Especialista esclarece Andropausa

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Destaque
Especialista esclarece Andropausa
O urologista Francisco Costa Neto, Fellow da UCLA Scholl of Medicine
em Los Angeles, Califórnia; membro da International Society for Sexual
Medicine (ISSM) e membro da Sociedade Latino Americana para pesquisa
da Impotência (SLAI), esclarece que a Andropausa, ou Síndrome de
Deficiência
Androgênica
Masculina (DAM), tem sido
diagnosticada com cada vez
mais frequência. O problema
costuma surgir a partir dos 40
anos, porém tem-se observado
um aumento do registro do
problema em jovens entre os
25 e 35 anos. Nesta entrevista,
confira mais informações sobre
o tema:
Quais os sintomas mais
comuns da Andropausa?
Dr. Francisco Costa Neto Diminuição na libido, queda
na performance sexual, apatia
ou depressão, ansiedade, irritabilidade, dislipidemia, aumento de peso,
perda de massa muscular, queda de pêlos, insônia e osteoporose, além
de dificuldades de ereção.
Qual a causa da queda dos hormônios masculinos?
Dr. Francisco Costa Neto - Ainda não sabemos a causa direta do problema,
mas vida sedentária, alimentação inadequada e falta de atividade física
são fatores coadjuvantes. A produção de testosterona também pode ser
alterada por condições clínicas como o uso de certos medicamentos,
obesidade, doenças hepáticas, doenças renais e patologias em glândulas,
principalmente da tireóide, além de diabetes, doenças coronarianas,
depressão e tabagismo.
Como é o tratamento?
Dr. Francisco Costa Neto - A Reposição Hormonal deve ser realizada
de maneira fisiológica, observando os picos de produção hormonal já
existentes. O tratamento só deve ser realizado sob estrita supervisão de
um médico que tenha experiência com esse tipo de patologia. Na Clínica
do Homem, em Salvador, fazemos isso há 13 anos e é simples, eficaz e
com poucos efeitos colaterais. É preciso ter muito cuidado com as receitas
milagrosas, plantas e chás. Embora alguns sejam inofensivos, outros
podem até levar a grandes complicações e até à morte.
A Reposição é feita através de comprimidos?
Dr. Francisco Costa Neto - A reposição hormonal feita com comprimidos
é pouco utilizada, pois alguns contêm substâncias altamente tóxicas ao
fígado e outros são absorvidos rápido demais pelo intestino, o que pode
causar sérios problemas.
Quais são as opções alternativas?
Dr. Francisco Costa Neto - Uma alternativa interessante é o gel para
espalhar na pele, de uso diário. A indicação deste tipo de reposição tem
uma resposta quase sempre muito positiva, já que seu efeito de curto
prazo atende às necessidades de reposição hormonal de cada paciente.
Além disso, como neste caso são aplicadas doses pequenas do hormônio,
o gel possui menos contraindicações. O custo também é menor, se
comparado a outros métodos. Outro recurso são
os implantes de cápsulas de testosterona, com
efeito de longa duração. Mas, nossa experiência
revela que esta alternativa dificilmente eleva
os hormônios aos níveis médios desejados. Já
as injeções intramusculares, aplicadas a cada
dois ou três meses, dependendo da ação do
hormônio, tem eficácia razoável, alcançando os
níveis médios normais de testosterona. Mas são
contra-indicadas para pacientes com tendência
genética a terem câncer de próstata. Existem,
também, os adesivos que liberam testosterona.
Nesse caso, o homem cola na pele um adesivo
duas vezes por dia. Porém, é caro e não pode
ser aplicado em áreas com pêlos.
Há contraindicações?
Dr. Francisco Costa Neto - Alguns pacientes não podem fazer reposição
hormonal. Homens que tenham suspeita ou caso confirmado de câncer de
próstata ativo ou de mama – que não é raro como se imagina - e pacientes
com aumento de próstata, além daqueles com níveis de testosterona
normais e insuficiência hepática. Vale destacar que a reposição hormonal
pode agravar o câncer. Porém, pacientes saudáveis não desenvolvem a
doença por causa do hormônio. O que propicia desenvolver a doença é
ter hormônios acima do normal. E a reposição serve para que o paciente
tenha a testosterona normalizada, e não exagerada.
Editorial
Com a maior circulação de informações na mídia a respeito da
reposição hormonal masculina, as pessoas passaram a expressar
mais dúvidas a respeito do assunto. Por isso, apresentamos como
destaque nesta edição nº 10 deste Boletim uma entrevista que
esclarece os principais questionamentos das pessoas relacionadas
à Andropausa. Outro tema que costuma ser alvo da curiosidade
das pessoas diz respeito à utilização dos implantes penianos, foco
da seção “Seu corpo”. Por fim, como não poderia deixar de ser,
apresentamos uma singela homenagem da Clínica do Homem a
todas as mulheres pela passagem do Mês da Mulher (março). Sem
“elas”, a nossa vida não teria a graça que tem. Boa leitura!
Boa leitura!
Dr. Francisco Costa Neto
Diretor da Clínica do HOMEM
Cremeb 9264/RQE 116427
Seu Corpo
Implantes penianos podem ser a solução para problemas sérios de ereção
Disfunções neurológicas ou vasculares podem ocasionar problemas de
ereção. Estes devem ser tratados de diversas maneiras, mas em último
caso, após outras tentativas, o implante peniano pode ser indicado como
uma alternativa ao tratamento da disfunção erétil. “A prótese devolve ao
homem um ‘esqueleto’ novo para o pênis, fazendo com que ele volte a ter
relações sexuais com ereção normal”, explica o urologista diretor da Clínica
do Homem, Francisco Costa Neto (CRM-BA 9264/ RQE 116427)
Especialista em andrologia, o médico explica que entre as disfunções
neurológicas que mais levam os homens a terem problemas de ereção
destacam-se a diabetes, a prostatectomia radical (retirada total da próstata),
as neoplasias e lesões neurológicas em geral, as hérnias discais e a doença
veno-oclusiva peniana. Já as disfunções vasculares mais frequentes são
a hipertensão arterial, a aterosclerose (relacionada às dislipidemias), a
arterioesclerose (envelhecimento das artérias), a diabetes e as neoplasias em
geral (essas duas últimas se caracterizam tanto por disfunções neurológicas
quanto vasculares).
No caso de qualquer uma dessas patologias causar a Disfunção Erétil (DE),
é preciso tratar primeiro a doença que originou a DE. “Apenas se outras
formas de tratamento não solucionarem a dificuldade ou falta de ereção,
sugerimos a colocação de implantes penianos, com o cuidado de evitar falsas
expectativas. O ideal é que a companheira participe e colabore com a cirurgia,
mas isso não é uma regra. Após a colocação do implante são necessárias de
quatro a seis semanas de recuperação antes da utilização”, explica o médico.
Os implantes, escolhidos de acordo com cada anatomia, são do tamanho
do pênis em ereção, não aumentam nem diminuem o membro normal.
“Recentemente, nos EUA, foi lançado uma prótese que promete aumentar
de um a dois centímetros o tamanho do pênis. No congresso que participei
em Miami sobre o tema há um mês, foi explicado que o que acontece, na
verdade, é que ela ‘estufa’ a glande do pênis na hora da ereção. Minha opinião
é de que qualquer apelo comercial no sentido de estimular o aumento
peniano é desnecessário. Esta prática é proibida no Brasil”, conta Neto. “Não
é necessário que o pênis seja grande para estimular a mulher sexualmente.
Mesmo porque, o comprimento da vagina varia entre 10 cm e 15 cm na
excitação, o que significa que, no caso de um pênis muito grande, fica metade
fora do corpo da mulher.Este tema é mais um mito do que qualquer outra
coisa”, completa.
Tipos de implantes
Ereção não é sinônimo de libido
Houve uma grande evolução nessa área nos últimos anos e hoje há diversos
tipos de próteses disponíveis no mercado. Os que tem apresentado melhores
resultados são as infláveis, mas existem também os modelos semi-rígidos
(articuláveis e não articuláveis).
Francisco Costa Neto faz questão de destacar as diferenças entre reção, libido
(desejo sexual), ejaculação e orgasmo. “Um homem pode ter uma ereção,
mas não ter nenhum desses outros três componentes, tão importantes
para uma relação sexual de qualidade”, explica. O médico diz isso para
explicar que a colocação de um implante não garante o prazer. “Por isso, é
importante que em paralelo sejam considerados outros aspectos. Em muitos
casos, homens com Disfunção Erétil, independentemente de terem ou não
um implante peniano, precisam de uma reposição hormonal fisiológica ou
de medicamentos que irão estimular o prazer e ampliar as chances de uma
relação completa”, detalha.
O implante inflável, após implantado, não é perceptível a olho nu. A
aparência do pênis em seu estado flácido é relaxada e normal, ou seja, não
dá para notar quando se olha para um homem que possui implante que
ele a possui.”A ereção acontece quando o homen infla os cilindros (hastes)
implantados no corpo cavernoso do pênisapertando a bomba colocada no
testículo. Neste caso, é possível controlar a firmeza do pênis pressionando
a bomba até a obter a ereção desejada”, explica Neto. “Neste caso, o pênis
apresenta uma ereção controlada e natural”, completa.
Homens que utilizam o implante semi-rígido articulável, para ter uma ereção,
precisam segurar o pênis e movê-lo para a posição desejada. Após a relação
sexual, é preciso retornar o pênis manualmente para a posição anterior. Se o
implante for um não articulável, o pênis fica na posição ereta todo o tempo.
“Quem tem um implante deste tipo deve evitar inconvenientes, usando
roupas mais folgadas e tomando outros cuidados relacionados ao convívio
social, para não ser mal interpretado pelas pessoas”, destaca o urologista.
Importante
Urologistas podem prescrever qualquer um dos tipos de implantes, de acordo
com o que consideram mais adequado para o tratamento de seus pacientes.
No entanto, os planos e seguradoras de saúde, de modo geral, têm se negado
a cobrir os implantes infláveis, pelo seu custo maior se comparado aos semirígidos. A boa notícia é que, em todo o Brasil, através de ações judiciais contra
as seguradoras, os pacientes que requerem o custeio deste tipo de implante
tem conquistado este direito. “A jurisprudência está favorável neste sentido,
pelo que temos observado”, comenta o diretor da Clínica do Homem.
EQUIPE
Diretor Técnico e Urologista: Francisco Costa Neto (Cremeb 9264 | RQE 116427)
Farmacêutica-bioquímica: Daniele Brustolim (CRF 3623)
Bióloga: Siane Campos de Souza
Nutricionista: Leny Strauch (CRN-5 1580)
Publicação bimestral produzida pela Assessoria de Comunicação da Clínica do Homem.
Jornalista Responsável: Carla Santana.
E-mail: [email protected]
Endereço: Av. Reitor Miguel Calmon, 1210, Centro Médico do Vale, sala 701, Canela.
E-mail geral: [email protected]/ Telefax: (71) 3247-4086
Projeto Gráfico: Gisele Lopo
Diagramação: Marco Teles
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