OFICINA DA PESQUISA DISCIPLINA: COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL Prof. Ms. Carlos José Giudice dos Santos [email protected] www.oficinadapesquisa.com.br Objetivo Geral da Disciplina: Apresentar aos alunos a relevância e a complexidade do fator humano nas organizações, bem como os principais conceitos e teorias que integram o campo do comportamento organizacional, a fim de fornecer os pré-requisitos para a compreensão crítica e sistêmica dos comportamentos interpessoais e dos grupos nas organizações. Objetivos Específicos 1. Conhecer o campo organizacional; de estudo do comportamento 2. Proporcionar ao acadêmico conhecimento comportamento humano nas organizações; acerca do 3. Demonstrar ao aluno os fundamentos do comportamento em grupo, estágios de desenvolvimento do grupo, relações interpessoais e dinâmica dos grupos nas organizações; 4. Propiciar ao aluno os conhecimentos sobre o Clima e a Cultura Organizacional, sobre a Mudança, a Inovação e o desenvolvimento organizacional. Ementa da Disciplina O estudo do comportamento organizacional. Comunicação interpessoal e organizacional. Grupos e equipes. Poder, simbolismo e política nas organizações. Liderança e tomada de decisão. Aprendizagem organizacional. Conflitos interpessoais e intergrupais e negociação. Cultura organizacional. Inovação e mudança organizacional. Objetivos desta apostila: Ao final desta apostila, o aluno deverá ser capaz de: 1. Saber demonstrar a importância das habilidades interpessoais em um local de trabalho; 2. Descrever as funções, competências e habilidades necessárias aos administradores; 3. Conceituar comportamento organizacional; 4. Conhecer a importância do estudo sistemático do comportamento organizacional; 5. Identificar possibilidades de aplicação dos conceitos estudados de comportamento organizacional. Habilidades interpessoais Uma empresa possui vida própria. Há uma competição global por recursos, mercados e receitas com o objetivo de melhorar (ou ao menos manter) o padrão de vida das pessoas. As empresas fazem parte deste mundo e precisa das habilidades de seus membros para se manterem vivas em um cenário altamente competitivo. Desenvolver as habilidades interpessoais dos gestores da empresa é uma estratégia para atrair e reter bons funcionários. Mas o que é um “bom funcionário”? Um dos princípios que devemos aprender é evitar adjetivos quando estamos falando de ciência. Assim, “bom funcionário” é, objetivamente, aquele que possui alto nível de desempenho. Este tipo de funcionário tem lugar garantido em qualquer organização. Vamos descobrir o porquê! Habilidades interpessoais Em primeiro lugar, funcionários com alto nível de desempenho estão sempre em falta no mercado de trabalho. Robbins, Judge e Sobral (2010) afirmam que empresas reconhecidas como bons locais de trabalho no Brasil, tais como CPFL Energia, Randon, Plascar, Eurofarma, Unimed Rio e Cultura Inglesa possuem gestores com boas habilidades interpessoais, que conseguem reter “bons” funcionários por mais tempo que outras empresas. As principais habilidades interpessoais trabalhadas nestas empresas são as práticas de liderança e de relacionamento interpessoal. Deste modo, fica cada vez mais claro que em um cenário de alta competitividade entre as empresas, os administradores não podem depender apenas de suas competências técnicas. Fica destacado, interpessoais. assim, a importância das habilidades Conceitos Básicos 1. Administradores Também conhecidos como gestores, são pessoas que supervisionam as atividades de outras, sendo também responsáveis em garantir que as organizações alcancem os objetivos pretendidos. Em outras palavras, realizam tarefas por meio de outras pessoas. 2. Organização É uma unidade social que possui um objetivo (criar produtos ou prestar serviços), e que depende do esforço coordenado de seus membros para alcançar este objetivo. Assim, empresas, indústrias, escolas, repartições públicas e ONG’s, por exemplo, são organizações. 3. Planejamento É um processo que engloba definição de metas, elaboração de uma estratégia para alcançar estas metas e a criação de planos de coordenação e integração das atividades. Os gestores definem os objetivos e como eles devem ser alcançados. Conceitos Básicos 4. Organizar É basicamente a tomada de decisões objetivas: determinar tarefas a serem realizadas e escolher pessoas para executarem estas tarefas. 5. Direção É uma função exercida pelos administradores que inclui liderança, motivação de funcionários, seleção de canais de comunicação eficazes e resolução de conflitos. 6. Controle É um processo de monitoramento das atividades de uma organização, para garantir alinhamento com os objetivos pretendidos e a correção de possíveis desvios. A avaliação de desempenho dos funcionários é uma das tarefas dos administradores quando exercem a tarefa de controle. 7. Funções dos administradores planejar, organizar, dirigir e controlar organizações. Papéis dos administradores No final da década de 60, Henry Mintzberg realizou uma pesquisa que identificou os diferentes papéis desempenhados por administradores. Esta pesquisa revelou que os gestores possuem dez diferentes papéis, que foram reunidos em três grupos distintos: Grupos de papéis dos administradores 1. Papéis interpessoais 2. Papéis informacionais 3. Papéis decisórios Papéis interpessoais São aqueles relacionados com atividades de cunho cerimonial ou simbólico. Os administradores podem desempenhar o papel de símbolo, de líder ou um papel de ligação. Símbolo: Simboliza a liderança, e é necessário para o desempenho de atividades rotineiras de natureza legal e/ou social. Liderança: Tem a responsabilidade pela inspiração dos funcionários ( Motivação). Ligação: Mantém uma rede externa de contatos que lhe fornece informações ( Networking estratégico). Papéis informacionais São aqueles relacionados com a busca de informações sobre outras organizações, especialmente pela mídia. Aqui eles podem desempenhar o papel de monitor, de disseminador ou de porta-voz. Monitor: Monitora o ambiente interno e externo das organizações em busca de informações. Disseminador: Transmite as informações recebidas de fontes externas ou de colaboradores para os demais membros da organização. Porta-voz: Transmite as informações relacionadas com planos, políticas, resultados e ações para o ambiente externo à organização. Papéis decisórios São aqueles relacionados com processos de decisão na organização. Neste sentido, os administradores podem atuar como empreendedores, gestores de turbulências, alocadores de recursos e negociadores. Empreendedor: Buscam oportunidades de mudança (otimização) por meio de projetos. Gestor de turbulências: Responsável por correções de rumo da organização diante de problemas sérios e/ou inesperados. Alocador de recursos: Decide como os recursos (humanos, físicos e financeiros) devem ser utilizados. Negociadores: Responsável em representar a organização em negociações importantes, buscando favorecer a organização (ou o seu setor, ou a sua unidade). Habilidades necessárias ao administrador Para poder desempenhar bem os papéis listados anteriormente é necessário que os administradores possuam algumas habilidades, a saber: Habilidades Técnicas Capacidade de aplicação de conhecimentos ou habilidades específicas. Estas habilidades são adquiridas durante a formação e, principalmente, no exercício da profissão. Habilidades Humanas Capacidade de trabalhar com outras pessoas, obtendo o máximo tanto individualmente como no trabalho em equipe. Não basta conhecer: tem que saber ouvir, entender as necessidades, saber administrar conflitos. Habilidades Conceituais Capacidade cognitiva para análise de informações e diagnóstico de situações complexas. São essenciais para os processos decisórios e para a busca de inovação. Fundamentos do Comportamento Organizacional Existem administradores eficazes e ineficazes. Os eficazes conseguem desempenhar bem diferentes papéis por causa de suas habilidades técnicas, humanas e conceituais. O campo de estudo do comportamento organizacional tem como foco as habilidades humanas. Em outras palavras, investiga o impacto que indivíduos, grupos e a estrutura organizacional têm sobre as pessoas dentro das organizações, e como este impacto pode gerar um conhecimento que melhore a eficácia organizacional. Para a investigação deste campo de estudo, não basta a intuição: é necessário buscar evidências científicas que comprovem a intuição (hipótese). Assim, é necessário muito cuidado para que noções préconcebidas ou do senso comum não se tornem fatos. Esta é a diferença entre “achismo” e “ciência”. REFERENCIAS 1. BOWDITCH, James L.; BUONO, Anthony F. Elementos do comportamento organizacional. 4. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2011. 2. ROBBINS, Stephen P.; JUDGE, Timothyu A.; SOBRAL, Filipe. Comportamento organizacional: teoria e prática no contexto brasileiro. 14. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.