Combate ao colesterol ganha aliado inovador Atualmente, o

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Combate ao colesterol ganha aliado inovador
Atualmente, o intervalo é de cinco minutos. Para combater o colesterol alto, principal fator de risco
para doença cardiovascular, a que causa mais óbitos no Brasil e no mundo, os brasileiros contam
agora com um tratamento inovador.
Trata-se do medicamento que combina ácido nicotínico e laropipranto, comercialmente denominado
Cordaptive. Além de reduzir os níveis de LDL-colesterol (o mau colesterol) e os índices de
triglicérides (um tipo de gordura existente no sangue), o medicamento aumenta o HDL-colesterol (o
bom colesterol) em até 35%. Diversos estudos internacionais apontam que, isoladamente, os níveis
baixos de HDL e as taxas elevadas de triglicérides são fatores que predispõem a doenças
cardiovasculares, mesmo na presença de níveis desejáveis de LDL-colesterol.
A partícula de HDL ajuda a eliminar a gordura que tende a acumular-se na parede das artérias,
favorecendo a regressão da aterosclerose, sendo um fator de proteção cardiovascular.
“Uma das barreiras no tratamento do colesterol era aumentar o HDL. O lançamento do produto vem
preencher essa lacuna e deve ajudar os pacientes a controlar os três lípides (LDL, HDL e
triglicérides), pois eles são fatores de risco para as doenças cardiovasculares, responsáveis por 30%
das mortes no mundo. Para se ter uma ideia, os Estados Unidos e alguns países europeus
desenvolvidos conseguiram reduzir pela metade a mortalidade por esse tipo de enfermidade. Mais
de 50% desta redução foi devido ao melhor controle de fatores de risco, sendo o principal motivo a
diminuição dos níveis de colesterol, seguido de melhor controle dos níveis de pressão arterial”, diz
Francisco Fonseca, professor livre-docente da Disciplina de Cardiologia da Universidade Federal de
São Paulo (Unifesp).
Outro ponto importante para o paciente com níveis inadequados de lípides apontado pelo
especialista da Unifesp é a adesão ao tratamento, que, no Brasil, dura em média 60 dias, quando, na
verdade, deveria durar a vida inteira. “Interromper o tratamento é um erro muito grave. Testes em
pacientes indicam que 24 horas sem o medicamento são suficientes para alterar os índices do
colesterol. Depois de quinze dias, metade dos benefícios conquistados com o tratamento desaparece
e, depois de quatro semanas, os níveis do colesterol voltam ao índice inicial, aumentando o risco de
complicações e de doenças cardiovasculares”, explica o médico.
Flushing
O laropipranto, um dos princípios ativos do medicamento, aumenta a tolerabilidade ao ácido
nicotínico e, nos estudos clínicos, proporcionou redução expressiva, em média, de 50% de um efeito
adverso comum denominado flushing. Esse é um efeito peculiar ao ácido nicotínico, que
consequentemente, limita seu uso, embora esse medicamento esteja disponível há mais de 50 anos
para o tratamento do colesterol.
De acordo com o Dr. Fonseca, usualmente, a dose recomendada de ácido nicotínico é de 2 g. “Com a
ingestão de apenas 500 mg, o paciente pode apresentar o flushing, embora seja geralmente mais
acentuado com doses mais elevadas. O flushing é caracterizado por vasodilatação cutânea acentuada,
principalmente da face e do pescoço, com duração variável, que pode irradiar para outras partes do
corpo, como braços e pernas, e que pode ser acompanhado por sensação de prurido e grande
desconforto.
Para se ter uma ideia, dos pacientes que se submetem ao tratamento com ácido nicotínico
isoladamente, menos de 30% toleram esse efeito e continuam a tomar o medicamento. Desse modo,
a inovadora combinação com o laropipranto permitirá que maior número de pacientes tomem as
doses adequadas e possam controlar os níveis plasmáticos dos lípides.”
Sobre a MSD
A MSD é uma nova empresa farmacêutica global, fruto da fusão, em 2009, entre duas empresas
tradicionais na área de saúde: a Merck Sharp & Dohme e a Schering-Plough. A MSD é líder global
na área de cuidados com a saúde e conta com uma linha diversificada de medicamentos, vacinas e
produtos para a saúde humana e a animal.
Seu portfólio inclui atualmente mais de 15 produtos em fase avançada de pesquisa, em áreas
terapêuticas fundamentais, como cardiologia, diabetes, neurologia, infectologia, doenças
respiratórias e distúrbios neurológicos. Além disso, é uma empresa comprometida em ampliar o
acesso a seus medicamentos para o maior número de pacientes possível, por meio de programas
abrangentes de educação em saúde dirigidos à população e doação de seus medicamentos às
pessoas que deles necessitam.
Conhecida globalmente como MSD (somente nos EUA e Canadá a empresa é denominada Merck),
conta atualmente com cerca de 106 mil funcionários e opera em mais de 140 países. No Brasil, a
empresa conta com seis unidades fabris, nos estados de São Paulo e Ceará, e mais de 2.000
funcionários.
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