômica restringiu-se às atividades industriais, pouco atingindo o setor agrícola e terciário. c) A crise, de natureza financeira, desorganizou países industrialmente mais desenvolvidos, não afetando os que dependiam da agroexportação. d) Os efeitos desastrosos da crise foram rapidamente contornados, a partir de 1931, pelas políticas de bem- -estar social implantadas nos Estados Unidos e na Europa. e) A crise foi consequência, no caso dos Estados Unidos, do desequilíbrio entre o aumento do consumo e a desaceleração da produção industrial e agrícola. Fixação 5) (UFRJ) NOVA YORK, 29 (U.P.) — Os diretores de meia dúzia das maiores instituições financeiras desta cidade, com recursos que somam aproximadamente sete bilhões de dólares, reuniram-se às primeiras horas da noite de ontem (...) para discutir a situação da Bolsa, em face das últimas baixas das cotações dos títulos. Foi noticiado que nessa reunião foi deliberado prepararem-se planos de mobilização de toda a potencialidade financeira daquelas instituições, a fim de evitar novos desastres. (...) A Bolsa de Títulos abriu com uma baixa de proporções sem precedentes. (...)”. BERLIM, 29 (A.B.) — A crise verificada nas praças de Nova York e Amsterdam causou nova inquietação na Bolsa de Berlim. (Folha da Manhã. São Paulo, 30 de outubro de 1929) a) Cite dois fatores que contribuíram para a crise de 29 nos EUA. b) Explique as razões da internacionalização da crise de 29. Fixação 6) (UNESP) Encontrando-se o Estado em situação de poder calcular a eficiência (...) dos bens de capital a longo prazo e com base nos interesses gerais da comunidade, espero vê-lo assumir uma responsabilidade cada vez maior na organização direta dos investimentos. (J. M. Keynes. A Teoria Geral do emprego, do juro e da moeda. 1936.) O ponto de vista de Keynes opõe-se a uma teoria econômica que predominou na política governamental dos Estados Unidos da América nos anos imediatamente anteriores à crise de 1929. Baseando-se nestas informações, responda. a) A que teoria econômica Keynes se opunha? b) Exemplifique, com duas medidas implementadas pelo New Deal, o esforço do governo Roosevelt para superar os efeitos sociais da crise econômica de 1929. Fixação 7) (UNICAMP) Violar a lei tornou-se um verdadeiro business*, fonte de imensos lucros, dirigidos por profissionais com a concordância de muitas pessoas honestas... É preciso reconhecer que burlar a Lei Seca exigia um verdadeiro esforço intelectual... Tratava-se de conseguir a mercadoria, de entregá-la, vendê-la, em suma de conquistar uma freguesia... Os acertos de contas se faziam abertamente... Mais de mil assassinatos marcaram a guerra do gim em Manhattan. (MUHLSTEIN, Anka, A ilha prometida: a história de Nova York do século XVII aos nossos dias. S.P.: Cia. das Letras, 1991, p.186 e 187.) Glossário: • business: negócio. a) Por que a Lei Seca foi votada e aprovada nos Estados Unidos em 1917? b) Por que a violação da Lei Seca nos Estados Unidos se tornou, ao mesmo tempo, crime e caminho para a ascensão social? Fixação 8) (UFRJ) Tomei consciência pela primeira vez do problema do desemprego em 1928 [...] Lembro-me do choque, do espanto que senti quando pela primeira vez me misturei com vagabundos e mendigos, ao descobrir que uma boa parte, talvez uma quarta parte dessa gente [...] eram mineiros e colhedores de algodão, jovens e honestos, contemplando seu destino com aquele assombro estúpido de um animal que caiu numa armadilha. Simplesmente não conseguiam entender que acontecia com eles.Tinham sido criados para trabalhar, e — vejam! — era como se nunca mais fossem ter a oportunidade de voltar ao trabalho. Nessas circunstâncias, era inevitável, no início, que fossem perseguidos por um sentimento de degradação pessoal. Tal era a atitude para com o desemprego naquele tempo: era um desastre que acontecia a você como indivíduo e a culpa era sempre sua. (ORWELL, George. O Caminho para Wigan Pier, in: História do século XX. São Paulo, Abril Cultural, 1974, vol. 6, p. 1351.) O relato do escritor George Orwell nos dá conta do ambiente de crise em que viveu a sociedade norte-americana no final da década de 20, especialmente a partir de 1929. a) Comente um problema que a economia norte-americana enfrentou ao longo da década de 1920 e que colaborou para a crise de 1929. b) Identifique duas medidas do New Deal, programa adotado pelo governo Roosevelt, que procuravam atenuar os efeitos da crise para os trabalhadores. Fixação 9) (UNESP) Um periódico norte-americano apresentou uma fotografia de um homem, ao lado de um automóvel luxuoso, com o seguinte cartaz: $100 will buy this car. Must have cash. Lost all on the stock market. Traduzindo: “Cem dólares compram este carro. Pagamento à vista. Perdeu tudo no mercado de ações.” Esta imagem traduz uma das maiores crises da história do capitalismo. a) Onde e quando teve início essa crise? b) Indique os efeitos históricos desta crise para o Brasil. Fixação 10) (UERJ) Durante os últimos três meses, visitei uns vinte estados deste belo país extraordinariamente rico. As estradas do oeste e do sudoeste pululam de pessoas famintas pedindo carona. As fogueiras dos acampamentos dos desabrigados são visíveis ao longo de todas as estradas de ferro. Os fazendeiros estão sendo pauperizados pela pobreza das populações industriais, e as populações industriais, pauperizadas pela pobreza dos fazendeiros. Nenhum deles tem dinheiro para comprar o produto do outro; consequentemente há excesso de produção e carência de consumo, ao mesmo tempo e no mesmo país. (Relato feito em 1932 por Oscar Ameringer à Câmara dos Representantes dos Estados Unidos. Adaptado de MARQUES, A. M. et al. História contemporânea através de textos. São Paulo: Contexto, 1990.) O depoimento acima faz referência a efeitos da Crise de 1929 para a sociedade norteamericana. Apresente dois fatores que contribuíram para deflagrar essa crise e cite seu principal desdobramento para a economia europeia naquele momento. Proposto 1) (FGV) No início dos anos 30 a produção industrial estava, aproximadamente, 38% menor do que anteriormente a 1929. Os EUA, para responder a essa crise mundial do capitalismo, implementaram internamente a política do New Deal, que consistia em: a) sob a influência da teoria keynesiana, redistribuir renda através da geração de empregos e outros incentivos coordenados e controlados pelo Estado; b) ampliar a produção agrícola, abrindo crédito aos desempregados industriais para montagem e gestão de pequenas fazendas; c) reduzir a interferência do Estado na economia, através da abertura irrestrita do mercado interno e, fundamentalmente, do saneamento das dívidas públicas; d) produzir mais alimentos, criando um órgão regulador de crédito agrícola para fazendeiros endividados; e) privatizar as empresas estatais, obtendo capitais de investimento para políticas sociais: seguro-desemprego, formação em serviço e (re)qualificação profissional. Proposto 2) (PUC) O processo de internacionalização da economia mundial tem-se tornado, desde o final do século XIX, cada vez mais intenso. Nesse sentido, o desempenho econômico de determinadas nações passou a ter influências crescentes sobre as demais, seja em períodos ede prosperidade ou de crise, como no caso do crack da bolsa de valores de Nova Iorque, em 1929. Dentre as causas desta crise, pode-se citar: ma) a moratória decretada pelo governo russo, que prejudicou diretamente os Estados Unidos, principal credor da Rússia. b) a desvalorização da moeda tailandesa, que deflagrou a crise asiática, afetando rapidamente as indústrias norte--americanas, exportadoras de produtos para o Oriente. c) a crise econômica mexicana, que gerou o chamado “efeito tequila” sobre a produção industrial norteamericana, levando a uma desvalorização do dólar em relação ao peso mexicano. d) o rápido crescimento industrial dos Estados Unidos no período pós-Primeira Guerra, não acompanhado de um significativo aumento do mercado consumidor, levando a uma crise de superprodução. e) o aumento do preço do petróleo após o primeiro conflito mundial, o que aumentou os custos de produção das indústrias americanas, que tiveram seus lucros reduzidos. Proposto 3) (PUC) Para Keynes (...) para criar demanda, as pessoas deveriam obter meios para gastar. Uma conclusão daí decorrente é que os salários de desemprego não deveriam ser considerados simplesmente como débito do orçamento, um meio por intermédio do qual a demanda poderia aumentar e estimular a oferta. Além do mais, uma demanda reduzida significava que não haveria investimento suficiente para produzir a quantidade de mercadorias necessárias para assegurar o pleno emprego. Os governos deveriam, portanto, encorajar mais investimentos, baixando as taxas de juros (...), bem como criar um extenso programa de obras públicas, que proporcionaria emprego e geraria uma demanda maior de produtos industriais. O texto refere-se a uma fonte cujos princípios estiveram presentes: a) no New Deal, planejamento econômico baseado na intervenção do Estado, elaborado devido à crise de 1929; b) na obra Mein Kampf, que desenvolveu os fundamentos do nazismo: ideia da existência da raça ariana; c) no Plano Marshall, cujo objetivo era recuperar a economia europeia através de maciços investimentos; d) na criação da Comunidade Econômica Europeia, organização que visa ao livre comércio entre os países; e) no livro O Capital, onde se encontram os princípios básicos que fundamentam o socialismo marxista. Proposto 4) (UFSM) A charge se refere a uma das crises cíclicas do Capitalismo, a queda da Bolsa de Valores de New York, em 1929. Nela, evidencia-se uma das características dessa crise, ou seja: o a) a falência dos banqueiros e o alastramento da recessão nos países do leste europeu; b) a venda desenfreada das ações na Bolsa de Valores em New York e maciços investimentos dos EUA nos países não alinhados; o c) as greves gerais empreendidas pelos operários, os quais lutavam pela manutenção do em-prego, aumento salarial e negociação das dívidas das fábricas; d) o agravamento da questão social, expresso nas manifestações dos operários, dos trabalhadores sem- -terra e dos desempregados do comércio, o que precipitou a crise do FMI; e) o alastramento do desemprego e a consequente redução do poder aquisitivo do mercado consumidor norte-americano. Proposto 5) (UNIRIO) Um dos deveres do Estado é socorrer aqueles cidadãos que se virem vítimas de circunstâncias a tal ponto adversas que os deixem incapazes de satisfazer mesmo as mais simples necessidades sem amparo de outros. A esses desafortunados cidadãos deve-se estender o amparo do governo, não como caridade, mas como uma face do dever social. (Pronunciamento do governador Franklin Roosevelt na Assembleia Legislativa do Estado de Nova Iorque, em 21.08.1931, in: “Robert E. Sherwood”. Roosevelt e Hopkins. Tradução de Heitor Aquino Ferreira, Rio de Janeiro: Nova Fronteira e Brasília: UNB, 1998, p. 47). A situação do café é a seguinte: a produção é maior do que o consumo. Procuramos iludir a situação, estabelecendo o escoamento de produção por doses fracionadas. (Carta de Francisco Campos a Getúlio Vargas, 23.12.1930, in: A Revolução de 30: textos e documentos. Brasília: UNB, 1982, p. 220). A crise econômica que eclodiu nos Estados Unidos a partir da quebra da bolsa de valores de Nova Iorque, em 24 de outubro de 1929, alcançou proporções mundiais, constituindo uma das mais profundas crises cíclicas do capitalismo. Em sua difusão atingiu as economias capitalistas, provocando uma profunda recessão econômica, superada através de intervenções político- -econômicas do governo norte-americano. Cite duas medidas que possibilitaram tal recuperação. Proposto 6) (PUC) A Grande Depressão, iniciada em 1929, com a crise da Bolsa de Nova York, foi, possivelmente, o acontecimento do século XX cujas repercussões se fizeram sentir sobre um maior número de homens e mulheres em todo o planeta. a) Explique por que os efeitos da Grande Depressão afetaram mais a economia da Alemanha do que a economia da União Soviética. b) Roosevelt, ao assumir a presidência em 1933, deu início à implementação do New Deal, um conjunto de medidas que visava a combater os efeitos recessivos da Grande Depressão sobre a economia norte-americana.Indique 1 (uma) dessas medidas. - Proposto 7) (UERJ) A Grande Depressão eclodiu num mundo otimista que parecia caminhar na direção de uma prosperidade permanente. Ela iniciou-se com o crack da bolsa de Nova York em outubro de 1929, afetando todas as atividades econômicas dos Estados Unidos e se propagando através do mundo. a) Caracterize a Grande Depressão e indique o motivo pelo qual seus efeitos foram sentidos em diversas regiões do mundo. b) Indique e analise uma consequência da Grande Depressão para a economia brasileira. Proposto 8) (UFSM) Observe a figura: - s Quanto ao Super-Homem, criado em 1938, pode-se afirmar que cumpriu o papel de: a) estimular a conciliação entre americanos e nazistas; b) restabelecer os valores que orientaram a formação dos EUA; c) difundir o ideário da participação coletiva própria do capitalismo liberal; d) produzir reflexão crítica a respeito do individualismo burguês e) fortalecer a autoestima da sociedade abalada pela depressão econômica. Proposto 9) (ENEM) Texto I A Europa entrou em estado de exceção, personificado por obscuras forças econômicas sem rosto ou localização física conhecida que não prestam contas a ninguém e se espalham pelo globo por meio de milhões de transações diárias no ciberespaço. (ROSSI, C. Nem fim do mundo nem mundo novo. Folha de S.Paulo, 11 dez. 2011 – Adaptado) Texto II Estamos imersos numa crise financeira como nunca tínhamos visto desde a Grande Depressão iniciada em 1929 nos Estados Unidos. (Entrevista de George Soros. Disponível em: www.nybooks.com. Acesso em: 17 ago. 2011 – Adaptado) A comparação entre os significados da atual crise econômica e do crash de 1929 oculta a principal diferença entre essas duas crises, pois: a) o crash da Bolsa em 1929 adveio do envolvimento dos EUA na Primeira Guerra Mundial e a atual crise é o resultado dos gastos militares desse país nas guerras do Afeganistão e Iraque; b) a crise de 1929 ocorreu devido a um quadro de superprodução industrial nos EUA e a atual crise resultou da especulação financeira e da expansão desmedida do crédito bancário; c) a crise de 1929 foi o resultado da concorrência dos países europeus reconstruídos após a Primeira Guerra e a atual crise se associa à emergência dos BRICS como novos concorrentes econômicos; d) o crash da Bolsa em 1929 resultou do excesso de proteções ao setor produtivo estadunidense e a atual crise tem origem na internacionalização das empresas e no avanço da política de livre mercado; e) a crise de 1929 decorreu da política intervencionista norte-americana sobre o sistema de comércio mundial e a atual crise resultou do excesso de regulação do governo desse país sobre o sistema monetário.