Expediente Anestesia em revista é uma publicação da Sociedade Brasileira de Anestesiologia Departamento de Anestesiologia da Associação Médica Brasileira Rua Professor Alfredo Gomes, 36 Botafogo - Rio de Janeiro - RJ CEP: 22.251-080 Tel.: (21) 2537-8100 Fax: (21) 2537-8188 Nesta Edição Editorial As Comissões Permanentes e a Teia Conselho Editorial: Jurandir Coan Turazzi Luiz Antônio Vane Carlos Eduardo Lopes Nunes Henri Braunstein Nádia Maria da Conceição Duarte José Mariano Soares de Moraes Airton Bagatini Diretor Responsável: Airton Bagatini Foto da capa: 42ª JASB Programação Visual: Ito Oliveira Lopes - 12516-DRT/RJ Wellington Luís Rocha Lopes Equipe Editorial: José Bredariol Jr Marcelo Marinho Marcelo Sperle Mercedes Azevedo Rodrigo Matos Impressão e Acabamento: MasterGraph Tiragem: 9.000 exemplares Distribuição gratuita IMPORTANTE: Cadastre seu e-mail na SBA Visite o site da SBA na Internet: www.sba.com.br [email protected] 4 Regionais SARGS discute o tema “Consciência Transoperatória” Simpósio Internacional de Vias Aéreas da Sociedade Paranaense de Anestesiologia 5 7 Jornadas XXXII JONNA 43ª Josulbra 8 9 Artigos Uma visão sobre o passado, presente e o futuro da Anestesiologia “PRIMO NON NOCERE”. Um princípio esquecido? 11 14 Parecer Técnico Recomendações sobre o Relatório de Anestesia 16 XXXVI Encontro dos Conselhos de Medicina da Região Nordeste e IV Seminário sobre Responsabilidade Médica 18 Panorama atual do trabalho das Comissões permanentes da SBA 19 Calendário Científico Oficial 21 Memórias do Congresso Mundial 14o Congresso Mundial de Anestesiologia 22 Provas da SBA 2008 23 Vitória recebe anestesiologistas de todo país para a 42ª JASB em junho 24 Novos Membros 28 Resposabilidade Social 30 Editorial Sociedade Brasileira de Anestesiologia As Comissões Permanentes e a Teia A s Sociedades de Especialidanamento, Comissão do Título Supedes Médicas são sociedades rior em Anestesiologia, Comissão de civis, sem fins lucrativos, Educação Continuada, Comissão de Normas Técnicas e Segurança em organizadas em torno de grupos de Anestesiologia, Comissão de Estatuafinidades, que enfrentam um consto, Regulamentos e Regimentos, Cotante desafio: manterem-se fortes dimissão de Honorários Médicos, Coante de um contexto de escassez de missão de Saúde Ocupacional e Cofontes de financiamento e de dimimissão de Sindicância de Processos nuição na crença em soluções coletiAdministrativos. São estas Comisvas para as demandas dos indivísões que, em seus respectivos camduos que compõem estes grupos. pos de atuação, assessoram a diretoNeste cenário, a maior ou menor ria executiva na elaboração de procapacidade de ampliar sua atuação jetos e solução de problemas. dependerá basicamente de sua soliMantendo o caráter representadez interna, que pode ser tivo de todos os cargos na SBA, estas quantificada através de diversos comissões são renovadas à proporparâmetros, sendo talvez o mais imDr. Carlos Eduardo Lopes Nunes ção de um terço de seus membros a Secretário Geral portante deles, o grau de participacada ano, pela Assembléia de Repreção de seus membros na trama de sentantes. Isso significa que o mandato de cada memsustentação desta instituição, tal qual os finos fios de bro de comissão é de três anos, mas também que, ano uma teia, que conferem ao conjunto, uma resistência após ano, a maioria dos membros de cada comissão – superior à soma das resistências individuais. dois terços, permanece no cargo, caracterizando um A SBA fornece um excelente exemplo deste grau de processo que é de renovação, mas com a preocupação envolvimento. Basta somarmos o número de colegas clara de preservação da experiência acumulada, evique participam dos processos internos da instituição, tando-se começar da estaca zero a cada ano. desde as Diretorias de Regionais, os instrutores, co-resGostaríamos de enaltecer o trabalho destas Comisponsáveis e responsáveis pelos Centros de Ensino e sões, cuja anônima assessoria é fundamental para o Treinamento, até os membros das Comissões Permaprocesso de tomada de decisões da Diretoria da SBA. É nentes e Comitês, que chegaremos a uma cifra que ulimportante que as Regionais, berço das futuras canditrapassa os novecentos membros. Isto quer dizer que, daturas a membro de Comissões Permanentes, divulnum universo de 8.000 associados, cerca de 12% estão, guem aos seus associados a importância deste trabade alguma maneira, trabalhando pela instituição, o que, lho, e busquem entre eles, novos valores para esta tasem dúvida alguma, é uma força considerável. refa. As Comissões Permanentes da SBA enquadram-se A grande e resistente teia que é a SBA terá muito a perfeitamente nesse contexto. Atualmente em número ganhar com isto. de oito, abrangem diversos aspectos dos processos internos da SBA, desde a formação profissional até assuntos relacionados à saúde ocupacional do Dr. Carlos Eduardo Lopes Nunes Secretário Geral anestesiologista. São elas: Comissão de Ensino e Trei- 4 - Anestesia em revista - março/abril, 2008 Regionais Sociedade Brasileira de Anestesiologia SARGS discute o tema “Consciência Transoperatória” Da esquerda para direita: Drs. Paulo Evangelista, Airton Bagatini, Florentino Mendes, Jurandir Turazzi, Gastão Duval Neto e Marco Aurélio Costa N o dia 3 de abril, a Sociedade de Anestesiologia do Rio Grande do Sul (SARGS), em parceria com o Hospital Ernesto Dornelles (HED) e com a Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA), promoveu a pré-estréia do filme AWAKE – A Vida por um Fio, com um debate a respeito do tema após a exibição do filme. O evento, ocorrido no Cinesystem do Shopping Total, teve como objetivo esclarecer as dúvidas do público leigo a respeito da anestesiologia. O filme trata do despertar de um paciente no período transoperatório. Sua exibição nos Estados Unidos causou uma péssima repercussão junto ao público leigo, que não conhece as práticas e condutas dos médicos anestesiologistas. O debate teve como painelistas o diretor social e de marketing da SARGS, Paulo Evangelista; o membro do Comitê Executivo da World Federation of Societies of Anesthesiologists (WFSA), Gastão Fernandes Duval Neto; o Presidente da SARGS, Florentino Mendes, e o Presidente da SBA, Jurandir Turazzi. A mediação ficou a cargo do diretor do departamento administrativo da SBA e ex-Pre- sidente da SARGS, Airton Bagatini, responsável pela idealização do encontro. Durante a conversa, o público presente pôde esclarecer dúvidas sobre a ocorrência da “Anestesia Consciente”. No filme, Clay Beresford (Hayden Christensen), mesmo tendo recebido a anestesia, permanece consciente e sentindo dor durante a operação de transplante de coração. No entanto, ele não consegue se mover ou gritar por socorro. É o que os médicos chamam de Consciência Transoperatória ou Anestesia Consciente, quando um paciente consegue lembrar de conversas da sala de cirurgia, não necessariamente com a presença de dor. A chance de ocorrência é de 0,1% dos casos. Segundo Evangelista, “não há garantias de que isso não aconteça, mas o profissional deve estar cuidando do paciente minuto a minuto, o que não acontece no filme. Com a monitoração e a tecnologia que temos hoje, são muito raros os casos em que essa situação ocorre. Além disso, o paciente faz Debate após a exibição do filme Anestesia em revista - março/abril, 2008 - 5 Público presente no evento (cinesystem) parte da equipe médica. O médico reage de acordo com os sinais emitidos pelo paciente”. Os palestrantes, de maneira geral, alertam que o filme é um desserviço à medicina, já que expõe práticas não realizadas pelos médicos, que assumem posturas antiéticas. Mendes afirma que “como médico, o filme choca, pois trata-se de uma conspiração de médicos”. O longa é encarado como uma oportunidade de discussão do tema. “Não estamos aqui para avaliar a qualidade do filme, mas para discutirmos os efeitos da Sociedade de Anestesiologia do Estado do Amazonas Diretoria 2008/2009 Presidente: Dra. Neuzimar de Souza Freire Silva Vice: Dra. Emily Santos Montarroyos Secretária: Dra. Rosária de Fátima Bernardes Rabelo Tesoureiro: Dr. Raimundo Nonato Souza Vieira Diretor Defesa Profissional: Dr. Álvaro Luiz Salgado Pinto Diretora Administrativa: Dra. Adriane Alves Byron de Souza Diretor Cientifico: Dr. Lindomar Fernandes de Souza Diretoria 2008/2010: Presidente: Dra. Maria Célia Ferreira da Costa Vice-Presidente: Dr. Bruno Santos Afonso de Melo 1º Tesoureiro: Dr. José Antonio de Freitas Neto 2º Tesoureiro: Dr. Sérgio Correia Soares Quintas Secretário Geral: Dr. Valdir Cavalcanti Rizzuto COOPANEST- RJ: A Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas do Estado do Rio de Janeiro Ltda Diretoria 2008/2010 Conselho Fiscal 2008/2009: Diretor Presidente: Carlos Alberto Pereira de Moura Diretor Secretário: Paulo Renato B. da Fonseca Diretor Tesoureiro: José Antonio Costa Conselho Fiscal: Albertino Guedes Henrique Antonio José Marquesi Chavantes Luiz Fernando Saubermann Suplentes: Alfredo Mesquita de Lima Carlos Alberto Dias Flavio Santos de Souza 6 - Anestesia em revista - março/abril, 2008 consciência transoperatória”, constata Turazzi. Bagatini iniciou o seminário com citações de pacientes que foram operados antes de 1846 (data da descoberta da anestesia), mostrando a importância da anestesia bem aplicada. “As pessoas têm mais medo da anestesia que do ato cirúrgico. Por isso, a conversa representa um importante passo para o esclarecimento a respeito da especialidade”. Após a abertura, os debatedores apresentaram a sua visão da profissão, do filme e do futuro da especialidade. Em seguida, a palavra foi dada ao público presente, que aproveitou a oportunidade para esclarecer os pontos que causavam mais dúvidas. O evento foi encerrado com agradecimento a presença de todos e lembrado que quanto mais se conhece um tema, menos fantasias faz-se sobre ele. SBA divulga o resultado de enquete A Sociedade Brasileira de Anestesiologia informa o resultado da enquete disponibilizada no site da entidade, no período de março/abril2008: Você está satisfeito com o Programa de Educação Continuada da SBA? Resultado: 766 associados responderam a enquete, sendo que destes 715 estão satisfeitos com o programa, ou seja, 93%. A próxima enquete, que já está disponível no site, questiona sobre a satisfação do sócio com a publicação da SBA: Anestesia em Revista. Participe respondendo, pois sua opinião é muito importante para nós. Diretoria Simpósio Internacional de Vias Aéreas da Sociedade Paranaense de Anestesiologia Numa parceria entre a Sociedade Paranaense de Anestesiologia e o Departamento de Anestesia da Universidade de Stanford, a cidade de Curitiba sediará, entre os dias 9 e 11 de maio de 2008, um curso de imersão sobre o manejo das vias aéreas que contará com a participação de nove professores desta conceituada universidade norte-americana, liderados pelo Dr. Vladimir Nekhendzy, responsável pelo Serviço de Anestesia para Otorrinolaringologia e Vias Aéreas Difíceis. Por apresentar exatamente a mesma formatação dos cursos promovidos nos Estados Unidos, o evento também receberá a denominação de THE STANFORD DIFFICULT AIRWAY COURSE. Na ocasião, estarão também presentes alguns renomados especialistas brasileiros, entre eles Dra. Cláudia Lutke (SP), Dr. Márcio Pinho (RJ), Dr. Macius Cerqueira (BA) e Dr. Fábio Topolski (PR). O curso é composto por duas etapas: um módulo teórico, onde são abordados os novos conceitos vigentes e as novas tecnologias já disponíveis aos anestesiologistas de Stanford, e que consta ainda com uma revisão dos guidelines da American Society of Anesthesiologists sobre o assunto; além disso, acontece um módulo prático, com duração de 10 horas, composto por nove estações no estilo hands-on, onde os participantes entram em contato com um diversificado arsenal de equipamentos úteis no manejo da via aérea, como Máscara laríngea, CTrach, AirQ, ProSeal, Gum elastic bougie, Introdutor Frova, Vídeolaringoscópio e Laringoscópio ótico – VideoMAc, Glidescope, Videolaringoscópio McGrath, Pentax Airway Scope, AirTraq, Cateter Aintree, Fibrobroncoscópio flexível, Fibroscópio rígido, Bullard Scope, Estilete retromolar de Bonfils, Trachlight, Jet-ventilation trans-traqueal, Bloqueadores brônquicos de Arndt e de Cohen, entre outros. O número de inscrições foi limitado pelos organizadores do curso em somente seis por estação, distribuídos em dois dias de atividades práticas, visando proporcionar um treinamento personalizado e de grande retorno para todos os par ticipantes. Em resposta à divulgação feita inicialmente apenas aos sócios da SPA, todas as 110 vagas foram preenchidas rapidamente apenas por paranaenses, o que impediu a extensão do curso para os sócios das demais regionais da SBA. Para os associados da SPA, o curso foi oferecido gratuitamente. Na seção de abertura do Simpósio, estará presente o Dr. Jurandir C. Turazzi, Presidente da SBA, e também será outorgado o título de Sócio Honorário da SPA ao Dr. Vladimir Nekhendzy. Dr. Clóvis Corso Presidente SPA Anestesia em revista - março/abril, 2008 - 7 Jornadas Drs. Leonicio Silva, Regis Manata, Rogério Carvalho, Jurandir Turazzi, Marcos Albuquerque, Marcos Ramos, José Ferreira e Mário Fascio E XXXII JONNA m março realizamos a 32ª JONNA, 4ª Jornada bloqueios periféricos e Dor, e um simpósio satélite sobre a levobupivacaína. As empresas farmacêuticas e de Norte-Nordeste de Dor e 1º Fórum de Cooperativismo, com o tema central Consenmateriais médicos apoiaram ativamente o evento e dessos, Controvérsias e Perspectivas. Discutiu-se de 27 a de já nossos agradecimentos. Foi a 4ª vez que sediamos 29 de março, uma variedade de temas relacionados à a jornada, sempre buscando associar a parte cientifica, nossa especialidade, e entre outros temas de a momentos de lazer. Foi um momento de reencontrar Cooperativismo. A SAESE sentiu-se honrada em sediar amigos, reciclar e ampliar conhecimentos. tão importante evento, que na realidade serviu como laboratório para preparação do Congresso Brasileiro de Anestesiologia, em 2013. Estiveram presentes renomados anestesiologistas, Diretoria da SBA, secretaria executiva da SBA Mercedes Azevedo, Presidentes de Regionais, e colegas de todo Brasil. A todos nosso muito obrigado. Foi muito bom tê-los conosco. Na programação científica discutimos Medicina Baseada em Evidências, Anestesia Venosa, Anestesia para Cirurgia Bariátrica, Videolaparosocpia, Anestesia para Procedimentos Fora do Centro Cirúrgico, Anestesia em Obstetrícia, Medicina Perioperatória, temas na área de Dor e na parte associativa discutimos temas de cooperativismo. Na programação ainda tiExecução do Hino Nacional pela Orquestra Sanfônica de Sergipe vemos três workshops – Gasman, Ultra-som e 8 - Anestesia em revista - março/abril, 2008 43ª Josulbra, maior evento de anestesiologia do sul do país, reuniu cerca de 500 participantes Autoridades presentes na cerimônia de abertura da 43ª JOSULBRA A Jornada Sulbrasileira de Anestesiologia (Josulbra), promovida pela Sociedade de Anestesiologia do Rio Grande do Sul (SARGS) de 18 a 20 de abril, em Bento Gonçalves, reuniu cerca de 500 participantes. Nesta edição, o evento teve como tema central Medicina Perioperatória: foco no resultado. Em várias apresentações foram discutidos temas mostrando a importância do anestesiologista ampliar sua visão sobre a especialidade. Indicadores, gestão, formas de atuar, segurança do paciente, cultura organizacional, gerenciamento de carreira, contratos e negociações, entre outros temas, compuseram a grade da programação que se mostrou inovadora nesta edição com relação a estas questões. Também foram abordados temas técnicos como o valor da estratificação do risco pré-ope- ratório nos desfechos cardíaco, pulmonar e renal; situações críticas em obstetrícia; anestesia fora do bloco cirúrgico; proteção cerebral; entre muitos outros. Simultaneamente, foram realizados a XIX Jornada de Anestesiologia do Rio Grande do Sul, a II Jornada de Dor da SARGS, o III Curso de Atualização e Capacitação em Ventilação Mecânica Aplicada à Anetsesiologia e à Medicina Perioperatória e o VII Fórum de Ensino dos Centros de Especialização em Anestesiologia da Região Sul. Uma definição ampliada do papel do anestesiologista foi discutida em diversos momentos, a começar pela conferência de abertura, ministrada, pela presidente do evento, Dra. Elaine A. Felix Fortis, que levantou a questão com o tema: Medicina perioperatória: é o futuro da es- pecialidade? Segundo ela, este é sim o futuro e ele depende das ações de hoje e dos resultados obtidos. “Temos que sair do anonimato sob o risco de desaparecermos como especialidade. A transformação de um serviço de anestesia em de medicina perioperatória depende de tempo e persistência, podendo levar mais de uma geração de médicos; exige esforços especiais e expansão dos programas de educação”, afirma. Para Dra. Elaine, é possível trabalhar com quatro hipóteses: 1) A prática limitada da anestesia, que levará o anestesiologista a ser visto como um técnico da sala de cirurgia e matar a especialidade; 2) Anestesiologistas se tornarem reconhecidos como experts no entendimento e no controle da fisiologia alterada associada com o período perioperatório; 3) Expandir a defiAnestesia em revista - março/abril, 2008 - 9 nição de complicações anestésicas, incluir qualquer coisa que se manifeste no intra ou pós-operatório, qualquer evento que é menos provável de acontecer nesse período baseado em alguma decisão ou intervenção; e 4) Ao se tornar expert em controlar alterações fisiológicas no período perioperatório e trabalhar para reduzir de forma global a mortalidade e morbidade perioperatórias, o anestesiologista não apenas sobreviverá como especialidade mas ela crescerá”, destacou. Após a conferência inaugural, ocorreu a solenidade de abertura, que contou com a presença do Prefeito de Bento Gonçalves, Alcindo Gabrielli; do coordenador da Ouvidoria do Cremers, representando o presidente, Dr. Antônio Celso Ayub; do presidente da SBA, Dr. Jurandir Coan Turazzi; da presidente da 43ª Josulbra, Dra. Elaine Felix Fortis; do presidente da Sociedade de Anestesiologia do RS, Dr. Florentino Mendes; do presidente da Sociedade de Anestesiologia do PR, Dr. Clovis Marcelo Corso; do presidente da Sociedade de Anestesiologia de SC, Dr. Jorge Hamilton Soares; entre outras autoridades. “Nosso dever será cumprido avaliando a anestesiologia, a Medicina e o Brasil. Como ciência, a anestesiologia vai muito bem. Progressos da indústria química, dos equipamentos e aparelhos são apresentados todos os dias. Existe um enorme caminho a conquistar quando pensamos em condições de trabalho, respeito profissional e contrapartida justa. Maior ainda é o abismo, e, por conseguinte a luta, quando o objetivo é estender a todos os benefícios da anestesiologia, sem restrições. O descaso, a omissão e a indiferença com o que está acontecendo assustam e constrangem. A SBA, as Regionais e os CET exercem constante esforço para oferecer a melhor formação para os futuros anestesiologistas. Qual o futuro 10 - Anestesia em revista - março/abril, 2008 deles, a persistir o quadro atual?”, indagou Dr. Florentino Mendes, em seu discurso. Na abertura, a presidente do evento, Dra. Elaine Fortis, também destacou: “o anestesiologista precisa sair do seu recanto protegido, a sala de cirurgia, e se expor”. Já o presidente da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA), Dr. Jurandir Turazzi, disse estar emo- cionado pela escolha do tema medicina perioperatória, por sua relevância. “Esta é a chance que o anestesiologista tem de realmente ser reconhecido como médico”, salientou. Para ele, a medicina perioperatória é um tema muito abrangente e está ligado diretamente com o que deverá ser o exercício da anestesiologia em médio prazo. III Curso de Atualização e Capacitação em Ventilação Mecânica Aplicada à Anetsesiologia e à Medicina Perioperatória Durante a Josulbra, também foi realizado o III Curso de Atualização e Capacitação em Ventilação Mecânica Aplicada à Anestesiologia e à Medicina Perioperatória, que buscou atualizar os par ticipantes sobre as melhorias da ventilação. “Precisamos discutir, entender e difundir o conhecimento e as mudanças que vêm ocorrendo com relação à ventilação e a recente mudança de tecnologia de ventiladores, passando de mecânicos para eletrônicos”, afirmou o coordenador do evento, Dr. Fábio A. Ribas. Um segundo ponto importante debatido, segundo ele, foi a mudança do aspecto científico relacionado ao sistema respiratório, ou seja, a forma de ventilar. “Existem diversas mudanças relacionadas a este tema, derivadas da terapia intensiva, e que estão sendo incorporados à anestesia. Isso é recente e precisamos discutir até que ponto estas alterações devem ser aplicadas em anestesia”. De acordo com Ribas, estas são mudanças claras que ocorreram e que o curso buscou difundir. “Estas novas tecnologias geram, sem dúvida, maior segurança e menor morbidade aos pacientes”, conclui. VII Fórum de Ensino dos Centros de Especialização em Anestesiologia da Região Sul Coordenado pelos anestesiologistas Dra. Elaine Felix Fortis e Dr. Airton Bagatini, o VII Fórum de Ensino dos Centros de Especialização em Anestesiologia da Região Sul contou com representantes dos 11 centros de ensino do Sul do País e foi realizado no último dia da Josulbra. “A novidade desta edição é que introduzimos os médicos em especialização, os ME, como palestrantes. Quando um docente ministrava a aula, eles estavam em número maior na mesa de debates e vice-versa. E os novos talentos como palestrantes foram um sucesso”, conta Dra. Elaine. O curso abordou temas como mercado de trabalho, situação atual do ensino da anestesiologia no Brasil, gerenciamento de carreira, cooperativismo, novos fármacos e atualizações técnicas em anestesia. No início, Dra. Elaine apresentou uma retrospectiva de todas as edições do Fórum, desde quando foi criado, em 2001. Artigo Sociedade Brasileira de Anestesiologia Uma visão sobre o passado, presente e o futuro da Anestesiologia N o dia 16 de Outubro de 1846, pouco depois das dez horas, o Dr. Warren JC dizia: “Senhores, isto não é uma farsa”. A dor estava banida da sala de cirurgia, pois a ciência havia reservado para a cirurgia e para a medicina o começo de uma nova era: Estava descoberta a anestesia! Muito se havia estudado até que este dia pudesse ser anunciado e passar para a história da medicina como um evento tão importante quanto a descoberta da penicilina. Após eras de feitiçaria, utilização de ervas, apelos religiosos e outros recursos mágicos surgiram alguns precursores que são considerados profetas da anestesia devido aos relevantes trabalhos realizados e publicados. O primeiro deles foi Priestley J, um cidadão Inglês que era pastor e químico, foi o descobridor do oxigênio e, do óxido nitroso por volta de 1771 e 1772. Nesta época, a Revolução Francesa começava a ecoar, Priestley escolheu o lado errado e foi perseguido. Sua casa e todos os seus trabalhos foram queimados. Foi então que outro Inglês, Davy H, estudioso dos trabalhos de Priestley, desenvolveu o óxido nitroso e resolveu experimentar nele mesmo. Embora, na época, fosse dito que ele morreria, o que aconteceu foi um ataque de riso e euforia. A partir daí, ele promovia reuniões em sua casa onde diversos amigos inalavam o gás como divertimento. Uma noite, em uma destas “festas” ele acometido de uma terrível dor de dente notou que a dor havia desaparecido após inalar o gás. Passou vários anos postulando que, talvez, este gás pudesse ser utilizado em cirurgias. Em 1824, Hickmann HH, solicitou a Academia Francesa de Medicina permissão para demonstrar que poderia abolir a dor com uma mistura de Gás Carbônico e Gás Hilariante. Teve seu pedido negado, foi chamado de louco e morreu aos 29 anos. Segundo Velpeau, “O bisturí e a dor eram figuras inseparáveis em uma sala de cirurgia”. Por volta de 1830 surgiram nos Estados Unidos as Ether-Parties, festas embaladas pelo éter ou pelo gás hilariante onde todos pulavam e dançavam alegremente. Em algumas destas festas, alguns se machucavam, mas nada sentiam. Crawford Willianson Long, em 30 de Março de 1842, extirpou um tumor do pescoço de um paciente, sob ação do éter. Não teve seu trabalho divulgado. Horace Wells, após assistir um destes shows, solicitou que lhe fosse extraído um dente sob ação do gás hilariante. Nada sentiu. Rumou a Universidade Boston para uma demonstração, mas como não dominava a técnica e ficou com medo de errar, administrou uma quantidade pequena e o paciente urrou de dor, saiu da cidade sendo chamado de charlatão. Fez outras demonstrações, desta vez quase levando os pacientes a morte o que fez com que Wells desistisse do uso do gás hilariante. Foi quando outro dentista, Thomas William Green Morton, começava a ver seu negócio de próteses dentárias ir a bancarrota, pois descobríra uma forma de prender as dentaduras com um cimento especial, o único problema era a dor insuportável a que os pacientes eram submetidos o que fazia com que a maioria desistisse do tratamento.Como ele não sabia utilizar o éter e já havia fracassado com o uso do óxido nitroso, resolveu estudar. Primeiro utilizou em seu cão, após no peixe, mais tarde em galinhas e nele mesmo. Fora encontrado pela es- Dr. Fernando Squeff Nora posa na sala de sua casa, adormecido. Após algumas peripécias com alunos de medicina que “covardemente” fugiam das pesquisas posteriores ele administrou éter em um colega para extração de um dente com sucesso. Ele então registrou o invento em cartório sob protestos e consultório lotado!! No dia 16 de Outubro de 1846, em Massachusetts, seria operado Gilbert Abott, portador de um tumor na maxila. Era a chance de demonstrar ao mundo sua habilidade. Nervoso, ficou estudando na noite anterior e se atrasou para a cirurgia, agendada para as 10 horas. Chegou as 10:15hs e a cirurgia praticamente já estava pronta para começar pelo método tradicional: à força!! Anestesiou o paciente e disse ao cirurgião: Senhor, o paciente é seu. A cirurgia foi realizada e ao final ele diz: Senhores, isto não é uma farsa. Por sugestão de Holmes, poeta, aquela prática passou a ser chamada de Anestesia, do Grego “ausência de sensações”. Por ironia do destino Morton e Wells tiveram experiênAnestesia em revista - março/abril, 2008 - 11 cias exitosas e desastrosas com o mesmo agente. A diferença foi que um dos pacientes era magro e fácil de anestesiar, o outro muito forte e difícil de ser anestesiado. Esta seja talvez a primeira descrição da história onde se fala em variabilidade farmacológica entre pacientes, tão comum nos dias atuais. As tentativas posteriores em utilizar a mesma técnica para cirurgias maiores falharam até que algumas “Gotas de Ópio” começaram a ser utilizadas pelos cirurgiões o que fez com que o “sucesso” do óxido nitroso e do éter perdurassem por mais alguns anos. A sala onde Morton realizou a primeira anestesia ainda existe e está intacta como na época. Amargurado, Wells acabou viciado em Éter e clorofórmio, pois somente assim sentia-se feliz. Após jogar vidros em algumas jovens na Broadway, foi preso e, após inalar clorofórmio, suicidou-se com uma incisão com auxílio de um vidro, na artéria femoral aos 33 anos. Acabou sendo condecorado pela Academia Francesa de Medicina com o título de Benfeitor da Humanidade. Até hoje, muitos de nós, sem saber, dizemos, após anestesiar um paciente: Senhor, o paciente é seu. Definindo Anestesia: A primeira definição de anestesia que se conhece está descrita no dicionário Bailey´s como: Defect in Sensation. Termo sem tradução adequado para o português tem sido definido por alguns autores como “privação das sensações”. Anestesia é realizada a mais de 150 anos. A sua definição bem como os mecanismos de ação pelo qual uma anestesia se estabelece são ainda motivo de estudos por diversos autores. Muitos aspectos já foram explicados, mas diversos outros permanecem mal entendidos. Plomley, em 1847 em carta enviada a revista Lancet, identificou 03 estágios pelo qual o paciente passava a medida que o éter ia sendo administrado durante anestesia geral: Intoxicação, excitação e narcose. Através da procura incansável em manter o paciente livre da dor 12 - Anestesia em revista - março/abril, 2008 durante procedimentos cirúrgicos, foi introduzido na prática médica o uso do éter. O processo no qual administrava-se éter com o intuito de tornar o indivíduo insensível a dor chamava-se “Eterização”. Os termos anestesia (do Grego: Without feeling) e narcose (do Grego: Estupor, paralisia) foram utilizados logo após o uso do termo eterização. Assim, com a descoberta das propriedades anestésicas do éter – inicialmente utilizado como combustível de motores a diesel e meio de extração para concentrar ácidos – Guedell, em 1937 descreveu os estágios pelos quais os pacientes passavam durante a administração de éter durante anestesia geral. Identificavam-se 04 estágios: sendo que o estágio denominado como o de número 3 era o desejado para a realização da anestesia. O estágio 4 era considerado narcose profunda e muito perigoso, pois o paciente apresentava “Sinais de intoxicação profunda”. As posições oculares e os diâmetros pupilares já eram observados como forma de identificar um estágio específico de anestesia. O pulso e os batimentos cardíacos, a medida que ficavam mais lentos e mais fracos também eram um sinal incontestável de intoxicação anestésica desejável até certo ponto, mas perigoso e indesejável se fora de controle. Durante muitos anos discutiu-se a necessidade da utilização de analgésicos potentes uma vez que: se o paciente estava inconsciente, não poderia ter percepção da dor, sendo assim, com que propósito deveríamos utilizar analgésicos? Mas alguma coisa não se encaixava bem, pois os pacientes eram anestesiados adequadamente, estavam inconscientes, mas quando ocorria o estímulo nociceptivo a freqüência cardíaca aumentava, a pressão arterial também e, com alguma freqüência, os pacientes se movimentavam. Rees e Gray, em 1948, descreveram a tríade anestésica: Relaxamento muscular, narcose e analgesia. Iniciava a busca por indicadores mais precisos que pudessem estabelecer um objetivo concreto a ser alcançado durante anestesia geral. Pela primeira vez na história, foi descrita, de forma separada, a compartimentalização dos componentes da anestesia. Talvez este seja o primeiro registro que conhecemos onde um autor descreveu que não bastava apenas narcose ou, como conhecemos nos dias atuais, inconsciência, era necessário promover analgesia – ausência de dor. Somente a partir de 1957, com Woodbridge e a sua “Tétrade Anestésica” é que os conceitos atuais começaram a ser introduzidos. Ele descreve 04 componentes da anestesia geral: Bloqueio mental, sensorial, motor e abolição dos reflexos autonômicos. Woodbridge, sugeriu a utilização do termo Nothria cujo significado grego era torpor(inatividade motora e mental associada a insensibilidade). Paralelamente a necessidade de definir e quantificar o ato anestésico para que este pudesse ser adequadamente compreendido e, portanto, monitorizado, ocorreu a necessidade de obtenção de relaxamento muscular para que cirurgias intracavitárias pudessem ser realizadas com mais conforto por parte dos cirurgiões. Assim, em Janeiro de 1942, Griffith e Jonhson publicaram os primeiros relatos da utilização de bloqueadores neuromusculares. Alguns anos após a introdução destes fármacos, Beecher e Todd, analisando 600 mil procedimentos anestésicos, concluíram que o curare tinha aumentado em 6 vezes o número de mortes em anestesia. A estas alturas a famosa tríade anestésica, esta já em voga nos tempos mais modernos e recentes, era composta de: Inconsciência, analgesia e relaxamento muscular. Em 1987, Prys-Roberts, define a anestesia geral da seguinte forma: “ É o estado de inconsciência induzida por drogas no qual o paciente não sente nem lembra de um estímulo nociceptivo”. Em seu artigo, entitulado Anaesthesia: A practical or impractical construct?, ele vai mais além descrevendo que a consciência é o elemento fundamental e que ela depende de um fenômeno chamado “Tudo-ounada”. Com esta afirmativa, acreditava ele que um indivíduo não pode estar meio acordado ou meio dormindo. Ou ele está inconsciente ou ele está consciente. Assim um paciente passa da mais absoluta inconsciência para o estado alerta sem que existam planos mais ou menos profundos. Além disto, Prys-Roberts descreveu que existem apenas 02 componentes na anestesia geral: Inconsciência e Analgesia. O relaxamento muscular é descrito por ele como um coadjuvante da anestesia. É utilizado para o cirurgião e não para o anestesiologista ou para o paciente. Talvez por este motivo, Jones tenha descrito que “ A indução farmacológica à paralisia muscular, é a mais profunda transgressão fisiológica. O curare não mata, a despeito das observações de Beecher e Todd, mas sim o seu uso inapropriado. Após este breve histórico, fica fácil compreender que a necessidade de quantificar e definir a anestesia geral é uma busca incansável de diversos autores e continua sendo nos dias atuais. Vickers, em 1987, apimentou a discussão a respeito dos estados de inconsciência descritos por PrysRoberts descrevendo que existem estágios de inconsciência e estados de não inconsciência durante anestesia geral. Este relato deu início aos estudos sobre memória transoperatória. Jones, em 1989, descreveu 02 tipos de memória transoperatória: Memória Explícita ou declarativa na qual o paciente verbaliza espontaneamente um episódio transoperatório vivenciado e, Memória Implícita ou não declarativa, onde o paciente não verbaliza qualquer fato concreto, mas apresenta indícios de memória subjetiva a alguma experiência vivida durante o evento. Tais pacientes passam a ter pesadelos, fobias, mudanças de comportamento e alterações mentais associativas onde, passam a desenvolver medo em realizar tarefas antes realizadas como, por exemplo, utilizar uma furadeira para colocar um prego em uma parede. A associa- ção desta com alguma situação vivenciada durante o procedimento cirúrgico faz com que este paciente passe a desenvolver medo sempre que escuta o mesmo som. O exemplo acima descreve uma entidade chamada “Síndrome de Stress pós-traumático” . Todo o entendimento a cerca dos componentes da anestesia, como alcançá-los e, principalmente, como monitorizá-los adequadamente tem levado a uma verdadeira revolução conceitual e laboratorial da Anestesiologia moderna. A dor foi finalmente compreendida como uma síndrome e não apenas como um sintoma onde o paciente percebe que algo desagradável está lhe incomodando e retira vigorosamente o membro em contato com o agressor. Esta visão permitiu estabelecer um conceito mais amplo e multifatorial para a dor. Através do entendimento de que a dor é uma síndrome capaz de desencadear a liberação de diversas substâncias, tais como hormônios e neurotransmissores, foi possível estabelecer que a analgesia é um componente importante da anestesia da mesma forma que é a inconsciência. Reader, em 1996, descreveu alguns locais de ação das nossas drogas em anestesia a fim de determinar os sítios anatômicos de atuação de cada uma delas. Uma vez estabelecidas as metas, através da determinação mais precisa do que deveríamos obter para realizar anestesia geral, foi que iniciaram os estudos que desenvolveram as formas de monitorizar estes componentes. A partir de uma regra básica foi possível o desenvolvimento de monitores específicos para quantificar e qualificar a anestesia. Esta regra baseia-se no substrato anatômico de ação de um determinado fármaco. Uma vez determinado com exatidão qual o local de ação de um fármaco, pode-se desenvolver um monitor específico para ele. O problema é quando o fármaco age em diversos locais, pois isto dificulta a determinação de um sítio de ação a ser monitorizado. A partir de 1996 e 1997, com autores como Heier T, Sebel PS e Glass OS e Kissin I, o termo profundidade da anestesia começou a ser questionado e iniciou-se o que os autores definiram como “ a procura por um indicador seguro de anestesia adequada”. Descreveram que a anestesia não pode ser mais ou menos profunda e sim adequada ou não. “O anestesiologista administra fármacos a fim de bloquear determinados efeitos causados pelo trauma cirúrgico”. “Esta procura por um indicador seguro de anestesia adequada deveria ser realizada procurando-se índices separados para cada componente”. A American Board of Anesthesiology define a anestesia como o processo onde se faz com que o paciente seja mantido insensível a dor quando submetido a um estímulo nociceptivo. Sendo insensibilidade a dor não necessariamente associada a inconsciência. Assim, um bloqueio regional onde, através da utilização de anestésicos locais, tornamos uma determinada região insensível a dor, é chamada de anestesia. Durante anestesia o paciente deve ter seus sinais vitais e homeostase completamente vigiados e adequadamente monitorizados e mantidos dentro da normalidade, função que compete ao Anestesiologista. Estamos passando de um momento histórico onde éramos meros observadores de uma ação farmacológica através de um desfecho clínico previsto para uma atitude pró-ativa onde, através, do conhecimento científico e farmacológico administramos um fármaco, prevemos o seu efeito, seu tempo de ação, efeitos adversos e recuperação de forma muito estreita, fidedigna e segura. Não somos mais meros espectadores. O antigo e o novo se misturam e se agregam de forma que o antigo não seja velho o bastante para deixar de ser utilizado e o novo não seja tão experimental que ainda não possa ser tentado e introduzido em nosso meio. Boas Anestesias !! Dr. Fernando Squeff Nora Anestesia em revista - março/abril, 2008 - 13 Artigo Sociedade Brasileira de Anestesiologia “PRIMO NON NOCERE”. Um princípio esquecido? N uma análise publicada no livro To err is human, editado pelo Instituto de Medicina, National Academy Press, Washingon, D.C., 2.000, sob a responsabilidade de Kohn Linda e Dondaldson Molla, em sua página 1, se declara que aproximadamente cem mil indivíduos morrem a cada ano nos Estados Unidos, vítimas de erros médicos grosseiros, tais como troca de medicamentos, dosagens erradas, cirurgias feitas por engano, troca de pacientes e daí por diante, mostrando que a lei de Murphy reina livre em nossa profissão. Em anestesia, somente nestes últimos anos tem sido relatados acidentes absurdos, tais como os que ocorreram na Inglaterra em 2006, publicados pelo The Sunday Times, em 18 de junho, onde foram citadas 200 ocorrências de convulsões pela bupivacaína, com três mortes, num período de vários meses, sem que fossem tomadas, desde seu inicio, as providências necessárias para evitar as falhas elementares que causaram o problema e tratar corretamente esta complicação. As vítimas foram mulheres que receberam cateteres peridurais, para procedimentos obstétricos (cesareana). Estes foram mantidos nas primeiras 24/ 48 horas, para tratatamento de dor pós-operatória, com gotejo do anestésico, acondicionado em bolsas plásticas, sob a responsabilidade de parteiras. Todos estes casos foram devidos à introdução inadvertida da solução de bupivacaína na veia, confundida com soro glicosado ou Ringer Lactato. ISTO ACONTECEU NO REINO UNIDO! No Brasil foram publicados dezenas de incidentes onde ampolas para raquianestesia ou peridural foram confundidas com todos os tipos de produtos: formol, tiopental, cedilanide, morfina, relaxantes musculares, dipirona, ácido mefênamico e várias outros, resultando em mortes ou lesões graves, numa série enorme de erros inadmissíveis por negligência e pouco caso por parte do profissional responsável (Fortuna, A: Acidentes e complicações em anestesia regional, 35º CBA, Belém, Pará. Fortuna A., Toxicidade dos Anestésicos Locais, Nov. 29, 1988, 53º CBA, Goiânia, “Aproveitamento” de restos de ampolas e frascos de produtos utilizados para anestesia raquidea ou peridural, como constatamos durante a guerra civil na Nicarágua, na década de 80, foram responsáveis por 34 casos de lesões neurológicas graves, tais como aracnoidite adesiva, resultando em paraplegia, tetraplegia e mortes. Contaminação, por falta de esterilização completa das ampolas dos anestésicos, por dentro de por fora, foi também um fator significativo. 14 - Anestesia em revista - março/abril, 2008 Nossa ida a Nicarágua foi patrocinada pelo governo francês o pelos Medecins du Monde. Vide “Anais do Congresso Mundial de Anestesiologia ,Washington, D.C., USA. Maio 15-18, 1988”. A lista destes erros e tragédias, com suas variações é imensa. Gostaríamos de sugerir aqui uma ação efetiva de todos, para retornarmos aos princípios do primo Dr. Armando Fortuna non nocere, pela adoção de rotinas simples e rígidas no manejo de atos anestésico-cirúrgicos. Basicamente seriam os seguintes: Visita pré-anestésica pelo menos no dia anterior e consentimento informado. Nas urgências, comunicação aos familiares sempre que possível. 1) Seguir o exemplo da Mayo Clinic, onde toda a equipe cirúrgica se apresenta ao paciente, para verificar se não houve engano em relação ao procedimento e ao enfermo. Isto evitaria craniotomias em lugar de cirurgia de membro inferior, plástica de esfíncter anal onde o problema era um fratura de pé e não incontinência fecal e assim por diante. 2) A adoção de uma pulseira com código de barras, com leitor na sala de operações, seria uma medida extra de segurança. Em sua falta, uma etiqueta escrita com o nome do paciente e a intervenção programada. 3) Nenhum método de anestesia regional poderia ser executado sem a prévia garantia de uma veia permeável e com monitores colocados, além de material de reanimação sempre presente. 4) Rotina básica para tratamento de convulsões devidas a anestésicos locais: succinilcolina/02 (preparada numa seringa, bem marcada), bolsa auto inflável para possibilitar respiração controlada, a ser iniciada no máximo 30 segundos após os primeiros sintomas. Vasopressores quando necessários. 5) Nenhuma droga ou agente deverá ser usada sem que uma segunda pessoa presente verifique o nome do mesmo, sua validade e a dosagem que será utilizada. 6) Pelo menos reuniões quinzenais da equipe de anestesia para discutir eventuais problemas ocorridos no hospital. Protocolos e fichas de anestesia claras e detalhadas. 7) Criação, pela SBA e pela CLASA de um banco de dados sobre acidentes, complicações, mortes em anestesia e near misses. Isto seria seguido por um grande esforço promocional, para que se tornasse uma ação efetiva. Temos no Brasil uma iniciativa desta natureza, feita pela Anvisa, que está em seus primeiros passos. Nosso banco de dados seria baseado no da ASA, das Closed Claims e de outros afins, da Inglaterra, Austrália e França. 8) Dedicar sempre, em nossos Congressos, um espaço importante para discussão de eventos adversos, aspectos legais e éticos de nossa especialidade, além dos progressos que tem sido feito no mundo inteiro em relação a preceitos de segurança. 9) Insistir com os Centros de Ensino e Treinamento da SBA de que o tema mais importante em anestesia é o fator “vigilância”. Acentuar o Primo non nocere e o KISS, como principios básicos no manejo dos pacientes. O KISS, lema adotado pelos Seals, corpo de elite da marinha americana, reza o seguinte: keep it simple, stupid... Ou seja, mantenha seus métodos sempre os mais simples possíveis, evitando “sopas de pedra” ou coisas afins. Quanto mais complicada um ato anestésico, mais chance das coisas darem erradas. 10) Adoção de exercícios periódicos de segurança no Centro Cirúrgico “O que fazer no caso de incêndio? Quantos conhecem a localização dos extintores? Rota de evacuação? A inspeção rotineira dos sistemas elétricos deveria ser feita pelo menos a cada três meses. 11) Insistir para que os fabricantes de cateteres para bloqueios apresentem o produto identificado por cores vivas ou que tenham terminações que não aceitem seringas comuns. Ampolas de agentes anestésicos com rótulos claros e bandas coloridas para fácil verificação. Prazo de validade marcado pelo fabricante. Em caso de bolsas plásticas, para serem usadas com anestésico local, cores de identificação serão indispensáveis. 12) Reutilização de seringas e material descartável nem pensar. Vejam as noticias do mês passado, sobre um Centro de Endoscopia de Southern Nevada, onde alguns indivíduos, entre março de 2004 a Janeiro de 2008, foram contaminados por hepatite B e C além da suspeita de HIV. A causa do desastre foi à reutilização de seringas entre enfermos. 40.000 pacientes estão sendo investigados. Tudo isto para aproveitar seringas que custam 25 centavos de dólares, utilizando a mesma solução para diferentes enfermos. A ação proposta na Justiça do Estado está demandando mais de 10 mil dólares por cada ocorrência. Há muitos itens que poderiam ser acrescentados. Fica aqui a sugestão de que outros colegas colaborem neste tema e este esforço conjunto possa ser o ponto de partida para a confecção de um manual simples, “Cuidados Obrigatórios de Segurança e Vigilância em Anestesia”, a ser editado e distribuído pela SBA, a todos os membros da nossa Sociedade. Seria uma maneira de retornarmos ao Primo non nocere... Prof. Armando Fortuna, TSA, OAB SP. OBITUÁRIO NOME MATR. REGIONAL Dra. Denise Sacramento Kunzler Dr. João Lopes Vieira Dr. Raphael Augusto Bellini 07609 01307 00882 SARGS SAESP SAESP Homenagem, Agradecimento e Despedida O verdadeiro Médico é o Anestesiologista: Por vivermos num mundo tão pobre em reconhecimento e gratidão, quero hoje homenagear alguém: humilde, amante da anestesiologia , do trabalho e, acima de tudo, do paciente. Aquele que guardarei com muitas saudades dos anos de minha residência...aprendi muito com tanto dinamismo, disposição e entusiasmo, com todo aquele jeito simples, agitado e talvez ingênuo de ser, de transmitir auto confiança e paixão pela anestesiologia ; desde então, passei a admirá-lo por ser corajoso nos procedimentos, incansável, competente, perseverante, dominador de seu stress, ágil em suas ações, sempre seguro, aquele que lutava sempre um pouco mais pela vida e estudava muito ... Os meus dois anos se passaram e ele muito me ensinou ...nada escondia. E a cada erro me repreendia com rapidez e sem cerimônia... Exerceu uma grande contribuição para esta Sociedade de Anestesiologia, para todos os residentes que tiveram o prazer de conhecê-lo e muito mais pelos inúmeros pacientes por ele atendidos... Nesse momento ele deve estar sentado em alguma nuvem esperando um aparelho de anestesia para poder mudar a história da vida de alguém, afinal de contas, ele sempre dizia que o verdadeiro Médico é o Anestesiologista... Muito obrigada Dr. João Lopes Vieira. Dra. Mônica da Cunha Gobbo – TSA MD Responsável- CET HMCP.PONT.UNIV. CATÓLICA DE CAMPINAS Informação importante para os Responsáveis por CET Prazo para envio do Relatório Anual referente ao ano 2007 até 30/06/2008. O CD-Rom com o Programa para preenchimento já foi encaminhado pelo correio. Também disponível na área restrita aos Responsáveis no Portal/SBA. Anestesia em revista - março/abril, 2008 - 15 Parecer Técnico Sociedade Brasileira de Anestesiologia Recomendações sobre o Relatório de Anestesia A CNTSA/SBA considera alguns itens importantes na RECOMENDAÇÃO ao CORRETO PREENCHIMENTO DO RELATÓRIO DA ANESTESIOLOGIA: 1. Considera que o alvo de toda a atenção do médico é a saúde do ser humano, em benefício da qual deverá agir com o máximo de zelo e o melhor de sua capacidade profissional; 2. Que o médico anestesiologista é o responsável pelo posicionamento do paciente, bem como do acesso vascular e equipamentos de monitorização necessários e recomendados ao procedimento proposto, pela intubação traqueal, administração de agentes (sedativos e anestésicos), drogas, fluidos intravenosos e oxigênio, e pela monitorização e avaliação do balanço hídrico, incluindo débito urinário e perda sangüínea; 3. Que todas estas funções devam ser registradas em ficha descritiva em intervalos para descrever sinais vitais, fluidos, agentes e drogas administradas. 4. Que as funções dos registros de anestesia devem auxiliar de forma ótima à: Documentação cronológica e precisa de posologias, procedimentos e suas evoluções e conseqüências sobre o paciente tratado no âmbito do período assistido pelo(s) anestesiologista(s) responsáveis. Assim posto RECOMENDAMOS: a observância rigorosa das determinações do Conselho Federal de Medicina conforme resolução 1802/06 em que seus termos: Art. 1º Determinar aos médicos anestesiologistas que: III – A documentação mínima dos procedimentos anestésicos deverá incluir obrigatoriamente informações relativas à avaliação e prescrição préanestésicas, evolução clínica e tratamento intra e pós-anestésico (ANEXO I). ANEXO I 2. Ficha de anestesia, incluindo: a. Identificação do(s) anestesiologista(s) responsável (is) e, se for o caso, registro do momento de transferência de responsabilidade durante o procedimento b. Identificação do paciente c. Início e término do procedimento d. Técnica de anestesia empregada e. Recursos de monitoração adotados f. Registro da oxigenação, gás carbônico expirado final (nas situações onde foi utilizado), pressão arterial e freqüência cardíaca a intervalos não superiores a dez minutos g. Soluções e fármacos administrados (momento de administração, via e dose) h. Intercorrências e eventos adversos associados ou não à anestesia 16 - Anestesia em revista - março/abril, 2008 Art. 3º Entende-se por condições mínimas de segurança para a prática da anestesia a disponibilidade de: I - Monitoração da circulação, incluindo a determinação da pressão arterial e dos batimentos cardíacos, e determinação contínua do ritmo cardíaco, incluindo cardioscopia; II - Monitoração contínua da oxigenação do sangue arterial, incluindo a oximetria de pulso; III - Monitoração contínua da ventilação, incluindo os teores de gás carbônico exalados nas seguintes situações: anestesia sob via aérea artificial (como intubação traqueal, brônquica ou máscara laríngea) e/ou ventilação artificial e/ou exposição a agentes capazes de desencadear hipertermia maligna. Acrescentadas também as seguintes resoluções: a. Resolução do CFM nº 1.409/94 que regulamenta a prática da cirurgia ambulatorial que: Art. 1º - Determinar aos médicos que, na prática de atos cirúrgicos e ou endoscópicos em regime ambulatorial, quando em unidade independente do Hospital, obedeçam às seguintes condições: b) registro de todos os procedimentos realizados; b. Resolução do CFM nº 1.670/03 Art.1° - Nos ambientes em que se praticam procedimentos sob “sedação consciente” ou níveis mais profundos de sedação, devem estar disponíveis: 1. III.Material para documentação completa do procedimento, devendo ficar registrado o uso das medicações, suas doses e efeitos; 2. Que a “Ficha de Registro de Anestesia”, em seu original, deve ser exclusivamente utilizada como parte integrante e indivisível do prontuário médico, tendo como objetivos auxiliar de forma ótima à documentação cronológica e precisa de posologias, procedimentos e suas evoluções e conseqüências sobre o paciente tratado no âmbito do período assistido pelo(s) anestesiologista(s) responsáveis 3. Que, quando necessário, o médico anestesiologista deve utilizar formulários padronizados pela instituição como integrantes do prontuário médico para realizar anotações 4. Que a “Ficha de Registro de Anestesia” deve ter as seguintes informações mínimas necessárias: A - FRENTE ou CAPA 1. Informações Identificadoras do Paciente a) Nome completo b) Data de nascimento c) Idade atual d) Número de Identificação (número do prontuário médico) e) Sexo f) Raça/cor g) Peso h) Altura i) Outros (de acordo com necessidades da instituição) 2. Informações prévias a) Cirurgia proposta (incluir se possível, todas as informações pertinentes sobre o ato cirúrgico, como posicionamento, etc...) b) Cirurgia realizada c) Equipe cirúrgica responsável d) Médico(s) anestesiologista(s) responsável(is) e) Descrição da avaliação pré-anestésica e informações clínicas do paciente I- As informações podem ser apresentadas em modo descritivo (mais recomendado), ou através da utilização de lacunas (método dirigido) II - Sugere-se que esta sessão deva conter o maior número de informações possíveis sobre o paciente III - Deve haver conclusão da avaliação e utilização do “Estado Físico-Anestésico (classificação da ASA), além de outros índices, se forem pertinentes e consagrados IV - As informações aqui registradas não eximem o médico anestesiologista de registrar a “Visita PréAnestésica”, seja em “Folha de Evolução Médica” do prontuário ou ficha própria da instituição f) Descrição de medicamentos prescritos e administrados e/ou procedimentos realizados após a avaliação pré-anestésica, incluindo efeitos esperados ou não, efeitos adversos ou intercorrências g) Espaço para anotações a) Espaço para descrição de informações sobre eventos ocorridos no período perioperatório b) Espaço para assinatura do(s) médico(s) anestesiologista(s) responsável(is) B - FACE GRÁFICA 1 . Tabulação Gráfica Geral a) O sentido da “Ficha de Registro de Anestesia” (tipo “retrato” ou “paisagem”) deve seguir as características da instituição b) Recomenda-se as utilização da relação “01 quadrado”= 05 minutos c) A interface gráfica deve ser obrigatoriamente constituida de: I - Espaço para registro da escala de tempo contínua II - Espaço para drogas, gases e vapores de uso contínuo III - Espaço para registro de administração de fluidos endovenosos IV - Espaço para registro contínuo da monitorização mínima obrigatória • Eletrocardiografia • Pressão arterial • SpO2 • Capnografia e capnometria V - Espaço para registro de monitorização adicional (o espaço deve variar de acordo com as características e necessidades da instituição) VI - Espaço para registro contínuo dos métodos de ven- tilação, incluindo da oxigenoterapia ou parâmetros do ventilador, se utilizados. VII - Espaço para identificar eventos específicos, utilizando a simbologia consagrada, que deve incluir: • Início e término da anestesia • Início e término da cirurgia • Administração de drogas • Mudanças de posicionamento • intercorrências • Outros eventos, se pertinentes. 2. Espaços específicos a) Descrição dos procedimentos: deve haver espaço próprio e suficiente para a descrição minuciosa e sequencial de procedimentos realizados pelo anestesiologista I - Condições de admissão na sala de cirurgia II - Início e término da anestesia: inicia-se na ADMISSÃO do paciente na sala de cirurgia e termina em sua ALTA para a Sala de Recuperação PósAnestésica ou outro setor do hospital onde permanecerá em seu período pós-operatório inicial (baseado no fato que é de responsabilidade do médico anestesiologista a avaliação das condições do paciente à cirurgia proposta, representada pela sua admissão ou não na sala de cirurgia, bem como sua condição de alta da mesma) III - Início e término da cirurgia: inicia-se no momento da incisão, ou quando iniciar-se o procedimento diagnóstico ou terapêutico; seu término é condicionado a avaliação do cirurgião IV - Administração de medicamentos • Nome • Via • Dose e concentração • Horário • Efeito adverso (ex., rash cutâneo após antibiótico) a. Segundo recomendação da ANVISA, a descrição de medicamentos no prontuário médico deverá utilizar somente o nome da substância (“princípio ativo”) (vedado o uso de qualquer nome comercial) b. Devem seguir ordem cronológica, utilizando simbologia para evidenciar no gráfico o momento de sua administração c. Se for de uso contínuo, deverá ser registrado no espaço gráfico apropriado d. Todos os medicamentos administrados devem ser descritos, inclusive aqueles utilizados pelo cirurgião (anestésico local, adrenalina, etc..), auxiliares de cirurgia (azul de metileno) ou aqueles solicitados por outros (como antibióticos, manitol, etc..). Sugere-se colocar observação sobre quem indicou sua utilização (caso não seja o anestesiologista) e. Somente medicamentos administrados devem ser descritos na ficha de anestesia (não devem ser descritos, por exemplo, a atropina “aspirada” mas não utilizada) V - Procedimentos VI - Outros VII- Condições de alta da sala de cirurgia • Estado clínico • Patência da via aérea • Ventilação • Acessos vasculares • Monitorização • Suportes especiais • outros Anestesia em revista - março/abril, 2008 - 17 VIII - Destino após a alta da sala de cirurgia • IMPORTANTE: a “Escala de Aldrette-Kroullick, em sua forma original ou modificada, NÃO se aplica a quantificar as condições de alta do paciente da sala de cirurgia, (somentes as condições de alta da sala de recuperação pós-anestésica), portanto não deve ser utilizada aqui b) Descrição de técnica anestésica; deve haver espaço suficiente para a descrição da técnica utilizada I - Tipos de anestesia (classificação recomendada pela SBA) • Geral • Condutiva • Sedação • local c) Descrição do equipamento de anestesia utilizado I - Sistema de ventilação e método de absorção de CO2 (utilizar classificação recomendada pela SBA) • Sistemas com reabsorção de CO2 1. Circulares a. Valvulares b. avalvulares 2. Não-circulares a. Valvulares b. avalvulares • Sistemas sem reabsorção de CO2 1. Valvulares 2. avalvulares • • • • • • Medicamentos de uso contínuo Fluidos endovenosos Monitorização obrigatória e específica Parâmetros ventilatórios e de oxigenoterapia intecorrências outros h) RESUMOS: (podem ser adaptados de acordo com as necessidades da instituição) I - Medicamentos (doses totais) II - Balanço hídrico final • Fluidos administrados (podem ser especificados) • Fluidos perdidos (podem ser especificados) i) Espaço para descrições adicionais Março de 2008 CNTSA/SBA Dr. Carlos Rogério Degrandi Dr. Marcio Augusto Lacerda Dr. Neuber M. Fonseca XXXVI Encontro dos Conselhos de Medicina da Região Nordeste IV Seminário sobre Responsabilidade Médica II - Vaporizadores (utilizar classificação recomendada pela SBA) • Universais • calibrados III - Fluxo e concentração de gases e vapores IV - Métodos de reabsorção de CO2 V - outros d . Descrição dos métodos de manutenção da patência das vias aéreas, incluindo acesso, dificuldades e intercorrências: e . Descrição da Monitorização I - Monitorização Mínima utilizada (conforme Resolução CFM 1802/06 ) a. Eletrocardiografia (sugere-se descrever as derivações utilizadas) b. Pressão arterial (com a descrição do tipo de aferição da pressão arterial – ex. Manual ou auscultatória, tonooscilométrica ou direta ou invasiva) c. Oxímetro de pulso d. Capnografia e capnometria II. Monitores adicionais (para casos selecionados) f) Proteção adotada no paciente I - Posição e mudanças II - Proteções ao posicionamento (uso de coxins, proteção ocular, almofadas, etc..) III - Segurança elétrica para proteger equipamentos (ex: aterramento) IV - Outras g) Registro gráfico ou tendência continua: I - obrigatórios . • Gases e vapores 18 - Anestesia em revista - março/abril, 2008 Da esquerda para direita: Jurandir Turazzi e José Abelardo Meneses No período de 24 a 26 de abril próximo passado, a Sociedade Brasileira de Anestesiologia esteve representada no XXXVI Encontro dos Conselhos de Medicina da Região Nordeste e IV Seminário sobre Responsabilidade Médica, através de seu Presidente - Jurandir Coan Turazzi e Diretor do Departamento de Defesa Profissional - José Mariano Soares de Moraes, quando nesta oportunidade foi destacada a importância do registro de documentação nos procedimentos médicos. Durante este evento foi lançado o Livro RESPONSABILIDADE CIVIL MÉDICO-HOSPITALAR E A QUESTÃO DA CULPA NO DIREITO BRASILEIRO, cujo autor Professor Leonardo Vieira Santos, pós-graduado em Direito pela Universidade Federal da Bahia – UFBa, participou do SEMINÁRIO na qualidade de Palestrante. ERRATA Na Anestesia em Revista nº 01/2008 a matéria da página 11, foi publicado um erro no título, assim sendo, onde lê-se Poluição Ambiental de Anestésicos Locais, leia-se “Poluição Ambiental por Anestésicos Inalatórios”. Panorama atual do trabalho das Comissões permanentes da SBA Comissão de Normas Técnicas e Segurança em Anestesia (CNTSA) 1 – Participação na CB 26 – COMITÊ BRASILEIRO ODONTO MÉDICO HOSPITALAR SC 26:060 – SUBCOMITÊ DE EQUIPAMENTO, FORNECIMENTO E ACESSÓRIOS DE RESPIRAÇÃO E ANESTESIA, CE 26:060.01 – COMISSÃO DE ESTUDO EQUIPAMENTO RESPIRATÓRIO E DE ANESTESIA, na sede social da ABIMO, localizada à Av. Paulista, 1313 - 8º -conj. 806 São Paulo – SP , para Revisão da Norma ABNT NBR ISO 11195:2000 – Misturador de gases para uso medicinal – Misturador de gases independentes e Análise da ISO International Organization for Standardization. 2 – Parecer da Consulta Pública nº 109 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), em reunião realizada no dia 14 de Novembro de 2007, para proposta do Regulamento Técnico para Serviços de Atenção Obstétrica e Neonatal, publicada no D.O.U de 20/11/ 2007 pela Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 3 – Parecer Técnico (PE-1255/2008), sobre o Relato de Caso publicado na Revista Brasileira de Anestesiologia, 2008;58(1):63-68, e à réplica da empresa HB Hospitalar Ind. E Com Ltda, fabricante do Aparelho Conquest 3000. 4 – Resposta ao parecer técnico sobre anestesia regional associada com dexametasona. 5– Elaboração e recomendação das diretrizes e necessidades básicas para o relatório da anestesia com sugestão de ficha padrão a ser disponibilizada aos sócios da SBA. 6 – Elaboração de tema da área de atuação da CNTSA/SBA, abordando o tópico conforme meta proposta para o ano de 2008: Dr. Neuber Martins Fonseca - Presidente da CNTSA/SBA Recomendações sobre exposição a agentes anestésicos (Poluição ambiental). Abril de 2008 Membros da CNTSA/SBA 2008 Dr. Carlos Rogério Degrandi - SP Dr. Marcio Augusto Lacerda - RJ Dr. Neuber Martins Fonseca - MG Comissão de Educação Continuada (CEC) Os principais objetivos da CEC-SBA são o assessoramento da Diretoria sobre a Educação Continuada, a criação de programas de ensino para o anestesiologista e a participação junto a Comissão Nacional de Acreditação (CNA) – AMB-CFM – provendo os mecanismos para a revalidação do Certificado de Atualização Profissional (CAP). Dr. Antonio Roberto Neste ano, 2008, apresentaCarraretto mos um projeto para a criação Presidente da CEC/SBA de vídeo-aulas, com o conteúdo do programa dos CET, para possibilitar a padronização do programa e facilitar a divulgação do conhecimento em todos os CET do Brasil. Estas vídeo-aulas, ministradas por especialistas de renomado conhecimento sobre o assunto, permitirão o complemento do programa de determinados CET. A primeira aula já foi ao ar, por meio de vídeo conferência (Web Meeting) pela Internet, e encontra-se disponível para ser assistida a qualquer momento, pelo site da SBA. Continuamos com o programa de Web Educação, com a renovação da parceria com a Eurofarma, para mais nove aulas em 2008. A primeira aula já está disponível pelo site da SBA e oportunamente somarão créditos para o CAP. O Curso Ensino à Distância (no site: Educação Continuada/Curso Ensino à Distância) contém dezenas de testes relacionados aos capítulos do Curso de Educação à Distância em Anestesiologia (Volumes I a VII). Estamos recebendo dos Comitês os capítulos para a editoração do VIII Curso de Educação à Distância em Anestesiologia, lembrando que as avaliações dos capítulos de 2007 estão sendo progressivamente publicadas no site da SBA, para o estudo e a resposta do questionário de avaliação que pontua créditos junto a CNA. Temos participação ativa junto a CNA (AMB-CFM), para a aprovação e pontuação dos eventos e programas de educação continuada, relativos a nossa área. A CEC-SBA agradece aos membros que participam deste processo de atualização profissional e encontra-se ao dispor para sugestões que possam aprimorar o desenvolvimento de nossa especialidade. Comissão de Educação Continuada SBA - 2008 Dr. Antonio Roberto Carraretto – ES Dr. Daniel Volquind – RS Dr. Pedro Thadeu Galvão Vianna – SP Anestesia em revista - março/abril, 2008 - 19 Comissão de Ensino e Treinamento (CET) A presidente da CET, Dra Ligia Mathias, esAlém disso, a Comissão de Ensino e Treinateve presente à reunião da Diretoria da SBA com mento teve quatro reuniões na sede da SBA, os presidentes das comissões e comitês e em em fevereiro, março, abril e maio. Fruto destas outras reuniões, na sede da SBA, na AMB e na reuniões e do trabalho diário dos membros FMUSP, quando foi abordado o tema “O Futuro desta Comissão, já foi entregue pronta à sedas Escolas Médicas”. cretaria da SBA, a prova do TEA. A prova de A presidente, o secretário da CET - Dr. ME1 já está sendo finalizada, começando em João Abrão e os membros da CET, Drs. Ana maio a finalização da prova de ME2. Maria M. Caetano, Getúlio Rodrigues e Mary Foram também realizadas de fevereiro até Neide Romero estiveram na JONNA e abril nove vistorias e já entregues os relatórios JOSULBRA, onde realizaram reuniões com os à Diretoria Científica da SBA. Responsáveis por CET e Médicos em EspeciEstá em fase final a análise dos questioalização das regiões Norte-Nordeste e Sul. nários dos ME de 2007, que será apresentada Dra. Ligia Mathias Nesta ocasião foi disponibilizada para todos na reunião plenária do CBA 2008. os Responsáveis a oportunidade de reuniões Presidente da CET/SBA A CET tem debatido internamente desde o individuais para discutir eventuais dúvidas, começo do ano, dois assuntos, que vêm cada o que deverá acontecer em todas as jornavez com maior freqüência, sendo levados a ela das regionais. pelos Responsáveis ou pelos próprios ME, que são os traA presidente, o secretário da CET e a editora da RBA, balhos de conclusão de curso e as faltas disciplinares. EsDra Judymara L. Gozzani, estiveram presentes ao Contes assuntos já foram levantados e discutidos na JONNA gresso Mundial de Anestesiologia quando participaram e JOSULBRA e serão abordados em todas as outras jornado Simpósio do British Journal of Anaesthesia denominadas regionais e na plenária do CBA. do BJA Research and Writing, que contou com o corpo editorial do BJA e do simpósio inovações no ensino da Dra. Ligia Andrade da Silva Telles Mathias - SP anestesiologia na graduação. Dr. João Abrão - SP A presidente da CET ministrou a primeira videoaula Dr. Edno Magalhães - DF de 2008 com o tema “Avaliação Pré-Anestésica” e modeDra. Mary Neide Romero - CE rou a segunda aula com o tema “Monitorização da FunDr. Getúlio Rodrigues de Oliveira Filho - SC ção Cardiovascular ”. Dra. Ana Maria Menezes Caetano - PE Comissão de Saúde Ocupacional (CSO) Os Professores Membros deste Department que estão comprometidos, de maneira espontânea, com a validação em português dos questionários e a posterior orientação na estruturação de um banco de dados e análise estatística dos resultados armazenados (Programa SPSS), são os Drs. Stéphanie Peters, Véronique De Keiser e Isabelle Hansez. O cronograma de desenvolvimento do Projeto esta estruturado da seguinte forma: • Tradução dos questionários por tradutores oficiais (do francês para o português e do porProjeto da Comissão de Saúde Ocupacional da SBA tuguês para o francês – por diferentes tradutoDr. Gastão F. Duval res); Correlação entre as Condições de Trabalho Neto • Avaliação da tradução do português para o do Anestesiologista Brasileiro e o Índice de Presidente da CSO/SBA francês pela Dra. Peters, no Department of Work Stress Ocupacional Psychology, of Faculty of Phychology and Education Sciences – University of Liege (Belgium); Objetivo e estruturação: • Avaliação pelo Comitê de Ética da Faculdade de Medicina da UFPel; A pesquisa proposta tem como principal objetivo a • Impressão dos questionários; aplicação de dois questionários (WOCCQ e PSSM-A) no • Distribuição, aplicação e recolhimento dos questionásentido de avaliar a correlação acima citada, inicialmenrios para todos os CET’s brasileiros (residentes e prete em uma população alvo composta de todos os inteceptores); grantes dos Centro de Ensino e Treinamento da SBA, • Estruturação do banco de dados no Programa SPSS; incluindo residentes (R1, R2 e R3) e os seus preceptores. • Análise estatística dos dados e resultados; Os referidos questionários foram elaborados pelos • Publicação dos resultados com sugestões de melhorias Membros do Department of Work Psychology, of Faculty of da prática anestesiológica no Brasil. Phychology and Education Sciences – University of Liege (Belgium) na avaliação desta correlação. Situação atual do projeto em pauta: Os referidos questionários são considerados como os • Em fase de estruturação do texto para publicação. instrumentos metodológicos de avaliação do presente projeto de pesquisa, sendo os mesmos, o WOCCQ que afere, de maneira escalonada, as condições de trabalho e, o PSSMDr. Gastão Fernandes Duval Neto - RS A que viabiliza a aferição do nível de estresse causado pela Dr. André Luiz Braga das Dores - GO prática clínica da anestesiologia em específicas situações. Dr. Railton Cesar Gonçalves de Abrantes - SP A Comissão de Saúde Ocupacional da SBA vem trabalhando com base nos seguintes objetivos : • Estruturação de Pesquisa Epidemiológica em Saúde Ocupacional do Anestesiologista Brasileiro; • Divulgação do tema durante eventos científicos; • Participação como Chair de um Grupo de Estudos na WFSA sobre o tema Saúde Ocupacional em Anestesiologia ( Comissão Examinadora do Título Superior em Anestesiologia (CE.TSA) José Renato A Comissão Examinadora do Título SuNos próximos 03 e 04 de maio, novaperior em Anestesiologia (CE.TSA) é commente a CE.TSA reuniu-se revendo o conposta por seis membros oriundos de diverteúdo, os comentários e as referências sas regionais da SBA. Há renovação de dois das questões previamente escolhidas. Em membros a cada ano, através de eleição data a ser programada, estas provas sorealizada durante a Assembléia de Reprefrerão revisões de linguagem e pedagósentantes (AR). Neste ano de 2008, a gica por profissionais das áreas respectiCE.TSA está composta da seguinte forma: vas, sempre com a participação do presiDr. Luiz Bomfim Pereira da Cunha (SAERJ) dente da CE.TSA. Em data próxima à apli– Presidente, Dra. Maria Ângela Tardelli cação das mesmas, as provas serão im(SAESP) – Secretária, Dra. Glória Maria pressas e revistas individualmente na SBA Braga Potério (SAESP), Dr. Marcos Guilherna presença do presidente da comissão. me Cunha Cruvinel (SAMG), Dr. Antônio No dia 21 de junho próximo, a CE.TSA Fernando Carneiro (SAEGO) e Marcos Anestará reunida no Rio de Janeiro para a aplitonio Costa de Albuquerque (SAES), como cação da Prova Oral do primeiro semestre. Dr. Luiz Bomfim membros. Em novembro, nos dias que antecePresidente da CE.TSA/SBA As atividades da CE.TSA iniciaram em dem o Congresso a CE.TSA estará em São Natal (RN), logo após a realização da AR, Paulo, quando serão realizadas as Provas quando a mesma se reuniu para receber os dois novos Oral, e no dia 05, a Prova Escrita, todas durante o 55º Concomponentes, discutir a finalidade da Comissão, oriengresso Brasileiro de Anestesiologia. tar sobre a formulação das questões para a Prova EscriApós a AR a realizar-se durante o 55º CBA, a CE.TSA fará ta, regras para a Prova Oral, e dividir entre os seus mema última reunião de 2008 e assim um novo ciclo se inicia. bros, os quarenta pontos do programa publicado no EsDr. Luiz Bomfim Pereira da Cunha - RJ tatuto, Regulamentos e Regimentos da SBA. Ficou deDra. Maria Angela Tardelli - SP finido o número de duzentas questões inéditas a seDra. Glória Maria Braga Potério - SP rem confeccionadas, baseadas no Programa citado. Dr. Marcos Guilherme Cunha Cruvinel - MG Em 08 de março de 2008, a Comissão esteve reunida na Dr. Marcos Antonio Costa de Albuquerque - SE sede da SBA, analisando e selecionado as questões para a Dr. Antônio Fernando Carneiro - GO prova escrita dentre as duzentas confeccionadas. Calendário Científico Oficial 2008 MARÇO • 2 A 7 – 14th World Congress of Anaesthesiologists Cape Town – SOUTH AFRICA Email: [email protected] Internet: Http://www.wca2008.com • 27 A29 – XXXII JONNA – Jornada Norte-Nordeste de Anestesiologia Aracaju - SE ABRIL • 18 A 20 – 43ª JOSULBRA – Jornada Sulbrasileira de Anestesiologia Bento Gonçalves - RS 30 A 04 MAIO – 40th Soap Annual Meeting Chicago, Illinois - USA Sociedade Brasileira de Anestesiologia MAIO • 01 A 03 – 1ª Jornada de Anestesiologia do Estado de Goiás XXIII Encontro Goiás-Brasília de Anestesiologia Goiânia – GO JUNHO • 26 A 28 – 42ª JASB – Jornada de Anestesiologia do Sudeste Brasileiro Vitória - ES AGOSTO • 14 A 17 – 39ª Jornada de Anestesiologia do Brasil Central – XL Curso Fundamentos Científicos em Anestesiologia Brasília - DF OUTUBRO • 03 E 04 – XXIII JOPAN – Jornada Paraibana de Anestesiologia João Pessoa - PB • 18 A 22 – Asa Annual Meeting Orlando – Flórida - USA NOVEMBRO • 05 A 09 – 55º Congresso Brasileiro de Anestesiologia São Paulo - SP Memórias do Congresso Mundial Sociedade Brasileira de Anestesiologia 14o Congresso Mundial de Anestesiologia N Drs. Luiz Antonio Vane, Gastão Duval Neto, Jurandir Turazzi e José Mariano Moraes Drs. José Mariano Moraes, Alfredo Cattaneo, Luiz Antonio Vane e Jurandir Turazzi Drs. Luiz Antonio Vane, Jurandir Turazzi e Airton Bagatini o mês de março deste ano, a Diretoria da SBA esteve presente no 14º Congresso Mundial de Anestesiologistas, na cidade de Cape Town, África do Sul (29 de fevereiro a 8 de Março), representando a SBA. De acordo com o número de membros da SBA, atualmente, temos direito a nove representantes durante as Assembléias realizadas pela WFSA. Estiveram presentes nas três Assembléias Gerais da Federação Mundial das Sociedades de Anestesiologia (WFSA), podendo manifestar sua opinião sobre os assuntos discutidos naquela oportunidade, bem como defender os interesses da anestesiologia brasileira, os seguintes representantes: Drs. Jurandir Coan Turazzi - Presidente; Luiz Antônio Vane - Vice-Presidente, José Mariano Soares de Moraes - Dir. do Deptº de Defesa Profissional, Nádia Maria da Conceição Duarte - Dir. Deptº Científico, Henri Braunstein - Tesoureiro, Airton Bagatini - Dir. Deptº Administrativo, Ismar Lima Cavalcanti - Presidente do Conselho Superior, Gastão Fernandes Duval Neto - Membro do Comitê Executivo da WFSA e Irimar de Paula Posso - Presidente da CE.55º CBA Nas Assembléias foram eleitos os seguintes colegas: Drs. Flávio Veintemilla, Jurandir Turazzi, José Mariano Moraes e Luiz Antonio Vane 1) A Dra. Ângela Enright, do Canadá, foi eleita a Presidente da WFSA. Ela foi quem introduziu a tradução para língua espanhola nos Congressos Mundiais de Anestesiologia. Drs. Gastão Duval Neto, Nádia Duarte, Jurandir Turazzi, José Mariano Moraes, Luiz Antonio Vane, Alfredo Portella, Henri Braunstein e Airton Bagatini 22 - Anestesia em revista - março/abril, 2008 2) Foi designado o Dr. Gonzalo Barreiro, do Uruguai, subsecretário da FMSA. Há muitos anos que um latinoamericano não tem esta distinção. 3) O Dr. Flávio Veintemilla, Presidente da CLASA, foi eleito representante da América Latina junto a WFSA; 4) Dr. Alfredo Cattaneo, Presidente do 15º Congresso Mundial, a realizar-se me Buenos Aires, no ano de 2012, generosamente apresentou o Congresso como um evento de todos os latino-americanos; Também, fez-se presente na reunião do Comitê Ampliado da CLASA, onde o principal assunto discutido foi a participação de professores latino-americanos e em especial brasileiros no 15º Congresso Mundial de Anestesiologia, a realizar-se no ano de 2012 em Buenos Aires - Argentina. Nossa participação no congresso teve uma importância relevante quanto aos contatos com professores renomados de vários países. Aproveitamos, juntamente com a Editora Chefe da Revista Brasileira de Anestesiologia - Dra. Judymara Lauzi Gozzani, para divulgar a nossa Revista, bem como formular convite a alguns destes Professores para participarem do seu Conselho Editorial. Todos os convites efetuados foram posteriormente aceitos. Este é mais um passo importante visando a indexação da nossa RBA no Medline. O evento foi também uma grande oportunidade para divulgarmos junto à comunidade científica internacional a grandeza de nossa querida SBA. Diretoria SBA Drs. Airton Bagatini, Nádia Duarte, Luiz Antonio Vane, Jurandir Turazzi, Henri Braunstein, José Mariano Moraes e Ismar Cavalcanti Provas da SBA 2008 Como efetuar a inscrição: - Efetuar depósito bancário correspondente a inscrição, cujo comprovante deverá ser encaminhado à Secretaria da SBA, pelo correio, com aviso de recebimento, juntamente com o requerimento de inscrição que deve identificar qual a prova desejada. (vide modelo portal da SBA) Endereço para envio da inscrição: Rua Professor Alfredo Gomes, 36 - Botafogo 22251-080 Rio de Janeiro RJ - Prazos para inscrições nas provas: 09/05/2008 Data limite para inscrição no concurso TEA 07/08/2008 Data limite para inscrição provas dos concursos: de Dor, TSA escrita e TSA oral segundo semestre - Dados do Depósito: Valor único para inscrição nas provas: R$ 428,00 (quatrocentos e vinte oito reais) Favorecido: Sociedade Brasileira de Anestesiologia CNPJ: 33.748.831/0001-03 Banco Real: Agência: 0826 Conta-Corrente: 7805109-6 - Informações importantes: 1 - Não serão efetuadas inscrições com pendências de documentos ou necessidade de alteração de categoria. 2 - Antes de solicitar sua inscrição, confirme no portal da SBA os documentos necessários para efetivação de sua inscrição. 3 - Não serão aceitas inscrições via fax ou e-mail. 4 - Caso até 30 dias após o encerramento das inscrições não receba nenhuma comunicação da SBA, favor encaminhar solicitação de revisão de sua inscrição, acompanhada do aviso de recebimento comprovando a entrega da inscrição pelo correio. 5 - No dia da prova, será exigida como identificação do candidato, a carta de confirmação da inscrição e documento de identidade com foto atualizada. O candidato deverá estar munido de caneta preta ou azul. 6 - Caso necessite de maiores esclarecimentos sobre o assunto, favor contatar a SBA - (21) 2537-8100, anotando o nome do funcionário atendente 7 - Provas Escritas: Prova TEA - será realizada na regional de origem do candidato inscrito - dia 09/08/2008 Prova de Dor - dia 04/11/2008 Prova TSA - dia 05/11/2008 8 - Provas Orais: A distribuição dos dias de realização das provas orais dependerá do total de inscritos, assim sendo, antecipe sua inscrição. Prova Nacional para Médicos em Especialização em Centros de Ensino e Treinamento 13 de dezembro de 2008 – sábado ME1 – 10:00 / 12:00 h ME2 – 14:00 / 16:00 h ME3 – 17:00 / 19:00 h (Horário de Brasília) Local: Consulte sua regional Todos os médicos em especialização, cadastrados como membros aspirantes da SBA, automaticamente encontram-se inscritos para a realização destas provas. Anestesia em revista - março/abril, 2008 - 23 Vitória recebe anestesiologistas de todo país para a em junho 42ª JASB A Sociedade de Anestesiologia do Estado do Espírito Santo (SAES), com o apoio da Cooperativa de Anestesiologistas do Espírito Santo (COOPANESTES), está intensificando os preparativos para receber, de 26 a 28 de junho, profissionais de várias partes do Brasil para a 42ª Jornada de Anestesiologia do Sudeste Brasileiro (JASB) e a 4ª Jornada de Dor do Sudeste Brasileiro. O evento acontecerá no Centro de Convenções de Vitória, na capital capixaba, com workshops, mesa redonda e palestras com temas atuais e de grande relevância para a classe, como uma forma de atualizar e integrar os profissionais. A sessão solene de abertura acontecerá no dia 26 de junho, às 20 horas. No time de palestrantes da 42ª JASB está o médico brasileiro diretor do Departamento de Pesquisa em Anestesia Cardíaca do Massachusetts General Hospital, em Boston, Marcos Francisco Vidal Melo. Durante a jornada, Vidal debaterá assuntos como ecocardiografia trans-operatória, disfunção respiratória durante ventilação mecânica e avaliação da função respiratória regional com tomografia com emissão de Positrons. 24 - Anestesia em revista - março/abril, 2008 Na programação de workshops, os participantes poderão escolher entre os seguintes temas: Ultrassom em anestesia regional; Monitorização invasiva e não-invasiva; Ventilação mecânica e aparelho de anestesia; Investindo no mercado de ações; e Vinhos para ver, ouvir e sentir. O valor das inscrições é de R$ 50,00 por pessoa, até o dia 10 de junho, e R$ 70,00 no local do evento. Os interessados em participar devem se apressar, pois as vagas são limitadas para todos workshops, com exceção do tema Investindo no mercado de ações. As inscrições para a 42ª JASB podem ser feitas mediante preenchimento da ficha de inscrição e depósito em conta bancária, até o dia 10 de junho. Para solicitar a ficha de inscrição, os interessados podem entrar em contato com a SAES pelo telefone (27) 3227-1511 ou com Associação Médica do Espírito Santo (Ames), pelo telefone 3324-3973. Para efetuar sua inscrição o participante deve depositar o valor no Banco HSBC, agência 0426, conta corrente 11474-40, em nome da Sociedade de Anestesiologia do Estado do ES - SAES e enviar o comprovante de depósito por fax. Mais informações sobre a jornada no site www.jasb42.com.br. A 42ª JASB conta também com uma programação turística com várias opções. Os visitantes poderão participar de city tour para conhece a Rota do Sol e da Moqueca (City Tour Vitória e Vila Velha); a Rota do Sol e da Moqueca (Tour Guarapari); e Rota do Mar e da Montanha (Tour Pedra Azul e Venda Nova do Imigrante) e Rota do Verde e das Águas (Tour Litoral Norte). As reservas e mais informações devem ser feitas com a Fomatur Turismo Receptivo, pelo telefone (27) 3200-3155. O evento conta com o patrocínio de: Cristália, Drager Medical, Unimed Vitória, Pfizer, Astrazeneca, Casa do Porto e HSBC. perder de vista as marcas de sua história. Das tradições de pescadores e paneleiras ao conjunto de edificações e monumentos do Centro Histórico, passando por igrejas e conventos seculares, Vitória reúne passado e presente no mesmo cenário de beleza. E, tendo a história como bússola, abre as velas rumo ao futuro. A cidade tem belos manguezais, parques, praças e jardins. No Espírito Santo, é a cidade mais arborizada. São 91 metros quadrados de área verde por habitante, distribuídos em recantos de lazer e áreas de preservação ambiental. Ecossistemas que abrigam centenas de espécies de flora e fauna, contribuem para a qualidade de vida dos moradores e encantam os visitantes. O sol que ilumina Vitória e enche de brilho sua baía de águas claras desvenda praias tranqüilas e acolhedoras, prontas para receber moradores e visitantes. E quando cai a noite, a alegria da cidade se revela em bares e casas noturnas cheias de charme, onde há sempre um sorriso e uma palavra amiga para quem chega. Vitória oferece ainda um comércio variado e sofisticado, capaz de atender aos clientes mais exigentes. Com uma localização estratégica, próxima aos principais centros econômicos do país, Vitória é uma cidade moderna, organizada e dinâmica. Uma capital que conta com excelente infra-estrutura logística, serviços públicos de alta qualidade e uma rede hoteleira diversificada. É um porto seguro para quem deseja navegar pelo verdadeiro mar de oportunidades, que hoje banha o Espírito Santo. Fonte: Site da Prefeitura Municipal de Vitória Conheça Vitória Vitória é uma das capitais mais antigas do Brasil. Uma cidade que se modernizou sem Fotos por Vitor Nogueira, cedidas pela Secretaria de Desenvolvimento da Prefeitura de Vitória Anestesia em revista - março/abril, 2008 - 25 Programação 42ª JASB P r o g r a m a ç ã o 26 de junho de 2008 – workshops – 14:00 – 18:00 – – – – – Ultra-som em anestesia regional Monitorização invasiva e não-invasiva Ventilação mecânica e aparelho de anestesia Investindo no mercado de ações Vinhos para ver, ouvir e sentir 27 de junho de 2008 – Sala 1 08:00 – 9:40 – Mesa redonda – O ANESTESIOLOGISTA E A LEI. – Resoluções do CFM relacionadas a anestesia – Consentimento informado: porque e como obter? – Como dar más notícias – Anestesia na passagem de plantão INTERVALO PARA VISITA AOS ESTANDES 10:00 – 10:30 – Palestra – Manejo das vias aéreas em pediatria: quando usar tubo traqueal, máscara laríngea ou facial? 10:30 – 11:00 – Palestra – Analgesia em anestesia ambulatorial: o básico e o novo 11:00 – 12:00 – Conferência Internacional – Ecocardiografia trans-operatória pelo anestesiologista: realidade ou futuro? 12:00 – 13:00 – Simpósio Satélite INTERVALO PARA ALMOÇO 14:00-15:40 – Mesa redonda – ENVOLVIMENTO E SATISFAÇÃO DO PACIENTE/CLIENTE – Pais e cônjuges na sala operatória – Universalizando a consulta pré-anestésica – O que fazer para agradar o cliente: deveres e limites. – Visita pós-anestésica INTERVALO PARA VISITA AOS ESTANDES 16:00-16:30 – Palestra – Tolerância de anemia per-operatória 16:30-17:00 – Palestra – Beta bloqueador – o uso em anestesia 17:00-17:30 – Palestra – Interação de novas drogas no per-operatório: Gabapentina, estatinas,levosimendam, sibutramina. 17:00-18:00 – Cooperativismo: A melhor forma de renda para o anestesiologista? 27 de junho de 2008 – Sala 2 08:00 – 09:40 – Mesa Redonda – ANESTESIA BASEADA EM EVIDÊNCIAS – Mitos, fatos, teoria e realidade na PONV – Anestesia regional e drogas anti-coagulantes – Cefaléia pós-raquianestesia – Prevenção da disfunção cognitiva no idoso 26 - Anestesia em revista - março/abril, 2008 P r e l i m i n a r INTERVALO PARA VISITA AOS ESTANDES 10:00- 10:30 – Palestra – Recentes avanços na monitorização hemodinâmica do laboratório à beira do leito. 10:30 – 11:00 – Palestra – Sociedade anônima é uma alternativa à cooperativa? INTERVALO PARA ALMOÇO 14:00-15:40 – Mesa redonda – RISCO PROFISSIONAL – Pérfuro-cortantes – Dependência – Estresse x Qualidade de Vida – Ruído INTERVALO PARA VISITA AOS ESTANDES 16:00 – 16:30 – Palestra – Estratégias ventilatórias: PCV, VCV, PS 16:30 – 17:00 – Palestra – Recrutamento e PEEP em anestesia 17:00 – 17:30 – Palesta – Neuroanestesia no paciente acordado 17:30 – 18:00 – Palestra – Anestesia para cirurgia plástica: limites dos riscos e custos 28 de junho de 2008 – Sala 1 08:00 – 09:40 – Mesa redonda – MANEJO DO PACIENTE CRÍTICO – Transporte intra-hospitalar – Ventilação – Drogas – Monitorização INTERVALO PARA VISITA AOS ESTANDES 10:00 – 10:30 – Palestra – Laringoscopia: passado, presente e futuro 10:30 – 11:00 – Palestra – Ultra-som em anestesia regional e acesso vascular 11:00 – 12:00 – Conferência Internacional – Avaliação da função respiratória regional com Tomografia com Emissão de Positrons INTERVALO PARA ALMOÇO 14:00 – 15:40 – Mesa redonda – CRIANÇA CARDIOPATA – Anestesia para criança cardiopata no laboratório de hemodinâmica – Anestesia para crianças cardiopatas na sala operatória – Correção cirúrgica de patologias cardíacas – Cuidado pré e pós-operatório de criança cardiopata INTERVALO PARA VISITA AOS ESTANDES 15:00 – 16:30 – Palestra – Sevoflurano em anestesia pediátrica: agente absoluto? 16:30 – 17:00 – Palestra – Quanto custa minha anestesia? Drogas, monitorização transfusão 17:00 – 17:30 – Anestesias em usuários de novas drogas ilícitas 17:30 – 18:00 – Morbidade em anestesia pediátrica: como evitar catástofres 18:00- 18:30 – Palestra – Anestesia Venosa Total: escolha de agentes e pacientes 28 de junho de 2008 – Sala 2 08:00 – 9:40 – Mesa redonda – TREINAMENTO DA EQUIPE DE REANIMAÇÃO – Código azul: a formação e informação da equipe – Reanimação fora do centro cirúrgico – Reanimação extra-hospitalar NTERVALO PARA VISITA AOS ESTANDES 10:00 – 10:30 – Palestra – Disfunção respiratória durante ventilação mecânica 10:30 – 11:00 – Palestra – Proteção cerebral em anestesia INTERVALO PARA ALMOÇO 14:00 – 15:40 – Mesa redonda – ANESTESIA EM PACIENTES DIFÍCEIS – Obesidade extrema – Gestante cardiopata – Prematuridade Extrema – Senilidade extrema INTERVALO PARA VISITA AOS ESTANDES 16:00 – 16:30 – Palestra – Cloridina uso venoso, no neuroeixo e pré-operatório 16:30 – 17:00 – Palestra – Anestesia Venosa Alvo Controlada 17:00 – 17:30 – Palestra – Bioética: limites, direitos e deveres 17:30 – 18:00 – Palestra – O acordar durante a anestesia: o problema e as consequências 18:00 – 18:30 – Palestra – Manejo per-operatório de pacientes com stents FICHA DE INSCRIÇÃO O participante deverá preencher o formulário de inscrição e enviá-lo juntamente com o comprovante de depósito para o telefax (27) 3227-1511 ou (27) 3324-1333 Categoria e Valores de inscrição Anestesiologistas Associados à SAES/SBA – R$ 300,00 (até 10/06/08) e R$ 350,00 (no local) Residentes e estudantes - R$ 150,00 (até 10/06/08) e R$ 200,00 (no local) Não-associados SAES e SBA – R$ 600,00 (até 10/ 06/08) e R$ 700,00 (no local) Acompanhantes – R$ 150,00 (até dia 10/06/08) e R$ 200,00 (no local) Workshops – vagas limitadas – R$ 50,00 (até dia 10/ 06/08) e R$ 70,00 (no local) Deposite o valor de sua inscrição: banco 399 HSBC – agência: 0426 – conta corrente: 11.474-40 – nome: Sociedade de Anestesiologia do Estado do ES - SAES Jornada de Dor – 27 de junho de 2008 – Sala 3 08:00 – 11:00 – Curso teórico-prático de Dor Aguda Pós-operatória INTERVALO PARA O ALMOÇO 14:00 – 15:40 – Mesa redonda – SESSÃO DE “FOLLOW-UP” DO CTP DE DOR AGUDA – O que os pacientes querem no período pós-operatório? – PCA venoso: benefícios e efeitos adversos – PCA peridural: benefícios e efeitos adversos – Fentanil transdérmico por eletroforese e por via nasal. O que há de novo nessas vias de administração? INTERVALO PARA VISITA AOS ESTANDES 16:00–16:30 – Palestra – Dor aguda no paciente pediátrico 16:30 – 17:00 – Palestra – Dor aguda no paciente idoso 17:00 – 17:30 – Palestra – Tratamento de dor aguda no pós-operatório de cirurgias de pequeno e médio porte. O papel do anestesiologista 17:30 – 18:00 – Palestra – Algorritmo para tratamento da dor aguda Jornada de Dor – 28 de junho de 2008 – sala 3 08:00 – 11:00 – Curso teórico-prático de cuidados paliativos INTERVALO PARA ALMOÇO 14:00 – 15:40 – Mesa redonda – SESSÃO DE “FOLLOW UP” DO CTP DE DOR CRÔNICA – Neuralgia pós-herpética – Dor miofascial e fibromialgia – Dor vascular isquêmica – Uso de opióides em dor crônica não-oncológica INTERVALO PARA VISITA AOS ESTANDES 16:00 – 16:30 – Palestra – Uso clínico dos canabinóides. Ainda prescrevemos? 16:30 – 17:00 – Palestra – Antidepressivos seletivos: qual seu papel no tratamento da dor? 17:00 – 17:30 – Palestra – Neuromoduladores (anticonvulsivantes) modernos. Quais são realmente úteis no tratamento de dor? 17:30 – 18:00 – Palestra – Algorritmo para uso de corticosteróide via peridural para dorsalgia. Anestesia em revista - março/abril, 2008 - 27 Sociedade Brasileira de Anestesiologia Novos Membros Adjunto Eduardo Sant´Anna Rodrigues Edvard Tadeu Mota Nobre José Ramón Llanes Blanco Josias Gonçalves Marcelo Boeing Aspirante Adriana Lorenzet Adriano Karlo Pereira Gurgel Alessandro Guio Franzotti Alexandre Pimentel Oliveira Alfredo Antonio Makoul Gasperin Amanda Palha de Souza Ana Beatriz Fur tado de Souza Ana Carolina Guerra Maciel Ana Carolina Ribeiro Correia Anderson de Lima Alves André de Araujo Alves André Salani Mota Antonio Carlos Cavalcante Godoy Antonio Carlos Dalboni de S.Júnior Antonio Herlandson Freire da Cunha Antonio Igor da Costa Brito Antonio Rafael Sodré C. de Almeida Arianne de Sá Barreto Queiroz Ar y Carneiro Neto Breno Monteiro Gonçalves Brunno Girotto Bruno Molina Rangel Camila Cotrim Teixeira Camila Pereira de Souza Carla Gregório Gonçalves Carla Vasconcelos Cáspar Carlena da Rocha Luz Araujo Carlos Eduardo Bassan Carlos Gustavo de Sá Pereira Croce Carolina Campos P. Bahia Silva Carolina Hipolito Alves Caroline Poncio Cássia Regina Oliveira Trindade Cláudia Lopes Ribeiro Cláudio de Jesus Valença Claudio Ozzetti Daniel Batista Valente Barbosa Daniel de Almeida Lubianco Daniela Gabiatti Donadel Daniele Oliveira Minelli Danielle Melo da Silva Dayane Hinnah Débora Maria Silva de Car valho Denise Fernandes Vieira Eduardo Allodi Matos de Andrade Eduardo Coelho da Cunha Eduardo Dalla Rosa Necchi Eduardo Jun Sadatsune 28 - Anestesia em revista - março/abril, 2008 Eduardo Magrin Barros Eduardo Martins Pinheiro Elson José Martins de Souza Junior Emanuelle Cardoso Nunes da Silva Emilia Guarçoni Dutra Enzo Matsubara Takahashi Érika Kulpel Kurosu Evandro de Souza Giacomini Fabiana Baeta Neves Duarte Fabiana dos Santos F. Pacheco Felipe Fernandez Barreto Campello Felipe Lambach Fernanda Fabrízia Mar tins Silveira Fernanda Fontes Josic Fernanda Gardini Maciel Fernanda Maria da Silva Pedro Fernanda Marques Alves de Sousa Fernando Bittar Amaral Fernando Cézar Cabral de O. Filho Fernando Protásio Carneiro Flavia Carvalho Cirillo Flávio Coelho Duarte Francine Bobsin Gabriel Prucoli Benevenut Gabriela Izoldi Claro Gedeon Alves da Costa Giana Lucho Rose Gisela Ribeiro Gomes Bogado Gisele Aparecida Borges Gisele Jacobino de Barros Nunes Graziela Costa Lima Maia Grazielle Binder da Silva Guilherme da Costa Lambert Guilherme Vinícius Avelar Fernandez Gustavo Amaral da Silva Gustavo Barone Perez Habertton Di Tarso F. Facundo Helane Rodovalho Braga Sousa Henrique Felde Maia Hilse Adachi Hingrid Silvério Correia Janio Guimarães de Freitas Franco Jayme Marques dos Santos Neto Joana Senges Pereira João Fábio Lemos Coutinho João Paulo Fresta de Moura João Paulo Tibery Jonas Alves Santana José Demir Rodrigues Junior Juliana Brandi Carneiro Gonçalves Juliana dos Santos Sesto Juliano Souza Lima Vianna Julio Cezar Mendes Brandão Kamila Machado Santorio Karen Raquel Barban Karin Renata Dias de Carmelo Klaus Morales dos Santos Kleuber Moreira Lemos Laura Bastos de Carvalho Laura Helena Juliano dos Santos Lena de Araújo Parente Leo de Simone Fainstein Leonardo Fernandes da Rosa Lia Tércia Mendes de Sousa Libório Ximenes Aragão Filho Lino Correa Dias Lívia de Paula Lourenço Lourenza Giovani Fonseca Lucas Rodrigues Caldas Luciana Paula Bailak Lúcio Justus Issa Luís Flávio Furtado Ribeiro Luis Renato Mateus Maciel Luiz Fernando dos Reis Falcão Luiz Lantyer Luz Marcelo Chiode Bueno Marcelo Cunha Soares da Rocha Marcelo de Jesus Mar tins Marcelo Nogueira da Cruz Silva Marcelo Zylberberg Marcio Grande Carstens Marcio Vital Muzy de Souza Marco Antônio Sobrinho Espíndola Marcus Vinicius Lacerda Sobrinho Maria Tereza Israel C. Assunção Mariana Duarte Car valho Mariana Moraes Pereira das Neves Mariana Takaku Marina Ferreira Campanini Mário Augusto Rosi Matheus Fernandes S. de Souza Mauricio de Almeida P. da Silva Maurício Miguel Baena Lopes Max Naves Lemes Muriel de Oliveira Pinto Nelson Tribis Junior Pablo Grosh Paola Alexandre Rodrigues Paola Fernandez Santos Viniegra Patrícia Gonçalves Caparroz Patrícia Mesquita Sobral Paula Borela Per feito Paulo Marcelo Biancofiori Pedro Christiano Barsante Moreno Pedro Victor Catala Coutinho Plínio da Cunha Leal Rafael Correard Barros Rafael de Oliveira Sar tini Rafael Loripe Perassa Rafael Vieitez Reis Ranyere Nobre da Silva Raphael Augusto Cezar Galvão Raphael de Faria e Silva Raquel Nacif de Toledo Piza Raquel Rangel Costa Remoaldo Neri Pivetta Júnior Renata de Andrade de Chaves Renato Aguiar de Castro Renato Pinheiro Moreira Rober ta Cristina Risso Rober to Augusto Leite Rodrigo Costa Villela Rodrigo Lucas do Valle Ronie Muniz Marques Rubens Cesar Mazota Rute Maria Araújo Cavalcante Samantha Ottoni Adolphsson Sarah Tanus Machado Sérgio Veloso da Silveira Menezes Silvania Cardoso Ribeiro Santos Suelen de Fátima dos S. Fernandes Talitha Gonçalves Lelis Tarcísio Brauer Perocco Tátiana de Carvalho Maia Thiago Car valho de Lima Thiago Car valho Lopes Thiago Fernandes Ribeiro Thiago Ferreira Corrêa Thiago Luís da Paz Santos Thiago Maxwell Araujo Santos Thiago Monteiro Ferro Thiago Soares M.Moreira de Moraes Tiago de Souza Car valho Tiago Silva do Nascimento Ticiana Goyanna Lyra Valdblan Ricardo de Freitas Vander Geraldo Silvério Pereira Vinicius Carneiro Morais Cavalcanti Vinicius Goltz de Carvalho Machado Virginia Campagnaro Santi Virgínia Ribeiro Machado Vitor de Souza Borges dos Santos Viviane de Oliveira Rangel Vivien Borges Van Engelshoven Ativo Adriana Lopes Coutinho Braga Adriannu Augusto Pinheiro e Alves Alex Prudente Nunes Alexandre Rosa Chaves Sampaio Amanda Regina Roewer Amarilio Domingues Ferreira Junior Anderson da Costa Köhler André Santana Prata André Watts Santos Andrea Midori Hirakava Andréa Paula Ferreira Rosa Ner y Antônio Alvaro D. L. da Cunha Neto Argemiro Ferreira de Andrade Neto Bruno Cariello Felix Bruno Car valho Cunha de Leão Bruno Gois Nascimento Bruno Oliveira Câmara Ferreira Bruno Schröder Nascimento Carine Alves Ner y Carla Feix Caroline Irene de Car valho Zold Cejana Guimarães Loyola Christiane D´Oliveira Marques Claudia Drummond L. de Car valho Cleber Cardoso Silva Daniel Ber tarini de Sousa Davi Dias Pagotto Debora C. Nardy de Freitas Salgado Diogo de Medeiros Leite Eduardo Malta Maradei Érika Freire Veelings Esdras Lúcio Hoffmann Euclydes Correa de Souza Neto Ézio Ricardo de Brito Amorim Fábio Ber tagnolli Londero Fábio Gerke Mar tins Fausto Ricardo Baungartel Felipe Pagio Coelho Felipe Yoiti Fugiwara Fernando Andozia Pegoraro Fernando Pereira Lima Scabello Fernando Rodrigues Bruno Flávia Romano Rodrigues Francisco Amaral Egydio de Carvalho Francisco Sobreira Guedes Junior Gisana Maria da Silva Glaucio Maia dos Santos Guilherme Figueiredo Lima e Lara Guilherme Passebon Soares Gustavo Henrique Kujavo Gustavo Luís Susin Gustavo Sousa Machado Helena Molina Granado Igor Di Vinicius Lemos Silva Jaderson Wollmeister Jadielson Higino de Almeida João Paulo de Miranda Palma José Abdala Tuma Filho José Gustavo Rezende Barreto José Pedro Calistro Neto Juarez Mundim Ribeiro Juliana Motta Couto Karine Cardoso Bor toluzzi Larissa Diniz Pereira Leandro Augusto Vieira Leandro Gonçalves Leonardo Gomes de Araújo Leonardo Kfuri Maciel Louise de Oliveira Brandão Luciane Fröhlich da Silva Luciano Boaventura Nunes Luciene Méri Neves Perez Ludmila Godoy dos Santos Ferreira Luis Guilherme Misorelli Luis Gustavo Baaklini Luis Gustavo Ramos Peixoto Maisa Ribeiro Araújo Manoel Cesar da C. Oliveira Filho Manuela Liebhart Maia Marcel Andrade Souki Marcelo Pacheco Lagares Barbosa Márcio Luis Nakamoto Márcio Oscar de M. Cardoso Filho Marcos Lopes de Miranda Marcos Vinicio Mendes de Menezes Mariana Mariz Pinto Gaidzinski Mário Jefferson M. e Carvalho Marisa Lourenço dos Santos Marlos Bergamasco Nóbrega Mateus Franzotti Cardoso Mayla Fernanda Blumer Milton Favarato Loureiro Monique Villa Real Ayala Natália de Andrade Moura Omar de Andrade Rezende Neto Patrícia Pavei Paulo Cezar Silva Temer Pedro Lima Dettogni Pedro Paulo de Oliveira Villa Pedro Paulo Dias Ribeiro Ransmiller Figueiredo Mesquita Raquel Cristina Bernardo Renata Pauluci Gregório Ricardo José Ometto Frias Ricardo Kotlinsky dos Santos Roberta Costa Marques Cosenza Roberto Alves Calumbi Roberto Mar tins Matos Júnior Rodolfo Antonio Barbosa dos Santos Rodrigo Carceroni Salomão Rodrigo Gaspar Ribeiro Rodrigo Gonçalves M. de Souza Rodrigo Maia Amoedo Rodrigo Montebello de Araújo Rogério da Costa Godoy Rubens Jardin Nochi Junior Sabrina Bernardes Sammy Mendes do Nascimento Sara Silva Marinho Sérgio Murilo C. Kluthcouski Sérgio Teixeira Sant‘Anna Junior Tácio Dias Faria Reis Telma Carneiro Cardoso Telmo Heleno Gomes Thais de Moraes Tintori Thaís Regina Milani Tonia Thiago Abreu Cezario Tiago Tadeu de Souza Viegas Victor Hugo Zambelli de A. Filho Washington Luis Silva Cruz Wendel Bruno Andrade Estrangeiro Clarissa dos Santos Correia Anestesia em revista - março/abril, 2008 - 29 Sociedade Brasileira de Anestesiologia Responsabilidade Social Operação Sorriso Operation Smile é uma organização médica humanitária que mantém uma rede internacional de voluntários para dar assistência médica à crianças com deformidades faciais em mais de 25 países pelo mundo. Tudo começou há 25 anos quando seus fundadores o cirurgião plástico Dr. Bill Magee e sua esposa a enfermeira e assistente social Kathy Magee fizeram uma viagem para às Filipinas a fim de se juntarem a um grupo de médicos para operar 40 crianças com lábio leporino ou fenda palatina. Só que quando lá chegaram, mais de 300 crianças apareceram para serem avaliadas, e devido a impossibilidade de oferecer o tratamento cirúrgico a todos, eles prometeram voltar no ano seguinte. Operation Smile atua de forma multidisciplinar através de Programas de Missões Médicas. Uma missão padrão é composta de uma equipe de profissionais credenciada pela Operation Smile de vários países do mundo que viajam para uma cidade para tratar defeitos da face, principalmente lábio e fenda palatina, durante um período de dois dias. A equipe médica é composta de cirurgiões plásticos, anestesiologistas, pediatras, intensivistas pediátricos, enfermeiros, dentistas, fonaudiólogos, psicólogos infantis além de técnico biomédico que fica responsável por todo equipamento enviado ao local, como por exemplo monitores de anestesia e para a recuperação pós anestésica, desfibriladores, aparelhos de anestesia, autoclaves, instrumental cirúrgico, entre outros. Normalmente uma missão inclui 2 dias de avaliações pré-operatórias, 5 dias de cirurgias, e 4 dias de cuidados e avaliações pósoperatórias, atingindo um total de 125 a 150 crianças. O resultado é um atendimento completo da criança com deformidades faciais. Já receberam tratamento cirúrgico nesses 25 anos mais de 115.000 crianças. São todos voluntários e os custos da viagem assim como a compra e manutenção do equipamento são organizados em sua maioria por uma equipe que trabalha com empresas e pessoas físicas na doação para o escritório da sede, em Norfolk, Virginia nos Estados Unidos, ou para outras fundações ao redor do mundo. No último ano fiscal, aproximadamente 0,4% do total das doações foi proveniente de governo, sendo então as mesmas baseadas em entidades privadas. Além do Brasil, onde realizamos a primeira missão no ano de 1997, são países que recebem missões da Operation Smile: Bolívia, Paraguai, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Panamá, Nicarágua, Honduras, México, Haiti, Marrocos, Egito, Etiópia, Kênia, África do Sul, Madagascar, Jordânia, Rússia, Índia, China, Tailândia, Laos, Vietnan e Filipinas, além de novos países que convidam a Operation Smile para organizar missões em suas cidades. Este ano de 2008 estão programadas mais de 160 missões pelo mundo. Cada país tem sua fundação Operação Sorriso local que recebe treinamento e suporte da Operation Smile International para organizar um Conselho Médico local com a liderança de um Diretor Médico que normalmente é um voluntário com grande experiência no tratamento de fissurados. Em novembro de 2007, para comemorar os 25 anos da Operation Smile, foi organizada a Jornada Mundial de Sorrisos que compreedia a realização de missões em 25 países, 40 cidades por uma semana ao mesmo tempo, onde 1700 voluntários trabalharam para operar mais de 4000 crianças em 7 dias. Equipe “ Operação Sorriso” 30 - Anestesia em revista - março/abril, 2008 Dr. Lúcio Auler com paciente Todos os anos a Operation Smile envia para sua sede cerca de 70 voluntários médicos para participarem do Psysicians Training Program por duas semanas, onde os mesmos participam de palestras e no caso dos anestesiologistas e pediatras, participam de cursos da American Heart Association como ACLS (Advanced Cardiac Life Support) e PALS (Pediatric Advanced Life Support). A Operation Smile também tem programas para dar oportunidades para estudantes desenvolverem habilidades que possam torná-los futuros líderes em seus países e futuros líderes da Operation Smile. Mais de 450 clubes e associações de estudantes universitários e do ensino fundamental vinculados à Operation Smile fazem um trabalho de liderança, educação, conhecimento, serviço e levantamento de fundos e doações que têm um enorme inpacto na vida dessas crianças. Muitas celebridades se juntaram à Operation Smile para mudar a vida de milhares de crianças incluindo Jessica Simpson, Mariah Carey, Carmit Bachar da banda Pussycat Dolls, Roma Downey, Donald Trump Jr e Vanessa Trump além de muitos outros. Empresas como Johnson & Johnson, Abbott, Mallinckrodt, Rusch, Pfizer, Walmart, Microsoft, National Geographic, Financial Times entre outras são parceiras doando equipamentos, insumos ou mesmo dinheiro para financiar o tratamento 100% gratuito a estas crianças. Este ano, já foram realizadas no Brasil duas missões, uma em Fortaleza e outra em Curitiba, e ainda estão programadas mais 5 sendo um no Rio de Janeiro em agosto e outra em Fortaleza em setembro. Visite a nossa página na internet www.operationsmile.org e www.operacaosorriso.org.br e faça também parte deste programa. Lucio Auler MD, BC Regional Medical Officer, Latin America and the Caribbean Operation Smile, Inc. Mobile (Brazil) +55.21.8889.0156 Mobile (Worldwide) +1.757.839.5362 Pho/Fax (Brazil) +55.21.3511.6206 [email protected] www.operationsmile.org Anestesia em revista - março/abril, 2008 - 31 32 - Anestesia em revista - março/abril, 2008