Ana Cássia Freire de Carvalho1

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FISIOTERAPIA TRAUMATO-ORTOPÉDICA PARA O TRATAMENTO DE FRATURA DA
EXTREMIDADE DISTAL DO ANTEBRAÇO: relato de caso
Ana Cássia Freire de Carvalho, Francisca Márcia Mysleydy Maciel Inácio, Maria Weslânia
Lira Alves, Juliane Carla Medeiros de Sousa
Faculdade Santa Maria, Cajazeiras, Paraíba, Brasil.
E-mail: [email protected]
Introdução: Entre as fraturas que ocorrem no membro superior, as que acometem a
região distal do rádio apresenta grande representatividade, sendo vista como uma lesão
complexa, de prognóstico variável, que depende do tipo de tratamento adotado. Além
disso ocasiona graus consideráveis de incapacidade, onde o Fisioterapia terá papel
primordial no reestabelecimento da função perdida. Objetivo: Este trabalho teve como
objetivo verificar a eficácia da fisioterapia traumato-ortopédica no tratamento de fratura da
extremidade distal do rádio. Metodologia: Trata-se de um estudo de caso, onde a
representação da amostra consta de indivíduo do gênero feminino, 26 anos, morena,
casada e cabeleireira. Apresentou fratura da extremidade distal do rádio esquerdo,
confirmada ao raio-x, submetida a tratamento conservador com gesso axilo-palmar. Na
avaliação constatou-se dor e edema na região do punho, déficit de amplitude dos
movimentos de flexo-extensão, desvio radial e ulnar da mão e principalmente o
movimento de supinação do antebraço. A mesma foi submetida a 10 sessões de
Fisioterapia com objetivos de minimizar o edema, aliviar a dor, aprimorar a
artrocinemática articular, melhorar a flexibilidade e com isso aumentar a amplitude de
movimento da mão e do antebraço, aumentar a força muscular, proporcionar
independência funcional. O protocolo utilizado constou de Turbilhão (à 35ºC por 20
minutos); TENS (modo convencional – F=100 hz; Dp=100µs; T=20 minutos);
Micromobilização na articulação radioulnar proximal; Alongamento dos flexores e
extensores do punho, supinador, bíceps braquial e braquirradial e ainda Fortalecimento
dos flexores e extensores do punho. Resultados: Com base nos dados obtidos no
estudo, observou-se diminuição da dor, redução do edema, melhora na amplitude de
movimento do complexo articular do punho e antebraço, e aumento na força muscular,
tornando o individuo apto a retornar as suas atividades de vida diária sem nenhuma
restrição. A dor que era referida como dor máxima, atribuindo nota 10 na Escala
Analógica da Dor, ao término do tratamento foi relatada como 0. Verificou-se evolução
expressiva nos achados goniométricos de todos os movimentos da articulação do punho e
da articulação radioulnar proximal, conforme tabela 1.
Tabela 1. Goniometria da articulação do punho e radioulnar proximal
Avaliação Inicial
Avaliação Final
Flexão da mão
28º
70º
Extensão da mão
30º
68º
Desvio radial
15º
24º
Desvio ulnar
18º
32º
Supinação
26º
80º
Em relação à força muscular, os músculos responsáveis pela extensão e flexão da mão,
supinação do antebraço apresentaram na avaliação inicial grau três menos (3-), ou seja,
vencia a gravidade mais não em toda a amplitude articular; finalizando o tratamento
fisioterapêutico a paciente apresentava grau quatro mais (4+), movimento submáximo
contra resistência. Ressalta-se ainda a ausência de edema ao término do tratamento.
Conclusão: Evidencia-se a eficácia da abordagem fisioterapêutica sobre fraturas, em
especial da extremidade distal do antebraço, onde através de recursos
eletrotermoterapêuticos e cinesioterapêuticos pode-se promover uma maior
independência funcional do paciente, garantindo maior autonomia e bem-estar.
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