O período entre guerras A Era dos contrastes Aula 5 Pag. 105 Profª Aline Estados Unidos e Europa Os felizes anos 20 Durante a Primeira Guerra Mundial, a economia norteamericana estava em pleno desenvolvimento. As indústrias dos EUA produziam e exportavam em grandes quantidades, principalmente, para os países europeus. E os Estados Unidos continua exportanto... Após a guerra o quadro não mudou, pois os países europeus estavam voltados para a reconstrução das indústrias e cidades, necessitando manter suas importações, principalmente dos EUA. O modo de vida do americano na década de 20 Propagandas da década de 20 americanos consumistas A SITUAÇÃO COMEÇOU A MUDAR... situação começou a mudar no final da década de 1920. Reconstruídas, as nações européias diminuíram drasticamente a importação de produtos industrializados e agrícolas dos Estados Unidos. Os problemas surgem... Com a diminuição das exportações para a Europa, as indústrias norte-americanas começaram a aumentar os estoques de produtos, pois já não conseguiam mais vender como antes. Grande parte destas empresas possuíam ações na Bolsa de Valores de Nova York e milhões de norte-americanos tinham investimentos nestas ações. BOLSA DE VALORES Ação: é a menor fração do capital de uma empresa; Quem compra se torna sócio, recebe uma quantia e pode revender a qualquer momento (podendo ter grandes lucros). Especulação: movimentos feitos pelos investidores para forçar um aumento ou queda dos preços das ações. Tecnologia permite que esses investimentos ocorra a qualquer momento e lugar. ATIVIDADE PAG 109 a e b QUEBRA DA BOLSA DE VALORES DE NOVA YORK Em outubro de 1929, percebendo a desvalorizando das ações de muitas empresas, houve uma correria de investidores que pretendiam vender suas ações. O efeito foi devastador, pois as ações se desvalorizaram fortemente em poucos dias. Pessoas muito ricas, passaram, da noite para o dia, para a classe pobre. O número de falências de empresas foi enorme e o desemprego atingiu quase 30% dos trabalhadores. A quebra da bolsa de valores de Nova York Quebra da bolsa de valores de NY A crise gera desemprego...pobreza...miséria A crise gerou milhares de desempregos Aumentam as favelas Aumenta assustadoramente o número de moradores de rua E A CRISE SE ESPALHA... Crise, também conhecida como “A Grande Depressão”, foi a maior de toda a história dos Estados Unidos. Como nesta época, diversos países do mundo mantinham relações comerciais com os EUA, a crise acabou se espalhando por quase todos os continentes. Percentual de desempregados nos EUA, entre 1929 e 1939. O BRASIL E A CRISE DE 29 crise de 1929 afetou também o Brasil. Os Estados Unidos eram o maior comprador do café brasileiro. Com a crise, a importação deste produto diminuiu muito e os preços do café brasileiro caíram.. SEMELHANÇAS Vargas e Roosevelt: para tirar os EUA da depressão econômica, investiu dinheiro do governo na economia, fazendo obras e gerando empregos para estimular o consumo (e assim, fazer girar a economia). Ou seja, ambos, em momento de crise, utilizaram recursos públicos para estimular a recuperação econômica. Sacas de café foram queimadas para conter a queda dos preços O LADO BOM DA CRISE NO BRASIL Para que não houvesse uma desvalorização excessiva, o governo brasileiro comprou e queimou toneladas de café. Desta forma, diminuiu a oferta, conseguindo manter o preço do principal produto brasileiro da época. Por outro lado, este fato trouxe algo positivo para a economia brasileira. Com a crise do café, muitos cafeicultores começaram a investir no setor industrial, alavancando a indústria brasileira ATIVIDADE “A crise atingiu o mundo inteiro. O operário metalúrgico de Pittsburg, o plantador de café brasileiro, o artesão de Paris e o banqueiro de Londres, todos foram atingidos”. PAG 111 e 112 SOLUÇÃO PARA CRISE A solução para a crise surgiu apenas no ano de 1933. No governo de Franklin Delano Roosevelt, foi colocado em prática o plano conhecido como New Deal. NEW DEAL Fez parte do plano também o grande investimento em obras públicas (estradas, aeroportos, ferrovias, energia elétrica etc), conseguindo diminuir significativamente o desemprego. O programa foi tão bem sucedido que no começo da década de 1940 a economia norte-americana já estava funcionando normalmente. O PLANO ECONÔMICO De acordo com o plano econômico, o governo norte- americano passou a controlar os preços e a produção das indústrias e das fazendas. Com isto, o governo conseguiu controlar a inflação e evitar a formação de estoques. Em novembro de 2012, em meio às eleições presidenciais americanas, o economista Alberto Ramos, diretor do banco de investimentos Godman Sachs, deu uma entrevista ao jornal português Expresso, sobre as diferenças entre os então candidatos Barack Obama (que tentava a reeleição) e Mitt Romney. “Ambos estão muito preocupados com a recuperação anêmica da economia e o elevado nível de desemprego. A ênfase do governador Romney centra-se em criar condições para estimular o setor privado (incluindo pequenas e médias empresas), enquanto o presidente Obama destaca o papel indutor e distribuidor do Estado. No fundo, é uma diferença filosófica sobre o papel do Estado e do setor privado na economia mais do que divergência de objetivos. Como tal, como ambos apostam forte em políticas de recuperação econômica (...) É interessante notar que o governador Romney tem mencionado, em várias ocasiões, que os EUA devem evitar políticas centradas no Estado, iniciativas que elevam o gasto e o deficit público”. CRISE 2008 Barack Obama e Roosevelt, na década de 1930, a atuação do Estado foi decisiva para os EUA superarem a crise econômica (através das políticas do New Deal, organizada por Roosevelt). Romney, ao contrário, defendia a diminuição da presença do Estado. “O ex-diretor-geral do FMI (Fundo Monetário Internacional) Rodrigo de Rato equiparou a crise financeira atual à de 1929, mas considerou que não haverá uma recessão como a daquela época, porque as economias estão mais bem preparadas e são mais sólidas.” ATIVIDADES PAGS 114 e 115