identificação do projeto - pibic

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
DIRETORIA DE PESQUISA
PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – PIBIC : CNPq, CNPq/AF, UFPA,
UFPA/AF, PIBIC/INTERIOR, PARD, PIAD, PIBIT, PADRC E FAPESPA
RELATÓRIO TÉCNICO - CIENTÍFICO
Período: Agosto / 2014 a Julho / 2015
( ) PARCIAL
(X) FINAL
IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO
Título do Projeto de Pesquisa: Identificação da prevalência de alterações estruturais da
hemoglobina em pacientes atendidos no Laboratório de Análises Clinicas (LAC) –
Farmácia/UFPA
Nome do Orientador: Profa. Dra. Osmarina Pereira da Paixão e Silva
Titulação do Orientador : Doutor
Faculdade : Ciências Farmacêuticas
Instituto/Núcleo : Ciências de Ciências da Saúde
Laboratório : Laboratório de Análises Clinicas (LAC) ─ Setor hematologia – Farmácia/UFPA
Título do Plano de Trabalho: Identificação da prevalência de alterações estruturais da
hemoglobina S em pacientes atendidos no Laboratório de Análises Clínicas (LAC) –
Farmácia/UFPA
Nome do Bolsista : Amanda Menezes Raiol
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(X)
PIBIC/ CNPq
PIBIC/CNPq – AF
PIBIC /CNPq- Cota do pesquisador
PIBIC/UFPA
PIBIC/UFPA – AF
PIBIC/ INTERIOR
PIBIC/PARD
PIBIC/PA
PIBIC/FAPESPA
PIBIC/ PIAD
PIBIC/PIBIT
PIBIC/PRO-DOUTOR
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INTRODUÇÃO
Apesar da existência de centenas hemoglobinopatias hereditárias, apenas três delas
exigem a implantação de programas de saúde pública no Brasil: a hemoglobina S, a hemoglobina
C e a talassemia beta. Enquanto as duas primeiras, pela sua alta frequência entre
afro-descendentes, apresentam importância nacional, a talassemia beta possui uma importância
regional, em virtude da sua alta frequência entre os descendentes de italianos (Naoum et al.,
1987; Ramalho, 1986; Salzano & Tondo, 1982). Segundo dados da Organização Mundial da
Saúde (OMS), no entanto, essas três hemoglobinopatias são suficientes para causar um alto
grau de morbidade e de mortalidade no Brasil (Penchaszadeh, 1993).
Em 2001, mediante a Portaria nº822/01 do Ministério da Saúde, foi criado o Programa
Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), incluindo a triagem para as hemoglobinopatias (Fase 2),
que trouxe uma melhoria na Ética Médica, que é o da igualdade, garantindo acesso igual aos
testes de triagem a todos recém-nascidos brasileiros, independentemente da origem geográfica,
etnia e classe sócio-econômica. Realmente, tal triagem era desenvolvida principalmente nas
capitais, em algumas comunidades menores por iniciativa das Associações de Pais e Amigos
dos Excepcionais (APAEs) ou das universidades e em alguns casos, por leis estaduais ou
municipais.
Belém foi contemplada em 2004 através da Portaria nº 2.695 para participar do Projeto
Piloto do Programa Nacional de Atenção Integral aos Portadores de Hemoglobinopatias, que
consiste nas diretrizes para mecanismo de registro e relatórios gerenciais de controle da gestão
da rede, com o auxílio do Sistema Hemovida Ambulatorial em parceria com o DATASUS. O Pará
enfrenta ainda com a falta de infraestrutura adequada para a realização tanto da triagem, do
acompanhamento de pacientes e no aconselhamento genético para famílias. Quem sofre com
síndromes falciformes precisa de cuidados contínuos e abrangente, pois esta doença acarreta
vários outros males a saúde. Os principais responsáveis pelo cuidado e acompanhamento dos
pacientes são os componentes da HEMORREDE Publica no Estado (em especial, Fundação
HEMOPA). A área de saúde no Estado enfrenta problemas, principalmente no deslocamento dos
pacientes para os centros especializados, sobrecarga dos centros disponíveis e ainda a falta de
informação necessária, tanto para a população saber como reagir, como também, a educação
dos profissionais e acadêmicos das áreas de saúde. Com as informações contidas e adquiridas
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ao desenvolvimento desta pesquisa, estas serão importantes para o planejamento de politicas
publicas de saúde em relação às síndromes falcêmicas.
JUSTIFICATIVA
O aumento da participação da população negra se deu em todas as Unidades Federativas
(UFs). Pará, Bahia e Maranhão figuram como os estados com maior participação de negros e
pardos (em torno de 76% da população total em cada um). Por sua vez, São Paulo, Bahia, Minas
Gerais e Rio de Janeiro congregam 45% da população negra e parda do país. (IPEA, 2011)
Em relação à associação entre raça e saúde, a realidade é muito concreta, constatada por
pesquisas em nível nacional que evidenciam desigualdades sofridas pelos negros em relação a
desfechos de saúde. A prevalência de doenças crônicas auto-referidas foi significativamente
maior nas pessoas negras quando comparadas às brancas (Barros et al, 2006).
A distribuição do gene S no Brasil é bastante heterogênea, dependendo de composição
negróide ou caucasóide da população. Assim, a prevalência de heterozigotos para a HbS é maior
nas regiões Norte e Nordeste (6% a 10%), enquanto nas regiões sul e sudeste a prevalência é
menor (2% a 3%).
A doença falciforme é um hemoglobinopatia de recorrência muito alta no Brasil, e pouco
conhecida e debatida. No Estado do Pará, é o Laboratório de Pesquisa e Apoio Diagnóstico
(LAPAD), um serviço à comunidade, mantido pela Universidade Estadual do Pará, é encarregado
pela Triagem Neonatal, também conhecida como “Teste do Pezinho” (Fase II), que é fundamental
para o diagnóstico de várias doenças, entre essas a doença falciforme. Segundo dados
apresentados pela LAPAD, cerca de 75% dos recém nascidos fazem a tiragem neonatal. Sendo
o Estado do Pará, com dimensão territorial tão vasta, é visto que há problemas na saúde pública
paraense, assim é primordial que haja o processo educacional no âmbito da saúde.
Determinando a prevalência de casos em pacientes com anemia falciforme oriundos do
Hospital Bettina Ferro de Souza e outros dados que virão a ser conhecidos com o
desenvolvimento dessa pesquisa, será permitido mapear as regiões de mais concentração da
doença falciforme, do gene HbS e do portador sadio.
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Desde modo, com as informações que forem coletadas e ações epidemiológicas,
almejamos melhorias para o atendimento e acompanhamento dos pacientes e de suas
respectivas famílias. Proporcionando qualidade de vida melhor para os mesmos e um progresso
na Saúde Pública, em especial a nível municipal, estadual e nível federal.
OBJETIVOS:
OBJETIVO CENTRAL
O objetivo central é conhecer a prevalência dos homozigotos e heterozigotos para HbS,
indicando anemia falciforme ou traço falciforme, em pacientes de várias faixas etárias oriundos
do Hospital Bettina Ferro de Souza, que forem encaminhados para o Laboratório de Análises
Clinicas (LAC) da Faculdade de Farmácia – UFPa.
OBJETIVO ESPECÍFICO
Os objetivos específicos são selecionar as amostras que obtiverem positivo para
genótipo Falciforme S(FS) pela triagem, comparar o genótipo obtido pela pesquisa de
drepanócito (na triagem) com o genótipo obtido após os exames confirmatórios, a comparação
da frequência de portadores sadios da HbS em relação à cor da pele e identificar as amostras
selecionadas SS, Sβ-talassemia e FAS quanto às suas distribuições geográficas por área
residencial.
Nesta primeira amostragem feita e setembro a dezembro de 2014 não foram encontrados
pacientes portadores de nenhuma hemoglobinopatia pesquisada por este projeto.
MATERIAIS E MÉTODOS
No laboratório de Análises Clínicas, da Faculdade de Ciências Farmacêutica, Setor
Hematologia da Universidade Federal do Pará, no período setembro a dezembro de 2014 foram
analisadas para pesquisa de HbS, através do teste de falcização, todas as amostras de sangue
coletadas para hemograma, totalizando 188 amostras, sendo 106 provenientes de pacientes do
sexo masculino, 82 provenientes do sexo feminino. O sangue total foi coletado por punção
venosa e colocado em tubo de ensaio 12 x 75 mm contendo EDTA de Sódio (ácido etileno
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diamino tetra acético de sódio), tendo sido encaminhado para o Setor de hematologia do LAC
para a realização do hemograma.
Os dados hematológicos foram obtidos após processamento das amostras no contador
automático de células, da Sysmex, modelo KX-N, fornecedor de 18 parâmetros.
Após análise hematológica todas estas amostras foram submetidas à solução de
metabissulfito de sódio a 2%, preparada no momento da realização do teste de falcização.
O teste foi realizado a partir da preparação de uma lâmina sobre a qual se colocou 50 μL de
sangue total e 50 μL de solução de metabissulfito de sódio a 2%. Após homogeneizar a solução
e sangue total com um dos cantos de uma lamínula 18 x18mm, colocou-se sobre a preparação
a própria lamínula, tendo sido retirado o excesso com papel de filtro, resultando numa camada
fina, bem transparente. As bordas da lamínula foi vedada com esmalte. Após este procedimento
a preparação foi colocada em uma placa de Petri úmida e observada, após 15 minutos, 1, 6 e 24
horas. Utilizando microscopia óptica, em aumento de 400x para visualizarmos as hemácias no
tempo zero, antes que o metabissulfito provocasse anóxia.
As analises estatísticas serão representados como media e desvio padrão. Com o auxilio
dos métodos estatísticos, os dados que estão sendo obtidos, serão analisados a partir do limite
de significância igual ou menor de 0,05 (95%), adotando o software SIGMA STAT 5.0 e PRISMA
5.0. Com o Teste de Pearson e pela Análise de Variância, a correlação entre os dados será
analisada, utilizando o mesmo software. A apresentação dos dados finais obtidos será feita
através de tabelas e/ou gráficos.
Em aspectos éticos, o presente estudo obedeceu a Resolução 196/96 das Diretrizes e
Normas Regulamentadoras de Pesquisas Envolvendo Seres Humanos, do Ministério da Saúde.
Esta resolução incorpora os referenciais básicos da bioética que inclui tanto a microética –
respeito, dignidade e decência, quanto a macroética: autonomia , através do termo de
consentimento livre e esclarecido dos envolvidos na pesquisa; não-maleficência, garantimos que
danos previsíveis serão evitados; Sobre a beneficência, está pesquisa busca uma melhoria na
assistência aos pacientes portadores da doença falciforme, e iremos intervir junto com a família
do paciente, para que assim, que os mesmos tenham um melhor acompanhamento no
tratamento, melhorando a qualidade de vida destas pessoas. Assim, estaremos mais
preparados, como profissionais de saúde, para lidar com casos tão complexos e delicados como
é um paciente com doença falciforme, pois estaremos familiarizados com contexto que o paciente
se encontra.
5
RESULTADOS :
Das primeiras amostras coletadas no período relatado em materiais e métodos, 188 foram
realizadas em pacientes que aceitaram ceder amostra sanguínea para a pesquisa apresentaram
faixa etária entre 7 a 56 anos, destes sendo 56,3% do sexo masculino e 47,3% do sexo feminino
Oriundos dos bairros do Guamá (70%), Terra Firme (25%) e provenientes da ilha do Combú
(5%). Prevalecendo pessoas com a cor da pele parda. Das amostras citadas não houve presença
de anemia falciforme, traço falciforme e, bem como, outras hemoglobinopatias. No início do
primeiro semestre de 2015 o equipamento onde se realiza os hemogramas houve problemas
técnicos e ficaram parado os exames até hoje, e que dependemos desde também não só para
viabilização das amostras assim como para começarmos a fazer correlações dos hemogramas
com nossa pesquisa, a coleta amostras de sangue de material para análises hematológicas
ficaram prejudicadas por conta desse imprevisto, não sendo coletadas amostras por isso não foi
possível um aumento no número de pacientes almejados na pesquisa.
PUBLICAÇÕES
De acordo com o exposto acima, ficou inviável publicações dessa pesquisa, fato este que
nos deixou profundamente incomodados.
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tratamento de doenças falciformes. Brasília: Agência Nacional de Vigilância Sanitária; 2002.
p. 7-11.
9
DATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS NOS PRÓXIMOS SEMESTRE
Haverá mudança da bolsista, nesse próximo semestre.
DIFICULDADES
Um problema no equipamento contador de células necessário para correlacionar o
hemograma realizado no mesmo com as análises a serem determinadas seguida a este. Como
ainda não foi consertado, inviabilizou a coleta de sangue pois nem sequer paciente eram
enviados do Hospital Bettina para o LAC-Farmácia para fazer o hemograma. Fato este que
tornou-se desnecessária a coleta de sangue para hemograma.
PARECER DO ORIENTADOR
A bolsista cumpriu suas metas com bom desempenho, sendo que no momento a mesma
executou a maioria das tarefas de levantamento bibliográfico de acordo com o calendário do
projeto. Porém, como houve um certo desconforto como relatado acima o que inviabilizou um
muito a pesquisa deixando talvez até de encontrar pacientes com positividade para células
falciformes, e até aumentar o número de amostras.
DATA :
09 / 08 / 2015
ASSINATURA DO ORIENTADOR
ASSINATURA DO ALUNO
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FICHA DE AVALIAÇÃO DE RELATÓRIO DE BOLSA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA
O AVALIADOR DEVE COMENTAR, DE FORMA RESUMIDA, OS SEGUINTES ASPECTOS
DO RELATÓRIO :
1. O projeto vem se desenvolvendo segundo a proposta aprovada? Se ocorreram mudanças
significativas, elas foram justificadas?
2. A metodologia está de acordo com o Plano de Trabalho ?
3. Os resultados obtidos até o presente são relevantes e estão de acordo com os objetivos
propostos?
4. O plano de atividades originou publicações com a participação do bolsista? Comentar sobre
a qualidade e a quantidade da publicação. Caso não tenha sido gerada nenhuma, os
resultados obtidos são recomendados para publicação? Em que tipo de veículo?
5. Comente outros aspectos que considera relevantes no relatório
6. Parecer Final:
Aprovado ( )
Aprovado com restrições (
Reprovado ( )
) (especificar se são mandatórias ou recomendações)
7. Qualidade do relatório apresentado: (nota 0 a 5) _____________
Atribuir conceito ao relatório do bolsista considerando a proposta de plano, o desenvolvimento
das atividades, os resultados obtidos e a apresentação do relatório.
Data : _____/____/_____.
________________________________________________
Assinatura do(a) Avaliador(a)
11
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