TRABALHO DE FILOSOFIA FICHAMENTO SOBRE A UNIDADE I A NATUREZA DA FILOSOFIA Filosofia, segundo Leôncio Basbaum, “A filosofia é, uma arma, uma ferramenta, um instrumento de ação com a ajuda da qual o homem conhece a natureza e busca o conforto físico e espiritual para a vida”. A Filosofia é um modo de pensar os acontecimentos além de suas aparências, podendo pensar a ciência, seus valores, seus métodos e seus mitos; também pensar a religião, a arte e o próprio homem de sua vida cotidiana, incluindo sua própria educação, permite a possibilidade de transcendência humana, ou seja, a capacidade que o homem tem de superar a sua imanência (situação dada e não escolhida). Somente a partir do século XVII, com Galileu, é que a Ciência se separa da Filosofia. Começam a surgir as diferentes ciências e as especializações. Por isso a Filosofia é importante, cabe a ela fazer a investigação dos fundamentos do conhecimento e da ação humana. Ela se propõe descortinar as ideologias presentes nos discursos e desvelar suas contradições existentes, possibilitando um repensar humano. Segundo Dermeval Savini (1983:24), O PENSAMENTO FILOSÓFICO DEVE SER: RADICAL RIGOROSO DE CONJUNTO deve ir à origem dos problemas deve seguir um método adequado deve se preocupar com o todo OS PRINCIPAIS PERÍODOS DA FILOSOFIA Os Principais Períodos da Filosofia são: Antiga; Patrística; Medieval; Renascença; Moderna; Ilustração e Contemporânea. As características da Filosofia Antiga englobavam a indagação filosófica e conhecimento científico e fazia indagações sobre a natureza, seus principais representantes eram: Sócrates, Platão e Aristóteles. A Filosofia Antiga nasceu na Grécia, no século VI a.C., com os filósofos pré-socráticos indo até o período helenístico, sua reflexão filosófica que se iniciou nesta época, continuou convivendo com a consciência mística e religiosa que dominava até então. Os filósofos gregos são também chamados “filósofos da natureza” porque suas reflexões estavam centradas na natureza e nos processos naturais. A Filosofia nesta época englobava a indagação filosófica e o conhecimento “científico”. Sócrates (470-399 a.C.), “personagem mais enigmático de toda a história da Filosofia, não escreveu uma única linha e está entre os que mais influência exerceu sobre o pensamento europeu” (GAARDER, 1996:78). Ele criou o método socrático, que 1 consistia na busca do rigor através da discussão e do diálogo, através do qual o homem é encarado de frente para ser compreendido e analisado. Com ele, surge o interesse pelo ser humano e suas virtudes. Para Sócrates, o homem não podia ser definido, pois depende de sua consciência. Sócrates com suas perguntas destruía o saber constituído através do senso comum e dos preconceitos, para construir outro a partir de um raciocínio coerente e rigoroso. Platão era discípulo de Sócrates, quando este morreu condenado a beber cicuta aos 20 anos, por sua atividade como filósofo. Platão interessava-se pela relação entre aquilo que é eterno e imutável na natureza, na moral, na sociedade e aquilo que “flui”. Para ele, a verdadeira realidade se encontra no mundo das Idéias. Todos os seres, inclusive o homem, são apenas cópias imperfeitas de tais realidades eternas e se aperfeiçoam à medida que se aproximam do modelo ideal. Aristóteles interessava-se pelas mudanças naturais, o ser é constituído de matéria e forma em potência a serem atualizadas, tem uma natureza essencial que se realiza aos poucos até alcançar um pleno desenvolvimento. Para Aristóteles e Platão, a plenitude humana dependia do aperfeiçoamento da razão. Após a morte de Aristóteles a Filosofia Helênica continuou a investigar os problemas levantados por Sócrates, Platão e Aristóteles, com o ponto comum entre eles: a preocupação em saber qual seria a melhor maneira do homem viver e morrer. As características da Filosofia Patrística eram a filosofia dos Padres da Igreja; e a imposição das idéias cristãs, seus principais representantes eram, São Paulo, apóstolo; São João, apóstolo; Santo Agostinho e outros padres e santos. É a filosofia dos primeiros padres da Igreja. Inicia-se com as epístolas de São Paulo, que se converteu ao Cristianismo pouco depois da morte de Jesus, transformou o Cristianismo numa religião universal. Paulo encontrava apoio na Filosofia Helênica ao afirmar que a busca por Deus está dentro de todos os homens, o que para os gregos não era novidade. Paulo pregava que esse Deus não era “filosofo”, ao quais as pessoas não pudessem chegar apenas pela razão, mas que ele tinha se revelado aos homens. Com Santo Agostinho, a Filosofia Patrística deu novo rumo à pedagogia da época, colocando disciplina cristã como auxiliar para resolver as situações aflitas do homem. A Filosofia Medieval passou a ser ensinada na escola, no século XII, como nome de Escolástica, nessa época surge a Teologia, que fazia indagações sobre Deus. Seus principais representantes: São Tomás de Aquino; Platão e Aristóteles. A “Idade Média” recebeu este nome por ser intermediária entre duas outras épocas, a Antiguidade e o Renascimento. Cresceu muito o poder da Igreja nesta época, quando Roma perdeu seu poder político, o bispo de Roma se tornou o chefe de toda a Igreja católica romana e recebeu o nome de “papa” = “pai” e passou a ser considerado o representante de Jesus na terra. O maior e mais importante filósofo da idade Média foi são Tomás de Aquino, que era um teólogo. Ele tentou conciliar a Filosofia de Aristóteles e o Cristianismo. São Tomás de Aquino quis mostrar que existe apenas uma verdade. Ele acreditava poder provar a existência de Deus com base na Filosofia de Aristóteles (através da razão). A Filosofia da Renascença acreditava que a natureza era um grande ser vivo da qual o homem faz parte, valorizava a política, e tinha a idéia do homem como artífice do seu próprio destino. Seus principais representantes eram Dante; Nicolau de Cusa; Giordano Bruno; Maquiavel; Tomas Morus; Kepter; Luis Vives. “É marcada pela 2 descoberta de obras de Platão desconhecidas na Idade Média, de novas obras de Aristóteles, bem como pela recuperação das obras dos grandes autores e artistas gregos e romanos” (CHAUI, 1995:46). As quatro grandes linhas de pensamento que dominavam o pensamento da Renascença eram: A idéia que a natureza é grande ser vivo e de que o homem faz parte dessa natureza como um microcosmo; valorizava a vida ativa, a política e defendia os ideais republicanos das cidades contra o poder hierárquico da Igreja, o império eclesiástico, o poderio dos papas e dos imperadores; defendia o ideal do homem como artífice de seu próprio destino, através dos conhecimentos como astrologia; a certeza de que era possível constituir um conhecimento novo, científico, baseado na indução e não mais na dedução. Foi a época das grandes descobertas marítimas, da Inquisição e das críticas profundas à Igreja, que desembocaram na Reforma Protestante e na Contra-Reforma da Igreja. As características da Filosofia Moderna foram a reforma da ciência; o grande racionalismo clássico; e o foco passa a ser o intelecto do homem. Seus principais representantes foram Francis Bacon, Galileu, Descartes, Espinosa, Tomas Hobbees e Leibniz. É a época do Grande Racionalismo Clássico, marcado por três grandes mudanças intelectuais: A Filosofia muda o foco de suas indagações para o intelecto do homem ao invés de começar a indagar sobre a Natureza e Deus; a Natureza, a Sociedade ou a Política podem ser inteiramente conhecidas pelos sujeitos porque são passíveis de serem transformadas em conceitos, e a realidade é concebida como um sistema racional de mecanismos físico-matemáticos, cuja estrutura profunda é matemática. Nasce a idéia de conquista científica e técnica da realidade, partir da explicação mecânica e matemática do Universo e da invenção das máquinas. A Filosofia da Ilustração enfatiza a primazia da razão, o nome Iluminismo vem de luzes (nome dado à razão) e acredita que pela razão o homem é um ser perfectível, liberta-se dos preconceitos religiosos, sociais e morais. Os principais representantes desta época foram: Jojn Locke, Voltaire Boyle, Newton Rousseau, Kant, Dederot, Schelling Hegel, Hume. Nesse período há grande interesse pela biologia, pela economia e pelas artes, que são consideradas símbolo do grau de progresso de uma civilização. A Filosofia Contemporânea por se tratar de um período que está sendo vivido por nós fica difícil proceder à classificação, mas podem-se citar as diferentes correntes, com os seus nomes mais expressivos. Crítica da Ciência Henri Poincaré é uma ilusão a crença na infabilidade da ciência; Positivismo Augusto Comte “fundador do positivismo, corrente filosófica segundo a qual a humanidade teria passado por estágios sucessivos até chegar ao ponto superior do processo, caracterizado pelo conhecimento positivo, ou científico” (ARANHA, 1986:100); Neopositivismo Bertrand Russell – (Principia Mathematica, Los problemas de Filosofia); Pragmatismo John Dewey; Filosofia da Existência Karl Jaspers – existência transcendência, Deus; Sobre a verdade; Martin Heidegger – O ser e o tempo Que é metafísica? – sentido do ser; Fenomenologia Edmund Hussel, cujos seguidores são Heidegger, Karl Jasper e Merleau-Ponty; Existencialismo Jean-Paul Sartre – O ser e o nada. – O homem não é mais que o que ele faz não se pode falar numa natureza humana encontrada igualmente em todos os homens. Karl Popper – O que garante a verdade do discurso cientifico é a condição de refutabilidade; Marxismo Karl Marx assim como Freud, mostra que a razão pode ser deturpadora e pervertida, pode estar a serviço da mentira e 3 do poder. Seus seguidores são, Gramsci, Louis Althusser, Theodor Adorno; Max Horkheimer. Estruturalismo Michel Foucalt – prefere examinar a questão do poder não como manifestação do Estado, mas como uma rede de micropoderes que se estende por todo o corpo social. Filósofos Independentes (sem escola), principais representantes, Henri Bérgson, Teillard de Chardin e Vladimor Jankélevith. Escola de Madri, principais representantes, Ortega y Gasset, Julian Marias e Xavier Zubini. FICHAMENTO SOBRE A UNIDADE II TEMAS DE FILOSOFIA ÉTICA E VALORES A vida, a existência do ser do homem, como um ente em permanente estado de carência, privação ou vacuidade. O que caracteriza a pessoa é o fato de ela ser um ente que valora. O homem é o único Ser que faz sua vida desenrolar-se, essencialmente, no mundo da cultura, o qual é o próprio mundo dos valores. Atribuir um valor a alguma coisa é não ficar indiferente a ela. A não diferença é a principal característica do valor. Axiologia designa a filosofia dos valores. Deontologia é a ciência do que é justo e conveniente que o homem faça, do valor a que visa e do dever ou norma que dirige o comportamento humano. Ela coincide com a ciência da moralidade ou com a ética da ação humana. Origem e procedência do Valor: Mitológico – Lenda grega, de Zeus e Prometeu. Quando este roubou uma centelha do fogo sagrado e deu aos homens, que assim foram dotados de inteligência, Zeus enviou Hermes e este distribuiu duas qualidades aos homens: respeito e justiça; Antigo – Sócrates= valor justiça. (princípio ético, de que é preferível ser injustiçado a cometer uma injustiça, devia-se assumir a responsabilidade por este ato); Platão= ele apresenta o bem, como idéia, e não como valor. O conhecimento da verdade levava à virtude; Medieval – O valor vai continuar, associado a idéia de Deus, na qual todos os outros valores se encontram como dentro de todos os demais, a verdade, a beleza, etc.; Moderno – O bem passa a ser o valor, e não mais uma idéia. Corte de paradigma – I.Kant separa a moral da religião e gera uma cosmovisão antropocêntrica. O homem é um ser determinado, dominado por uma lei, que é a lei moral, inexplicável pela Física e pela Matemática. Para Kant, Pascal e Rousseau, se o homem é um ser moral, a ação do homem no mundo é que vai criar uma espécie de “sobre mundo” como sendo uma realidade. A natureza oferece, ao homem, uma série de obstáculos, e o homem vai tentar resolvê-los, e ao fazer isso, passa a transformar o mundo da natureza num mundo humanizado. Obrigatoriedade Moral é um comportamento obrigatório e devido, não há comportamento moral sem certa liberdade, mas concilia-se essa liberdade com a 4 necessidade, em vez de excluí-la; A obrigatoriedade moral perde a sua razão sob a ação de um impulso, desejo ou paixão irresistível que anulam por completo a sua vontade. Só existe obrigação moral, a partir do momento em que existe uma promessa que possa ser cumprida, pois temos a possibilidade de escolher entre uma e outra alternativa. A obrigatoriedade moral tem um caráter social, porque se a norma deve ser aceita intimamente pelo individuo e este deve agir de acordo com a sua livre escolha ou a sua consciência do dever, a decisão pessoal não será operada num vácuo social. A consciência moral somente pode existir sobre a base da consciência no sentido e como uma forma específica desta. O conceito de consciência esta estritamente relacionado com o de obrigatoriedade. ESTÉTICA Em sua atuação, o homem é capaz de, pelo conhecimento, escolher, atribuir valores. Há uma ligação lógica entre o sentimento, a emoção e a percepção do objeto. O conteúdo emotivo, presente em qualquer operação estética, é muito mais profundo na criação artística. A arte humaniza o homem. A realidade estética é uma função essencialmente humana, é algo que experimenta, desenvolve e cria o homem no tempo. Para De la Calle, a estética se insere, como atividade em três planos distintos: Plano antropológico – nesse plano de vivencia, o homem se desenvolve como autor, como elemento “poético” da atividade contempladora; a educação estética deve proporcionar um maior conhecimento, deve ainda educar as emoções. Segundo Peters a educação das emoções deve: Potencializar a capacidade de objetividade, com uma consideração realista no meio; Controlar, canalizar e superar a passividade; Liberar o sujeito de falsas admirações e crenças; Levar à expressão canalizada dos sentimentos e emoções; Plano cultural – a arte está enraizada na vida do homem, que muda com a diversidade e a rapidez dos seus costumes, segundo o meio e o momento; reflete o mundo do homem; Plano ontológico – é a problemática da beleza, presente na pergunta platônico-socrática a respeito do “belo” e que abre um capitulo fundamental no pensamento estético. A educação estética deve proporcionar uma atitude viva e exploratória na atividade de “sentir” uma obra de arte. Toda arte é o desenvolvimento de suas relações formais, sempre presente na história, a arte define a imagem do homem e da sociedade. ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA Acreditando-se superior aos demais seres do planeta, devido a sua capacidade de raciocínio o homem transforma, deforma, constrói, destrói, impregnando marcas no mundo que acredita comandar. No entanto esse ser que, esquece que é parte integrante da natureza e não o seu dono. Teorias que fundamentam as concepções de homem: Teorias Dualistas IDEALISMO são idealistas, aqueles que admitem que os corpos tenham somente uma existência ideal, em nossos ânimos, e por isso negam a existência real dos próprios corpos e do mundo. 5 PLATÔNICO- PLATÃO (428-374 A.C.) “O verdadeiro conhecimento, a episteme (ciência), é aquele pelo qual a razão ultrapassa o mundo sensível e atinge o mundo das idéias, lugar das essências imutáveis de todas as coisas, dos verdadeiros modelos” (ARANHA, 1993:136). AGOSTINIANO-SANTO AGOSTINHO, Santo Agostinho, bispo de Hipona. Em sua obra “A Cidade de Deus”, o filosofo afirma a coexistência dos dois planos de existência: “a Cidade de Deus” e a “Cidade Terrestre”. “Para Santo Agostinho, a relação entre as duas dimensões é de ligação e não de oposição desemboca na doutrina chamada Agostinismo político, que marca toda a Idade Média e significa o confronto entre o poder do Estado e o da Igreja, considerando a superioridade do poder espiritual sobre o temporal” (ARANHA, 1993:200). CARTESIANO – DESCARTES, “O ponto de partida é a busca de uma verdade primeira que não possa ser posta em dúvida. Começa duvidando de tudo, das afirmações do senso comum, dos argumentos da autoridade... e da realidade do seu próprio corpo. O racionalismo é o sistema que consiste em limitar o homem ao âmbito da própria razão... A verdadeira ciência se perfaz no espírito” (ARANHA e MARTINS 1993:104). Uma das conseqüências do racionalista cartesiano “é o dualismo psicofísico, segundo o qual o homem é um ser duplo composto de uma substância pensante e uma substância extensa” (ARANHA, 1993:105). REALISMO, no sentido mais geral e moderno, o Realismo tem sido qualificado e definido das maneiras mais diferentes: e quase sempre as doutrinas que o adotaram como lema qualificaram também como realistas as doutrinas do passado que coincidiam com seus pontos de vista. O conhecimento verdadeiro, na perspectiva realista, seria então a coincidência ou correspondência entre nossos juízos e essa realidade. ARISTOTÉLICO-ARISTÓTELES, afirma que é possível conhecer o que é o real concreto e mutável por meio das definições e conceitos que permanecem inalterados. “Para Aristóteles, a filosofia implica o abandono do senso comum e o despertar da consciência crítica que tem uma função libertadora para o homem, isto se dá em virtude do espanto, e este é a origem de filosofar” (Ibidem:60). MARXISMO – KARL MARX “Marx e Engels formularam seu pensamento a partir da realidade social por eles observada: o aumento do poder do homem sobre a natureza, o enriquecimento sobre a natureza, e contrariamente a escravidão crescente da classe operária A teoria marxista compõe-se de uma teoria cientifica, o materialismo histórico, e de uma filosofia, o materialismo dialético. Este parte da consideração de que os fenômenos materiais são processos. O mundo não é uma realidade estática, mas uma realidade dinâmica é um complexo de processos” (ARANHA e MARTINS, 1993:240). Teorias Unicistas VISÃO UNICISTA constitui nitidamente o embrião de uma nova abordagem da ciência. Ela fundamenta-se, de um lado, na crítica e no estudo sistemático dos conceitos da ciência que a antecederam, de outro no retorno às tradições espirituais como requisito necessário à aquisição de uma abordagem holística do real. O extremo sentido de mal- 6 estar tem levado à busca de um dialogo entre os vários núcleos do saber e da atividade humana. FENOMENOLOGIA-EDMUNDO HUSSERL, a fenomenologia é o método e a filosofia fornece os conceitos básicos para a reflexão existencialista. Ela propõe a superação da dicotomia, afirmando que toda consciência é intencional. Isso significa que não há pura consciência, separada do mundo, mas toda consciência tende para o mundo. EXISTENCIALISMO - SARTRE–HEIDEGGER, o existencialismo é uma moral da ação, porque considera que a única coisa que define o homem é o seu ato. Ato livre por excelência, mesmo que o homem sempre esteja situado num determinado tempo ou lugar FICHAMENTO SOBRE A UNIDADE III A FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA EXISTENCIALISMO O existencialismo é uma filosofia de protesto alguns filósofos entendem que a fenomenologia proporciona uma metodologia rigorosa para descrever a experiência de vida e que a hermenêutica proporciona um enfoque interpretativo à experiência individual. Jean-Paul Sartre percebia a existência humana como algo principalmente sem sentido. Como o mundo e o individuo não têm significado, não temos justificativa para existirmos. A humanidade individual e coletivamente, existe sem qualquer significado ou justificativa, exceto por aquilo que nós mesmos construímos, afirmava que a existência precede a essência, e via a ciência como uma criação humana, nem pior, ou melhor, em si do que qualquer outra criação. Ele colocou em sua terminologia característica: “O homem está condenado a ser livre”. Filósofos Fenomenológicos e Seu Pensamento Edmundo Husserl – Entendia que a Filosofia era baseada em critérios além da possibilidade de dúvida. Pensava que, se o método fenomenológico fosse rigorosamente aplicado e executado, isso tornaria cientifica a Filosofia, mas de uma forma diferente das ciências tradicionais. Heidegger – Heidegger trabalhou por um tempo como assistente de Husserl e aceitou a noção de fenomenologia como método e a ciência dos fenômenos da consciência. A tarefa não era simplesmente um esforço para descrever fenômenos, mas para chegar ao que está por trás deles, seu ser. Assim, para ele, a fenomenologia era a ciência do ser – a ontologia. Maurice Merleau-Ponty – Entendia a percepção como sendo sempre uma parte do mundo. A percepção está no mundo e vem do mundo. Para Merleau-Ponty, não podemos escapar de nossa “faticidade”, de nossa existência terrena. A consciência está perpetuamente direcionada para o mundo das coisas, das idéias, dos eventos, das pessoas ou da experiência. A percepção é primordial. Pensar, pensamento e objeto de pensamentos não são concretos, mas abstratos. 7 HOLISMO A holopráxis é um retorno às raízes do Ser como imerso no cósmico, parte integrante de um fundamento transdisciplinar. A visão holística procura romper com toda espécie de reducionismo: o cientifico, o somático, o religioso, o niilista, o materialista ou substancialista, o racionalista o mecanicista e o antropocêntrico, entre outros. “Uma parte não está somente dentro de um todo. O todo está também dentro da parte; o individuo não está somente dentro da sociedade, a sociedade enquanto todo está também no individuo” (PETRAGLIA, 2000:83). A holologia desenvolve as funções psíquicas do pensamento e sensação. A holopráxis abrange o conjunto dos métodos e experiências de vivencia direta do real pelo ser humano alem de qualquer conceito, representando o caminho vivencial para a experiência holística, de natureza transpessoal. Aluno: Luisa Maria Cardoso Reis Matricula: 2008040362 Turma B- Realengo - Pedagogia 8