Realizado por Micaela Amorim, nº16, 12ºA John Broadus Watson (1878-1958) Foi o psicólogo considerado fundador do Comportamentalismo ou Behaviorismo. Frequentou o curso de Filosofia, mas acabou por mudar para o de Psicologia, doutorando-se em Neuropsicologia ao defender uma tese sobre a relação entre o comportamento dos ratos de laboratório e o sistema nervoso central Como professor de psicologia animal, desenvolveu investigações, fundamentalmente sobre o comportamento de ratos e macacos. Com 29 anos, leccionou na Universidade de Baltimore, onde desenvolveu, durante 13 anos, o fundamental da sua pesquisa, instalando um laboratório de psicologia animal. Em 1913 publicou o artigo "A Psicologia como um Comportamentalista a Vê", onde apresenta os fundamentos da sua teoria. Behaviorismo Derivado de behaviour (comportamento), também designado por Comportamentalismo, é o conjunto das teorias psicológicas que defendem o comportamento como a matéria mais adequada ao estudo da Psicologia. Este modelo procura examinar, do modo mais objectivo, o comportamento humano e dos animais, com base em factos objectivos (estímulos e reacções), sem recorrer à introspecção”. Tem como finalidade o estudo do comportamento, que é caracterizado pela resposta dada aos estímulos externos, e segundo Watson, “o seu objectivo teórico é prever e controlar o comportamento [de todo e qualquer indivíduo]” A proposta de Watson era abandonar, provisoriamente, o estudo dos processos mentais, como o pensamento ou os sentimentos, focando o comportamento observável. Para Watson, a pesquisa dos processos mentais era pouco produtiva, de modo que seria conveniente concentrar-se no que é observável, o comportamento. Deste modo, o comportamento seria qualquer mudança observada num organismo, que fosse consequência de um estímulo ambiental anterior. O Behaviorismo Clássico parte do princípio de que o comportamento é delineado pelo modelo pavloviano de estímulo e resposta, conhecido como Condicionamento Clássico. Em outras palavras, para o behaviorista, um comportamento é sempre uma resposta a um estímulo específico. Pequeno Albert A experiência do Pequeno Albert foi conduzida por John Watson e a sua aluna de doutorado, Rosalie Rayner, em 1920, na Universidade John Hopkins. Inicialmente Watson e sua colaboradora submeteram o pequeno Albert, que na época tinha 9 meses de idade, a testes psicológicos. Este foi confrontado, de forma breve, com um rato branco, um coelho, um cão, um macaco, máscaras com e sem cabelo, chumaços de algodão, etc., contudo, não demonstrava nenhuma reacção de medo. Posteriormente, Watson apresentou ao bebé um som alto, que era produzido através do bater de um martelo numa barra de ferro. Este som era produzido atrás da cabeça de Albert, fazendo-o chorar instantaneamente. De seguida, começou a ser apresentado juntamente com a presença do rato. A princípio, Albert colocava o dedo grande na boca, que o fazia distrair do som irritante. Por isso, Watson necessitou de muitas tentativas até que o bebé não usasse esta estratégia de defesa. Quando tal aconteceu, observou-se que Albert começava a choramingar na presença do rato. Uma semana depois, Albert foi apresentado somente ao rato, sem o som, e também chorou. Cinco dias depois, o bebé também apresentou tal comportamento na presença de um cão e um coelho. Ou seja, começou a generalizar os estímulos. Contudo, observou-se que, no intervalo dos testes, Albert brincava alegremente com blocos de construção. Observou-se que, nas sessões de teste posteriores, Albert também chorava na presença de uma máscara do pai Natal. Questões Éticas Esta experiência sofreu diversas críticas por ser considerada anti-ética, ao usar um sujeito experimental que não estava consciente da experiência, um bebé de 9 meses. Além disso não foi aplicada nenhuma técnica comportamental para remover o condicionamento, uma vez que o bebé e a mãe se mudaram antes de ser possível fazê-lo. Douglas Merritte (Albert) tinha fobia de coisas brancas e peludas e faleceu aos seis anos de idade. FIM Ver filme