Curso Indicadores Assistenciais Denise Schout Leonardo Castro 1 Programação • • • • • • 09:00 – 09:15 Apresentação dos participantes 09:15 – 09:45 Bases teóricas e padronização de conceitos 09:45 – 10:30 Discussão do caso 10:30 – 10:45 Coffee 10:45 – 12:00 Discussão do caso 12:00 – 12:30 Debates • 12:30 – 14:00 Almoço • • • • 14:00 – 15:30 Discussão em grupo - fechamento final das respostas 15:30 – 15:45 Coffee Break 15:45 – 16:45 Debates – apresentação e discussão do caso 16:45 – 17:30 Lições aprendidas 2 Bases teóricas e conceituais 3 Sistemas de Serviços de Saúde • Tendência mundial organização dos sistemas para garantir aumento de: EFETIVIDADE EQUIDADE CUSTO-EFETIVIDADE • Gestão e regulação – indicadores “acreditação de programas” • Modelos tecno-assistenciais linhas assistenciais 4 Conceitos • Efetividade o melhor resultado clinico, assistencial considerando o padrão de boas práticas (evidência científica) – eficácia • Equidade diferentes necessidades devem corresponder a ofertas condizentes com estas necessidades • Custo-efetividade estudos de avaliação econômica que buscam comparar procedimentos (prevenção, diagnóstico, terapêuticos) e auxiliar gestores de sistemas de saúde 5 Padrões International Finance Corporation Governança ou Board: indivíduo ou grupo que tem a máxima autoridade e responsabilidade para definir: • Políticas [definição de responsabilidades, rotinas de prestação de contas, regimentos, leis] • Diretrizes [regras de boas práticas] para manutenção da qualidade do cuidado • Documentos que guiam a organização da prática clinica • Gestão e planejamento da organização Promoting standards in the private health sector – International Finance Corporation 6 Padrões IFC Princípios de boa Governança: • Direitos dos stakeholders • Comportamento ético e íntegro • Transparência • Orientação para resultados • Responsabilidade e accountability • Respeito mútuo Promoting standards in the private health sector – International Finance Corporation 7 Padrões IFC Governança Clínica: como as organizações evidenciam e garantem [politicas e diretrizes] a qualidade clinica do cuidado, tornando os indivíduos responsáveis (accountable) por manter e monitorar padrões de boas práticas e de resultados • • • • • Liderança Ética e direitos do paciente Indicadores de qualidade e aprimoramento Segurança do paciente Equipamentos de Segurança e Manejo das Emergências Promoting standards in the private health sector – International Finance Corporation 8 Avaliação de sistemas de serviços de saúde Avaliação e Monitoramento da qualidade assistencial • Pesquisa e proposta PROADESS • Dimensões de avaliação – efetividade, acesso, eficiência, respeito ao direito das pessoas, aceitabilidade, continuidade, adequação e segurança www.proadess.cict.fiocruz.br 9 Matriz de dimensão da avaliação de desempenho do sistema de saúde Condições de Saúde da população EQUIDADE Avaliação Determinantes de saúde Contexto ambiental Contexto social Fatores socioeconômicos Fatores individuaiscomportamentais Morbidade Estado Funcional Bem-estar Mortalidade Estrutura do sistema de saúde Condução Financiamento Recursos Desempenho do sistema de saúde Efetividade Acessibilidade Eficiência Respeito ao direito das pessoas Aceitabilidade Continuidade Adequação Segurança 10 Desempenho do sistema de serviços de saúde Efetividade Acesso Grau com que a assistência, serviços e ações atingem os resultados esperados Capacidade das pessoas em obter os serviços necessários no lugar e momento certo Aceitabilidade Eficiência Relação entre o produto da intervenção de saúde e os recursos utilizados Respeito aos direitos das pessoas Capacidade do Sistema de Saúde de assegurar que os serviços respeitem o indivíduo e a comunidade, e estejam orientados às pessoas Continuidade Adequação Segurança Capacidade do Grau com que Grau com que Capacidade do Sistema de os serviços de os cuidados Sistema de Saúde saúde ofertados Saúde de prestados às de identificar, estão de acordo prestar serviços pessoas estão evitar ou minimizar com os valores, de forma baseados no os riscos potenciais coordenada e expectativas conhecimento das intervenções entre diferentes técnicodos usuários e em saúde ou 11 níveis de da população científico ambientais atenção existente Modelo Sistema de medição Indicadores Estratégico Gerencial Operacional Sistema de saúde Mercado Serviço/ Prestador – Desempenho Institucional Serviço/Prestador processos internos Sistema de informações Variáveis de Controle Dados 12 Sistema de avaliação e acompanhamento • Nível estratégico • “CONSELHO” Rede de Prestadores • Compromisso atingir a missão e visão da instituição e estar alinhado com a satisfação de necessidades de saúde • Impacto em qualidade de vida • Mercado ampliação ou direcionamento – oferta x necessidades • Adequação (Grau com que os cuidados prestados às pessoas estão baseados no conhecimento técnico-científico existente • Gestão de conhecimento (Patrimônio clínico, qualificação profissionais e desenvolvimento científico) • Gestão de capital humano (clima organizacional) • Resultados assistenciais de excelência • Satisfação da clientela • Resultados econômico-financeiros 13 Gestão Clínica É a aplicação de tecnologias de microgestão dos serviços de saúde com a finalidade de assegurar padrões clínicos ótimos e melhorar a qualidade da atenção á saúde FONTES: DEPARTMENT OF HEALTH (1998) e MENDES (2001) Revisão extensa sobre o tema Eugênio Vilaça Mendes Mendes EV, 2010 – Ciência e saúde coletiva 14 Conceitos Indicadores de saúde: medidas padronizadas internacionalmente, relacionadas a condições de saúde (adoecimento e morte) – diagnóstico de saúde – necessidades, demanda e oferta de serviços de saúde Indicadores de serviços de saúde - dados coletados rotineiramente , padronizados e que permitem a comparação dentro e/ou fora do serviço. Devem fornecer informações a respeito das características do problema escolhido para ser monitorado. Para utilizar em monitoramento devem ter padrões bem estabelecidos de coleta e análise Critérios: componente ou aspecto da estrutura, processo ou resultado do cuidado em saúde que está relacionado ou discrimina a qualidade desse cuidado. Padrões: é uma medida precisa, explicitada num valor que significa determinado grau de qualidade. 15 Indicadores • Atributos: • Validade – mede o que se propõe a medir; é baseado em evidências • Precisão – define com clareza o que deve ser medido • Reprodutibilidade – se duas pessoas fizerem a medida baseado na definição do indicador chegarão ao mesmo resultado • Oportunidade – o indicador é coletado em tempo para tomar medidas de correção • Comparabilidade – permite comparações entre serviços, entre regiões ou países • Sensibilidade/ especificidade • Viés de seleção e de informação • Facilidade • Consistência • Interpretabilidade - Capacidade do indicador discriminar e agregar valor na análise • Custo - levar em conta o custo inerente a coleta 16 Validade/Comparabilidade/ Reprodutibilidade • Evidência científica • Ficha técnica - padronização • Teste - para avaliar quanto discrimina • Integrado ao sistema de gestão • Essencial para acompanhar os processos assistenciais ou para tomada de decisão em algum nível de gerência 17 Gestão de sistemas de serviços de saúde • Diretrizes • Recomendações desenvolvidas de forma sistemática para auxiliar profissionais e usuários na escolha do melhor cuidado • Indicadores • Processos nos serviços • Resultados nos serviços • Patologias marcadoras sensíveis a qualidade do processo assistencial • Impacto nos indicadores de saúde da população 18 Rede hospitalar – exemplos nacionais • Boletim PROAHSA - CQH • SIPAGEH • Organizações Sociais – Contrato de gestão + sistema de medição desde 2004 • Hospitais de ensino 2005/2006 SAHE SP – sistema de avaliação de hospitais ensino • SINHA e “Melhores Práticas”– hospitais ANAHP 19 Programa de Avaliação para a Qualificação do Sistema Único de Saúde • Dimensões de avaliação • Indicadores segundo dimensão • • • • Cobertura Qualidade Eficiência Efetividade • Acesso • Satisfação • Indicadores segundo áreas de atenção, modalidade e complexidade e ambito de gestão 20 21 22 23 Nomenclatura e definições - referências • Indicadores hospitalares – Padrões internacionais e padrão nacional Portaria 312. • Indicadores de enfermagem - NAGEH • Indicadores de infecção hospitalar – National Healthcare Safety Network (NHSN) – antigo NISS; ANVISA 24 Definições • • • • • • Leitos planejados Norma Leitos operacionais 312 - MS 04/2002 Leitos extras Pacientes-dia não é diária – Censo hospitalar Saídas – Altas + Óbitos + Transferências externas UTI diferente de outras unidades hospitalares – movimento = altas + óbitos + transferências internas de saída + transferências externas • UTI deve ser analisada separada da Semi • Berçário de Normais – diferenças na contagem • Hospital-dia – leitos de observação – não são leitos operacionais Definições Básicas – Sistema de medição no hospital • Censo Hospitalar: É a contagem e o registro, a cada 24 horas, do número de leitos ocupados e vagos nas unidades de internação. Deve-se levar em consideração os leitos bloqueados e os leitos extras, bem como a contagem e o registro do número de internações, altas, óbitos e transferências, evasões e desistências, ocorridas nas 24 horas relativas ao censo. Para efeito de censo, as Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) devem ser consideradas unidades de internação. • Paciente-dia: é a unidade de medida que representa a assistência prestada a um paciente internado durante um dia hospitalar. É contabilizado através do censo hospitalar o qual foi padronizado como devendo ser realizado à zero hora de cada dia. Padronização de definições • Leitos instalados: leitos que são habitualmente utilizados para internação, mesmo que alguns deles eventualmente não possam ser utilizados por um certo período, por qualquer razão. • Leitos bloqueados: leitos que são habitualmente utilizados para internação, mas que no momento em que é realizado o censo não podem ser utilizados por qualquer razão (características de outros pacientes que ocupam o mesmo quarto ou enfermaria, manutenção predial ou de mobiliário, falta transitória de pessoal). Padronização de definições • Leitos operacionais: são os leitos em utilização e os leitos passíveis de serem utilizados no momento do censo, ainda que estejam desocupados. Na contagem de leitos-dia deverão ser incluídos os leitos extras que foram utilizados com pacientes internados. Os leitos de berçario normal também devem ser contabilizados • Leitos extras: camas ou macas que não são habitualmente utilizados para internação, mas que por qualquer razão são ativados, seja em áreas que habitualmente não seriam destinadas à internação, seja em áreas que passam a comportar mais leitos do que normalmente comportam, mesmo que esses leitos sejam disponibilizados em condições diferentes das habituais. Padronização de definições • Salas cirúrgicas: sala localizada no Centro Cirúrgico do hospital onde são realizados procedimentos cirúrgicos • Salas Obstétricas: sala localizada no Centro obstétrico destinada a realização de partos independente do tipo de parto • Leitos operacionais de Terapia intensiva: • Leitos disponíveis para internação em unidades de terapia intensiva Padronização de definições • Paciente-dia: é a unidade de medida que representa a assistência prestada a um paciente internado durante um dia hospitalar. É contabilizado através do censo hospitalar o qual foi padronizado como devendo ser realizado à zero hora de cada dia. • Leitos-dia: São os leitos operacionais disponíveis em um dia hospitalar. • Saídas: Saída do paciente da unidade de internação por alta (independente do tipo de alta - alta médica, evasão ou desistência do tratamento), transferência externa ou óbito. Nos hospitais que possuem unidade de curta permanência (day-clinic) ou Hospital-dia as saídas destas áreas não deverão estar incluídas na contagem de saídas. • Saídas de curta permanência: Saída do paciente da unidade de curta permanência por alta (independente do tipo de alta - alta médica, evasão ou desistência do tratamento), transferência externa ou óbito. Este dado deverá ser contabilizado apenas e de forma discriminada nos hospitais que possuem unidade de curta permanência. Padronização de definições • Nº de pacientes com permanência maior ou igual a 90 dias/ 180 dias • Número dos pacientes com permanência maior ou igual a 90 dias e/ou 180 dias, contabilizado no dia 1º do mês subseqüente. • Óbitos hospitalares • É aquele que ocorre após o paciente ter dado entrada no hospital, independente do fato dos procedimentos administrativos relacionados à internação já terem sido realizados ou não. • Óbitos institucionais • É aquele que ocorre igual ou após 24 horas da admissão hospitalar do paciente. Padronização de definições • Nº de pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos • Número de pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos no período de um mês. • Deverão ser contabilizados em cada dia hospitalar todos os pacientes submetidos a cirurgias. Se um paciente for submetido a mais de uma cirurgia em dias diferentes no mesmo mês, deve-se contar como dois pacientes submetidos a cirurgia, no entanto se os dois procedimentos forem realizados no mesmo ato cirúrgico estes deverão ser contados apenas uma vez. • Nº de cirurgias • Total de cirurgias realizadas, independentemente se algumas delas foram realizadas em um mesmo paciente. Deve-se contabilizar o número de procedimentos realizados, independente dos códigos de faturamento registrados. • Nº de óbitos cirúrgicos • Óbitos que ocorrem em até 7 dias após o último procedimento cirúrgico a que o paciente foi submetido. Se o paciente for submetido a dois procedimentos no mês, deve-se contabilizar a partir da data do último procedimento realizado Indicadores de desempenho hospitalar • Média de permanência (número de pacientes-dia/ número de saídas) • Taxa de ocupação (número de pacientes-dia/ número de leitos-dia) • Índice de rotatividade (número de saídas/número de leitos operacionais) • Intervalo de substituição (taxa de desocupação x média de permanência/ taxa de ocupação) • Taxa de mortalidade institucional (número de óbitos >=24hs/número de saídas) • Taxa de Mortalidade Hospitalar (número total de óbitos hospitalares/número de saídas) • Taxa de Mortalidade operatória (número de óbitos ocorridos até 7d após proced. cirúrgico/total de pacientes operados) Caso Nova Metrópolis 34 Município Nova Metrópolis – Estado Cosmópolis Características socioeconômicas e demográficas Nova Metrópolis é um município de médio porte, com população estimada de 250 mil habitantes, localizada no estado de Cosmópolis, Brasil. Trata-se de um município densamente povoado, contando com um território de aproximadamente 200 km2. Criado na década de 1960, em razão da instalação de uma importante planta industrial de setor metalúrgico em seu território, o município conheceu um rápido crescimento demográfico nas décadas seguintes, tendo atraído outras indústrias, notadamente do setor de eletroeletrônicos. Nova Metrópolis tem características de cidade industrial, com a quase totalidade da população (99,7%) vivendo em ambiente urbano. Nas últimas décadas, verificou-se um crescimento acentuado do setor de serviços, que hoje responde pela maior parte do PIB local. 35 Nova Metrópolis – Secretaria Municipal de Saúde O Planejamento 2011-2012 da Secretaria Municipal de Saúde de Nova Metrópolis propõe as seguintes diretrizes: • Ampliação e redimensionamento da oferta de leitos pelo SUS • Recontratualização das unidades hospitalares próprias municipais e da rede complementar • Aquisição de software de gerenciamento hospitalar • Incorporação de tecnologias que permitam a redução do tempo médio de internação • Ampliação da oferta de serviços substitutivos à internação 36 Nova Metrópolis Sistema de Saúde A rede SUS de Nova Metrópolis conta com 44 Unidades de Saúde da Família, 5 Postos de Saúde, 5 Policlínicas, 2 unidades de Pronto Atendimento, 5 hospitais gerais (sendo 2 próprios municipais e 3 privados contratados) e 1 hospital especializado (psiquiátrico). O município conta, igualmente, com 2 hospitais privados e leitos em algumas clínicas especializadas que não realizam atendimento SUS. Em razão da forte presença econômica das indústrias de transformação, a cobertura de saúde suplementar no município é significativa (42%), acima da média de Cosmópolis (34%) e quase duas vezes acima da média nacional (24%). 37 Proposta de trabalho em grupo (6 grupos de 8 pessoas) • Questões propostas: 1. Quais as informações são essenciais para o planejamento do município? Discutir as fontes de informação • • • • Necessidades Oferta Demanda Parâmetros assistenciais De acordo com as solicitações serão fornecidos os dados 2. O que seria importante conhecer (Dados e indicadores) dos prestadores existentes? • • • Prestadores hospitalares Rede ambulatorial – saúde da família, unidades básicas, amb. Especializados, consultórios médicos Serviços de Apoio Diagnóstico e Terapêutico 38 Proposta de trabalho em grupo (6 grupos de 8 pessoas) • Questões propostas: 3. A secretaria municipal no planejamento definiu objetivos e metas de atuação para os próximos dois anos. Detalhe o plano de trabalho para realização das duas primeiras propostas Discuta e apresente um modelo de contratualização - quais os níveis e dimensões de avaliação e para cada nível os dados e indicadores desejáveis para monitorar os contratos 4. Para a aquisição de software, quais os cuidados principais que devem ser seguidos tendo como norte o planejamento da secretaria municipal? 5. Na perspectiva do gestor privado , qual poderia e/ou deveria ser a sua participação junto a Secretaria municipal de saúde? 39 1. Quais as informações são essenciais para o planejamento do município? Discutir as fontes de informação Dados e Informações Necessidades Perfil demográfico (sexo e faixa etária); Natalidade; Fecundidade; Expectativa de vida ao nascer; Expectativa de vida aos 60 anos ; Escolaridade, PIB Fonte - IBGE, DATASUS www.datasus.gov.br www.ibge.gov.br Tendência - séries históricas dos coeficientes de mortalidade segundo causa, sexo e idade Mortalidade proporcional segundo causas Atlas de câncer; Morte Materna; Causas externas Mortalidade precoce por AVC e Doença Cardiovascular Fonte – Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) – DATASUS Incidência de Câncer, Incidência e prevalência das Doenças de Notificação compulsória, estudos com estimativas municipais e regionais Fonte – DATASUS, INCA, VE estadual e municipal Séries históricas Nascidos vivos segundo características das mães Proporção de partos hospitalares SINASC, IBGE Inquéritos populacionais – prevalência de hábitos, fatores de risco e co-morbidades www.inca.gov.br IBGE Carga de doença – estudos de carga de doença – www.bireme.br Dados de morbidade pode-se estimar diretamente o número de casos esperados e os recursos mínimos para atendimento Dados de Mortalidade Cruzando-se com letalidade pode-se estimar número de casos esperados por agravo 40 1. Quais as informações são essenciais para o planejamento do município? Discutir as fontes de informação Demanda Tendência – séries históricas das Taxas de internação segundo capítulo da CID, sexo e faixa etária Fonte: Morbidade hospitalar – SIH-SUS Análise das séries históricas das taxas de internação do setor privado – Saúde suplementar Fonte: Caderno Saude Suplementar – ANS - DATASUS/ANS Nascidos vivos – Pré-natal – SINASC, IBGE Consultas médicas básicas, especializadas e de urgência /habitante/ano – SIA-SUS Tipos de Procedimentos segundo diagnósticos selecionados, sexo e idade Fonte: SIA – SUS - DATASUS Análise local de atendimento x local de residência – Base AIH Inquéritos populacionais – PNAD Saúde – IBGE, DATASUS Análises e estudos de utilização dos serviços de saúde – www.bireme.br Lilacs Caracterização do tipo de utilização atual Metas a serem atingidas 41 1. Quais as informações são essenciais para o planejamento do município? Discutir as fontes de informação Oferta Estabelecimentos e equipamentos (SUS e não SUS) Leitos instalados por tipo e especialidade (SUS e não SUS) Habilitações (credenciamentos) SUS por unidade Fonte – CNES - DATASUS Cobertura de planos de saúde (saúde suplementar) Fonte – ANS – DATASUS Estrutura dos serviços de saúde – estabelecimentos e equipamentos Fonte – PAMS – IBGE – DATASUS Informações loco-regionais Fonte – Secretarias municipais – Vigilância sanitária estadual 42 1. Quais as informações são essenciais para o planejamento do município? Discutir as fontes de informação Parâmetros assistenciais Taxas de internação (internações/habitante) Leitos hospitalares per capita Médicos per capita Enfermeiros per capita Média de permanência Taxa de mortalidade Enfermeiros/leito – enfermagem/leito Proporção de leitos intensivos e semi-intensivo Proporção de leitos clínicos Proporção de leitos cirúrgicos Proporção de leitos para pacientes crônicos Leitos obstétricos/natalidade Taxa de parto cesáreo Consultas médicas – básicas, especializadas, urgência/habitante/ano Procedimentos cirúrgicos/habitante Fontes: ......Literatura Diretrizes clínicas - parâmetros de qualidade ANVISA, Conselhos, Legislação DATASUS Fonte ainda muito utilizada Portaria 1101 43 2. O que seria importante conhecer (Dados e indicadores) dos prestadores existentes? Prestadores hospitalares • Oferta de leitos operacionais por especialidade (SUS e não SUS) • Média de permanência (geral, por tipo de leito e por especialidade) • Média de permanência por diagnóstico principal, faixa etária e sexo • Taxa de ocupação operacional de leitos (geral, por tipo de leito e por especialidade) • Índice de giro • intervalo de substituição de leitos • Proporção de leitos intensivos • Proporção de partos segundo área de abrangência • Taxa de partos cesáreos • Nº de saídas hospitalares x Nº AIH • Perfil da morbidade segundo diagnóstico, sexo e faixa etária (por tipo de clínica) • Taxa de mortalidade cirúrgica • Taxa de suspensão de cirurgias • Índice de cirurgias por paciente • Volume de pacientes residentes (>=90 dias no hospital) • Nº de pacientes internados em leitos extras • Taxa de densidade de incidência de infecção hospitalar em unidades fechadas • Taxa de densidade de incidência de infecção sistêmica associada a cateter venoso central em unidades fechadas • Taxa de internação via emergência • Taxa de internação dos pacientes atendidos no Pronto Socorro • Taxa de mortalidade institucional • Taxa de mortalidade hospitalar • Letalidade nas primeiras 48 horas de internação por causas externas • Licenças • Notificação de DNC 44 2. O que seria importante conhecer (Dados e indicadores) dos prestadores existentes? Rede ambulatorial – saúde da família, unidades básicas, amb. Especializados, consultórios médicos Cobertura populacional da ESF – SIAB Proporção da população cadastrada pela ESF – SIAB Média anual de consultas médicas segundo tipo por habitante – SIAB, SIA-SUS Satisfação dos usuários Tempo de espera para marcação de consultas Serviços de Apoio Diagnóstico e Terapêutico Exames complementares per capita Índice de recoleta Exames complementares/ consultas Exames por equipamento Equipamentos per capita • Tempo de espera na atenção ambulatorial de média compexidade • Tempo médio de espera na atenção ambulatorial de alta complexidade • Cobertura de exames citopatológicos do colo do útero em mulheres de 25 a 59 anos • Cobertura de mamografia nas mulheres de 50 a 69 anos 45 3. A secretaria municipal no planejamento definiu objetivos e metas de atuação para os próximos dois anos. Detalhe o plano de trabalho para realização das duas primeiras propostas Diagnóstico e análise prospectiva das necessidades de saúde da população coberta Levantamento e definição de parâmetros e melhores práticas (benchmarks) assistenciais Estimação da necessidade de leitos hospitalares, por tipo e especialidade Levantamento da capacidade instalada de leitos, por tipo e especialidade, nas redes própria, contratada e suplementar Análise dos indicadores de qualidade hospitalar (tempo médio de permanência, taxa de ocupação, índice de giro, intervalo de substituição, taxa de suspensão de cirurgias, incidência de infecção hospitalar) por tipo de leito, especialidade e diagnóstico, na rede própria e contratada Estudo sobre otimização da utilização dos leitos existentes Estudo sobre redistribuição de leitos, por tipo e especialidade, nas unidades da rede própria linhas assistenciais Estudo sobre ampliação potencial da oferta de leitos na rede própria Negociação com a rede privada não SUS com vistas a contratação de leitos Planejamento de investimentos para redistribuição e ampliação de leitos na rede própria Planejamento orçamentário Custeio de novos leitos/serviços ofertados pela rede própria Ampliação da contratação de leitos/serviços privados Repactuação da oferta de leitos ao SUS pela rede contratada – implantação do Plano operativo 46 3. A secretaria municipal no planejamento definiu objetivos e metas de atuação para os próximos dois anos. Discuta e apresente um modelo de contratualização - quais os níveis e dimensões de avaliação e para cada nível os dados e indicadores desejáveis para monitorar os contratos • Pactuação do regime de remuneração (fixo, variável por produção, variável conforme metas de qualidade) • Revisão das habilitações (credenciamentos) e cadastros SUS • Elaboração do Plano operativo • Definição de instrumento de contratualização da oferta de leitos/serviços • Pactuação do sistema de acompanhamento e avaliação com metas físicas, financeiras e de qualidade, por unidade Plano operativo Metas físicas e financeiras Leitos, cirurgias, exames, consultas e atendimentos de urgência contratados (pactuados) Metas assistenciais e de qualidade critérios e padrões de qualidade a serem garantidos e regulados 47 Modelo Sistema de medição Indicadores Estratégico Gerencial Operacional Sistema de saúde Mercado Serviço/ Prestador – Desempenho Institucional Serviço/Prestador processos internos Sistema de informações Variáveis de Controle Dados 48 Doenças Alta incidência, letalidade e associadas a atenção adequada ambulatorial • Infarto - IAM • Derrame - AVCI • Insuficiência cardíaca - ICC • Hipertensão • Pneumonias comunitárias • Asma • Diabetes • Fratura de fêmur Obstetrícia • Grupo + vulnerável [Maior risco de complicações, maior necessidade de cuidado prénatal, maior risco RN] • Grávidas < de 20 anos • 10 a 14; 15 a 19 anos • Grávidas >34 anos • 35 a 39 anos ; 40 a 44 anos • Gestantes com co-morbidades • Obesas; diabéticas; hipertensas; HIV+; Doenças auto-imunes (LES, AR) • Identificação dos casos (diagnóstico/ faixa etária/ procedimento)– retrospectivo/ prospectivo • Seguimento prévio á internação • Seguimento posterior – seis meses Ginecologia • Grupo populacional vulnerável • Mulheres com metrorragia • Mulheres Mioma uterino histerectomia abdominal e/ou vaginal • Mulheres 50 a 69 anos mamografia a cada dois anos • Identificação daquelas que tem Bi-rads alterado • Mulheres com câncer de mama • • • • • Cirurgia (mastectomia ou ressecção segmentar) Radioterapia Quimioterapia Seguimento mastologista e/ou oncologista clínico Mamografia e outros exames periódicos Sistema de avaliação e acompanhamento Três níveis de avaliação Nível Gerencial Equipe Diretiva dos prestadores Gestão por Linhas de cuidado • Indicadores segundo dimensões de avaliação • Dimensões de avaliação Acesso, efetividade, qualidade e segurança, eficiência, gestão, adequação, respeito ao direito das pessoas, aceitabilidade e continuidade da assistência Sistema de avaliação e acompanhamento • Dimensões de avaliação • Acesso • Tempo de espera na porta de entrada – classificação de risco • Tempo de espera para realização de exames diagnósticos - diretrizes clínicas • Tempo de espera para realização de Procedimentos cirúrgicos de média complexidade – encaminhamento da rede e realização • Taxa de internação via PS Sistema de avaliação e acompanhamento • Dimensões de avaliação • Efetividade • • • • • • • Tempo atendimento – oportunidade do tratamento Indicadores para cada linha assistencial Taxa de eventos adversos Taxa de complicações associadas a procedimentos diagnósticos Taxa de complicações associadas a procedimentos terapêuticos Taxa de reinternação em 30 dias Taxa de internação – indicadores sensíveis a assistência ambulatorial Sistema de avaliação e acompanhamento • Qualidade e Segurança • Cirurgia segura – implantação e conformidade com demarcação de lateralidade • Taxa de conformidade (formulários chave) – preenchimento de prontuários • Percentual de diagnósticos secundários • Proporção de diagnósticos não especificados (Sinais e Sintomas) • Taxa de tipos de diagnósticos • Taxa de Erros de medicação • Índice de ulcera de pressão • Indicadores de IH • Adequação de uso de sangue – conformidade com protocolo Sistema de avaliação e acompanhamento • Eficiência - Desempenho • • • • • • Taxa de consultas novas/realizadas Taxa de cancelamento de consultas Aderência a protocolos clínicos Taxa de cancelamento de cirurgias (day-clinic) Inserção na rede Continuidade do cuidado por linha assistencial tempos definidos Sistema de avaliação e acompanhamento • Gestão • • • • • • • • Rotatividade de funcionários (turn over) Índice de absenteísmo Consultas novas por turno Consultas por profissional Clima organizacional Índice de glosas Logística Indicadores econômico-financeiros Sistema de avaliação e acompanhamento • Respeito ao direito das pessoas • Satisfação da clientela • Questionário – conhecimento e poder de decisão • Adequação • Avaliação incorporação tecnológica • Desenvolvimento do sistema de informação e prontuário eletrônico • Continuidade do cuidado • Patologias traçadoras fratura de fêmur, Ca de mama, ICC, AVC, gestante de alto risco, asma, diabetes Classificação de serviços • Hospitais • Nº de leitos • Porta de entrada • Especialização (geral x especializados) • UTI e Semi • UTI Neonatal • Centro Cirúrgico – nº salas • Habilitação especialidade SUS • Consultórios • Nº de salas (com e sem procedimentos) • Equipamentos • Recursos diagnósticos e terapêuticos • Grau de incorporação tecnológica • Equipamentos diagnósticos • Equipamentos centro cirúrgico • Recursos terapêuticos – diálise, sangue, hemodinâmica Classificação Hospitais Hospitais Porte I, II, III, IV (Portaria 5/12/2002) Alta Leitos de Tipo de complexi UTI UTI dade Pontu ação Nº de leitos 1 20 a 49 1a4 ------ 1 2 50 a 149 5a9 tipo II 2 3 150 a 299 10 a 29 ------ 3 4 300 ou mais 30 ou mais tipo III 4 ou mais Porte I Porte II Porte III Porte IV 1a5 pontos 6 a 12 pontos 13 a 19 pontos 20 a 27 pontos Urgência e emergência Pronto Atendimento Serviço de Urgência e Emergência Referência Nível I ou II Referência Nível III Gestação de Alto Salas Risco Cirúrgicas ----- Até 2 Nível I Entre 3 e 4 Nível II Entre 5 e 6 ----- Maior ou igual de a 78 Acima Sistema de avaliação e acompanhamento • Nível operacional - Setores internamente Áreas – coordenação de cuidado • • • • • • • • • • • • Ginecologia Obstetrícia Pediatria Clínica Médica Clínica Cirúrgica – Centro Cirúrgico e HD cirúrgico Oncologia Clínica - QUimioterapia Apoio Diagnóstico – Patologia Clínica, Imagem, Métodos Gráficos Assistência farmacêutica Assistência nutricional Assistência psicológica Assistência de enfermagem Reabilitação Sistema de avaliação e acompanhamento –Prestadores internamente • • • • • • • • • • • • • • • • • • Tempo de espera no PS (segundo estratificação de risco) Readmissão PS 48 horas Tempo porta balão IAM com supra Taxa de ocupação Média de permanência Taxa de mortalidade institucional Taxa de mortalidade cirúrgica Intervalo de substituição Índice de giro Taxa de densidade de incidência de infecção hospitalar em UTI Taxa de densidade de incidência de infecção hospitalar associada a cateter venoso central nas UTIs Taxa de utilização de cateter venoso central Readmissão em 48 horas UTI Taxa de cancelamento de cirurgias – análise de motivos de cancelamento Taxa de mortalidade por faixa de peso dos RN % de prontuários preenchidos adequadamente Satisfação clientela %de faltas em consultas agendadas Sistema de avaliação e acompanhamento – Rede Prestadores • Qualidade de preenchimento dos prontuários – auditoria – conformidade • Qualidade de preenchimento das AIH – presença de diagnóstico principal (diferente de sintomas) em todos as saídas e presença de 80% de diagnósticos secundários • Registro dos óbitos - SVO • Comissões – óbitos e prontuário • Análise dos óbitos evitáveis • Comissão de Infecção hospitalar – monitoramento indicadores e ações 4. Para a aquisição de software, quais os cuidados principais que devem ser seguidos tendo como norte o planejamento da secretaria municipal O software de gestão hospitalar deverá atender especificações técnicas elaboradas pela TI com interoperabilidade e os padrões compatíveis com os sistemas do SUS/ SBIS Requisitos para gerenciamento de informação Módulos básicos : Gerenciamento do arquivo médico e relatórios padronizados de indicadores Censo hospitalar (internação) diário – armazenamento do histórico Gerenciamento de leitos com cadastramento dinâmico de leitos (instalados, operacionais, bloqueados, extras) Gerenciamento de internação com registro de entradas, saídas (altas, óbitos, transferências) e sumário de alta 64 4. Para a aquisição de software, quais os cuidados principais que devem ser seguidos tendo como norte o planejamento da secretaria municipal Módulos básicos Registro eletrônico de saúde/prontuário eletrônico do paciente História clínica, diagnósticos de entrada e de saída (principal e secundários), procedimentos cirúrgicos internados e ambulatoriais Classificação de risco na porta de emergência Interface com serviços de diagnóstico laboratorial Interface com Serviços de Imagem Interface com anatomia patológica Central de agendamento (consultas e procedimentos ambulatoriais ) Gerenciamento de centro cirúrgico com registro dos mapas cirúrgicos, suspensão de cirurgias, óbitos cirúrgicos e processos do Centro de Material e Esterilização Gestão de farmácia e almoxarifado (inventário, controle de estoque, dispensação e compras) Gerenciamento de custos (por procedimento, por paciente, por serviço/unidade de custos, por insumo/tipo de insumo) Produção mensal e faturamento (SUS e não SUS) Gestão de recursos humanos 65 5. Na perspectiva do gestor privado, qual poderia e/ou deveria ser a sua participação junto a Secretaria municipal de saúde? • Auxiliar na identificação das necessidades da população • Contribuir com parametrização e apoio técnico para elaboração do dimensionamento de recursos • Participar da construção do Plano operativo • Contribuir com conhecimento especializado e capacitação de recursos humanos • Oferecer leitos críticos e semi-críticos • Oferecer e pactuar na linha assistencial procedimentos de média complexidade – metas para diminuir ou minimizar os tempos de espera • Aprimorar as interfaces de troca de informações 66 Pagamento por performance Gestão assistencial • Os sistemas de saúde identificam como prioridade • Ampliar a capacidade de gestão dos serviços de saúde • Diminuição da iniqüidade, aumento de intervenções que tenham maior custoefetividade • Pagamento e gestão focada em resultados processo assistencial e efetividade na prática clínica • Avaliação e monitoramento – indicadores Cultura de informação e gestão assistencial • Serviços de Epidemiologia /Informação hospitalar • Arquivo Médico – Patrimônio Clínico • Auditoria de prontuários – quantitativa e qualitativa • Qualidade e Segurança assistencial • Infecções hospitalares (antibioticoprofilaxia, IH sítio cirúrgico) • Check-list Cirúrgico – check-list obstétrico • Notificação DNC • Gerência de risco - Eventos adversos • Sistematização da enfermagem – discussão, implantação e organização de registro dos indicadores de enfermagem • Desenvolvimento científico • Capacitação e avaliação contínua • Avaliação de habilidades Obrigado [email protected] [email protected]