Relatório da Balança de Pagamento 2012

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RELATÓRIO DA BALANÇA DE PAGAMENTOS E DA
POSIÇÃO DO INVESTIMETO INTERNATIONAL DE 2012
I. Balança de Pagamentos
1. A Balança de Pagamentos regista as transacções económicas ocorridas, durante um
determinado período, entre residentes e não residentes de um país, reflectindo assim, a sua
posição credora ou devedora face ao resto do mundo.
2. Durante o ano de 2012, o sector externo da economia angolana manteve a sua performance
ao registar um saldo global superavitário de US$ 4.643,2 milhões, muito embora tenha
sofrido um decréscimo de 48,9%, comparativamente ao período anterior, como
consequência do agravamento do défice da Conta de Capital e Financeira.
1. Conta Corrente
3. No exercício económico de 2012, a conta corrente de Angola, atingiu um saldo
superavitário na ordem de US$ 13.853,3 milhões, representando um crescimento de cerca
de 5,9%, comparativamente ao ano anterior, enquanto o rácio da conta corrente sobre o
Produto Interno Bruto (PIB) sofreu uma ligeira redução em relação ao ano de 2011, ao
passar de 12,6% para 12,1%.
Gráfico nº 01- Conta Corrente
50.000
15,0
12,6
12,1
40.000
30.000
5,0
20.000
0,0
10.000
-5,0
0
2008
-10.000
2009
2010
2011
2012
-11,3
-20.000
Em Percentagem (%)
Em Milhões de US$
10,0
9,1
8,5
-10,0
-15,0
Conta Corrente
Conta Corrente em % do PIB
Fonte: BNA-DES
0
4. Não obstante os persistentes défices registados nas contas de Serviços, Rendimentos
Primários e Secundários, o saldo superavitário da conta de Bens foi suficiente para
contrapor os défices destas contas, tendo este sido o principal factor do aumento dos activos
externos líquidos do País, expressos na conta corrente.
1.1. Conta de Bens
5. O comércio de Bens entre Angola e o resto do mundo em 2012 mostrou-se favorável, dado
o volume de receitas de exportação de petróleo bruto obtido no período em análise.
Gráfico nº 02- Conta de Bens
80.000
60.000
40.000
20.000
0
2008
2009
Importações
2010
Conta de Bens
2011
2012
Exportações
Fonte: BNA-DES/MINPET/SNA
6. De 2011 a 2012 ocorreu um ligeiro aumento de 0,6% do saldo da conta de Bens ao passar
de US$ 47.081,8 milhões para US$ 47.376,3 milhões, provocado pelo crescimento mais
expressivo das importações em relação às exportações, cujas variações percentuais foram
de 17,2% e 5,6%, respectivamente.
1.1.1. Exportações
7. O petróleo bruto continua a dominar a estrutura das exportações do País. Contrariamente
aos últimos três anos, em 2012 constatou-se um crescimento do volume de petróleo bruto
exportado, principal factor impulsionador do aumento das receitas totais de exportação, que
atingiram USD 68.871,4 Milhões. Por outro lado, as receitas resultantes da exportação dos
1
derivados de petróleo, diamantes, café e outros produtos reduziram em relação ao ano de
2011.
Gráfico nº 03- Estrutura das Exportações - 2012
1,5%
1,6%
Petróleo Bruto
Diamantes
Outras exportações*
96,9%
* Inclui os produtos refinados, gás, café e outros.
Fonte: BNA-DES/MINPET/SODIAM
8. As receitas de exportação de petróleo foram influenciadas pelo efeito quantidade (78,7%),
cuja variável constituiu o determinante para obtenção deste resultado, tendo superado o
efeito preço (22,4%).
Gráfico nº 04- Exportação de Petróleo: Efeito Preço Versus Efeito Quantidade
80.000
140
114,1
100
60.000
50.000
40.000
120
118,9
89,4
78,7
75,6
80
60
40
32,0
30.000
22,4
7,0
20
0
20.000
-18,1
10.000
Em Percentagem (%)
Em Milhões de US$
70.000
-20
-26,7
-40
0
-60
2008
2009
2010
Receitas de Exportação de Petróleo Bruto
2011
Efeito Preço
2012
Efeito Quantidade
2
Fonte: BNA-DES/MINPET
9. Em 2012 a China manteve a primazia como principal importador do petróleo bruto
angolano, com uma quota de cerca de 50%, seguida da Índia e dos E.U.A. com 10,1% e
8,7%, respectivamente.
Gráfico nº 05- Principais Países de Destino do Petróleo Bruto
50,0
45,0
40,0
2011
2012
Em Percentagem (%)
35,0
30,0
25,0
20,0
15,0
10,0
5,0
0,0
Fonte: BNA-DES/MINPET
10. A seguir ao petróleo bruto, o diamante é o produto com maior peso nas exportações do País.
Em 2012, fruto da recuperação da actividade diamantífera, verificou-se um aumento na sua
produção e consequentemente o volume exportado aumentou de 8.612,6 mil quilates em
2011 para 9.011,4 mil quilates no ano de 2012. Assim, a queda do preço médio/quilate, que
passou de US$ 139,9 para US$ 128,7 por quilate respectivamente provocou a redução das
receitas de exportação dos diamantes em 3,8%.
11. Dentre os principais países de destino dos diamantes extraídos em Angola, os Emiratos
Árabes Unidos, continuaram na liderança, ao importar cerca de 51,2% do valor total
exportado em 2012, contra 45,7% em 2011.
3
Em Percentagem (%)
Gráfico nº 06- Principais Países de Destino dos Diamantes
60,0
2011
50,0
2012
40,0
30,0
20,0
AFRICA-SUL
E.U.A.
BELGICA
HONG KONG
ISRAEL
SUIÇA
0,0
E.A.U.
10,0
Fonte: BNA-DES/SODIAM
12. Ainda no top dos países importadores, realça-se a posição da Suíça e de Israel que em 2012,
importaram 18,7% e 12,1%, respectivamente, bem como o interesse dos E.U.A em manter
relações bilaterais com Angola neste sector, ao passar de 0,1% em 2011 para 5,4% em
2012.
1.1.2. Importações
13. A oferta externa de bens com vista a satisfação das necessidades internas de consumo e
investimento atingiu US$ 23.716,9 milhões, o que representa um crescimento na ordem de
17,3% comparativamente a 2011.
14. As categorias de bens que determinaram o aumento das importações foram essencialmente
os combustíveis, os bens alimentares, as máquinas e instrumentos mecânicos, os veículos
automóveis e as máquinas, aparelhos e materiais eléctricos, tendo as despesas com
importação dos mesmos representado cerca de 62,1% do valor total das importações de
2012.
4
Quadro nº 01- Principais Classe de Bens Importados
Descrição
Combustíveis
Bens alimentares
Reatores nucleares, máquinas e instrumentos mecânicos
Veículos automóveis, tratores e acessórios
Máquinas, aparelhos e materiais elétricos
Outras importações
Total Geral
Em Milhões de US$
2011
2012
3.370,6
4.039,5
2.784,7
3.218,3
2.455,1
3.136,0
1.360,2
2.400,2
1.541,7
1.922,7
8.716,3
9.000,2
20.228,4 23.716,9
Peso
17,0%
13,6%
13,2%
10,1%
8,1%
37,9%
100,0%
Fonte: BNA-DES/SNA
15. À semelhança de anos anteriores e de acordo com a classificação económica das
importações, os bens de consumo corrente, em termos absolutos, apresentaram um
crescimento superior em relação aos bens de capital e de consumo intermédio, cifrado em
US$ 1.991,6 milhões, US$ 1.063,8 e US$ 433,0 milhões, respectivamente.
16. Como consequência da baixa produção interna, os bens de consumo corrente tem um peso
significativo na estrutura das importações (58,3%), ao passo que os bens de capital que
viabilizam o processo de diversificação económica, tiveram um peso de 29,6% nas
importações totais.
Gráfico nº 07- Estrutura das Importações – 2012
29,6%
12,1%
Bens de Consumo Corrente
58,3%
Bens de Consumo Intermédio
Bens de Capital
Fonte: BNA-DES/SNA
17. Quanto aos principais parceiros comerciais de Angola, no que diz respeito a procedência
das importações no ano de 2012, destacam-se Portugal, Singapura e China que
representaram 16,4%, 11,2% e 9,2%, respectivamente, do valor total das importações.
5
Gráfico nº 08- Principais Países de Procedência das Importações
18,0
2011
Em Percentagem (%)
16,0
2012
14,0
12,0
10,0
8,0
6,0
4,0
MALASIA
INDIA
FRANÇA
NAMÍBIA
REINO UNIDO
E.A.U.
ÁFRICA-SUL
BRASIL
E.U.A.
BELGICA
COREIA
HOLANDA
CHINA
SINGAPURA
0,0
PORTUGAL
2,0
Fonte: BNA-DES/SNA
18. Comparativamente ao ano de 2011, constata-se a redução do peso de determinados países
dos quais procedem as nossas importações, com realce para a Holanda e a República da
Coreia que em 2011 cobriram 13,0% e 11,1% das importações, respectivamente, e no ano
de 2012 representaram apenas 7,5% e 1,9%, respectivamente.
1.2. Serviços
19. A conta de serviços apresentou um défice de US$ 21.339,2 milhões no período em análise,
traduzindo-se numa melhoria de 7,0%, comparativamente a 2011, cujo défice foi de US$
22.937,6 milhões.
20. Para a obtenção deste resultado influenciou a redução dos débitos em 6,6%, bem como o
aumento dos créditos na ordem de 6,5%.
21. O comportamento dos débitos, foi impulsionado principalmente pela contracção dos
Outros Serviços em 11,8%, com destaque para os Serviços de Construção, Serviço de
Negócios e Despesas do Governo com 21,5%, 3,1% e 22,9% respectivamente, não
obstante o aumento das despesas com Serviços de Transportes e Viagens em US$ 787,7
milhões, Comunicações em US$ 103,3 milhões e Seguros em US$ 63,4 milhões.
22. Os créditos foram influenciados pelas viagens, que atingiram um crescimento de 9,3%.
6
Gráfico nº 09- Evolução da Conta de Serviços
30.000
Em Milhões de US$
20.000
10.000
0
2008
2009
2010
2011
2012
-10.000
-20.000
-30.000
Serviços (Liq.)
Crédito
Débito
Fonte: BNA-DES
1.3. Rendimentos Primários
23. A conta de rendimentos primários apresentou um saldo deficitário em 2012 de US$
10.421,8 milhões contra US$ 9.697,3 milhões no período homólogo de 2011,
representando assim um agravamento de 7,5%.
Quadro nº 02- Rendimentos Primários
Em Milhões de US$
Descrição
2011
2012
-9.697,3
-10.421,8
7,5
209,8
259,8
23,8
0,0
0,0
0,0
209,8
259,8
23,8
0,0
0,0
0,0
9.907,1
10.681,6
7,8
Compensação de empregados
333,5
297,4
-10,8
Juros
533,7
662,0
24,0
9.039,9
9.722,1
7,5
Rendimentos Primários (Liq.)
Crédito
Compensação de empregados
Juros
Lucros
Débito
Lucros
Var. (% )
Fonte: BNA-DES
24. O agravamento verificado no saldo desta conta deveu-se ao aumento dos lucros e
dividendos repatriados, bem como dos juros, na ordem de 7,5% e 24,0%, respectivamente,
embora se tenha verificado comparativamente ao ano de 2011 uma melhoria na rubrica de
compensação de empregados.
7
1.4. Rendimentos Secundários
25. À semelhança de anos anteriores, em 2012 o saldo da conta de Rendimentos Secundários
manteve a sua tendência deficitária, representando um agravamento de 29,4%, em relação
ao período homólogo do ano anterior, ao passar de US$ 1.362,2 milhões em 2011 para
US$ 1.762,2 milhões em 2012.
Quadro nº 03- Rendimentos Secundários
Em Milhões de US$
Descrição
Rendimentos S ecundários (Liq.)
2011
2012
Var. (%)
-1.362,5
-1.658,0
21,7
115,4
66,7
-42,1
Governo geral
36,2
26,4
0,0
Outras transferências correntes
79,2
40,3
-49,1
1.477,8
1.724,8
16,7
100,5
0,0
-100,0
230,7
196,6
-14,8
1.146,6
1.528,1
33,3
Crédito
Débito
Governo geral
Transferências p essoais
Outras transferências correntes
Fonte: BNA- DES
26. O agravamento verificado no saldo desta conta deveu-se, principalmente ao agravamento
das Outras transferências correntes e a redução dos créditos em 33,7% e 42,1%,
respectivamente.
2. Conta Capital e Financeira
2.1. Conta de Capital
27. No período em análise o saldo da conta de capital sofreu uma redução, em termos
absolutos, de US$ 4,6 milhões, ao passar de US$ 5,4 milhões em 2011 para US$ 0,7
milhões em 2012. Em termos relativos a redução do défice desta conta foi de 85,9%.
2.2. Conta Financeira
28. Esta conta registou uma melhoria de 3,5%, ao atingir o valor de US$ 13.527,6 milhões,
contra US$ 13.072,5 milhões no período homólogo de 2011.
8
2.2.1. Investimento Estrangeiro Directo
Gráfico nº 10- Investimento Directo Bruto
18.000
Em Milhões de US$
16.000
14.000
12.000
10.000
8.000
6.000
4.000
2.000
0
2007
2008
2009
2010
2011
2012
Investimento Directo Angolano no Estrangeiro
Investimento Directo Estrangeiro em Angola
Fonte: BNA-DES
29. O investimento directo estrangeiro bruto realizado em Angola em 2012 atingiu US$
14.853,7 milhões, contra US$ 14.123,61 milhões, no período homólogo, representando um
crescimento de 5,2%. Este fluxo, de natureza essencialmente privada não financeira,
relaciona-se com a execução de projectos ligados maioritariamente ao Sector Petrolífero
(96,7%), seguido da Prestação de Serviço com (1,9%), Indústria (0,8%), Construção Civil
(0,5%), Comércio (0,1%) e Agricultura (0,01%).
30. A recuperação do investimento directo estrangeiro fixou-se em US$ 21.751,7 milhões em
2012 contra US$ 17.147,4 milhões em 2011, um aumento de 28,5%, resultante
fundamentalmente pelas receitas geradas pelo sector petrolífero.
31. O investimento directo angolano no estrangeiro passou de US$ 2.092,6 milhões em 2011
para US$ 2.740,8 milhões em 2012, um crescimento de 31,0%.
32. Assim, o investimento directo líquido foi deficitário e situou-se em US$ 9.638,7 milhões
em 2012, contra US$ 5.116,4 milhões no período homólogo de 2011, representando um
agravamento de 88,4%.
9
33. Em 2012 o investimento directo líquido em representou 8,4% do PIB contra 4,9% do
período homólogo.
34. Em 2012 o investimento directo líquido estrangeiro em Angola representou 6,04% do PIB
contra 2,9% no ano de 2011, enquanto o investimento directo de Angola no estrangeiro
representou 2,4% do PIB contra 2,01% no período homólogo.
2.2.2. Investimento de Carteira
35. No período em análise, esta conta apresentou um saldo de US$ 200,00 milhões, contra
US$ 52,2 milhões no período homólogo, correspondendo a uma expansão absoluta de US$
147,8 milhões em títulos de participação de angolanos no exterior.
2.2.3. Outro Investimento
Gráfico nº 11- Composição do Outro Investimento
4000,0
Em Milhões de US$
3500,0
3000,0
2500,0
2000,0
1500,0
1000,0
500,0
0,0
2011
Aquisição líquida de activos financeiros
2012
Aumento líquido de passivos
Fonte: BNA-DES
36. Esta conta, encerrou o exercício de 2012 com um saldo deficitário de US$ 952,8 milhões,
contra um défice de US$ 1.149,8 milhões registado no período homólogo de 2011,
resultante de aquisição líquida de activos financeiros em US$ 2.123,8 milhões e do
aumento líquido de passivos em US$ 3.076,6 milhões.
10
Gráfico nº 12- Composição da Aquisição Líquida de Activos Financeiros
4.000,0
Em Milhões de US$
3.000,0
2.000,0
1.000,0
0,0
-1.000,0
2011
2012
-2.000,0
-3.000,0
Crédito Comercial e Avanços
Moeda e Depósitos
Outras Contas a Receber
Fonte: BNA-DES
37. A aquisição líquida de activos financeiros teve uma contracção de 16,5% ao passar de US$
2.543,4 milhões em 2011 para US$ 2.123,8 milhões em 2012, causada principalmente,
pelo comportamento das disponibilidades sobre o exterior da banca comercial e de outros
sectores.
Em Milhões de US$
Gráfico nº 13- Composição de Aumento Líquido de Passivos
3.000,0
2.500,0
2.000,0
1.500,0
1.000,0
500,0
0,0
-500,0
-1.000,0
2011
2012
Crédito Comercial e Avanços
Empréstimos
Moeda e Depósitos
Outras Contas a Pagar
Fonte: BNA-DES
11
38. No período em análise o aumento líquido de passivos apresentou o valor de US$ 3.076,6
milhões, contra US$ 3.693,3 milhões em 2011, uma redução de 16,7%, apresentando como
principais responsáveis os empréstimos e créditos comerciais.
2.2.4. Activos de Reserva
39. Em 2012, registou-se uma acumulação de reservas brutas de US$ 4.641,7 milhões, uma
redução de 51,3%, comparativamente ao período homólogo, resultando na cobertura de 8,6
meses de importação de bens e serviços, contra 7,8 em 2011.
3. Erros e Omissões
40. A balança de pagamentos encerrou o exercício corrente com erros e omissões de US$
326,4 milhões negativos, contra os US$ 17,5 milhões negativos de 2011, o que se traduz
num excesso de financiamento resultante de lacunas de informação ainda existentes
(débitos).
4. Stock da Dívida Externa
41. O Stock da Dívida Externa, incluindo os atrasados, passou de US$ 20.992,08 milhões em
2011 para US$ 22.582,88 milhões em 2012, representando um aumento de 7,6%. Pois o
presente aumento deriva do aumento da divida vincenda, uma vez que o stock de capital e
juros em mora se manteve estável.
Quadro nº 4- Stock Global da Dívida
Em Milhões de US$
Descrição
Total da dívida incluindo atrasados
2011
2012
Var. (%)
20.992,1
22.582,9
7,6
13.125,2
13.786,4
5,0
12.105,2
12.812,5
5,8
1.020,0
973,9
-4,5
Bilateral
6.221,4
6.977,9
12,2
Multilateral
1.640,1
1.813,0
10,5
5,4
5,6
2,5
Comercial
Bancos (Titulos e Obrigações)
Empresas (Provedores)
Comissões
Fonte:BNA-DES-DDE
42. Verificou-se uma expansão de todos os componentes da sua estrutura, representando a
dívida comercial 61,05% do stock da dívida total, seguida da dívida bilateral e da dívida
multilateral, com 30,90% e 8,03%, respectivamente.
12
II. Posição do Investimento Internacional
43. A crescente integração das economias tem conferido às contas externas, nomeadamente a
Balança de Pagamentos e Posição de Investimento Internacional (PII), uma importância
relevante nas decisões de política económica de qualquer país.
44. A PII reflecte as disponibilidades e responsabilidades financeiras externas de uma
economia no final de um determinado período, normalmente um ano que combinada com
os activos não financeiros, constitui valor líquido ou património dessa economia.
45. Os saldos da PII mantêm uma relação estreita com os fluxos da conta financeira da balança
de pagamentos e são compilados, por um lado, em quatro categorias funcionais para as
posições activas, nomeadamente o Investimento Directo, Investimento de Carteira, Outro
Investimento e Activos de Reserva e, por outro lado, em três categorias para as posições
passivas, à semelhança das activas, com excepção das reservas.
46. A Posição do Investimento Internacional Liquido em 2012 atingiu o saldo de US$ 38.843,4
milhões, contra US$ 25.035,5 milhões no período homólogo, correspondendo a 34,01% do
PIB, contra 24,1%, em 2011.
Gráfico nº14- Posição do Investimento Internacional
80.000
70.000
Em Milhões de US$
60.000
50.000
40.000
30.000
20.000
10.000
0
2008
2009
Total dos Activos
2010
2011
Total dos Passivo
2012
Posição Líquida
Fonte: BNA-DES
47. Os activos alcançaram o valor de US$ 73.315,7 milhões, contra US$ 63.124,6 milhões em
2011, verificando-se um aumento relativo de 16,1%, provocado fundamentalmente pelo
aumento do investimento directo angolano no exterior e pelos activos de reserva.
13
Gráfico nº15- Activos
80.000
Em Milhões de US$
70.000
60.000
50.000
40.000
30.000
20.000
10.000
0
2008
2009
2010
2011
2012
Investimento Directo no Exterior
Investimento de carteira
Outro Investimento
Activos de Reserva
Fonte: BNA-DES
48. Constatou-se o crescimento de todos os componentes dos activos, nomeadamente, activos
de reserva, investimento directo angolano no exterior, outro investimento e o investimento
de carteira na ordem de 16,4%, 38,4%, 12,9% e 2,7%, respectivamente.
49. Do outro lado do balanço, o maior componente do passivo externo de Angola foi o outro
investimento constituído fundamentalmente por créditos comerciais, empréstimo e moeda
e depósitos que no seu todo representam US$ 32.464,2 milhões em Dezembro de 2012,
representando 94,2% do total de passivos, seguindo-se o investimento directo estrangeiro
em Angola e investimento de carteira com 5,6% e 0,2%, respectivamente.
Gráfico nº 16- Passivos
35.000
Em Milhões de US$
30.000
25.000
20.000
15.000
10.000
5.000
0
2008
2009
Invest. Directo no Exterior
2010
2011
Investimento de carteira
2012
Outro Investimento
Fonte: BNA-DES
14
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