Acúmulo de massa seca em cultivares de Brachiaria

Propaganda
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA
Acúmulo de massa seca em cultivares de Brachiaria Brizantha
submetida a intensidades de desfolhação
JOÃO GUILHERME DE GÓIS FONTES
Orientador: Jailson Lara Fagundes
Co-orientador: Alfredo Acosta Backes
São Cristovão-SE
2012
i
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA
JOÃO GUILHERME DE GÓIS FONTES
Acúmulo de massa seca de cultivares em Brachiaria Brizantha submetida a
intensidades de desfolhação
Dissertação apresentada a Universidade Federal
de Sergipe como parte integrante do Curso de
Mestrado em Zootecnia, para obtenção do título
de “Mestre”.
Orientador: Jailson Lara Fagundes
Co-orientador: Alfredo Acosta Backes
São Cristovão-SE
2012
ii
FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA CENTRAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
Fontes, João Guilherme de Góis
Acúmulo de massa seca de cultivares em Brachiaria
brizantha submetida a intensidades de desfolhação / João
Guilherme de Góis Fontes ; orientador Jailson Lara Fagundes.
– São Cristóvão, 2012.
vii, 59 f. ; il.
F683a
Dissertação (Mestrado em
Federal de Sergipe, 2012.
Zootecnia)
–
Universidade
O
1.
Brachiaria brizantha. 2. Plantas forrageiras. 3.
Matéria seca. 4. Relação folha/colmo. I. Fagundes, Jailson
Lara, orient. II. Título
CDU 633.2(213.5)
ii
JOÃO GUILHERME DE GÓIS FONTES
Acúmulo de massa seca de cultivares em Brachiaria Brizantha submetida a
intensidades de desfolhação
Dissertação apresentada a Universidade Federal
de Sergipe como parte das exigências para
obtenção do título de Mestre em Zootecnia.
APROVADA em 12 de julho de 2012.
___________________________________
Dr. José Henrique Rangel (EMBRAPA)
___________________________________
Prof. Dr. Laerte Marques da Silva (UFS)
___________________________________
Prof. Dr. Jailson Lara Fagundes (Orientador – UFS)
São Cristovão-SE
2012
iii
SUMÁRIO
Página
Resumo................................................................................................................................
vi
Abstract...............................................................................................................................
vii
Introdução Geral..................................................................................................................
01
Revisão de Literatura...........................................................................................................
03
Referências Bibliográficas...................................................................................................
20
Capitulo 1- Acúmulo de massa seca de cultivares em Brachiaria Brizantha submetida a
intensidades de desfolhação.................................................................................................
33
Resumo ...............................................................................................................................
34
Abstract ...............................................................................................................................
34
Introdução ...........................................................................................................................
35
Material e Métodos..............................................................................................................
37
Resultados e Discussão........................................................................................................
39
Conclusões ..........................................................................................................................
47
Referencias Bibliográficas...................................................................................................
48
Tabelas ................................................................................................................................
54
Anexo (croqui da área experimental)...................................................................................
59
iv
Aos meus queridos pais, William e Maria Odete
pelos ensinamentos de dignidade, força, incentivo e amor.
Aos meu querido irmão, Mário Walter
Pela união, companheirismo e amor.
A todos os meus familiares
Pela força e incentivo por um futuro melhor.
DEDICO
Ao meu orientador (amigo) Jailson
Pelos puxões de orelha e ensinamentos, querendo sempre minha superação.
A todos os meus Amigos e a Renata
Por estarem juntos nesta jornada, dando alegria, incentivo e carinho.
A todos os professores da UFS
Pelos longos seis anos e meio de convivência e aprendizado.
OFEREÇO
v
RESUMO
Fontes, João Guilherme de Góis. Acúmulo de massa seca de cultivares em Brachiaria
Brizantha submetida a intensidades de desfolhação. Sergipe: UFS, 2012. 59p. (Dissertação Mestrado em Zootecnia)
O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de diferentes intensidades de desfolhação no
acúmulo de matéria seca, composição morfológica e resíduo de forragem em diferentes cultivares
de Brachiaria brizantha. Os tratamento consistiram em três cultivares de Brachiaria brizantha
(Marandú, Xaraés e MG4) e quatro intensidades de desfolhação (10, 20, 30 e 40 cm) durante o
período de agosto de 2010 a julho de 2011 no campus rural da Universidade Federal de Sergipe em
uma área já estabelecida, sendo realizada correção de solo de acordo com as exigências culturais. O
delineamento experimental foi o de blocos casualizados com quatro repetições em fatorial 3x4. As
cultivares apresentaram comportamento significativo sob as diferentes intensidades de desfolhação,
acúmulo de massa seca total e de folha, percentagem de material morto e altura do dossel. Quando
submetido as diferentes intensidades de desfolhação não foi constatado efeito significativo para o
acúmulo de colmo, percentagem de colmo, densidade da forragem e relação Folha:Colmo. As
cultivares Marandú e Xaraés apresentaram maior acúmulo de folha, maior altura de dossel e relação
Folha:Colmo que o MG4. As intensidades de desfolhação de 30 e 40 cm foram as mais indicadas
por apresentarem menor acúmulo e percentagem de colmo e maior relação Folha:Colmo. A
participação de material verde na matéria seca e o resíduo de matéria seca é altamente influenciável
pela intensidade de desfolha.
Palavras chaves: Altura dossel, Forrageira tropical, Matéria seca, Relação folha/colmo
vi
ABSTRACT
Fontes, João Guilherme de Góis. Dry matter accumulation in cultivars Brachiaria Brizantha
subjected to intensities of defoliation. Sergipe: UFS, 2012. 59p. (Dissertation - Master in
Zootecnia)
The aim of this study was to evaluate the effect of different intensities of grazing on dry
matter accumulation, morphological composition and the forage in different cultivars of Brachiaria
brizantha. The treatment consisted of three cultivars of Brachiaria brizantha (Marandú, Xaraés and
MG4) and four defoliation intensities (10, 20, 30 and 40 cm) during the period August 2010 to July
2011 in the rural campus of the Federal University of Sergipe an area already established, soil
correction being performed in accordance with the cultural demands. The experimental design was
a randomized block design with four replications in a 3x4 factorial. Cultivars showed significant
under different intensities of defoliation, total dry matter accumulation and leaf, percentage of dead
material and canopy height. When subjected to different intensities of defoliation no significant
effect to the buildup of thatch, thatched percentage, the forage density and leaf: stem ratio. Cultivars
and Marandú Xaraés showed higher accumulation of leaf largest canopy height and leaf: stem ratio
than the MG4. The intensities of defoliation of 30 and 40 cm were the most suitable for presenting
smaller accumulation and concentration stem and higher Sheet: Colmo. Participation of green
material in dry matter and dry matter residue is highly influenced by the intensity of defoliation.
Keywolds: Dry matter, Height canopy, Leaf / stem ratio, Tropical forage
vii
INTRODUÇÃO
As pastagens tropicais representam os recursos alimentares mais econômicos para produção
de ruminantes, não havendo qualquer outro tipo de modalidade alimentar, que seja, mais
competitiva que a forragem colhida no campo pelo próprio animal. Melhorias na utilização das
pastagens pode vir acompanhada pelo aumento da eficiência do sistema produtivo e do aumento da
produção animal no país (NUSSIO, 2000).
Um fator importante que contribuiu para o aumento das pastagens e com isso a produção
animal no Brasil, foi a introdução das pastagens cultivadas de origem africana, principalmente as do
gênero Brachiaria, forrageiras com crescimento vigoroso e adaptada a diferentes regiões brasileiras
(PORTES et al., 2003). Dentre as espécies de Brachiarias a Brachiaria brizantha vem se
destacando nos últimos anos, representando aumento considerável na área plantada (MACEDO,
2005). Vários são os fatores que afetam o desenvolvimento das gramíneas forrageiras e
consequentemente irão influenciar a produtividade do sistema. Nesse sentido, informações que
possibilitem o manejo de forma criteriosa e racional irão ajudar muito o sistema produtivo.
Conhecer o manejo forrageiro é imprescindível ao entendimento das respostas morfogênicas
a colheita, para que possa ser elaborado estratégias adequadas para a exploração do potencial
forrageiro, sendo o manejo do pastejo a característica de maior impacto e mais significativa na
eficiência global da produção animal em pastagens. (DA SILVA & CORSI, 2003; GOMIDE et al.,
2009).
A produção forrageira conciliada com a perenidade do pasto e a produção animal é
altamente dependente de conhecimento do manejo forrageiro, sabendo o equilíbrio especifico de
cada espécie forrageira, ressaltando-se que somente após a associação estável entre planta e
ambiente na pastagem, a consideração do componente animal como gerador de produção se torna
importante (FLORES et al., 2008).
1
Sistemas de manejo baseados em conhecimentos científicos tem caráter primordial na
utilização em pastejo de gramíneas tropicais, em virtude do rápido aumento de lignificação dos
constituintes da parede celular o que faz com que reduza a digestibilidade, tornando necessário o
conhecimento do momento ideal de índice de área foliar e índice de área foliar remanescente, para
melhor rendimento produtivo, nutritivo e econômico (SARMENTO, 2003).
Mesmo sabendo que os processos, mecanismos e princípios que determinam a produção
forrageira sejam idênticos, a planta assumirá valores distintos para cada espécie, onde a plasticidade
fenotípica é a responsável pelos processos de amplitude das compensações especificas (HODGSON
& DA SILVA, 2002), com isso justifica a necessidade de conhecer mais detalhadamente a planta
forrageira e observar as mudanças morfológicas e estruturais do dossel forrageiro ao longo do
tempo (DA SILVA & PEDREIRA, 1997; EUCLIDES & EUCLIDES FILHO, 1997).
A estrutura do dossel forrageiro que é determinada pela arquitetura e morfologia da planta,
pela distribuição espacial das folhas, pelas relações Folha:Colmo e material Vivo:Morto, pela
densidade de folhas verdes e pela altura, vêm a interferir diretamente sobre a produção forrageira e,
o consumo e desenvolvimento animal. Logo o controle da frequência e intensidade de desfolhação,
constitui um mecanismo essencial para maior eficiência na produção e utilização do dossel
forrageiro (OLIVEIRA et al., 2007).
Este trabalho tem por objetivo avaliar as características produtivas, estruturais e morfogênicas
do dossel de Brachiaria brizantha, cv. Xaraés, Marandú e MG4, quando submetido a diferentes
intensidades de desfolhação.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A pecuária mundial continua buscando cada vez mais o aumento produtivo e econômico,
visando atender a demanda mundial por carne decorrente do crescente aumento da população. Com
2
o Brasil não é diferente, é um dos países de maior potencial de produção pecuária a pasto,
determinado principalmente pelas suas condições climáticas e vasta extensão territorial (COSTA et
al. 2005), sendo o 2° maior produtor de carne bovina e o maior exportador, ocupando 27% do
mercado do comercio mundial (MAPA, 2007).
Aproximadamente 88% da carne bovina produzida no país é de origem quase que
exclusivamente de rebanhos mantidos em pastagens (COSTA et al., 2009), isto em decorrência dos
valores produtivos, onde a alimentação baseada em pastagens é a forma mais competitiva de
produção animal, pois a forragem é colhida no campo pelo próprio animal (NUSSIO, 2000).
A área de pastagens no Brasil ocupa uma parte extensa do território nacional, apesar disso, a
pecuária, de maneira geral, ainda é praticada de forma amadora na maioria dos casos, com
resultados de produtividade que comprometem a rentabilidade da atividade de exploração (DE
FARIAS et al., 1997; DA SILVA & PEDREIRA, 1997). Vários fatores contribuem para isso, entre
eles a baixa fertilidade natural do solo, a reduzida disponibilidade de nutrientes, o déficit
pluviométrico, a má distribuição das chuvas durante o ano e o manejo inadequado das pastagens.
Uma das principais causas da baixa produtividade da pecuária brasileira é o processo de
degradação das pastagens (FREITAS et al., 2005). Atualmente o Brasil possui 100 milhões de
hectares com pastagens cultivadas, sendo que 80% apresentam algum grau de degradação e 50%
destas estão em estado avançado. Logo, os resultados econômicos obtidos pela maioria dos
pecuaristas brasileiros são bastante inferiores aos níveis ideais de produção passíveis de serem
obtidos (VITOR et al., 2009).
Deve-se levar em consideração também o tamanho quase que continental do país, com
diferentes regiões cada uma com suas limitações e peculiaridade. A região nordeste brasileira conta
com aproximadamente 1.542.000 km², correspondendo a 13,5% da área total do Brasil, estando,
praticamente, inserida no polígono das secas. Nessa região, observa-se, em geral, baixa
produtividade nos rebanhos, em função de vários fatores, podendo-se citar o sistema de manejo
3
extensivo e a forte dependência das disponibilidades quantitativas e qualitativas das pastagens
nativas como os mais importantes, porém um fator de extrema importância para esta região é o
déficit hídrico na maior parte do ano, não gerando o suporte necessário para o bom crescimento
forrageiro (CAMURÇA et al., 2002).
Fato que reflete na baixa lotação animal por área, no baixo ganho de peso na estação das
chuvas e, principalmente, na elevada perda de peso na estação seca, consequentemente, toda a
atividade apresenta perdas econômicas bastante consideráveis (BARDUCCI et al., 2009).
Sergipe é o menor estado do país, localizado na região Nordeste, ocupa a superfície de
22.005 km2, correspondendo a 0,26% do território nacional. De acordo com o IBGE (2007) o estado
possui cerca de 1 milhão de cabeças de bovinos, a produção de ruminantes exerce participação ativa
no PIB do estado, não diferente dos outros estados da federação, as pastagens apresentam baixa
disponibilidade de forragem, que em muitas vezes associado a falta de conhecimento do manejo
apropriado ou a não reposição de nutrientes, conduzem a degradação de forragens.
O conhecimento do manejo do pastejo de uma maneira geral é fundamental para o sistema
produtivo, sendo uma alternativa de grande impacto na eficiência global da produção animal em
pastagens, no entanto para o melhor manejo é necessário o conhecimento da forragem que se está
cultivando. Dentre as gramíneas mais cultivadas no país as do gênero Brachiaria apresentam
elevada participação, logo o conhecimento sobre essa forrageira é essencial para a máxima
eficiência do sistema. (FAGUNDES et al., 2006).
As gramíneas do gênero Brachiaria, têm apresentado boa adaptação para estas condições de
solo de baixa fertilidade, haja vista sua predominância na maioria das pastagens manejadas
inadequadamente e sem uso de fertilização para manutenção de sua produtividade (GAMARODRIGUES, 2002).
O grande interesse dos pecuaristas pelas espécies de braquiárias se prende ao fato de estas
em sua maioria serem plantas de alta produção de matéria seca, possuírem boa adaptabilidade,
4
facilidade de estabelecimento, persistência e bom valor nutritivo, além de apresentarem poucos
problemas de doenças e mostrarem bom crescimento durante a maior parte do ano, inclusive no
período seco, proporcionando excelente cobertura vegetal do solo (ASSIS et al., 2003; COSTA et
al., 2005; TIMOSSI et al., 2007).
Segundo Renvoize et al. (1996), o gênero Brachiaria tem 97 espécies, com limites
taxonômicos ainda mal divididos, podendo ser classificadas erroneamente e por taxonomia nova
conhecida como Urochloa (LENIS-MANZANO et al., 2010), distribuído por toda a zona tropical
do planeta. São encontradas espécies nativas no continente asiático, australiano, americano e
africano, sendo que as desse ultimo de maior importância no parâmetro da pecuária tropical.
Dentre as gramíneas do gênero Brachiaria a espécie brizantha, vem apresentando elevada
produção e aceitação comercial. A espécie Brachiaria brizantha (A.Rich.) stapf. é considerada boa
forrageira tropical em razão de suas características agronômicas e de seus índices zootécnicos,
ocupa extensas áreas de cultivo no Brasil, ela é originaria do continente africano, embora seja muito
difundida por vários países (JAKELAITES et al., 2005).
A Brachiaria brizantha vem se destacando como excelente forrageira, apresenta alta
resistência a cigarrinha-das-pastagens, alta resposta a aplicação de fertilizantes, bom valor nutritivo
e elevada produção de massa seca, porém apresenta baixa adaptação a solos mal drenados,
resistência moderada a seca e tolerância a varias características de manejo (VALLE et al., 2000;
SILVA et al., 2005; FLORES et al., 2008). Dentre as cultivares de Brachiaria brizantha três vem se
destacando pela maior produtividade e interesse comercial, as cultivares Marandú, Xaraés e a MG4.
A cultivar Marandú [(Urochloa brizantha cv. Marandú (Syn. Brachiaria brizantha cv.
Marandú)] é a mais encontrada no país, tendo sido trazido pela primeira vez da Zimbabwe
Grassland Research Station em Marandela, localizada no Zimbábue em 1967, logo após foi
cultivada durante vários anos no estado de São Paulo sendo distribuída para várias regiões
(RENVOIZE et al., 1996). Esta cultivar possui boa relação folha/haste (SILVA et al., 2005), adapta-
5
se a diferentes solos e diferentes locais, até 3000 metros de altitude, precipitação anual ao redor de
700 mm, tolera 5 meses de seca, se adapta a diversos ambientes, especialmente em sistemas de
produção com reduzido uso de insumos, que foi o responsável pela sua expansão e expressividade
(ANDRADE, 1994; SOARES FILHO, 1994). Quanto ao potencial produtivo, apresenta elevada
produção de matéria verde e responde bem a adubação, com produções de até 36 toneladas de
matéria seca por ha/ano (GHISI; PEDREIRA, 1987).
Os conhecimentos sobre os aspectos relacionados a ecofisiologia e produção do capim
Marandú ainda são relativamente pequenos, mesmo sendo a principal espécie forrageira plantada
ultimamente no país (PARIZ et al., 2011).
Após o lançamento da cultivar Marandú o Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Corte
(EMBRAPA) lançou outro cultivar de Brachiaria brizantha denominado Xaraés. Segundo Valle et
al. (2003), o cultivar Xaraés [Urochloa brizantha cv. Xaraés (Syn. Brachiaria brizantha cv.
Xaraés)] foi liberado com o objetivo de promover a diversificação de espécies forrageiras nas
pastagens do gênero Brachiaria, oferecendo opção alternativa de qualidade à Brachiaria brizantha
cv. Marandú, com o objetivo de barrar o monocultivo pecuário predominante no Brasil Central
(CARLOTO et al., 2011).
O cultivar Xaraés é indicado para solos de média fertilidade, bem drenados e de textura
média (VALLE et al., 2003). Essa forrageira é uma planta cespitosa que pode enraizar nos nós
basais e apresenta altura média de 1,5 metros, crescimento cespitoso, apresenta folhas mais largas
que o cultivar Marandú, com pouca pubescência e de coloração verde escuro, ainda apresenta
florescimento tardio e alta produção de sementes, possui média resistência a cigarrinha-daspastagens, rápido crescimento e elevada produção forrageira (VALLE et al., 2003; PEDREIRA et
al., 2007). Em ensaios em canteiros, apresentou elevada produção de forragem, chegando a 21 t/ha
de matéria seca com 30% desse rendimento no período seco (VALLE et al., 2001). Quando
6
comparada com o cultivar Marandú, o Xaraés é superior com maior produção de forragem e mais
rápida rebrota após pastejo (VALLE et al., 2003).
Outro cultivar da Brachiaria brizantha introduzida na mesma época do cultivar Xaraés foi o
cultivar MG4 [Urochloa brizantha cv. MG4 (Syn. Brachiaria brizantha cv. MG4)]. Esse cultivar é
originária da Colômbia, e se refere à Matsuda Genética n°4, que a introduziu no Brasil, em 1995,
por intermédio do Centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAT). A MG4 se adapta a
regiões tropicais, desde o nível do mar até 1.800 m de altitude e com precipitação anual superior a
800 mm. Tolera secas prolongadas devido ao seu sistema radicular profundo, tem boa recuperação
após a queima e boa capacidade de rebrota. Não tolera solos encharcados e é suscetível a geadas,
possui forma de crescimento em touceira, decumbente e crescimento livre pode alcançar até 1,5
metros e é tolerante à cigarrinha das pastagens (SUPRAREAL SEMENTES, 2012; FERREIRA et
al., 2010).
Existem espécies e/ou cultivares de plantas forrageiras para as mais variadas condições
climáticas e de solos, com características fenotípicas próprias ainda pouco conhecidas que irão
determinar a sua forma de manejo e condições de adaptação às diferentes espécies animais,
permitindo assim o seu uso adequado nos diferentes sistemas (TINOCO et al., 2008).
As características de desenvolvimento forrageiro variam em decorrência de alterações nos
níveis de luz, temperatura, umidade e disponibilidade de nutrientes, enfatizando, dessa forma, a
necessidade de se conhecerem as respostas morfológicas das espécies forrageiras ao ambiente, para
o entendimento de adaptações das mesmas às práticas de manejo a serem adotadas visando o maior
acúmulo forrageiro (PEDREIRA et al., 2007).
A dinâmica de acúmulo de forragem descrita por Hodgson (1990), de maneira geral,
apresenta uma fase inicial de crescimento lento, seguida de acúmulo acelerado e, finalmente, uma
fase na qual as taxas de acúmulo tendem a zero e o dossel se aproxima da máxima produção líquida,
que é mantida a partir de então e pode ser reduzida em casos de intervalos muito longos entre
7
desfolhações sucessivas. Porém, para as gramíneas tropicais e de crescimento ereto, não se pode
deixar de fora a característica do crescimento e alongamento do colmo que irá interferir
significativamente na estrutura do dossel afetando o acúmulo forrageiro. O acúmulo de matéria seca
em plantas forrageiras é resultante de interações complexas de atributos genéticos e de ambiente e
seus efeitos nos processos fisiológicos e nas características morfológicas das plantas (PEDREIRA
& PEDREIRA, 2007).
O reconhecimento e o entendimento da amplitude da flexibilidade das estratégias de manejo
somente podem ser alcançadas a partir de estudos baseados no controle de condições/estado do
pasto e da dinâmica forrageira. (BIRCHAM & HODGSON, 1983)
De maneira geral a resposta das plantas a desfolha é entendido como um mecanismo de
reestabelecimento e manutenção dos padrões de crescimento, onde todos os recursos disponíveis
devem ser utilizados de forma racional a se garantir a formação de novos tecidos fotossintetizantes
visando restaurar o balanço positivo de energia e o crescimento da planta (LEMAIRE &
CHAPMAN, 1996).
A estrutura do dossel e o acúmulo de forragem são altamente interdependentes, uma vez que
a estrutura é o resultado de características de crescimento de plantas individuais e isso afeta a taxa
de aquisição dos recursos por essas plantas e do dossel forrageiro como um todo (PARSONS &
CHAPMAN, 2000). Portanto o crescimento da planta forrageira em comunidades pode ser
considerado como sendo o resultado da aquisição de recursos como Carbono e Nitrogênio, bem
como o uso desses para o crescimento e senescência, a quantidade de Carbono fixado pelo dossel
forrageiro
por
unidade
de
tempo
depende
diretamente
da
quantidade
de
radiação
fotossinteticamente absorvidas, sobretudo pelas folhas fontes (verdes) (MOLAN, 2004).
Dentre as características estruturais do dossel, a altura é a que apresenta relação mais
consistente com as respostas da planta e animais quando comparadas com características como
massa da forragem, massa de folhas e índice de área foliar (HODGSON, 1990). Em decorrência da
8
maior relação dessa característica com a produção forrageira pode-se obter dessa forma o momento
ideal de colheita (FLORES et al., 2008).
A altura vem a influenciar o acúmulo forrageiro e a quantidade de carbono fixado, muito em
reflexo da elevação do índice de área foliar, e consequentemente, da interceptação da radiação, que
contribui concomitantemente para o aumento de fotoassimilados das folhas fontes, e redução na
radiação incidente nas folhas baixeiras, o que impulsiona, respectivamente, a taxa de produção de
folhas e de colmo e perdas das folhas baixeiras (ALEXANDRINO et al., 2011).
Essa distribuição espacial dos componentes morfológicos do dossel apresentam perfil
bastante parecidos entre varias espécies forrageiras. Na parte superior e apresentando a maior
densidade volumétrica apresenta-se as folhas, as hastes ocupa posição intermediária e logo abaixo
de menor densidade volumétrica, apresentam-se o material morto (HODGSON, 1990; BUENO,
2003).
No momento da colheita o animal sempre busca as folhas, que é a parte mais palatável do
dossel, essa colheita tem que ser feita em um momento ideal, em que o dossel forrageiro apresente o
maior numero de folhas possível e menor volume de colmo e material morto, esse momento pode
ser observado pela altura do dossel.
Trabalhos de Andrade (2003), Sarmento (2003), Sbrissia et al. (2001), Sbrissia et al. (2003),
Fagundes et al. (2001), Carnevalli et al. (2001), revelam que estratégias de manejo baseadas no
monitoramento e controle da altura do dossel, permite um balanço aceitável entre os processos de
produção da forragem, respondem as variações em propriedades químicas e físicas do solo, definem
respostas consistentes a população de plantas a desfolha e são facilmente mensuráveis, permitindo
conhecer as variações estruturais do dossel.
Em sistemas de pastejo, as plantas forrageiras são sujeita a desfolhas sucessivas as quais
apresentam frequência e intensidade dependentes do método de colheita, necessitando produzir
9
tecido fotossintetizante continuamente, visando sua permanência e longevidade dentro da pastagem.
(LEMAIRE & CHAPMAN, 1996).
Para se definir uma estratégia de colheita é necessário conhecer a base produtiva os recursos
físicos e vegetais, além do perfil do sistema de produção, das respostas das plantas a colheita e da
contextualização especifica da unidade de produção, para então poder tomar decisões e prosseguir
com a cadeia produtiva (DA SILVA & NASCIMENTO Jr., 2006).
Rodrigues & Rodrigues (1987), já citavam que a comunidade da planta reagem a
desfolhação, e que era necessário conceber uma melhor estratégia que propicia-se a maximização da
produtividade da forragem com elevado valor nutritivo, possibilitando o crescimento da forrageira e
o bom desenvolvimento animal sem comprometer a perenidade das pastagens.
A remoção da parte aérea por meio do corte ou pastejo representa um estresse a planta, cuja
magnitude depende da severidade da desfolha (GOMIDE et al., 2002), esta desfolhação pode ser
maléfica se muito severa por ocasionar grande mobilização das reservas orgânicas, as quais podem
ser exauridas em médio prazo. No entanto, quando bem manejada pode ser benéfica, removendo
tecidos maduros, e aumentando a luminosidade na base do dossel (SOUSA et al., 2010). Portanto,
das características estruturais do dossel a altura vem a apresentar-se como uma das mais importante
relações ao momento de colheita, pois apresenta uma resposta eficiente da produtividade da planta e
do animal, e também apresenta uma melhor resposta do manejo da planta forrageira ao longo das
variações anuais, determina a habilidade da planta por captação de luz (BLACH & ONG, 2000).
Fenômenos importantes no sistema produtivo como taxa de crescimento, qualidade da dieta,
taxa de consumo de animais em pastejo, que vem a influenciar a produção primaria (produção da
forragem) e secundária (produção animal) do sistema, são explicados pela estrutura do dossel que é
definida como sendo o arranjo espacial de partes de planta sobre o solo dentro da sua comunidade, e
ou quantidade e organização de materiais de planta sobre o solo (MOLAN, 2004).
10
A melhor utilização da energia radiante é dependente das características relacionadas a
estrutura do dossel, onde as pesquisas modernas procuram assegurar a planta uma boa penetração
de luz ao longo do perfil, até as folhas posicionadas mais próximas ao solo otimizando a
fotossíntese total, e adequando sua arquitetura para maiores produtividades (HORTON, 2000).
No ecossistema pastagem, a arquitetura do dossel ou estrutura do pasto, são componentes
que determinam valores físicos, químicos e bióticos, que interferem nos padrões de resposta e
processos que ocorrem no interior do dossel (Birch et al. 2003), logo, a estrutura do dossel não é
definida exclusivamente pela dinâmica de crescimento e sim pelos processos conflitantes da
colheita e do crescimento forrageiro.
De uma maneira geral a colheita do pasto modifica a arquitetura da planta, onde há uma
tendência a planta escapar ao manejo e manter material fotossintetizante ativo, essa modificação é
conhecida como plasticidade fenotípica (SANTOS et al., 2011).
Quando as folhas distribuem-se de forma regular, elas são capazes de intercepta mais luz
que quando aparecem agrupadas, pois o auto-sombreamento reduz bastante a interceptação
luminosa (LATINGA et al., 1999). A radiação luminosa, que adentra no dossel, vai perdendo sua
intensidade ao longo do perfil forrageiro, até chegar uma fase em que a fotossíntese é igual a
respiração (MOLAN, 2004).
Segundo Haynes (1980), a altura do dossel forrageiro é uma característica das mais
importantes para determinar a habilidade competitiva das plantas por luz, onde uma diferença
mínima na altura do dossel pode influenciar bastante na competição por luminosidade e a qualidade
de luz absorvida, pois pode ser o suficiente para uma planta sobrepor-se a outra.
As forragens apresentam uma faixa liquida de altura de colheita, para cada cultivar, e
características peculiares, onde devemos conhece-la para aplicar o melhor manejo para o animal e
também para a planta, para que essa seja capaz de realizar fotossíntese para o seu pleno
desenvolvimento (FAGUNDES et al., 2001).
11
Segundo Andrade et al. (2005), entre todas as variáveis relacionadas a crescimento e
produção das plantas, área foliar, interceptação de luz, fotossíntese e ambiente luminoso são muito
importantes, visto que 90% do peso de matéria seca das plantas são devidos à assimilação
fotossintética de carbono.
O acúmulo de forragem é resultado do processo fotossintético da planta, no qual o carbono,
advindo do dióxido de carbono atmosférico é fixado e convertido em carboidratos (compostos
orgânicos) por meio da utilização da energia solar (PARSONS & CHAPMAN, 2000).
Black & Ong (2000), em sua revisão cita que a produção de matéria seca depende da
radiação fotossinteticamente ativa, e de como ela é interceptada, o material melhor fotossintetizante
é o material da copa (folhas) e não os senescentes e lenhosos.
A quantidade de radiação interceptada depende do montante do dossel, do seu tamanho e do
tempo de exposição a radiação e o curso dentro do dossel. A copa do dossel é um arranjo
heterogêneo com folhas distribuídas aleatoriamente e a transmissão de radiação pela copa é
limitada. A estrutura da copa está sujeita a diversas mudanças ocorridas no dossel, quando o
crescimento não é limitado pela água ou fontes de nutrientes, a quantidade de biomassa produzida
por monoculturas é limitada principalmente pela quantidade de radiação captada. Existe uma
elevada correlação entre produção de matéria seca, radiação interceptada e o estágio fisiologico da
planta (BLACK & ONG, 2000).
Os compostos metabólicos decorrentes da fotossíntese das plantas, são responsáveis pela
manutenção de seu ciclo, essa fotossíntese é feita através da absorção de luz pelo cloroplasto,
principalmente localizado nas folhas, que desencadeia um conjunto de reações físicas e
bioquímicas, que garantem o suprimento de energia necessário para a produção e desenvolvimento
da planta, logo as folhas são parte essencial do sistema, além de serem a principal fonte de
nutrientes para os ruminantes em sistemas de pastejo (RODRIGUES et al., 2008).
12
As folhas são o principal constituinte da área foliar fotossinteticamente ativa e eficiente,
porém, são produzidas de acordo com uma programação morfogênica das plantas que sofre
influência direta de fatores de meio ambiente, da idade fisiológica, até mesmo da desfolhação o qual
irá influenciar diretamente o crescimento da planta forrageira (LEMAIRE & CHAPMAN, 1996).
A taxa fotossintética foliar, que varia com a idade das folhas, após a completa expansão das
folhas, decresce com a idade da planta, em decorrência do declínio do potencial metabólico e da
mudança de posição relativa da folha dentro do dossel (ACOCK et al., 1978; ROUX &
MORDELET, 1995).
As folhas mais jovens, apresentam taxa fotossintética por unidade de área maior que as mais
velhas, e sua posição no dossel apresenta-se também como vantagem normalmente no cume do
dossel, pois otimiza a eficiência de utilização de luz, logo necessita-se manter o dossel forrageiro
com índice de área foliar alto, eficiente para assegurar a interceptação luminosa, apresentando
também área para uma boa colheita animal, e assegurar folhas jovens para que ocorra uma boa
interceptação luminosa (MOLAN, 2004). Logo, a lâmina foliar é um importante componente para a
produção de massa seca total da planta, destacando que, além de interceptar boa parte da energia
luminosa, e representar parte substancial do tecido fotossintético ativo, garantindo a produção de
fotoassimilados da planta, ela constitui-se em material de alto valor nutritivo para os ruminantes
(ALEXANDRINO et al., 2004).
Segundo Pedreira et al. (2007), as plantas do capim Xaraés após a colheita se tornaram mais
eretas mostrando a plasticidade do capim Xaraés em alterar sua estrutura, de modo a permitir maior
iluminação da área foliar existente e sugerindo uma adaptação dessa planta em resposta ao manejo
imposto.
Para o bom desenvolvimento de um dossel repleto de folhas, deve existir os perfilhos, e com
isso o colmo (haste) para a sustentação das folhas e do dossel, no entanto morfologicamente com o
avanço do desenvolvimento da planta forrageira a proporção de folha na planta tende a diminuir
13
gradativamente e a medida que isso acontece, ocorre o alongamento do colmo, se tornando uma
característica indesejável para o sistema (RODRIGUES, 2004).
Já é bastante conceituado e vários estudos indicam que o melhor momento para a colheita do
dossel é com 95% de interceptação de luz (CARNEVALLI et al., 2006; BARBOSA et al., 2007;
DA SILVA & NASCIMENTO JR., 2007). Trabalhos demonstram que com 100% de interceptação
luminosa vem a apresentar as maiores taxas de acúmulo de matéria seca, o que pode ser explicado
pelo aumento nas taxas de acúmulo de colmo, consequência do incremento da competição por luz
que normalmente ocorre a partir dos 95% de interceptação luminosa (PEDREIRA et al., 2007).
As gramíneas tropicais em particular aquelas de habito de crescimento eretos, apresentam
um componente morfológico importante no crescimento que é o rápido alongamento do colmo, que
interfere significativamente na estrutura do dossel e no processo de competição por luz, esse maior
alongamento ocorre quando o dossel passa dos 95% de interceptação luminosa, interferindo no
pastejo animal em decorrência do aumento de colmo (SBRISSIA & DA SILVA, 2001).
O acúmulo de colmo no dossel forrageiro é na grande maioria das vezes indesejável, pois
representa grande gasto de energia para o crescimento dessa fração que influencia negativamente o
valor nutritivo da forragem produzida (DIFANTE et al., 2009). O alongamento de colmo, está
relacionado com a competição intra e inter-especifica por luz em uma comunidade de plantas
forrageiras, a frequência de desfolhação determina o momento a partir do qual essa competição se
torna acirrada, intensificando o processo de alongamento de haste na busca por um melhor
posicionamento na parte superior do dossel para a capitação de energia luminosa gerando uma
competição por luz (CARNEVALLI, 2003; FAGUNDES et al., 2006).
Essas mudanças ocorridas ao longo do dossel são altamente influenciadas pelo manejo
forrageiro, onde influencia todo o sistema de produção animal, muito em decorrência da relação
folha:colmo.
14
Dentre as principais características estruturais do dossel forrageiro que condicionam o
comportamento ingestivo e a produção dos ruminantes em pastejo têm-se a relação folha/colmo
correlação com o valor nutritivo da forragem produzida (GONTIJO NETO et al., 2006;
CASTAGNARA et al., 2011). Quanto maior a relação folha/colmo, melhor o valor nutritivo da
forragem, pois as folhas são a fração da planta forrageira com maior digestibilidade, por serem mais
ricas em proteína bruta e com menor teor de fibra influenciando o aumento no consumo animal.
De acordo com Sbrissia & Da Silva (2001), a relação folha/colmo apresenta relevância
variada de acordo com a espécie forrageira, sendo menor em espécies de colmo tenro e de menor
lignificação. Essa variável pode ser associada com o índice de valor nutritivo da forragem, pois,
assim como a altura do pasto e disponibilidade de massa seca, facilita a preensão de forragem pelo
animal e, dessa forma pode vir a influenciar o seu comportamento durante o pastejo dos ruminantes.
Segundo Euclides et al., (2000); Rodrigues et al., (2008) para os cultivares Xaraés e
Marandú, o alongamento do colmo incrementa a produção forrageira, porém interfere na estrutura
do pasto, comprometendo a eficiência de pastejo em decorrência do decréscimo na relação
folha/colmo. Portanto a relação folha:colmo é de grande relevância para definir a qualidade da
pastagem, uma vez que os valores nutricionais de uma forragem devem-se, proporcionalmente,
mais às folhas que ao colmo, logo deve ser evitado valores de relação abaixo do crítico, segundo
Pinto et al. (1994), a relação crítica é abaixo de 1:1, onde quanto maior essa relação melhor.
Só é possível obter essa relação e caracterizar a forragem disponível dos animais em pastejo,
se for feito o fracionamento da forragem acumulado em extratos e sua separação em componentes
como folha, colmo e material morto, que vem a descrever melhor a alteração morfológica e
fisiológica decorrente do crescimento e desenvolvimento das plantas forrageiras (SOARES et al.,
2009).
Outro fator extrínseco à planta que afeta a taxa de senescência foliar é o manejo, onde a
altura é altamente influenciável a senescência. Cavalcante (2001), trabalhando com Brachiaria
15
(Urochloa) decumbens em quatro diferentes alturas de resíduo, em quatro períodos de avaliação,
observou efeito significativo da interação entre altura do relvado e período, verificando maior taxa
de senescência a medida que aumentava a altura.
A medida que a planta senesce a concentração dos componentes potencialmente digestíveis,
compreendendo os carboidratos solúveis, proteínas, minerais, e outros compostos celulares, tendem
a decrescer, ao mesmo tempo aumentam os teores de lignina, celulose e hemicelulose, e outras
frações indigestíveis como sílica e cutícula, prejudicando o rendimento animal (FLORES et al.,
2008).
A combinação de severidade e frequência de desfolha, dentro de um tempo médio de
duração de vida da folha, de uma determinada espécie constituinte da pastagem pode promover
grandes diferenças na senescência dos tecidos. A senescência pode ser vista com perda da forragem,
porém corresponde a uma via eficiente de reciclagem de nutrientes para as plantas em condições
limitadas de fatores de crescimento sendo apenas pequena parte perdida para o sistema (DA SILVA
et al., 2008).
Sabendo que a premissa do sistema de produção animal baseado em pastagens é a remoção e
consumo da área foliar da planta forrageira, e que a planta necessita de um percentual de partes
fotossinteticamente ativas para o seu desenvolvimento, o ponto ideal entre a colheita e o resíduo
atuam como pontos de extrema importância no sistema, deixando o manejador diante de um dilema,
entre manter a área foliar até qual ponto, e qual seria o melhor resíduo para assegurar a
interceptação eficaz de luz (PEDREIRA et al., 2007).
Segundo Pedreira et al. (2007), a altura é um parâmetro eficiente e prático para ser utilizado
como indicador do nível de interceptação de luz pelo dossel de capim Xaraés sob pastejo, sendo
necessário deixar a altura ideal do resíduo para a rápida recuperação do sistema. Sistemas baseados
em dias fixos e predeterminados de descanso restringe as possibilidades de ganho em eficiência
16
global do sistema de pastejo, podendo a colheita não ser feita na hora ideal e deixar um nível
necessário para o rebrote forrageiro.
Considerando que a premissa básica do pastejo é a remoção de área foliar pelos animais, a
habilidade da planta em manter a produção de novas folhas, frente a desfolhações periódicas é
essencial para sustentar tanto a produtividade quanto a sobrevivência das plantas pastejadas
(SCHNYDER et al., 2000). A capacidade de rebrote das gramíneas forrageiras garantem a sua
perenidade e a capacidade de renovação após cortes ou pastejo sucessivos, ou seja, é a sua
capacidade de emitir folhas de meristemas remanescentes e/ou perfilhar que lhe permitem a
sobrevivência às custas da formação de uma nova área foliar (TINOCO et al., 2008).
A recuperação da pastagem depende da capacidade fotossintética após a desfolha e do índice
de área foliar residual, em pastos com índice de área foliar alto, as folhas da parte mais baixa do
dossel que normalmente permanecem após o pastejo, não apresentam muita capacidade
fotossintética, devido a não adaptação, logo a rebrota é lenta até que novas folhas comecem a surgir
e aumente o aparato fotossintético (SBRISSIA et al., 2009).
Ao longo do período de rebrotação, com o desenvolvimento das plantas e o consequente
desenvolvimento do índice de área foliar, aumenta-se a quantidade de luz interceptada,
incrementando a capacidade fotossintética do dossel, até que ocorra um auto-sombreamento
significativo das folhas (PEDREIRA & PEDEIRA, 2007).
O processo de recuperação da planta a desfolha apresenta fases distintas onde uma
importante é a adaptação fisiológica da planta ao processo de desfolha, e quando não consegue
atingir níveis desejados pode vir a ocorrer uma readaptação relativa das atividades fisiológicas até
ações de níveis hormonais, logo após a desfolhação uma série de respostas de natureza fisiológica e
morfológica é desencadeada com o objetivo de promover a recuperação da área foliar removida e
assegurar o crescimento. Tais adaptações incluem a mobilização de reservas orgânicas acumuladas
nas raízes e base dos colmos, fotossíntese compensatória das folhas mais velhas (apesar da menor
17
eficiência fotossintética), realocação de assimilados para as folhas em crescimento, produção de
hormônios que promovem e controlam o desenvolvimento do meristema e redução do crescimento
das raízes (SCHNYDER et al., 2000).
A rebrota da planta forrageira é dependente dos carboidratos de reserva até que a área foliar
formada seja suficiente para atender as necessidades do perfilho decorrente da necessidade de
respiração, isto é, o perfilho em rebrota passa do estágio de dreno para fonte metabólica
(PAGOTTO, 2001; JUSTER et al., 2002). Os carboidratos de reserva, são mais importantes para as
gramíneas C3 do que para as C4, logo, são de pouca importância para as forrageiras tropicais,
atuando apenas em momentos de desfolhações severas (HUMPHREYS, 1991).
Portanto a produção animal baseada no uso de pastagens tropicais é o resultado da interação
entre os estágios de crescimento do pasto, de utilização de forragem produzida e a conversão dessa
forragem produzida em produto animal, onde, cada estágio possui sua eficiência e quaisquer
mudança em um desses níveis, irá influenciar a meta a ser alcançada pelo sistema completo
(HODGSON, 1990).
Logo, decisões de manejo que favoreçam a eficiência do processo de crescimento, resultam
em redução da eficiência de utilização da pastagem, bem como medidas que aumentem a eficiência
de conversão de forragem em produto animal, também atuam negativamente sobre a eficiência de
utilização do pasto (DA SILVA & SBRISSIA, 2000). Portanto, é necessário conhecer a interface,
solo-planta-meio-animal, afim de proporcionar o melhor rendimento por hectare, sabendo que se
interferir em qualquer nível da interface irá afetar a eficiência do manejo como um todo (SOUSA et
al., 2011).
Estudos iniciais com respostas da planta forrageira a diferentes manejo são essenciais, para
que só posteriormente adentre os animais ao sistema, após o conhecimento do manejo ideal da
gramínea que está produzindo.
18
Como a produtividade das gramíneas forrageiras está diretamente relacionada à sua
capacidade de emitir folhas de meristemas remanescentes após a desfolhação, estudos básicos
envolvendo morfologia, fisiologia e ecofisiologia das cultivares de Brachiaria Brizantha certamente
contribuirão para o estabelecimento de melhor estratégia de manejo, otimizando a produção e
utilização dessa forrageira (MARTUSCELLO et al., 2005).
19
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ACOCK, B.; CHARLES-EDWARDS, D.A.; FITTER, D.J. HAND, D.W.; LUDWIG , L.J.;
WARREN, WILSON, J.; WITHERS, A.C.. The contribution of leaves from different levels within
a tomato crop to canopy net photosynthesis: an experimental examination of two canopy models.
Journal of Experimental Botany, v.29, p.815-827, 1978.
ALEXANDRINO, E.; CANDIDO, M. J. D; GOMIDE,J. A. Fluxo de biomassa e taxa de acúmulo
de forragem em capim |Mombaça mantido sob diferentes alturas. Revista Brasileira de Saúde e
Produção Animal, v.12, n.1, p. 59-71 jan/mar, 2011.
ALEXANDRINO, E.; NASCIMENTO JUNIOR, D.; MOSQUIM, P.R.; REGAZZI, A.J.; ROCHA,
F.C. Características Morfogênicas e Estruturais na Rebrotação da Brachiaria brizantha cv. Marandú
Submetida a Três Doses de Nitrogênio. Revista Brasileira de Zootecnia, v.33, n.6, p.1372-1379,
2004.
ANDRADE, A.C.; FONSECA, D.M.; LOPES, R.S.; NASCIMENTO JUNIOR, D.; CECON, P.R.;
QUEIROZ, D.S.; PEREIRA, D.H.; REIS, S.D. Analise de crescimento do capim-elefante “Napier”
adubado e irrigado. Ciência Agrotecnica, v. 29, n. 2, p.415-423, mar./abr., 2005.
ANDRADE, F.M.E. Produção de forragem e valor alimentício do capim-Marandú submetido
a regimes de lotação contínua por bovinos de corte. Piracicaba: Escola Superior de Agricultura
“Luiz de Queiroz”, 2003. 125p. Dissertação (Mestrado em Agronomia) - Escola Superior de
Agricultura “Luiz de Queiroz”, 2003.
ANDRADE, R.P. de. Tecnologia de produção de sementes de espécie do gênero Brachiaria. In:
SIMPOSIO SOBRE MANEJO DE PASTAGENS. – Brachiaria. 11. Piracicaba, 1994. Anais...
Piracicaba: FEALQ, 1994. p. 49-72.
ARRUDA, Z.J. A pecuária bovina de corte no Brasil e resultados econômicos de sistemas
alternativos de produção. In: SIMPOSIO SOBRE PECUÁRIA DE CORTE, 4. Piracicaba, 1997.
Anais. Piracicaba: FEALQ, 1997. p. 259-273.
20
ASSIS,G..M.L.; EUCLYDES, R.F.; CRUZ, C.D.; VALLE, C.B.do . Discriminação de espécies de
Brachiaria baseada em diferentes grupos de caracteres morfológicos. Revista Brasileira de
Zootecnia / Journal of Animal Science, v. 32, n. 3, p. 576-584, 2003.
BARBOSA, R.A.; NASCIMENTO JR., D.; EUCLIDES, V.B.P.; DA SILVA, S.C.; ZIMMER,
A.H.; TORRES JUNIOR, R.A.A. Capim-tanzânia submetido a combinações entre intensidade e
frequência de pastejo. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.42, n.3, p.329-340, 2007.
BARDUCCI, R.S.; COSTA, C.A.; CRUSCIO, É. BORGHI, T.C.; PUTAROV, SARTI, L.M.N.
Produção de Brachiaria brizantha e panicum maximum com milho e adubação nitrogenada.
Archivos de Zootecnia,v. 58 ( 222): 211-222. 2009.
BIRCH, C.J.; ANDRIEU,B.; FOURNIER, C.; VOS, J.; ROOM, P. Modelling kinetics of plant
canopy architecture – concepts and application. European Journal of Agronomy, v.0,p1-15, 2003.
BIRCHAM, J.S.; HODGSON, J. The influence of sward condition on rates of herbage growth and
senescence in mixed swards under continuous stocking management. Grass and Forage Science,
v.38, p.323-331, 1983.
BLACK, C.; ONG, C. Utilisation of light and water in tropical agriculture. Agricultural and
Forest Meteorology, v.104, p. 25–47, 2000.
BUENO, Adriana Amaral de Oliveira. Características estruturais do dossel forrageiro, valor
nutritivo e produção de forragem em pastos de capim-mombaça submetidos a regimes de
lotação intermitente. 2003. Dissertação (Mestrado em Ciência Animal e Pastagens) - Escola
Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2003.
CAMURÇA, D.A.; NEIVA, J.N.M.; PIMENTEL, J.C.M.; VASCONCELOS, V.R.; LÔBO, R.N.B.
Desempenho Produtivo de Ovinos Alimentados com Dietas à Base de Feno de Gramíneas
Tropicais. Revista Brasileira de Zootecnia, v.31, n.5, p.2113-2122, 2002.
CARLOTO, M.C.; EUCLIDES, V.P.B.; MONTAGNER, D.B.; LEMPP, B.; DIFANTE, G.S.; DE
PAULA, C.C.L. Desempenho animal e características de pasto de capim-xaraes sob diferentes
21
intensidades de pastejo, durante o período das águas. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.46, n.1,
p.97-104, jan. 2011.
CARNEVALLI, R.A.; DA SILVA, S.C.; BUENO, A.A.O.; UEBELE, M.C.; BRENO, F.O.;
HODGSON, J.; SILVA, G.N.; MORAES, J.P.G. Herbage production and grazing losses in
Panicum maximum cv. Mombaça under four grazing managements. Tropical Grasslands, v.40,
p.165-176, 2006.
CARNEVALLI, R. A. Dinâmica da rebrotação de pastos de capim-mombaça submetidos a
regimes de desfolhação intermitente. 2003. Tese (Doutorado em Ciência Animal e Pastagens) Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2003.
CARNEVALLI, R.A.; SILVA, S.C.; CARVALHO, C.A.B.; SBRISSIA,A.F.; FAGUNDES, J.L.;
PINTO, L.F.M.; PEDREIRA, C.G.S. Desempenho de ovinos e respostas de pastagens de
Coastcross submetidas a regimes de desfolha sob lotação contínua. Pesquisa Agropecuária
Brasileira, v. 36, n. 6, p. 919-927, jun. 2001.
CASTAGNARA, D.D.; MESQUITA, E.E.; NERES, M.A.; OLIVEIRA, P.S.R.; DEMINICIS, B.B.;
BAMBERG, R. Valor nutricional e características estruturais de gramíneas tropicais sob adubação
nitrogenada. Archivos de Zootecnia, v. 60 (232): 931-942. 2011.
CAVALCANTE, M. A. B. Características estruturais e acúmulo de forragem em relvado de
Brachiaria decumbens cv. Basilisk sob pastejo, em diferentes alturas. 2001. 132 p. Dissertação
(Mestrado)-Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2001.
COSTA, K.A.P.; ROSA, B.; OLIVEIRA,I.P.; CUSTÓDIO, D.P.; SILVA, D.C. Efeito da
estacionalidade na produção de matéria seca e composição bromatológica da Brachiaria brizantha
cv. Marandú. Ciência Animal Brasileira, v. 6, n. 3, p. 187-193, jul./set. 2005.
COSTA, R.L.D.; MARINI, A.; TANAKA, D.; BERNDT, A.; ANDRADE, F.M.E. Um caso de
intoxicação de bovinos por enterolobium contortisiliquum (Timboril) no Brasil. Archivos de
zootecnia v.58 n.222, jun. 2009.
22
DE FARIAS, V.P.; PEDREIRA, C.G.S.; SANTOS, F.A.P. Evolução do uso de pastagens para
bovinos. In: SIMPOSIO SOBRE MANEJODE PASTAGENS, 13. Piracicaba, 1996. Anais.
Piracicaba: FEALQ, 1997.p. 1-14.
DA SILVA, S.C.; CORSI, M. Manejo do pastejo. In; SIMPOSIO SOBRE MANEJO DA
PASTAGEM , 20., 2003, Piracicaba, Anais... Piracicaba: FEALQ, 2003. p. 155-187.
DA SILVA, S.C.; NASCIMENTO JR., D.; EUCLIDES, V.B.P. Pastagens: Conceitos básicos,
produção e manejo. Viçosa, MG: Suprema, 2008. 115p.
DA SILVA,S.C.; NASCIMENTO JUNIOR,D. Avanços na pesquisa com plantas forrageiras
tropicais em pastagens: características morfofisiológicas e manejo do pastejo. Revista Brasileira de
Zootecnia, v.36, suplemento especial, p.121-138, 2007.
DA SILVA, S.C.; NASCIMENTO JUNIOR, D. Ecofisiologia de plantas forrageiras. In: PEREIRA,
O.G.; OBEID, J.A.; NASCIMENTO Jr., D.; FONSECA, D.M. (Eds.). Simpósio sobre manejo
estratégico da pastagem, III, Viçosa, 2006. Anais... Viçosa: UFV, 2006, p.1-42, 430p.
DA SILVA, S.C.; PEDREIRA, C.G.S. Fatores condicionantes e predisponentes da produção animal
a pasto. In: SIMPOSIO SOBRE MANEJODE PASTAGENS, 13, Piracicaba, 1996. Anais.
Piracicaba: FEALQ, 1997.p. 99-121.
DA SILVA, S.C.; SBRISSIA, A.F. A planta forrageira no sistema de produção. In: SIMPÓSIO
SOBRE O MANEJO DA PASTAGEM, 2000, Piracicaba. Anais... Piracicaba: Fundação de Estudos
Agrários Luiz de Queiroz, 2000. p.3-20.
DA SILVA, S.C. ; SBRISSIA, A.F. A planta forrageira no sistema de produção. In: SIMPÓSIO
SOBRE MANEJO DA PASTAGEM, 17., 2001, Piracicaba. Anais. Piracicaba: Fealq, 2001. p.7188.
DIFANTE, G.S; EUCLIDES, V.P.B.; NASCIMENTO JÚNIOR, D. SILVA, S.C.; TORRES
JUNIOR,R.A.A.; SARMENTO, D.O.L. Ingestive behaviour, herbage intake and grazing efficiency
23
of beef cattle steers on Tanzania guineagrass subjected to rotational stocking managements. Revista
Brasileira de Zootecnia, v.38, n.6, p.1001-1008, 2009.
EUCLIDES, V.P.B.; EUCLIDES FILHO, K. Avaliação de forrageiras sob pastejo. In: SIMPÓSIO
SOBRE AVALIAÇÃO DE PASTAGENS COM ANIMAIS, 1997, Maringá. Anais... Maringá:
Universidade Estadual de Maringá, 1997. p.85-111.
EUCLIDES, V.P.B., MACEDO, M.C.M., VIEIRA, A. OLIVEIRA, M.P. Evaluation of Panicum
maximum cultivars under grazing. In:INTERNATIONAL GRASSLAND CONGRESS, 17,
Palmerston North, 1993. Proceedings... Palmerston North: New Zealand Grassland Association,
1993. p.1999-2000.
FAGUNDES, J.L.; FONSECA, D.M.; MORAIS, R.V.; MISTURA, C.; VITOR, C.M.T.; GOMIDE,
J.A.; NASCIMENTO JUNIOR, D.; SANTOS, M.E.R.; LAMBERTUCCI, D.M. Avaliação das
características estruturais do capim-braquiária em pastagens adubadas com nitrogênio nas quatro
estações do ano. Revista Brasileira de Zootecnia, v.35, n.1, p.30-37, 2006.
FAGUNDES, J.L.; SILVA, S.C.; PEDREIRA, C.G.S.; CARNEVALLI, R.A.; CARVALHO,
C.A.B.; SBRISSIA, A.F.; PINTO, L.F.M. Índice de área foliar, coeficiente de extinção luminosa e
acúmulo de forragem em pastagens de Cynodon spp. sob lotação contínua. Pesquisa Agropecuária
Brasileira, v. 36, n. 1, p. 187-195, jan. 2001.
FLORES, R.S.; EUVLIDES, V.P.B.; ABRÃO, M.P.C.; GALBEIRO, S.; DIFANTE, G.S.;
BARBOSA, R.A. Desempenho animal, produção de forragem e características estruturais dos
capins Marandú e xaraés submetidos a intensidades de pastejo. Revista Brasileira de Zootecnia,
v.37, n.8, p.1355-1365, 2008.
FREITAS, F.C.L.; FERREIRA, L.R.; FERREIRA, F.A.; SANTOS, M.V.; AGNES, E.L.;
CARDOSO, A.A.; JAKELAITIS, A. Formação de pastagem via consorcio de Brachiaria brizantha
com milho para silagem no sistema de plantio direto. Planta Daninha, v. 23, n. 1, p. 49-58, 2005.
24
GAMA-RODRIGUES, A.C.; ROSSIELLO, R.O.P.; CARVALHO, C.A.B.; ADESI, B. Produção e
partição de matéria seca em Brachiaria brizantha em resposta a fertilização potássica e às datas de
corte. Agronomia, v.36, n°.1/2, p.23-28, 2002.
GHISI, O.M.A.; PEDREIRA, J.V.S. Caracteristicas agronômicas da planta Brachiaria ssp. In:
ENCONTRO SOBRE CAPINS DO GENERO BRACHIARIA. Nova Odessa, 1986. Anais, Nova
Odessa: Instituto de Zootecnia, 1987. p. 19-58.
GOMIDE, C.A.M.; GOMIDE, J.A.; HUAMAN, C.A.M.; PACIULLO, D.S.C. Fotossíntese,
Reservas Orgânicas e Rebrota do Capim-Mombaça (Panicum maximum Jacq.) sob Diferentes
Intensidades de Desfolha do Perfilho Principal. Revista Brasileira de Zootecnia., v.31, n.6,
p.2165-2175, 2002.
GOMIDE, C.A.M.; REIS, R.A.; SIMILI, F.F.; MOREIRA, A.L. Atributos estruturais e produtivos
de capim-Marandú em resposta à suplementação alimentar de bovinos e a ciclos de pastejo.
Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 44, n. 5, p. 526-533, 2009.
GONTIJO NETO, M.M. EUCLIDES, V.P.B.; NASCIMENTO JUNIOR , D.; MIRANDA,L.F.;
FONSECA, D.M.; OLIVEIRA, M.P. Consumo e tempo diário de pastejo por novilhos Nelore em
pastagem de capim Tanzânia sob diferentes ofertas de forragem. Revista Brasileira de Zootecnia,
v. 35: 60-66. 2006.
HAYNES, R.J. Competitive aspects of the grass legume association. Advances in Agronomy. v.
15, p. 1-117, 1980.
HORTON, P. Prospects for crops improvement through the genetic manipulation of photosynthesis:
morphological and biochemical aspects of light capture. Journal of Experiment Botany, v. 51.
Speciel issue, p. 475-485, 2000.
HODGSON, J.; DA SILVA, S.C. Options in tropical pasture management. In: REUNIÃO ANUAL
DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 39. 2002, Recife. Anais... Recife: Sociedade
Brasileira de Zootecnia, 2002. p.180-202.
25
HODGSON, J. Grazing management: science into practice. United Kingdom: Longman Scientific
and Technical, Longman Group, 1990. 203p.
FERREIRA, A.C.B.; LAMAS, F.M.; CARVALHO, M.C.S.; SALTON, J.C.; SUASSUNA, N.D.
Produção de biomassa por cultivos de cobertura do solo e produtividade do algodoeiro em plantio
direto. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.45, n.6, p.546-553, jun. 2010.
FLORES, R.S.; EUVLIDES, V.P.B.; ABRÃO, M.P.C.; GALBEIRO, S.; DIFANTE, G.S.;
BARBOSA, R.A. Desempenho animal, produção de forragem e características estruturais dos
capins Marandú e xaraés submetidos a intensidades de pastejo. Revista Brasileira de Zootecnia,
v.37, n.8, p.1355-1365, 2008.
HUMPHREYS, L.R. Tropical pastures utilisation.Cambridge: Cambridge University prass, 1991.
206p.
INSTITUBO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). 2007.
JAKELAITIS, A.;SILVA, A.A.; FERREIRA, L.R. Efeitos do nitrogênio sobre o milho cultivado
em consórcio com Brachiaria brizantha. Acta Scientiarum. Agronomy, v. 27, no. 1, p. 39-46,
Jan./March, 2005.
JUSTER, E.; THIE‟BEAU, P.; AVICE, J.C.;LEMAIRE, G.; VOLENEC, J.J.; OURRY, A.
Influence of summer sowing dates, N fertilization and irrigation on autumn VSP accumulation and
dynamics of spring regrowth in alfalfa (Medicago sativa L.). Journal Experimental Botany
53:111–121. 2002.
LATINGA, E.A.; NASSIRI, M.; KROPFF, M.J. Modelling and measuring vertical light absorption
within grass-clover mixtures. Agricultural and forest Meteorology. v. 96, p. 71-83, 1999.
LEMAIRE, G.; CHAPMAN, D. Tissue flows in grazed plant communities. In: HODGSON, J.;
ILLIUS, A.W. (Eds.) The ecology and management of grazing systems. Wallingford: Cab
International, 1996. p.3-36.
26
LENIS-MANZANO,
S.J.;
ARAUJO,
A.C.G.;
VALLE,
C.B.;
SANTANA,
E.F.;
CARNEIRO,V.T.C. Histologia da embriogênese somática induzida em embriões de sementes
maduras de Urochloa brizantha apomítica. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.45, n.5, p.435441, maio 2010.
MACEDO, M.C.M. Pastagens no ecossistema cerrados: evolução das pesquisas para o
desenvolvimento sustentáveis. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE
ZOOTECNIA, 42., 2005, Goiânia. Anais... Goiânia: Sociedade Brasileira de Zootecnia, 2005. p.5684.
MARTUSCELLO, J.A.; FONSECA, D.M.; NASCIMENTO JUNIOR, D.; SANTOS, P.M.;
RIBEIRO JUNIOR, J.I.; FIGUEIREDO, D.N.; CUNHA, V.; MOREIRA, L.M. Características
Morfogênicas e Estruturais do Capim-Xaraés Submetido à Adubação Nitrogenada e Desfolhação.
Revista Brasileira de Zootecnia, v.34, n.5, p. 1475-1482, 2005.
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO (MAPA), 2007.
MOLAN, L.K. Estrutura do dossel, interceptação luminosa e acúmulo de forragem em pastos
de Capim-Marandú submetidos a alturas de pastejo por meio de lotação contínua. 2004.
Dissertação (Mestrado em Ciência Animal e Pastagens) - Escola Superior de Agricultura Luiz de
Queiroz, Universidade de São Paulo.
NUSSIO,L.G. Volumosos para bovinos de corte em confinamento. In: PEIXOTO, A.M.;
MOURA, J.C. de; DE FARIAS, V.P. Confinamento de bovinos de corte. Piracicaba, FEALQ, 2000.
p. 85-112.
OLIVEIRA, T.K.; MACEDO, R.L.G.; SANTOS, I.P.A.; HIGASHIKAWA, E.M.; VENTURIN, N.
Produtividade de Brachiaria brizantha (Hochst. ex A. Rich.) Stapf cv. Marandú sob diferentes
arranjos estruturais de sistema agrossilvipastoril com eucalipto. Ciência Agrotecnica, v. 31, n. 3, p.
748-757, maio/jun., 2007.
27
PAGOTTO, D. S. Comportamento do sistema radicular do capim tanzânia (panicum
maximum jacq.) sob irrigação e submetido a diferentes intensidades de pastejo. (Dissertação
Mestrado) Piracicaba: Escola Superior de Agricultura Luis de Queiroz, ESALQ/USP, 2001. 86 f.
PARIZ, C.M.; ANDREOTTI, M.; BERGAMASCHINE, A.F.; BUZETTI, S.; COSTA, N.R.;
CAVALLINI, M.C. Produção, composição bromatológica e índice de clorofila de braquiárias após
o consórcio com milho. Archivos de Zootecnia. v. 60 (232): 1041-1052. 2011.
PARSONS, A.J.; CHAPMAN, D.F. The principles of pasture growth and utilization, In:
HOPKINS, A. (Ed.) Grass: Its production and utilization. Okehampton: British Grassland Society,
1998. p. 31-80.
PEDREIRA. B.C.; PEDREIRA, C.G.S. Fotossíntese foliar do capim-xaraés [Brachiaria brizantha
(A. Rich.) Stapf. cv. Xaraés] e modelagem da assimilação potencial de dosséis sob estratégias de
pastejo rotativo. Revista Brasileira de Zootecnia, v.36, n.4, p.773-779, 2007.
PEDREIRA, B.C.; PEDREIRA, C.G.S.; SILVA, S.C. Estrutura do dossel e acúmulo de forragem de
Brachiaria brizantha cultivar Xaraés em resposta a estratégias de pastejo. Pesquisa Agropecuária
Brasileira, v.42, p.281-287, 2007.
PINTO, J.C.; GOMIDE, J.A.; MAESTRI, M.; LOPES, N.F. Crescimento de folhas de gramíneas
forrageiras tropicais, cultivadas em vasos, com duas doses de nitrogênio. Revista Brasileira de
Zootecnia, v.23: 327-332. 1994.
PORTES, T.A.; CARVALHO, S.I.C.; KLUTHCOUSKI, J. (2003) Aspectos fisiológicos das
plantas cultivadas e análise de crescimento da braquiária consorciada com cereais.
(Physiological aspects of crop plants and growth analysis of Brachiaria intercropped with cerals).
In: Kluthcouski, J.; Stone, L.F.; Aidar, H. (eds) Integração lavoura-pecuária, pp. 305–329. Brasil:
Embrapa Arroz e Feijão.
RENVOIZE, S.A.; CLAYTON, W.D.; KABYLE,C.H.S. Morphology, taxonomy and natural
distribution of Brachiaria (trin.) Griseb.. In: MILES, J.W.; MASS, B.L.; ALLE, C.B. (Ed.)
28
Brachiaria: biology, agronomy and improvement. Cali: CIAT; Campo Grande: EMBRAPA
CNPGC, 1996. p. 46-54.
RODRIGUES, D.C. Produção de forragem de cultivares de Brachiaria brizantha (Hochst. ex
A. Rich.) Stapf e modelagem de respostas produtivas em função de variáveis climáticas. 2004.
Dissertação (Mestrado em Ciência Animal e Pastagens) - Escola Superior de Agricultura Luiz de
Queiroz, Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2004.
RODRIGUES, L.R.A.; RODRIGUES, J.D. Ecofisiologia de plantas forrageiras. In: CASTRO,
P.R.C. et al. (Eds.) Ecofisiologia da produção agricola. Piracicaba: Assoc. Bras. Pesq. Da Potassa
e do Fosfato, 1987. p.203-225.
RODRIGUES, R.C.; MOURÃO, G.B.; BRENNECKE, K.; LUZ, P.H.C.; HERLING, V.R.
Produção de massa seca, relação folha/colmo e alguns índices de crescimento do Brachiaria
brizantha cv. Xaraés cultivado com a combinação de doses de nitrogênio e potássio. Revista
Brasileira de Zootecnia, v.37, n.3, p.394-400, 2008.
ROUX, X.L.; MORDELET, P. Leaf and canopy CO2 assimilation in a West African humid
savanna during the early growing season. Journal of Tropical Ecology, v.11, p.529-545, 1995.
SANTOS, M.E.R.; FONSECA, D.M.; BRAZ, T.G.S.; SILVA, S.P.; GOMES, V.M.; SILVA, G.P.
Características morfogênicas e estruturais de perfilhos de capim-braquiária em locais do pasto com
alturas variáveis. Revista Brasileira de Zootecnia, v.40, n.3, p.535-542, 2011.
SARMENTO, D.O.L. Comportamento ingestivo de bovinos em pastos de capim Marandú
submetidos a regimes de lotação contínua. 2003. Dissertação (Mestrado em Ciência Animal e
Pastagens) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo,
Piracicaba, 2003.
SBRISSIA, A.F.; DA SILVA, S.C. O ecossistema de pastagens e a produção animal In: MATTOS,
W.R.S.; FARIA, V.P.; DA SILVA, S.C.; NUSSIO, L.G.; MOURA, J.C. (Eds.) REUNIÃO ANUAL
29
DA SOCIDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 38., 2001, Piracicaba. Anais... Piracicaba: SBZ,
2001, p.731-754.
SBRISSIA,A.F.; DA SILVA, S.C.; CARVALHO, C.A.B.; CARNEVALLI, R.A.; PINTO, L.F.M.;
FAGUNDES, J.L.; PEDREIRA, C.G.S. Tiller size/population density compensation, in grazed
coast cross bermudagrass swards. Science agrícola, vol.58 no.4 Piracicaba Oct./Dec. 2001.
SBRISSIA, A.; DA SILVA, S.; MATTHEW, C.;CARVALHO, C.A.B.; CARNEVALLI, R.A.;
PINTO, F.L.M.; FAGUNDES, J.L.; PEDREIRA, C.G.S. Tiller size/density compensation in grazed
Tifton 85 bermudagrass swards. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.38, n.12, p.1459-1468,
2003.
SBRISSIA, A.F.; DA SILVA, S.V.; NASCIMENTO JÚNIOR, D.; PEREIRA, L.E.T.. Crescimento
da planta forrageira: aspectos relativos ao consumo e valor nutritivo da forragem. In: SIMPÓSIO
SOBRE MANEJO DA PASTAGEM, 25., 2009, Piracicaba. Anais... Piracicaba: FEALQ, 2009.
p.37-59.
SCHNYDER, R. H.; SCHAUFELE, R.; DE VISSER, R.; NELSON,C.J. An integrated view of c
and n uses in leaf growth zones of defoliated grasses. In: LEMAIRE, G.; HODGSON, J.;
MORAES, A.; CARVALHO, P.C.F.; NABINGER, C. (Eds.) Grassland ecophysiology and
grazing ecology. CABI Publishing, CAB International, Wallingford, Oxon, UK, 2000. p.41-60.
SILVA, A.C.; FERREIRA, L.R.; SILVA, A.A.; FERREIRA, F.A. Analise de crescimento de
Brachiaria brizantha submetida a doses reduzidas de FLUAZIFOP-P-BUTIL. Planta Daninha, v.
23, n. 1, p. 85-91, 2005.
SOARES, A.B.; SARTOR, L.R.; ADAMI, P.F.; VARELLA, A.C.; FONSECA, L.; MEZZALIRA,
J.C. Influência da luminosidade no comportamento de onze espécies forrageiras perenes de verão.
Revista Brasileira de Zootecnia, v.38, n.3, p.443-451, 2009.
30
SOARES FILHO, C.V. Recomendações de espécies e variedades de Brachiaria para diferentes
condições. In: SIMPOSIO SOBRE MANEJO DE PASTAGENS. 11. 1994. Piracicaba: Anais...
Piracicaba: FEALQ, 1994. p. 25-48.
SOUSA,
B.M.L.;
NASCIMENTO
JUNIOR,
D.;
SILVA,
S.C.;
MONTEIRO,
H.C.F.;
RODRIGUES, C.S.; FONSECA, D.M.; SILVEIRA, M.C.T.; SBRISSIA, A.F. Morphogenetic and
structural characteristics of andropogon grass submitted to different cutting Heights. Revista
Brasileira de Zootecnia, vol.39 no.10 Viçosa Oct. 2010.
SOUSA, B.M.L.; NASCIMENTO JUNIOR, D.; RODRIGUES, C.S.; MONTEIRO, H.C.F.;
SILVA, S.C.; FONSECA, D.M.; SBRISSIA, A.F. Morphogenetic and structural characteristics of
xaraes palisadegrass submitted to cutting Heights. Revista Brasileira de Zootecnia, vol.40 no.1
Viçosa Jan. 2011.
SUPRAREAL SEMENTES. B. BRACHIARIA MG-4 (Brachiaria brizantha cv mg4). Disponível
em: http://www.suprareal.com.br. Acesso em: 22 de março de 2012.
TIMOSSI, P.C.; DURIGAN, J.C.; LEITE, G.J. Formação de palhada por braquiárias para
adoção do sistema de plantio direto. Bragantia, Campinas, v.66, n.4, p.617-622, 2007.
TINOCO, A.F.F.; DINIZ, M.C.N.M.; SILVA, J.G.M.; MEDEIROS, H.R.; RANGEL, A.H.N.
Caracteristicas morfológicas e desenvolvimento do capim Tanzânia submetido a diferentes alturas
de corte, sob irrigação. Revista Verde, v.3, n.4, p. 58-63. 2008.
VALLE, C.B.; EUCLIDES, V.P.B.; MACEDO, M.C.M. Caracteristicas das plantas forrageiras
do gênero Brachiaria. In: SIMPOSIO SOBRE MANEJO DE PASTAGENS, 17. Piracicaba:
FEALQ, 2000. p. 65-108.
VALLE, C.B.; EUCLIDES, V.P.B., MACEDO, M.C.M.. VALÉRIO, J.R.; CALIXTO,S. Selecting
new Brachiaria for Brazilian pastures. In: INTERNATIONAL GRASSALAND CONGRESS,
19, São Pedro. Proceedings... Piracicaba: Escola superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, 2001.
p.13-14.
31
VALLE, C.B.; JANK, L.; RESENDE, R.M.S.; BONATO, A.N.V. Lançamentos de cultivares
forrageiras: o processo e seus resultados – cvs. Massai, Pojuca, Campo Grande, Xaraés. In:
NÚCLEO DE ESTUDOS EM FORRAGICULTURA, 4., 2003, Lavras. Proceedings... Lavras:
Universidade Federal de Lavras, 2003. p.179-225.
VITOR, C.M.T.; FONSECA, D.M.; CÓSER, A.C.; MARTINS, C.E.; NASCIMENTO JUNIOR,
V.; RIBEIRO JUNIOR, J.I. Produção de matéria seca e valor nutritivo de pastagem de capimelefante sob irrigação e adubação nitrogenada. Revista Brasileira de Zootecnia, v.38: 435-442,
2009.
32
CAPITULO 1
Acúmulo de massa seca em cultivares de Brachiaria Brizantha
submetida a intensidades de desfolhação
33
Acúmulo de massa seca de cultivares em Brachiaria Brizantha submetida a
intensidades de desfolhação
RESUMO
O experimento foi realizado com o objetivo de avaliar o efeito de diferentes intensidades de
desfolhação no acúmulo de matéria seca, composição morfológica e resíduo de forragem de
cultivares de Brachiaria brizantha. Os tratamento consistiram em três cultivares de Brachiaria
brizantha (Marandú, Xaraés e MG4) e quatro intensidades de desfolhação (10, 20, 30 e 40 cm)
durante o período de agosto de 2010 a julho de 2011. O delineamento experimental foi o de blocos
casualizados com quatro repetições em fatorial 3x4. As cultivares apresentaram comportamento
significativo sob as diferentes intensidades de desfolhação, acúmulo de massa seca total e de folha,
percentagem de material morto e altura do dossel. Quando submetido as dferentes intensidades de
desfolhação não foi constatado efeito significativo para o acúmulo de colmo, percentagem de
colmo, densidade da forragem e relação Folha:Colmo. As cultivares Marandú e Xaraés
apresentaram maior acúmulo de folha, maior altura de dossel e relação Folha:Colmo que o MG4. A
participação de material verde na matéria seca e o resíduo de matéria seca é altamente influenciável
pela intensidade de desfolha.
Palavras–chave: forrageira tropical, pastagem, produtividade, relação Folha:Colmo.
ABSTRACT
This experiment was conducted to evaluate the effect of different intensities of grazing on the
accumulation of dry matter and morphological composition of Brachiaria brizantha cultivars. The
treatment consisted of three cultivars of Brachiaria brizantha (Marandú, Xaraés and MG4) and four
levels of defoliation (10, 20, 30 and 40 cm) during the period August 2010 to July 2011. The
34
experimental design was a randomized block with four replications in a factorial 3x4. Cultivars
showed significant under different intensities of defoliation, total dry matter accumulation and leaf,
percentage of dead material and height of the canopy. When subjected to dferentes intensities of
defoliation was not significant effect for the accumulation of thatch, thatched percentage, density of
forage and leaf: stem ratio. Cultivars Marandú and Xaraés showed a higher accumulation of leaf,
canopy height and greater leaf: stem ratio than the MG4. The participation of green material in the
dry matter and dry matter residue is highly influenced by the intensity of defoliation.
Keywolds: Leaf: stem ratio, pasture, productivity, tropical foragem.
INTRODUÇÃO
A produção de ruminantes no Brasil é de grande importância econômica apresentando-se
como uma atividade de baixo custo quando a alimentação é baseada no uso de pastagens, entretanto
ainda é necessário que ocorra uma melhoria quantitativa e qualitativa nas pastagens para elevar os
índices de produtividade animal a pasto (SILVA et al., 2008). A disponibilidade de gramíneas
forrageiras com elevado potencial de produção de massa, é um fato que vem contribuindo para o
aumento da capacidade de suporte das pastagens. Dentre as gramíneas forrageiras utilizadas na
alimentação animal, as cultivares da espécie Brachiaria brizantha têm se destacado por
apresentarem elevada produção de massa seca, bom valor nutritivo, boa aceitabilidade, alta
capacidade de suporte animal, estando bastante disseminadas no Brasil, sendo recomendadas para
diversos sistemas de produção de ruminantes (TEIXEIRA et al., 2003).
Existe uma variação grande de cultivares de Brachiaria, onde algumas dessas apresentam
diferenças morfológicas e estruturais, mesmo apresentando um bom valor nutritivo e boa relação
folha/haste. Segundo Fagundes et al. (2005), isto justifica, ainda mais a necessidade de
conhecimentos mais detalhados sobre as plantas forrageiras, considerando-se que mudanças
morfológicas e estruturais no pasto ocorrem ao longo do tempo. A utilização de espécies e ou
35
cultivares de Brachiaria em sistemas de produção de ruminantes em pastejo foi proporcionada pelo
conjunto de características desejáveis dessas forrageiras, que vem a ocorrer devido a sua adaptação
a variadas condições de solo e clima (FAGUNDES et al., 2006).
A Brachiaria brizantha Stapf. cv. Marandú apareceu como uma opção para os pecuaristas
pelas suas características agronômicas, tem permitido ocupação de extensas áreas no Brasil Central.
A Brachiaria brizantha Hochst Stapf cv. MG-4, originária da Colômbia, é tolerante a regiões com
baixos índices pluviométricos (>800 mm), devido ao seu sistema radicular profundo e, ainda, solos
com menor fertilidade, já a cultivar Xaraés, tem como uma das características mais importante a
boa produção de massa seca, resistência às secas, rápida rebrota após o pastejo, e tolera melhor os
solos mal drenados (VALLE et al., 2003).
Os estudos de pastagem no Brasil, tem caráter regional, ocorrendo práticas de manejo
extremamente generalistas, tendo uma grande inconsistência quando na sua colocação em prática,
necessitando de melhores conhecimentos dessas gramíneas e as respostas aos diferentes manejos.
Casagrande et al. (2010), relataram que a dinâmica dos processos de crescimento e
desenvolvimento das plantas e suas mudanças morfofisiologicas são fatores que interferem na
produção animal, sobretudo na intensidade de pastejo. A redução do consumo animal e as perdas de
alimento em uma pastagem, podem estar diretamente relacionadas ao manejo empregado a ela,
mudando características importantes nas fases de crescimento, desenvolvimento e senescência.
Logo o regime de desfolhação determina a área foliar remanescente pós-pastejo e a rebrotação é
condicionada pela emissão de nova área foliar a partir desta área foliar remanescente. Contudo, a
intensidade de desfolhação em sistemas de pastejo e de corte não estão bem definidas para todas as
plantas forrageiras. Para tanto realizou-se este trabalho objetivando-se avaliar as características
produtivas, estruturais e morfogênicas do dossel de Brachiaria brizantha, cv. Marandú, Xaraés e
MG4, em diferentes intensidades de desfolhação.
36
METERIAL E MÉTODOS
O experimento foi conduzido e agosto de 2010 a julho de 2011, em pastagens de Brachiaria
brizantha estabelecidas no ano de 2009, na área do Campus Rural da Universidade Federal de
Sergipe, localizado no município de São Cristóvão-SE, com coordenadas geográficas 10º55‟20” de
latitude Sul e 37º12‟00” de longitude Oeste, e altitude de 20 metros ao nível do mar.
O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados num esquema fatorial de
3x4, ou seja três cultivares de Brachiaria brizantha (Urochoa Brizantha) (Marandú, MG4 e
Xaraés), e quatro intensidades de desfolhação (10, 20, 30 e 40 cm), com quatro repetições, as
alturas foram medidas a partir do solo com régua graduada sendo colhidas quando estas atingiam
atingir 60 cm acima dos valores de intensidade pré-estabelecido (10, 20, 30 e 40 cm), ou seja,
quando as plantas atingiam as alturas de 70, 80, 90 e 100 cm, sendo realizado 5 cortes durante o
período experimental. As unidades experimentais constituíram-se de quarenta e oito parcelas de 4,0
m² (2,0 x 2,0 m), com área útil de coleta de 1,0 m² na parte central da parcela, sendo o restante
eliminado como bordadura, (croqui da área experimental em anexo).
O experimento foi instalado em solo classificado como argissolo vermelho-amarelo,
eutrófico, A moderado, textura arenosa/média e topografia ondulada (EMBRAPA, 1999) e com as
seguintes características: pH (CaCl2) = 4,8; MO (g DM-3) = 11,2; P (mg dm-3) = 16,0; K (cmolc dm3
) = 0,09; Ca (cmolcdm-3) = 0,75; Mg (cmolc dm-3) = 0,33; H+Al (cmolcdm-3) = 2,65; SB (cmolc
dm-3) = 1,75 e V(%) = 39,9.
Conforme resultados da análise de solo, realizou-se a recomendação de adubação e calagem
conforme descrito por Lima & Vilela (2005). A calagem foi realizada de forma a elevar da
saturação de bases a 70%, e a adubação de base foi 120 kg/ha de P2O5, na forma de superfosfato
triplo, 80 kg/ha K2O aplicado após o corte de uniformização e 100 kg/ha de nitrogênio, na forma de
37
ureia, como adubação de cobertura distribuídos em três aplicações (5 de agosto, 17 de fevereiro e 2
de maio).
Inicialmente foi realizado um corte de uniformização em todas as parcelas ao nível do solo e
semanalmente foram realizadas medidas da altura do dossel forrageiro para acompanhar o
desenvolvimento das plantas. Quando mais de 75 % das parcelas experimentais atingiam a altura de
corte pré-definidas foi colhido o material da parcela e após, realizado as avaliações da produção de
forragem, composição morfológica do pasto, massa de forragem, altura das plantas, relação
folha:colmo e densidade volumétrica de forragem.
A avaliação do acúmulo de forragem foi estimado pelo método agronômico das diferenças
conforme a equação I (DAVIES et al., 1993). Antes de proceder-se o corte da forragem em uma área
de solo de 1 m2, foi realizado a mensuração da altura média do pasto por meio de régua graduada.
Equação I
AF = MFfinal – MFinicio
sendo:
AF = Acúmulo de Forragem;
MFfinal = Massa de Forragem no dia final da avaliação ou corte;
MFinicio = Massa de Forragem no dia do início da avaliação.
Após o corte da forragem nas parcelas experimentais, as mesmas foram acondicionadas em
sacos de polietileno, pesadas e repicadas duas sub-amostras de forragem. Uma sub-amostra foi
levada para secagem em estufa a 65 0C até massa constante, para calculo da massa seca acumulada.
A segunda sub-amostra foi utilizada para avaliação da composição morfológica da forragem, na
qual o material foi fracionado em folhas (lâminas verdes), colmos (colmos e bainhas foliares) e
material morto das cultivares de interesse. Após a separação, todos os componentes foram levados
para secagem em estufa a 65 0C até massa constante. Após secagem, essa amostra fracionada foi
pesada e, por intermédio das relações entre massa seca e massa verde da sub-amostra, sendo
calculado a matéria seca de cada componente da forragem colhida na área de amostragem.
38
A composição morfológica do material avaliado em cada corte, foi obtido por meio da
média de cada corte das parcelas (média do primeiro corte + média do segundo corte + média do
terceiro corte + média do quarto corte + média do quinto corte), e o acúmulo por meio da soma de
todos os cortes. De posse dos dados de massa de forragem verde (colmo + folhas vivas) e da altura
do dossel, foi calculada a densidade volumétrica de forragem verde (kg/ha.cm de MS).
Foi computado diariamente a média da precipitação pluvial acontecida durante o
experimento, o qual está representado por médias mensais na tabela 1 (SEMARH, 2012).
Os dados foram submetidos a analise estatística segundo o procedimento PROC GLM do
pacote estatístico SAS (SAS Institute, 2002). As variáveis foram submetidas ao teste de Tukey
(P<0,05).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foi constatado efeito significativo da intensidade de desfolhação (P<0,05) para acúmulo de
colmo, porcentagem de colmo, densidade volumétrica de forragem e relação Folha:Colmo os quais
podem ser observados na Tabela 2.
O acúmulo de forragem total não apresentou diferença significativa (P>0,05) nas diferentes
intensidades de desfolhação, resultado bastante similar foi observado por Mari (2003) que trabalhou
com intervalos de dias fixos de colheita variando entre 15 e 90 dias, observou amplitude produtiva
de 20,2 a 28,2 t ha/ano. Silva et al. (2011) e Molan (2004), trabalhando com o capim Marandú com
diferentes alturas de corte, observaram que a medida que se aumentava a altura do corte,
consequentemente reduzia o teor de matéria seca. No presente trabalho o crescimento foi
independente da intensidade de desfolha, resultado este que corrobora com os obtidos por
Humphreys (1966), ao trabalhar com panicum maximum. O esperado seria produções mais elevadas
em regimes de desfolha mais leniente, menos frequentes e intensos, no entanto, pode ter ocorrido
39
maior eficiência foliar (folhas desenvolvidas em ambientes com maior disponibilidade de luz) e o
corte de uniformização pode ter influenciado as reservas das raízes e o desenvolvimento de perfilho.
Verificou-se que à medida que diminuía-se a intensidade desfolhação (30 e 40 cm) ocorreu
redução no acúmulo de colmo, este fato pode ser explicado pela localização do colmos na parte
inferior do dossel forrageiro, portanto quando se diminui a intensidade de desfolhação esta se
removendo uma maior quantidade de folhas e uma menor quantidade de colmo.
A percentagem de material morto não apresentou diferença significativa entre as intensidades
de desfolha (P>0,05), no entanto apresentou níveis elevados, como constatado por Bricham e
Hodgson (1983), que ao descreverem a curva de crescimento da planta forrageira e o fluxo de
tecidos, inicialmente há um crescimento de colmo e folha, possivelmente à medida que o dossel
atinge a saturação de interceptação luminosa a produção liquida estabiliza, e há uma tendência do
crescimento liquido ser reduzido decorrente do aumento da senescência.
Ao analisar a porcentagem de colmo no dossel nota-se que os maiores valores percentuais de
colmo ocorreram nas maiores intensidades de desfolhação, este resultado é refletido na densidade
volumétrica de forragem e na relação Folha:Colmo, ou seja nas maiores alturas ocorreu uma menor
densidade volumétrica e uma maior relação Folha:Colmo. Resultados similares são relatados por
Marcelino et al. (2006) e Rodrigues (2004), que constataram tanto para o capim Marandú quanto
Xaraés, um aumento da massa de colmo em decorrência do aumento da intensidade de desfolhação.
A percentagem de colmo teve uma maior contribuição quando se colheu as parcelas na
intensidade de 10 e 20 cm, o que pode ser explicado pela posição dos colmos no dossel forrageiro,
quando o pasto é colhido a 10 e 20 cm do solo grande quantidade de colmo é removido. Sarmento
(2007), trabalhando com diferentes alturas de resíduo, em animais em pastejo, observou dificuldade
em deixar o resíduo a 10 cm do solo, em decorrência do elevado percentual de colmo, este sendo
rejeitado pelo animal.
40
O acúmulo de folha não sofreu influência das diferentes intensidades de desfolha. Uma
possível explicação é que durante a fase de crescimento ocorrem mudanças morfológicas no perfil
do dossel gerando um maior acúmulo de folha, nas diferentes alturas possa ter saturado a fase de
crescimento desde a maior até a menor intensidade de desfolha (10 a 40 cm) e com isso limitado o
acúmulo de folha (FAGUNDES et al., 2006).
É possível que ocorra maior índice de área foliar à medida que o dossel fica mais alto,
aumentando a interceptação luminosa, acarretando acentuada competição por luz e refletindo em
maior alongamento de colmo e morte das folhas mais velhas, o que pode causar uma maior rejeição
animal. A presença de colmo pode reduzir a eficiência do sistema limitando a capacidade de
colheita pelo animal, reduzindo a qualidade do alimento e ocorrendo rejeição deste componente
pelo animal (BALSALOBRE et al., 2003; CASAGRANDE et al., 2010).
A medida que diminuiu a intensidade de desfolhação ocorreu redução na densidade de
forragem, o que pode a vir prejudicar o consumo animal em decorrência da taxa de bocado. Estes
resultados corroboram com os encontrados por Molan, (2004), que também observou redução na
densidade de forragem à medida que aumentou a altura do dossel.
A relação Folha:Colmo sofreu influência da intensidade de corte sendo que nas menores
intensidades foram observados os maiores valores da relação Folha:Colmo. Flores et al. (2008),
trabalhando com diferentes cultivares de Brachiaria brizantha, observaram resultados de
Folha:Colmo inferiores aos encontrados neste trabalho. Segundo Castagnara et al. (2011), a relação
Folha:Colmo é de grande importância para a nutrição animal, estando associado a facilidade do
animal comer folhas, sendo estas a parte mais nutritiva da planta forrageira. Os valores nas
diferentes alturas de colheita, foram superiores ao nível considerado crítico (1:1), relatado por Pinto
et al., (1994). Pode se inferir que nas menores intensidades de desfolhação, terá uma forragem com
melhor qualidade, haja visto que os maiores valores da relação Folha:Colmo e menores valores da
quantidade de colmo, são encontrado nos cortes ou pastejos mais lenientes.
41
Foi constatado efeito das cultivares de Brachiaria (P<0,05) no acúmulo de folha,
porcentagem de material morto e colmo, densidade volumétrica de forragem, relação Folha:Colmo
e altura do dossel os quais podem ser observados na Tabela 3.
O acúmulo de forragem total e de colmo, não apresentaram diferença entre os cultivares,
diferente do encontrado por Pedreira, Pedreira e Silva (2007).
O acúmulo de massa seca constatado no presente trabalho, apresentaram valores superiores
aos relatados por Carard, Neres e Tonello (2008), e Botrel, Mauricio e Daise (1999), com resultados
similares aos de Santos et al. (2003), Molan (2004), e Mari (2003). Diferenças produtivas
constatadas nos diferentes experimentos podem ocorrer em virtude de vários fatores como:
ambientais, nutritivos, físicos, químicos, bióticos e o fator antrópico (BIRCH et al., 2003).
Para o acúmulo de folha foi significativa para as cultivares (P>0,05), com os maiores
acúmulos nas cv. Marandú e Xaraés. Rodrigues (2004), não observou diferença entre os cultivares
Marandú e Xaraés, para a acúmulo de folha e colmo, porém, foi constatado valores muito inferiores
ao relatado neste trabalho para acúmulo de folha do Xaraés e Marandú, isso pode ser justificado por
que o trabalho de Rodrigues (2004) foi conduzido no período do inverno, época de pouco
crescimento forrageiro. Já Lara e Pedreira (2011), trabalhando com diferentes Brachiarias,
constataram que o capim Xaraés é mais produtivo que o Marandú, devido a suas características
morfogênicas e estruturais.
Verificou-se que a percentagem de material morto diferiu entre as cultivares de Brachiaria
brizantha, sendo que a cv. MG4 apresentou maior percentagem deste material, seguido pelo
Marandú e o Xaraés. Resultados similares foram constatados por Flores et al. (2008), que também
observaram maior proporção de material morto do capim Marandú quando comparado com o
Xaraés.
Segundo Gomide (2002), à medida que novas folhas e perfilhos jovens surgem em uma
pastagem, é estabelecida entre eles uma competição crescente por luz, nutrientes, água, entre outros
42
fatores de crescimento. Em decorrência do auto-sombreamento e do alongamento de colmos,
intensifica-se o processo de senescência e morte das folhas mais velhas e até mesmo de perfilhos.
Muitos trabalhos demonstram que a época ideal de colheita da forragem é quando a planta
atinge 95% de interceptação luminosa, apresentando a menor produção de material senescente.
Segundo Pedreira, Pedreira e Silva (2007), a Brachiaria brizantha cv. Xaraés atinge 95% de
interceptação luminosa quando alcança uma altura média de 29,5 cm. Trindade et al. (2007),
trabalhando com o cultivar Marandú,
relata que esse cultivar atingiu 95% de interceptação
luminosa com altura média ao longo do ano de 24,1 cm, valores esses muito abaixo da menor altura
de colheita deste trabalho.
Observou-se no presente ensaio, que a cultivar Xaraés apresentou o menor percentagem de
colmo quando comparado aos outros dois cultivares, já Euclides et al. (2008), analisando três
cultivares de brizantha, observaram que o Xaraés acumulou mais colmo que o Marandú em cortes
ao nível do solo.
A densidade da forragem foi menor para a cultivar Xaraés em comparação aos demais, os
valores foram similares ao reportado na literatura para outra espécie como capim elefante cv. Guaçu
(pennisetum purpureum) de 69 kg/ha.cm de MS, e ao capim Tanzânia (panicum maximum) 81
kg/ha.cm de MS (PEDREIRA et al., 2005). A densidade volumétrica da forragem juntamente com
a relação Folha:Colmo determina o a taxa de consumo das pastagens tropicais (STOBBS, 1973;
HENDRICKSEN e MINSON, 1980).
A relação Folha:Colmo apresentou comportamento distinto entre as cultivares, com destaque
para cv. Xaraés que apresentou melhor relação, seguido por o Marandú e uma menor relação foi
observado para o MG4. Bauer et al. (2011), trabalhando com diferentes cultivares de brachiaria
constataram para o capim Marandú e Xaraés uma relação de Folha:Colmo de 1,93 e 2,22
respectivamente, superiores ao encontrado no presente trabalho. Carard, Neres e Tonello (2008),
trabalhando com níveis de adubação nitrogenada nos mesmo cultivares de Brachiaria brizantha,
43
quando aplicado 100 kg/ha de nitrogênio, encontrou valor similar na relação Folha:Colmo para os
cultivares Marandú, Xaraés e MG4, demonstrando que a aplicação de 100 kg/ha de nitrogênio, não
apresenta comportamento diferente aos desse trabalho.
Dentre as variáveis analisadas pode-se constatar que a Brachiaria brizantha cv. Xaraés tem
um bom acúmulo de forragem, com uma menor porcentagem de material morto e colmo, maior
relação Folha:Colmo, com maior altura do dossel.
Constatou-se efeito da interação intensidade de desfolhação e cultivares de Brachiaria
brizantha na composição morfológica de folha (P<0,05) como pode ser observado na Tabela 4. A
interação entre cultivar e intensidade de pastejo para a composição morfológica de folha no dossel
forrageiro é ilustrada pela mudança no ranqueamento dos valores da composição das folhas entre os
cultivares e as intensidades de pastejo. Ou seja, nas cultivares Marandú e MG4 constatou-se
variação na percentagem de folha a medida que modificava-se a intensidade de desfolhação,
enquanto que cv. Xaraés não foi constatado efeito da intensidade de desfolhação na porcentagem de
folha.
Bauer et al. (2011), ao trabalharem com a cv. Xaraés constatou valores similares para as
intensidades de desfolhação 10 e 20 cm na composição morfológica de folha, no entanto o mesmo
ao trabalhar com o cv. Marandu constatou resultados superiores aos encontrados deste trabalho.
Foi encontrado proporção de folha entre 44% (10 e 20 cm) a 60% (40 cm) para o cultivar
Marandu, Gerdes et al. (2000), encontraram proporção de 84% de folha para o cultivar Marandú aos
35 dias de rebrotação, Flores et al. (2008), também encontraram valores superiores para as menores
intensidades de desfolhação. Segundo Rodrigues (2004), também ao trabalhar com o cv. Marandú
recitam maiores valores na composição de folha que os do presente trabalho. Pedreira e Pedreira
(2007), ao trabalharem com o cv. Xaraés observaram que a medida que aumentavam a altura do
pasto a produção de massa seca aumenta, decorrente do maior acúmulo de colmo, sendo que o
acúmulo de matéria seca tendeu a estabilizar com 30 cm de altura.
44
Pedreira, Pedreira e Silva (2007), relatam que as plantas apresentam plasticidade
fenotípica, logo ocorrem modificações no dossel para permitir maior iluminação da área foliar.
Possivelmente no presente ensaio esteja ocorrendo plasticidade fenotípica no pasto das cultivares de
Brachiaria brizantha quando submetida a diferentes intensidades de desfolhação.
Verificou-se interação entre os cultivares de Brachiaria brizantha e intensidade de
desfolhação para o acúmulo de massa seca de folha (tabela 5). Esta interação deva-se a diminuição
no acúmulo de folha no cultivar MG4, quando diminuiu a intensidade de desfolha. Tal fato pode ser
explicado pela hábito de crescimento deste cultivar, pois quando aumenta-se a altura ela apresenta
tendência a decumbência e à medida que manejada sob intensidade de cortes mais leniente (40 cm)
ocorre uma menor produção de matéria seca na forma de folha.
Segundo Rodrigues (2004), a produção de folha para diferentes cultivares de Brachiaria
brizantha, apresenta um acúmulo retilíneo até determinado ponto, depois tende a cair esse acúmulo,
no presente trabalho pode-se constatar essa tendência antecipada na cv. MG4 em relação a cv.
Marandú e Xaraés.
Constatou-se efeito positivo para intensidade de desfolhação e as cultivares de Brachiaria
brizantha para as variáveis resíduo de massa seca total, material morto, colmo e folha (tabela 6 e 7).
Pela arquitetura do dossel forrageiro a medida que ocorre o corte da forragem, é removido do dossel
grande parte das folhas deixando como substrato o colmo, material morto e folhas remanescentes,
por isso no resíduo há sempre uma tendência de uma grande concentração de material morto e
colmo, como observado neste trabalho.
Quando se diminui muito o índice de área foliar
remanescente, acarreta em uma menor área fotossinteticamente ativa ocorrendo um maior período
de tempo para alcançar o ponto ideal de colheita novamente, em decorrência do índice de área foliar
remanescente baixo, resultando em perdas produtivas pelo elevado espaço de tempo entre colheitas.
Brancio et al. (2003), ao analisarem altura de resíduo pós pastejo, de três cultivares de
panicum maximum, observaram que na maior altura de resíduo houve a maior percentagem de
45
colmo, corroborando ao encontrado neste trabalho. Quanto menor a intensidade de desfolhação
maior o resíduo de MS total, material morto, colmo e folha. Portanto, o aumento na altura residual
influência as características morfológicas da forragem e indica que, em alguns casos, os benefícios
proporcionados pela maior produção de massa forrageira podem ser devido ao maior acúmulo de
material morto e colmos, resultando em forragem de possível valor nutritivo inferior (BRICHAM e
HUDGSON, 1983; MARCELINO et al., 2006).
Alguns estudos sugerem que os colmos possam ser barreira para obtenção de pastejos mais
profundos, devido à maior força requerida na sua colheita, porém, isto não tem sido confirmado
(LACA e UNGAR, 1992). O aumento na concentração de colmo até 40 cm de resíduo, deve ser
considerado em virtude da adaptação ou plasticidade fenotípica da planta a colheita, onde a medida
que aumentou a altura de colheita do dossel, resultou em uma competição das folhas pelo ápice do
dossel em virtude da necessidade fotossintética das folhas, e com isso gerou um alongamento das
hastes.
À medida que o manejo de corte se eleva melhora a qualidade do material forrageiro devido
ao maior percentual de participação de folhas no material forrageiro. De acordo com Marcelino et
al. (2006), quanto maior a quantidade de folha melhor será o valor nutritivo da forragem, e mais
rápido será o tempo da rebrota. Sarmento (2007), relata em trabalho com intensidade de pastejo, que
a altura pós pastejo de 10 cm não foi o mais indicado como resíduo, e ainda encontrou dificuldades
em manejar pastagens nessa altura, indicando 20 cm de resíduo como a de melhor rebrote.
As cultivares apresentaram comportamentos distintos quando submetidas a diferentes alturas
de resíduo (tabela 7). De forma geral a cv. MG4 apresentou os menores valores de massa seca
residual total e de folhas. Este comportamento pode ser explicado pelas características estruturais
desta cultivar, onde tem folhas menores e colmos mais finos que as outras cultivares.
O capim Xaraés apresentou o maior resíduo de massa seca de folha. As folhas são
extremamente importantes para o resíduo, onde delas irão ocorrer as taxas fotossintéticas
46
necessárias para a rápida recuperação do dossel forrageiro, as folhas verdes irão realizar fotossíntese
através da absorção de luz pelo cloroplasto, utilizando o dióxido de carbono e água, desencadeando
um conjunto de reações físicas e químicas, para o formação de compostos orgânicos para a planta, e
com isso o seu desenvolvimento (LARCHER, 1995; PARSONS e CHAPMAN, 2000).
O colmo e o material morto apresentaram comportamentos similares entre as cultivares. A
produção de material senescente está ligada a colheita da forragem acima do nível de área foliar
crítico, contudo a senescência não pode ser vista apenas como perda de material, pois ela apresenta
uma via eficiente de reciclagem de nutrientes para as plantas, em condições limitadas de fatores de
crescimento (DA SILVA; NASCIMENTO JUNIOR; EUCLIDES, 2008).
CONCLUSÕES
As cultivares Xaraés e Marandú apresentaram maior acúmulo de folha, relação
Folha:Colmo, maior produção de material verde no resíduo de massa seca, com menor acúmulo de
material morto.
As intensidades de desfolhação de 30 e 40 cm são as mais indicadas por apresentarem menor
acúmulo e percentagem de colmo e maior relação Folha:Colmo.
As cultivares Marandu e Xaraés apresentaram o maior resíduo total de matéria seca, e o
maior resíduo de folha.
47
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BALSALOBRE, M.A.A.; CORSI, M.; SANTOS, P.M.; VIEIRA, I.; CÁRDENAS, R.R.
Composição Química e Fracionamento do Nitrogênio e dos Carboidratos do Capim-Tanzânia
Irrigado sob Três Níveis de Resíduo Pós-pastejo. Revista Brasileira de Zootecnia, v.32, n.3, p.519528, 2003.
BAUER, M.O.; PACHECO, L.P.A.; CHICHORRO, J.F.; VASCONCELOS, L.V.; PEREIRA,
D.F.C. Produção e características estruturais de cinco forrageiras do gênero brachiaria sob
intensidades de cortes intermitentes. Ciencia Animal Brasileira, v. 12, n. 1, p. 17-25, jan./mar. 2011.
BIRCH, C.J.; ANDRIEU,B.; FOURNIER, C.; VOS, J.; ROOM, P. Modelling kinetics of plant
canopy architecture – concepts and application. European Journal of Agronomy, v.0,p1-15, 2003.
BIRCHAM, J.S.; HODGSON, J. The influence of sward condition on rates of herbage growth and
senescence in mixed swards under continuous stocking management. Grass and Forage Science,
v.38, p.323-331, 1983.
BOTREL, M.A.; MAURÍCIO, J.A.; DEISE, F.X. Avaliação de gramíneas forrageiras na região sul
de Minas Gerais. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.34, n.4, p.683-689, abr. 1999.
BRANCIO, P.A.; EUCLIDES, V.P.B.; NASCIMENTO JUNIOR, D.; FONSECA, D.M.;
ALMEIDA, R.G.; MACEDO, M.C.M.; BARBOSA, R.A. Avaliação de Três Cultivares de Panicum
maximum Jacq. sob Pastejo: Disponibilidade de Forragem, Altura do Resíduo Pós-Pastejo e
Participação de Folhas, Colmos e Material Morto. Revista Brasileira de Zootecnia, v.32, n.1, p.5563, 2003.
CARARD, M.; NERES, M.A.; TONELLO,C.L. Efeito de doses crescentes de nitrogênio no
desenvolvimento de cultivares de brachiaria brizantha. Revista da FZVA, v.15, n.2, p.135-144.
2008.
48
CASAGRANDE, D.R.; RUGGIERI, A.C.; JANUSCKIEWICZ, E.R.; GOMIDE, J.A.; REIS, R.A.;
VALENTE, A.L. da S. Características morfogênicas e estruturais do capim-marandu manejado sob
pastejo intermitente com diferentes ofertas de forragem. Revista Brasileira de Zootecnia, v.39,
p.2108-2115, 2010.
CASTAGNARA,D.D.; MESQUITA, E.E.; NERES, M.A.; OLIVEIRA, P.S.R.; DEMINICIS, B.B.;
BAMBERG, R. Valor nutricional e características estruturais de gramíneas tropicais sob adubação
nitrogenada. Archivos de Zootecnia, v. 60 (232): 931-942. 2011.
DA SILVA, S.C.; NASCIMENTO JUNIOR, D.; Avanços na pesquisa com plantas forrageiras
tropicais em pastagens: características morfofisiológicas e manejo do pastejo. Revista Brasileira de
Zootecnia, v.36, suplemento especial, p.121-138, 2007.
DA SILVA, S.C.; NASCIMENTO JUNIOR, D.; EUCLIDES, V.B.P.
Pastagens: Conceitos
básicos, produção e manejo. Viçosa: Suprema, 2008. 115p.
DAVIES, A. Tissue turnover in the sward. In: DAVIES, R.D. et al. eds. Sward measurement
Handbook, 2nd ed., Reading, 1993. p.183-216.
EMBRAPA. Manual de métodos de análise de solo. 2.ed. Brasília: Embrapa-SPI; Rio de Janeiro:
Embrapa-CNPS, 1997. 212p.
EUCLIDES, V.P.B.; MACEDO, M.C.M.; VALLE, C.B.; BARBOSA, R.A.; GONÇALVES, W.V.
Produção de forragem e características da estrutura do dossel de cultivares de Brachiaria brizantha
sob pastejo. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.43, n.12, p.1805-1812, dez. 2008.
FAGUNDES, J. L.; FONSECA, D. M.; GOMIDE, J. A.; NASCIMENTO JUNIOR, D.; VITOR, C.
M. T.; MORAIS, R. V.; MISTURA, C.; REIS, G. C. ; MARTUSCELLO, J. A. Acúmulo de
forragem em pastos de Brachiaria decumbens adubados com nitrogênio. Pesquisa Agropecuária
Brasileira, v. 40, n. 4, p. 397-403, 2005.
FAGUNDES, J.L.; FONSECA, D.M.; MORAIS, R.V.; MISTURA, C.; VITOR, C.M.T.; GOMIDE,
J.A.; NASCIMENTO JUNIOR, D.; SANTOS, M.E.R.; LAMBERTUCCI, D.M. Avaliação das
49
características estruturais do capim-braquiária em pastagens adubadas com nitrogênio nas quatro
estações do ano. Revista Brasileira de Zootecnia, v.35, n.1, p.30-37, 2006.
FLORES, R.S.; EUVLIDES, V.P.B.; ABRÃO, M.P.C.; GALBEIRO, S.; DIFANTE, G.S.;
BARBOSA, R.A. Desempenho animal, produção de forragem e características estruturais dos
capins marandu e xaraés submetidos a intensidades de pastejo. Revista Brasileira de Zootecnia,
v.37, n.8, p.1355-1365, 2008.
GERDES, L.; WERNER, J.C.; COLOZZA,M.T.; CARVALHO, D.D.; SCHAMMASS, E.A.;
Avaliação de Características Agronômicas e Morfológicas das Gramíneas Forrageiras Marandu,
Setária e Tanzânia aos 35 Dias de Crescimento nas Estações do Ano. Revista Brasileira de
Zootecnia, 29(4):947-954, 2000.
GOMIDE, C.A.M. Morfogênese de cultivares de Panicum maximum (Jacq.). Revista Brasileira de
Zootecnia, v.2, p.341-348, 2002.
HENDRICKSEN, R.; MINSON, D.J. The feed intake and grazing behaviour of cattle grazing a
crop Lablab purpureus cv. Rongai. Journal of Agricultural Science, v.95, p.547-554, 1980.
HUMPHREYS, L.R. Subtropical grass growth: II Effects of variation in leaf area index in the field.
Queenland Journal of Agricultural and Animal Science, v. 23. p.358-388, 1966.
LACA, E.A.; UNGAR, E.D. Effects of sward height and bulk density on bite dimensions of cattle
grazing homogeneous swards. Grass and Forage Science, v.47, p.91-100, 1992.
LARA, M.A.S.; PEDREIRA, C.G.S. Respostas morfogênicas e estruturais de dosséis de espécies de
Braquiária à intensidade de desfolhação. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.46, n.7, p.760-767, jul.
2011.
LARCHER, w. Physiological plant ecology. 3.ed. Berlin: Springer-Verlag, 1995. 506p.
MARCELINO, K.R.A.; NASCIMENTO JUNIOR, D.; SILVA, S.C.; EUCLIDES, V.P.B.;
FONSECA, D.M. Características morfogênicas e estruturais e produção de forragem do capim-
50
marandu submetido a intensidades e freqüências de desfolhação. Revista Brasileira de Zootecnia,
v.35, n.6, p.2243-2252, 2006.
MARI, L.J. Intervalo entre cortes em capim-Marandu (Brachiaria brizantha (Hochst. ex A. Rich.)
Stapf cv. Marandu): produção, valor nutritivo e perdas associadas à fermentação da silagem.
Piracicaba, 2003. 159p. Dissertação (mestrado) – Escola Superior de Agricultura “Luiz de
Queiroz”, Universidade de São Paulo.
MOLAN, L.K. Estrutura do dossel, interceptação luminosa e acúmulo de forragem em pastos de
Capim-Marandu submetidos a alturas de pastejo por meio de lotação contínua. 2004. Dissertação
(Mestrado em Ciência Animal e Pastagens) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz,
Universidade de São Paulo.
PARSONS, A.J.; CHAPMAN, D.R. The principles of pasture growth and pasture utilization. In.
HOPKINS, A. (Ed.) Grass – its production and utilization . Oxford: Blackwell Science, 2000. Cap.
3, p.31-89.
PEDREIRA, B.C.; PEDREIRA, C.G.S. Fotossíntese foliar do capim-xaraés [Brachiaria brizantha
(A. Rich.) Stapf. cv. Xaraés] e modelagem da assimilação potencial de dosséis sob estratégias de
pastejo rotativo. Revista Brasileira de Zootecnia, v.36, n.4, p.773-779, 2007.
PEDREIRA, B.C.; PEDREIRA, C.G.S.; SILVA, S.C. Estrutura do dossel e acúmulo de forragem de
Brachiaria brizantha cultivar Xaraés em resposta a estratégias de pastejo. Pesquisa Agropecuária
Brasileira, v.42, p.281-287, 2007.
PEDREIRA, C.G.S.; ROSSETO, F.A.A.; DA SILVA, S.C.; NUSSIO, L.G.; MORENO, L.S.B.;
LIMA, M.L.P.; LEME, P.R. Forage yield and grazing efficiency on rotationally stocjed pastures of
“Tanzania-1” guineagrass and „Guaçu‟ elephantgrass. Scientia Agricola, v.62, p.433-439, 2005.
PINTO, J.C.; GOMIDE, J.A.; MAESTRI, M.; LOPES, N.F. Crescimento de folhas de gramíneas
forrageiras tropicais, cultivadas em vasos, com duas doses de nitrogênio. Revista Brasileira de
Zootecnia, v.23: 327-332. 1994.
51
RODRIGUES, D.C. Produção de forragem de cultivares de brachiaria brizantha (hochst. ex A.
Rich.) Stapf. e modelagem de resposta produtiva em função de variáveis climáticas.
Piracicaba,
2004. 94p. Dissertação (mestrado) – Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”,
Universidade de São Paulo.
SANTOS, M.V.F.; DUBEUX JUNIOR, J.C.B.; SILVA, M.C.; SANTOS, S.F.; FERREIRA,
R.L.C.; MELLO, A.C.L.;FARIAS, I.; FREITAS, E.V. Produtividade e Composição Química de
Gramíneas Tropicais na Zona da Mata de Pernambuco. Revista Brasileira de Zootecnia, v.32, n.4,
p.821-827, 2003.
SARMENTO, D.O.L. Produção, composição morfológica e valor nutritivo da forragem em pastos
de Brachiaria brizantha (Hochst ex A. Rich) Stapf. cv Marandu submetidos a estratégias de pastejo
rotativo por bovinos de corte. 2007. Tese (Doutorado em Ciência Animal e Pastagens) - Escola
Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo.
SECRETARIA DE ESTADO DE SERGIPE DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS
HÍDRICOS – SEMARH, 2012.
SILVA, H.A.S.; KOEHLER, H.S.; MARAES, A.; GUIMARÂES, V.A.; HACK, E.; CARVALHO,
P.C.F. Análise da viabilidade econômica da produção de leite a pasto e com suplementos na região
dos Campos Gerais – Paraná. Ciência Rural, v.38, n.2, mar-abr, 2008.
SILVA, J.B. REIS, S.T.; ROCHA JÚNIOR, V.R.; SALES, E.C.J.; MOTA, V.J.G.; JAYME, D.G.;
SOUZA, V.M.. Características fermentativas da silagem do capim Marandu manejado em
diferentes alturas de dossel. Revista Brasileira de Saúde e Produção Animal, v.12, n.2, p.329-339.
abr/jun, 2011.
STOBBS, T.H. The effect of plant structure on the intake of tropical pastures. I. Variation in bite
size of grazing cattle. Australian Journal of Agricultural Research, v.24, p.809-818, 1973.
TEIXEIRA, G.A., OLIVEIRA, M.E., SOUSA JÚNIOR, A.; VERAS, A.S.C.; BATISTA, A.M.V.;
ALVES,K.S.; RIBEIRO, V.L.; SILVA, M.J.M.S.; MEDEIROS, G.R.; VASCONCELOS, R.M.J.;
52
ARAÚJO, A.O.; MIRANDA, S.B. Desempenho de ovinos sem raça definida em pastagens dos
capins brizantha, tifton-85 e tanzânia. In: REUNIÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE
ZOOTECNIA, 40, 2003. Santa Maria. Anais... Santa Maria: SBZ, 2003.
TRINDADE, J.K.; SILVA, S.C.; SOUZA JUNIOR, S.J.; GIACOMINI, A.A.; ZEFERINO, C.V.;
GUARDA,V.D.A.; CARVALHO, P.C.F. Composição morfológica da forragem consumida por
bovinos de corte durante o rebaixamento do capim-marandu submetido a estratégias de pastejo
rotativo. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.42, n.6, p.883-890, jun. 2007.
VALLE, C.B.; JANK, L.; RESENDE, R.M.S.; BONATO, A.N.V. Lançamentos de cultivares
forrageiras: o processo e seus resultados – cvs. Massai, Pojuca, Campo Grande, Xaraés. In:
NÚCLEO DE ESTUDOS EM FORRAGICULTURA, 4., 2003, Lavras. Proceedings... Lavras:
Universidade Federal de Lavras, 2003. p.179-225.
53
TABELAS
Tabela 1 – Médias mensais da precipitação pluvial total durante o período de agosto de 2010 a julho
de 2011.
Mês / Ano
Precipitação (mm)
Agosto / 2010
124,8
Setembro / 2010
101,0
Outubro / 2010
11,5
Novembro / 2010
10,5
Dezembro / 2010
11,3
Janeiro / 2011
146,9
Fevereiro / 2011
106,5
Março / 2011
60,7
Abril / 2011
273
Maio / 2011
256
Junho / 2011
103,6
Julho / 2011
160,9
Total
1366,7
Fonte: SEMARH, 2012.
54
Tabela 2– Acúmulo de matéria seca (kg/ha), composição morfofisiológicas (%), relação
folha:colmo, densidade volumétrica de forragem (kg/cm.ha) e altura do dossel forrageiro
das cultivares de Brachiaria brizantha submetido a intensidades de desfolhação.
Variáveis
Intensidade de desfolhação
10 cm
20 cm
30 cm
CV (%)
40 cm
----------------------- kg/ha ----------------------Acúmulo de forragem total
28.600
29.001
23.235
22.429
25,9
Acúmulo de Colmo
11.377 A
10.630 AB
7.127 BC
6.904 C
36,2
Acúmulo de Folha
12.877
13.791
11.634
11.633
21,6
-------------------------- % -------------------------Percentagem de Material Morto
15,22
16,53
17,36
15,70
22,3
Percentagem de Colmo
37,85 A
34,53 A
29,72 B
28,78 B
12,6
Percentagem de Folha
53,07
51,06
47,08
44,48
14,8
----------------------- kg/cm.ha ----------------------Densidade de Forragem
85,08 A
82,17 A
64,50 B
59,25 B
19,4
-------------------------- cm -------------------------Altura do Dossel forrageiro
86,42
88,50
90,25
93,33
12,5
----------------------------------------------------------Relação Folha:Colmo
1,21 B
1,39 B
1,67 A
1,72 A
16,9
Médias seguidas por pelo menos uma mesma letra são iguais (P>0,05).
55
Tabela 3– Acúmulo de forragem (kg/ha), composição morfofisiológicas (%), relação folha:colmo,
densidade volumétrica de forragem (kg/cm.ha) e altura do dossel forrageiro em pastos de
diferentes cultivares de Brachiaria brizantha submetido a intensidades de desfolhação.
Variáveis
Cultivares de B. brizantha
Marandú
MG4
CV (%)
Xaraés
----------------------- kg/ha ----------------------Acúmulo de forragem total
28.067
22.576
26.805
25,9
Acúmulo de Colmo
10.296
8.082
8.650
36,2
Acúmulo de Folha
13.291 A
9.413 B
14.747 A
21,6
-------------------------- % -------------------------Porcentagem Material Morto
16,46 B
20,92 A
11,23 C
22,3
Porcentagem Colmo
33,03 A
36,14 A
28,99 B
12,6
---------------------- kg/cm.ha ---------------------Densidade de Forragem
80,63 A
76,06 A
61,56 B
19,4
-------------------------- cm -------------------------Altura do Dossel forrageiro
87,81 B
75,88 C
105,19 A
12,5
--------------------------------------------------------Relação Folha:Colmo
1,48 B
1,21 C
1,79 A
16,9
Médias seguidas por pelo menos uma mesma letra são iguais (P>0,05).
56
Tabela 4– Composição morfológica de folha (%) de cultivares de Brachiaria brizantha submetido a
intensidades de desfolhação (cm)
Intensidade de
Marandú
MG4
Xaraés
10
44,53 B
36,78 C
59,48 A
20
44,15 B
40,78 B
61,85 A
30
52,93 AB
46,65 A
59,25 A
40
60,53 A
47,53 A
58,48 A
desfolhação (cm)
Médias seguidas por pelo menos uma mesma letra na coluna são iguais (P>0,05), Coeficiente de Variação 9,4%.
Tabela 5 – Acúmulo de matéria seca de folha (kg/ha) de cultivares de Brachiaria brizantha
submetido a intensidades de desfolhação.
Intensidade de
Marandú
MG4
Xaraés
10
4.680 A
5.838 AB
2.521 A
20
5.960 A
6.441 A
2.340 A
30
4.758 A
4.353 AB
4.309 A
40
3.520 A
3.442 B
4.462 A
desfolhação (cm)
Médias seguidas por pelo menos uma mesma letra na coluna são iguais (P>0,05), Coeficiente de Variação 9,4%.
57
Tabela 6– Resíduo de massa seca (kg/ha) de cultivares de Brachiaria brizantha submetido a
diferentes intensidades de desfolhação.
Altura
Resíduo de MS
Total
Material Morto
Colmo
Folha
10
2465,7 C
973,5 B
858,8 C
633,8 B
20
4075,8 BC
1623,8 AB
1429,4 BC
1022,8 AB
30
5210,8 AB
2028,8 A
1944,0 AB
1238,4 AB
40
6286,8 A
1992,7 A
2664,7 A
1629,5 A
CV (%)
35,9
42,0
48,4
52,1
Médias seguidas por pelo menos uma mesma letra na coluna são iguais (P>0,05).
Tabela 7- Resíduo de massa seca (kg/ha) em Brachiaria brizantha cv. Marandú, MG4 e Xaraés
submetida a diferentes intensidades de desfolhação.
Cultivares
Resíduo de MS
Braquiaria
Total
Material Morto
Colmo
Folha
Marandú
5202,4 A
2019,2A
1967,9A
1215,5 AB
MG4
3445,6 B
1425,7A
1288,9A
731,4 B
Xaraés
4881,3 A
1519,2A
1915,8A
1446,5 A
CV (%)
35,9
42,0
48,4
52,1
Médias seguidas por pelo menos uma mesma letra na coluna são iguais (P>0,05).
58
ANEXO
48
47
46
45
44
43
42
41
40
39
38
37
N
N
16
36
35
34
33
15
14
13
12
11
1O
9
8
7
32
31
30
29
6
5
4
28
27
26
25
3
2
1
24
23
22
21
20
19
18
17
59
Download