PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE

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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA
AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA
Prezado amigo concurseiro,
O edital do novo concurso do MINISTÉRIO DAS CIDADES já foi
publicado. Agora você não tem mais desculpas para ficar aí parado, esperando
a vaga cair do céu.
A equipe do Ponto preparou este PACOTE DE TEORIA E
EXERCÍCIOS para ajudá-lo a superar a concorrência, e eu estou responsável
pela parte de LÍNGUA PORTUGUESA.
Quer mais incentivo para começar? Então leia esta frase: “Talento
é 1% inspiração e 99% transpiração” (Thomas Edison).
Apresentação do Professor
Ah, você não me conhece ainda? Então, permita-me fazer uma
breve apresentação. Sou o professor Albert Iglésia, formado em Letras
(Português/Literatura) pela Universidade de Brasília (UnB) e pós-graduado em
Língua Portuguesa pelo Departamento de Ensino e Pesquisa do Exército
Brasileiro em parceria com a Universidade Castelo Branco. Há onze anos
ministro aulas de Língua Portuguesa voltadas para concursos públicos. Iniciei
minhas atividades docentes no Rio de Janeiro – meu estado de origem. Desde
2004 moro em Brasília, onde dou aulas de gramática, interpretação de texto e
redação oficial. Durante quase seis anos estive cedido à Casa Civil da
Presidência da República, onde atuei no setor de capacitação de servidores e
ministrei cursos de atualização gramatical e redação oficial. Já integrei o
quadro de instrutores da Esaf e de outras instituições particulares. No Ponto
dos Concursos, já participei de vários trabalhos, por exemplo: ICMS-RJ,
ICMS-SP, CGU, Susep, Anvisa, Incra, TCM-CE, TCU, MinC, MPOG, DPU, MPU,
Seplag-RJ,
Tribunais
(FCC),
TJSP,
Abin,
Senado
Federal,
Câmara
dos
Deputados, Ministério do Turismo, INSS, Inmetro, TRT-21ª Região, TRT-12ª
Região, Petrobras, BNDES, PF, TJDFT, STJ, CEF, Banco do Brasil... A lista é
extensa. Atualmente, também estou trabalhando com aulas em vídeo (Ponto
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Vídeo) e integrando a equipe dos professores que assessoram os candidatos
na elaboração de recursos (Ponto Recursos).
Meu
endereço
eletrônico
é
[email protected].
Sempre que precisar, faça contato comigo. Mas lembre-se de que dúvidas,
críticas, sugestões e elogios (muitos, por favor!!!) sobre este curso devem ser
direcionados ao fórum de cada aula.
Língua Portuguesa e o Concurso do Ministério das Cidades
O conteúdo programático de Língua Portuguesa estabelecido no
edital é este:
1. Compreensão e interpretação de textos. 2. Tipologia textual. 3. Ortografia
oficial. 4. Acentuação gráfica. 5. Emprego das classes de palavras. 6. Emprego
do sinal indicativo de crase. 7. Sintaxe da oração e do período. 8. Pontuação.
9. Concordâncias nominal e verbal. 10. Regências nominal e verbal. 11.
Significação das palavras. 12. Redação Oficial.
Nossa disciplina, como sempre, ficou no grupo Conhecimentos
Básicos. Esse grupo terá quarenta questões de múltipla escolha, com cinco
alternativas cada uma. A prova de Língua Portuguesa normalmente é a que
contém o maior número de questões do grupo. Portanto nossa disciplina
continua sendo uma das mais importantes.
A respeito de redação oficial, vamos basear nosso estudo no
Manual de Redação da Presidência da República: Parte I – As Comunicações
Oficiais – Capítulos I e II. Por quê? Porque essa parte é que tende a ser
cobrada pela maioria das bancas examinadoras. O próprio Cetro estabeleceu
esse parâmetro no concurso atual da Anvisa.
Sugiro que você se preocupe em focar os aspectos mais
relevantes da matéria, os quais serão tratados satisfatoriamente aqui, a
partir das questões apresentadas.
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O Curso que Proponho
Este curso se dividirá em nove aulas (incluindo esta aula
demonstrativa). Cada uma delas será disponibilizada a você semanalmente.
O conteúdo está assim distribuído:
AULA
0
1
2
CONTEÚDO
Ortografia oficial
Acentuação gráfica
Emprego das classes de palavras
Regência
Crase
3
Sintaxe dos termos da oração
4
Sintaxe das orações do período
5
Pontuação
6
Concordância
7
8
Texto (compreensão, interpretação, tipologia)
Significação das palavras
Redação oficial
Utilizarei questões de provas elaboradas anteriormente pelo Cetro
e por outras bancas examinadoras para direcionar os nossos estudos.
Reproduzirei os textos e os itens (será respeitada a grafia original dos
enunciados) que tratam do(s) assunto(s) abordado(s) em cada aula.
Ressalto que vou extrair do conteúdo programático aquilo
que é importante você saber para fazer uma excelente prova. Portanto nosso
estudo será concentrado nos aspectos mais importantes da gramática e
do manual da Presidência.
Espero que aproveite cada explicação e cada exemplo da melhor
forma possível. Suplico que você interaja comigo por meio de mensagens
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eletrônicas no fórum de discussão. A sua participação é fundamental para o
bom rendimento do curso.
Agora, vamos ao que interessa: ortografia e acentuação.
Ortografia
No Brasil, quem dita as normas para a correta escrita das palavras
é a Academia Brasileira de Letras (ABL). Em seu Vocabulário ortográfico da
língua portuguesa (VOLP), a instituição mantém registrada a forma oficial de
escrever as palavras.
Apesar da vigência do novo Acordo Ortográfico desde 1º de janeiro
de 2009, as regras antigas também valerão até 31 de dezembro de 2015. É
isso mesmo, meu prezado aluno! O período de transição, que antes era até 31
de dezembro de 2012, foi prorrogado pela presidenta Dilma no dia 28 de
dezembro do ano passado.
Portanto convém estudar ainda aquilo que é importante nos dois
sistemas ortográficos vigentes. Obviamente, eu vou ressaltar os principais
casos afetados pela mudança, pois até as provas já estão sendo redigidas
conforme as novas regras.
Sendo assim, observaremos a extinção do trema e do acento
dos hiatos EE e OO; a manutenção do acento diferencial nas formas
verbais TÊM e VÊM; e os casos em que o acento nos ditongos ÉU, ÉI e
ÓI foram preservados.
Você e eu sabemos que é humanamente impossível decorar a
grafia de todas as palavras da nossa Língua. Entretanto podemos sistematizar
a grafia de certas palavras, em decorrência, por exemplo, da sua origem, do
seu radical. É isso que você verá aqui. A experiência nos permite dizer que
esse processo é muito útil no momento de resolver uma questão de concurso.
Não estou dizendo que tudo se resumirá ao que será demonstrado nestas
poucas linhas. O que você precisa entender é que a prática de leitura de livros,
jornais, revistas e dicionários deve ser somada à minha explicação.
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Comecemos pelo EMPREGO DE ALGUMAS LETRAS.
•
Usa-se, normalmente, a letra X:
QUANDO
EXEMPLO
1 – depois de ditongos
CUIDADO
ameixa, frouxo, peixe
Recauchutar
encher,
2 – depois da sílaba EN
enxame, enxergar
encharcar,
enchova, enchumaçar e
derivados
dessas
palavras
3 – depois da sílaba ME,
quando “fechada”
•
mexa (verbo), mexerico
pronúncia “aberta”
Usa-se, normalmente, a letra G:
QUANDO
EXEMPLO
1 – nos sufixos AGEM, viagem
IGEM e UGEM
CUIDADO
(substantivo), pajem,
vertigem, ferrugem
2 – nos sufixos AGIO, pedágio,
colégio,
EGIO,
relógio,
IGIO,
OGIO
e prestígio,
UGIO
3
mecha (substantivo) =
–
lajem,
lambujem
refúgio
nas
palavras margem/margear,
monge/monja, eu dirijo
derivadas daquelas que homenagem/homenagear (flexão do verbo dirigir).
possuem G no radical
Imaginem
(você
perceberá
que
mantivéssemos a
esse
princípio
vale
“g”
também para o emprego
nas
se
letra
palavras
derivadas...
de outras letras)
•
Usa-se, normalmente, a letra J:
QUANDO
EXEMPLO
1 – nas palavras de origem indígena, pajé, jiboia, jeca, jenipapo, jirau, jiló,
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africana e árabe
cafajeste, jerico, jequitibá
2 – nas flexões dos verbos que viajar
possuem J no radical
–
que
eles
viajem;
bocejar – eu bocejei
3 – nas palavras derivadas daquelas
que possuem J no radical
4 – nas palavras de origem latina
•
(verbo)
gorja – gorjeta; lisonja – lisonjeado
jeito, hoje, majestade, injetar, objeto,
ultraje
Usa-se, normalmente, a letra Ç:
QUANDO
EXEMPLO
1 – nas palavras derivadas daquelas exceto – exceção, setor – seção, cantar
que possuem T no radical
– canção
2 – nas palavras de origem indígena, miçanga,
árabe e africana
muriçoca,
muçulmano, açougue, açoite
babaçu,
3 – nos sufixos AÇU e AÇO
Paraguaçu,
Nova
Iguaçu,
golaço, poetaço, atrevidaço
4 – depois de ditongo
•
paçoca,
compleição, feição, beiço
Usa-se, normalmente, a letra S:
QUANDO
EXEMPLO
1 – nos substantivos que designam chinês, japonês,
baronesa, duquesa,
origem, título honorífico e feminino
sacerdotisa, poetisa
2 – Nos sufixos ASE, ESE, ISI e OSE
fase, ascese, eletrólise, apoteose
3 – nos sufixos OSO e OSA
formoso, formosa, gostoso, gostosa
4 – nas palavras derivadas daquelas
que possuem D, RT ou RG no seu
radical
iludir
–
ilusão,
–
defesa;
divertir – diversão, inverter – inversão;
imergir
–
imersão,
submergir
–
submersão
5 – no prefixo TRANS e nos seus transatlântico,
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defender
trasladar
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(ou
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derivados
transladar)
6 – após os ditongos
maisena, Sousa, coisa
7 – nas formas verbais derivadas dos
quis, quisera, pusera, compusera
verbos QUERER e PÔR
•
Usa-se, normalmente, SS:
QUANDO
1
–
nas
EXEMPLO
CUIDADO
suceder
–
sucessão,
palavras regredir
–
regressão,
derivadas daquelas que comprimir
–
possuem as expressões compressão,
demitir
–
CED, GRED, PRIM, MIT, demissão, intrometer –
MET e CUT no radical
intromissão,
discutir
–
discussão
2 – prefixo terminado pre + sentir = pressentir
em
vogal +
palavra (repare que o “s” foi
começada por S
•
duplicado”)
Usa-se, normalmente, a letra Z:
QUANDO
EXEMPLO
CUIDADO
1 – nas terminações EZ
e
EZA,
formando insensato – insensatez,
substantivos
nu
–
nudez;
claro
–
abstratos derivados de clareza, belo – beleza
adjetivos
2
–
IZAR,
nas
terminações sintonia
–
sintonizar,
formando real – realizar, visual –
infinitivos verbais
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visualizar
a) se a palavra possuir
S em sua parte final, o
infinitivo verbal também
levará
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S:
análise
–
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analisar,
paralisia
–
paralisar;
b) Hipnose – hipnotizar;
–
Síntese
sintetizar;
–
Batismo
batizar;
Catequese – catequizar;
Ênfase
–
enfatizar.
(Lembre-se da sigla de
um famoso banco, só
que
com
E
no
final:
HSBCE).
3 – como consoante de pé + udo = pezudo; guri
ligação
•
+ ada = gurizada
Usa-se, normalmente, a letra H:
QUANDO
EXEMPLO
CUIDADO
1 – nas palavras ligadas
por
hífen
em
segundo
que
o anti-higiênico,
pré-
elemento histórico, super-homem
desarmonia, lobisomem
começa com H
as
2 – na palavra Bahia
•
derivadas
não possuem H: baiano
Verbos terminados em EAR e IAR:
1 – são irregulares os
verbos
EAR;
letra
palavras
terminados
eles
I
recebem
nas
em
a
formas
rizotônicas (eu, tu, ele,
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passear:
passeio,
passeias,
passeia,
passeamos,
passeais,
passeiam
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eles – a sílaba tônica
integra o radical)
Mediar,
Ansiar,
Remediar,
Incendiar,
Odiar (MARIO): apesar
2 – são regulares os
verbos
terminados
em
IAR
premiar:
premio, de terminarem em IAR,
premias,
premia, são
premiamos,
premiam
irregulares
e
premiais, recebem a letra E nas
formas rizotônicas (eu,
tu,
ele,
eles):
odeio,
odeias, odeia, odiamos,
odiais, odeiam
Passemos agora ao EMPREGO DE ALGUMAS EXPRESSÕES que,
certamente, já deixaram muita gente com dúvida na hora de optar por uma ou
outra forma. Selecionei para esta aula apenas alguns vocábulos que, volta e
meia, surgem em diversos textos. Vejamos quais são.
MAL x MAU
•
a)
Ela se houve mal na prova. (advérbio de modo, contrário de bem,
refere-se a um verbo)
b)
Mal entrou, os portões foram fechados. (conjunção subordinativa
adverbial, equivale-se a quando, indica circunstância de tempo)
c)
Apesar do mau tempo, foi à praia. (adjetivo, refere-se a um
substantivo, contrário de bom)
d)
A notícia causou-lhe um grande mal. (substantivo)
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Quero que você perceba que o vocábulo MAL não possui a mesma
classificação gramatical nas alternativas “a”, “b” e “d”. Isso é
importante porque a banca examinadora pode sugerir o contrário.
A FCC, por exemplo, pode selecionar algumas frases em que esse vocábulo
aparece, destacá-lo e formular a seguinte assertiva: “Nas linhas X e Y, os
vocábulos em destaque possuem a mesma classificação gramatical”. Muito
cuidado antes de responder. Como vimos anteriormente, isso nem sempre será
verdade.
Dica legal! Quero que você perceba que o vocábulo MAU é grafado com U
quando é adjetivo.
POR QUE x POR QUÊ
•
a)
Por que você não veio? (advérbio interrogativo de causa, usado no início
da oração, equivale-se a por qual motivo, o “que” é átono)
b)
Quero saber por que você não veio. (a única diferença é que a frase
interrogativa é indireta)
c)
Você não veio por quê? (agora a expressão aparece no final da frase, e
o “que” é tônico)
d)
Quero saber o motivo por que você não veio. (preposição + pronome
relativo, usado no início da oração, equivale-se a pelo qual)
ATENÇÃO! Note a colocação no final da frase ou no final de oração, antes
de pausa, com sentido de motivo, razão pela qual, sendo tônico.
Ex.: O cantor estava inquieto, sem saber por quê. (Sem saber por quê, o
cantor estava inquieto.
Advertido pelo presidente da Mesa, o deputado quis saber por quê.
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Ninguém lhe dava atenção. Por quê?
PORQUE x PORQUÊ
•
a)
Não vim porque estava cansado. (conjunção subordinativa adverbial,
indica circunstância de causa)
b)
Fique quieto, porque você está incomodando. (conjunção coordenativa
explicativa)
c)
Quero saber o porquê da sua falta. (vem precedido de artigo, é
substantivo, equivale-se a motivo, razão, causa)
ATENÇÃO! Sempre que estiver diante de uma pergunta (direta ou indireta),
use a expressão separada.
SENÃO x SE NÃO
•
a)
Estudem, senão ficarão reprovados. (pode ser substituído por ou, indica
alternância de ideias que se excluem mutuamente)
b)
Não fazia coisa alguma, senão criticar. (equivale-se a mas sim, porém,
a não ser)
c)
Essa pessoa só tem um senão. (significa defeito, mácula, mancha; é
substantivo)
d)
Se não houver dedicação, ficarão reprovados. (“Se” = conjunção
subordinativa adverbial condicional; “não” = advérbio de negação)
ATENÇÃO! É muito útil perceber que a expressão será separada apenas
quando introduzir uma oração subordinada adverbial condicional.
•
ACERCA DE x A CERCA DE x HÁ CERCA DE
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a)
Hoje falaremos acerca dos pronomes. (locução prepositiva – “dos” = de
+ os –, equivale-se a sobre, a respeito de)
b)
Os primeiros colonizadores surgiram há cerca de quinhentos anos.
(refere-se a acontecimento passado)
c)
Estamos
a
cerca
de
quatro
meses
da
prova.
(equivale-se
a
aproximadamente)
AFIM x A FIM DE
•
a)
Temos ideias afins. (adjetivo, refere-se a um substantivo, varia em
número para com ele concordar)
b)
Estudou muito, a fim de tirar o primeiro lugar. (locução prepositiva,
denota finalidade, objetivo, intenção)
DEMAIS x DE MAIS
•
a)
Estudei
demais.
(advérbio
de
intensidade,
liga-se
a
um
verbo,
equivale-se a muito, bastante, demasiadamente, em excesso)
b)
Eu estudo muito; os demais, pouco. (pronome indefinido, equivale-se a
outros, restantes, vem precedido de artigo)
c)
Surgiram candidatos de mais. (locução que se contrapõe a de menos)
ATENÇÃO! Com relação a de menos, a professora Maria Tereza de Queiroz
Piacentini ensina que nem sempre tal expressão tem como oposto de mais
(separadamente). De menos pode se referir a substantivo ("gente de menos")
e verbo ("saber de menos"), segundo a autora do livro Português para redação
(edição esgotada). Moral da história: junto a substantivo, use de mais e de
menos; junto a verbo, use demais e pode usar de menos também.
•
ONDE x DONDE x AONDE
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a)
Onde você está? (usa-se onde com verbo estático que pede a
preposição em, na língua portuguesa não existe a suposta contração nonde,
indicada por em + onde; é errada sua utilização para substituir nomes que
não indicam lugar: Na reunião onde estávamos, houve muita discussão.
Nesse caso, prefira a locução em que.)
b)
Donde você vem? (usa-se com verbo de movimento que peça, em
razão sua regência, a preposição de, caso do verbo “vem”: “Donde” = de +
onde)
c)
Aonde você vai? (usa-se com verbo de movimento que exige, também
por causa de sua regência, a preposição a, caso da forma verbal “vai”:
“Aonde” = a + onde)
MAS x MAIS
•
a)
Ela estudou muito, mas não foi aprovada. (conjunção coordenativa
adversativa, conecta orações que guardam entre si ideias opostas)
b)
Ela era a aluna mais simpática da turma. (advérbio de intensidade,
refere-se a adjetivo, outro advérbio ou verbo)
c)
Menos ódio e mais amor. (pronome indefinido adjetivo, refere-se a
substantivo)
HÁ x A
•
a)
Lamentavelmente,
ainda
há
preconceito
racial.
(forma
do
verbo
impessoal haver que corresponde ao sentido de existir, ocorrer, acontecer;
mantém-se flexionado na 3ª pessoa do singular)
a)
Ele chegou da Europa há dois anos. (formado verbo haver que expressa
acontecimento passado, anterior à declaração)
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b)
Ela voltará daqui a um ano. (preposição usada para indicar a realização
de algo posterior ao momento da própria fala)
DE ENCONTRO A x AO ENCONTRO DE
•
a)
O ônibus foi de encontro ao carro, causando a morte de duas pessoas.
(indica posição contrária, colisão, confronto)
A proposta da diretoria foi de encontro aos anseios dos funcionários.
b)
O filho foi ao encontro do pai, abraçando-o. (sugere posição favorável,
concordância)
A respeito do EMPREGO DO HÍFEN, resumirei aqui os casos
importantes.
Prefixos
Usa-se hífen
Não se usa hífen
a) Em todos os demais
casos:
autorretrato,
autossustentável,
Quando
Agro, ante, anti, arqui, auto,
contra, extra, infra, intra,
macro, mega, micro, maxi,
mini, semi, sobre, supra,
tele, ultra...
a
palavra
seguinte começa com h
ou com vogal igual à
última do prefixo: auto-hipnose,
-observação,
autoanti-herói,
anti-imperalista,
-ondas, mini-hotel
micro-
autoanálise,
autocontrole,
antirracista, antissocial,
antivírus, minidicionário,
minissaia, minirreforma,
ultrassom...
(perceba
que as letras R e S
são duplicadas).
b) Quando se usam os
prefixos
des-
e
in-,
caem o h e o hífen:
desumano,
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inabitável,
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desonra, inábil.
c)
Também
com
os
prefixos co- e re- caem
o h e o hífen: coordenar,
coerdeiro,
coabitar,
reabilitar,
reeditar,
reeleição.
Quando
Hiper, inter, super
a
palavra
seguinte começa com h
ou com r: super-homem,
inter-regional
Quando
a
Em
os
casos:
demais
hiperinflação,
supersônico
palavra
seguinte começa com b, Em
Sub, sob, ob, ab
todos
todos
h ou r: sub-base, sub- casos:
os
demais
subsecretário,
-reino, sub-humano (ou subeditor
subumano)
Sempre:
vice-rei,
além-túmulo,
vice-presidente,
aquém-mar,
ex-aluno,
além-mar,
ex-diretor,
Vice, ex, sem, além, aquém, ex-hospedeiro,
ex-prefeito,
ex-presidente,
recém, pós, pré, pró
pré-história,
pré-vestibular,
recém-casado,
recém-nascido,
pós-graduação,
pró-europeu,
sem-terra
Quando
a
palavra
seguinte começa com h, Em
Pan, circum, mal
todos
m, n ou vogais: pan- casos:
americano,
os
demais
pansexual,
circum- circuncisão
hospitalar
Quero enfatizar o seguinte:
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1 – Com prefixos, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por h.
Exemplos:
anti-higiênico,
anti-histórico,
macro-história,
mini-hotel,
proto-história, sobre-humano, super-homem, ultra-humano.
2 – Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal
com que se inicia o segundo elemento.
Exemplos: aeroespacial, agroindustrial, anteontem, antiaéreo, antieducativo,
autoaprendizagem, autoescola, autoestrada, autoinstrução, coautor, coedição,
extraescolar,
infraestrutura,
plurianual,
semiaberto,
semianalfabeto,
semiesférico, semiopaco.
3 – Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo
elemento começar pela mesma consoante.
Exemplos:
hiper-requintado,
inter-racial,
inter-regional,
sub-bibliotecário,
super-racista, super-reacionário, super-resistente, super-romântico.
4 – Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo
elemento começar por vogal.
Exemplos: hiperacidez, hiperativo, interescolar, interestadual, interestelar,
interestudantil,
superamigo,
superaquecimento,
supereconômico,
superexigente, superinteressante, superotimismo.
Acentuação Gráfica
A partir de agora, vamos falar sobre acentuação gráfica, que
também é mais um tópico do programa. Comecemos assim:
REGRAS GERAIS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA
O propósito delas é sistematizar a leitura das palavras de nossa
língua; assim sendo, baseiam-se na posição da sílaba tônica, no timbre da
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vogal, nos padrões prosódicos menos comuns da língua. Em relação aos
vocábulos:
1 – MONOSSÍLABOS TÔNICOS o acento é empregado naqueles
terminados por A(S), E(S) ou O(S)
Ex.: Elas são más. / Pisaram o meu pé. / Ninguém ficará só.
CUIDADO! Quando os prefixos PRÉ e PRÓ vierem separados por hífen, eles
serão acentuados: pré-técnico, pró-labore.
Quando
não
estiverem,
não
serão
acentuados:
pressentir,
prosseguir.
Nas formas verbais terminadas em R, S ou Z e seguidas por
pronomes oblíquos átonos A(s) ou O(S), essas consoantes são suprimidas, as
vogais A, E ou O da terminação verbal recebem acento gráfico e os pronomes
oblíquos átonos A(S) ou O(S) recebem a letra “L”: dar + o = dá-lo; pôs + os =
pô-los; fez + a = fê-la.
2 – OXÍTONOS (a sílaba tônica da palavra é a última) usa-se o acento
quando terminarem em A(S), E(S), O(S), EM, ENS:
Ex.: cajá, cafés, cipó, armazém, armazéns
CUIDADO! Os vocábulos oxítonos terminados por I ou U não serão
acentuados, salvo se estiverem em hiato.
Ex.: Bangu – Grajaú // dividi-lo – construí-lo
3 – PAROXÍTONOS (a sílaba tônica é a penúltima) são acentuados aqueles
que terminam em I(S), US, Ã(S), ÃO(S), UM, UNS, L, N, R, X, PS, DITONGO
ORAL.
Ex.: júri, íris, vírus, ímã, órfãs, órgão, sótãos, médium, álbuns, amável,
abdômen, mártir, látex, bíceps, íon, íons, vôlei, jóquei, história, gênio.
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CUIDADO! Não serão acentuados os vocábulos paroxítonos terminados por EM
ou ENS: item, itens, hifens (mas: hífen ou hífenes), polens (mas: pólen ou
pólenes)
Os prefixos paroxítonos terminados por I ou R não serão
acentuados: semi-histórico, super-homem.
4 – PROPAROXÍTONOS (a sílaba tônica é a antepenúltima) todos são
acentuados.
Ex.: histórico, cântico, lâmpada, hífenes, pólenes.
REGRAS
ESPECIAIS
DE
ACENTUAÇÃO
GRÁFICA
(note
as
mudanças
introduzidas pelas novas regras)
1 – HIATOS
a) Não se acentua mais a primeira vogal dos hiatos OO, EE.
Ex.: voo, enjoos, creem, deem, leem, veem. (3ª pessoa do plural dos verbos
crer, dar, ler e ver)
ATENÇÃO! De acordo com as novas regras, o acento circunflexo deixa de
existir, mas até 31/12/2015 é possível usá-lo (vôo, crêem etc.).
b) Acentuam-se as vogais I(S) e U(S), quando formam a sílaba tônica e
ocupam a segunda posição do hiato, sozinhas ou acompanhadas de S.
Ex.: saída, saúde, país, baús, incluí-lo.
Compare com mia, via, lua, nua. Nessas palavras, as vogais I e U não ocupam
a segunda posição do hiato, ainda que constituam a sílaba tônica.
CUIDADO! Se as vogais I ou U formarem sílabas com L, M, N, R, Z ou vierem
seguidas de NH, não haverá acento gráfico: pa-ul, ru-im, a-in-da, sa-ir, ju-iz,
ra-i-nha.
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Se as vogais I ou U formarem hiato com uma vogal idêntica, não
se usará acento gráfico: xi-i-ta, va-di-i-ce, su-cu-u-ba (nome de uma planta).
O acento só surgirá se a palavra for uma proparoxítona: fri-ís-si-mo.
ATENÇÃO! Conforme as novas regras, se essas vogais surgirem após ditongos
e a palavra for paroxítona, não levarão acento: baiuca, feiura.
Interessante é o que acontece, por exemplo, com o vocábulo
Piauí. Observe que, agora, a vogal tônica I ocupa a última posição, a palavra é
oxítona. Casos como esse não foram atingidos pelas mudanças ortográficas.
2 – DITONGOS
a)
EI, OI: deixam de receber acento agudo quanto tônicos, abertos e
como sílabas tônicas de palavras paroxítonas; mas o recebem em outras
ocasiões (quando a palavra for oxítona ou monossílaba tônica, por
exemplo).
Ex.: chapéu, assembleia, jiboia, céu, herói.
ATENÇÃO! Ressalto que até 31/12/2015 é facultativo recorrer ao novo Acordo
Ortográfico. Portanto até lá é possível escrever jibóia, assembléia etc.
3 – GUE, GUI e QUE, QUI
a)
Diante de E ou I, a letra U que compõe os grupos GUE, GUI e QUE, QUI
receberá trema quando for pronunciada fracamente; sendo, pois, semivogal.
Ex.: agüentar, pingüim, lingüiça, eloqüente, qüinqüênio.
b)
A letra U receberá acento agudo quando for pronunciada fortemente;
sendo, pois, vogal.
Ex.: averigúe, apazigúe, argúi, obliqúes.
CUIDADO! Quando a letra U não for pronunciada, não receberá nenhum
acento: quilo, quente, guerra, guincho. O que temos aqui é simplesmente um
dígrafo representado pelas letras “qu” e “gu”.
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Diante de A e O, a letra U não receberá trema: água, quota (ou
cota), mesmo sendo semivogal. Mas receberá acento agudo, sendo vogal, em
flexões dos verbos aguar (agúo), apaniguar, apaziguar, apropinquar, averiguar
(averigúo), desaguar, enxaguar, obliquar, delinqüir e afins.
ATENÇÃO! O trema foi abolido pelas novas regras. Também o foi o acento
agudo no U tônico dos grupos verbais mencionados acima (averiguar,
apaziguar, arguir, redarguir, enxaguar e afins). Exemplos: arguo, arguis,
argui, arguem, argua, arguas, arguam, redarguo, averiguo, enxague, oblique.
Repito: até 31/12/2015 estaremos no período de transição, sendo aceitas as
duas formas.
4 – ACENTO DIFERENCIAL (com a vigência das novas regras, foi
abolido, salvo algumas exceções, que estão destacadas abaixo; o
período de transição – que vai até 31/12/2015 – dá-nos a faculdade
quanto ao uso nos demais casos)
Ele tem – eles têm (verbo TER na 3ª pessoa do plural do presente do
indicativo)
Ele vem – eles vêm (verbo VIR na 3ª pessoa do plural do presente do
indicativo)
ATENÇÃO! Repare que as formas TEM e VEM constituem monossílabos tônicos
terminado por EM. Lembre-se de que apenas as terminações A(S), E(S) e O(S)
recebem acento: má, fé, nó. É muito comum as bancas examinadoras
explorarem questões envolvendo esses verbos. Elas relacionam, por exemplo,
um sujeito no singular à forma verbal TÊM (com acento circunflexo mesmo) e
perguntam se a concordância está correta. Obviamente, se a forma verbal
empregada é TÊM, o sujeito deve ser representado por um nome plural. Fique
atento para esse detalhe.
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Atente ainda para o fato de o acento circunflexo (diferencial)
não ter sido abolido desses verbos nem de seus derivados. Portanto,
continue a usá-lo.
Ele detém – eles detêm (verbo DETER na 3ª pessoa do plural do presente do
indicativo)
Ele provém – eles provêm (verbo PROVIR na 3ª pessoa do plural do presente
do indicativo)
ATENÇÃO! Agora, a “pegadinha” é outra. As bancas gostam de explorar o
motivo do acento nos pares detém/detêm, mantém/mantêm, provém/provêm,
todos derivados dos verbos TER e VIR. Repare que a forma correspondente à
terceira pessoa do singular recebe acento AGUDO em virtude de ser uma
oxítona terminada por EM. Já a forma correspondente à terceira pessoa do
plural recebe acento CIRCUNFLEXO para diferenciar-se do singular.
Pôde (3ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo)
Pode (3ª pessoa do singular do presente do indicativo)
ATENÇÃO! O novo acordo não aboliu o acento diferencial de PÔDE. Você deve
usá-lo.
Pôr (verbo)
Por (preposição)
ATENÇÃO! O novo acordo também não aboliu o acento diferencial de PÔR.
Você deve usá-lo.
Fôrma (substantivo = molde)
Forma (substantivo = disposição exterior de algo)
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ATENÇÃO! É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as
palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais
clara: Qual é a forma da fôrma do bolo?
Agora, prezado aluno, você precisa colocar em prática tudo o que
aprendeu e notar como o examinador costuma cobrar esses conceitos em
prova.
1.
(Cetro/Pref. de Mairinque-SP/Almoxarife/2009) Observe o trecho abaixo.
“O argumento de Darwin era tão irrefutável que o debate sobre a validade
da teoria terminou menos de duas décadas após sua divulgação.”
Assinale a alternativa cuja palavra não possui a mesma regra de
acentuação do termo destacado no trecho acima.
(A) Hífen.
(B) Pólen.
(C) Bíceps.
(D) Chapéus.
(E) Elétrons.
Comentário – Creio que agora você não tem mais dúvidas de que a palavra
grifada é uma paroxítona (aquela em que a sílaba tônica é a penúltima). Resta,
então, identificar o porquê do emprego do acento gráfico – eu disse “acento
gráfico”!
Uma paroxítona será acentua quando terminar em:
Ex.: júri, íris, vírus i(s), u(s)
Ex.: ímã, órfãs, órgão, sótãos ã(s), ão(s)
Ex.: médium, álbuns um, uns
Ex.: amável, abdômen, mártir, látex, bíceps l, n, r, x, ps
Ex.: íon, íons on(s)
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Ex.: vôlei, jóquei, história, gênio ditongo oral
Dentre as opções, a alternativa D contém palavra acentuada
por outro motivo. Eis a justificativa para o emprego do acento na palavra
“chapéus”:
DITONGOS
ÉU, ÉI, ÓI: quando tônicos e abertos.
Ex.: chapéu(s), assembléia(s), jibóia(s), céu(s), papéis.
CUIDADO! Os ditongos abertos EU, EI e OI, quando não constituírem a sílaba
tônica (formarem a sílaba subtônica), não serão acentuados: ceuzinho,
pasteizinhos, anzoizinhos.
ATENÇÃO! O novo Acordo Ortográfico estabeleceu que esses ditongos não
serão mais acentuados quando ocuparem a penúltima posição da sílaba, ou
seja, quando o vocábulo for paroxítono: assembleia, jiboia, ideia, europeia,
heroico. Ressalto que até 31/12/2015 é facultativo recorrer ao novo Acordo
Ortográfico.
Resposta – D
2.
(Cetro/Pref. de Mirinque-SP/Almoxarife/2009) Observe o trecho abaixo.
O redator-chefe da revista quis entrevistar o pesquisador que está
colocando as ideias de Darwin em ação.
Assinale a alternativa cuja palavra apresenta o plural seguindo a mesma
classificação da palavra destacada no trecho acima.
(A) Pombo-correio.
(B) Cidade-satélite.
(C) Cirurgião-dentista.
(D) Alto-falante.
(E) Caneta-tinteiro.
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Comentário – Em se tratando de plural de substantivos compostos, diz a
regra que se flexionam os dois elementos quando eles forem:
SUBSTANTIVO + SUBSTANTIVO couves-flores, cirurgiõesdentistas, redatores-chefes, tias-avós, decretos-leis etc.
CUIDADO!Quando o segundo substantivo determina o primeiro com ideia de
fim ou semelhança, apenas o primeiro varia pombos-correio, saláriosfamília, navios-escola, canetas-tinteiro, cidades-satélite etc.
Varia apenas o segundo elemento quando o composto é
formado por:
ELEMENTO INVARIÁVEL + PALAVRA VARIÁVEL as semprevivas, as ave-marias, os vice-reis, os alto-falantes etc.
Resposta – C
3.
(Cetro/Câmara Municipal de Araçatuba-SP/Agente Geral/2008) Assinale a
alternativa que apresenta a divisão silábica incorreta das palavras
retiradas do texto.
(A) sombrios: som – bri – os.
(B) assusta: as – sus – ta.
(C) brasileiros: bra – si – lei – ros.
(D) queima: que – i – ma.
(E) águas: á – guas.
Comentário – Como regra geral, a separação de sílabas é feita de acordo com
a pronúncia das palavras. Convém, entretanto, salientar algumas normas:
1. Pneu-má-ti-co // MNE-mô-ni-co = os encontros consonantais que iniciam
sílaba (que surgem no início da palavra) são inseparáveis;
2. Ab-di-car // A-ma-re-lo = a consoante interna fica na sílaba anterior se
estiver entre uma vogal e outra consoante;
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A-pre-sen-tar // Su-bli-me = se, entretanto, a consoante seguinte for R ou
L, ficará na sílaba seguinte.
Sub-li-nhar = cuidado com essa palavra; apesar da letra L aparecer depois
da consoante, esta ficará na sílaba anterior.
3. A-con-che-gar // Fi-lho // Ni-nho // Guer-ra // Que-ro = esses dígrafos
são inseparáveis; os demais são separáveis.
4. Bis-ne-to // Cis-pla-ti-no // Des-li-gar // Dis-tra-ção // Ex-tra-ir //
Trans-por-tar = esses prefixos são inseparáveis quando, após os mesmos,
houver uma consoante.
Bi-sa-vô // Ci-san-di-no // De-ses-pe-rar // Di-sen-te-ri-a // E-xér-ci-to //
Tran-sa-tlân-ti-co = se, entretanto, houver uma vogal após os prefixos, os
mesmos serão separados.
5. Ca-a-tin-ga // Co-or-de-nar // Oc-ci-pi-tal // In-te-lec-ção = as letras
idênticas e as letras C e Ç ficam em sílabas distintas.
6. A-ta-ú-de // Ai-ro-so // Pa-ra-guai = diferente dos hiatos, os ditongos e os
tritongos são inseparáveis.
Resposta – D
4.
(Cetro/Câmara Municipal de Araçatuba-SP/Agente Geral/2008) A palavra
“relógio” é escrita com “g”. Assinale a alternativa que apresenta outra
palavra em que o uso da letra “g” esteja correto.
(A) gorgeta.
(B) magestade.
(C) sargeta.
(D) cafageste.
(E) prestígio.
Comentário – Usa-se, normalmente, a letra G:
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1 – nos sufixos AGEM, IGEM e UGEM: viagem (substantivo),
vertigem, ferrugem;
EXCEÇÕES: pajem, lajem, lambujem.
2 – nos sufixos AGIO, EGIO, IGIO, OGIO e UGIO: pedágio,
colégio, prestígio, relógio, refúgio;
3 – nas palavras derivadas daquelas que possuem G no radical
(vocês perceberão que esse princípio vale também para o emprego de outras
letras): margem – margear, homenagem – homenagear.
CUIDADO: monge – monja, eu dirijo (flexão do verbo dirigir). Imaginem se
mantivéssemos a letra “g” nas palavras derivadas...
Usa-se, normalmente, a letra J:
1 – nas palavras de origem indígena, africana e árabe: pajé,
jibóia, jeca, jenipapo, jirau, jiló, cafajeste, jerico, jequitibá;
2 – nas flexões dos verbos que possuem J no radical: viajar –
que eles viajem; bocejar – eu bocejei;
3 – nas palavras derivadas daquelas que possuem J no
radical: gorja – gorjeta; lisonja – lisonjeado;
4 – nas palavras de origem latina: jeito, hoje, majestade,
injetar, objeto, ultraje.
Resposta – E
(...)
Cabe-nos igualmente questionar o que temos priorizado como foco
de nossa atuação profissional: as nuanças e vicissitudes do processo
ensino-aprendizagem ou a avaliação dos resultados formais? E a que se
têm prestado nossas práticas avaliativas: a confirmar os prognósticos
fatalistas sobre a clientela, ou ao coroamento de nossos esforços
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cotidianos? Mesmo porque, numa reprovação final, algo de todos nós
está sendo colocado sub judice.
(...)
AQUINO, Julio Groppa. Do cotidiano escolar – ensaios sobre a ética
e seus avessos. São Paulo: Summus, 2000. p. 28-29.
5.
(Cetro/SEE-SP/Secretário de Escola/2008) Levando em consideração as
afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional,
é correto afirmar que, no quarto parágrafo do texto,
na afirmação: “Mesmo porque, numa reprovação final, algo de todos nós
está sendo colocado sub judice”, a palavra destacada (porque) estabelece
relação de causa e conseqüência, respectivamente, entre o último e o
primeiro períodos do quarto parágrafo.
Comentário – Vamos logo desfazer qualquer possibilidade de mal-entendido.
A banca quis dizer que a informação contida no período “Mesmo porque,
numa reprovação final, algo de todos nós está sendo colocado sub judice” (o
último) é a causa (ou a razão) do que se declara em “Cabe-nos igualmente
questionar o que temos priorizado como foco de nossa atuação profissional: as
nuanças e vicissitudes do processo ensino-aprendizagem ou a avaliação dos
resultados formais?” (o primeiro período).
Em
que
pese
a
compreensão
adequada
das
relações
semânticas estabelecidas entre os segmentos apontados, também nos ajuda a
resolver a questão o entendimento da grafia correta dos porquês. Note:
POR QUE x POR QUÊ
a)
Por que você não veio? (advérbio interrogativo, usado
no início da oração, equivale-se a por qual motivo, o “que” é átono)
b)
Quero saber por que você não veio. (a única diferença
é que a frase interrogativa é indireta)
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c)
Você não veio por quê? (agora a expressão aparece no
final da frase, e o “que” é tônico)
d)
Quero saber o motivo por que você não veio.
(preposição + pronome relativo, usado no início da oração, equivale-se a pelo
qual)
PORQUE x PORQUÊ
a)
Não
vim
porque
estava
cansado.
(conjunção
subordinativa adverbial, indica circunstância de causa)
b)
Fique
quieto
porque
você
está
incomodando.
(conjunção coordenativa explicativa)
c)
Quero saber o porquê da sua falta. (vem precedido de
artigo, é substantivo, equivale-se a motivo, razão, causa)
Resposta – Item certo
Por que as crianças obedecem? Foi esta a pergunta que, no começo
de nosso século [o século XX], intrigou vários autores. Foram em busca
de respostas e várias foram encontradas: superego, sentimento de
agrado, heteronomia, hábito etc. Respostas diferentes entre si, mas que
levavam em conta o que era considerado um fato: as crianças obedecem
a seus pais e, em geral, também a seus professores. Hoje, parece-me
que a pergunta formulada espontaneamente seria a inversa: por que as
crianças não obedecem, nem a seus pais, muito menos a seus
professores? Exagero? É bem provável. Não sei se, antigamente, elas
obedeciam tanto assim e se são tão desobedientes hoje. Porém, parece
ser esta a queixa atual, traduzida notadamente pelo vocábulo “limite”: as
crianças, hoje, não teriam limites, os pais não os imporiam, a escola não
os ensinaria, a sociedade não os exigiria, a televisão os sabotaria etc.
(...).
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De La Taille, Yves. A indisciplina e o sentimento de vergonha. In:
Indisciplina na escola: alternativas teóricas e práticas. Julio
Groppa Aquino (org.). São Paulo: Summus, 1996.
6.
(Cetro/SEE-SP/Secretário de Escola/2008) Levando em consideração as
afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional,
é correto afirmar que, no primeiro parágrafo do texto,
no trecho: “por que as crianças não obedecem, nem a seus pais, muito
menos a seus professores?”, as expressões destacadas podem ser
trocadas, respectivamente, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo
semântico, por “porque” e “e não”.
Comentário – Acabei de dizer que, quando se tratar de pergunta, você deverá
usar a expressão separadamente. Isso já invalida o item.
Mas vejamos o que ocorre com “nem”. Essa conjunção é
aditiva, equivale-se a “e não” e é usada para expressar sequência de fatos
negativos: As pessoas não se mexiam nem falavam. No texto, porém, a
simples troca de “nem” por “e não” causaria prejuízo semântico à passagem,
que sentiria a falta de outro elemento: “por que as crianças não obedecem, e
não (???) a seus pais, muito menos a seus professores?”. Dessa forma, parece
que as crianças obedecem a outras pessoas e não [= mas não obedecem] a
seus pais, muito menos [obedecem a seus professores].
Ainda sobre a conjunção “nem”, o eminente gramático Cegalla
(2008:374), ensina que só se usa e antes de nem em dois casos. Primeiro, se
a ênfase o exigir: “ Não queremos e nem podemos entrar no exame de
tamanha complexidade.” (João Ribeiro). Segundo, nas expressões e nem
sequer, e nem por isso, e nem assim, e nem sempre: Recebeu a esmola e
nem sequer agradeceu. Viu seus projetos desprezados e nem por isso se
abalou. Como nenhum dos casos se verifica na passagem que a banca
destacou, a troca sugerida prejudica a correção da frase.
Resposta – Item errado
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(...)
O que parece absolutamente corriqueiro, aqui, encerra muitas das
faces, da complexidade e dos afetos supostos na constituição da
alteridade, na relação com a diferença. As escolas, como qualquer outra
instituição concreta, são ocasião para desdobramentos sem fim dessas
situações que, como uma pintura, dão forma a milhões de palavras. Tudo
que nelas está não se apreende senão por pontos de vista ou, como
prefiro dizer, por recortes.
GUIRARDO, Marlene. Diferença e alteridade: dos equívocos
inevitáveis. In: Diferenças e preconceitos na escola: alternativas
teóricas e práticas. Julio Groppa Aquino (org.). São Paulo: Summus, 1998.
7.
(Cetro/SEE-SP/Secretário de Escola/2008) Levando em consideração as
afirmações do texto, é correto afirmar que
no trecho do sexto parágrafo: “Tudo que nelas está não se apreende
senão por pontos de vista”, a palavra destacada pode ser trocada, sem
que ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico, por “mesmo”.
Comentário – Negativo!!! Esse “senão” indica que, apesar dos pesares, existe
uma possibilidade de aprendizagem. A troca sugerida nos informaria que,
mesmo por pontos de vista, a aprendizagem não seria possível.
Compreender o uso das expressões abaixo será útil a você.
SENÃO x SE NÃO
a)
Estudem,
senão
ficarão
reprovados.
(pode
ser
substituído por ou, indica alternância de ideias que se excluem mutuamente)
b)
Não fazia coisa alguma, senão criticar. (equivale-se a
mas sim, porém – ideia adversa)
c)
Essa pessoa só tem um senão. (significa defeito,
mácula, mancha; é substantivo)
d)
Se não houver dedicação, ficarão reprovados. (“Se” =
conjunção subordinativa adverbial condicional; “não” = advérbio de negação)
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Resposta – Item errado
8.
(Cetro/SEE-SP/Secretário de Escola/2008) Levando em consideração as
afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional,
é correto afirmar que
o trecho do terceiro parágrafo “No Brasil, quando vêm de famílias mais
ricas, os talentosos são identificados” pode ser reescrito da seguinte
maneira, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico: “No
Brasil,
quando
vem
de
famílias
mais
ricas,
os
talentosos
são
identificados”.
Comentário – Agora a banca explorou a acentuação do verbo VIR.
Aproveitarei a questão para falar também sobre a acentuação do verbo TER.
Ele tem – eles têm (verbo TER na 3ª pessoa do plural do
presente do indicativo)
Ele vem – eles vêm (verbo VIR na 3ª pessoa do plural do
presente do indicativo)
Na
questão
que
estamos
analisando,
o
sujeito
é
representado pelo termo “os talentosos” (no plural!).
Atente ainda para o fato de o acento circunflexo (diferencial)
não ter sido abolido desses verbos nem de seus derivados. Portanto,
continue a usá-lo mesmo com a vigência do novo Acordo.
Ele detém – eles detêm (verbo DETER na 3ª pessoa do plural do
presente do indicativo)
Ele provém – eles provêm (verbo PROVIR na 3ª pessoa do plural
do presente do indicativo)
Resposta – Item errado
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9.
(Cetro/SEE-SP/Secretário de Escola/2008) Assinale a opção correta,
levando-se em consideração as afirmações do texto e as orientações da
gramática normativa.
(A) O trecho “onde freqüentemente as crianças comandam o espetáculo”, do
primeiro parágrafo, pode ser reescrito, sem que ocorra erro gramatical,
preservando o sentido do texto original, da seguinte maneira: “aonde
freqüentemente as crianças comandam o espetáculo”.
(B) O trecho “respeitando o fato de eles estarem em formação”, do segundo
parágrafo,
pode
preservando
o
ser
reescrito,
sentido
do
sem
texto
que
ocorra
original,
da
erro
seguinte
gramatical,
maneira:
“respeitando o fato deles estarem em formação”.
Comentário – Inicialmente, tenho que alertá-lo de que o novo Acordo
Ortográfico aboliu o trema (até 31/12/2010 você poderá usá-lo – até lá,
estaremos no período de transição).
A primeira alternativa traz erroneamente a contração da
preposição A com o vocábulo ONDE. Isso só é possível se o verbo seguinte
exigir preposição (A ou DE). Perceba:
ONDE x DONDE x AONDE
a)
Onde você está? (usa-se onde com verbo estático que
pede a preposição em, na língua portuguesa não existe a contração nonde,
supostamente indicada por em + onde)
b)
Donde você vem? (usa-se com verbo de movimento
que peça, em razão sua regência, a preposição de, caso do verbo “vem”:
“Donde” = de + onde)
c)
Aonde você vai? (usa-se com verbo de movimento
que exige, também por causa de sua regência, a preposição a, caso da forma
verbal “vai”: “Aonde” = a + onde)
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A segunda alternativa traz um caso em que o pronome “eles”
é sujeito de verbo (“estarem”). No desempenho dessa função, não deve ser
contraído com preposição. Opção igualmente errda.
Resposta – Itens errados
10. (Cetro/SEE-SP/Secretário de Escola/2008) Assinale a opção correta,
levando-se em consideração as afirmações do texto e as orientações da
gramática normativa.
No trecho do terceiro parágrafo: “Isso estimularia a melhor arma para
enfrentar o tsunami de informações, das mais positivas às mais loucas,
que enfrentamos todos os dias: discernimento”, a expressão destacada
não pode ser trocada por “todo o dia”, porque, com essa alteração,
ocorreria mudança de sentido.
Comentário – A expressão TODO O (pronome indefinido + artigo definido,
ambos
no
singular)
considerado,
é
usada
totalidade
da
para
parte;
indicar
integralidade
ela
não
é
usada
dia”
(o
dia
do
para
que
é
indicar
generalização.
“enfrentamos
todo
o
todo,
considerado
inteiramente.);
“enfrentamos todos os dias” (qualquer dia, indistintamente).
ATENÇÃO! É muito comum surgirem em provas questões que
abordam
a
diferença
entre
os
sentidos
desses
tipos
de
enunciados.
Normalmente, é perguntado se o emprego ou a retirada do artigo preserva ou
altera a informação original. Perceba que há alteração de sentido. Tomando o
segundo exemplo como ponto de partida, a construção “enfrentamos todo
dia” (no singular mesmo) conserva o significado inicial.
Resposta – Item certo
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11. (Cetro/Liquigás/Assist. Adminst./2007) Uma das características marcantes
do texto é a ocorrência de palavras, expressões ou construções frasais
que o aproximam do falar cotidiano. Assinale a alternativa em que o
termo sublinhado confirma essa afirmação.
(A) “...foi de conseqüências decisivas para a felicidade familiar”.
(B) “...a obrigação de uma lembrança dolorosa em cada gesto mínimo da
família”.
(C) “...eu já estava que não podia mais pra afastar aquela memória”.
(D) “Uma vez que eu sugerira à mamãe a idéia...”
(E) “A dor já estava sendo cultivada pelas aparências...”
Comentário – O falar cotidiano – que normalmente se distancia da forma
polida, rígida e consoante à gramática normativa – é caracterizado, na escrita,
também por abreviações e reduções vocabulares, como a que ocorreu com a
preposição “pra” (= para), na terceira opção.
Resposta – C
12. (Cetro/Liquigás/Administrador Júnior/2007) Levando em consideração as
afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional,
é correto afirmar que as palavras “coerência”, “prática”, “Código”, “Ética”,
“também” e “princípios” foram acentuadas de acordo com a mesma regra.
Comentário – As regras são diferentes.
As palavras “coerência” e “princípios” são paroxítonas e são
acentuadas (você já viu isso nesta aula) por terminarem em ditongo.
As
palavras
“prática”,
“Código”
e
“Ética”
são
todas
proparoxítonas. Em nossa Língua, todas as palavras proparoxítonas são
acentuadas, sem exceção.
A palavra “também” é uma oxítona terminada por EM. Vamos
recordar as regras de acentuação das oxítonas:
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•
usa-se o acento quando terminarem em A(S), E(S),
O(S), EM, ENS:
Ex.: cajá, cafés, cipó, armazém, armazéns
Resposta – Item errado
13. (Cetro/Liquigás/Administrador Júnior/2007) Levando em consideração as
afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional,
é correto afirmar que
(A) na oração “os anglo-saxões empreenderam uma das maiores mobilizações
sócio-religiosas de que se tem notícia”, do quarto parágrafo, a palavra
destacada tem sido grafada, nos dicionários, da seguinte maneira:
sociorreligiosas.
(B) na oração “os anglo-saxões empreenderam uma das maiores mobilizações
sócio-religiosas de que se tem notícia”, do quarto parágrafo, a forma
verbal destacada deveria ter sido flexionada no plural: “têm”.
Comentário – Alternativa A: é verdade o que se diz nela. Uma pesquisa, por
exemplo, no dicionário Aulete (versão eletrônica) comprova isso, a exemplo de
sociolinguista, sociotécnico, sociopolítico entre outros.
Alternativa B: há um problema nela. Para receber o acento
circunflexo, o verbo deveria ter um sujeito no plural; mas este não existe. O
verbo está na voz passiva sintética e tem como núcleo d sujeito o termo
“notícia” (no singular).
Resposta – A
14. (Cetro/TRT 12ª/Técnico Judiciário/2007) Levando em consideração as
afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional,
é correto afirmar que
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o trecho “Nervoso durante toda a sessão, Glauber ficou ainda mais no
final, com a perplexidade da platéia diante do seu estranho filme
misturando drama existencial e alegoria política”, pode ser reescrito da
seguinte maneira, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico:
“Nervoso durante toda sessão”.
Comentário – Bem, você resolveu recentemente uma questão envolvendo o
uso da expressão todo o (e variações). Na dúvida, releia o comentário à
questão 10 e confirme que há prejuízo semântico.
Resposta – Item errado
15. (Cetro/TRT 12ª/Técnico Judiciário/2007) Levando em consideração as
afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional,
é correto afirmar que
no trecho “Há algo de esdrúxulo”, no início do primeiro parágrafo, a
palavra destacada significa “extravagante”, “excêntrico” e também admite
a seguinte grafia: “exdrúxulo”.
Comentário – O significado da palavra está correto; mas a grafia sugerida
pela banca... A palavra é com S inicial mesmo!
Resposta – Item errado
16. (Cetro/TRT 12ª/Técnico Judiciário/2007) Levando em consideração as
afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional,
é correto afirmar que
(A) o trecho “Não há tampouco critério racional que explique o motivo”, do
segundo parágrafo, pode ser reescrito da seguinte maneira, sem que
ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico: “Não há tão pouco critério
racional que explique o motivo”.
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(B) o trecho “Não há tampouco critério racional que explique o motivo de os
estudantes de medicina (74 mil) serem pouco mais numerosos”, do
segundo parágrafo, pode ser reescrito da seguinte maneira, sem que
ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico: “Não há tampouco critério
racional que explique o motivo dos estudantes de medicina (74 mil) serem
pouco mais numerosos”.
Comentário – Alternativa A: o problema diz respeito ao uso das expressões
“tampouco” e “tão pouco”. Eis o uso adequado delas:
TAMPOUCO x TÃO POUCO
a)
Não realizou a tarefa, tampouco apresentou qualquer
justificativa. (advérbio de negação, equivale-se a também não, nem sequer)
b)
Tenho tão pouco entusiasmo pelo trabalho. (tão =
advérbio de intensidade; pouco = pronome indefinido adjetivo, alude a um
substantivo)
c)
Estudamos tão pouco. (tão = advérbio de intensidade,
refere-se a outro advérbio: pouco = advérbio de intensidade, refere-se ao
verbo)
Alternativa B: além do problema já identificado na opção
anterior, há ainda a contração equivocada da preposição “de” (“o motivo de”)
com o artigo “o” que integra o sujeito (“os estudantes de medicina”) do verbo
“serem”.
Resposta – Itens errados
17. (Cetro/TRT 12ª/Técnico Judiciário/2007) Levando em consideração as
afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional,
é correto afirmar que
no trecho “o curso lhes dará alguma forma de segurança ou ascensão no
plano de seus projetos pessoais”, do terceiro parágrafo, a palavra
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destacada pode ser substituída, sem que ocorra erro gramatical ou
prejuízo de sentido, por “promoção”, “elevação”.
Comentário – Não há problema algum na substituição, nem quanto ao
sentido, nem quanto à correção gramatical. Quero apenas aproveitá-la para
recordar o emprego da letra S.
Usa-se, normalmente, a letra S:
1 – nos substantivos que designam origem, título honorífico e
feminino: chinês, japonês, baronesa, duquesa, sacerdotisa, poetisa;
2 – nos sufixos ASE, ESE, ISI e OSE: fase, ascese, eletrólise,
apoteose;
3 – nos sufixos OSO e OSA: formoso, formosa, gostoso,
gostosa;
4 – nas palavras derivadas daquelas que possuem D, RT ou
RG no seu radical: iludir – ilusão, defender – defesa; divertir – diversão,
inverter – inversão; imergir – imersão, submergir – submersão;
5 – no prefixo TRANS e nos seus derivados: transatlântico,
trasladar (ou transladar);
6 – após os ditongos: maisena, Sousa, coisa;
7 – nas formas verbais derivadas dos verbos QUERER e PÔR:
quis, quisera, pusera, compusera.
Resposta – Item certo
18. (Cetro/TRT 12ª Região/Analista Judiciário/2007) É correto afirmar que os
vocábulos “relatório”, “moléstias”, “pública” e “saúde”, todos extraídos do
terceiro parágrafo do texto, foram acentuados pelo mesmo motivo: todos
eles são proparoxítonos reais ou proparoxítonos eventuais.
Comentário – Mais uma vez, as regras de acentuação são diferentes. As
palavras “relatório” e “moléstias” são acentuadas pelo mesmo motivo:
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paroxítonas terminadas em ditongo. Já a palavra “pública” recebe acento por
ser proparoxítona. E “saúde”? Vamos recordar as regras de acentuação dos
hiatos:
HIATOS
a)
Acentua-se a primeira vogal dos hiatos ÔO, ÊE.
Ex.: vôo, enjôos, crêem, dêem, lêem, vêem. (3ª pessoa do
plural dos verbos crer, dar, ler e ver)
ATENÇÃO! De acordo com as novas regras, esses acentos deixam de existir:
voo, enjoo, creem, deem, leem, veem. Mas até 31/12/2015 é possível usá-los
ou não.
b)
As vogais I(S) e U(S), quando formarem a sílaba tônica
e ocuparem a segunda posição do hiato, sozinhas ou acompanhadas de S.
Ex.: saída, saúde, país, baús, incluí-lo.
Compare com mia, via, lua, nua. Nessas palavras, as vogais I
e U não ocupam a segunda posição do hiato, ainda que constituam a sílaba
tônica.
ATENÇÃO! Conforme as novas regras, se essas vogais surgirem após ditongos
e a palavra for paroxítona, não levarão acento: baiuca, feiura. Ressalto que até
31/12/2015 você decidirá se quer ou não usar o acento: baiúca, feiúra.
Resposta – Item errado
19. (Cetro/TRT 12ª Região/Analista Judiciário/2007) Assinale a alternativa em
que não ocorreu erro de acentuação.
(A) Sem dúvida nenhuma, aquelas palavras partiam do âmago de sua alma de
filântropo.
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(B) Um dos mais esplêndidos sentimentos que se pode experimentar é o
aumento da libído.
(C) Os últimos acontecimentos, observados à luz da econômia, demonstram
que podemos estar à beira de um colapso.
(D) Para poder comprar esse vermífugo, que pode ser prejudicial à saúde de
todos, é necessária sua rubrica neste documento.
(E) No acórdão, afirmava-se que aquelas empresas constróem edifícios ilegais.
Comentário – Alternativa A: a banca cometeu um barbarismo ao mudar a
tonicidade da palavra: filantropo (paroxítona terminada em o não recebe
acento). Atente para algumas pronúncias corretas: austero, avaro, aziago,
gratuito,
maquinaria,
misantropo,
pudico,
rubrica,
arquétipo,
aríete,
crisântemo, ínterim, protótipo, vermífugo.
Alternativa B: “libido” é paroxítona, mas não recebe acento
pelo motivo explicado acima.
Alternativa C: “economia”, sem acento, é outra paroxítona.
Alternativa E: somente as oxítonas terminadas por EM são
acentuadas: armazém, alguém; as paroxítonas não: constroem.
Resposta – D
20. (Cetro/TRT 12ª Região/Analista Judiciário/2007) Assinale a alternativa em
que todas as palavras estejam grafadas corretamente.
(A) Aquela micelânea de livros, jornais, papéis avulsos e objetos de escritório
confundia os outros funcionários e impedia que houvesse agilidade no
trabalho.
(B) Com toda descrição que lhe era peculiar, limpou todas as reentrâncias da
mesa, sem que aqueles que estavam reunidos siquer percebessem sua
presença.
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(C) Assim que ela conseguisse desvencilhar-se daquele volume de trabalho,
rumaria rápidamente para casa.
(D) Não havia empecilho que pudesse desanimá-lo: todas as dificuldades que
encontrou foram enfrentadas com coragem e alegria.
(E) Aquele seguimento dos funcionários – a parcela mais insatisfeita de todas –
reivindicava insistentemente o aumento do salário.
Comentário – Alternativa A: “miscelânea” (= mistura confusa de coisas
diversas).
Alternativa
B:
“sequer”
(=
nem
mesmo).
A
palavra
descrição significa ato ou efeito de descrever, reprodução, traçado: Suas
descrições de viagens nos transportam para lugares nunca visitados. Já a
palavra discrição, que se aplica ao contexto, exprime qualidade de discreto,
do que não chama a atenção: Veste-se com discrição.
Alternativa C: a tonicidade de “rapidamente” (paroxítona)
não se confunde com a de “rápido” (proparoxítona); a sílaba anteriormente
tônica (rá-) torna-se subtônica e perde o acento gráfico.
Alternativa E: muito sutil o erro, pois existem as palavras
“seguimento” (conforme consta na opção) e “segmento”. O problema é que
“seguimento” significa ação ou resultado de seguir; continuação; seguida. No
contexto, o correto seria “segmento”, parte que compõe um todo.
Resposta – D
21. (Cetro/TRT 12ª Região/Analista Judiciário/2007) No trecho “Um inspetor
da Superintendência, intrigado com o fato de que ninguém mais conseguia
caçar baleia, pôs-se a examinar os livros e verificou que havia infinidade
de números repetidos”, as regras que justificam a acentuação dos
vocábulos destacados são, respectivamente, a do acento diferencial e a de
acentuação de todos os paroxítonos terminados em o.
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Comentário – A respeito do acento diferencial, importa que você perceba,
ainda, o seguinte:
Côa – côas (forma do verbo COAR)
Coa – coas (contração entre a preposição com e o artigo a(s))
Pára (flexão do verbo PARAR)
Para (preposição)
Péla (flexão do verbo PELAR)
Pela (contração da preposição e artigo)
Pêra (substantivo = fruta – no plural não leva acento: peras)
Péra (substantivo = pedra)
Pera (preposição arcaica)
Pôde (3ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo)
Pode (3ª pessoa do singular do presente do indicativo)
ATENÇÃO! O novo Acordo não aboliu o acento diferencial de PÔDE. Você deve
usá-lo.
Póla (substantivo = pancadaria)
Pôla (substantivo = broto de árvore)
Polo(a) (contração arcaica de preposição e artigo)
Pólo (substantivo = cada uma das extremidades do eixo da Terra)
Pôlo (substantivo = filhote de gavião)
Pôr (verbo)
Por (preposição)
ATENÇÃO! O novo Acordo também não aboliu o acento diferencial de PÔR.
Você deve usá-lo.
Fôrma (substantivo = molde)
Forma (substantivo = disposição exterior de algo)
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ATENÇÃO! É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as
palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais
clara: Qual é a forma da fôrma do bolo?
O vocábulo “pôs” é monossílabo tônico terminado em O(S) e
por isso recebe acento.
Em “números”, o acento não depende da terminação da
palavra, mas decorre do fato de ser ela uma proparoxítona – todas são
acentuadas.
Resposta – Item errado
22. (Cetro/TRT 12ª Região/Analista Judiciário/2007) Assinale a alternativa em
que todas as palavras estão acentuadas corretamente.
(A) abóbada – hífens – rúbrica - vaivém.
(B) debenture – tênue – jóquei - armazéns.
(C) avaro – fortuito – fluido – maquinaria.
(D) colibri – gratuito – constroem - nú.
(E) cairmos – arcaico – destroem - juri.
Comentário – A essa altura da aula, acredito que você já se recordou das
regras de acentuação. Aqui resumirei minha explicação.
Alternativa A: hifens (como item e itens) é paroxítona
terminada em EM ENS (regra da oxítona) e não se confunde com o singular:
hífen (paroxítona terminada em N) ou a outra forma possível do plural: hífenes
(proparoxítona); rubrica.
Alternativa B: debênture (proparoxítona) – título de crédito ao
portador, emitido por uma empresa em troca de empréstimo a juros e
amortizável a longo prazo, cuja garantia é o valor do patrimônio e a
confiabilidade.
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Alternativa D: nu (monossílaba tônica terminado em U não
recebe acento).
Alternativa E: júri (paroxítona terminada em I).
Resposta – C
23. (Cetro/TRT 12ª Região/Analista Judiciário/2007) Em todas as palavras das
alternativas abaixo, a letra “x” tem som sibilante sonoro, isto é, tem som
de “z”. Assinale a alternativa que contém uma palavra em que a letra “x”
não tem o som de “z”.
(A) exagero – exercício - exortar.
(B) exaltar – exército -inexaurível.
(C) executar – exílio - inexistente.
(D) exeqüível – êxito - excreção.
(E) exercer – exorbitar - exonerar.
Comentário – Isso só ocorre em “excreção”. Essa veio de graça!!!
Resposta – D
24. (Cetro/TRT 12ª Região/Analista Judiciário/2007) Assinale a alternativa em
que todas as palavras estejam grafadas corretamente.
(A) análise – assessoria – atraso – embelezar- lisonjeiro – vulgarizar - síntese.
(B) abalisado – apaziguar – amortisar – dramatizar – prazeroso – suspicaz paralisia.
(C) caixote – debuxo – enxugar – taxativo – excitador – pecha – brocha extrangeiro.
(D) excessão – excesso – êxito – materializar – mobilisar – vultuoso - evazão.
(E) êxito – racionalizar – sensibilisar – vultoso – gostosura – decizão eutanázia.
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Comentário – Diante dessa sopa de letrinhas, convém recordar o emprego de
algumas que ainda não foram ressaltadas nesta aula.
Usa-se, normalmente, a letra X:
1 – depois de ditongos: ameixa, frouxo, peixe;
EXCEÇÃO: recauchutar.
2 – depois da sílaba EN: enxame, enxergar;
EXCEÇÕES: encher, encharcar, enchova, enchumaçar e derivados dessas
palavras.
3 – depois da sílaba ME, quando “fechada”: mexa (verbo),
mexerico.
CUIDADO: mecha (substantivo) = pronúncia “aberta”.
Usa-se, normalmente, SS:
1
–
nas
palavras
derivadas
daquelas
que
possuem
as
expressões CED, GRED, PRIM, MIT, MET e CUT no radical: suceder – sucessão,
regredir – regressão, comprimir – compressão, demitir – demissão, intrometer
– intromissão, discutir – discussão;
2 – prefixo terminado em vogal + palavra começada por S: pré
+ sentir = pressentir.
Usa-se, normalmente, a letra Z:
1 – nas terminações EZ e EZA, formando substantivos
abstratos derivados de adjetivos: insensato – insensatez, nu – nudez; claro –
clareza, belo – beleza;
2 – nas terminações IZAR, formando infinitivos verbais:
sintonia – sintonizar, real – realizar, visual – visualizar;
CUIDADO: 1 – se a palavra possuir S em sua parte final, o infinitivo verbal
também levará S: análise – analisar, paralisia – paralisar;
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2 – Hipnose – hipnotizar; Síntese – sintetizar; Batismo – batizar;
Catequese – catequizar; Ênfase – enfatizar. (Lembre-se da sigla de um
famoso banco, só que com E no final: HSBCE).
3 – como consoante de ligação: pé + udo = pezudo; guri +
ada = gurizada.
Eis as correções:
Alternativa B: abalizado (que é reconhecidamente competente,
digno de crédito; idôneo); amortizar
Alternativa C: estrangeiro.
Alternativa D: exceção; mobilizar; evasão.
Alternativa
E:
sensibilizar;
decisão;
eutanásia
(ato
de
promover morte rápida e indolor a um doente incurável para pôr fim ao seu
sofrimento).
Resposta – A
25. (FCC/2012/Prefeitura de São Paulo – SP/Auditor Fiscal do Município) A
grafia de envelheceu está correta, como o está a de “rejuveneceu”.
Comentário – Esta questão é uma verdadeira “casca de banana”. O problema,
que nem todos percebem, está na ausência de um “s” na segunda palavra
destacada: rejuveneSceu.
Resposta – Item errado.
26. (FCC/2012/TRE-SP/Técnico Judiciário) Os ...... para a conclusão da
pesquisa estavam próximos e exigiam ...... na ...... dos dados já obtidos.
(A) prazos - rapidês - análize
(B) prazos - rapidez - análise
(C) prazos - rapidez - análize
(D) prasos - rapidez - análise
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(E) prasos - rapidês - análise
Comentário – Indiscutivelmente, a palavra prazos é escrita com z. O
substantivo abstrato rapidez deriva do adjetivo rápido, por isso é escrito com
a terminação ez. Finalmente, a palavra análise é escrita corretamente com s.
Resposta – B
27. (ESAF/Receita
Federal/Analista
Tributário
da
Receita
Federal/2012)
Assinale o trecho em que a transcrição do texto adaptado do jornal
Correio Braziliense, de 7 de agosto de 2012, desrespeita as regras
gramaticais no uso das estruturas linguísticas.
a)
Ao mesmo tempo em que os analistas do mercado financeiro elevam a
perspectiva para a inflação este ano, eles trabalham cada vez mais com a
possibilidade de queda para o Produto Interno Bruto (PIB) e também para
a taxa de juros básica da economia.
b)
A principal razão para isso é que o setor industrial não dá mostras de que
vai reagir, revertendo a tendência de queda na atividade. Pela décima
semana consecutiva, os analistas vêm revendo para baixo as expectativas
de desempenho da indústria brasileira.
c)
De acordo com o relatório Focus, a média das estimativas para o ano
passou de uma contração na atividade no setor industrial de 0,44% para
uma queda maior, de 0,69%. Com isso, as expectativas para o PIB, que já
vinham diminuindo, caíram mais ainda.
d)
Segue também em queda, segundo os analistas do mercado financeiro, a
previsão para a taxa básica de juros. Agora, segundo a pesquisa Focus, a
taxa Selic deve chegar a 7,25% no final do ano.
e)
Até à semana passada, a estimativa que prevalescia era de que o ciclo de
redução da Selic pararia em 7,5%. Atualmente a taxa está em 8%. Com a
mudança o mercado financeiro passa a trabalhar com a perspectiva de
que o Banco Central reduza a taxa mais duas vezes.
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Comentário – Repare a última alternativa. A palavra prevalecia (do verbo
prevalecer) é escrita com “s” antes do “c” (“prevalescia”).
Resposta – E.
28. (Esaf/MDIC/ACE/2012) O texto abaixo foi transcrito com adaptações.
Assinale a opção que corresponde a erro gramatical ou de grafia de
palavra.
Em alguns países mais afetados pela crise global, como os Estados
Unidos, a indústria buscou aumentar sua competitividade por meio da
forçada redução dos custos de produção, o que (1) implicou demissões
em massa. Mesmo com menos trabalhadores, a indústria manteve ou
ampliou a produção, alcançando ganhos notáveis de produtividade.
Mesmo que aceitasse (2) arcar comum custo social tão alto, dificilmente
o Brasil alcançaria (3) resultados econômicos tão rápidos. O aumento da
produtividade do trabalhador brasileiro é limitado, entre outros fatores,
pela defazagem (4) nos investimentos em educação. Com escassez (5)
de trabalhadores qualificados, exigidos cada vez mais pelo mercado de
trabalho, os salários de determinadas funções tendem a subir bem mais
do que a produtividade média do setor, o que afeta o preço dos bens
finais.
(Editorial, O Estado de S. Paulo, 24/3/2012)
a)
1
b)
2
c)
3
d)
4
e)
5
Comentário – O único problema é a grafia da palavra defasagem, que no
texto recebeu a letra “z” no lugar de “s”. Merecem nosso comentário a forma
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verbal “aceitasse” e o substantivo “escassez”. Conjugado no pretérito
imperfeito do subjuntivo, o verbo aceitar recebe a desinência modo-temporal
“-sse”. Derivado de adjetivo, o substantivo abstrato recebe a terminação “-ez”
(lúcido > lucidez; insensato > insensatez; escasso > escassez etc.).
Resposta – D
29. (Cespe/CNJ/Analista Judiciário/2013) A mesma regra de acentuação
gráfica justifica o emprego de acento gráfico nas palavras “construída” e
“possíveis”.
Comentário – É verdade que as duas palavras são paroxítonas, mas o acento
nelas é empregado por motivos diferentes. Em “construída”, o fundamento é a
regra do hiato que acabamos de ver acima. Repare: cons-tru-í-da. Já em
“possíveis”, a palavra é acentuada porque termina em ditongo oral.
Resposta – Item errado.
30. (Cespe/TRT-10ª Região (DF e TO)/Analista Judiciário/2013) As palavras
“países”, “famílias” e “níveis” são acentuadas de acordo com a mesma
regra de acentuação gráfica.
Comentário – As regras são diferentes. Em pa-í-ses, o fundamento mais uma
vez é a regra do hiato. Em ní-veis, temos uma paroxítona terminada em
ditongo oral. Em relação à palavra “família”, existe quem a considere acentua
por se tratar de uma proparoxítona: fa-mí-li-a; e há quem a considere uma
paroxítona terminada em ditongo oral também: fa-mí-lia. De qualquer forma,
os motivos são realmente distintos.
Resposta – Item errado.
Por enquanto é só. Revise o conteúdo durante a semana e utilize o
fórum se precisar.
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Abaixo estão as questões comentadas nesta aula e o gabarito
delas.
Um abraço e que Deus o abençoe!
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Lista das Questões Comentadas
1.
(Cetro/Pref. de Mairinque-SP/Almoxarife/2009) Observe o trecho abaixo.
“O argumento de Darwin era tão irrefutável que o debate sobre a validade
da teoria terminou menos de duas décadas após sua divulgação.”
Assinale a alternativa cuja palavra não possui a mesma regra de
acentuação do termo destacado no trecho acima.
(A) Hífen.
(B) Pólen.
(C) Bíceps.
(D) Chapéus.
(E) Elétrons.
2.
(Cetro/Pref. de Mirinque-SP/Almoxarife/2009) Observe o trecho abaixo.
O redator-chefe da revista quis entrevistar o pesquisador que está
colocando as ideias de Darwin em ação.
Assinale a alternativa cuja palavra apresenta o plural seguindo a mesma
classificação da palavra destacada no trecho acima.
(A) Pombo-correio.
(B) Cidade-satélite.
(C) Cirurgião-dentista.
(D) Alto-falante.
(E) Caneta-tinteiro.
3.
(Cetro/Câmara Municipal de Araçatuba-SP/Agente Geral/2008) Assinale a
alternativa que apresenta a divisão silábica incorreta das palavras
retiradas do texto.
(A) sombrios: som – bri – os.
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(B) assusta: as – sus – ta.
(C) brasileiros: bra – si – lei – ros.
(D) queima: que – i – ma.
(E) águas: á – guas.
4.
(Cetro/Câmara Municipal de Araçatuba-SP/Agente Geral/2008) A palavra
“relógio” é escrita com “g”. Assinale a alternativa que apresenta outra
palavra em que o uso da letra “g” esteja correto.
(A) gorgeta.
(B) magestade.
(C) sargeta.
(D) cafageste.
(E) prestígio.
(...)
Cabe-nos igualmente questionar o que temos priorizado como foco
de nossa atuação profissional: as nuanças e vicissitudes do processo
ensino-aprendizagem ou a avaliação dos resultados formais? E a que se
têm prestado nossas práticas avaliativas: a confirmar os prognósticos
fatalistas sobre a clientela, ou ao coroamento de nossos esforços
cotidianos? Mesmo porque, numa reprovação final, algo de todos nós
está sendo colocado sub judice.
(...)
AQUINO, Julio Groppa. Do cotidiano escolar – ensaios sobre a ética
e seus avessos. São Paulo: Summus, 2000. p. 28-29.
5.
(Cetro/SEE-SP/Secretário de Escola/2008) Levando em consideração as
afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional,
é correto afirmar que, no quarto parágrafo do texto,
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na afirmação: “Mesmo porque, numa reprovação final, algo de todos nós
está sendo colocado sub judice”, a palavra destacada (porque) estabelece
relação de causa e conseqüência, respectivamente, entre o último e o
primeiro períodos do quarto parágrafo.
Por que as crianças obedecem? Foi esta a pergunta que, no começo
de nosso século [o século XX], intrigou vários autores. Foram em busca
de respostas e várias foram encontradas: superego, sentimento de
agrado, heteronomia, hábito etc. Respostas diferentes entre si, mas que
levavam em conta o que era considerado um fato: as crianças obedecem
a seus pais e, em geral, também a seus professores. Hoje, parece-me
que a pergunta formulada espontaneamente seria a inversa: por que as
crianças não obedecem, nem a seus pais, muito menos a seus
professores? Exagero? É bem provável. Não sei se, antigamente, elas
obedeciam tanto assim e se são tão desobedientes hoje. Porém, parece
ser esta a queixa atual, traduzida notadamente pelo vocábulo “limite”: as
crianças, hoje, não teriam limites, os pais não os imporiam, a escola não
os ensinaria, a sociedade não os exigiria, a televisão os sabotaria etc.
(...).
De La Taille, Yves. A indisciplina e o sentimento de vergonha. In:
Indisciplina na escola: alternativas teóricas e práticas. Julio
Groppa Aquino (org.). São Paulo: Summus, 1996.
6.
(Cetro/SEE-SP/Secretário de Escola/2008) Levando em consideração as
afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional,
é correto afirmar que, no primeiro parágrafo do texto,
no trecho: “por que as crianças não obedecem, nem a seus pais, muito
menos a seus professores?”, as expressões destacadas podem ser
trocadas, respectivamente, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo
semântico, por “porque” e “e não”.
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(...)
O que parece absolutamente corriqueiro, aqui, encerra muitas das
faces, da complexidade e dos afetos supostos na constituição da
alteridade, na relação com a diferença. As escolas, como qualquer outra
instituição concreta, são ocasião para desdobramentos sem fim dessas
situações que, como uma pintura, dão forma a milhões de palavras. Tudo
que nelas está não se apreende senão por pontos de vista ou, como
prefiro dizer, por recortes.
GUIRARDO, Marlene. Diferença e alteridade: dos equívocos
inevitáveis. In: Diferenças e preconceitos na escola: alternativas
teóricas e práticas. Julio Groppa Aquino (org.). São Paulo: Summus, 1998.
7.
(Cetro/SEE-SP/Secretário de Escola/2008) Levando em consideração as
afirmações do texto, é correto afirmar que
no trecho do sexto parágrafo: “Tudo que nelas está não se apreende
senão por pontos de vista”, a palavra destacada pode ser trocada, sem
que ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico, por “mesmo”.
8.
(Cetro/SEE-SP/Secretário de Escola/2008) Levando em consideração as
afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional,
é correto afirmar que
o trecho do terceiro parágrafo “No Brasil, quando vêm de famílias mais
ricas, os talentosos são identificados” pode ser reescrito da seguinte
maneira, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico: “No
Brasil,
quando
vem
de
famílias
mais
ricas,
os
talentosos
são
identificados”.
9.
(Cetro/SEE-SP/Secretário de Escola/2008) Assinale a opção correta,
levando-se em consideração as afirmações do texto e as orientações da
gramática normativa.
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(A) O trecho “onde freqüentemente as crianças comandam o espetáculo”, do
primeiro parágrafo, pode ser reescrito, sem que ocorra erro gramatical,
preservando o sentido do texto original, da seguinte maneira: “aonde
freqüentemente as crianças comandam o espetáculo”.
(B) O trecho “respeitando o fato de eles estarem em formação”, do segundo
parágrafo,
preservando
pode
o
ser
reescrito,
sentido
do
sem
texto
que
ocorra
original,
da
erro
seguinte
gramatical,
maneira:
“respeitando o fato deles estarem em formação”.
10. (Cetro/SEE-SP/Secretário de Escola/2008) Assinale a opção correta,
levando-se em consideração as afirmações do texto e as orientações da
gramática normativa.
No trecho do terceiro parágrafo: “Isso estimularia a melhor arma para
enfrentar o tsunami de informações, das mais positivas às mais loucas,
que enfrentamos todos os dias: discernimento”, a expressão destacada
não pode ser trocada por “todo o dia”, porque, com essa alteração,
ocorreria mudança de sentido.
11. (Cetro/Liquigás/Assist. Adminst./2007) Uma das características marcantes
do texto é a ocorrência de palavras, expressões ou construções frasais
que o aproximam do falar cotidiano. Assinale a alternativa em que o
termo sublinhado confirma essa afirmação.
(A) “...foi de conseqüências decisivas para a felicidade familiar”.
(B) “...a obrigação de uma lembrança dolorosa em cada gesto mínimo da
família”.
(C) “...eu já estava que não podia mais pra afastar aquela memória”.
(D) “Uma vez que eu sugerira à mamãe a idéia...”
(E) “A dor já estava sendo cultivada pelas aparências...”
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12. (Cetro/Liquigás/Administrador Júnior/2007) Levando em consideração as
afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional,
é correto afirmar que as palavras “coerência”, “prática”, “Código”, “Ética”,
“também” e “princípios” foram acentuadas de acordo com a mesma regra.
13. (Cetro/Liquigás/Administrador Júnior/2007) Levando em consideração as
afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional,
é correto afirmar que
(A) na oração “os anglo-saxões empreenderam uma das maiores mobilizações
sócio-religiosas de que se tem notícia”, do quarto parágrafo, a palavra
destacada tem sido grafada, nos dicionários, da seguinte maneira:
sociorreligiosas.
(B) na oração “os anglo-saxões empreenderam uma das maiores mobilizações
sócio-religiosas de que se tem notícia”, do quarto parágrafo, a forma
verbal destacada deveria ter sido flexionada no plural: “têm”.
14. (Cetro/TRT 12ª/Técnico Judiciário/2007) Levando em consideração as
afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional,
é correto afirmar que
o trecho “Nervoso durante toda a sessão, Glauber ficou ainda mais no
final, com a perplexidade da platéia diante do seu estranho filme
misturando drama existencial e alegoria política”, pode ser reescrito da
seguinte maneira, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico:
“Nervoso durante toda sessão”.
15. (Cetro/TRT 12ª/Técnico Judiciário/2007) Levando em consideração as
afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional,
é correto afirmar que
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no trecho “Há algo de esdrúxulo”, no início do primeiro parágrafo, a
palavra destacada significa “extravagante”, “excêntrico” e também admite
a seguinte grafia: “exdrúxulo”.
16. (Cetro/TRT 12ª/Técnico Judiciário/2007) Levando em consideração as
afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional,
é correto afirmar que
(A) o trecho “Não há tampouco critério racional que explique o motivo”, do
segundo parágrafo, pode ser reescrito da seguinte maneira, sem que
ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico: “Não há tão pouco critério
racional que explique o motivo”.
(B) o trecho “Não há tampouco critério racional que explique o motivo de os
estudantes de medicina (74 mil) serem pouco mais numerosos”, do
segundo parágrafo, pode ser reescrito da seguinte maneira, sem que
ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico: “Não há tampouco critério
racional que explique o motivo dos estudantes de medicina (74 mil) serem
pouco mais numerosos”.
17. (Cetro/TRT 12ª/Técnico Judiciário/2007) Levando em consideração as
afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional,
é correto afirmar que
no trecho “o curso lhes dará alguma forma de segurança ou ascensão no
plano de seus projetos pessoais”, do terceiro parágrafo, a palavra
destacada pode ser substituída, sem que ocorra erro gramatical ou
prejuízo de sentido, por “promoção”, “elevação”.
18. (Cetro/TRT 12ª Região/Analista Judiciário/2007) É correto afirmar que os
vocábulos “relatório”, “moléstias”, “pública” e “saúde”, todos extraídos do
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terceiro parágrafo do texto, foram acentuados pelo mesmo motivo: todos
eles são proparoxítonos reais ou proparoxítonos eventuais.
19. (Cetro/TRT 12ª Região/Analista Judiciário/2007) Assinale a alternativa em
que não ocorreu erro de acentuação.
(A) Sem dúvida nenhuma, aquelas palavras partiam do âmago de sua alma de
filântropo.
(B) Um dos mais esplêndidos sentimentos que se pode experimentar é o
aumento da libído.
(C) Os últimos acontecimentos, observados à luz da econômia, demonstram
que podemos estar à beira de um colapso.
(D) Para poder comprar esse vermífugo, que pode ser prejudicial à saúde de
todos, é necessária sua rubrica neste documento.
(E) No acórdão, afirmava-se que aquelas empresas constróem edifícios ilegais.
20. (Cetro/TRT 12ª Região/Analista Judiciário/2007) Assinale a alternativa em
que todas as palavras estejam grafadas corretamente.
(A) Aquela micelânea de livros, jornais, papéis avulsos e objetos de escritório
confundia os outros funcionários e impedia que houvesse agilidade no
trabalho.
(B) Com toda descrição que lhe era peculiar, limpou todas as reentrâncias da
mesa, sem que aqueles que estavam reunidos siquer percebessem sua
presença.
(C) Assim que ela conseguisse desvencilhar-se daquele volume de trabalho,
rumaria rápidamente para casa.
(D) Não havia empecilho que pudesse desanimá-lo: todas as dificuldades que
encontrou foram enfrentadas com coragem e alegria.
(E) Aquele seguimento dos funcionários – a parcela mais insatisfeita de todas –
reivindicava insistentemente o aumento do salário.
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21. (Cetro/TRT 12ª Região/Analista Judiciário/2007) No trecho “Um inspetor
da Superintendência, intrigado com o fato de que ninguém mais conseguia
caçar baleia, pôs-se a examinar os livros e verificou que havia infinidade
de números repetidos”, as regras que justificam a acentuação dos
vocábulos destacados são, respectivamente, a do acento diferencial e a de
acentuação de todos os paroxítonos terminados em o.
22. (Cetro/TRT 12ª Região/Analista Judiciário/2007) Assinale a alternativa em
que todas as palavras estão acentuadas corretamente.
(A) abóbada – hífens – rúbrica - vaivém.
(B) debenture – tênue – jóquei - armazéns.
(C) avaro – fortuito – fluido – maquinaria.
(D) colibri – gratuito – constroem - nú.
(E) cairmos – arcaico – destroem - juri.
23. (Cetro/TRT 12ª Região/Analista Judiciário/2007) Em todas as palavras das
alternativas abaixo, a letra “x” tem som sibilante sonoro, isto é, tem som
de “z”. Assinale a alternativa que contém uma palavra em que a letra “x”
não tem o som de “z”.
(A) exagero – exercício - exortar.
(B) exaltar – exército -inexaurível.
(C) executar – exílio - inexistente.
(D) exeqüível – êxito - excreção.
(E) exercer – exorbitar - exonerar.
24. (Cetro/TRT 12ª Região/Analista Judiciário/2007) Assinale a alternativa em
que todas as palavras estejam grafadas corretamente.
(A) análise – assessoria – atraso – embelezar- lisonjeiro – vulgarizar - síntese.
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(B) abalisado – apaziguar – amortisar – dramatizar – prazeroso – suspicaz paralisia.
(C) caixote – debuxo – enxugar – taxativo – excitador – pecha – brocha extrangeiro.
(D) excessão – excesso – êxito – materializar – mobilisar – vultuoso - evazão.
(E) êxito – racionalizar – sensibilisar – vultoso – gostosura – decizão eutanázia.
25. (FCC/2012/Prefeitura de São Paulo – SP/Auditor Fiscal do Município) A
grafia de envelheceu está correta, como o está a de “rejuveneceu”.
26. (FCC/2012/TRE-SP/Técnico Judiciário) Os ...... para a conclusão da
pesquisa estavam próximos e exigiam ...... na ...... dos dados já obtidos.
(A) prazos - rapidês - análize
(B) prazos - rapidez - análise
(C) prazos - rapidez - análize
(D) prasos - rapidez - análise
(E) prasos - rapidês - análise
27. (ESAF/Receita
Federal/Analista
Tributário
da
Receita
Federal/2012)
Assinale o trecho em que a transcrição do texto adaptado do jornal
Correio Braziliense, de 7 de agosto de 2012, desrespeita as regras
gramaticais no uso das estruturas linguísticas.
a)
Ao mesmo tempo em que os analistas do mercado financeiro elevam a
perspectiva para a inflação este ano, eles trabalham cada vez mais com a
possibilidade de queda para o Produto Interno Bruto (PIB) e também para
a taxa de juros básica da economia.
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b)
A principal razão para isso é que o setor industrial não dá mostras de que
vai reagir, revertendo a tendência de queda na atividade. Pela décima
semana consecutiva, os analistas vêm revendo para baixo as expectativas
de desempenho da indústria brasileira.
c)
De acordo com o relatório Focus, a média das estimativas para o ano
passou de uma contração na atividade no setor industrial de 0,44% para
uma queda maior, de 0,69%. Com isso, as expectativas para o PIB, que já
vinham diminuindo, caíram mais ainda.
d)
Segue também em queda, segundo os analistas do mercado financeiro, a
previsão para a taxa básica de juros. Agora, segundo a pesquisa Focus, a
taxa Selic deve chegar a 7,25% no final do ano.
e)
Até à semana passada, a estimativa que prevalescia era de que o ciclo de
redução da Selic pararia em 7,5%. Atualmente a taxa está em 8%. Com a
mudança o mercado financeiro passa a trabalhar com a perspectiva de
que o Banco Central reduza a taxa mais duas vezes.
28. (Esaf/MDIC/ACE/2012) O texto abaixo foi transcrito com adaptações.
Assinale a opção que corresponde a erro gramatical ou de grafia de
palavra.
Em alguns países mais afetados pela crise global, como os Estados
Unidos, a indústria buscou aumentar sua competitividade por meio da
forçada redução dos custos de produção, o que (1) implicou demissões
em massa. Mesmo com menos trabalhadores, a indústria manteve ou
ampliou a produção, alcançando ganhos notáveis de produtividade.
Mesmo que aceitasse (2) arcar comum custo social tão alto, dificilmente
o Brasil alcançaria (3) resultados econômicos tão rápidos. O aumento da
produtividade do trabalhador brasileiro é limitado, entre outros fatores,
pela defazagem (4) nos investimentos em educação. Com escassez (5)
de trabalhadores qualificados, exigidos cada vez mais pelo mercado de
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trabalho, os salários de determinadas funções tendem a subir bem mais
do que a produtividade média do setor, o que afeta o preço dos bens
finais.
(Editorial, O Estado de S. Paulo, 24/3/2012)
a)
1
b)
2
c)
3
d)
4
e)
5
29. (Cespe/CNJ/Analista Judiciário/2013) A mesma regra de acentuação
gráfica justifica o emprego de acento gráfico nas palavras “construída” e
“possíveis”.
30. (Cespe/TRT-10ª Região (DF e TO)/Analista Judiciário/2013) As palavras
“países”, “famílias” e “níveis” são acentuadas de acordo com a mesma
regra de acentuação gráfica.
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Gabarito das Questões Comentadas
1.
D
29. Item errado
2.
C
30. Item errado
3.
D
4.
E
5.
Item certo
6.
Item errado
7.
Item errado
8.
Item errado
9.
Itens errados
10. Item certo
11. C
12. Item errado
13. A
14. Item errado
15. Item errado
16. Itens errados
17. Item certo
18. Item errado
19. D
20. D
21. Item errado
22. C
23. D
24. A
25. Item errado
26. B
27. E
28. D
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