a utilização da pirâmide alimentar para o controle da

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Atas do Evento Os Estágios Supervisionados de Ciências e Biologia em Debate II
A UTILIZAÇÃO DA PIRÂMIDE ALIMENTAR PARA O CONTROLE DA
OBESIDADE INFANTIL NAS AULAS DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
BÁSICA
Ana Ricieri Becker¹
Maira Vanessa Bär²
Anelize Queiroz de Amaral³
INTRODUÇÃO
A pirâmide alimentar surgiu a muitos anos nos Estados Unidos, esta foi
criada para uma melhor alimentação dos norte americanos e para prevenção de
muitas enfermidades como a doença cardíaca (SCOTT, 2010).
Assim, aqui no Brasil também adotou-se a pirâmide alimentar como
referência de uma alimentação saudável sendo composta de uma dieta com
proteínas, carboidratos, gorduras, fibras, cálcio e outros minerais e também
vitaminas.
Variar os tipos de cereais, carnes, verduras, legumes e frutas, e alternar as
cores dos alimentos, são outra dica fundamental. Um prato bem colorido, reunindo
vitaminas e sais minerais, também pode ser sinônimo de qualidade (BANDARRA,
2004).
A pirâmide é um bom guia alimentar que permite a escolha dos alimentos de
forma equilibrada. Segundo Ossucci (2008), a pirâmide atua como um guia para uma
boa alimentação, propondo escolhas para uma dieta saudável, através do consumo
de variedade de alimentos para a obtenção dos nutrientes necessários e ainda, a
quantidade certa de calorias para manter um peso saudável.
A pirâmide alimentar é formada por oito grupos dispostos de maneira que, os
mais basais são os essenciais para sustentação do corpo como: legumes, frutas,
arroz, feijão, enquanto os grupos que ficam no topo são os menos favoráveis ao
consumo, como por exemplo, as guloseimas, chocolates, óleos, gorduras, entre
outros (SPILLER, 1993).
Segundo pesquisa publicada por Figueiredo e Queiroz (2005), a mídia é uma
das
1-
Discente do Curso de Ciências Biológicas - Universidade Estadual do Oeste do Paraná –
UNIOESTE –[email protected]
2
Discente do Curso de Ciências Biológicas - Universidade Estadual do Oeste do Paraná –
UNIOESTE –[email protected]
Atas do Evento Os Estágios Supervisionados de Ciências e Biologia em Debate II
³ Docente do Curso de Ciências Biológicas - Universidade Estadual do Oeste do Paraná –
UNIOESTE [email protected].
grandes influenciadoras da sociedade ao consumo de alimentos gordurosos, doces
entre outros alimentos prejudiciais à saúde. Os mais atingidos nessa história é o
público criança/adolescente que passam uma boa parte do tempo em frente a
televisores e computadores desencadeando vontades e desejos por determinados
tipos de alimentos alimentando-se de guloseimas, chocolates, chips e afins.
Segundo citação “nem todas as crianças estão conscientes das ciladas e
perigos, armadilhas e ardis, seduções e engodo, que podem encontrar (...) em quase
todo tipo de mídia.” Carlsson e Feilitzen (2002, p.17). Assim pode-se compreender o
quanto às propagandas influenciam na vida das pessoas principalmente crianças e
adolescentes.
Em vista disso, a formação dos hábitos alimentares ocorre na infância,
quando estes são formados de maneira incorreta, o risco da criança se tornar obesa
na adolescência é de 75% e na vida adulta é de 40%. Assim, deve-se prevenir a
obesidade tão logo à criança nasça estimulando o aleitamento materno (NÓBREGA,
1998).
De acordo com Irala e Fernandez (2001), a obesidade deve ser identificada
o quanto antes na criança, evitando assim problemas de saúde diversos. A
obesidade infantil é um fator de risco para o aparecimento de várias doenças, como
aumento da pressão arterial (Hipertensão), diabettes mellitus (excesso de açúcar no
sangue) e dislipidemias (excesso de gordura no sangue).
Quando as crianças atingem a idade escolar os problemas de obesidade se
tornam mais consideráveis, pois a criança possui mais autonomia em se alimentar,
favorecendo a alimentação não saudável prejudicando a própria saúde.
O Bogalusa Heart Study determinou a relação entre obesidade e o risco de
doenças cardiovasculares. Das 9.167 crianças na idade escolar de 5 a 17 anos que
participaram do estudo, 11% apresentavam obesidade; 58% das 813 crianças
obesas apresentavam pelo menos um risco cardiovascular adverso. Fatores de risco
incluíam níveis elevados de colesterol, elevação da pressão arterial e elevação dos
níveis de insulina de jejum. Entre adolescentes que faleceram de trauma, a presença
de fatores de risco das doenças cardiovasculares foi correlacionada com doença
coronariana aterosclerótica assintomática, e nos obesos as lesões aterosclerótica
estavam mais avançadas. O diabetes mellitus tipo 2, que há alguns anos
apresentava-se como entidade rara entre adolescentes, agora é considerado em
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certas populações como a metade dos novos casos de diabetes diagnosticados. O
aumento do diabetes tipo 2 é atribuído ao aumento da obesidade infantil.
Complicações respiratórias, como apnéia do sono, asma e intolerância aos
exercícios, são freqüentes em crianças obesas e podem limitar a prática de atividade
física e dificultar a perda de peso (REVISTA ABESO, nº 13).
Além da maior liberdade da criança em se alimentar sozinha há também a
influência da mídia, estimulando as mesmas a comerem comidas rápidas e práticas
como
sanduíches,
chocolates,
pipoca.
Outra
questão
importante
é
o
compartilhamento do lanche no intervalo de aulas na escola, onde muitas vezes a
criança sente-se pressionada à comer os mesmos alimentos dos seus colegas.
Portanto, a criança não aceitará levar de lanche frutas, se todos levam chocolate,
refrigerante etc. Neste caso é de fundamental importância que ensinem em sala de
aula sobre hábitos de alimentação saudável. A criança necessita ser educada não
só fisicamente, como também, ter uma boa alimentação, melhorando a qualidade de
vida e seu bem estar (IRALA; FERNANDEZ, 2001).
O estilo de vida que a criança leva, também altera o comportamento e o
psicológico da mesma, fazendo com que interfira na alimentação. A família e seus
hábitos alimentares são os principais elementos que influenciam diretamente na vida
alimentar da criança, portanto uma família preocupada com a saúde e o bem estar
de todos procura ter uma alimentação saudável. “A questão familiar no que diz
respeito aos hábitos alimentares pode influenciar positiva ou negativamente os
hábitos alimentares, sobretudo dos adolescentes (...)” (VITOLO, 2003).
Os alimentos servem para saciar a fome e ser combustível para todas as
atividades do corpo humano, tais como piscar os olhos, levantar um braço, namorar,
caminhar, correr ou jogar bola. Precisamos de energia, proveniente dos alimentos
que comemos todos os dias. Também serve para demonstrar carinho, afeto e
aceitação, por exemplo, quando a mãe amamenta o bebê, ou um almoço onde todos
se reúnem em torno de uma mesa, é uma demonstração de carinho, de afeto. Ou
seja, o alimento está intimamente ligado com o nosso bem estar físico, social e
mental, definido segundo a OMS – Organização Mundial da Saúde.
Portanto, considerando a atual problemática da alimentação no país e o alto
índice de escolares obesos, justifica-se uma preocupação com a reconstrução de
conhecimentos em torno do tema “Alimentação” e sobre os modos pelos quais os
professores poderão contribuir para uma educação cidadã, para voltada para o
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desenvolvimento da saúde individual e coletiva.
Esse tipo de preocupação é importante e necessária, já que a formação
humana não é um processo isomórfico de transposição de competências e de
práticas sociais; contrariamente, começa no seio da família e encontra um lugar
privilegiado na escola, de acordo com Duarte e Villani (2001).
Diante do contexto apresentado, no decorrer desse trabalho a intenção do
projeto foi estimular uma série de ações como a alimentação saudável junto às
crianças, o consumo de novos alimentos, os princípios da pirâmide alimentar,
informar sobre os perigos das dietas da moda, valorizar a importância de se terem
peso saudável, incentivar e garantir o consumo de uma variedade de alimentos
principalmente em termos de vitaminas e minerais, e também a apresentação
atrativa das refeições estimulando o aumento do consumo de alimentos saudáveis
como legumes, verduras, frutas e tubérculos em geral.
A falta de conhecimento também é apontada como prejudicial para a
incidência da obesidade infantil e em conseqüência afeta a auto-estima e podendo
aumentar as chances de contraírem cada vez mais cedo as doenças acima citadas.
Além disso, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), “uma criança obesa
em idade escolar tem 30% de chance de se tornar um adulto obeso e o risco
aumenta em 50% se ela entrar na adolescência com esta mesma composição
corporal”.
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Figura 1: Porções da pirâmide alimentar
METODOLOGIA DE PESQUISA
Nesse projeto, foi priorizado um conteúdo do currículo escolar – Alimentos –
normalmente estudado de forma hierarquizada, em várias séries do ensino
fundamental, gerando um ensino fragmentado e descontextualizado da vida dos
educandos. Estudamos o tema que se refere à importância nutritiva dos alimentos,
suas funções biológicas, sua relação com o metabolismo do corpo e o aspecto sócio
– econômico de uma alimentação balanceada.
Para efetivação desse trabalho inicialmente foi realizada uma pesquisa
investigativa sobre os hábitos alimentares dos alunos verificando qual o tipo de
alimento consumido por eles, quais os horários da alimentação, se praticam alguma
atividade física além da praticada na escola, se os alimentos ingeridos por eles são
os mais saudáveis na forma de questionário semi-estruturado, onde os alunos
relacionaram os tipos de alimentos que comem e os horários para estas refeições,
se consomem alimentos em frente à televisão, computador, vídeo game.
Estes dados foram organizados em tabelas, para a realização de uma
análise fidedigna comparando diversos hábitos antes e após a intervenção. O pósquestionário foi aplicado com um mês de intervalo, para não influenciar diretamente
nos dados, e assim obter um resultado mais condizente com a realidade. Analisando
de maneira quanti-qualitativa de acordo com Ludke e Andre (1986), se os (número
de alunos) alunos da 5ª série de um colégio da rede pública de ensino, localizada na
cidade de Cascavel- PR foram sensibilizados sobre o tema.
Após a análise do pré-questionário, os alunos foram convidados a participar
de uma palestra onde abordamos os seguintes conteúdos: a composição da
pirâmide alimentar, especificando os tipos de alimentos pertencentes a cada nível
desta, mostrando a quantidade que deve ser ingerida para a idade deles, a
importância de se alimentar bem, de ter-se uma dieta bem colorida, a necessidade
de atividades físicas não apenas para a questão estética mas também por qualidade
de vida. Que a obesidade não é apenas conseqüência de se comer demais ou
errado, mas também por outros fatores além deste, e que esta alimentação errada
pode causar graves doenças, como, a diabetes, problemas cardíacos e má formação
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do esqueleto. Que a tecnologia é um grande aliado da obesidade atual, pois facilita
tudo, com alimentos prontos, rápidos e gostosos, a falta de brincadeiras que não
envolvam televisão, computador e vídeo game. Que, além disso, a ansiedade, a
depressão, fatores hormonais e fatores genéticos estão intimamente relacionados
com a obesidade mundial, influenciando no peso das crianças.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Após as análises dos questionários percebe-se uma carência de
informações por parte dos alunos, sobre a importância dos hábitos alimentares não
apenas para uma boa aparência, mas também para ter-se uma saúde equilibrada.
Os alunos pouco sabiam sobre a existência da pirâmide alimentar e menos
ainda das classificações dos alimentos. Com a apresentação desta, os alunos
começaram a entender o porquê da existência de uma pirâmide e porque se deve
cuidar da alimentação para ter-se uma vida saudável, não apenas para uma boa
aparência, mas principalmente para uma saúde de qualidade.
A apresentação da pirâmide aos alunos teve como objetivo defini-la de uma
maneira mais explícita e fácil, fazendo com que os alunos entendam cada nível dela
e saibam usá-la nas suas vidas de maneira mais categórica.
Não há um único alimento que forneça todos os nutrientes necessários. É
preciso fazer uma dieta balanceada, onde inclui-se todos os tipos de alimentos na
medida certa. Sabendo equilibrar as quantidades certas para poder selecionar as
comidas e bebidas com cuidado ajuda a controlar as calorias e quantidades de
gordura, sal e açúcares. Isso permite maior flexibilidade para saborear a variedade
de alimentos disponíveis.
Dos alunos que participaram desse trabalho, a maioria se alimenta de certa
forma correta, pois ingerem frutas, legumes. Conforme a tabela 1 abaixo:
Refeição
Nunca
Sempre
Ás vezes
Total
Carne
1
13
10
25
Frutas
0
11
14
25
Pizza
2
0
23
25
Refrigerante
1
8
15
25
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Ovos
7
0
18
25
Verduras
2
15
8
25
Leguminosas
2
15
8
25
Arroz
0
20
5
25
Chips
5
1
19
25
Leite
2
17
6
25
Pão
0
7
16
25
Doces
0
11
14
25
Tabela 1. Consumo de alimentos dos alunos da 5ª série
Pelos dados analisados podemos observar na tabela que o alimento mais
ingerido pelos alunos é o arroz, sendo o mesmo ingerido diariamente por 20 alunos
da amostra. O menos declarado foi os ovos, podemos destacar ainda o refrigerante.
De acordo com Lucia (2003) é muito difícil introduzir alimentos saudáveis,
ricos em fibras, vitaminas e minerais, na alimentação das crianças. Isso ocorre
porque elas preferem comidas rápidas (fast foods). Quando uma pessoa não se
alimenta bem, pode ter uma doença. Está comprovado, cientificamente, que as
pessoas que se alimentam equilibradamente terão saúde, ou pelo menos poderão
prevenir certas doenças.
Por isso que a maioria das crianças que responderam estas perguntas se
alimentam de certa forma correta, muitas vezes não por preferirem este tipo de
alimento, mas porque ouvem de todas as pessoas que é saudável comer certos
alimentos. Essas crianças possuem uma alimentação variada, incluindo todos os
tipos de alimentos presentes na pirâmide alimentar, os dados apresentados
revelaram que a maioria dessas crianças não possuem excesso de peso, em
algumas respostas a grande maioria come alimentos saudáveis, mas também
ingerindo alimentos não tão saudáveis. O que surpreendeu foi que grande parte das
crianças comem frutas, verduras, legumes diariamente. E que alguns alimentos não
são ingeridos por alguns alunos e por outros alunos são ingeridos muito pouco.
Por isso foi falado que a obesidade pode vir de outros fatores que não sejam
a má alimentação, como a depressão, fatores genéticos, ansiedade, fatores
hormonais estão intimamente ligados aos problemas de obesidade infantil.
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Além desses fatores, estão outros problemas que influenciam, como os
excessos de gorduras, os sanduíches fora de hora, a falta de atividade física, dados
que podem ser observados na Tabela 2:
Tipo
Não
Sim
Total
Consumo de
3
22
25
3
22
25
“bobagens” em
frente TV ou PC
Consumo entre as
refeições (bolo,
pipoca, doce...).
Tabela 2. Consumo extra dos alunos da 5ª série
Esta tabela demonstra o índice de consumo extra entre as refeições e, em
frente à televisão e/ou computador. De acordo com Sene e Oliveira (2009) essas
atitudes não fazem bem para saúde, pois quando nos alimentamos temos que
prestar atenção no que e quanto nós estamos ingerindo.
Ainda podemos destacar que os alunos da amostra possuem uma
alimentação bem diversificada incluindo praticamente todos os tipos de alimentos,
mostrando com dados que a maioria delas não possui excesso de peso, pois têm
uma alimentação até bem equilibrada.
Na tabela 2, vinte e dois alunos nas duas perguntas consomem alimentos
inadequados na frente do computador ou entre as refeições o que mostra um total
de 97% dos alunos e apenas 3% nas duas questões não consomem.
O consumo de bobagens fora de hora interfere na qualidade de vida das
crianças, mas esse consumo é compensado pelo fato deles ingerirem frutas,
legumes, alimentos saudáveis e o consumo de bobagens não ser freqüente e nem
em grandes quantidades. Na pesquisa, ainda podemos observar, práticas que levam
a uma alimentação com falhas de costumes, vindos do âmbito familiar.
De acordo com Roseli Masi (2010), coordenadora geral do Meta Real, de São
Paulo, devemos ensinar as crianças a distinguir a fome física, que é provocada por
uma necessidade orgânica real pelo alimento, da psicológica, aquela que faz a gente
assaltar a geladeira e comer bobagens fora de hora por vontade apenas.
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O mais interessante foi que as crianças demonstraram preocupação com
sua alimentação e vida, interessando-se pelos problemas apresentados devido a
obesidade, querendo mudar ou pelo menos tentar mudar alguns hábitos alimentares
e aumentarem a intensidade de exercícios físicos.
Na tabela 3 abaixo mostramos dados que demonstram os hábitos dos alunos
no que diz respeito aos exercícios físicos.
Tipo
Não
Sim
Total
Dentro da escola
0
25
25
Fora da escola
1
24
25
Tabela 3. Prática de atividade física dos alunos da 5ª série
De acordo com Rubio (2000), a iniciação esportiva deve ter uma orientação
cuidadosa no que se refere aos seus objetivos e métodos, pois pode ser um
instrumento para as crianças começarem a ter experiências que envolvem
confiança, auto-imagem e autopercepção. Hoje, as crianças necessitam da atividade
física para um melhor desenvolvimento, podendo a inatividade ser um perigo a
saúde, pois se a criança pratica atividades está construindo seu aprendizado e
estimulando seu desenvolvimento. Dessa maneira, a iniciação à prática esportiva e
na atividade física deve ser estimulada desde cedo.
Quase todas as crianças praticam esportes fora da escola, isso é influenciado
por serem crianças que moram em um bairro de baixa renda, fazendo com que as
crianças brinquem na rua, joguem bola, pois a maioria não tem vídeo game, então
vão brincar de outras maneiras. Somente uma pessoa não pratica alguma atividade
física fora da sala de aula como mostra a tabela 3.
Com a apresentação da pirâmide e as conseqüências de uma má
alimentação foi realizado uma dinâmica, onde eles tinham que identificar qual
alimento era e em qual parte da pirâmide se localizava, houve participação da
grande maioria dos alunos, mostrando interesse em saber qual era o alimento e
onde este se localiza na pirâmide.
E, afinal, o que é uma alimentação equilibrada? Hoje em dia, saúde é
prevenção. Devemos organizar nossa alimentação para evitar, entre outras coisas, a
obesidade. Alimentação equilibrada significa ter em nossa alimentação todos os
nutrientes nas quantidades corretas. Utilizamos como orientação para uma
alimentação equilibrada a pirâmide de alimentação: mostra qual quantidade de
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alimentos devemos comer.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com a finalização desse projeto, os alunos instruídos pelas informações e
conceitos da pirâmide ideal para uma boa alimentação, se manifestaram de modo
satisfatório de modo que, compreenderam a importância de uma alimentação
saudável, da prática de atividades físicas não só para uma boa aparência bem como
uma saúde equilibrada.
Observaram-se mudanças positivas nas repostas dos alunos no término da
apresentação em comparação com os dados que informaram no início da aula,
demonstraram mais conhecimento no assunto, interesse e ao mesmo tempo foram
sensibilizados com a importância de uma boa alimentação.
No entanto recomenda-se que todos os anos os professores da área de
ciências retornem a esse assunto para atingir novos alunos para que estes
compreendam a importância de selecionar os alimentos adequados ao seu
tamanho,peso e condições metabólicas.
Conclui-se também que por meio das atividades desenvolvidas com os
devidos alunos, estes podem melhorar seus conhecimentos e sua alimentação e,
numa forma de reciprocidade, influenciar os integrantes de sua família para juntos
optarem por promoverem hábitos alimentares saudáveis garantindo uma qualidade
de vida conjunta.
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