faculdades oswaldo cruz

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FACULDADES OSWALDO CRUZ
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO
LABORATÓRIO DE QUÍMICA
ORGÂNICA
Bacharelado em Química - 3QA/3QX
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2011
SUMÁRIO
Normas de segurança no laboratório
1
Instruções para o trabalho no laboratório
7
Fluxograma
10
Instruções para entrega do relatório
12
1. Cromatografia de camada delgada e adsorção
16
2. Testes para identificar e classificar os alcoóis
18
3. Desidratação intramolecular do cicloexanol
24
4. Nitração do benzoato de metila
25
5. Preparação do acetato de isopentila
26
5. Preparação da cicloexanona
27
7. Sabões e Detergentes.
29
8. Preparação do Ácido Salicílico e Aspirina
36
9. Biodiesel
37
10. Preparação do Ácido Benzóico – método de Canizzaro
38
Referências
39
NORMAS DE SEGURANÇA NO LABORATÓRIO DE QUÍMICA
ORGÂNICA1
Proposta:
Informar sobre os equipamentos e normas de segurança no laboratório.
Objetivos
1. Mostrar a localização e função dos equipamentos de segurança;
2. praticar no laboratório normas de segurança;
3. descrever os perigos encontrados num laboratório de química orgânica;
4. informar sobre as responsabilidades de um estudante num laboratório;
5. usar estas normas de segurança no seu dia a dia.
Introdução teórica
Praticar segurança no laboratório, não é somente um comportamento ético mas é um
norma regulamentada por lei. A instrução de segurança e o treino mostrando os perigos nas
práticas de laboratórios são regulamentadas por leis federais e de responsabilidade dos
instrutores de laboratório. Hoje em dia, nos laboratórios, usam-se técnicas de microescala e
minimiza-se o uso de produtos químicos perigosos.
Num laboratório de química orgânica, muitas substâncias usadas são inflamáveis,
carcinogênicas ou tóxicas. Por causa da inflamabilidade de algumas substancias o uso de
bico de gás ou de chama viva exposta deve ser evitado. Placas ou mantas de aquecimento
e banhos de vapor são os instrumentos de aquecimento mais adequados para o uso. Os
materiais inflamáveis e voláteis requerem sistemas de ventilação adequados. Capelas em
perfeito funcionamento são partes integrantes do laboratório. Inclusive os frascos com
líquidos orgânicos, devem ser guardados na capela para evitar a contaminação do
laboratório.
A inalação de vapores químicos é uma das rotas de entrada no corpo. A segunda
rota é absorção pela pele. A ingestão e a penetração através de machucados na pele são os
outros dois caminhos de penetração no corpo humano.
O resultado desta exposição a produtos químicos pode ser agudo ou crônico. A
exposição aguda é uma contaminação a curto prazo de tempo; é a que mais ocorre com
estudantes. A exposição crônica que é a exposição repetida a baixas doses durante muito
tempo. Os efeitos das exposições aguda ou crônica variam de produto químico para produto
1
Instituto de Química da Unicamp – Home page: www.chemkeys.com/bra/ag/segura_9/ndsdi_4/ndsdi_4.htm
1
químico. Similarmente, uma substância pode ser altamente tóxica na exposição aguda e
benéfica na exposição crônica.
Exemplo: a vitamina D em dose única excessiva é fatal para o homem. Já em pequenas
quantidades é vital para a saúde2.
Uma grande quantidade de substancias orgânicas são facilmente oxidadas. Quando
elas entram em contato com oxidantes fortes como o ácido nítrico, violentas reações podem
ocorrer. Muitas vezes estes oxidantes estão na forma de vapor invisíveis para nós.
Lembre-se que somente as misturas recomendadas pelo professor, podem ser feitas,
não mistures substâncias desconhecidas.
Como uma significativa quantidade de produtos orgânicos são considerados
carcinogênicos (substâncias que causam câncer), este manual evita o uso destes sempre
que possível. O clorofórmio e o formaldeido são exemplos de substâncias que devem ser
evitadas.
Ácidos e bases são corrosivos para muitos materiais (inclusive a pele), e serão
usados nos experimentos. Por razoes óbvias, o contato com a pele deve ser evitado. Se
algum contato ocorrer, comunicar imediatamente ao professor e lavar a pele com água
corrente por 5 minutos. Existem outras substâncias usadas num laboratório de química
orgânica, como o bromo reagente, que também são corrosivas. Os cuidados tomados estão
listados no procedimento de cada experimento.
Muitos dos produtos usados no laboratório, são classificados como não perigosos.
Estes produtos podem ser jogados na pia sem causar problemas, ser evaporados na capela
ou ser misturados como lixo natural.
Ao mesmo tempo, substâncias consideradas perigosas têm que ser rotuladas com “tóxicas”.
Por exemplo, um frasco de cafeína na prateleira de um laboratório químico é rotulada como
substância tóxica. Porém deve-se colocar o tipo e exposição necessário para a
contaminação. Neste caso 100 xícaras de café seriam necessários para intoxicar.
O ponto principal num laboratório é: ESTAR INFORMADO SOBRE O PERIGO DOS
REAGENTES QUÍMICOS QUE ESTÃO SENDO USADOS.
Quando tiver qualquer dúvida, pergunte ao professor. Tenha também a mão
“handbooks”, ou seja, manuais com as propriedades e características dos produtos
químicos. Isto leva a um segundo tipo de responsabilidade a dos estudantes.
Acessado dia 06/02/04
2
Segurança é responsabilidade de cada um dos estudantes. A segurança pessoal deve fazer
parte da rotina de qualquer laboratório. Todos os procedimentos listados a seguir, são
importantes, LEIA COM ATENÇÃO!!!
1. Verifique com o seu professor se o uso de lentes de contato no laboratório não
prejudicará seus olhos. O uso de óculos de segurança é sempre obrigatório;
2. nunca pipete com a boca;
3. deixe sua bancada sempre limpa;
4. nunca deixe placas de aquecimento, mantas aquecedores e bicos de gás ligados e
saia do laboratório. Estes equipamentos atingem altas temperaturas. Cuidado para
que os fios elétricos e as mangueiras de gás não encostem no equipamento quente;
5. evite usar equipamentos de vidro trincados, especialmente nos casos que se
necessita aquecimento;
6. não use sandálias no laboratório;
7. não traga visitantes no laboratório;
8. não devolva o excesso de reagentes químicos nos fracos originais. Isto causa
contaminação das soluções em estoques. Coloque em fracos separados ou ofereça
para ser usado pelo colega;
9. nunca trabalhe sozinho no laboratório. O laboratório tem horário especifico de
funcionamento;
10. nunca brinque com frascos de reações e nem os lance ou mire para ninguém;
11. não transporte fracos de reagente para a sua bancada se não tiver sido especificado
no procedimento. Alguns reagentes só podem ser manuseados na capela.
DESENVOLVA OS SEGUINTES HÁBITOS DE SEGURANÇA PESSOAL
1. Nunca trabalhe sem óculos de proteção. Óculos de segurança sempre oferecem
proteção total no laboratório;
2. preste atenção nos perigos existentes em cada experimento. Ler as instruções com
calma é o primeiro passo para iniciar um bom trabalho. Ler os rótulos dos fracos
cuidadosamente, para não usar reagentes errados;
3. não coma e não beba no laboratório;
4. não use jóias no laboratório, gravatas e cabelos longos soltos;
5. comunique qualquer acidente, não importa o quanto simples ele possa parecer;
2
OTTOBONI, Alice. The dose that makes the poison. GARBAGE: The Practical Journal of the
Environment. 1992, 4: 38-33.
3
6. disponha a vidraria quebrada no recipiente apropriado. Evite colocar outros tipos de
lixo neste recipiente. Este hábito evita acidentes com as pessoas que manuseiam o
lixo;
7. exponha-se o mínimo a reagentes químicos. Não coloque a cabeça dentro da capela
e qualquer manuseio de produtos químicos deve ser feito com luvas para proteção
da pele.
8. faça perguntas sobre o que você não entendeu do procedimento a ser realizado;
9. lave bem suas mãos depois de cada experimento. O estudante que mantém sua
bancada limpa assegura limpeza no ambiente;
10. disponha seus resíduos corretamente. Pós químicos e líquidos insolúveis em água
não devem ser jogados na pia;
11. sempre coloque as tampas nos fracos de reagentes corretos. Coloque espátulas e
conta-gotas nos fracos corretos para evitar contaminação;
12. observe a localização dos equipamentos de segurança no laboratório. Familiarize
com suas funções.
Segurança e qualidade ambiental devem fazer parte não só do nosso laboratório
mas também do nosso dia a dia. Preste atenção nos produtos consumidos em sua casa.
Por exemplo, uma colher de chá de um repelente de insetos é letal para um adulto.
Cândida (soluções a base de hipoclorito) são corrosivas. Alguns removedores de
mancha são perigosos e suspeitos de causarem câncer.
Muitos dos produtos consumidos em nossas casas são perigosos e devem ser
dispostos separadamente do lixo normal. Alguns exemplos incluem embalagens de
produtos químicos usados na piscina, veneno de ratos, inseticidas, polidores de peças
cromadas, limpadores de tapetes, restos de tintas, pilhas, lâmpadas de mercúrio,
medicamentos vencidos e outros. Outras substâncias podem ser recicladas e
reaproveitadas: óleo de motos, fluido de freio, removedores de tintas, baterias de carros,
pneus e querosene.
Finalmente é importante conhecer como armazenar produtos químicos em casa. Por
exemplo, a gasolina é um produto comumente encontrado em nossas garagens. Ela é
uma mistura altamente tóxica e inflamável. Ela precisa ser guardada longe de agentes
oxidantes (água de lavadeira) e longe de faíscas, fósforos e chamas.
Para a sua casa estar segura, as seguintes normas devem ser seguidas:
4
1. Leia o rótulo ao comprar um produto. Observe se existe normas para o manuseio e
disposição correta no rotulo; lembre-se que é de sua responsabilidade o
armazenamento e disposição adequada da sua compra;
2. compre somente a quantidade necessária. Se houver sobras, ofereça a um amigo ou
vizinho;
3. coloque todos os produtos perigosos longe do alcance das crianças. Tenha sempre a
mão o telefone de emergência do resgate (corpo de bombeiros);
4. siga a s instruções do rótulo para o uso e armazenamento correto do produto.
RESPONDA RÁPIDO
1. Defina os seguintes termos:
a. carcinogênico
b. corrosivo
c. inflamável
d. tóxico
e. solúvel
2. Descreva a ação imediata que se deve ter em cada uma das seguintes situações:
a. um estudante derrama ácido clorídrico na mão;
b. um tubo de ensaio contendo uma solução na capela é derrubado e espirra:
c. em pequeno béquer contendo um reagente perigoso trincou;
3. Descreva “falso” ou “verdadeiro”para cada uma destas situações:
____ Um estudante pipetou mais reagentes do que precisava par realizar sua experiência. O
excesso de reagente deve retornar ao frasco da solução estoque.
____ Uma estudante está insegura quanto ao procedimento químico que irá realizar. Deste
modo consulta um manual para verificar a necessidade do uso de luvas e do procedimento
ser feito na capela.
____ Um estudante precisa de certa quantidade de reagentes para ser experimento. Ele
remove as tampas de todos os fracos e retira as quantidades necessárias. As tampas ficam
misturadas e ele não sabe a quais fracos pertencem. Para remediar este problema ele
obtém novas tampas para fechar os fracos.
4. Descreva a localização e função de cada uma das seguintes partes e equipamentos de
segurança no laboratório:
5
a. extintor de incêndio
b. chuveiro de segurança/ lavador de olhos
c. cobertor para incêndio
d. caixa de primeiros socorros
e. armário para inflamáveis
f. neutralizadores
Exercícios
1. Por que DEVE-SE limpar a bancada freqüentemente?
2. Liste três razões para uma substância ser manuseada na capela?
3. Desde que o verão chegou, alguns estudantes resolveram usar sandálias no laboratório.
Explique por que este procedimento não é recomendado?
4. Por que temos que usar sempre óculos de segurança no laboratório?
6
INSTRUÇÕES PARA O TRABALHO NO LABORATÓRIO
As aulas de Laboratório de Química Inorgânica do curso de Bacharel em Química
serão ministradas semanalmente, com duração de duas aulas.
Antes de vir ao laboratório o aluno deve ler o roteiro referente à experiência que será
realizada e fazer um fluxograma, ou seja, um esquema do procedimento das etapas
experimentais.
Para todos os reagentes que serão utilizados na aula de laboratório, deverão ser
feitos diamantes de Hömmel:
Vermelho
Azul
Amarelo
Branco
Azul – Risco à Saúde:
4. Exposição muito curta já pode causar a morte ou maior dano;
3. Exposição curta pode causar danos residuais ou temporários;
2. Exposição intensa ou continuada, mas não crônica, pode causar incapacidade
temporária ou danos residuais;
1. Exposição pode causar irritação com apenas danos residuais leves;
0. Não apresenta danos à saúde. Não são necessárias precauções.
Vermelho – Inflamabilidade:
4. A substância será rapidamente ou completamente vaporizada nas condições
normais de temperatura e pressão, ou prontamente dispersa pelo ar, queimando-se
instantaneamente;
3. Líquidos e sólidos que podem inflamar-se sobre praticamente todas as condições
de temperatura ambiente;
2. A substância precisa estar moderadamente quente ou exposto a temperatura
ambiente relativamente alta para inflamar-se;
1. É necessário esteja pré-aquecida antes de inflamar-se;
7
0. Não irá queimar.
Amarelo – Reatividade:
4. Instantâneamente capaz de detonar-se ou explodir em condições normais de
temperatura e pressão;
3. Capaz de detonação ou explosão, mas o material requer uma forte fonte de
ignição e precisa ser pré-aquecido sob confinamento, reagir com a água ou detonado se
sofrer um grande impacto;
2. Reage ao sofrer mudança química violenta sob elevada temperatura e pressão,
reação violenta ou formar misturas explosivas com a água;
1. Normalmente estável, mas pode tornar-se instável em temperaturas e pressão
elevadas;
0. Normalmente estável, mesmo sobre condições de exposição ao fogo, e não é
reativo com a água.
Branco - Riscos específicos:
A área branca pode conter diversos símbolos:

'W' - reage com a água de maneira não usual ou perigosa;

'OXY' – oxidante;

'COR' - corrosivo; ácido forte ou base;

'ACID' e 'ALK' se for o caso de ser mais específico;

'BIO' - Risco biológico;

Quando há o trifólio radioativo (

'CRYO' - criogênico.
) - é porque a substância é radioativa;
Para obter informações sobre a periculosidade dos reagentes, você pode consultar
catálogos e os sites:
www.cetesb.sp.gov.br/Emergencia/produtos/produto_consulta_completa.asp
www.qca.ibilce.unesp.br/prevencao/classificacaonfpa.pdf
www.mallbaker.com/Americas/catalog/default.asp
www.pt.wikipedia.org/wiki/Diagrama_de_Hommel
8
É obrigatório o uso de avental e óculos de segurança durante as aulas de
Laboratório, sem os quais o aluno NÃO participa da aula.
È recomendado o uso de luvas cirúrgicas para o manuseio de reagentes.
Siga as instruções fornecidas pelo professor.
Anote todas as observações experimentais e dados obtidos no experimento com
clareza, e organize tabelas de dados.
9
FLUXOGRAMA
Um fluxograma é uma representação esquemática do trabalho de laboratório,
associada a um determinado experimento. Além de ser uma maneira conveniente de
apresentar as instruções do experimento, ele é útil também para anotar a técnica
empregada, os dados obtidos e as eventuais observações. A vantagem do esquema reside
no fato de que a informação será anotada no caderno de laboratório com um mínimo de
espaço. Evidentemente isto poupará trabalho e a organização será tal que a informação
escrita poderá ser facilmente lida.
As informações seguintes apresentam alguns dos simbolismos que podem ser
empregados para fazer uma representação esquemática.
1. O nome e as quantidades dos materiais de partida são incluídos em retângulos ou
quadrados:
2,0 g zinco em pó
1,0 g enxofre em pó
2. A adição de um reagente ao sistema é indicada por uma flecha apontada do reagente à
linha vertical que representa o sistema sob investigação:
Mistura de
reação
1mL de HCl 0,1 mol/L
3. Um tratamento do sistema que não envolve a separação de seus componentes é
indicado por duas linhas horizontais:
Agitar Vigorosamente
Meça a Temperatura
4. Processos que requerem a separação dos componentes de uma mistura, tais como
filtração, destilação ou evaporação, são indicados por uma linha horizontal. O tipo de
separação empregado é colocado entre parênteses, abaixo da linha:
(filtração)
(evaporação)
10
5. Os produtos resultantes dos três processos acima mencionados são encerrados em
retângulos e ligados por linhas verticais às extremidades da linha horizontal:
(filtração)
filtrado
(evaporação)
resíduo
gás
resíduo
6. A retirada de uma alíquota (uma certa porção ou amostra) do sistema é indicada por
uma flecha, que parte da linha vertical:
Mistura de
reação
Retire uma alíquota de 1 mL
7. Os produtos finais de uma certa operação são encerrados em retângulos:
Gás
Precipitado
8. Todas as observações são escritas em retângulos desenhados com linhas onduladas,
abaixo ou ao lado de qualquer manipulação, mas sem fazer parte do diagrama:
Precipitado
Observações:
1. Sólido amarelo claro
2. massa 0,8 g
Durante o ano escolar outros simbolismos poderão ser idealizados para situações
que irão surgindo. É conveniente lembrar que os simbolismos sugeridos representam
apenas um modelo e que existem outras formas que poderão ser empregadas.
Ref.: CBA (Chemical Bond Approach Committee), Química Edit. Univ. Brasília, 1964, Parte I,
p. 91.
11
INSTRUÇÕES PARA ENTREGA DO RELATÓRIO
Deverá ser entregue um relatório, referente a cada experiência (aula), por cada
grupo de trabalho, anexado ao fluxograma, vistado pelo professor, devidamente
grampeados.
O relatório deverá ser entregue na aula de laboratório seguinte àquela da realização
do experimento, ou no máximo em duas semanas.
Relatório entregue fora deste prazo não será aceito.
O relatório deverá ser apresentado em folhas do tipo almaço ou formato A4, de forma
manuscrita ou digitada e deverá conter, obrigatoriamente, na sua capa o cabeçalho,
contendo:
 Nome da faculdade e do curso.
 Título do Experimento.
 Nome dos integrantes do grupo, com os respectivos números de matrícula.
 Data do experimento.
No mesmo modelo da capa, elabore em folha a parte um cabeçalho para protocolo, para
ser assinado pelo professor, comprovando que o relatório foi entregue na data.
Alunos que não comparecerem à aula de laboratório não terão a nota referente ao
experimento, ou seja, não será aceito relatório de aluno ausente.
Em geral, no corpo de um relatório é composto das seguintes partes:
 Introdução teórica (1,0 pontos);
 Objetivos (1,5 pontos);
 Fluxograma (1,0 ponto);
 Diamantes de Hömmel (0,5 ponto);
 Materiais e procedimento experimental (0,5 ponto);
 Resultados e Discussão (3,5 pontos);
Obs.: Indique com clareza as operações de cálculo. Não sobrecarregue os cálculos com
detalhes aritméticos desnecessários. Indique sempre as unidades usadas nas medidas.
 Conclusão (1,5 pontos);
 Referências bibliográficas (0,5 ponto).
Obs.: Mencione sempre a bibliografia usada na introdução teórica e/ou questionário de
forma clara e completa, segundo a recomendação da Associação Brasileira de Normas
Técnicas - ABNT:
Modelos de referência:
12
1. Artigos de Periódicos:
 SOBRENOME DO AUTOR COMPLETO, Iniciais do Nome Completo (em letras
maiúsculas).
 Título do trabalho;
 Título do periódico abreviado (em itálico ou em negrito).
 Local da publicação.
 Número do volume.
 Número do fascículo.
 Número de páginas.
 Mês.
 Ano.
Exemplos:
VIG, P.S. e COHEN, A.M. Vertical browth of the lips: a serial cephalometric study. Amer. J.
Orthodont., Saint Louis, v. 75, n. 4, p. 405-415, Apr. 1979.
Sem autor:
Deve-se iniciar pelo título do artigo.
INDÚSTRIA de máquinas questiona ação do governo. Dirigente Industrial, Rio de Janeiro, v.
24, n. 7, p. 48-50, Jul. 1983.
2. Livro
 SOBRENOME DO AUTOR COMPLETO, Iniciais do Nome Completo (em letras
maiúsculas).
 Título da obra (itálico ou em negrito)
 Número da edição.
 Local da publicação
 Editora.
 Data da publicação.
Exemplo:
BARROS, A.J.S. e LEHFELD, N.A.S. Fundamentos de Metodologia Científica, 2 ed., São
Paulo: Makron Books, 2000.
3. Capítulo de livro
 Autor do capítulo do livro.
 Título do livro.
13
 Palavra in:
 Autor do livro.
 Título do livro.
 Número da edição.
 Local da publicação.
 Editora.
 Ano.
 Volume.
 Páginas do capítulo
Exemplo:
McCORMICK, D.B., Vitaminas, in: BURTIS, C.A., ASHWOOD, E.R. Tietz Fundamentos de
Química Clínica, 4 ed, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A., 1998, p. 454-468.
4. Teses, monografias e dissertações.
 SOBRENOME DO AUTOR COMPLETO, Iniciais do Nome Completo (em letras
maiúsculas).
 Título e subtítulo.
 Data.
 Número de páginas.
 Categoria ou natureza do trabalho Grau e área de concentração.
 Nome da instituição em que o trabalho foi defendido.
 Local
Exemplo:
ARICÓ, E.M., Compostos organometálicos de lantanídeos(III): investigação dos adutos 1:1
entre os Trisciclopentadienilos de lantanídeos e a base de Lewis Hexametilforforamida e dos
compostos de itérbio mistos com os ânions Ciclopentadieneto e Metanossulfonato, 1994,
170 p. Tese (Doutorado em Química Inorgânica) - Instituto de Química, Universidade de São
Paulo, São Paulo.
5. CD ROOM

SOBRENOME DO AUTOR COMPLETO,
Iniciais do Nome Completo (em letras
maiúsculas).

Título do trabalho.

Evento.

Local.

Ano
14
Exemplo:
THORNTON, R.M., The chemistry of Life, Davis - University of California, 1998.
6. Internet.

SOBRENOME DO AUTOR COMPLETO,
Iniciais do Nome Completo (em letras
maiúsculas).

Título do trabalho.

Home page.

Data de obtenção do dado.
Exemplo:
CAVEZZI JUNIOR et ali. Efeitos de Bochechos de Clorexidina na Saúde Gengival em
Pacientes Portadores de Aparelhos Ortodônticos, Disponível em:
http://www.odontologia.com.br/artiçtos/clorexidina.htm
Acesso em 11 fev.2008.
15
1 – CROMATOGRAFIA DE CAMADA DELGADA E ADSORÇÃO
Procedimento experimental:
Parte 1: CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA: SEPARAÇÃO DE CORANTES
1. Preparar a fase móvel fazndo-se uma mistura de 60mL de acetona, 30mL de ácido
acético glacial e 30mL de álcool etílico absoluto.
2. Colocar a fase móvel em cuba cromatográfica, tampar e deixar por 10 minutas para
saturar.
3. Preparar a placa de alumínio revestida com sílica gel 60F 254 fazendo-se uma
marca inferir com um lápis e régua na alura de 2cm, que será a linha de partida e
como marca superior, outro traço a 10cm de altura que será a linha de chegada do
solvente.
4. Preparar soluções etanólicas de 0,1% (p/v) de fluoresceína, verde de malaquita e
azul de metileno.
5. com auxílio de uma pipeta de Pasteur, colocar uma gota de cada solução de
indicador, bem como a mistura dos 3 indicadores no ponto de partida da placa.
6. Deixar secar a placa e introduzi-la na cuba cromatográfica para que ocorra o
desenvolvimento do cromatograma.
7. Quando a fase móvel atingir a linha de chegada, retirar a placa de alumínio, evaporar
o solvente e marcar com um círculo as manchas observadas.
8. Calcular os tempos de retenção dos três indicadores.
Parte 2: CROMATOGRAFIA DE ADSORÇÃO: SEPARAÇÃO DE EXTRATO DE
ESPINAFRE
PREPARAÇÃO DA AMOSTRA
1. Preparar a amostra, fervendo-se 50g de folhas de espinafre, das quais foram
retiradas as nervuras centrais, em 100mL de água destilada, de 1 a 2 minutos.
2. Resfriar rapidamente e decantar o líquido. Secar as folhas com papel adsorvente e
colocar me almofariz triturando-as com uma mistura de éter de petróleo e acetona
(80:20) para se obter uma solução verde. Decantar num tubo de ensaio.
16
3. Guardar esta solução, em um frasco âmbar, na geladeira para se obter uma melhor
conservação.
PREPARAÇÃO DA COLUNA
1. Com a torneira da coluna fechada, colocar açúcar refinado de maneira que a altura
da camada tenha 12 cm de altura.
2. Encher com éter de petróleo, abrir a torneira recolhendo-se o eluído em um béquer
de 250 mL.
ATENÇÃO: DEIXAR O NÍVEL DO SOLVENTE, SEMPRE 1cm ACIMA DO NÍVEO DA
CAMADA DE AÇÚCAR.
3. Colocar 4 mL da solução de espinafre, preparada anteriormente, no topo da coluna.
4. Adicionar 50 mL de éter de petróleo e iniciar a eluição até passar a fase amarela,
que é um amistura de carotenos. Se necessário, adicionar mais éter de petróleo.
5. Recolher esta fase em um béquer de 100 mL.
6. Ao terminar de passar a fase amarela, colocar no topo da coluna 50mL de acetona e
recolher a fase verde, que é uma mistura de clorofilas. Se ncessário, adicionar mais
acetona. Recolher esta fase em béquer de 100 mL.
17
2 – TESTES PARA IDENTIFICAR E CLASSIFICAR OS ALCOÓIS
Objetivos:
1. Predizer os produtos da reação quando o álcool reage com um agente oxidante.
2. Predizer os produtos da reação quando o álcool reage com o reagente de Lucas.
3. Predizer os produtos da reação quando o álcool reage com o reagente de
iodofórmio.
4. Predizer os produtos da reação quando o álcool reage com solução de FeCl3.
5. Predizer o comportamento de álcoois com vários solventes.
6. Descrever as propriedades perigosas dos álcoois.
Introdução teórica
Os álcoois são identificados por possuirem grupos hidroxilas ( -OH). O álcool com
menor cadeia carbônica é o metanol, CH 3OH, que é muito tóxico ao homem. Metanol é
conhecido como álcool metílico ou álcool de madeira.
O álcool seguinte é o etanol (CH3CH2OH), usado em bebidas; ele age como
depressor do sistema nervoso central. Se consumido em grande quantidade pode ser letal.
0,5L de etanol puro pode causar morte se consumido rapidamente.
A classificação dos álcoois pode ser dada de acordo com o número de grupos alquila
ligados ao carbono do álcool, R-OH. O álcool 1º possui um grupo alquila ligado a este
carbono e também 2 hidrogênios. Ex: etanol.
O 2-propanol é o mais simples exemplo de álcool 2º. Um exemplo de álcool 3º é o 2metil-2-propanol, que tem 3 grupos alquila ligados ao carbono, e é chamado álcool tercbutílico. As estruturas destes 3 compostos são mostradas abaixo:
H
CH3
C OH
H
CH3
CH3
CH3
C OH
H
CH3
C OH
CH3
Propriedades Físicas
O grupo –OH dos álcoois é responsável por parte da solubilidade dos álcoois de
baixa massa molecular na água. O grupo –OH é totalmente polar e forma pontes de
18
hidrogênio com a água. Mas a solubilidade de um álcool vai depender da porção da
molécula apolar que é a cadeia alquílica. Quanto maior o tamanho da cadeia carbônica de
um álcool, menor será a sua solubilidade em água. Álcoois de cadeias moleculares extensas
têm a sua solubilidade semelhante aos hidrocarbonetos: eles são solúveis em solventes
orgânicos como éter e hexano. Conseqüentemente, se na cadeia carbônica estiver presente
mais de um grupo –OH, aumentará a solubilidade deste composto em água.
As ligações de hidrogênio têm um efeito no ponto de ebulição de um álcool. Por
exemplo, compare os pontos de ebulição do propano e 1-propanol. O propano ferve a -42°C
(é um gás a temperatura ambiente), já o propanol tem PE de 97°C. As ligações de
hidrogênio existem entre moléculas de álcool (intermolecular), resultando numa força de
atração muito grande. É necessária muito mais energia para separar moléculas de álcool do
que moléculas de alcanos pois estas não têm ligações de hidrogênio. Esta é a razão dos
álcoois possuírem pontos de ebulição altos e menor volatilidade do que seus
correspondentes alcanos.
Reatividade
Oxidação – O grupo –OH pode sofrer oxidação em muitas situações. Esta
capacidade é própria de álcoois primários e secundários. Álcoois terciários e fenóis resistem
a oxidação, com agentes oxidantes típicos como o ácido crômico e o permanganato de
potássio. O hidrogênio presente no carbono ligado ao grupo hidroxila, dos álcoois primários
e secundários, permite a oxidação. Como álcoois terciários não têm o hidrogênio, a
oxidação normal torna-se impossível. Com oxidantes mais enérgicos pode ocorrer uma
oxidação degradativa de álcoois terciários ocorrendo a quebra de cadeia e formação de
moléculas menores de ácidos carboxílicos, CO 2 e H2O.
H
CH3 C OH
H
álcool primário
CH3 C O
H
aldeído
H
CH3 C OH
CH3
ácido
crômico
ácido
crômico
ácido
crômico
CH3 C O
H
aldeído
CH3 C O
OH
ácido carboxílico
CH3 C O
CH3
cetona
CH3
CH3 C OH
CH3
ácido
crômico
com oxidantes normais
não ocorrera reação
19
O ácido crômico é usado em bafômetros, pois quando reage com álcoois ocorre
mudança de coloração do laranja para o verde. Pela coloração obtida pode-se saber a
quantidade de álcool no organismo humano.
Substituição – os alcoóis podem ter o grupo –OH substituído por átomo de cloro
presente no reagente de Lucas. Após a perda do grupo –OH, é formado um carbocátion
intermediário. Os alcoóis terciários formam, neste caso, um carbocátion bastante estável,
formando uma nuvem branca imediatamente após o contato com o reagente. Álcoois
secundários demoram de 5-10 minutos para dar reação positiva. Esta reação é negativa
para álcoois primários pois estes raramente formam carbocátions, por serem muito
instáveis.
CH3
ZnCl2
CH3 C OH
HCl
CH3
CH3
CH3 C Cl
CH3
Iodofórmio – alcoóis que possuem um grupo metila vizinho ao carbono que tem a –
OH, dão reação positiva para o iodofórmio. O iodofórmio que se forma na reação é um
precipitado amarelo (CHl3).
KI
NaClO
O
O
O
OH
KI
R NaClO
I3C
R
KI
NaClO
-
O
R
K+ ou Na+
+
CHl3
iodofórmio
Procedimento
Obs.: FAZER ESTES TESTES NA CAPELA
1. Solubilidade dos alcoóis: Duas misturas devem ser preparadas. A primeira num
tubo de ensaio contendo 1 mL de octanol e 1 mL de água. O segundo tubo deverá
conter 1 mL de octanol e 1 mL de hexano. Agite os tubos e anote as solubilidades
observadas.
20
2. Teste com ácido crômico: (Teste: etanol, 2-butanol, 2-metil-2-butanol e uma
substância desconhecida). Em uma placa de teste coloque 1 gota da substância a
ser testada. Adicione 5-8 gotas de acetona e misture com a bagueta de vidro.
Adicione 1 gota de ácido crômico. Misture e observe se houve mudança da cor
laranja para o verde.
Obs.: DISPONHA ESTE MATERIAL NO FRASCO INTITULADO “RESÍDUOS DE
SAL DE CRÔMIO” USANDO UM CONTA-GOTAS.
3. Teste de Lucas: (Teste: etanol, 2-butanol, 2-metil-2-butanol e uma substância
desconhecida). Num tubo de ensaio coloque 2 gotas do líquido a ser testado e 10
gotas do Reagente de Lucas. Misture e deixe em repouso. Atenção para a névoa
que deve aparecer. Se após 10 minutos nada ocorrer, coloque o tubo num banho
de vapor sem que a água esteja fervendo, deixando mais 10 minutos. Se não
ocorrer reação, coloque negativo nas suas anotações.
Obs.: a – O REAGENTE DE LUCAS CONTÉM ÁCIDO CLORÍDRICO CONCENTRADO.
EVITE CONTATO COM A PELE. SE ISTO OCORRER LAVAR COM ÁGUA CORRENTE
DURANTE VÁRIOS MINUTOS.
b – OS RESÍDUOS DESTE TESTE PODEM SER JOGADOS NA PIA.
1. Teste
de
iodofórmio: (Teste: etanol, ácido
salicílico
e
uma substância
desconhecida). Adicione 1 mL de água ao tubo de ensaio, e 5 gotas do líquido a ser
testado. Adicione 0,5 mL de NaOH a 10% e misture. Adicione 10 gotas de solução
de iodeto de potássio e 10 gotas de hipoclorito de sódio. A presença de um
precipitado amarelo indica a reação positiva.
Obs.: a – EVITE
CONTATO COM A PELE POIS ESTA SOLUÇÃO CAUSA
QUEIMADURAS.
b – OS
RESÍDUOS DEVERÃO SER DISPOSTOS NO FRASCO ROTULADO
“RESÍDUOS DE IODOFÓRMIO”.
2. Teste com FeCl3 (Teste: etanol, ácido salicílico e uma substância desconhecida).
Para amostras sólidas, coloque uma ponta de espátula no tubo de ensaio. Adicione 1
mL de água para dissolver a maior quantidade possível da substância. Adicione 1
21
gota de solução de FeCl3 no tubo de ensaio e observe se há mudança de cor. Com o
líquido, adicione 3 gotas do líquido numa placa de porcelana e 1 gota de FeCl3.
Resultados:
1. Solubilidade
Substâncias
Observações
Octanol e água
Octanol e hexano
O octanol é mais solúvel em água ou no hexano? Por quê?
__________________________________________________________________________
________
2. Teste do ácido crômico
Substâncias
Observações
Positivo ou negativo
Etanol
2.butanol
2-metil-2-butanol
Fenol
Substância desconhecida
Escreva a equação química para cada reação. Dê, também, o nome dos produtos formados.
3. Teste de Lucas (ZnCl2/HCl)
Substâncias
Observações
Positivo ou
negativo
Tempo
Etanol
2-butanol
2-metil-2-butanol
Subst. desconhecida
Escreva a equação química para cada reação. Dê os nomes dos produtos formados.
4. Teste do iodofórmio (Kl + NaClO)
Substâncias
Observações
Positivo ou negativo
Etanol
Fenol
2-butanol
Subst. desconhecida
5. Teste de FeCl3
22
Substâncias
Observações
Positivo ou negativo
Etanol
Fenol
Ácido salicílico
Subst. desconhecida
Escreva a estrutura do ácido salicílico. Ele é classificado como um álcool ou um fenol?
Conclusões na identificação da substância desconhecida. Seja específico nos seus
comentários.
6. Solubilidade do fenol
Mistura
Fenol + água
Fenol + NaHCO3
Fenol + NaOH
Observações
Solúvel?
Qual é a base mais forte: NaHCO3 ou NaOH?
23
3 – DESIDRATAÇÃO INTRAMOLECULAR DO CICLOEXANOL
Procedimento experimental
Parte I - Obtenção do cicloexeno
Colocar 40 g de cicloexanol e 12 mL de ácido fosfórico concentrado em um balão
de fundo redondo de 100 mL, adicionar alguns fragmentos de porcelana porosa ou pérolas
de ebulição e misturar bem. Ajustar o balão a um sistema para destilação com termômetro
iniciar o aquecimento e controle para que a temperatura não exceda 90 ºC. Coletar o
destilado em um balão ou uma proveta.
Parar a destilação quando restar apenas um pouco de resíduo a ser destilado.
Deixar esfriar um pouco. Em seguida, transferir o destilado para um pequeno funil de
separação. Saturar o destilado com cloreto de sódio, adicionar 8 mL de carbonato de sódio
a 5% (para neutralizar traços de ácido livre), agitar e transferir a fase orgânica para um
erlenmeyer. Adicionar entre 6 - 8 g de sulfato de sódio anidro, agitar por 2 - 3 minutos e
deixar em repouso até a aula seguinte.
Parte 2 - Destilação fracionada do produto bruto obtido
Na aula seguinte, filtrar a suspensão em um balão de destilação de 50 mL,
adicionar fragmentos de porcelana porosa ou pérolas de ebulição e destilar o cicloexeno,
utilizando novamente um sistema para destilação fracionada. Coletar a fração com ponto de
ebulição entre 81 – 83 ºC, e pesar o material obtido.
Ensaios químicos para a análise do produto obtido
Teste 1- Adicionar entre 1,0 e 2,0 mL de solução de bromo em tetracloreto de carbono a 1,0
mL de cicloexeno. Anotar as alterações observadas.
Teste 2 - Adicionar 1,0 mL de cicloexeno a 1,0 mL de solução de permanganato de potássio
a 5% e 0,5 mL de ácido sulfúrico diluído e agite a mistura bifásica obtida. Anotar as
alterações observadas.
Assunto relacionado ao experimento: Alcoóis: desidratação intramolecular ou Alcenos:
métodos de obtenção.
24
4 – NITRAÇÃO DO BENZOATO DE METILA
Procedimento
Em um Erlenmeyer de 125 mL adicionar 12,0 ml de ácido sulfúrico concentrado,
resfriar o sistema em banho de gelo e água a 0o.C e adicionar 6,1 g (=5,6 mL) de benzoato
de metila. Resfriar novamente o meio reacional em banho de gelo e água a 0-10o.C.
Adicionar à esta mistura, sob resfriamento, uma mistura de 4 ml de ácido sulfúrico
concentrado e 4 ml de ácido nítrico concentrado, gota a gota, através de uma pipeta do tipo
Pasteur. Durante a adição da mistura de ácidos, agitar freqüentemente a mistura reacional á
temperatura ambiente e, após 15 minutos, vertê-la em um Bécker de 250mL ou através de
filtração à vácuo em funil de Büchner , lavando o solido obtido com pequenas porções de
água destilada e gelada e , em seguida, com duas porções de10,0 mL cada de metanol
gelado. Secar o sólido obtido, pressionando-o contra um papel de filtro limpo. Retirar uma
pequena porção do produto bruto obtido ( cerca de 0,5 g) e recristalizar o solido restante
com metanol )deve-se utilizar para a recristalização: massa de metanol igual a massa do
produto obtido). Pesar o produto recristalizado. Determinar o ponto de fusão do produto
bruto e o produto recristalizado.
Questões
1. Procurar na literatura ( atálogos Aldrich, Merck, Merck Index ou CRC- handbook of
Chemistry and physics) ou na internet (www.merck.com.br,
www.acros.com,
www.sigma-aldrich.com.br) dados de ponto de fusão dos três possíveis isômeros do
nitrobenzoato de metila, a saber: o- nitrobenzoato de metila, m- nitrobenzoato de
metila, p- nitrobenzoato de metila. Baseado nestes dados de literatura e nos dados
experimentais de ponto de fusão, escrever a fórmula estrutural do produto obtido.
2.
Equacionar a reação química envolvida e especificar a quantidade de reagentes e
produtos ( em quantidade de matéria e massa). Calcular o rendimento do produto
bruto e o rendimento do produto puro ( em porcentagem).
3. Propor uma explicação para a não formação dos demais isomeros do nitrobenzoato
de metila.
4. Propor uma explicação para a preocupação com o controle da temperatura no
desenvolvimento da reação.
25
5 – PREPARAÇÃO DO ACETATO DE ISOPENTILA
Objetivos:
Preparar o acetato de isopentila pela reação de esterificação entre o álcool isopentílico e o
ácido acético.
Procedimento:
1. Colocar 15 mL de álcool isopentílico e 20 mL de ácido acético em um balão de fundo
redondo de 100 mL.Cuidadosamente adicione 4 mL de ácido sulfúrico concentrado.
2. Refluxar a mistura por 45 minutos e deixar esfriar a temperatura ambiente.
3. Transferir a mistura para o funil de separação de 250 mL e adicionar 55 mL de água
destilada. Lavar o balão com mais 10 mL de água destilada e colocar também no
funil de separação.
4. Tapar o funil e agitar várias vezes. Deixar em repouso até que as fases se separem.
Desprezar a fase aquosa.
5. Lavar o éster obtido, contendo um pouco de ácido acético, com 25 mL de uma
solução aquosa de bicarbonato de sódio a 5%. Desprezar a fase aquosa.
6. Lavar novamente o éster
com 25 mL de uma solução aquosa de bicarbonato de
sódio a 5%. Desprezar a fase aquosa.
7. Lavar a fase orgânica com 25 mL de água destilada e desprezar a fase aquosa.
8. Transferir o éster para um Erlenmeyer de 250 mL contendo cerca de 2 g de sulfato
de sódio anidro, tapar com uma rolha e agitar por 10 minutos.
9. Filtrar através e um funil analítico , e recolher num béquer de 100 mL previamente
pesado
10. Anotar a massa do éster obtido para calcular o rendimento da reação.
Questionário
1. Escreva a equação química da reação de formação do éster.
2. A reação de esterificação é uma reação reversível e , portanto, podemos aplicar a lei
de ação das massas. O que esta lei estabelece?
3. Se usarmos 1 mol de ácido acético e 1 mol de álcool isopentilico quantos obteremos
de éster no final da reação?
4. Calcule o rendimento da reação.
26
6 – PREPARAÇÃO DA CICLOEXANONA
ATRAVÉS DA OXIDAÇÃO DO CICLOEXANOL
Procedimento:
A um balão de três bocas de 500 mL, conectar um condensador de refluxo, um funil
de adição e uma tampa esmerilhada.
Adicione ao balão 8,0 mL de cicloexanol e 4,0 mL de ácido acético glacial.
Carregar no funil de adição 130 mL de solução de hipoclorito de sódio 0,74 mol·L-1
(água sanitária comercial). Inicie, cuidadosamente, a adição do hipoclorito de sódio sobre a
mistura reacional por um período de 20-25 min. Ajuste a velocidade de adição de tal forma
que a temperatura da reação seja mantida entre 40-45 oC (monitorar através da imersão de
um termômetro na mistura reacional).
Esfrie a reação com o auxílio de um banho de gelo-água se a temperatura exceder
o
45 C, mas não permita que a temperatura seja inferior a 40 oC, podendo causar uma
diminuição do rendimento da reação. Agite o sistema ocasionalmente enquanto a adição
ocorre, pemitindo uma melhor homogeinização do sitema.
Após completar a adição do hipoclorito, deixe a reação em repouso por 15-20
min., agitando ocasionalmente. Em seguida, adicione entre 2-3 mL de uma solução saturada
de bissulfito de sódio, agite a mistura e transfira-a para uma aparelhagem de destilação por
arraste a vapor. Adicione sobre o líquido orgânico cerca de 25 mL de NaOH 6 mol·L-1.
Destile por arraste a vapor e colete cerca de 40-50 mL de destilado. Adicione 5 g de NaCl ao
destilado, transfira a mistura para um funil de separação e separe as fases. Seque a fase
orgânica com carbonato de potássio anidro (ou sulfato de sódio anidro), filtre o produto de
reação para um frasco previamente tarado. Calcule o rendimento.
Questões:
1. Equacionar a reação química envolvida e especificar a quantidade de
reagentes e produtos (em moL e massa);
2. Calcular o rendimento do produto (em porcentagem).
3. Água sanitária é uma solução contendo hipoclorito de sódio, hidróxido de
sódio, cloreto de sódio e cloro gasoso (Equação 1). A adição de ácido acético promove a
formação de ácido hipocloroso e acetato de sódio (Equação 2). Na oxidação de álcoois
de alcoóis utilizando água sanitária e ácido acético, o agente oxidante é o íon Cl+,
27
gerado a partir de NaOCl, HOCl ou Cl2. Sugira um mecanismo para a oxidação do
cicloexanol (formando cicloexanona), a partir da redução do íon Cl+ (gerando Cl-).
Assuntos relacionados ao experimento: Alcoóis, reações de oxidação, cetonas, métodos
de preparação.
28
7 – SABÕES E DETERGENTES
Objetivos:
1. Sintetizar sabão pela reação de KOH com solvente etanol, também chamada reação
de saponificação;
2. descrever as diversas propriedades do sabão sintetizado: poder espumante, poder
emulsionante e pH;
3. observar as diferenças nas reações de sabões e detergentes com águas duras;
4. ilustrar a reação entre um triglicerideo e uma base para formar sabão;
5. testar fosfato em detergentes.
6.
Introdução teórica
Os sabões contidos em produtos são encontrados em muitas cores, fragrâncias e
texturas. Apesar deles serem encontrados no mercado em várias formas, a sua síntese
sempre se inicia a partir de gorduras e óleos.
Na química, óleos e gorduras são conhecidos como triglicerídeos. Triglicerídeos
contem o grupo funcional éster que vem da reação de um álcool, glicerol com 3 moleculas
de ácidos carboxílicos de cadeia longa conhecidos como ácidos graxos:
R C O CH2
O
R´
C O CH
O
R´´
C O CH2
O
Triglicerídeo
Quando os grupos alquila (grupos R) do triglicerídeo são provenientes de ácidos
graxos saturados, tais como o acido esteárico, a gordura é sólida a temperatura ambiente:
isto caracteriza normalmente uma gordura animal. Por outro lado, se os grupos alquila
provem de ácidos graxos insaturados, a gordura é liquida a temperatura ambiente e é
conhecida como óleo ou óleos vegetais. Dois exemplos de gorduras insaturadas são os
ácidos oléicos e linoleico. Observe que os ácidos graxos são ácidos carboxílicos com
cadeias longas, variando de 12 a 22 carbonos.
29
CH3(CH2)16 C OH
O
ácido esteárico
-
CH3(CH2)7CH CH(CH2)7 C OH
O
ácido oleíco
Quando um triglicerídeo é hidrolisado em meio básico, os produtos da reação são
glicerol e sais dos respectivos ácidos graxos. O sabão é formado por uma mistura de sais de
ácidos graxos. Este tipo de reação recebe o nome de reação de saponificação.
R C O CH2
CH2OH
O
R´
C O CH
+
3 NaOH
3 R COONa
O
R´´
C O CH2
+
CHOH
CH2OH
O
Sabão
glicerina
Sais de ácidos
Graxos
Os sais de sódio dão origem a sabões do tipo duro. Já se for usado KOH, obtém-se
sabões moles ou liquidos.
O maior problema que surge com os sabões é quando temos “águas duras”. As
águas duras contem íons de cálcio, ferro e magnésio em excesso e que precipitem em
contato com o sabão. Sabões que não tem poder de limpeza em águas duras são
excelentes agentes de limpeza em águas moles. Algumas vezes são usados abrandadores
para que os sabões não precipitem em águas duras.
Uma alternativa para substituir os sabões são os detergentes. Detergentes são
efetivos tanto em águas duras como moles. Eles diferem dos sabões por que são sais de
ácidos sulfônicos ou alquilbenzenosulfonicos com cadeias alquila longas, em lugar dos sais
de ácidos carboxílicos.
30
CH3
CH3(CH2)10
SO 3- Na+
CH
Um sal alquilbenzenosulfonato
Detergentes alquilbenzenosulfonato são produzidos com cadeias alquila mais
ramificadas mas estes compostos são detectados em lagos e rios mesmo depois de algum
tempo do esgoto ter sido lançado: isto leva a conclusão que detergentes com cadeias
ramificadas não conseguem ser degradados por microrganismos como os de cadeias
lineares. Disto foram criadas leis banindo o uso destes detergentes não biodegradáveis.
Similarmente, os fosfatos que são adicionados aos detergentes para abrandar águas duras
e aumentar o poder surfactante (o poder de detergência) são problemáticos. Quando
lançados estes resíduos em rios e lagos, há o crescimento exagerado de algas que
consomem muito oxigênio e sufocam as outras formas de vida na água. Os fosfatos cada
vez mais estão sendo banidos de formulações de detergentes.
Sabões e detergentes possuem um tipo de estrutura que tem dupla ação. A cadeia
de hidrocarboneto apolar que é insolúvel na água e a parte polar solúvel na água. O
esquema de ação de limpeza dos sabões e detergentes aparece abaixo.
O
CH3CH2(CH2)nCH2 C
cadeia apolar
O- Na+
capaz de interagir
Extremidade polar
com a gordura
capaz de interagir
com a água
Dessa maneira formam-se “micelas”, uma gotícula microscópica de gordura
envolvida por moléculas de sabão, orientadas com a cadeia apolar direcionada para dentro
(atingindo „com o óleo) e a extremidade polar interagindo com a água.
31
A água interage apenas com a parte externa da micela que é polar. Assim, essa
micela é facilmente dissolvida pela água, o que torna fácil remover, com auxilio de sabões,
sujeiras apolares.
Os detergentes atuam da mesma maneira:
SO 3- Na
+
Detergente aniônico
+
NH4 ClDetergente catiônico
Desde que o sabão pode formar micelas com a sujeira promove a limpeza e tem
habilidade de criar emulsões. Emulsificação refere-se a dispersão de gotículas de liquido
em outro liquido. O óleo pode ser disperso em águas mas permanece assim
temporariamente. Com a mistura em repouso observa-se a formação de 2 fases. Quando a
mistura dos dois é agitada, forma-se novamente e emulsão. Um agente emulsionante tem a
capacidade de dispersar um liquido no outro e não deixa que ocorra separação. O sabão
possui esta habilidade, neste experimento faremos a síntese de sabão a partir de gordura
sólida usada em cozinha. Serão testadas as propriedades deste sabão e do sabão
encontrado no comércio e determinaremos se um detergente possui fosfato em sua
formulação.
Procedimento:
32
1. Síntese do sabão: Primeira parte
A. No balão de fundo chato de 250 mL pesar 15g de gordura vegetal. Adicionar 15 mL de
KOH 45%, 15 mL de etanol 95% e os cacos de porcelana. Adaptar o condensador e
refluxar a mistura por 25 minutos.
B. enquanto a mistura está refluxando, colocar em cada béquer de 250 mL, 60 mL da
solução de NaCl e deixar estes béqueres e a pissete com água destilada imersos no
banho de gelo. Acabando o tempo de refluxo, suspender a aparelhagem, deixar a
fervura arrefecer e com cuidado retirar o condensador. Usar a garra do balão para não
queimar as mãos. Reservar ¼ (10 mL)desta mistura de sabão cru num béquer de
100mL, pois será usado na parte 2 a desta experiência. O restante da mistura de sabão
cru, despejar num béquer de 250mL que contenha a salmoura gelada. Agitar por 5
minutos mantendo o béquer no banho de gelo. Filtrar pelo funil de Buchner e lavar com 3
porções de 5mL de água destilada gelada.
C. remover o sabão do papel de filtro com auxílio de uma espátula e colocar num béquer de
250mL com 15mL de água destilada. Aquecer a mistura na manta de aquecimento
cuidadosamente por 10 minutos e agitando continuamente. Despejar este conteúdo no
béquer de 250mL com salmoura gelada, reservado anteriormente. Misturar por 5
minutos e filtrar pelo funil de Buchner. Lavar o sabão com 2 porções de 5mL de água
destilada fria. Guardar este filtrado pois ele será testado mais adiante na parte 2b.
D. Moldar a barra de sabão.
2. Propriedades do sabão. Segunda parte
A. Adicionar 30mL de água destilada no sabão cru reservado no béquer de 100mL.
Homogeneizar bem. Num tubo de ensaio adicionar 10gts de solução de CaCl2 e 10mL
da solução deste sabão. No segundo tubo, 10 gts de solução de MgCl2 e 10mL de
solução de sabão. No terceiro tubo, 10gts de solução de FeCl3 e 10mL de sabão. Agitar
bem cada tubo e anotar o que foi observado. Repita estes testes com uma solução de
detergente (10mL H2O + 5 gts detergente). Anote também o que foi observado.
B. O seu sabão pode conter um excesso de base que é prejudicial à pele e às roupas.
Teste a basicidade do sabão adicionando a 10mL do líquido filtrado contido um tubo de
ensaio, 2gts de indicador fenolftaleína. Se a solução tornar-se rosa, seu sabão contem
excesso de KOH.
33
C. Lavar as mãos com seu sabão. Ele faz espuma? Dá sensação escorregadia na mão?
Agora, lavar suas mãos com um sabão normal para remover os resíduos do sabão
sintetizado por você.
D. Testar o poder emulsificante do seu sabão. Em um tubo de ensaio adicionar 5 gts de
querosene e 5mL de água. Agitar e observar se há formação de emulsão. Em outro
tubo de ensaio, adicionar os mesmos ingredientes e uma pequena quantidade do seu
sabão. Agitar o tubo e comparar a estabilidade das emulsões formadas.
3. Teste para fosfatos em detergentes:
Adicionar 20 gts de detergente num tubo de ensaio. Adicionar 8 gts de HNO 3 6mol/L.
(CUIDADO: ÁCIDO FORTE; EVITE CONTATO COM A PELE, OLHOS E ROUPAS). Se
ocorrer formação de espuma, adicionar lentamente o ácido até que a espuma desapareça.
Adicionar mais 8 gts do ácido. Misturar com auxílio de bagueta. Transferir 6 gts desta
solução para um tubo de ensaio seco e adicionar 2 gts de solução de molibdato de amônio
0,2 mol/L. Levar o tubo de ensaio para aquecer por 5 minutos num banho de água fervente.
Um precipitado amarelo indica a presença de fosfato no detergente.
DADOS OBTIDOS DAS EXPERIÊNCIAS REALIZADAS
1. Reação com íons (Indicar positivo ou negativo)
Ca+2
Solução
Sabão cru
Detergente
Mg+2
Fe++3
2. Basicidade:
Sabão +fenoftaleína – anotar as observações
3. Propriedades de lavagem:
Habilidade de fazer espuma
(Boa, ruim, péssima)
Sensação oleosa ou escorregadia?
Sim ou Não
34
4. Propriedades emulsificantes:
Mistura
Água e querosene
Sabão, água e querosene
Tempo de estabilidade e observações
5. Teste para fosfatos:
Aparência do tubo de ensaio após a adição de solução de molibdato de amônio. Apresenta
ou não apresenta fostato no detergente.
35
8 – REAÇÃO DE HIDRÓLISE DE ÉSTER SEGUIDA DE REAÇÃO
DE ACETILAÇÃO: PREPARAÇÃO DO ÁCIDO ACETIL
SALICÍLICO (ASPIRINA)
1ª Parte: preparação do ácido salicílico
Em um balão de 250 mL de fundo redondo misturam-se 10 mL de salicilato de metila
com 100 mL de hidróxido de sódio a 20%.
Adaptar o condensador e refluxar a mistura por 15 minutos.
Resfriar o balão em banho de gelo e a seguir acidular com 120 mL de ácido sulfúrico
a 20%.
Resfriar novamente o balão e filtrar o precipitado através de um funil Büchner.
Secar o precipitado ao ar, em um vidro de relógio, pesar e calcular o rendimento.
Obs.: Densidade do salicilato de metila  1,180g/mL
2ª Parte: preparação do ácido acetil salicílico
Em um béquer de 250 mL adicionar 4g de ácido salicílico, 10 mL de anidrido acético
e 1 mL de ácido sulfúrico concentrado.
Agitar a mistura suavemente. A temperatura da mistura se elevará permanecendo
assim por cerca de 15 minutos. Após esse tempo, a temperatura cai, devendo ser
adicionado 50 mL de água destilada fria.
Agitar e recolher os cristais em um funil Büchner.
Secar o precipitado ao ar, em um vidro de relógio. Pesar e calcular o rendimento.
36
9 – BIODIESEL – REAÇÃO DE TRANSESTERIFICAÇÃO
PROCEDIMENTO :A reação de transesterificação

Em um balão de fundo chato (500 mL) adiciona-se 100 mL do óleo de soja usado em
frituras, sendo este último previamente filtrado através de algodão para remoção de
resíduos sólidos. Esse material deve ser aquecido em banho-maria, sob agitação
com o auxílio de uma barra magnética, até atingir a temperatura de 45
o
C
(previamente preparado)

Adiciona-se a solução de metóxido de potássio recentemente preparada, e a mistura
reacional permanece a 45 oC sob agitação por 10 min.

A mistura reacional é transferida para um funil de separação para permitir a
decantação e separação das fases: superior contendo biodiesel e inferior composta
de glicerol, sabões, excesso de base e álcool (tempo de espera para separação das
fases (15 min). Recolhe-se a fase inferior em uma proveta de 50 mL. Anote
o
volume obtido.

O volume de biodiesel (fase superior) deve ser medido utilizando-se uma proveta de
250 mL e então retornado ao funil de separação para os procedimentos de lavagem:

Inicialmente com 50 mL da solução aquosa de ácido clorídrico a 0,5% (v/v); em
seguida, a fase aquosa é desprezada

A fase orgânica, mantida no funil de separação, é adicionada 50 mL de solução
saturada de NaCl e, após a agitação e remoção da fase aquosa adiciona-se
novamente a fase orgânica 50 mL de água destilada. A ausência do catalisador
básico no biodiesel pode ser confirmada através da medida do pH da última água de
lavagem, a qual deve estar neutra.

Nos casos de formação de emulsão, esta será desfeita com auxílio de um bastão de
vidro, agitando-se lentamente a camada emulsificada., ou com a adição de um pouco
de metanol.

A solução orgânica contendo o Biodiesel é transferida para um Erlemneyer e
adiciona-se
uma ponta de espátula de sulfato de sódio anidro e deixe por 10
minutos.

A solução de biodiesel é transferida para uma proveta de 250 mL para medição do
volume. O biodiesel aparece como um líquido límpido de coloração amarela.
37
10 – PREPARAÇÃO DO ÁCIDO BENZÓICO PELA REAÇÃO DE
CANNIZZARO SEM O EMPREGO DE SOLVENTES:
Adicione em um almofariz 2,0 mL de aldeído benzóico e 1,5 g de hidróxido de potássio. Com
auxílio de um pistilo triture cuidadosamente o hidróxido de potássio sólido até obter uma
pasta.
O HIDRÓXIDO DE POTÁSSIO SÓLIDO PODE CEGAR INSTANTANEAMENTE E
CAUSAR QUEIMADURAS NA PELE. USE OS EPIS NECESSÁRIOS PARA SUA
SEGURANÇA!
A reação se inicia formando um produto pastoso. Continue a maceração da mistura
reacional por pelo menos 20 minutos, até que o odor de benzaldeído tenha diminuído muito
ou desaparecido (final da reação), figura 4.
Figura 4. Procedimento usado na reação de Cannizzaro sem solvente usando-se
benzaldeído e, como catalisador, o hidróxido de potássio.
Adicione então ao almofariz cerca de 20 mL de água destilada, macerando o produto até
dissolvê-lo. Transfira a solução para um erlenmeyer de 125 mL e acidifique (capela) a
mistura com ácido clorídrico concentrado até obter a formação de um sólido branco. A
quantidade de sólido pode ser aumentada colocando-se a mistura reacional em um banho
de gelo.
O sólido obtido é filtrado a vácuo e lavado com muito pouca água gelada se necessário.
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REFERÊNCIAS
VOLLHARD, K. P.C.; SCHORE N.E.; Química Orgânica – Estrutura e Função; 4ª Ed,
Porto Alegre; Bookman; 2004.
SOLOMONS, T. W. Graham; Química Orgânica; 8ª ed. Rio de Janeiro, LTC – Livros
Técnicos e Científicos, 2005. 2v
MCMURRAY,J. Química Orgânica. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005. 2v.
BRUICE, P. Y.; Química Orgânica – 4ª ed. São Paulo, Pearson Prentice Hall, 2006. 2v.
PAVIA D. L.; et al.; Química Orgânica Experimental – Técnicas básicas em pequena
escala; 2ª ed. Porto Alegre; Bookman; 2009.
DIAS, A. G.; et al.; Guia Prático de Química Orgânica – vol. II, Síntese Orgânica:
Executando Experimentos; São Paulo, Ed. Interciências; 2008.
BECKER, H. G.,O.; et al.; Organikum – Química Orgânica Experimental; 2ª ed. Lisboa,
Fund. Caloustre Gulbenklan; 1997.
STEFANI, H. A.; Introdução a Química de Compostos Heterocíclicos; Rio de Janeiro,
Guanabara Koogan; 2009.
WARREN, S.; WYATT, P.; Organic Syntesis – The Disconection Approach; 2nd ed.
Great Britain, Wiley; 2009.
COSTA, P.; et al.; Substâncias Carboniladas e Derivados; SBQ – Porto Alegre, Bookman;
2003.
CLAYDEN, J.; GREEVES, N.; WARREN, S e WOTHERS, P.; Organic Chemistry; New
York, Oxford; 2001.
CARROLL, F. A.; Perspective on Structure and Mechanism in Organic Chemistry;
California, Brooks/Cole; 1998.
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