O acento diferencial O acento diferencial é importante porque ajuda a evitar erros quando da necessidade empregar palavras com a mesma grafia. Em 1995, alterações foram introduzidas na ortografia da língua pelo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990, por Portugal, Brasil, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e, posteriormente, por Timor Leste. No Brasil, o Acordo foi aprovado pelo Decreto Legislativo no 54, de 18 de abril daquele ano. Tais mudanças dizem respeito ao acento diferencial também. Enumeremos algumas das principais regras sobre o tema, ou seja, quando se deve utilizar o acento diferencial: a) Na forma verbal pôde (passado) em oposição a pode (presente). Exemplo. Maria pôde ser mesária ano passado. Já este ano ela não pode. b) No infinitivo do verbo pôr em oposição à preposição por. Exemplo: O juiz não quis pôr frente a frente os acusados por motivos que não revelou ainda. c) Nas formas plurais dos verbos ter e vir em oposição às formas do singular. Exemplos: Ele tem acne. / Eles não têm acne. João vem de Minas hoje. / Os amigos vêm juntos da escola. d) Nas palavras forma/fôrma é facultativo o uso. Porém há casos em que o uso deixa a frase mais precisa. Exemplo: Que forma tem a fôrma que queres agora, Fernanda? Com o Novo Acordo, deixa de existir acento diferencial nas seguintes palavras: péla (verbo pelar) e pela (por + a); pólo (substantivo) e polo (união arcaica de por + lo); pélo (verbo pelar) e pelo (substantivo); pêra (substantivo) e péra (palavra em desuso sinônimo de pedra). Façamos um bom uso do acento diferencial.