1 Comentários de Anestesiologia PREPARO PRÉ-ANESTÉSICO Comentário: O jejum preconizado para leite não humano e refeições leves é de seis horas, enquanto para líquidos claros e leite materno o jejum é de respectivamente de 2 e 4 horas. O período de jejum independe do tipo de cirurgia e ou da técnica anestésica. O jejum preconizado para líquidos claros é de 2 a 3h; para leite materno de 4h; para leite não humano e refeições leves de 6 a 8h. O ginseng inibe a agregação plaquetária e a cascata da coagulação e deve ser suspenso pelo menos 7 dias antes da cirurgia. A erva de São João inibe a serotonina, a noradrenalina e a recaptação de dopamina pelos neurônios, além de causar indução enzimática do citocromo P450 e deve ser interrompida pelo menos 5 dias antes da cirurgia. A Valeriana pode diminuir a CAM dos anestésicos, devendo-se reduzir a dose gradualmente semanas antes da cirurgia. O Ginkgo biloba inibe o fator ativador de plaquetas e deve ser suspenso pelo menos 36 horas antes da cirurgia. O alho inibe de forma irreversível a agregação plaquetária e deve ser suspenso pelo menos 7 dias antes da cirurgia. A classificação do estado físico pela ASA, propõe como ASA IV aquele paciente com doença com comprometimento sistêmico grave, podendo evoluir ao óbito independente da cirurgia. ASA I, seria o paciente sem co-morbidades; ASA II, com doença com comprometimento sistêmico leve a moderado; ASAIII, com doença com comprometimento sistêmico grave; ASA V, o paciente moribundo, com risco iminente de morte e que esta é um ato heróico e ASA VI, paciente com morte encefálica diagnosticada, que será doador de órgãos. ANESTÉSICOS LOCAIS Comentário: O grau de ligação à proteína afeta a atividade dos anestésicos locais, uma vez que apenas a forma ligada possui atividade farmacológica. Em geral, o aumento da ligação à proteína associa-se com maior duração de ação. A lidocaína apresenta a menor ligação protéica e a bupivacaína a maior. No evento de crise convulsiva, por efeito tóxico dos anestésicos locais, O tratamento é de suporte, objetivando evitar a hipóxia. A suplementação de oxigênio e a ventilação adequada são as primeiras medidas a serem instituídas. Tiopental, midazolam ou succinilcolina podem ser utilizados para garantir a oxigenação adequada. O bicarbonato de sódio não tem indicação, já que a acidose que se instala é respiratória. Contra-indicação ao uso de cetamina como agente indutor único: Asma, hipovolemia, tamponamento cardíaco e cardiopatia cianótica com desvio de fluxo sangüíneo da direita para a esquerda, são indicações do uso da cetamina. A cetamina aumenta a pressão intracraniana e pode agravar a lesão cerebral, sendo, portanto, contraindicada nesta situação. 2 BLOQUEIO SUBARACNÓIDEO E PERIDURAL As complicações relacionadas à anestesia do neuro-eixo que podem ser consideradas respostas fisiológicas exacerbadas são: retenção urinária, bloqueio alto, parada cardíaca, anestesia espinhal total. Os sintomas neurológicos transitórios têm sido relacionados à toxicidade dos anestésicos, enquanto outras complicações relatadas se devem ao trauma direto da agulha ou à colocação do cateter. A aracnoidite adesiva é uma das complicações mais graves da anestesia subaracnóidea. Consiste na diminuição da força muscular e alterações de sensibilidade nos membros inferiores e no períneo, acompanhadas por alterações vesicais e intestinais. O quadro inicia-se lentamente, alguns dias ou semanas após a realização do bloqueio, podendo levar à paraplegia completa e em alguns casos, à morte. Os principais fatores etiológicos são: a adição ao anestésico local, de substâncias com a finalidade de alterar a gravidade especifica da solução, contaminação do material anestésico (detergentes) e a presença de antioxidantes (bissulfito). A causa mais provável é desconforto respiratório nível alto do bloqueio .A alteração da sensibilidade da parede torácica, secundária aos bloqueios no neuro-eixo com nível sensitivo alto, pode propiciar ao paciente a sensação de não estar ventilando adequadamente. As alterações respiratórias são mínimas, sem repercussões clinicamente importantes. A diminuição da pós-carga e da précarga pelo bloqueio simpático, afasta o diagnóstico de edema agudo de pulmão. A paralisia do nervo frênico não ocorre até o bloqueio das raízes cervicais de C2-C4. A baricidade, o posicionamento do paciente, o nível da punção e a dose de anestésico local são os principais determinantes do nível do bloqueio na anestesia subaracnóidea Parada Cardíaca e Reanimação São medidas fundamentais na iminência de parada cardíaca em gestantes: posicionar a paciente em DLE ( Decúbito Lateral Esquerdo) ou deslocar manualmente o útero para a esquerda, garantir acesso venoso e administrar fluidos. A elevação dos membros inferiores não é medida fundamental, embora ajude no retorno venoso. Fármaco mais indicado no tratamento do choque cardiogênico: A milrinona é o fármaco que combina os efeitos benéficos de aumento da contratilidade miocárdica e vasodilatação periférica, otimizando o débito cardíaco, sem alterar significativamente a freqüência cardíaca ou a pressão arterial média. Ainda, não possui potencial arritmogênico e pode ser administrada por via venosa e oral. A noradrenalina e o metaraminol produzem redução do débito cardíaco no choque cardiogênico, na medida em que o efeito alfa-adrenérgico vasoconstritor predomina sobre o efeito beta adrenérgico (contratilidade miocárdica). Aumentam o consumo miocárdico de oxigênio e a hipóxia tissular, resultante da vosoconstrição e do baixo fluxo. O isoproterenol possui alto poder arritmogênico, aumenta em muito a freqüência cardíaca e o consumo miocárdico de oxigênio, faz redistribuição do débito cardíaco para áreas não vitais e possui resposta inconstante sobre o débito cardíaco. - A cardioversão está indicada em crianças com: taquicardia supraventricular com freqüência cardíaca maior que 240 bpm A cardioversão ou a desfibrilação não traz benefício no tratamento da atividade elétrica sem pulso ou na assistolia. Nestes casos, o tratamento de escolha é a epinefrina por via venosa ou intra-óssea. A bradicardia intensa decorrente de hipoxemia deve ser revertida com a oxigenação adequada e, persistindo a bradicardia, geralmente acompanhada de má perfusão e hipotensão arterial, o tratamento indicado é a adrenalina (0,01mg.kg-1/ IV, repetida, se necessário, a cada 3-5 minutos). A assistolia pressupõe ausência de atividade elétrica no coração, não se beneficiando, portanto, da cardioversão ou desfibrilação. Já na criança com freqüência cardíaca acima de 240 bpm está indicada a cardioversão, pois a manutenção desta condição pode resultar em comprometimento hemodinâmico grave. 3 Complicações da Anestesia Succinilcolina e agentes inalatórios halogenados (desflurano, isoflurano, halotano, etrane) são fatores desencadeantes de Hipertermia Maligna nos pacientes predispostos. Dantrolene é utilizado no tratamento. Óxido nitroso, anestésicos locais e bloqueadores musculares não despolarizantes não estão relacionados à gênese desta complicação. Complicações em anestesia COMENTÁRIO: *As reações alérgicas podem ser divididas em 4 tipos: Tipo 1: São as reações anafiláticas ou reações de hipersensibilidade imediata. Os mediadores fisiologicamente ativos (histamina, leucotrienos, calicreína e prostaglandinas) são liberados de mastócitos e basófilos após a ligação de IgE específicas ativadas na superfície dessas células. Tipo 2: São reações conhecidas como reações citotóxicas, mediadas por IgG ou IgM direcionadas contra a superfície de células estranhas ao organismo. Tipo 3: São reações antígeno-anticorpo com formação de complexos imunes e ativação de complemento, caracteriza ainda a migração de neutrófilos e o dano celular Tipo 4: As reações resultantes da interação entre linfócitos sensibilizados e antígenos específicos. A ligação antígeno-linfócito produz linfocinas, proliferação linfocitária, formação de células T citotóxicas, além da atração de macrófagos e outras células inflamatórias. *A lesão do nervo ulnar é a mais freqüente (28%) entre os 670 casos de lesões nervosas publicadas no último levantamento do ASA Closed Claim, em 1999. Sua localização subcutânea, posterior ao epicôndilo medial do úmero torna-o bastante susceptível ao descuido com o posicionamento do paciente cirúrgico no perioperatório. *Entre as várias medidas utilizadas no tratamento da cefaléia pós-punção da dura-máter, ocupa lugar de destaque o tampão sangüíneo (blood patch) que consiste na injeção peridural de sangue autólogo colhido em condições assépticas na hora. Em geral o alívio é imediato. . *A sedação residual por anestésicos é a causa mais frequente de sonolência na sala de recuperação pósanestésica. O bloqueio neuromuscular residual, a hipotermia, a hipercarbia e a hipotensão intraoperatória são causas menos frequentes quando comparadas à sedação residual pós-anestésica. *Pacientes do sexo masculino, assintomáticos, abaixo dos 40 anos de idade, a serem submetidos a procedimento ambulatorial sem previsão de sangramento, não necessitam de exames laboratoriais pré-operatório. *No recém-nascido a glote é localizada ao nível de C3, mais alta do que no adulto (C5). O ponto mais estreito da via aérea é o anel cricóide, enquanto em crianças maiores, é a fenda glótica. O recém-nascido respira predominantemente pelo nariz. A relação VD/VT (espaço morto/volume corrente) é a mesma do adulto (0,3) e o consumo de oxigênio é 2 a 3 vezes maior do que no adulto. *Acidose respiratória pode ocorrer quando há grande aumento na produção de dióxido de carbono, como na hipertermia maligna. A hipotermia e jejum prolongados podem desencadear acidose metabólica. Dor e ansiedade são causas comuns de alcalose respiratória. *Nenhum caso comprovado de reação anafilática ou anafilactóide a agentes halogenados foi publicado. Os bloqueadores neuromusculares são, indubitavelmente, os fármacos utilizados em anestesia que causam maior incidência de reações anafiláticas ou anafilactóides, sendo a maior freqüência relacionada ao uso da succinilcolina. 4 Anestesia ambulatorial * Como os critérios de aferição da condição de alta hospitalar não avaliam a capacidade de dirigir ou outros parâmetros psicomotores, é prudente aconselhar ao paciente que não dirija veículos automotores bem como não opere máquinas pesadas nas primeiras 24h após o procedimento. Farmacologia dos anestésicos venosos A naloxona é um antagonista opióide puro; liga-se aos receptores sem ativá-los e é capaz de reverter todos os efeitos dos opióides. Na prática clínica, a naloxona é utilizada para antagonizar a depressão respiratória e a sedação (receptores μ2). A injeção de naloxona deve ser feita lentamente e em pequenas quantidades devido aos riscos de desencadear arritmias, hipertensão e edema pulmonar por descarga adrenérgica aguda. Bloqueio subaracnóide e peridural * O bloqueio deve ser feito entre 10 e 12 horas após a última dose de heparina de baixo peso molecular. *A dose-teste tem como objetivo identificar se a agulha ou o cateter foram introduzidos no espaço subaracnóideo ou em veias do espaço peridural. A aspiração da agulha ou cateter para identificar a presença de sangue ou de líquor pode ser útil para prevenir injeções inadvertidas de anestésico local, mas a incidência de teste falso-negativo é alta. *A numeração das agulhas utiliza a escala britânica gauge (G), que leva em consideração seu diâmetro externo. O número corresponde à quantidade de agulhas justapostas necessária para completar uma polegada (2,5cm). Agulhas de mesmo G podem apresentar diferentes diâmetros internos. Quanto maior o número em gauge, menor o diâmetro externo. *Dentre os fármacos utilizados em anestesia, metoclopramida, neostigmina, pancurônio e metropolol aumentam o tônus do esfíncter esofágico inferior, enquanto opióides (morfina, fentanil, alfentanil), dopamina, halotano, tiopental e enflurano promovem diminuição do tônus deste esfíncter e outros, como atracúrio, propranolol e cimetidina não alteram o tônus. Parada cardíaca e reanimação *Depois da epinefrina, os fármacos mais efetivos em parada cardiorrespiratória são aqueles que suprimem ritmos ventriculares ectópicos. Amiodarona, lidocaína e bretílio são utilizados em PCR em casos de taquicardia ventricular ou fibrilação ventricular refratários à cardioversão/desfibrilação ou quando ocorrem após uma conversão bem sucedida. Preparo pré-anestésico Existem recursos clínicos que podem prognosticar uma provável intubacão orotraqueal difícil. Mallampati descreve quatro classes de estruturas visualizadas (classes I a IV) e estreita correlação entre maior classe e dificuldade de exposição na laringoscopia. Farmacologia dos anestésicos venosos O propofol não potencializa o efeito dos bloqueadores neuromusculares, não desencadeia hipertermia maligna, sendo uma das opções em pacientes propensos a ela, pode causar hipotensão arterial e provoca dor durante a injeção. 5 Bloqueio subaracnóideo e peridural *Os anestésicos locais bloqueiam inicialmente as fibras não mielinizadas do tipo C, a seguir as fibras mielinizadas mais finas do tipo B e progressivamente as fibras mais grossas e mielinizadas do tipo A. Assim, as fibras autonômicas são as primeiras a serem bloqueadas, seguidas pelas fibras condutoras da sensação de calor, dor, propriocepção, pressão e tato, sendo as fibras motoras as últimas a serem atingidas. *A raquianestesia é uma técnica de simples execução e com início de ação rápido. Em gestantes, a complicação mais comum é a hipotensão materna. Nível sensitivo abaixo de T5 pode deixar a parturiente suscetível à dor durante a cesariana, principalmente com a colocação de compressas. Bloqueio subaracnóideo e peridural *O espaço peridural é mais largo posteriormente que anteriormente, em especial entre L 3 eL5, o que favorece a execução do bloqueio nesse nível, embora o procedimento possa ser realizado em qualquer altura. Entre T3 e T6 devido à grande angulação das apófises espinhais o bloqueio embora não impossível, apresenta maior dificuldade técnica. Farmacologia dos anestésicos locais * O sítio de ação dos anestésicos locais são os canais de sódio que são os próprios receptores das moléculas dos anestésicos locais. Eles são glicoproteínas de membrana queapresentam emsua composição uma subunidade alfa, a mais importante e duas subunidades beta. Anestesia venosa *O propofol é o mais potente depressor cardiovascular dos anestésicos venosos. Ele diminui o débito cardíaco, a resistência vascular sistêmica, a pressão arterial sistêmica e o volume sistólico de ejeção. Concomitantemente, deprime a contratilidade do miocárdio de forma dose-dependente. Transmissão e bloqueio neuromuscular *Dos bloqueadores neuromusculares adespolarizantes citados, o rocurônio é o que possui o pico de ação mais rápido devido à sua potência molar e constante de equilíbrio. Em doses equipotentes quanto menor a potência molar, mais rápido o pico de ação. Os músculos apresentam sensibilidade diferente aos bloqueadores neuromusculares. O diafragma é o mais resistente e a musculatura palpebral é a mais sensível. Recuperação pós-anestésica *A incidência de náusea e vômito pós-operatórios (NVPO) varia com muitos fatores. A incidência é maior em pacientes do sexo feminino e mais jovens, diminuindo 13% por década de idade. Pacientes submetidos a cirurgias otorrinolaringológicas, dentárias, oftalmológicas que envolvem tração de músculos extraoculares, também apresentam incidência aumentada de NVPO. A incidência é menor com anestesia regional do que anestesia geral. Dos anestésicos gerais, o propofol é o que oferece o menor risco de NVPO. A administração de agentes inalatórios e de opióides aumenta a incidência de NVPO. 6 Monitorização *A punção da veia subclávia deve ser realizada preferencialmente, à direita. A passagem é rápida e simples e a complicação mais freqüente é o pneumotórax. O risco de pneumotórax é maior em crianças abaixo de 2 anos, quando o ápice do pulmão fica mais elevado no tórax. *Na escala do BIS 100 corresponde ao paciente acordado, 80 sedação leve/moderada, 70 sedação profunda, 60 anestesia geral superficial, 40 estado de hipnose profunda e 0 achatamento do EEG. TEMA: Preparo pré-anestésico *A American Society of Anesthesiologists (ASA) elaborou uma classificação para quantificar o estado físico dos pacientes que serão submetidos a uma anestesia. São classificados como ASA 3 os pacientes que têm alteração sistêmica grave causada por qualquer natureza, mesmo que não seja possível definir o grau de incapacitação. AVALIAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA: 1. CLASSIFICAÇÃO P (PHYSSICAL STATUS) - ANTIGO ASA : P1= PACIENTE SADIO P2= PACIENTE COM DOENÇA SISTÊMICA LEVE OU SEM LIMITAÇÃOFUNCIONAL E EXTREMOS DE IDADE P3= PACIENTE COM COM GRAVE DOENÇA SINTÊMICA , LEVANDO A LIMITAÇÃO FUNCIONAL P4= PACIENTE COM GRAVE DOENÇA SISTÊMICA, NECESSITANDO DE CUIDADOS PERMANENTES PARA SOBREVIDA P5= PACIENTE EM RISCO IMINENTE DE VIDA (MORIBUNDO) P6= DOADOR DE ORGÃOS E = SUFIXO COLOCADO APÓS CLASSIFICAÇÃO DESIGNANDO EMERGÊNCIA 2. OBJETIVOS DA MEDICAÇÃO PRÉ ANESTÉSICA: APESAR DE ADVOGAREM QUE AS FINALIDADES DA MPA SÃO: POTENCIALIZAÇÃO DOS ANESTÉSICOS , DIMINUIÇÃO DOS EFEITOS COLATERAIS DOS ANESTÉSICOS, REDUÇÃO DA ATIVIDADE REFLEXA, PRODUZIR AMNÉSIA E ASSEGURAR INDUÇÃO SUAVE, ESTES OBJETIVOS ESTÃO INCORPORADOS EM VÁRIAS DROGAS ANESTÉSICAS. TODAVIA O PRINCIPAL OBJETIVO DA MPA É A ATENUAÇÃO DA ANSIEDADE E MEDO E POSSIBILITAR AO PACIENTE QUE SE DEPARA COM SUA CIRURGIA QUE ESTEJA CONFIANTE. 3. A ESCOLHA DA TÉCNICA ANESTÉSICA SE BASEIA EM: ESTADO FÍSICO DO PACIENTE TEMPO E TIPO DE CIRURGIA HABILIDADE DO CIRURGIÃO CIRURGIA AMBULATORIAL OU COM INTERNAÇÃO 4. A SUSPENÇÃO SÚBITA DE CERTAS DROGAS COMO A CLONIDINA E O PROPANOLOL PODEM PRECIPITAR CRISES HIPERTENSIVAS, DE HISQUEMIA OU INFARTO, PORTANTO, DROGAS ANTIHIPERTENSIVAS DEVEM SER CONTINUADAS ATÉ O DIA DA CIRURGIA. 7 COMPLICAÇÕES EM ANESTESIA 1. AS REAÇÕES ANAFILÁTICAS EXIGEM PRÉVIA ESPOSIÇÃO AO AGENTE, SENDO MEDIADAS POR ANTICORPOS, NAS REAÇÕES ANAFILACTÓIDES, A DROGA ATUA DIRETAMENTE SOBRE OS MASTÓCITOS E BASÓFILOS, NÃO HÁ ENVOLVIMENTO COMPROVADO DE ANTICORPOS, 2. A HISTAMINA É O MAIS IMPORTANTE MEDIADOR E A ÚNICA SUBSTÂNCIA ESSENCIAL PARA QUE A ANAFILAXIA OCORRA 3. O DANTROLENE É UM DERIVADO DA HIDANTOÍNAQUE TEM PROPRIEDADE MUSCULO RELAXANTE, SENDO DE GRANDE UTILIDADE NA HIPERTERMIA MALIGNA, POIS DININUI A TEMPERATURA E A ESPARTICIDADE, AGINDO NA LIBERAÇÃO DE CÁLCIO;PORTANTO SUA EFICÁCIA ESTÁ NA PROFILAXIA E TRATAMENTO DA SÍNDROME DE HIPERTARMIA MALIGNA 4. COM RELAÇÃO AO JEJUM PRÉ OPERATÓRIO E O RISCO DE ASPIRAÇÃO PULMONAR , OBSERVOU-SE QUE O VOLUME DE LÍQUIDO E PH GÁSTRICO SÃO INDEPENTES DO JEJUM DE LÍQUIDOS SEM RESÍDUOS (LÍQUIDOS CLAROS = ÁGUA, CHÁ E ALGUNS SUCOS SEM AÇÚCAR E CAFEÍNA), DE SUA INGESTÃO. SOMENTE ESTES TIPOS DE LÍQUIDOS PODEM SER INGERIDOS NO DIA DA OPERAÇÃO, PARA QUE O ESVAZIAMENTO GÁSTRICO OCORRA NO PERÍODO DE DUAS HORAS VIAS AÉREAS 1. INDICATIVO DE INTUBAÇÃO TRAQUEAL DIFÍCIL TRAUMAS DE VIAS AÉREAS OU FACE, INSTABILIDADE DA COLUNA CERVICAL, PEQUENA ABERTURA DE BOCA, PESCOÇO CURTO E MUSCULOSO, OBESIDADE, SEQUELAS DE QUEIMADURAS, ANOMALIAS CONGÊNITAS, TRISMO , MALLAMPATI 3 E 4, CORMACK E LEHANE CLASSE 3 E 4 2. EQUIPAMENTOS PARA MANUTENÇÃO DAS VIAS AÉREAS: O EXCESSO DE PRESSÃO SOBRE A MÁSCARA FACIAL PODE OCASIONAR DANO AOS NERVOS TRIGÊMIO E O FACIAL, E TRAUMA OCULAR O USO DA MÁSCARA EM OBESOS, QUEIMADURAS,BARBA , IDOSOS, INFECÇÃO EM FACE, TEM SUA VENTILAÇÃO DIFICULTADA OS TUBOS SEM BALONETES SÃO INDICADOS EM LACTENTES E PRÉ-ESCOLARES DEVIDO AO DIÂMETRO REDUZIDO DA TRAQUEIA 3. O USO DO TUBO OROTRAQUEAL É INDICADO EM PACIENTE INTUBADOS POR TEMPO PROLOMGADO É COMTRA INDICADO EM TRAUMA DE FACE, TCE, FRATURAS DE BASE DO CRÂNEO, EPISTAXE CRÔNICA, COAGULOPATIAS... A PRESSÃO DO BALONETE DO TOT INTERFERE NA PERFUSÃO DA MUCOSA DO LARINGE 8 4. BLOQUEIO ANESTÉSICO DAS VIAS AÉREAS O BLOQUEIO ANESTÉSICO DO LARINGEO SUPERIOR TRANSTRAQUEAL E GLOSSOFARÍNGEO É CONTRA-INDICADO EM: - PACIENTES DE ESTÔMAGO CHEIO ,EM OBSTRUÇÃO INTESTINAL, PELO RISCO DE ASPIRAÇÃO DO CONTEÚDO GÁSTRICO É INDICADO EM CASO DE INTUBAÇÃO DIFÍCIL COMPLICAÇÕES DO BLOQUEIO ANESTÉSICO DAS VIAS AÉREAS; - OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS POR PARALISIA DO MÚSCULO FARINGEO, HEMATOMAS, ABSCESSOS, CEFALÉIA, ARRITMIAS RAQUE E PERIDURAL 1. A INCIDÊNCIA DE CEFALÉIA PÓS RAQUE É MAIOR NO SEXO FEMININO VARIA INVERSAMENTE COM A IDADE E DIRETAMENTE COM O CALIBRE DA AGULHA E COM O NÚMEROS DE TENTATIVAS MAIOR INCIDÊNCIA COM SOLUCÕES DE ANESTÉSICO LOCAL CONTENDO GLICOSE,COM TÉCNICAS CONTÍNUAS, COM ACESSO MEDIANO 2. HIPOTENÇÃO LICÓRICA O ABDUCENTE,VI PAR, É O NERVO COM TRAJETO INTRACRANEANO MAIS LONGO, SENDO MUITO SUSCETÍVEL AOS EFEITOS DA HIPOTENÇÃO LICÓRICA.QUANDO ELE É TRACIONADO,EM DECORRENCIA DA HIPOTENÇÃO LICÓRICA,PODE MANIFESTAR-SE UM QUADRO DE DIPLOPIA E ESTRABISMO CONVERGENTE 3. CAUSA DE APNÉIA NA RAQUE ANESTESIA:- RESULTA DA FALHA DOS CENTROS RESPIRATÓRIOS DEVIDO À HISQUEMIA BULBAR OCASIONADA POR UMA REDUÇÃO ACENTUADA DO DÉBITO CARDIACO 4.A ÚLTIMA SENSAÇÃO A DESAPARECER NO BLOQUEIO ANESTÉSICO É A PRESSÃO PROFUNDA. PELA ORDEM CRONOLÓGICA DE INSTALAÇÃO DO BLOQUEIO ANESTÉSICO TEMOS: DOR, FRIO, CALOR, TATO,E PRESSÃO PROFUNDA 9 Considerações de Complicações em Anestesia: Reação Anafilática: Sinais Clínicos - A hipotensão arterial aguda, imediata ou poucos minutos após a administração da droga, é o sinal mais freqüente de reação anafilática (69%) sendo em 10% a única manifestação, os demais são: eritema generalizado (55%), edema (26%), bronco espasmo severo (23%), e parada Cardio-respiratória (11%).Eritema localizado e edema de cordas vocais podem estar presentes, porém não são manifestações típicas da reação anafilática. Apesar de não existir qualquer medicamento capaz de evitar o desencadeamento de uma reação anafilática se o paciente possui anticorpos específicos, a administração prévia de algumas drogas como a difenidramina (0,5-1,0 mg.kg IM), corticosteróides (prednisona 50mg 6/6h VO, 24h antes),e anti-histamínicos (cimetidina 4-6 mg.kg – 1h antes),pode reduzir a gravidade das reações que por ventura ocorrerem.