TREND 0001-2009 MoMa e Facebook personaliza seu verão. O Web site excelente lançado pelo MoMA em New York para ajudar os visitantes que planeiam suas visitas no museu. O verão em MoMA conecta a seu perfil de Facebook, faz a varredura das atividades que condizem com seu perfil, pois analisa-o e combina-o suas preferências na rede social com as experiências oferecidas atualmente no museu. Em menos do que um minuto você recebe as recomendações pessoais que você pode adicionar a seu perfil e emitir aos amigos. Meios sociais pervious de giro em sua cabeça: Não crie um app para ir em Facebook, para usar Facebook para pôr e para personalizar seu índice. Pergunta para Análise: Como tal serviço poderia ser utilizado para implementar o Turismo no estado? Quais eventos usariamos? Utilizando essa idéia proponha um roteiro com 5 atividades para horários diferentes e atrações turísticas para que levássemos. A) Um diretor de um Multinacional (Americano 45 anos) com sua esposa (40 anos). B) Os filhos de um Ministro do Governo Federal (Helio com 18 anos e Maria com 17 anos). C) Gerente da Garoto de São Paulo (25 Anos). Atenção para a coerência e a criatividade, sem esquecer de utilizar as potencialidades do seu Estado. Abraços Flávio Alexandre Cavalcante TRENDS 0002-2009 YouTube matou United Airlines Porque hoje todo sabem de tudo que ocorre no mundo… não existem mais segredos. Vejamos como: no ano passado um guitarrista nomeado Dave Carroll estava sentando-se em um assento de janela em um avião fazendo conexão no aeroporto de O’Hare em Chicago quando olhou para fora e viu carregadores de bagagem arremessar caixas da guitarra do avião para o trator que leva-as para outro avião. Revoltado ele foi questionar aos comissários de bordo; que responderam com indiferença. Quando chegou em Nebraska, encontrou que seu instrumento tinha sido despedaçado. Após meses da queixa à linha aérea e de não começ nenhuma resposta, escreveu e executou uma canção, “umas guitarra unidas das rupturas,” e afixou-as em YouTube. Foi visto mais de 4 milhões épocas em seus primeiros 14 dias. Este é um exemplo clássico de todos os 4 comportamentos chaves que os povos exibem neste mundo da multimidia. Os 4 c – crie – proatividade. colaboram – trabalhando junto nas comunidades. Challange (Desafio) – o quo do status & o serviço e o controle pobres – meus meios em meus termos. Pergunta para Análise: Você foi atendido de maneira insuficiente em uma loja de roupas (Lojas Moicannas) e ao questionar aos gerentes não foi respondido na necessidade que você tinha de trocar um produto. Elabore uma estratégia para fazer valer seus direitos. Abraços TRENDS 0003-2009 (Tendências do consumidor para 2010) Graduados da faculdade Se você está procurarando, como a maioria, por um modo eficaz de alcançar este grupo desejável grupo de clientes, mova seus recursos do mercado em meios on line. O Internet é agora a fonte primária de meios e de entretenimento entre os graduados da faculdade, cujas as compras de planeamento superiores em cima da graduação são roupa, bilhetes do curso/linha aérea, seguro de saúde e mobília profissionais de acordo com o “Y2M: exame do graduado da faculdade do eGrad”. Quase 80 por cento dos respondentes são compradores on line, fazendo lhes candidatos ideais para sua campanha em linha. Pergunta para Análise: Proponha uma linha de produtos on line para uma empresa para que este produto vise atender necessidades de universitários. Cite o cenário no qual o produto será incluso, qual necessidade esse produto pretende sanar, qual público ele irá abordar e de que forma você faria para atingir os universitários. Observação: Nessa atividade vocês devem observar as relações custo/benefício. Abraços Flávio Alexandre Cavalcante TRENDS 0004-2009 (A Guerra dos Sexos) Mulheres de funcionamento afluentes As boas notícias são que este grupo está aumentando no tamanho, e a melhor maneira de alcança-las pode ser a utlização de ferramentas on-line. De acordo com o exame dos meios, as mulheres de funcionamento afluentes (com rendas da família de $75.000 ou mais) estão crescendo no número, e nos 94.3% de acesso o Internet durante um mês médio. Estão considerados aproximadamente parcialmente agora usuários pesados do Internet, quando o uso pesado do rádio, da televisão, dos jornais e do correio direto declinar toda dentro deste grupo. Para aumentar vendas desta audiência de expansão, altere seus meios gastando para colocar on line a maior ênfase. Pergunta para Análise: Desenvolva uma linha de produtos on line para uma empresa para que este produto vise atender necessidades das mulheres executivas. Explique as principais diferenças entre elas e as donas de casa. Abraços Flávio Alexandre Cavalcante Observação: Nessa atividade vocês devem observar as relações custo/benefício. TRENDS 0005-2009 (crescimento demográfico asiático) É fato que a Globalização não é recente, pois quando o primeiro povo invadiu um segundo povo e o fez rezar para seus deuses, utilizar sua moeda (após os sumérios) e absorver sua cultura, já era Globalização. Todavia o crescimento da Globalização acentuou depois da era digital. A região do sul dos USA vangloria-se da mais rápida taxa de crescimento de asiáticos (31 por cento), seguida pelo Meio Oeste (24 por cento), pelo nordeste (23 por cento) e pelo oeste (19 por cento), de acordo com uma análise de dados do gabinete de recenseamento populaciona Norte Americano “no exame americano da comunidade” anunciado pela Kang & de Lee. Os asiáticos representam um grupo do clientes em potencial com os rendimentos domésticos e os níveis mais altamente do que médios da instrução. Tal fenômeno não é exclusividade Yankee, pois acontece aqui no sul do Espírito Santo, tanto que vemos em Piuma placas em Chinês. É fato que tal invasão teria sido acelerada pela vinda da mineradora chinesa que não se configurou, entretanto é inevitável. Pergunta para Análise: Tal migração pode afetar positivamente e negativamente a economia local (ES) cite e justifique elementos positvos e negatigos desta migração de profissionais chineses para o mercado local. Abraços Flávio Alexandre Cavalcante TRENDS 0006-2009 ( A Morte das páginas Amarelas) De acordo com um estudo do Kelsey Group, comerciantes que almejam atender o público mais jovem devem mudar suas estratégias, posto que as alterações no padrão de consumo da próxima geração não é propício para as pesquisas em papel, dado o advento da internet. Assim Páginas amarelas da Listel e a Enciclopédia Barça deveriam mudar suas estratégias. Em dados referentes ao consumo no mundo somente 28% dos adolescentes disseram que escolheriam busca primeiro no catálogo telefônico para encontrar um negócio local, produto, ou o serviço, quando 47 % disseram sua primeira escolha seriam as ferramentas de Busca on-line . E apenas 12 % dos respondentes entre as idades e os 18 e os 34 alega ser um cliente para a compra de uma lista telefônica. Pergunta para Análise: Imagine o cenário: Você foi contratado pela Listel para resolver o problema da queda das vendas (a curto prazo) e da perda de mercado (a longo). Proponha o esboço de uma estratégia para tais missões. Abraços Flávio Alexandre Cavalcante TRENDS 0007-2006 (Multifucionais- usando mídias diferentes ao mesmo tempo) Uso simultâneo dos meios de mídio já não uma coisa rara. como uma espécie audiência cativa. Os consumidores estão participando freqüentemente em mais de um modelo de meio de ocmunição. 70% de usuários da web , por exemplo, prestam atenção à tevê ocasionalmente regularmente quando on line , de acordo com o exame simultâneo dos meios de pesquisa. A ascensão na multitarefa entre consumidores encarrega do meios integrados aproxima-se e uma ênfase aumentada no anúncio dentro do índice o mais relevante e acoplando. Atualmente o tempo curto do cotidiano puxado nos força a otimizar o tempo, trabalhando e ouvindo música, Surfando na Web e vendo TV, bem como fazendo milhares de outras coisas. Pergunta para Análise: Partindo desse pressuposto, suponhemos que você foi contratado pela NOKIA que deseja que você proponha um serviço ou produto para ser adicionado ao seu serviço de celular que te ajude a economizar tempo. Cite qual inovação, como ele te economizaria tempo e como você venderia tal produto. Abraços Flávio Alexandre Cavalcante TRENDS 0008-2009 Principais tendências de marketing para 2009 ESTE MATERIAL FOI PUBLICADO POR Paulo Brunet EM 14 janeiro 2009. Vamos verificar: Criatividade, retenção de clientes e “boomers”, em alta. Preocupação ambiental e Web 2.0, em queda. Essas são as principais tendências do marketing em 2009, identificadas por uma pesquisa feita pela Anderson Analytics. A segunda edição do estudo Top Marketing Trends analisou os principais conceitos, áreas de oportunidades e clientes potenciais. Como era de se esperar, a economia – sobretudo as preocupações com recessão e consequências do mau momento financeiro – terá um papel significante na definição de ações de marketing em 2009. Pouco mais da metade dos entrevistados acredita que a verba que possuem irá diminuir, se comparada com 2008. Esse cenário causa influência direta nas principais tendências marqueteiras deste ano. Confira as 5 principais: 1.Insight e Inovação – Criatividade será uma arma importante para combater os efeitos da recessão. 2.Consumidores em primeiro lugar – Conquista de novos clientes? Não. Os esforços dos marqueteiros em 2009 serão, prioritariamente, para aumentar a satisfação dos clientes e retê-los como “fiéis” à marca. 3.Marketing verde e Aquecimento Global perdem importância – investimentos nessa área ainda são muito custosos às empresas. É triste, mas em períodos de contenção de gastos, até esse tema vai para segundo plano. 4.Web 2.0? Nem pensar! – Marqueteiros estão enjoados de ouvir falar nas atuais possibilidades da internet e de produtos relacionados a ela, tais como blogs, redes sociais, “youtubes” e etc. Entretanto, a maior parte deles (67%) admite ainda não saber o suficiente sobre esse meio. 5.Maiores oportunidades na China e em países com grande densidade demográfica (”boomers”) – com 53% das indicações, a China é considerada a nação com maiores oportunidades para as empresas, de acordo com os profissionais de marketing que possuem responsabilidades internacionais. Bem distante, com 17% das indicações, vem a Índia, outro país muito populoso. Pergunta para Análise: Você concorda com as opiniões do Autor (Paulo Brunet), em que você discorda. Os elementos apresentados pelo autor ocorreram no Espírito Santo? Justifique sua resposta. Crie um prognóstico (um cenário) para 2010. Quais serão as alterações no mercado Capixaba? Abraços Flávio Alexandre Cavalcante TRENDS 0009-2009 (Johnnie Walker explica o caminho do seu sucesso) Marca apostou no conceito de progresso pessoal e interação com consumidores A Johnnie Walker cresceu explorando o conceito de progresso pessoal em sua comunicação ao mesmo tempo em que buscava se aproximar de diferentes consumidores com pesquisas, eventos e ações focadas em um público Premium. Foi o que contou Eliza Duque Estrada, Brand Manager da marca, durante a palestra que iniciou o segundo dia do Seminário Marketing 360º. A executiva contou um pouco da estratégia que permitiu o sucesso da marca em todo o mundo. Uma delas é a opção do uso de garrafas quadradas para os produtos a partir de 1870, que já se tornaram ícone da marca. “As embalagens desse tipo quebram mais dificilmente que as redondas, o que facilitava a logística na hora de exportar o produto para fora da Escócia, [onde a marca surgiu]”, explica Eliza. A linha de bebidas surgida em 1820 só ganharia a marca Johnnie Walker e seu icônico “Striding Man” em 1908, que desde então seria explorado em toda a comunicação da marca. Aqui no Brasil, Johnnie Walker passou por uma trajetória de sucesso a partir de 1997, quando passou a investir fortemente em ações de Marketing e publicidade, o que a levou dos 22% de participação de mercado em 1996 até os 58% atuais, chegando à liderança. Para isso, a marca optou por ir além do clima de celebração comum na categoria de bebidas. Assim, passou a investir no sentimento de progressão pessoal em sua comunicação. Não apenas em mensagens positivas em publicidade, mas também através de ações como o patrocínio à equipe de Formula 1 McLaren Mercedes ou a que convidou consumidores em Recife a dar um passeio de helicóptero enquanto conheciam brevemente a biografia de personalidades recifenses de sucesso. A experiência da marca é vista como essencial para a Brand Manager. “Uma das ações da empresa foi um ônibus itinerante. Os consumidores podiam entrar e experimentar o produto em um ambiente de festa”, ressalta. Ícones explorados na comunicação para atrair atenção Apesar do Brasil ser um dos principais consumidores de whisky no mundo – com a capital pernambucana contendo o maior consumo per capita do produto -, um dos desafios que Johnnie Walker encontrou no Brasil foi a falta de um conceito de mistura de bebidas. Por isso, passou a promover o mix de Johnnie Walker em festas com a presença de um bartender. Para aguçar a curiosidade dos presentes, as misturas eram servidas apenas em copos vermelhos, atraindo a atenção dos consumidores. A Johnnie Walker também apostou em produtos Premium, criando linhas posicionadas como opções de presentes em packs acompanhando brindes como taças. Muitos desses produtos eram exibidos em displays e até vitrines luxuosas, onde o cliente podia entrar para degustar. Hoje, a marca também é vista em muitos brindes diferenciados, como camiseta e outros itens de moda. “O objetivo é gerar lembrança da marca sem ser invasivo. Utilizamos o “Striding Man” de forma muito discreta em camisas. O objetivo não é entrar no mercado de moda ou trabalhar com brindes de forma genérica, a diversidade de brindes vem da necessidade de atender vários consumidores”, explica Eliza ao responder uma pergunta feita pelo Twitter ao vivo durante a palestra. Pergunta para Análise: Partindo do fato que o Espírito Santo é apenas o 22 Estado do País em consumo de Whisky Johnny Walker e você foi contratado para alterar essa posição a longo prazo (5 anos). Quais estratégias vocês utilizaria para divulgar o seu produto (e fomentar o consumo) sem muitos gastos e sem perder o público elitizado do seu produto? Abraços Flávio Alexandre Cavalcante TRENDS 00010-2009 (LEGO se reinventa, inspira e atrai novos consumidores) Marca de brinquedos investe em sortimento de produtos e distribuição As mudanças no comportamento do consumidor também atingem as crianças e as empresas voltadas para este público estão percebendo este movimento. Responsável por grande parte das brincadeiras das crianças dos anos 1990, a LEGO se reinventou para continuar alimentando a criatividade dos pequenos nos próximos anos. Sucesso absoluto de outrora, hoje a marca povoa a mente de arquitetos e é objeto de desejo de colecionadores em todo o mundo. A empresa passou por uma reestruturação em 2000 e de lá para cá a distribuição dos produtos ficou a cargo do Grupo M.Cassab. Dentre as principais mudanças para o público brasileiro, a marca passou a ter maior sortimento: anteriormente tinha média de 120 itens e passou de 180 a 200 em média. Assim como na prática, LEGO desmontou e reconstruiu sua política de preço, que hoje está mais acessível do que na década de 1990. Com distribuição nacional em pontos-de-venda especializados em brinquedos, a LEGO também constrói sua imagem em supermercados, hipermercados, lojas de departamento, entre outros. A política de LEGO tem como objetivo fazer com que os produtos estejam cada vez mais acessíveis para todos os públicos e isto explica a penetração da empresa na classe C. Experiência de marca através de eventos A marca LEGO hoje está mais presente na mídia do que há 15, 20 anos, principalmente nos canais de TV a cabo. Outro canal mais explorado pela empresa é o merchandising no ponto-devenda. “Optamos pelos canais a cabo porque são cada vez mais acessíveis às classes A, B e C, crescendo exponencialmente todos os anos e é crucial para que a criança conheça as novidades de produtos. Em merchandising, usamos desde a sinalização de gôndola, passando por decoração de vitrines até treinamento para vendedores. Além disso, os eventos LEGO têm papel importante na comunicação porque convidamos a criança a construir algo com nossos produtos”, explica Robério Esteves (foto), responsável pela operação da LEGO no Brasil em entrevista ao Mundo do Marketing. No ano passado a LEGO realizou o Campeonato Nacional de Construção LEGO com objetivo de eleger o melhor “construtor” do Brasil. O evento tinha como objetivo fazer com que as crianças participantes construíssem algo que representasse o estado onde elas vivem. Após votação no site do evento, foram eleitos os melhores de cada estado. Além de oferecer aos seus consumidores uma experiência com a marca, LEGO foi além. A empresa levou os finalistas para uma grande final em São Paulo com o tema “Brasil”. Em 2009 a empresa desenvolverá um evento em parceria com a Ri Happy, o “Concurso Crie e Ganhe LEGO”. Como prêmio, a empresa levará a criança vencedora para a Dinamarca, país onde a LEGO possui o Parque Legolândia. “Serão três eventos dentro do concurso e as crianças terão que construir algo que remeta a animais, monumentos e Brasil. Depois de fotografados e enviados para a Ri Happy, os melhores trabalhos e as fotos ficarão expostos nas lojas da rede de brinquedos”, diz Esteves ao site. Brincadeira educativa Apesar de estar associada à diversão e brincadeiras de crianças, a LEGO também está ligada à educação dos seus pequenos consumidores. LEGO Educacional é um braço da empresa no Brasil que oferece kits para os educadores usem o produto nas salas de aula. Segundo Esteves, no Brasil, já existem escolas públicas e privadas que tem aulas que utilizam o brinquedo. “As peças de LEGO fazem com que a criança concretize o que aprende na teoria”, afirma o principal executivo da empresa no Brasil. Explica-se: Em uma aula de física, os alunos constroem o carro e a rampa e a LEGO oferece um motor que, através de um computador descobre qual a força que deve ser usada para que o carrinho suba a rampa. O brinquedo continua com o conceito de montar e desmontar, com forte apelo criativo e de desenvolvimento da coordenação motora das crianças. Porém, não há como fechar os olhos para novas oportunidades. “Muitos kits LEGO carregam motores ou softwares para, através do computador, dar movimento à construção feita”, diz o executivo. “A simplicidade foi um segredo do sucesso de LEGO no início. Com o tempo, eles souberam se atualizar de uma forma muito interessante, desenvolvendo variações em cima do brinquedo como temas, produtos específicos para cada faixa etária, que acho interessante para todas as empresas do setor infantil”, complementa Arnaldo Rabelo, especialista em Marketing Infantil. Para desenvolver o projeto LEGO Educacional a empresa definiu o mercado de atuação – escolas e estudantes – e buscou empresas especializadas para realizar a distribuição. Desta forma LEGO separa o braço educacional dos produtos tradicionais. Ou Lego Educacional e varejo. “Atuamos também no mercado educacional tecnológico. Os kits são diferentes, mas o conceito é o mesmo. Por isso eles possuem um manual de orientação para o professor ou orientador”, conta Estevez. Pequenos na web Mesmo sem uma versão brasileira do site LEGO, a marca investe em internet no Brasil. Prova disso é que a empresa realizará a ação “Desafio de Construção LEGO City”. O objetivo será convidar a criança a construir um caminhão, fotografar e colocar no site LEGO. Após uma seleção dos 10 melhores, o público votará na melhor construção e o vencedor participará do comercial da LEGO City que será veiculado em setembro. Um site para o Brasil já faz parte dos projetos de LEGO, de acordo com Esteves. O que retarda a conclusão do site é a complexidade de tradução para outras línguas, já que o objetivo é manter o mesmo nível de qualidade do canal oficial na web. “O tempo todo estamos lançando ou linhas novas ou produtos novos dentro de linhas existentes. Somos uma marca tradicional, porém uma das mais ativas do planeta. Temos cada vez mais crianças bem informadas e com cada vez menos tempo para brincar. O apelo para que esta criança brinque com seu produto, com sua marca é cada vez maior”, avalia o executivo. Mesmo com a mudança de comportamento das crianças, a LEGO percebeu que os pequenos ainda não assumiram o controle das compras feitas pelos seus pais. Isto fez com que a marca conseguisse se manter competitiva. “A LEGO investiu nas novas tecnologias de uma forma adequada às crianças e todo movimento das empresas tem que partir do entendimento da criança e dos pais, porque eles vão aprovar o tipo de brinquedo e decidir o que comprar”, aponta Rabelo. Grandes consumidores e consumidores grandes Com crescimento de 21% registrado em 2008, a LEGO se manteve na média dos últimos anos, entre 15% e 20%. Talvez uma das razões para a média mantida nos últimos anos seja a variedade de produtos e também dos consumidores dos brinquedos LEGO. “Temos linhas divididas por faixa etária e por temas também. Para o público mais velho as construções vão ficando mais complexas e mais difíceis”, explica o executivo da LEGO no Brasil. Outra forma de atrair receita para a empresa é o licenciamento de outras marcas como Lego Racers – Ferrari, LEGO Star Wars, LEGO Batman, entre outros. A marca também faz promoções em parcerias com marcas como Nestlé, McDonald’s, entre outras. LEGO realiza parceria com a Lucas Film há dez anos e esta hoje é uma das linhas com melhores resultados para a marca. Apesar dos consumidores barbados terem sua importância no mercado de vendas da empresa de brinquedos, não existe planos voltados para este público. “Nenhuma linha LEGO é feita para adultos. O foco é sempre na criança. Sabemos que muitos adultos acabam brincando e colecionando produtos da marca. Criaram até um grupo de colecionadores fanáticos por LEGO, o LUG, e já existe em vários países e nós reconhecemos”, conta. Montagem dos planos A LEGO realizou uma exposição de arquitetura em diversos países. Neste evento, arquitetos famosos tiveram que construir a casa do futuro com LEGO. No Brasil, a marca apóia uma artista plástica que, com a ajuda do público, faz montagens com LEGO no corpo. Sucesso em países como Dinamarca, Inglaterra, EUA e Alemanha, o Parque Legoland tem como foco entreter famílias com “minilands” e com construções feitas com LEGO. Segundo Esteves o Brasil está nos planos da marca para futuros parques e lojas. “Aqui no Brasil já fizemos grandes construções dentro de shoppings. Nosso objetivo é fazer com que LEGO seja reconhecida pela família como uma marca de confiança que leva diversão, aprendizado e desenvolvimento para a criança. “A LEGO é uma empresa que se preocupa em manter forte sua marca. Não busca apenas gerar conhecimento através de publicidade de massa. É importante ser relevante para o público, ser considerado importante”, afirma Arnaldo Rabelo. Esperamos que a criança veja LEGO como um produto para se divertir, o que acontece hoje. “O objetivo é continuar trabalhando firme nisso e entrar em um número cada vez maior de lares”, completa Robério Esteves. Pergunta para Análise: Suponhemos que você foi contratado pela LEGO para promover o uso do produto no ambiente Universitário, quais linhas de produtos você proporia e quais eventos fomentaria. Abraços Flávio Alexandre Cavalcante TRENDS 00011-2009 (Suvinil investe no mercado de decoração como diferencial) No mercado de commodity, as marcas lidam com o desafio de se diferenciar perante o cliente. Apesar de não estar inserida neste grupo, a Suvinil reconheceu a importância de se destacar no mercado. Para isso, iniciou em 2006 um plano de reestruturação, incluindo mudanças no posicionamento e no foco, como destacou a Gerente de Propaganda e Promoção da Suvinil, Mirian Zanchetta, em sua palestra durante a quinta edição do Seminário Marketing 360º, no Rio de Janeiro. Comprada na década de 1970 pela alemã Basf, a Suvinil começou a se expandir pelo território nacional. Atualmente, a marca de tintas detém 60% do mercado premium. Mudar a maneira de como o consumidor vê o produto foi essencial para o bom desempenho. “Começamos a trabalhar para que a Suvinil deixasse de ser um item de construção e passasse a ser um item de decoração”, explica Mirian. A decisão de transformar um produto de construção em artigo de decoração foi responsável pela mudança de foco da marca, que passou a falar com mais enfase para o público feminino. Essa escolha pela necessidade que as mulheres sentem de mudar a decoração da casa é um dos focos. A comunicação da marca é sempre baseada nas necessidades das consumidoras, seu comportamento e suas atitudes. Investimento em comunicação Além disso, a Suvinil reforça sempre a imagem de referência de mercado, trazendo tendências, produtos e efeitos novos. Outro desafio foi provar que pintar a casa não é um processo tão traumático quanto se imagina. A linha de esmalte de secagem rápida, lançada em 2006, e de tintas sem cheiro, de 2008, marcaram o novo posicionamento da Suvinil. Assim como a troca do conceito “A tinta do Brasil” para o slogan “Renovar é fácil. É só querer”. Para todas estas mudanças, investir em comunicação foi essencial. “Temos trabalhado fortemente na comunicação via internet. A marca deixou de ter um portal corporativo e passou a ter um portal de decoração”, comenta Mirian. No endereço, o consumidor tem acesso a um simulador de ambientes e a dicas para decoração de sua casa. Com o novo direcionamento e o crescimento dos investimentos em Marketing, a Suvinil fica cada vez mais próxima dos itens de consumo. Entre as ações realizadas pela empresa está a parceria com o quadro Lar Doce Lar, do programa Caldeirão do Huck. A marca também investe em mídia impressa, em revistas como Caras e Casa Claudia. Outra ação de destaque é o marketing experimental. “Fazemos consultoria de cores e sampling em pontos onde a pessoa não está pensando em tinta. Não adianta fazer na loja de tinta”, diz Mirian durante a palestra. Segundo pesquisa, quatro meses depois da ação de sampling, 36% pessoas dos participantes compraram Suvinil. Pergunta para Análise: Faça uma avaliação dos pontos fortes e fracos das estratégias utilizadas pela Suvinil. Abraços Flávio Alexandre Cavalcante TRENDS 00012-2009 (Universia se reposiciona de acordo com o Marketing) Rede de colaboração acadêmica do Santander se volta ao mercado para se tornar autosustentável A revolução digital que mexe com todos os segmentos da economia não poupa nem quem dela faz o seu ganha pão. Sites e negócios on-line também são obrigados a se reinventarem para continuar ganhando espaço. Este é o caso do Universia, conhecida como uma rede de colaboração universitária que agora se reposiciona como uma rede de conhecimento a serviço não só das universidades, mas do mercado. Presente em 15 países ibero-americanos, a rede tem no Santander o seu principal sócio e patrocinador ao lado das universidades. No Brasil há sete anos, o Universia sempre teve na integração da educação o seu eixo principal de atuação que se desdobra em linhas de atuação como Formação, Emprego, Redes Sociais e Observatório, este último servindo como um espaço para debates sobre o ensino superior. Estas linhas estratégicas continuam as mesmas. O que muda agora é que elas estão sobre a orientação do Marketing de forma holística. Antes, era feito basicamente um Marketing de Relacionamento com as universidades. “A partir de agora vamos utilizar as disciplinas mais clássicas de Marketing. Vamos usar comunicação 360, mas focada”, afirma Ricardo Fasti, novo diretor geral do Universia no Brasil. Volta ao básico Economista, Fasti é especializado em Pesquisa e Estratégia de Marketing, Ensino a Distância e em Educação Executiva – expertises fundamentais neste novo momento do negócio. A primeira fase foi de construção de uma base entre as universidades. A segunda foi de aproximação e consolidação deste modelo e agora a meta é de criação de negócios. Será como um novo começo. Em sete anos, o Universia não tinha conhecimento dos potenciais públicos para geração de negócio. “O modelo de negócios está sempre sendo posto à prova de acordo com a evolução do mercado. Estamos no mundo da eficiência econômica, ou do racionalismo econômico. E aí questões como segmentação, foco e alocação de verba de acordo com produtividade e eficiência começam a entrar no jogo da tomada de decisões”, aponta o Professor Doutor Ricardo Fasti (foto) em entrevista ao Mundo do Marketing. Como no mundo digital tudo acontece muito rápido, o Universia foi lançado no Brasil sem ter muito claro qual era o real potencial do negócio. Houve uma demanda pelo crescimento e a concorrência de outros segmentos, como no eixo de seleção de estagiários para empresas, área que será potencializada. “A rigor estamos nos reposicionando porque foi construído um posicionamento ao longo dos últimos setes anos. A diferença é que agora é construído intencionalmente com cunho estratégico. Não é mudar o modelo, mas sim colocar o Marketing como disciplina principal do posicionamento deste negócio. É direcionar o negócio da melhor forma”, explica Fasti. Começando pela pesquisa São muitos os objetivos deste reposicionamento. O principal é deixar de depender do patrocínio do Santander. A meta é que o Universia comece 2010 autosustentável. Fortalecer a marca entre todos os stakeholders também está entre os planos, que ganham uma dificuldade a mais porque o negócio não tem segmentos definidos, mas sim coletivos, como professores e alunos. “Uma das ações é entender quem são os clientes. Começar a entender melhor os aspectos psicográficos e comportamentais, trabalhando comunidades, que é uma grande fonte de pesquisa e de mapeamento”, diz o professor. Assim, o primeiro passo é fazer pesquisas. Mas não pesquisa tradicional. O plano traçado vai investigar os comportamentos como eles naturalmente são em comunidades virtuais. É a etnografia digital. “Esse negócio dependente de um marketing mais efetivo. O Universia vai se potencializar no universo de redes, usando as comunidades virtuais como modelo de negócio e gerador de valor para os usuários. Vejo na comunidade uma fonte rica de pesquisa. É um novo modelo de fazer pesquisa”, explica Fasti. A aposta do Universia é que essas comunidades vão dar ideias para a criação de produtos e direcionar o posicionamento. O portfólio de produtos também será encorpado com um modelo de gestão do conhecimento que será oferecida ao mercado. Há ainda os concursos culturais que ganham espaço neste novo momento. Sob o nome “U>Rock”, um concurso de bandas universitárias dará um show ao vencedor em Madri, na Espanha. Multimplicando os resultados Com 2,4 milhões de usuários cadastrados e uma média mensal de 1,2 milhão de usuários únicos, segundo a Nielsen/NetRatings, o eixo de formação, com foco na educação a distância, é um dos destaques do projeto de reposicionamento do Universia. “O nosso papel é ser um integrador. Vamos buscar as competências que estavam distribuídas e integrar soluções diversificadas de modelo. O mercado é múltiplo. Serve para graduação e educação continua”, conta o diretor geral. Neste quesito, o Universia já tem um caso de sucesso. Uma parceria entre o Instituto Cervantes promoveu o conteúdo para capacitação dos professores do Estado de São Paulo e da USP em língua espanhola. Doze mil pessoas já participaram deste projeto. Multiplicar estes números e transferi-los ao faturamento da empresa é a lição de casa que a equipe de 35 pessoas do Universia tem pela frente Pergunta para Análise: Conhecendo bem o cenário acadêmico no qual vocês estão inseridos proponham alterações que inovem a marca da Faculdade onde Você estuda. Para isso apresente os pontos positivos e negativos da atual estrutura e proponha melhorias. Abraços Flávio Alexandre Cavalcante TRENDS 00013-2009 (Consumidores compram menos, mas se esforçam para manter status) A crise mundial pode estar reforçando a atitude do consumidor em países desenvolvidos em preterir algumas categorias às quais não ignoravam em favorecimento de outras. É o chamado “trading up” e “trading down”, conduta que a The Boston Consulting Group (BCG), consultoria em estratégia e gestão empresarial, analisa regularmente há alguns anos em 14 países, quatro deles emergentes: Brasil, Rússia, Índia e China. O “trading up” consiste na tendência do comprador por pagar preços mais elevados por produtos com maior valor agregado. Esse tipo de compra movimentou nos Estados Unidos, em 2006, US$ 735 bilhões – ou 21% do consumo total naquele ano. Por outro lado, o “trading down” é a prática de pechinchar em outros segmentos de bens e serviços para compensar o gasto maior em outros, sendo responsável por US$ 1,2 trilhão em compras dos americanos – 51%. Esses dados levaram as companhias com produtos fora dessa tendência, ou seja, sem produtos com valor agregado ou preço atraente, a se espremerem em um buraco negro cada vez mais estreito: se em 2004 respondiam por 51% do consumo nos Estados Unidos, o número baixou para 46% em 2006. Comportamento é reflexo de conjuntura sócio econômica Para entender melhor esse comportamento e servir como referência às marcas, a BCG entrevistou 21 mil consumidores sobre 117 categorias de produtos e traçou o seu comportamento em relação a gastos diários e relação com a natureza, moradia e energia. O levantamento reforçou a consolidação dessa tendência, que seria guiada de acordo com a conjuntura sócio-econômica global, incluindo aumento da qualidade de vida e educação, a influência da mulher no trabalho e o crescimento do varejo focado em preço baixo. As categorias escolhidas para o “trading up” são aquelas que agregam maior valor emocional e que os caracterizem dentro da sociedade, expressando seu estilo pessoal. Para isso, são preferidos produtos que continuamente agreguem inovação e alta diferenciação, com a maior parte dos entrevistados escolhendo uma ou duas categorias para essa prática, de forma a transparecer ostentação. Pesquisa ordenou conceitos de valor dos consumidores Para compensar o luxo, os consumidores gastam menos em outras categorias não apenas por uma questão de economia, mas também de consciência, já que se vêem gastando sabiamente e sem exageros. As categorias escolhidas pelos consumidores nessa tendência diferem de região para região. Na China, Japão e Russia, fast-foods e lanches então entre os mais citados, enquanto que nos Estados Unidos e Europa, além da própria nação nipônica, são bastante citados serviços postais e de telefonia celular. O estudo separou os atributos de um produto em ordem de agregação de valor. O menos valorizado, curiosamente, é o preço, seguido de conveniência, embalagem, qualidade, design, entre outros quesitos inerentes ao produto em si. Em seguida vêm a segurança reforçada pela marca do produto, sua consistência e serviços de pós-venda. Já os conceitos mais valorizados são os intangíveis, como sensação de status e influência, seguidos do valor integrado do pontode-venda e ações de Marketing no momento da compra. Crise reforçará o “trading down” Os países emergentes diferem dos países desenvolvidos quanto à propensão de gastos. Enquanto que europeus, japoneses e americanos estão privilegiando compras de “trading down”, os chineses, indianos e russos estão privilegiando compras de “trading up”. O Brasil, por sua vez, se destaca na primeira tendência, o que pode ser explicado, segundo a Boston Consulting Group, por uma preocupação dos brasileiros em relação à economia instável do país, além da preferência por comprar em promoção. Com a crise, os consumidores se dizem preocupados com a redução do poder de compra, como afirmam mais de 60% dos entrevistados na Europa e no Japão e 44% na Rússia, por causa do aumento no preço dos alimentos e dos combustíveis. Levando isso em conta, a BCG acredita que a prática do “trading down” seja ainda mais reforçada, já que os consumidores vão precisar comprar menos, ao mesmo tempo em que não querem perder status na sociedade. Pergunta para Análise: È fato que os produtos do tipo AAA estão em declínio, assim em um momento de fragilidade a DASLU resolve fazer uma promoção relâmpago e coloca tudo com desconto de 70%. Analise os impactos desta atitude a curto, médio e longo prazo. Abraços Flávio Alexandre Cavalcante TRENDS 00014-2009 (ponto-de-venda deve refletir comportamento do consumidor) A TNS InterScience apresentou durante o IV Seminário Marketing 360º a pesquisa DNA Shopper, que levantou dados sobre o comportamento do consumidor em supermercados. O instituto realizou observações através de filmagens e presença de pesquisadores dentro do ponto-de-venda, que entrevistaram consumidores antes e depois da compra. “A compra muitas vezes tem motivações emocionais, por isso que não adianta apenas perguntar ao consumidor o porquê dele ter comprado determinado produto já que provavelmente nem ele saberá a resposta”, orienta Julieta Dejean, Diretora Regional da Retail & Shopper Insights da TNS – América Latina. Julieta salientou que, enquanto é importante reforçar questões de Marketing que competem unicamente às fabricantes, como a embalagem e comunicação no ponto-de-venda, é importante investir no Trade Marketin g para tratar de pontos onde o varejista é o principal encarregado. Freqüência de ponto-de-venda aumentou em 8 anos A observação do longo percurso seguido pelo consumidor antes até a compra, por exemplo, é um dos pontos que poderiam ajudar no aumento de vendas. Segundo o levantamento da TNS, o consumidor atual gasta menos tempo em cada loja, apesar de visitá-las com mais freqüência – 4 vezes por semana, gastando 30 minutos cada vez em 2003, contra 1,5 vez e 45 minutos em 1995. Como exemplo, Julieta apontou um case da cerveja preta Guiness. Incomodada com as vendas mais baixas em supermercados em contraponto a outros tipos de pontos-de-venda, descobriu através de uma pesquisa com a TNS que os seus produtos costumavam ficar retraídos ao fundo das galerias de bebidas. “Isso dava a idéia de uma bebida antiga e rejeitada, o que contradizia a publicidade focada em um público jovem e moderno”, explica. Com a ajuda de materiais de pontos-de-venda expondo o produto, as vendas aumentaram em 23%. Tempo da compra não é o mais importante para o consumidor A alteração da localização do produto dentro do ponto-de-venda também é relevante na diferença do registro de vendas. Para Julieta, pesquisas sobre o trajeto percorrido pelo consumidor dentro da loja e onde há mais concentração são fundamentais. “É preciso colocar produtos básicos que muito provavelmente estarão no carrinho de compra do consumidor em locais de maior movimentação, já que isso facilita a compra e impede que pessoas que pretendem passar pouco tempo na loja [N.R. o que, segundo ela, são um público importante para os varejistas] acabem deixando de comprar alguns produtos”, explica. De qualquer forma, a pesquisa da TNS InterSciente aponta que, para o consumidor, o mais importante não é o tempo gasto na compra, mas a certeza de que está fazendo uma compra inteligente. “É preciso conciliar necessidade com conveniência”, completa Julieta. O evento acontece hoje e amanhã em São Paulo no hotel Blue Tree Towers Morumbi é patrocinado pela Accentiv’, Copernicus Marketing Consulting, Datalistas, Dinamize e TNS InterScience. Esta é a quarta edição do seminário realizado pelo Mundo do Marketing e tem a organização do Grupo B2. Pergunta para Análise: Uma grupo supermercadista que atende ao público A e B no Espírito Santo, visa montar em Guaraparí uma loja de alta qualidade para atender bem seu público. Investe muito dinheiro em Ar-condicionado central, portas com sensor de movimentos, mármore no piso. Mas percebe que não está alcançando os resultados financeiros esperados. Assim encomenda uma pergunta que traz o seguinte resultado: “As pessoas não entram no supermercado porque o alto nível no atendimento faz com que elas pensem que os produtos sejam caros”. Contratado para resolver tal problema qual alternativa você propõe? Atenção para o incremento de custos desnecessários. Abraços Flávio Alexandre Cavalcante TRENDS 00015-2009 (Investimento criativo e com interatividade- Marketing Esportivo) Em momentos de crise, a criatividade sempre foi um divisor de águas para muitas empresas e dela nascem, até hoje, grandes soluções para questões que parecem irreversíveis. O Marketing Esportivo, assim como outros segmentos, passa por um período onde empresas e empresários preferem esperar para ver o tamanho do problema que caminha junto coma crise financeira mundial. Com medo de perder verba, tempo e prestígio por conta da crise na economia, anunciantes, veículos e agências não vêem outra saída se não a união de todos na busca por soluções criativas, com o objetivo de encontrar novos rumos de investimentos em Marketing Esportivo. ESPN, TV Esporte Interativo e Caixa Econômica Federal são algumas das empresas que enxergam o momento atual da economia como uma oportunidade para usar a criatividade como diferencial em um mercado disputado como o esporte, onde o detalhe decide o futuro tanto dentro, quanto fora das quatro linhas. Criatividade radical Com foco nos Estados Unidos, é inevitável pensar que a ESPN, empresa que está no guardachuva da Disney, não entrará no centro do furacão econômico da América do Norte. A nova realidade financeira do mercado ligou o alerta na ESPN por conta da possibilidade de redução na verba. “Precisaremos de criatividade para reter os anunciantes através de ajustes e novas soluções para investimentos. Em momento de crise é melhor acelerar”, avalia Marcelo Pacheco, Diretor Comercial da ESPN. Acelerar não é uma metáfora para a ESPN com relação à economia. A empresa comemora o resultado de mais uma edição do X-Games, que aconteceu pela primeira vez em São Paulo este ano. Sempre amparado por uma parceria forte, o evento de esportes radicais foi criado há 14 anos com o objetivo de ser o maior do planeta. Já foram mais de 40 edições até hoje e entre os esportes radicais praticados nestes anos. Rally, Surf e Skate são os mais populares. O X-Games cresceu e apareceu para o mundo todo e hoje é realizado em oito países, com participação de mais de 500 atletas e um investimento que ultrapassa US$ 200 milhões e atinge cerca de 110 milhões de telespectadores no Brasil. Números que resultam em contratos de patrocínio. Conexão através de interatividade A ativação dos patrocinadores do X-Games é feita através de ações envolvidas que dão visibilidade à marca. “O AmPm oferecia a alimentação dos participantes, o Guaraná Antarctica desenvolvia ativações da marca, a Honda fez test-drive de motos e a Oi ofereceu tecnologia. Além disso havia a transmissão ao vivo do evento em salas de cinemas no Rio de Janeiro”, afirma Marcelo Pacheco. A proposta de conectar-se com o usuário em diversos canais é o que move a TV Esporte Interativo. Esteja o mercado frio ou quente, é preciso saber o que o público gosta de fazer no seu dia-a-dia oferecendo conteúdo interativo baseado na simplicidade. O conceito de interatividade pode estar ligado à tecnologia, mas não para a TV Esporte Interativo. “A definição de interativo não diz nada sobre tecnologia. Não adianta dominar uma tecnologia de ponta que o público não tem acesso. Mas, se você for criativo ela ajudará”, diz Carlos Moreira, sócio-fundador e diretor executivo da TV Esporte Interativo. Relacionamento e patrocínio para atletas especiais A Caixa Econômica Federal (CEF) desenvolve ações de patrocínio ao esporte paraolímpico brasileiro e contribui com responsabilidade, compromisso e inclusão social, além de agregar valor à marca através de saúde, educação e rejuvenescimento de marca e Marketing de Relacionamento. O Programa Loterias Caixa é o principal modelo de patrocínio para os atletas paraolímpicos. “Oferecemos bolsa para 16 atletas de alto nível e três atletas-guia, além das ações de relacionamento e outros patrocínios relacionados ao tema”, explica André Luiz Lopes, Gerente de Marketing Esportivo da CEF. As ações de relacionamento são desenvolvidas com sessão de autógrafos em agências do banco, palestra motivacional em universidades, almoço com a imprensa, ações em escolas, jantar de relacionamento com clientes especiais entre outras. “Isto reflete em alta geração de mídia espontânea. O retorno deve ser proporcional ao sucesso do patrocínio, que é como uma parceria”, completa Lopes. Pergunta para Análise: Suponha que você foi contratado pela Confederação Capixaba de Futebol e sua missão é revitalizar o capixabão 2010, mas pensando a longo prazo. Quais propostas você iria fazer para que tal objetivo fosse alcançado. Lembrando que os recursos financeiros e humanos são pequenos. Abraços Flávio Alexandre Cavalcante TRENDS 00016-2009 (adidas: experiência de marca em três listras) Marca alemã investe em canais de contato com o consumidor de alto nível para competir com a Olimpikus que patrocina o Flamengo (público de menor poder aquisitivo) “A marca das três listras”. Este slogan foi, durante muito tempo, o mote da comunicação da adidas. A marca nasceu na década de 1920 após o período da Primeira Guerra Mundial através de Adolf Dassler. Desde então, a empresa cresceu e ganhou o mundo lançando produtos específicos para diversas modalidades esportivas usando uma comunicação diferenciada. O processo de evolução da marca adidas foi baseado na construção de um mundo melhor através do esporte, de acordo com Paulo Ziliotto (foto), gerente de comunicação da adidas do Brasil. Esta premissa está no dia-a-dia da empresa, em ações de Marketing e na postura de cada um dos funcionários. Para que este conceito chegue ao consumidor final, a companhia investe em promoções, ponto-de-venda e, recentemente, na internet. O esporte é a alma da adidas e por isso é comum que a marca esteja vinculada aos principais eventos já que geram experiência com os consumidores, oferecendo acesso e divulgando hábitos saudáveis. Além disso, o patrocínio também é uma das ferramentas da empresa para construir a marca. Neste caso, pertinência e relevância são os fatores de decisão após análisar cuidadosamente o que vai além do retorno de investimento, visibilidade de marca. adidas no Brasil No Brasil a marca chegou em 1973 na cidade de São Paulo devido à necessidade de possuir uma filial em um país que já demonstrava potencial no mercado de produtos esportivos. Entre as principais ações de Marketing da adidas no Brasil, José+10, durante a Copa do Mundo de 2006, que integrava a campanha mundial “Impossible is Nothing”, teve grande repercussão no país. Porém, a experiência dos consumidores com o C.T adidas obteve visibilidade maior porque atletas patrocinados pela empresa visitavam escolas de São Paulo e do Rio de Janeiro para demonstrar e testar produtos da marca junto aos jovens. “Além disso, atualmente lançamos a campanha Techfit e adidas Originals House Party em comemoração aos 60 anos do registro das três listas da adidas”, adianta Ziliotto em entrevista ao Mundo do Marketing. Outro forte da adidas são as promoções diferenciadas que oferecem a oportunidade para que o público possa interagir cada vez mais com a marca. Conhecer atletas e participar de eventos nacionais e internacionais faz parte do repertório. “A mais recente promoção ‘Viaje para a NBA com a Irmandade’ o participante poderá assistir a uma partida da NBA nos Estados Unidos”, conta o gerente de comunicação da adidas do Brasil. Experiência material e virtual O planejamento estratégico da adidas está diretamente ligado ao perfil do seu consumidor. Para isso são desenvolvidas pesquisas de tendências, de comportamento, além de visitas constantes ao mercado de cada país onde atua. Parte fundamental deste planejamento é feito no ponto-devenda. Segundo Ziliotto, este é um dos principais canais de reconhecimento das três listras. “É o primeiro contato e lá o consumidor pode saber detalhes sobre a tecnologia de cada linha de nossos produtos”, explica. Por conta disso, a experiência do consumidor no ponto-de-venda da adidas tem que ser parecida como a de um torcedor num estádio. Ou seja, os materiais das lojas passam a informação com interatividade e uma dose de emoção. “É possível observar esta experiência com maior clareza porque trabalhamos para oferecer algo inesquecível ao consumidor em cada contato”, diz o executivo. Além do ponto-de-venda, a web já figura entre as ferramentas mais eficazes nas estratégias de Marketing da marca alemã. Além do site interativo, o adidasTV oferece vídeos feitos com craques internacionais do futebol, basquete, entre outros. Ainda na internet a empresa se relaciona exclusivamente com usuários brasileiros pelo adiblog, que oferece notícias do esporte e informa sobre o lançamento de produtos. Admirada também no mundo fashion, a adidas oferece notícias sobre tendências da moda e da arte através do Blog Originals, somente no Brasil. “A internet está sempre presente nas estratégias de comunicação porque é um veículo de abrangência, rapidez e possibilita ações focadas”, conta Ziliotto. Esporte no DNA Apesar do investimento em novos canais, os eventos esportivos constroem a alma da adidas e é através deles que a empresa traduz o significado das três listras. “É uma oportunidade para os nossos clientes experimentarem os nossos produtos e serviços, tanto pelo esporte como também pela divulgação de hábitos saudáveis”, afirma o gerente de comunicação da adidas do Brasil. A marca está presente em diversos momentos. Os contratos de patrocínio com atletas, equipes e eventos atingem diversos públicos de perfis diferentes. Por isso, a decisão é tomada com base em pertinência e relevância. “Cada caso é analisado com cuidado e leva-se em consideração não só o retorno de investimento ou a visibilidade da marca, mas também a possibilidade de parcerias e alianças de longo prazo, que agreguem para ambas as partes”, avalia o executivo. Manter um relacionamento permanente com os seus consumidores é o objetivo da adidas em qualquer canal. No Brasil, a empresa percebeu a abrangência da internet e dos blogs e investiu. Resta saber onde mais o consumidor poderá encontrar a adidas. “Nossos canais de contato com o consumidor demonstram a nossa vontade de estar cada vez mais próximo deles. Seja nas ações ou no tom das campanhas, tudo que a adidas faz visa estar mais próximo ao público”, completa Paulo Ziliotto. Pergunta para Análise: Você foi contrata pela Adidas para investir em um time de futebol no Brasil… Qual seria e por qual motivo? (Informe também qual time você torce) Abraços Flávio Alexandre Cavalcante TRENDS 00017-2009 (Como nasce um novo produto no McDonald’s) O McDonald’s passou a oferecer em seu cardápio os sucos Del Valle a partir deste mês. Por trás desta mudança está uma grande pesquisa e o desenvolvimento de uma linha de produtos exclusivos para a rede que levou dois anos para ser concluída e ouviu cerca de dois mil consumidores. O grande desafio do McDonald’s foi tornar um produto bom, melhor ainda. Até então, o McDonald’s vendia os sucos MinuteMaid, marca da Coca-Cola assim como Del Valle. E vendia bem. Os sucos representam 26% das bebidas comercializadas na rede e este percentual é visto como excelente pela empresa. O grande problema era que a marca MinuteMaid não tinha o menor apelo junto ao consumidor. Ao contrário de Del Valle. Na pesquisa feita com três tipos de consumidores diferentes determinado pela companhia – mães e crianças, “jovens adultos” e adultos – Del Valle apareceu como primeira na mente dos consumidores tanto em marca quanto em qualidade dos produtos. Foi o pontapé para a mudança. Mais que isso: para o nascimento de uma nova linha de produto. Durante 24 meses, McDonald’s e Del Valle trabalharam juntos para chegar a sucos cujas fórmulas são exclusivas. Avaliação qualitativa Primeiro as empresas fizeram um levantamento do mercado de sucos e viram que o brasileiro tem a cultura de consumir em casa e na rua. Depois, a pesquisa envolveu consumidores e não consumidores. Para além dos números, McDonald’s e Del Valle analisaram questões qualitativas. Avaliaram sabor, textura, consistência, teor de açúcar, frequência de consumo, momento de consumo, marcas mais relevantes e que tipos de sucos estão consumindo, se era suco pronto ou feito na hora. A partir do perfil de consumo percebido, foram feitas discussões em grupo com consumidores que representavam os targets desejados para definir qual seria a formulação que mais agradava a maioria dos perfis. “O foco principal da pesquisa foi agradar a mães e crianças, que são os maiores consumidores. Esse target chega a consumir até 35% de sucos”, aponta Roberto Gnypek, Diretor de Planejamento de Marketing do McDonald’s Brasil, em entrevista ao Mundo do Marketing. Uma das preocupações das empresas era não perder clientes. O consumidor já tinha uma grande aceitação e poderia haver uma recusa quanto ao novo sabor. Por isso não foi colocado nas máquinas do McDonald’s o mesmo suco Del Valle vendido nos supermercados. Foi desenvolvida uma fórmula específica, exclusiva para o consumidor do McDonald’s. Durante os dois anos de pesquisa foram feitos testes de produtos com DNA Del Valle, mas que se adequasse as características que o consumidor da rede aprecia num suco. “A partir disso temos a certeza de que o nosso consumidor verá a mudança como positiva”, afirma Gnypek. O que muda Entre as mudanças, sai de cena o suco de limão, pouco pedido, e entra o de frutas vermelhas, uma mistura de ameixa, maça e morango. Continuam os sabores de maracujá, laranja e uva, agora chamados de Del Valle Uva, Del Valle Laranja, Del Valle Maracujá. Os preços são os mesmos. A aposta é de que quem não é consumidor seja atraído pela marca Del Valle. Há ainda uma grande possibilidade de novos sabores serem incorporados ao cardápio a cada semestre. “A pesquisa foi feita para entender bem o que consumidor está pedindo e como podemos atendê-lo. Poderíamos ter optado por outra marca de suco, por uma marca própria, mas fomos ao mercado e vimos que o consumidor vê Del Valle como um suco de qualidade. Todos os sucos serão Del Valle. É uma assinatura de qualidade. Toda pesquisa, desenvolvimento e fornecimento está sendo feito em conjunto entre o McDonald’s e a Del Valle”, explica Roberto Gnypek, Diretor de Planejamento de Marketing. A estratégia de lançamento dos sucos Del Valle para o McDonald’s também é diferente. O foco é na qualidade e na informação da nova marca. Não haverá grandes verbas de comunicação investidas além de anúncios em revistas femininas e em internet. O principal canal de comunicação é o ponto-de-venda. Afinal, são 1,7 milhão de pessoas que passam por dia no McDonald’s. As metas O contato com o consumidor neste momento é fundamental. “Ele é impactado no ponto-devenda e será convidado a experimentar por meio de sugestão dos funcionários na hora da escolha do cardápio. A sugestiva não será tão contundente, mas sim uma sugestão mesmo, uma abordagem bem mais amigável”, ressalta Gnypek. Por hora, não haverá nenhuma promoção, além de um copo especial, mas já há uma ação em planejamento para o fim do ano que ainda está em projeto com foco em mães e crianças. A ordem agora é dar tempo para que as pessoas reajam ao lançamento. O consumidor médio do McDonald’s compra 2,5 vezes por mês. Dois meses é o tempo de o consumidor experimentar o produto e realmente perceber a mudança. Em poucos dias as vendas continuavam nos mesmos níveis. O aumento de venda deve ser percebido nesta semana. Segundo o Diretor de Planejamento de Marketing da rede, não há uma meta de aumentar o consumo em curto prazo. “Obviamente o nosso objetivo sempre é vender mais, mas com qualidade. Neste caso, os patamares que temos hoje são tão bons que os nossos objetivos estão muito mais ligados a trazer mais valor para o consumidor. O nosso grande objetivo é agregar qualidade, valor, boa percepção de marca e uma experiência melhor para alimentação do consumidor. Se o projeto for bem sucedido, a venda será conseqüência”, conclui Roberto Gnypek. Pergunta para Análise: Partindo do pressuposto que o Mc Donald’s deve continuar atacando ao público juvenil, e que esse público está cada vez mais atento ao modelo fitness de vida, quais sugestões você faria para o MC Donald’s criar produtos ou serviços INÉDITOS que atraiam clientes. Abraços. Flávio Alexandre Cavalcante TRENDS 00018-2009 (Carro movido a Coca-Cola?) Dez em cada 10 especialistas em marca são categóricos ao afirmar que as marcas das empresas pertencem, na realidade, aos consumidores. No mundo real, para além dos departamentos de Marketing, os consumidores fazem o que bem entendem com as marcas. Por isso, o Mundo do Marketing fez uma rápida busca pelo Flicker – site de compartilhamento de fotos do Yahoo – para extrair cenas em que as pessoas se apropriam das 10 marcas mais valiosas do mundo segundo o ranking da Interbrand. Foram vistas as 120 fotos mais relevantes de cada marca, de acordo com o site, das quais selecionamos uma. A maioria das imagens fala por si. Quatro delas, entretanto, precisam de uma explicação. Na foto da IBM quem aparece é Steve Jobs, CEO da Apple. Na GE, uma pessoa diz ter satisfação ao testar o equipamento de medicina da marca. Já a foto referente ao Google mostra um flagra de carro utilizado pela empresa para fotografar as cidades a serem vistas pelo Google Street View. No caso da Coca-Cola, trata-se de um carro com peças customizadas. Pergunta para Análise: Escolha suas 2 marcas favoritas e explique quais características elas apresentam que lhe chamam atenção. Abraços Flávio Alexandre Cavalcante TRENDS 00019-2009 (Marketing sem preconceitos para o mercado GLS) Tecnisa e Playcenter percebem potencial de um nicho sedento por respeito e naturalidade Gays, lésbicas e simpatizantes ganham espaço e respeito na sociedade moderna a cada ano no Brasil e no mundo. Profissionais de Marketing sabem da necessidade que suas marcas têm em se proliferarem na mente de clientes ou futuros consumidores. Quebrando as barreiras de preconceito e discriminação, o mercado GLS faz parte do planejamento de Marketing de empresas como Tecnisa e é tema de evento no Playcenter. O atendimento surge como o diferencial mais relevante para os consumidores homossexuais. A sombra do preconceito quanto a sua opção sexual parece se dissipar quando marcas entendem, aceitam e agem de forma natural seja para compra de bens ou serviços. O Playcenter cedeu pela terceira vez seu espaço para a realização do Gay Day e a grande novidade foi oferecer teste de HIV gratuitamente. Neste período, agências de viagens fecham pacotes com hotéis com direito ao passaporte para o encontro. Também é cada vez mais comum a associação do perfil destes consumidores com produtos de luxo. Na verdade, a qualidade e o acabamento são os quesitos mais estudados nos apartamentos vendidos na Tecnisa. O que pouco se vê são estratégias de Marketing voltadas para o consumidor gay de baixa renda. Descartados do mercado, este nicho não corresponde à mitificação do mercado e é aí que as empresas perdem espaço e surge uma grande oportunidade. Aparências que enganam De acordo com o professor da Pós-Graduação em Ciências do Consumo Aplicadas da ESPM, Fabio Mariano, a sociedade criou um mito para este segmento. “É como se resumisse o público GLS ao bem sucedido, divertido, bem-vindos em todo lugar. Os gays de baixa-renda e os travestis são descartados do mercado”, afirma em entrevista ao Mundo do Marketing. A busca das marcas pela diferenciação neste segmento não é, e não deve ser, diferente. “A dica seria não mitificar como um segmento rico, de classe A, de luxo, qualificado, exigente, e de bom gosto, porque isso independe do comportamento sexual do consumidor. Quando o mercado monta esse mito, cria uma dificuldade de atendê-los”, acredita Fabio Mariano, que acrescenta: “Para se diferenciar, basta usar regras básicas de qualquer mercado, mas mostrar que sabe respeitar as diferenças”. Então como encantar? O fato é que existe uma particularidade que algumas empresas já percebem que são os momentos de manifestação. De acordo com o professor, é importante mostrar para este público que a marca está presente em seu universo. “A Fnac faz anúncios em revistas sobre a Parada Gay em São Paulo e muda a abordagem a cada ano. É uma homenagem. Eles não precisam e não querem que marcas abracem ou tomem a frente das suas causas”, lembra Mariano. Segmentação simples e direta Desde 2003 a Tecnisa investe e atende o público GLS. Naquele ano a construtora contratou Marcelo Bonfá, jornalista e especialista no mercado GLBT, para dar assistência para os funcionários sobre o público GLS. Hoje a Tecnisa possui um ticket médio de R$ 400 mil para imóveis voltados para o público gay. “Não oferecemos empreendimentos rosa. Fazemos a customização dos apartamentos de acordo com a necessidade dos consumidores. O produto é o mesmo, só tem algumas preferências diferentes”, explica Denílson Novelli (foto), gerente de ebusiness da Tecnisa. Segundo Novelli, os proprietários homossexuais são muito exigentes quanto à qualidade e prezam por um atendimento normal, sem preconceito. Em números, os gays representam 12% do volume de vendas da Tecnisa e isso requer treinamento constante dos funcionários para mostrar a importância do mercado. A consultoria do Marcelo Bonfá, que participou até de algumas entregas da construtora, foi implantada e agora já está enraizada na empresa, de acordo com o gerente da Tecnisa. Para o professor Fabio Mariano, no Brasil existem duas características marcantes entre consumidores e marcas. Uma delas é o atendimento específico que ainda é pouco realizado e, segundo Mariano, está engatinhando. “Destaco esse item porque é impossível falarmos neste mercado sem atentar para a questão da cidadania”, aponta. Por outro lado, os produtos específicos para o público GLS não existem, segundo o professor. “Temos marcas simpatizantes, mas não produtos específicos. Embora algumas empresas digam que estão preparadas para atender este público, há muito chão para caminhar”, explica ao site. Treinamento para evitar desconforto Se não há mistérios para encantar os consumidores, o mesmo não se pode dizer quanto ao que se deve evitar fazer com o público GLS. No Palycenter, Melina Cunha (foto), Analista de Marketing, entende que o que estes consumidores temem é não serem aceitos. “O maior medo é o de ser tratado mal por conta da sua escolha sexual. Para nós eles são como qualquer outro consumidor, que não gosta de grosserias”, afirma. Fabio Mariano vai além. “Vigiar ou repudiar das manifestações deste público não agrada. Este consumidor não pode entrar na loja de mãos dadas com o parceiro e ser tratado de forma diferente. Os atendentes devem saber não olhar com preconceito ou ter postura de rejeição. Isso ainda é freqüente e em pesquisas os homossexuais citam isso”, ensina o professor da ESPM. O Gay Day recebe consumidores de todos os lugares do Brasil e do mundo, com maioria da classe BC e 25 anos em média. Segundo Melina, o ticket médio do Gay Day é de aproximadamente R$ 18, contra os R$ 10 de média em alguns eventos voltados para outros perfis de público. “Eles vêm por causa da badalação, da aceitação. Todos são iguais, há integração através de DJs que vêm de casas noturnas de outros estados. A música é o principal diferencial para eles”, diz a Analista de Marketing do Playcenter. Pergunta para Análise: Partindo do pressuposto que dinheiro não tem sexo, opção sexual, cor, etinia, religião… não é permitido ter preconceito em marketing, assim sua empresa (no caso você) foi contratado para fazer um evento (començando Sexta-feira às 21 horas e terminando Domingo 14horas) para atender o Público GLS mas com foco no fomento do turismo no Espírito Santo. Então desenvolva uma programação de como seria o evento. Abraços Flávio Alexandre Cavalcante TRENDS 00020-2009 (O Marketing da nova geração) Prestação se serviço, transparência e relacionamento viram obrigação Acabou a Era do discurso quando o assunto é Marketing. “Não adianta fazer mais gracinha porque hoje os consumidores são capazes de criar seus próprios comerciais”, aponta Mario Castelar (foto), Diretor de Inovação da Nestlé em entrevista ao Mundo do Marketing sobre o lançamento de seu livro cujo título é o mesmo desta reportagem: “O Marketing da Nova Geração”, editora Campus. A interrupção, a comunicação unilateral está chegando ao fim. “Agora tem que se estabelecer conexão com as pessoas. Dizer o que interessa a elas e fazer uma proposta que tenha algum significado, criar um relacionamento, prestar serviço e proporcionar experiência”, afirma Castelar. Hoje, as empresas devem conversar com as pessoas porque elas falam, opinam e vão até as empresas. A Nestlé tem seis portais na internet que recebem dois milhões de acessos por mês. Por dia, são 10 mil contatos com consumidores. “Prestamos atenção a isso. Se o consumidor sugere alguma coisa, buscamos atender se for possível. Isso que vai funcionar daqui para frente. É relacionamento”, explica o executivo que já esteve à frente do Marketing da multinacional suíça no Brasil. Seguindo este princípio, a própria Nestlé voltou atrás em 2008 na descontinuidade de uma linha de Nescau depois que milhares de consumidores reclamaram. Pessoas ao invés de consumidores Consumidores não. Pessoas, ressalta Castelar. “Se você só olha para uma dimensão delas, que é o consumo, deixa de entender o todo. O profissional de Marketing tem que sair mais para a rua. Temos que deixar o escritório e ir para onde as pessoas estão vivendo. Prestar atenção e produzir projetos de Marketing e de comunicação, produtos e serviços, a partir do olhar destas pessoas”, diz. Neste novo tempo, as pesquisas e a comunicação também devem mudar. Hoje, a base amostral é um domicílio. Para Castelar, a menor unidade amostral não pode ser mais o domicílio porque não funciona mais. “Os hábitos não são homogêneos em um domicílio. As pessoas comem comidas e assistem a programas diferentes. Tem que entrevistar um por um”, constata. Na hora de comunicar, também deve se considerar o indivíduo. “É mais barato fazer uma comunicação um a um hoje por causa da possibilidade dos meios móveis. A internet possibilitou fazer comunicação um a um com efeito massivo porque atinge muita gente, pondera Mario Castelar. Novas regras Novos canais de venda também devem ser explorados. A Nestlé está vendendo seus produtos de porta em porta nas periferias dos grandes centros. “Está tendo muito resultado”, conta. Outra mudança está na concepção dos produtos da multinacional. Com as pessoas e a comunicação em movimento, a Nestlé está desenhando produtos que facilitam as pessoas a comerem ao mesmo tempo em que estão andando. Estas são algumas das mudanças do Marketing da nova geração. Há muitas apontadas por Castelar, como a multidisciplinaridade e a transparência. “A empresa tem que ter um projeto de Marketing suportado por um grupo que conhece todas as disciplinas e ferramentas”. E não pode mais mentir. “Antes se mentia muito. A grande malandragem hoje é ser correto, honesto, transparente e ser do bem”, atesta. Pergunta para Análise: Sua Empresa foi contratada para fazer a assessoria da marca do Senado Federal do Brasil, uma instituição desgastada com a opinião pública. Que é mal vista por 87,5% dos jovens (entre 13 e 24 anos) questionados. Com escândalos sucessivos. Quais estratégias você iria propor para o Senado Federal do Brasil visando fortalecer a marca junto a esse segmento. Abraços Flávio Alexandre Cavalcante TRENDS 00021-2009 (Coca-Cola Brasil comprova posicionamento sustentável) Empresa desenvolve parcerias e reforça busca por hábitos sustentáveis A sustentabilidade nunca foi tão citada como hoje. Empresas inserem a palavra em sua comunicação institucional e outras desenvolvem estratégias de Marketing baseadas em um modelo sustentável. A busca por produtos e empresas sustentáveis pelos consumidores vem aumentando e a prova disso é a Coca-Cola, que desenvolveu o conceito “Viva Positivamente” fundamentado em performance, portfólio de produto, planeta, pessoas e parceiros. Não é de hoje que a Coca-Cola está inserida neste modelo sustentável e no Brasil a busca por bens e serviços sustentáveis fez com que a multinacional de refrigerantes adotasse este modelo em pontos-de-venda como Wal-Mart e Carrefour. Para a marca, a sustentabilidade é um diferencial, já que um estudo da Coca-Cola indicou o Brasil como um dos países que mais puniriam empresas não integradas à sustentabilidade. Isto mostra o que as companhias brasileiras podem (e devem) fazer para criar valor para o seu negócio atualmente. A preocupação pode ter ganhado força somente nos últimos anos, mas o tema já era abordado no Brasil na década de 1970 pela Coca, de acordo com Marco Simões (foto), diretor de Comunicação e Sustentabilidade da Coca-Cola Brasil. Porém, na época, a preocupação com a sustentabilidade se resumia em cada consumidor fazer a sua parte para que o problema fosse resolvido. Mas, infelizmente, não foi exatamente o que aconteceu. Parcerias e posicionamento sustentável A parceria entre Coca-Cola Brasil e o Wal Mart em 2008 deu origem a um programa de reciclagem que funciona fazendo coleta seletiva de resíduo sólido na rede varejista. “Este programa recolhe papel, alumínio, PET, plástico, isopor, entre outros materiais através de serviços terceirizados. Isto rentabiliza cooperativas apoiadas pelos institutos Coca-Cola Brasil e Wal-Mart”, aponta Simões. Para 2009, o objetivo da parceria é instalar estações coletoras de material reciclado em cerca de 300 lojas Wal Mart. Já o programa “Reciclou, Ganhou” acontece desde 1996 e apóia 37 cooperativas em 24 estados do Brasil e para este ano a meta é atingir todo o País. Durante o próximo mês, a Coca-Cola repassará 2,5 centavos de cada venda para projetos sócioambientais do instituto Coca-Cola Brasil, entre 18 e 24 de maio. Entre as atividades deste ano, a multinacional fará o Engajamento Carrefour, que terá uma “estação de otimismo” nas lojas que venderá camisas fabricadas com PET reciclado. “A principal é a ‘Semana Otimismo Coca-Cola’ onde parte dos lucros da empresa serão doados para instituições voltadas para a sustentabilidade”, destaca o diretor de Comunicação e Sustentabilidade da Coca-Cola Brasil durante o Fórum ABA Branding, realizado no Rio de Janeiro. A filosofia da marca Coca-Cola tem a sustentabilidade como ferramenta para agregar valor. Mas, para fazer a sustentabilidade ser inserida no estilo Coca-Cola, a empresa desenvolveu um posicionamento sustentável baseado em cinco P’s: performance, planeta, parceiros, portfólio e pessoas. “Sustentabilidade não é filantropia. É preciso ter a visão de cima para baixo, ou seja, do presidente ao operário e estar refletida no dia-a-dia dos colaboradores”, diz Simões. Objetivos, números e metas O objetivo da Coca-Cola é chegar a 100% de suas embalagens recicladas. Reduzir, reusar e reciclar a água também são metas apesar de o índice de uso de água da Coca-Cola Brasil ser de 2,1 litros de água para cada litro de bebida produzido. Estes números correspondem a menos da metade do que era utilizado pela empresa há 12 anos. Das embalagens que a Coca-Cola dispõe no mercado brasileiro, atualmente são reciclados 96% das de alumínio, 53% de PET, 22% Tetra Pak e 46% dos produtos vendidos em embalagens de vidro. “Nosso objetivo é fazer crescer o negócio sem crescer a emissão de carbono”, afirma. Para quem acredita que a sustentabilidade deve ser aplicada internamente para que depois ganhe novos rumos, a Coca-Cola Brasil tem diversos planos para este ano ainda. “Uma das iniciativas neste sentido é instalar a Fábrica Verde no país. Serão duas no Brasil e nelas usamos materiais ecológicos certificados, telhados verdes, captação de água de chuva, uso de energia solar, mão de obra local e fomento da agricultura local”, ressalta Simões. Cinco P’s de sustentabilidade O primeiro dos cinco P’s que definem o “Viva Positivamente” da Coca-Cola é a performance. Neste caso, a ideia é maximizar o retorno a longo prazo para os acionistas da companhia e ao mesmo tempo em que mantemos a consciência de nossas responsabilidades sustentáveis. “O segundo “P” é de pessoas, ou seja, os colaboradores e o objetivo é oferecer um ótimo local para se trabalhar onde os profissionais são inspirados a fazer sempre o seu melhor”, explica o executivo. Já o “P” de portfólio serve para apresentar aos consumidores as marcas da empresa que antecipam e satisfazem desejos e necessidades das pessoas. Parceiros é outro item que compõe o Viva Positivamente e caracteriza tanto consumidores quanto fornecedores e a busca para que juntos criem valor contínuo e mútuo. Por fim, ‘Planeta’ fecha os cinco P’s do posicionamento sustentável da Coca-Cola Brasil e este destaca um cidadão global responsável que faz a diferença ajudando a criar e a apoiar comunidades sustentáveis. Pergunta para Análise: Sua Empresa ganhou um contrato para defender a Vale do Rio Doce e usando os 5P’s da cocacola você terá que criar um esboço da estratégia para a Vale ser vista como empresa sustentável. Adapte o material da Coca-Cola (5 P’s) Abraços Flávio Alexandre Cavalcante TRENDS 00022-2009 (Dafra acirra disputa em mercado de motos populares) A Dafra entrou em seu segundo ano pronta para deslanchar. Depois de um primeiro ano, completado em fevereiro, de bastante sucesso, a montadora de motocicletas do Grupo Itavema lançou-se no mercado brasileiro em um investimento de R$ 100 milhões para comercializar veículos de apelo popular, posicionados para classes C e D e também para jovens que buscam independência para locomoção. Nos primeiros doze meses, a Dafra conseguiu vender 74 mil motos, ultrapassando em 23,3% a meta aplicada para o ano. Foram 250 concessionárias abertas nesse período em todos os estados brasileiros e um esforço em publicidade para tornar a marca conhecida pelos brasileiros. Isso inclui peças constantes na mídia impressa e televisiva, com ações de merchandising em programas da Rede Globo, como novelas, Big Brother Brasil, Domingão do Faustão e Caldeirão do Huck. Nas últimas semanas, as concessionárias da Dafra no país começaram a receber o mais novo modelo, a Kansas 250 (foto), o primeiro com 250 cilindradas da marca. A edição é limitada e faz parte de uma estratégia inédita em seus 13 meses de existência. A moto é uma versão mais robusta do Kansas 150, em comemoração ao sucesso de vendas, que em poucos meses assumiu a liderança entre as motos de sua categoria (custom), com mais de 50% de participação de mercado. Em 11 meses, Dafra conquistou o quarto lugar em participação Tudo isso resultou na conquista do quarto lugar em participação de mercado, em janeiro, quando a Dafra foi responsável por 4,66% das motos vendidas no varejo. A Honda lidera, com impressionante marca de 71,37%, seguida por Yamaha, com 11,98%, segundo dados da Federação Nacional de Fabricantes de Veículos. Com esse resultado, a marca passou pela primeira vez à frente da concorrente Sundown Motos, há mais de três anos no mercado, e pouco atrás da Suzuki Motos, com 5,37% de participação e 17 anos de estrada. Para atingir esse resultados satisfatórios em tão pouco tempo, a marca seguiu uma tendência do mercado de fazer parcerias com montadoras chinesas, com a importação em grandes lotes de peças para montar as motocicletas em fábricas na fábrica de Manaus. Essa é a forma que a Dafra e concorrentes como Traxx, Sundown Motos e MotorZ encontraram para baratear o preço final do produto, uma vez que o custo de mão-de-obra no território chinês é menor. “Foi um ano de muito trabalho, com a abertura de concessionárias e ações de divulgação, mas muito satisfatório. Conseguimos tornar a marca muito conhecida dentro do target que queremos atingir”, comemora Carolina Menescal, Gerente de Marketing da Dafra. Segundo a executiva, o principal público são homens de 25 a 40, apesar do público jovem de 18 a 25 ainda ser importante para a empresa. Busca por qualidade é prioridade Para uma empresa com produtos de apelo popular vindos da China, entre outros países, a Dafra enfrenta a descrença de consumidores quanto a qualidade do produto com testes em sua fábrica, que regulam inclusive a emissão de poluentes, além do reforço na assistência técnica em todo o Brasil e em ações de test-drive. Apesar disso, a empresa precisou passar por um recall logo no seu terceiro mês, devido ao modelo Laser 150 (foto) apresentar parafusos posicionados incorretamente nos primeiros lotes fabricados, o que poderia causar acidentes. Para a Gerente de Marketing, no entanto, a qualidade sempre foi uma preocupação muito grande na empresa. “Temos um laboratório de testes em nossa fábrica e buscamos sempre fornecedores que tenham produtos de qualidade aliado a um bom preço. Não trabalhamos apenas com empresas da China, mas também de outros países e inclusive do Brasil. A nossa moto é brasileira, você não encontra um modelo igual em qualquer lugar do mundo”, explica Carolina, em entrevista ao Mundo do Marketing. Em meio ao cenário de crise econômica, por mais que o consumidor venha a optar por produtos mais baratos, o que privilegiaria a Dafra, o problema da restrição de crédito no financiamento de motos acaba afetando a montadora. A própria marca tem uma financiadora própria, a Dafra Financiamentos, em parceria com o Itaú, presente em todas as concessionárias da rede. Marca desistiu de patrocínio ao Corínthians Para agregar maior valor ao produto, há um destaque na fabricação de motos completas de fábricas, sem que o proprietário precise gastar um montante adicional para a compra de assessórios, e também no design dos veículos de duas rodas. Para 2009, a marca mantém a presença massiva em ações de merchandising e publicidade e chegou até a anunciar o patrocínio ao Corinthians no jogo contra o Santo André, no dia 14 de março, mas voltou atrás, alegando falta de tempo hábil para realizar a ação. O motivo seria a confirmação do jogador Ronaldo no banco de reserva, o que a Gerente de Marketing nega. “Foi só uma questão de falta de tempo. Era uma ação pontual que acabou não rolando, e por enquanto não temos plano de realizá-la, já que acabamos nos comprometendo com outras ações”, conta Carolina. Segundo ela, a empresa não tem planos em investir em motos mais robustas e deve se limitar a motos de até 250 cilindradas. Com cilindrada alta ou baixa, o fato é que a Dafra está a mais de 100km/h em busca de mais mercado. Pergunta para Análise: Partindo da informação que hoje o maior problema da saúde pública no Estado do Espírito Santo são os acidentes de moto, e sendo você o gerente contratado pela Dafra para inserir sua marca no Espírito Santo, quais estratégias você utilizaria para desenvolver uma imagem de empresa responsável perante o Governo do Espírito Santo. Abraços Flávio Alexandre Cavalcante TRENDS 00023-2009 (Aos 248 anos, Faber-Castell ainda inova) Marca amplia portfólio de olho no público adulto e na sustentabilidade “Em uma folha qualquer eu desenho um sol amarelo…”. Esta música embalou um clássico comercial de TV na década de 1980 e provavelmente foi veiculada centenas, milhares de vezes, principalmente em período de volta às aulas. Aliás, o período de volta às aulas é sempre a mesma coisa. Na hora de comprar o material escolar dos filhos, os pais se desdobram para achar o livro, o caderno, o estojo, a cola, entre muitos outros itens. Mas será que nesta hora os consumidores pensam em uma marca específica? Quando a lista mostra os materiais que os pequenos alunos precisarão ter durante o ano, uma das primeiras marcas que nos vêem à cabeça é a Faber-Castell. Pudera. Com mais de duzentos anos de existência, o Grupo Faber-Castell é referência no mercado e está engajado nas atuais políticas de sustentabilidade e preservação do meio ambiente, uma vez que a companhia planta a madeira que utiliza para fabricar seus lápis. No Brasil, a companhia instalou sua maior subsidiária em 1930 e ganhou também o mercado adulto em diversos países através de produtos voltados para o mercado executivo, além de uma linha de luxo, a Graf von Faber-Castell. Com histórico de forte presença na TV, atualmente a marca investe em espaços como a Internet para divulgar produtos a uma gama maior de consumidores, além de oferecer entretenimento e cultura aos internautas. O Grupo Faber-Castell possui raízes na Alemanha e foi fundado por Kaspar Faber, em 1761. Pioneira em instrumentos de escrita, a companhia atingiu a liderança de mercado através da preocupação com a qualidade e com o desenvolvimento de novos produtos. Atualmente administrada por Conde Anton Wolfgang von Faber-Castell, a marca pinta o sete nos cinco continentes. Produção sustentável A Faber-Castell Brasil está sediada em São Paulo há quase 80 anos e emprega cerca de três mil trabalhadores que produzem anualmente 1,8 bilhão de lápis. Com uma linha de aproximadamente mil produtos, a Faber-Castell ganhou o Brasil e outros 70 países. Mas, de acordo com Elaine Mandado, gerente de serviços e Marketing da Faber-Castell Brasil, o maior diferencial da empresa é ser a única no mundo a plantar madeira para produzir seus EcoLápis. “Esta é uma importante característica que a distingue dos demais fabricantes mundiais deste produto”, conta em entrevista ao Mundo do Marketing. Esta iniciativa da Faber-Castell começou em 1989, em Minas Gerais, e hoje as plantações equivalem a 10 parques florestais, dentro de uma área de cerca de nove mil hectares. Mas nem tudo são lápis. Aproximadamente 2.300 hectares deste espaço são de preservação permanente para que o restante sirva para a plantação de Pinus Caribaea, matéria-prima do EcoLápis FaberCastell. Marketing gravado na “pele”, na web e no PDV De acordo com Elaine Mandado, a primeira estratégia de Marketing desenvolvida pela FaberCastell já era inovadora tanto que até hoje ainda é usada. “Gravamos a marca nos lápis. A impressão do nome A.W. Faber, que é a razão social da companhia, garante a procedência e a qualidade dos produtos”, afirma a executiva. Após anos investindo em TV como o principal canal de comunicação com o consumidor, em 2009 a Faber-Castell desenvolveu uma campanha com foco 100% na internet, voltada para pais, professores e crianças. Além destes meios de comunicação, a companhia também entende que é no ponto-de-venda que a escolha pelo produto é feita e, por isso, a gerente de serviços e Marketing da Faber-Castell destaca: “O PDV é de suma importância para a Faber-Castell e nele investimos através de ações diferenciadas, principalmente durante o período de volta às aulas”, conta a gerente ao site. Segundo Elaine, a Faber-Castell desenvolve materiais para decoração dos pontos-de-venda, atividades especiais e pontos extras em algumas lojas para destacar os principais benefícios e diferenciais dos produtos. “Sempre procuramos estar presente em tablóides de clientes, o que acontece principalmente durante a volta às aulas. Mas, além disso, a empresa investe em treinamento de balconistas, promotores e demonstradores”, afirma. Internet para alunos, pais e professores Engana-se quem pensa que Faber-Castell é uma marca voltada apenas para crianças. Além de oferecer lápis de cor e de grafite, giz de cera, tintas, canetinhas, apontadores, borrachas, canetas e lapiseiras, a empresa atua também no mercado de CDs, cartuchos para impressoras, pen drive e até cartões de memória. Prova de que os marmanjos têm relevância para a empresa é o lançamento de uma ferramenta que ajuda a manter a comunicação com pais e professores, o Clubinho Faber-Castell. Este projeto foi desenvolvido em parceria com a Escola do Futuro da Universidade de São Paulo (USP) e colabora com a educação das crianças. “No link ‘Clubinho Faber-Castell’ existe a Sala dos Professores, onde há planos de aula com temas atuais e importantes para os alunos”, diz Elaine. Para os pais, a Faber-Castell oferece informações e dicas sobre educação. Lá também é possível que professores e pais troquem informações e também façam debates. Já as crianças podem acessar jogos, publicar atividades e criar cartões virtuais. Linha de luxo, cosméticos e atenção com a crise Para não depender apenas das vendas de material escolar, a Faber-Castell conta com uma extensa linha de produtos voltados para o público jovem e adulto, além dos Kits Criativos – desenvolvidos para aguçar a criatividade da criança – e de produtos de maquiagem distribuídos para empresas de cosméticos de 14 países. Para gerar receita durante o ano, a companhia oferece também produtos de luxo através da linha Graf Von Faber-Castell. E quanto à crise que chega ao Brasil, Elaine é otimista: “A FaberCastell Brasil está atenta aos movimentos do mercado global, mas continua com suas principais atividades em ritmo normal”. Com crise ou sem, o certo é que a Faber-Castell continuará contribuindo com a preservação do meio ambiente graças à política ambiental implantada no Brasil, continuando a ser a marca certa para escrever, desenhar, pintar… e agora teclar. Pergunta para Análise:Em um mundo dominado pelos computadores e televisores, onde as gerações vindouras estão cada vez menos exercendo atividades manuais, mas onde a criatividade cresce. Proponha um novo conceito para a Faber Castel que inove a marca e aproxime-a da era digital. TRENDS 00024-2009 (Tectoy diversifica portfólio para sair do vermelho) Às vésperas de mais um aniversário, a Tectoy comemora a reviravolta da situação de quase falência enfrentada nos últimos anos. Alcançando faturamento de R$ 41,3 milhões em 2007, a empresa deve finalmente passar de fase e fechar o ano com patrimônio líquido positivo após mais de 10 anos. Mas nem sempre foi assim. A Tectoy surgiu ainda no final da década de 1980, investindo em um ramo que começava a despontar no cenário mundial: os videogames. Naquela época, com a marca Tec Toy firmou uma parceria com uma das maiores empresas do Japão no ramo de videogame, a Sega. Como representante oficial da companhia japonesa no Brasil, a Tectoy passou a fabricar com exclusividade os consoles da companhia parceira. Modernos para sua época, o Master System e Mega Drive foram sucesso de vendas em todo o mundo, inclusive no Brasil, principalmente por conta do personagem-mascote Sonic. Marca investiu em jogos brasileiros A boa aceitação do brasileiro abriu espaço para empresa investir na criação e adaptação de games, alguns deles utilizando personagens licenciados como Turma da Mônica e Chapolin Colorado. Esse bom resultado tornou a empresa referência no setor de videogames no mercado brasileiro. A empresa também fez sucesso fabricando brinquedos eletrônicos, como a pistola baseada no desenho animado Zillion, sucesso na TV em 1988, ou o minicomputador de perguntas e respostas Pense Bem. Fase difícil Após essa boa fase, no entanto, a Tec Toy se viu em uma encruzilhada a partir da segunda metade da década de 1990: a Sega já não era mais a tão bem sucedida empresa de games de anteriormente. O Saturn e Dreamcast, consoles da companhia também fabricados no Brasil pela Tec Toy, não foram capazes de fazer frente aos novos videogames dos concorrentes, o que levou a empresa japonesa a desistir do ramo de consoles e focar apenas em jogos produzidos para videogames de marcas até então rivais. Ao mesmo tempo, a questão da pirataria já era um mercado que despontava no Brasil e o Real encontrava-se desvalorizado em relação ao Dólar. O próprio mercado brasileiro de videogames não ajudava, devido a alta taxa de impostos e falta de incentivos oferecidos pelo governo federal para o desenvolvimento de games brasileiros. Diversificação de produtos Fatos como estes levaram a Tectoy a entrar em concordata em 1997 e amargar prejuízos anuais de mais de R$ 5 milhões. Para não enfrentar um GAME OVER, a empresa optou por investir em outros tipos de produtos eletrônicos, como DVD Players, e mais jogos licenciados, como o Show do Milhão – baseado no programa de TV do apresentador Silvio Santos – para Mega Drive. Isso possibilitou a empresa a sair do estado de concordata, no ano 2000. A estratégia culminou em um plano de reposicionamento e revitalização da marca. Mesmo sem abandonar os games – que hoje representam cerca de 35% das vendas da empresa -, a marca investiu em uma linha de DVD Players e de TV Digital. “Com os DVD Players, buscamos agregar valor com a inclusão de jogos e tapetes de dança, sem entrar na guerra dos preços de outras marcas”, explica Vanessa Artea, Gerente de Marketing da marca, em entrevista ao Mundo do Marketing. Outros lançamentos são o boneco eletrônico Nabaztag e o MobTV, receptor USB de TV Digital em formato de pendrive para computadores. Videogames voltado para as classes C e D O atrativo do preço foi o artifício usado em outro produto: os consoles de videogame. Apesar de uma defasagem tecnológica de cerca de 20 anos e concorrendo nas gôndolas contra videogames com tecnologia muito superior, a empresa ainda é a única em todo mundo a fabricar e vender no varejo os consoles Master System e Mega Drive (foto). Custando cerca de 20% do preço dos consoles mais atuais, os produtos são voltados para os públicos de baixa renda e vêm ainda com dezenas de jogos incluídos na memória, eliminando despesas posteriores com jogos. “O cartucho passa a idéia de um produto defasado”, explica Vanessa. Outros atrativos são um design e embalagens atualizadas. Sucesso com desenvolvimento de jogos para celular Ainda no ramo de videogames, a empresa lançou a subsidiária Tectoy Mobile, desenvolvedora de games para celular. Atualmente, a companhia desponta como uma das maiores empresas do ramo no Brasil, focando em jogos voltados ao público jovem. Além de representar a divisão da Sega para celulares, Sega Mobile, hoje a empresa trabalha adaptando jogos de diversas empresas estrangeiras como Taito e Bandai para os celulares disponíveis no mercado brasileiro, além de traduzir os games para o português. “Nós também desenvolvemos jogos, através da Tectoy Digital. Já lançamos um jogo sobre o clube São Paulo (foto) e até o fim do ano lançaremos outro, coincidindo com o final do Campeonato Brasileiro. Estamos procurando desenvolver jogos com personagens licenciados também”, adianta João Marcos Oliveira (foto), Gerente Geral da Tectoy Mobile. Ponto-de-venda é foco nessa nova fase Para atrair vendas, a Tectoy resolveu apostar no ponto-de-venda. Por conta disso, contratou todos os funcionários terceirizados responsáveis pela área de trade. Essa foi a forma encontrada pela empresa de engajar os colaboradores em sua função e inspirar mais confiança com as empresas varejistas, o que possibilitou a conquista de um aumento de 15% no número de revendedores no ano passado. “Além disso, começamos recentemente a padronizar as embalagens dos novos produtos, reforçando a marca Tectoy”, conta a gerente de Marketing. A partir daí, a empresa passou a investir freqüentemente em materiais de divulgação para PDV, além de ações de experimentação. A mais recente foi o espaço no Shopping Metrô Boulevard Tatuapé, em São Paulo, em parceria com a Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), no mês de agosto. A empresa disponibilizou os consoles da empresa para as crianças em um espaço de 110 m². “Lançamos no ano passado oito produtos, um recorde em comparação aos últimos anos. A empresa está inovando e crescendo bem nessa nova fase”, comemora Vanessa. Pergunta para Análise: A diversificação de linha de produtos é algo bastante comum, assim podemos ver televisores e carros da Mitsubich. Guitarras, Teclados, motos e até motores da Yamaha… Entretanto tais diversificações de linha tendem a modificar o comportamento da empresa. Assim imaginem um cenário onde você foi contratado para alterar o posicionamento de mercado da PETROBRAS. Entendendo qual é sua missão e sua visão (procurem no site da empresa) proponha uma alteração na linha produtos,servilos e negócios da Petrobras. Abraços Flávio Alexandre Cavalcante TRENDS 00025-2009 (Inovação e boca-a-boca fazem o sucesso da Gang) Com uma calça que modela e empina o bumbum das mulheres, a grife carioca Gang transformou a sua marca em objeto de desejo sem investir nem marketing nem propaganda Como diria o Funk: Calça da Gang toda mulher quer, 200 reais para deixar a Bunda em pé” Pegue todos os seus livros de Marketing. Preste atenção aos ensinamentos de diferencial que uma marca deve ter para se diferenciar da concorrência e ganhar mercado. Depois, jogue as teorias, as leis, os planejamentos e as táticas para o alto e foque na inovação e na qualidade. O restante, os consumidores farão por você. Foi assim que a grife de jeans carioca Gang conquistou o mundo e passou a vestir celebridades como Paris Hilton, Gisele Bündchen, Britney Spears, Jennifer Lopez, Christina Aguilera e Adriane Galisteu. Sem nenhum tipo de planejamento estratégico e trabalhando durante 30 anos sem grandes sucessos, a Gang entrou de salto alto no mundo da moda quando o empresário Alcyr Amorim descobriu uma fórmula para valorizar o bumbum das mulheres. A calça levanta e modela até mesmo a forma menos privilegiada das japonesas, que hoje recebem mil calças por mês. O Japão está na rota de exportação que passa por mais de 30 países e escoa metade da produção artesanal de 30 mil peças fabricadas no Rio de Janeiro e são vendidas até na Oscar Freire ao lado de Dolce & Gabbana, Armani e Diesel. Mais do que fabricar uma calça que deixa o bumbum empinado, a grife alimenta os desejos das mulheres. “Nós vendemos um sentimento de realização para a mulher que levanta a auto-estima e valoriza o corpo dela. Até mesmo quem não é um mulherão de corpo se sente poderosa”, afirma Rita Avellar, gerente de marketing da Gang em entrevista ao Mundo do Marketing. E as japonesas, “que menos têm ‘conteúdo’, ficam felizes da vida quando vêem o resultado”, completa. Além do atributo inquestionável sentido na pelas mulheres, uma pesquisa nas sete lojas próprias do Rio de Janeiro da marca adicionou novos ingredientes à sua receita de sucesso. Das 550 clientes fiéis ouvidas, o quesito qualidade obteve maior votação, ao lado da sensação de bemestar e conforto. Essas mulheres trabalham e têm entre 20 e 40 anos, são de todas as classes sociais e buscam qualidade e conforto sem abrir mão da sensualidade. E pagam caro por isso. Uma calça pode custar US$ 230 no exterior e no Brasil a mais barata não sei por menos de R$ 110,00. O segredo da qualidade está na fabricação da calça, feita artesanalmente por 100 operários que produzem dois tipos de modelo. Um com jeans, algodão e lycra e outro de lycra e moletom que dá aparência de jeans e levanta mais ainda as formas do mulheril. A turbinada no bumbum, com sua modelagem exclusiva, também pode ganhar o requinte dos cristais Swarovski. Todas essas características conferem à marca um status de exclusividade. Daí para virar um objeto de desejo foi um pulo. Porém, para este salto, o marketing deveria ser parceiro incontestável. E foi, mas não como estamos acostumados. “Sabemos que não é só o produto que faz a marca. Existe toda uma estratégia por traz do sucesso de grandes marcas globais, mas no caso da Gang, a qualidade foi fator determinante para este sucesso e o marketing foi mexer com as emoções das mulheres”, diz Rita Avellar. Para Luciane Robic, diretora de marketing do Instituto Brasileiro de Moda (IBModa), além da inovação do jeans, a inovação focou numa questão de estética nacional: o bumbum da mulher. “Apesar de não ter feito um planejamento estratégico formal, eles escolheram um mercado que deseja bem-estar e, ao se adequar a este mercado, a Gang se tornou referência”, conta Luciane em entrevista ao Mundo do Marketing. Com o bumbum arrebitado, nem mesmo as japonesas passam despercebidas dos olhares masculinos. Muito menos das próprias mulheres, que estão sempre farejando mil e uma formas para deixar tudo em cima, literalmente. Se da noite para o dia a colega ao lado passou a lhe fazer inveja, ninguém poderia ficar para trás. Daí começou o boca-a-boca, que pode ser feito de diversas formas “No case da Gang, ela pegou um atributo que não era focado por outras marcas e é que muito fácil de passar para frente”, explica Gustado Fortes, diretor de planejamento e criação da Espalhe, agência de marketing de guerrilha que já desenvolveu campanhas para Vivo, Tetra Pak e Fox. “A marca nasceu com uma característica virótica. E isso começou com a idealização do produto porque tem um atributo que nenhuma outra marca tem”, diz o executivo ao Mundo do marketing. A fama foi tão grande que virou letra de funk: “Calça da Gang todo mundo quer/ 200 reais pra deixar a bunda em pé”. Esse zumzumzum ficou ainda mais forte quando a grife entrou nos Estados Unidos. Ao presenciarem o milagre que a calça fazia, as celebridades internacionais passaram a comprar o jeans e aparecem na mídia vestindo Gang. “Isso deu uma outra visão para a marca”, atesta a gerente de marketing, Rita Avellar. “E não teve nenhuma estratégia para vestir as celebridades”, afirma. E nem precisa. Só a milionária Paris Hilton tem 50 calças e até o roqueiro Iggy Pop usou uma em um show no Brasil. Agora, depois de todo esse sucesso sem investir um só centavo em propaganda e marketing, a meta da Gang é se consolidar como marca global. Mas não pense que eles passarão meses debruçados em cima de uma mesa fazendo um planejamento estratégico. Além de manter um showroom em Miami e investir em uma forte assessoria de imprensa no Brasil e nos EUA, o maior esforço para a promoção dos produtos é realizado anualmente, desde 2002, na Magic Fair, maior feira de jeans do mundo realizada em Las Vegas. A empresa pode não ter um planejamento definido, mas na sala da gerente de marketing há uma placa com a missão e as atribuições do marketing, além de diversos recortes de revistas de moda. “A minha missão é inserir cada vez mais a Gang num contexto global, associada a um produto que tem qualidade e luxo”, diz Rita, que também trabalha na elaboração de um perfume e de assessórios para a marca. “Temos qualidade suficiente para competir com as maiores do mundo e temos um atributo que nenhuma delas tem”, completa. “O que eles não podem perder é o foco no bumbum, que os diferenciam das outras marcas. Com isso, a Gang tem tudo para se tornar forte internacionalmente”, ensina a consultora do IBModa, Luciane Robic, ouvida por Zara, Osklen, Havaianas e Armani, deixado claro que, na Gang, o bumbum faz a diferença. Pergunta para Análise: Assim como as Havainas e a calça da Gang outras marcas que eram de periferia se tornaram marcas famosas no mundo. Assim utilizando o conceito de Cluster (também conhecido com APL – Arranjo Produtivo Local) sua missão é tornar o Polo de Confecções da Glória um pólo de excelência internacional. Quais estratégias você utilizaria? Descreva-as e informe de onde viriam as fontes financeiras para tal investimento. Abraços Flávio Alexandre Cavalcante TRENDS 00026-2009 (Coca-Cola lidera Índice de Conexão Humana das Marcas) Pesquisa avalia o poder de influência das marcas sobre o consumidor brasileiro Os consumidores apresentam maior afinidade com marcas dos segmentos de bens duráveis e consumo e que expressam a brasilidade em sua identidade. Essa é uma das conclusões do Índice de Conexão Humana das Marcas (ICHM), lançado pela consultoria de marca Sart Dreamaker e agora em primeira mão pelo Mundo do Marketing. A nova pesquisa, que será atualizada anualmente pela agência, busca descobrir o poder de influência de uma marca sobre o consumidor. O índice partiu inicialmente de uma base de 500 marcas que, após uma pré-seleção, diminui para 80 que foram pesquisadas. Cinco delas ficaram de fora por motivos técnicos no decorrer da pesquisa de campo (como o Banco Real, que foi incorporado ao Grupo Santander). No resultado final, a Coca-Cola lidera a lista, com 82,5 pontos (em uma escala que vai até 100), seguida por Nestlé (77,5), Sadia (75,1), Natura (73,5) e Rede Globo (72,7). Para a agência, a liderança ocupada pela marca de refrigerantes não é nenhuma surpresa. “É uma confirmação, já que a Coca-Cola sempre aparece no topo em listas de lembrança e afinidade com marcas, tanto que aparece com vantagem considerável em relação ao segundo colocado”, explica Gian Rocchiccioli (foto), CEO da Sart Dreamaker, em entrevista ao Mundo do Marketing. Para Sadia, boa distribuição e pós-venda explica seu bom resultado A Sadia, terceira colocada no ranking, credita o sucesso ao cuidado com o consumidor em toda a sua cadeia produtiva. “Além disto, a marca sempre esteve presente na vida do consumidor, graças ao eficiente trabalho das equipes que fazem o produto chegar a mais de 100 mil pontos de venda, sem contar o ótimo trabalho pós-venda, que inclui o primeiro Serviço de Informação ao Consumidor do setor de alimentos no Brasil, criado em 1982, nove anos antes da vigência do Código Nacional de Defesa do Consumidor”, conta Eduardo Bernstein, Diretor de Marketing da Sadia. Mesmo orgulhosa do resultado, a marca de alimentos não pretende frear os seus investimentos para agradar o consumidor. A empresa encerrou o ano passado com o maior volume de investimentos já realizado pela companhia: R$ 1,8 bilhão. O montante proporcionará à Sadia uma capacidade produtiva suficiente para sustentar um crescimento em até dois anos sem a necessidade de novos aportes. Segundo a Sart Dreamker, a lista traz algumas surpresas, como a boa posição de marcas de cosméticos – com Natura em quarto e Boticário em nono – e de comunicação – com a Rede Globo em quinto e Editora Abril em 17º. Havia uma expectativa do estudo de que as marcas de alimentos e bebidas apresentariam os melhores resultados, mas apenas seis marcas do setor aparecem entre as 20 melhores. Cervejas derrubaram média de segmento de alimentos e bebidas O segmento alimentício até teria a melhor média, não fosse a inclusão de marcas de cervejas. “Existe uma relação de prazer muito intensa [entre as marcas de cerveja], mas há também uma forte sensação de medo nessa relação”, explica o executivo. Quem acabou apresentando a melhor média foram as marcas do segmento de Bens Duráveis e de Consumo, com 62,4 pontos, seguido de Alimentos e bebidas (59,8) e Automobilístico e Transportes (55,7). Outra descoberta da lista é a maior aceitação de marcas que expressam a brasilidade em sua identidade. Isso explica a boa posição da Natura em quarto, assim como da Petrobras em vigésimo terceiro, mesmo com a estatal fazendo parte do segmento com a menor média (47,8), o que já era esperado por serem marcas com pouco ou nenhum produto destinado ao consumidor final. O Banco do Brasil lidera pelo mesmo motivo no setor financeiro. No geral, as marcas nacionais e internacionais têm uma presença aproximada na lista, com as brasileiras ocupando 54,6% do total. Apple ficou em 74º lugar A busca de uma conexão humana entre os mais variados perfis de consumidores explica a posição da Apple, uma das marcas mais valorizadas e conceituadas no mundo, em 74º, com 41,8 pontos. A base de 3.285 pessoas pesquisadas busca refletir um microcosmo da população brasileira, de acordo com dados do IBGE. Mas isso não deixa de ser um bom resultado, na opinião de Gian Rocchiccioli, levando-se em conta que a base inicial era de 500 marcas e que o histórico no Brasil é bem recente. “Havia pessoas que nem conheciam a Apple. Talvez se separasse apenas a classe A, a marca estivesse entre as dez primeiras. A pesquisa também considera todas aquelas acima dos 40 pontos como muito boas”, explica ao site. Atitude do consumidor pode não corresponder sua fala O processo de pesquisa mesclou métodos quantitativos com qualitativos, com 3.285 pessoas respondendo a entrevistas de 40 minutos de duração em média em todas as regiões do país. Foram levados em conta 34 quesitos, divididos em quatro grupos: Atenção, Relevância, Significado e Confiança, permitindo a avaliação de critérios que antes apenas era possível no “feeling”. “Foi quase como uma análise médica. O médico nunca pergunta o que o paciente tem, mas faz perguntas para tentar confirmar aquilo que ele pré-concebe. Nós não fazíamos perguntas diretamente para saber o que queríamos” diz o CEO da Sart Dreamaker. Na opinião dele, isso explica porque a imagem que os consumidores tinham de uma marca – onde eles davam uma nota – não necessariamente significava sua “conexão humana” com ela. Ou porque os consumidores podem até dizer adorar uma marca, mas compram a do concorrente, em uma atitude que a agência julga como inconsciente, e influenciada por diversos fatores, como sociedade, estado emocional e idade. Para conseguir uma melhor conexão humana com o consumidor, Gian Rocchiccioli aconselha que é preciso não apenas ouvir os seus consumidores, mas os da concorrência, além de observar o que os seus competidores estão fazendo. “O melhor celular do mercado perdeu o sentido depois do iPhone. Culpa do Diretor de Marketing? Não! Ele fazia algo muito bom até alguém lançar um produto inovador, extraordinário. Nem sempre um produto não dá certo por ter sido desenhado a estratégia errada. Há influência das outras marcas na sua.”, complementa. Pergunta para Análise: Infelizmente você acaba de ser demitido da empresa onde trabalhava e conhecendo bem sobre como criar uma marca vencedora resolve utilizar dos seus saberes para desenvolver a marca mais importante de todas… A SUA. Assim, desenvolva uma estratégia para fortalecer sua marca. Obs.: Você não tem muitos recursos para investir. TRENDS 00030-2009 (Pesquisa, inovação e comunicação estão na fórmula de sucesso de Omo) O sabão em pó mais utilizado nos lares do país completa 50 anos de Brasil 2007 e mostra, a cada ano, porque é o líder de vendas. Conheça este caso de sucesso. Há, na história da humanidade, milhares de adventos que mudaram para sempre os hábitos de todo o mundo. A eletricidade, o telefone e a internet são os exemplos mais latentes. No campo da limpeza, o sabão em pó Omo também é um divisor de águas. No Brasil há 50 anos, o produto é líder de mercado desde o seu lançamento, sinônimo de qualidade e é considerado pelas donas-de-casa como um aliado na hora de lavar as roupas. Até então, elas eram lavadas com sabão em barra. Formado a partir da expressão inglesa “Old Mother Owl”, Omo iniciou a sua incursão por aqui indo de casa em casa, no inicio dos anos 1960. Equipes de demonstradoras percorreram quase 800 mil domicílios em São Paulo e no Rio de Janeiro distribuindo amostras do novo produto. Nos anos seguintes, novas fórmulas e campanhas publicitárias foram introduzidas para fazer jus a uma de suas maiores características, a inovação. Outra vitória pela qual o produto passou durante esses 50 anos foi sobreviver à instabilidade econômica do país. “Nos anos 1980, período de grandes dificuldades econômicas, a estratégia de Omo concentrou-se em manter sua qualidade e garantir assim a fidelidade das consumidoras. As campanhas baseadas em depoimentos reais de donas-de-casa procuravam destacar que, mesmo com preço mais elevado que o de outras marcas, Omo era vantajoso pelo rendimento e desempenho superiores”, conta Priya Patel, Diretora de Marketing da área de Higiene e Limpeza da Unilever. Pesquisas Como um produto que está na casa de 32 milhões de pessoas de todas as classes e participa do dia a dia de toda a família, mesmo que indiretamente, Omo sofre com os revezes socioeconômicos. Por isso, grande parte do seu sucesso é creditado às constantes pesquisas que faz com suas consumidoras. São os resultados de diversos estudos que balizavam a decisão dos lançamentos que melhor atendem aos variados perfis de consumo da marca. Por isso, a Unilever diversificou a linha de produtos de Omo. “Temos um ótimo exemplo que é a união das duas principais marcas do portfólio de Higiene e Limpeza da Unilever: Omo e Comfort”, diz Priya. “Omo com Toque de Comfort Aloe Vera e Omo com Toque de Comfort Pétalas de Violeta e Ylang Ylang levam para a consumidora um conceito de lavagem diferenciado, que potencializa os benefícios funcionais dos dois produtos oferecendo uma roupa mais limpa, macia e cheia de perfume. Estas versões nasceram do desejo das consumidoras de ter a mesma fragrância para o amaciante e o sabão em pó, evidenciados em uma pesquisa quantitativa de Hábitos e Atitudes, realizada em 2005”, explica a executiva. Inovação A segmentação e a variedade de embalagens começaram com Omo Máquina. A fórmula desenvolvida buscava garantir uma quantidade controlada de espuma para não danificar a lavadora. Em seguida, Omo Progress veio para se adequar tanto à lavagem manual quanto mecânica, Omo Cores, para manter vivo o colorido das roupas, Omo Dupla Ação e, por fim, Omo MultiAção, o carro-chefe da marca útil em todos os casos. Hoje, o produto conta com as versões Omo Multiação, Omo Baby, Omo Progress Total e Omo com Toque de Comfort Aloe Vera e Omo com Toque de Comfort Pétalas de Violeta e Ylang Ylang. Ao todo, a Unilever produz, por dia, um milhão de embalagens de Omo. Por ano, esse número chega a 365 milhões. “Se colocadas uma ao lado da outra, alcançam aproximadamente 70 mil km de comprimento, distância suficiente para dar quase duas voltas ao redor da Terra (40 mil km cada)”, ilustra Priya Patel. Além de se fazer presente em muitos lares, Omo está na cabeça dos consumidores. Há 14 anos seguidos o produto é Top of Mind em sua categoria e o mais lembrado dos produtos no estudo realizado pelo Instituto Datafolha. Parte deste sucesso se deve também a comunicação do produto. Comunicação A publicidade e as ações de marketing também sempre estiveram na dianteira de inovação. Nas primeiras campanhas o “Teste São Tomé” foi o grande protagonista do lançamento da fórmula Omo Total. Era ver para crer. Hoje, a marca explora o entretenimento e incentiva a liberdade para que as crianças brinquem e explorem o mundo como forma de aprendizado. “A partir de 2000, o conceito de comunicação de Omo começa a se alterar, surge o primeiro diferencial com o slogan ‘Não há aprendizado sem manchas’, para Omo Multiação. Até então voltada para o lado funcional, a marca começa a trilhar um caminho emocional para suas campanhas. Enfatizando o aprendizado infantil”, afirma Priya Patel (foto). Já o famoso slogam “Porque se sujar faz bem” entra para a comunicação em 2004 com o lançamento do Omo Progress com sistema Bleach. “Omo baseia toda a sua liderança em três pilares: conhecimento profundo das consumidoras e suas necessidades, inovações e consistência de comunicação”, garante a Diretora de Marketing da área de Higiene e Limpeza da Unilever alguns números do OMO: *Está em 32 milhões de residências. *14 anos a marca mais lembrada do Brasil *47,5% de Marketing Share. *365 milhões de embalagens produzidas por ano * 5 Versões no Brasil * Presente em 28 países (com nomes diferentes) Pergunta para Análise: Você foi contratado pela YPE industria de alimentos, vendedora do Sabão em pó PLUS YPE, que tem 3,45% de fatía de mercado. A direção da empresa quer que esse número alcance no primeiro ano de sua gestão 7% de participação no Mercado e que no final de 8 anos esse número suba para 39,3%. Quais decisões você tomaria para alcançar tais metas? Abraços Flávio Alexandre Cavalcante