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Impresso
Especial
Revista
3600145136-DR/PR
SOGIPA
CORREIOS
SOCIEDADE DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA DO PARANÁ
R. Buenos Aires, 995 - Cep 80250-070 - Curitiba - Paraná
ANO 25 - Nº 09 - JANEIRO / FEVEREIRO / MARÇO / 2005
S
O
C
I
E
D
A
D
E
C
U
R
I
T
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B
A
D
E
ESTUDOS E CARREIRA
ADIAM A VONTADE
DE SER MÃE
SEXAGEM PRÉ-NATAL
O DIREITO À REMUNERAÇÃO JUSTA
DO
PA R A N Á
3
4e5
REVISTA SOGIPA 02
as necessidades de um cidadão, que hoje sobrevive
Somos os atuais viventes de um mundo com
mal remunerado, quando não muitas vezes apres-
muitas novidades, tanto sociais, como tecnológi-
SEXO DO BEBÊ
discutirmos não só assuntos médicos, mas também
sado, pressionado, mal-humorado.
cas. Sempre temos a esperança de podermos
Diante deste quadro, é preciso repensar e discu-
prolongar tudo o que possuimos, mas não o que
tir o papel do médico também como ser humano
somos e conhecemos.
passível de frustrações, em contato direto com
Queremos mais, muito mais!
situações estressantes, uma vez que lida diariamen-
Por isso vemos com bons olhos a resolução
te com as fronteiras da vida e da morte.
PODE SER DESCOBERTO NA OITAVA SEMANA DE GESTAÇÃO
Atualmente é raro encontrar casais
análise também tem outro propósito:
que preferem esperar o momento do
detectar doenças de base genética, que
parto para satisfazer a curiosidade
afetam preferencialmente um sexo,
quanto ao sexo do bebê. Cada vez
como a hemofilia e a distrofia muscular,
progressista que irá exigir a revalidação a cada cinco
A SOGIPA espera ser também o fórum dessas
mais, eles têm pressa em saber para o
por exemplo. Neste caso, segundo
anos dos títulos de especialista. Tal resolução
discussões e esta Revista, um porta-voz dos médi-
quanto antes dar-lhe um nome,
Raskin, planos de saúde cobrem o
fortalecerá as Sociedades Médicas, aproximando
cos que desejarem se manifestar.
comprar enxoval e decorar o quarto do
exame. No futuro, esse exame pode vir
mais novo membro da família. A novi-
a substituir a amniocentese e biópsia de
dade agora é que não é preciso mais
vilo corial para a avaliação de anomalias
esperar a 13ª semana de gestação para
cromossômicas.
mais os médicos, e não só para condutas diagnósti-
Dr. Dzonet Mercer
Editor da Revista SOGIPA
cas, terapêuticas ou éticas. Talvez, a porta de um
NOTAS
CONGRESSO EUROGIN BRASIL 2005
Será realizado de 23 a 25 de junho o Congresso de Experts em Patologia do Trato Genital
Inferior e Colposcopia. Será no Centro de Eventos Hotel Plaza São Rafael, em Porto
Alegre-RS, com patrocínio oficial da Schering. Na programação estão temas como
inovações e atualização no tratamento do câncer de colo, reposição hormonal, doenças
da vulva, diagnóstico de lesões induzidas pelo HPV e câncer de colo, entre outras. As
inscrições estão abertas até 11 de junho e podem ser feitas pelo site
www.euroginbrasil.com. Informações: (51) 3321-1888.
Diretoria da SOGIPA Biênio 04/05 - Eleita em 25.11.03
Presidente:
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Editor Revista SOGIPA: Dzonet Q. Mercer
Jornalista ResponsáveL:
Simone Meirelles MTB 2615-PR
Redação: Simone Meirelles e Brisa Teixeira
Foto da Capa: Rogério Machado / SMCS Parque Tanguá
Tiragem: 2.000 exemplares
Diagramação e Impressão:
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A reprodução é permitida, desde que citada a fonte. Os artigos assinados não reproduzem a opinião da revista.
SOGIPA - Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia do Paraná - Fundada em 01 de outubro de 1952 - Filiada à FEBRASGO
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fraternos, bivitelinos, o resultado “Y”,
significa que pelo menos um dos
fazer a ultra-sonografia. Com apenas
FALECIMENTO
A SOGIPA lamenta profundamente o falecimento da sua ex-diretora, a saudosa Dra. Alice
Nogueira, que muito prestigiou a Sociedade. Com certeza, sua competência e
profissionalismo farão falta à comunidade paranaense.
Dr. Salmo Raskin
cinco mililitros do sangue da mãe, com
Como é feito
gêmeos será menino. Se o resultado
oito semanas de gestação, já é possível
Para fazer o teste, a mulher não
der ausência de cromossomo “Y”
saber o sexo do bebê, independente da
precisa de nenhuma preparação espe-
posição do feto para fazer a identifica-
cial e todas as grávidas podem se
A impressão que se tem é que esta
ção.
submeter a ele. Segundo Raskin, utili-
novidade poderia ser descoberta há
No Brasil, a sexagem fetal pré-natal,
zando a técnica chamada PCR (do
muito mais tempo. Raskin explica,
como é denominada a nova técnica, já
inglês Polymerase Chain Reaction) é
porém, que são pouquíssimas células
existe desde 2003, em São Paulo, no
possível com facilidade, com apenas
do feto que passam para a corrente
entanto ainda é desconhecido até
cinco mililitros do sangue da mãe
sanguínea da mãe e, até então, não
mesmo para muitos médicos, segundo
encontrar poucas quantidades de DNA
existia uma técnica capaz de detectar
o geneticista Salmo Raskin, diretor da
do feto. “A presença do cromossomo
essas poucas células fetais em um
Genétika Centro de Aconselhamento e
“Y” indica que é um menino e a
“mundo de células existentes no
Laboratório de Genética, precursor
ausência dele, uma menina. O resul-
sangue da mãe”.
nesta técnica no Paraná. Hoje o exame
tado sai em até cinco dias úteis”,
também é colhido em outros centros
explica Raskin.
pode-se dizer que são meninas.
Como o teste ainda é uma novidade, o preço da curiosidade sai em
diagnósticos da cidade, como nos
No caso de gêmeos, se forem
torno de R$ 400,00, mas é possível que
laboratórios Curitiba Medicina
idênticos, univitelinos, o resultado é
esse valor sofra uma queda a partir da
Diagnóstica e Delboni Auriemo.
válido para os dois fetos. Em gêmeos
popularização do exame.
À medida que a população
conhece este novo método a procura
cresce e, segundo Raskin, principalmente, no interior, muitos ainda não
estão acreditando nesta evolução. “O
número de casos vem dobrando a cada
mês, mas ainda não tem um volume
grande. Em janeiro deste ano analisamos 15 casos e em fevereiro 20.
Todos com 100% de acerto”, destaca.
Nem sempre saber o sexo do bebê
é uma questão de curiosidade. A
* Consultorias em Medicina Fetal
* Ecografia Obstétrica e Morfológica Fetal
* Transluscência Nucal
* Cardiotocografia
* Perfil Biofísico Fetal
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Av. 7 de Setembro, 4848 - cj. 604 - 80240-000 - Curitiba - Paraná
03 REVISTA SOGIPA
EDITORIAL
caminho, que nos aproximando mais, levar-nos-á a
REVISTA SOGIPA 04
À REMUNERAÇÃO
JUSTA
* Dr. Roberto Luiz d’Avila
Ao atingir o Terceiro Milênio, deparamonos com um desenvolvimento tecnológico
jamais sonhado e com aplicações inquestionáveis na área médica. A medicina alcançou
progressos incríveis e o nosso país apresente
estatísticas de saúde que nos envergonham,
embora tenha melhorado nos últimos anos,
a medicina como um todo reduziu a
mortalidade infantil, através de um melhor
controle das doenças infecto-contagiosas e
elevou a expectativa de vida para próximo da
casa dos oitenta anos.
Entretanto, o uso da tecnologia
avançada na feitura dos diagnósticos,
exageradamente e sem critérios, associado à
terapêutica agressiva e rodeada de efeitos
colaterais, transformaram a medicina de
outrora, baseada na arte e no relacionamento humano, em atividade técnica, fria e
impessoal. Computadores já fazem a coleta
da história clínica e os pacientes perderam
suas identidades, transformando-se em
números de prontuários ou diagnósticos
com nome de doenças, codificados ou não.
Perdeu-se o encanto, a mística e o
sobrenatural que outrora nos cercava. O
importante relacionamento médicopaciente tinha mais ênfase no passado
porque confortar e reanimar também eram
uma forma de tratamento. A medida que a
medicina tornou-se mais científica perdeu a
aura de mistério que a envolvia...
Mais do que nunca, deve o
médico de hoje aprofundar
seus estudos em
antropologia, sociologia,
filosofia, pois, como já foi
dito pelo filósofo, o médico
que só sabe medicina...
nada sabe de medicina!
Sendo uma profissão aprendida, a
medicina tem um papel moral especial em
clarear as limitações da tecnologia, dos
recursos e da condição humana. Ela
também tem a obrigação de estruturar uma
ética médica que esteja de acordo com os
direitos básicos dos indivíduos. Se pretendemos articular um plano moralmente
realista de saúde, será necessária a contribuição dos médicos, pois eles podem
fornecer um entendimento destas limitações
e também o significado clínico de suas
implicações morais.
Vivem os médicos, no dia de hoje, o
paradoxo de exercerem uma medicina de
múltiplos matizes: de necessidades e de
desejos; de desigualdades e de desesperanças; de exigências e de tribunais; de dor e
medo... Exercem o seu mister em meio a
sentimentos conflitantes de que são alvos:
ao mesmo tempo amados e odiados;
queridos e mal-afamados; invejados e
esquecidos; necessários e desrespeitados;
idolatrados e aviltados!
Vive o médico, nos dias de hoje, o drama
intestino de querer e não poder aliviar o
sofrimento humano. Conivente, muitas
vezes, participa do odioso processo de
descaracterização da Arte em prol da Ciência
maniqueísta que relativiza o humano.
Faz-se necessário ensinar o estabelecimento de vínculos afetivos entre o médico e
o paciente, estabelecendo a confiança como
a base da relação. A democratização do
saber médico e a diminuição do fascínio pela
tecnologia, tão reverenciada nas escolas de
medicina por puro academicismo, deve ser
estimulada.
A argamassa para a reaproximação entre
médicos e pacientes é a cidadania, resgatando a dignidade dos dois pólos de ação.
Equidade, qualidade e eficiência de atenção,
participação ativa da população nas
questões referentes à saúde são, hoje, o
sustentáculo para a modificação do
paradigma.
A prática ideal da Medicina repousa no
conjunto de Ciência e Arte. Não há dúvida
de que a base científica e o desenvolvimento
tecnológico trouxeram grandes benefícios
para a Medicina. Entretanto, somente o
conhecimento científico e a aplicação dos
recursos técnicos no diagnóstico e na
terapêutica não tornam o médico melhor e
tampouco torna a Medicina mais humana.
Pelo contrário, o bom
médico necessita de outras
habilidades além do
conhecimento científico:
intuição, bom senso,
capacidade de julgamento e
amor ao ser humano.
As faculdades de Medicina, apesar do
excessivo número e muitas sem condições de
oferecer um bom ensino, esforçam-se em
dar ao estudante a melhor formação técnica
e, apesar do academicismo empurrar o
raciocínio clínico em direção aos últimos
avanços da Ciência, esquecem-se de burilar o
caráter do futuro médico com a necessária
formação humanística.
Entretanto, a culpa não pertence,
isoladamente, aos médicos e, tampouco, ao
aparelho formador. A Sociedade tem sua
parcela de responsabilidade. A descrença
das pessoas quanto à competência do
profissional, crendo mais nos resultados de
testes e exames laboratoriais desvaloriza a
arte da anamnese e do exame físico. Da
mesma forma, uma Sociedade que exige do
Estado o cumprimento do preceito constitucional de que a saúde é dever do Estado e
direito do cidadão, deveria preocupar-se
com as condições indignas de trabalho à que
muitos médicos estão submetidos e,
também, com a remuneração injusta do
sistema de saúde governamental e das
operadoras de planos de saúde que
caracteriza a importância que esta Sociedade
confere ao médico: desvalorização.
Justamente aquele que deveria ter o
reconhecimento pelos anos de estudo e
investimento em sua formação e por ser,
acima de tudo, a saúde o maior bem
individual.
O respeito que a Sociedade deve aos
médicos passa pelo reconhecimento de sua
capacidade e responsabilidade. Mas passa,
também, pela forma com que esta mesma
Sociedade remunera-os.
Há absoluta necessidade de impor-se
regras ao mercado de trabalho que, em
determinados momentos, assume características de verdadeira selvageria entre
contratantes não-médicos e médicos.
Historicamente o médico sempre
contratou seus serviços diretamente com o
paciente. Se indigente nada lhe era cobrado,
assumindo o médico o caráter social do
enfrentamento de doenças, com sua
contribuição graciosa. Se o paciente tinha
condições de pagar, assim o fazia, retribuindo ao médico com qualquer forma de
pagamento, seus honorários, em agradecimento por ter cuidado dele.
Historicamente, também, os médicos
têm revelado o caráter humanístico da
profissão ao cuidarem de pessoas que, que
fragilizadas pela doença, os procuram.
Entretanto, o mundo modificou-se trazendo
ao médico novas formas de relacionamento
com os pacientes. Sob o manto de
“medicina socializada” o Estado passou a ser
o empregador do médico, assalariando-o e
estabelecendo limites de atuação, competência, horário, etc. Mas uma vez foi-lhe
cobrada a “eterna” dívida social... Por
apresentar absoluta incompetência, ao não
garantir financiamento e gerenciamento
adequados, o Governou convidou o setor
privado para participar do Sistema de Saúde,
privilegiando a doença e não a saúde!
Multiplicaram-se os “convênios” atraídos
pelo lucro fácil e alimentados pelo poder
econômico de grandes grupos empresariais
que vislumbraram a possibilidade de, ao
explorarem médicos e pacientes, auferir
dividendos com a desgraça e transformando
a Medicina em comércio, de absoluto
caráter mercantil. O risco é pequeno, pois se
não der certo, culpar-se-á ao médico e não
ao Sistema, injusto e cruel.
Rui Barbosa deixou-nos
como lição que: “Justiça
é tratar com desigualdade
os desiguais e com
igualdade os iguais.”
É meridiano pensar que em uma
sociedade desigual, como a que nós vivemos
e marcada por profunda injustiça social, que
se garanta à todos os cidadãos uma
medicina de qualidade. Não existem duas
medicinas, mas apenas uma só. E tem que
ser de qualidade e acessível à todos.
Infelizmente prospera o aparecimento
de empresas intermediadoras do trabalho
médico. Empresas estas, geralmente
chefiadas por pessoas inescrupulosas, que
em sua maioria não são médicos, e que
vislumbram, na exploração do ramo, a
possibilidade de se locupletarem com a
desgraça dos outros. Como tratar doenças é
muito caro, exploram médicos e pacientes.
Exploram os médicos quando não
respeitam, minimamente, os esforços das
lideranças médicas, quando estabelecem
uma Classificação Brasileira Hierarquizada de
Procedimentos Médicos (CBHPM), feita com
todo critério técnico, que remunere dignamente os médicos. E o pior: existem médicos
que aceitam trabalhar por migalhas jogadas
da mesa de banquetes em que esses grupos
se saciam.
Exploram os pacientes ao não cobrirem
todas as patologias, conforme preceituam as
Resoluções do CFM e a própria Lei dos
Planos de Saúde, por não permitirem a livre
escolha do médico que os pacientes desejam
e por apresentarem carências e limites de
idade.
Só é ética a empresa
que respeita o médico e
o paciente, tratando-os
como cidadãos.
Submeter-se ao trabalho em condições
inadequadas, sem o material minimamente
necessário para um atendimento com
segurança, é expor-se à denúncias e
processos tanto no CRM quanto na Justiça
comum. Faz-se necessário que os médicos,
independente dos locais de trabalho e das
relações trabalhistas estabelecidas, exerçam
cidadania porque, assim agindo, estarão
cumprindo os postulados hipocráticos. Em
uma sociedade que quer a ação do médico,
mas que não viabiliza condições melhores
para o seu exercício, a razão do aparecimento do erro médico deve ser partilhada.
Os médicos estão, cada vez mais,
expostos a demandas judiciais e obrigados a
providenciarem um cuidado médico de
excelência, de acordo com os padrões
desenvolvidos e estabelecidos pelas associações médicas das especialidades. A prática
da medicina defensiva permite ao médico
exercer uma medicina de baixo risco e de
alto custo, por medo de serem denunciados
por má-prática. Os médicos estão sendo
pressionados a tratarem seus pacientes à luz
de fatores econômicos, devendo adaptar-se
a esta nova orientação com o objetivo de
reduzir a prática da medicina defensiva.
A própria sociedade sofre perdas não
econômicas se os médicos reduzem o acesso
a determinados tipos de serviços que
implicam em maior risco. As perdas
econômicas não se referem somente aos
prêmios de seguro, mas à prática de
medicina defensiva com o aumento de
testes de laboratório e radiológicos.
Uma boa prática médica caracteriza-se
por uma comunicação honesta, aberta e
cuidadosa entre o médico e os pacientes. Por
isso, sugerimos as seguintes estratégias que
os médicos podem usar para mudarem o
paradigma de atenção à saúde:
1. Atender diligentemente a todos os
pacientes e não se negar a prestar informações,
2. Registrar, sistematicamente, no
prontuário do paciente, todas as informações pertinentes aos atos médicos
realizados, com clareza, acurácia e de
maneira completa,
3. Usar procedimentos e terapêutica
padronizados e universais,
4. Comunicar-se com tempo suficiente,
respondendo às necessidades dos pacientes
e seus familiares,
5. Manter um bom e amigável relacionamento com seus pacientes,
6. Cultivar um bom relacionamento com
os colegas de profissão, no que diz respeito à
troca de informações técnicas e aconselhamento de procedimentos corretos, evitando
que fatores indesejáveis (competição,
idiossincrasias, etc.) interfiram na boa
assistência aos pacientes,
7. Ter especialização reconhecida
legalmente,
8. Exigir recursos humanos e tecnológicos adequados ao bom desenvolvimento
do seu trabalho, principalmente dentro do
ambiente hospitalar e,
9. Manter-se atualizado e conhecedor
das recomendações contidas no Código de
Ética Médica.
10. Ser remunerado de forma digna e
justa.
Roberto Luiz d’Avila - Médico
cardiologista, Ex-Presidente do
Conselho Regional de Medicina
do Estado de Santa Catarina,
Conselheiro-Corregedor do
Conselho Federal de Medicina,
Professor Adjunto da Universidade Federal de
Santa Catarina e Mestre em Neurociências e
Comportamento e Ex-Diretor de Educação
Cooperativista da UNIMED-Florianópolis.
Artigo publicado no site Portal Médico
(www.portalmedico.org.br)
05 REVISTA SOGIPA
O MÉDICO E O DIREITO
REVISTA SOGIPA 06
UM ANDROLOGISTA
REVERSÃO DE VASECTOMIA OU CAPTAÇÃO DE ESPERMATOZÓIDES PARA FIV-ICSI
zóides podem ser obtidos do epidí-
portanto, a reversão microcirúrgica
dimo ou do testículo, por punção
da obstrução torna-se bem mais
percutânea ou, se necessário, por via
elaborada e com taxas de sucesso
aberta, com ou sem magnificação
mais baixas;
óptica, esta última, em testículo
• homens que tiveram em seu
através da microdissecção de tútulos
pós-operatório de vasectomia
seminíferos. Estas técnicas, apenas
quadro de orquite bilateral, quimio-
para citar, sem entrar em detalhes,
terapia, radioterapia, utilização de
Meados do século passado,
Diante de um quadro de desejo
damente 60% dentro de um ano, de
receberam siglas como: PESA,
substâncias gonadotóxicas, altera-
inicia-se um novo movimento na
de nova concepção, após um deter-
5 a 10 anos: 40 a 50% e, com mais
MESA, TESA, TESE, MicroTESE, ROSI,
ções hormonais, etc. que podem ter
medicina: o uso de magnificação
minado tempo de ter realizado a
de 15 anos, estas taxas são inferiores
ROSNI, ELSI e VASA. Aqui, um ponto
levado a uma diminuição da esper-
óptica para realizar cirurgias em
vasectomia, o homem, junto com
a 30%. O tempo de vasectomia está
extremamente importante deve ser
matogênese. Nestas situações deve-
estruturas tão pequenas que, ao
sua companheira, geralmente ouvirá
implicado, diretamente proporcio-
informado para o paciente: a inter-
se estimar adequadamente a proba-
olho nu, jamais poderíamos realizá-
a opinião do andrologista e do
nal, com a ocorrência da obstrução
venção sobre o epidídimo, a priori,
bilidade de se encontrar gametas
las. Imediatamente, diversos especi-
ginecologista, que deverão estar
dos túbulos epididimários e da
causa obstrução do mesmo e,
masculinos viáveis e estar preparado
alistas esforçaram-se em desenvolver
preparados para dar todas as infor-
produção de anticorpos anti-
portanto, dificultaria enormemente
para uma necessidade de alguma
esta árdua habilidade para aplicar
mações científicas, incluindo os
espermatozóides.
uma posterior tentativa de reversão
técnica mais elaborada de captação,
em suas áreas de atuação, como
resultados esperados, para a opção
b) da habilidade do andrologista
da vasectomia. A captação espermá-
como a microdissecção de túbulos
ocorreu com o urologista, especiali-
de reversão da vasectomia ou a
como microcirurgião, que infeliz-
tica costuma ser realizada imediata-
seminíferos.
zado em andrologia e, o ginecolo-
captação de espermatozóides para a
mente depende de características
mente após captação folicular
Concluindo, com o objetivo de
gista, especializado em reprodução
fertilização in vitro (FIV) através da
individuais e o tempo de dedicação
ovariana com a constatação da
também fazer uma reflexão crítica,
humana (para a reversão de laquea-
injeção intra-oocitária de esperma-
no aprimoramento técnico.
viabilidade oocitária.
espero ter levado uma informação
duras tubárias). Como a evolução foi
tozóides (ICSI).
Finalmente, situações especiais
c) do status atual da espermato-
podem ocorrer, por exemplo:
sucinta e atualizada, que seja útil aos
colegas ginecologistas, sobre o tema
muito grande nos últimos anos, não
As taxas de sucesso da reversão
gênese: assegurar, ao máximo possí-
é incomum encontrarmos quem
microcirúrgica (vaso-vasostomia)
vel, que a produção de gametas
• mulheres com idade próxima a
ainda desconhece estes avanços,
dependem principalmente:
masculinos esteja preservada para se
menopausa, onde esperar o resultado da reversão da vasectomia
reverter a vasectomia ou captar
espermatozóides para FIV-ICSI.
com a famosa exclamação: "mas...
a) do tempo de vasectomia, ou
obter o sucesso. Lembrar sempre
doutor, existe reversão da vasec-
seja, tempo de obstrução: de
que, pacientes mais idosos, possuem
gado de sua vasectomia. Este caso
pode ser temeroso frente a um
Dr. Fernando Lorenzini - Urologista
tomia !".
maneira geral, fazendo-se uma
uma maior chance de possuirem co-
foi escolhido para apresentação
pequeno período de vida fértil femi-
Responsável pela Área de Andrologia do
Com o objetivo de levar informa-
média aproximada de vários traba-
morbidades de interesse sobre a
fotográfica porque com maior
nina restante;
ções úteis e relevantes, apresenta-se
lhos publicados, pode-se afirmar
espermatogênese.
tempo de obstrução deferencial,
• homens que apresentaram em
a seguir uma abordagem reflexiva
que até 5 anos, há uma taxa de
Na figura 1, apresenta-se uma
melhor se observa, até mesmo exter-
seu pós-operatório de vasectomia
Andrologista pela Universidad
sobre o tema.
gravidez espontânea de aproxima-
foto do trans-operatório de uma
namente, como no caso, o maior
quadro de epididimite bilateral e,
Autónoma de Barcelona.
reversão de vasectomia, realizada
diâmetro do coto do deferente
em janeiro deste ano, em um paci-
proximal ao testículo que o do distal
ente com tempo de vasectomia de
ao mesmo. Nesta anastomose,
dezoito anos que optou pela
utilizou-se sutura simples com fio
ESPECIALIZADA EM ULTRA-SOM (MULTIMARCAS)
REPARO E VENDA DE TRANSDUTORES
VIDEO-PRINTERS
mesma, com consentimento infor-
mono-nylon 9/0.
GERENCIAMENTO DE IMAGEM:
mado livre e esclarecido, após devi-
Quanto às taxas de sucesso de
damente informado dos benefícios e
gravidez, por tentativa, da captação
riscos de todas opções com as
de espermatozóides pós-vasectomia
devidas taxas de sucesso, especial-
com FIV-ICSI, elas se situam em
mente pelo tempo muito prolon-
torno de 30 a 40%. Os espermato-
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MONITOR E DETECTOR FETAL
MESA GINECOLÓGICA
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07 REVISTA SOGIPA
REFLEXÃO DE
Figura 1
REVISTA SOGIPA 08
SerMãe
No início deste ano, no dia 16 de janeiro de 2005, um caso
de reprodução assistida em uma mulher de quase 67 anos
surpreendeu mais uma vez a medicina. Adriana Iliescu,
professora universitária na Romênia, depois de três tentativas,
ao longo de nove anos, utilizando técnicas de reprodução
assistida (fertilização in vitro, com óvulos e espermatozóides
de doadores) e revertendo (com medicamentos) a deficiência
hormonal da pós-menopausa, conseguiu gerar em seu útero
três embriões. Como o risco de sobrevivência dos trigêmeos
era grande, Adriana aceitou diminuir para apenas dois fetos.
Mesmo sabendo que conseguir a gravidez era apenas um
passo, Adriana foi perseverante até o final e seis semanas
antes do esperado Elisa Maria nasceu de cesariana pesando
1,45 quilo, menos da metade do peso normal de um recémnascido. Já a irmã de Elisa Maria morreu antes do parto.
Adriana Iliescu é considerada agora a mãe mais velha do
mundo. No livro dos recordes, segundo a lista de 2001,
figuram duas mulheres que deram à luz aos 63 anos, uma na
Itália e outra na Califórnia. Ambas receberam óvulos doados
por mulheres mais jovens.
Histórias como essa, cada vez mais, dão esperança às
mães que preferem postergar a maternidade em decorrência
dos estudos, da carreira e de uma estabilidade financeira.
Segundo o ginecologista e especialista em reprodução
humana, César Augusto Cornel, diretor do Centro de
Reprodução Humana Embryo, de Curitiba,
33% das pacientes que procuram o Centro
para se informar sobre as técnicas de reprodução assistida estão na faixa dos 35 aos 40 anos.
“O perfil da mulher mudou. Na década de 60 não se
falava em ter filhos acima dessa idade. E até 15 anos
atrás, havia poucos centros no Brasil fazendo a reprodução
assistida e a solução era ir para fora do País. Hoje, só em
Curitiba, são cinco centros, que prestam este tipo de atendimento”, diz Cornel.
A idade considerada de boa fertilidade na mulher,
segundo o ginecologista, é dos 25 aos 35 anos. A partir dos
37, conta ele, começa a ter um declínio na fertilidade com o
envelhecimento dos óvulos. Abaixo de 35 anos os índices de
sucesso são muito bons. Aos 27 anos a taxa de sucesso de
gravidez para quem procura a reprodução assistida é 45%,
aos 38 anos a taxa baixa para 31% e aos 40 anos, cai para
23%.
César Cornel explica que, ao mesmo tempo, que vai diminuindo o índice de gravidez, cai também o índice de partos.
“O objetivo da clínica não é apenas a gravidez, é o nascimento
do filho”, destaca. De acordo com a estatística, com 44 anos,
a taxa de abortamento é de praticamente 50% pois o índice
de gravidez é pouco acima de 5%, sendo que a taxa de
nascidos vivos cai para 2,6%.
ESTILO DE VIDA
Para a mulher que procura um centro
de reprodução humana dizendo que
quer ser mãe só após os 40 anos, cabe
aos médicos orientar. “Quanto mais
tempo para engravidar, mais tempo
exposta a fatores ambientais, tóxicos e
infecciosos. Pacientes que param de
fumar, por exemplo, passam a responder
melhor”, diz. O estresse, segundo Cornel,
é outro fator que baixa a fertilidade do
casal. “Do lado masculino, ocorre a
interferência na qualidade do sêmen e na
mulher na ovulação”, diz. Neste caso,
uma alimentação mais saudável e a
prática de atividades físicas ajudam a
desestressar.
Para descobrir se o casal tem problemas de fertilidade é preciso aguardar
um ano sem contracepção e o casal deve
manter relações com uma certa freqüência. Mas, quando a paciente procura um
centro de reprodução assistida já com 37
anos ou mais, o ideal, segundo o
ginecologista é não esperar muito tempo
para ver se o casal é fértil ou não.
“Batemos bastante nesta tecla com
pacientes e colegas de não insistir muito
tempo com tratamentos com baixo
índice de sucesso”, diz Cornel.
Neste caso, conta ele, faz-se exames
básicos como a dosagem hormonal,
investigação das trompas. Se os exames
forem satisfatórios, espera-se no máximo
mais seis meses, antes de partir para
tratamento mais efetivos, podendo ser,
como primeira opção, a inseminação
artificial.
“As estatísticas apontam que 70 a
80% do casal vão engravidar com 4 a 5
tentativas. Se não engravidar será
indicado a fertilização assistida. As
estatísticas mostram que a maioria dos
casais vão conseguir seu objetivo nestas
tentativas. Pouco adianta tentar mais
vezes”, alerta o médico.
OS PROBLEMAS DA IDADE
Na Romênia, local onde a
mãe de 66 anos deu à luz a
uma menina, em janeiro
deste ano, a Igreja
Ortodoxa desaprovou a
gravidez de Adriana por
considerar o ato “egoísta”
e “contrário aos preceitos
cristãos”. Até mesmo a
equipe médica foi taxada
como anti-ética, por apenas
buscar notoriedade e glória. Fica a
pergunta: será que Adriana agiu errado
por querer realizar o seu sonho somente
aos 66 anos?
O ginecologista César Cornel não
condena o fato de tentar ser mãe com
uma idade avançada. “Cabe aos médicos
orientar e alertar, com base em estatísticas, o pequeno índice de sucesso
conforme a idade avança. A mulher tem
o direito à reprodução e decidir a hora
que ela quer. Encaramos isso como um
direito que ela tem”, diz Cornel.
Segundo ele, a grande parte das
pacientes que chega ao Serviço de
Reprodução Humana, é de pacientes de
um padrão sócio-econômico razoável.
“Então essas pacientes já possuem um
melhor discernimento para escolher o
momento da gestação, geralmente
sabem avaliar os riscos dessa gestação e
com a vantagem de possuir um nível de
cuidado da saúde melhor”, defende.
Para o ginecologista, até mesmo
(dependendo da indicação) qual técnica
escolher para tentar engravidar cabe ao
casal decidir. “Podemos indicar a
fertilização in vitro , mas se a decisão for
pela inseminação artificial, cabe ao casal
fazer essa escolha”, revela. O lado do
médico, segundo ele, é alertar, informar e
oferecer tudo o que tem de melhor para o
casal, sendo que, muitas vezes, a decisão
é deles.
Protocolo
No Brasil, segundo Cornel, não existe
um protocolo em relação à reprodução
assistida em idade avançada. “Dita o que
pode ser feito como doadora de órgãos,
barriga de aluguel, doação de sêmen. Isto
tudo tem normativas”, diz.
No Brasil, explica ele, ditado pela
Sociedade Brasileira de Reprodução
Humana tem um consenso, não tem uma
lei, não é punido se fizer, mas não é ético
fazer. Para o Conselho Federal de
Medicina, é aceitável levar adiante o
tratamento em pacientes até 44 anos.
“Paciente de 45 anos a taxa de gravidez é
muito baixa 2,9%, e a taxa de bebê
nascido vivo 1%. Se a mulher tiver 46,
este percentual é praticamente nulo”,
alerta
“O objetivo da
clínica não é
apenas a gravidez,
é o nascimento
do filho”
Dr. César A. Cornel
NÚMEROS
DA INFERTILIDADE
O FUTURO DA
REPRODUÇÃO ASSISTIDA
•Louise Brown, o primeiro bebê de proveta do
O estudo genético do embrião, chamado de Diagnóstico
mundo, nasceu há 24 anos. Desde então, mais de
Genético Pré-Implantacional (PGD) é a grande promessa já
1 milhão de crianças globalmente foram conce-
anunciada da evolução da reprodução assistida. César Cornel
bidas através da tecnologia de reprodução assistida;
•A Europa lidera o mundo da reprodução
assistida. Em 1998, foram registrados 232.443
explica que, normalmente quando o embrião está com duas a
oito células, que normalmente é o que ocorre no segundo,
terceiro dia pós-ovulação, já é possível fazer uma biópsia dessa
ciclos de reprodução assistida em 18 países euro-
célula para descobrir doenças como distrofia muscular. “Faz-se
peus, resultando 40 mil crianças nascidas. No
a biópsia, analisa-se esta célula e estando ela afetada,
Canadá e nos Estados Unidos, em 1997, foram
podemos descartar esse embrião”, explica.
registrados 73.069 ciclos.
•A maioria dos tratamentos ocorreu entre
mulheres dos 30 aos 39 anos. A Dinamarca tem a
maior eficácia dos tratamentos, enquanto França e
Esta técnica, segundo Cornel, com o tempo será melhorada. “Existe uma lista de doenças que são detectáveis. No
futuro, isso vai triplicar e antes do bebê nascer será possível
Grã-Bretanha, o maior número de bebês de
evitar doenças como diabetes, câncer de mama, próstata e
proveta.
pulmão. É um futuro cada vez mais próximo. É só uma questão
Fonte: Reuters
de descobrir os genes”, avalia o ginecologista.
09 REVISTA SOGIPA
ESTUDOS E
CARREIRA
ADIAM A
VONTADE DE
REVISTA SOGIPA 10
PERANTE OS CONSELHOS
DE MEDICINA
* Patrick G. Mercer, Jorge R. Ribas Timi e Marcelo Marquardt
Atualmente, os médicos de uma forma geral, estão
sendo envolvidos em demandas judiciais nas duas principais áreas do direito que envolvem os processos por
responsabilidade profissional, Cível e Criminal. A
primeira onde os pacientes que se dizem lesados
procuram o amparo do Poder Judiciário com o fito de
receberem um valor pecuniário para compensar seus
danos, moral e/ou material, sofridos com o atendimento
do profissional da área da saúde. E a segunda visa
solicitar o julgamento do profissional quanto à ocorrência de crimes estabelecidos no Código Penal
Brasileiro, a exemplo do “homicídio culposo”, onde
ocorrendo o falecimento do paciente e havendo indícios
de negligência, imprudência ou imperícia o Ministério
Público irá proceder a acusação do profissional.
Os médicos também estão sujeitos aos processos,
denominados, administrativos, entre os principais estão
os que tramitam perante as Comissões de Ética das
Instituições, órgãos públicos, entre outros. O mais
importante destes são os que estão sob a égide dos
Conselhos de Medicina.
Importante frisar que o exercício da medicina por
parte dos médicos deve estar de acordo com o Código
de Ética Médica, caso contrário, o profissional infrator
será julgado perante o Conselho de Medicina conforme
as normas estabelecidas no Código de Processo ÉticoProfissional - CPEP, o qual entrou em vigor através da
Resolução 1617/2001 do Conselho Federal de
Medicina.
Na citada Resolução estão todas as regras que
deverão ser seguidas para o tramite regular de um
processo ético. Existem duas partes nos processos éticos
perante os Conselhos, o Denunciante e o Denunciado.
Há casos em que o Denunciante não se identifica ou que
a Denúncia surge de uma notícia jornalística ou outra
fonte diversa (ofício de um juiz de direito, delegado de
polícia ou outra autoridade). O Conselho de Medicina
sempre que recebe uma denúncia, na forma que for,
tem o dever de investigar e a este procedimento dá-se o
nome de sindicância. A Sindicância sempre estará sob a
responsabilidade do Conselho Regional do Estado em
que o profissional exerce suas atividades.
Na fase de sindicância as partes serão intimadas pelo
conselheiro sindicante que será nomeado para este fim
e terá um prazo de 30 (trinta) dias para apresentar seu
relatório final. Para chegar ao seu relatório o conselheiro
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responsável poderá pedir as partes esclarecimentos por
escrito, e ainda, depoimentos pessoais se assim
entender necessários. Após análise das provas o seu
relatório deverá conter a descrição dos fatos, circunstâncias em que ocorreram, identificação das partes e
conclusão sobre a existência ou não de indícios de
infração ética.
O referido relatório vai a julgamento que pode
resultar em arquivamento, homologação de procedimento de conciliação (acordo), ou abertura de
Processo Ético-Profissional - PEP, todas as decisões
sempre devem ser fundamentadas sob pena de
nulidade.
Com isto, será nomeado um novo conselheiro para
que funcione como responsável pela instrução do PEP,
atuará de uma forma semelhante à de um juiz,
entretanto o julgamento será feito por órgão colegiado.
No PEP o conselheiro tem o prazo de 60 (dias) pra
instruí-lo, podendo sempre ser prorrogado por iguais
períodos. Na chamada instrução do PEP é aconselhável
que o médico processado procure o auxilio de um
profissional do direito, caso o médico não constitua seu
advogado ser-lhe-á nomeado um defensor dativo. O PEP
é muito semelhante aos demais processos e sua
seqüência deve ser cumprida. A forma de condução do
processo pode levar tanto a absolvição de um médico
como sua condenação até de forma antecipada.
Nesta fase instrutória (produção de provas) o
médico poderá defender-se por escrito com documentos, inclusive os relacionados ao caso propriamente
discutido (pelo fato dos processos nos Conselhos de
Classe tramitarem em segredo de justiça), prestará
depoimento pessoal, indicará testemunhas até no
máximo cinco, enfim, exercerá seu direito à ampla
defesa com sua manifestação final denominada razões
finais.
Após a mencionada manifestação o conselheiro
instrutor proferirá um relatório circunstanciado que em
poder do Presidente do Conselho ou Corregedor será
analisado e incluído na pauta de julgamento. Na sessão
de julgamento as partes poderão realizar sustentação
oral por dez minutos, após discussões acerca dos fatos
abrir-se-á mais cinco minutos para manifestações finais
e, logo em seguida, serão proferidos os votos dos conselheiros presentes.
Em seguida os votos são contados e poderão resultar
no arquivamento do PEP ou na condenação do médico
por infração aos ditames do Código de Ética Profissional
que varia desde advertência confidencial até cassação
do exercício profissional. De ambos os procedimentos,
da sindicância e do PEP cabe recurso ao Conselho
Federal de Medicina.
Os Processos Ético-Profissionais em um grande
número de vezes são tratados sem muita importância
pelo médico envolvido, mas essa cultura deve ser
mudada, haja vista que mesmo sem existir uma dependência entre o PEP e uma ação na Justiça, o resultado
daquele servirá como uma prova substancial, que
poderá funcionar a favor ou contra o profissional.
Para evitar ao máximo o envolvimento em Processos
desta espécie os médicos devem pelo menos uma vez
por ano revisarem a leitura ao Código de Ética Médica,
cujas infrações são compostas pelas vedações ao profissional, principalmente no que trata dos direitos dos
pacientes, ou seja, quanto mais os médicos conhecerem
os Direitos dos Pacientes irão proceder de maneira
eticamente correta.
Patrick G. Mercer e Marcelo Marquardt - Advogados
Jorge R. Ribas Timi - Advogado e Cirurgião Vascular
11 REVISTA SOGIPA
PROCESSO ÉTICO-PROFISSIONAL
REVISTA SOGIPA 12
PLANEJAMENTO
FAMILIAR
Tais curetagens são o segundo procedimento obstétrico
para assistência à infertilidade conjugal. Os serviços também
mais praticado nas unidades de internação, superadas, apenas,
oferecerão técnicas de reprodução assistida a casais com
pelos partos normais. Já o abortamento é a quarta causa de
doenças genéticas ou infecto-contagiosas, como HIV e
óbito materno no País. Os dados mais recentes disponíveis de
hepatite B. Nesses casos, a assistência terá como objetivo evitar
razão de mortalidade materna por causa, de 2001, apontaram
a transmissão das doenças para os bebês e/ou para os
9,4 mortes de mulheres por aborto por 100 mil nascidos vivos.
parceiros.
As três ações prioritárias de incentivo ao planejamento
familiar são:
ciados pelo Ministério da Saúde para recebimento de apoio
a) Ampliação da oferta de métodos anticoncepcionais
O Ministério da Saúde lançou em março a Política Nacional
reversíveis no SUS
de Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos, que terá como base
o documento “Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos: uma
prioridade de governo’. A política, que prevê ações voltadas ao
planejamento familiar para o período de 2005 a 2007, busca
garantir os direitos de homens e mulheres, adultos e adolesA Política de Direitos Sexuais e Reprodutivos tem três eixos
principais de ação, voltados ao planejamento familiar: a
ampliação da oferta de métodos anticoncepcionais reversíveis
(não-cirúrgicos); a ampliação do acesso à esterilização
cirúrgica voluntária; e a introdução de reprodução humana
assistida no Sistema Único de Saúde (SUS).
O governo também está investindo em ações educativas
com a distribuição de manuais técnicos e cartilhas para os
gestores de políticas públicas, profissionais de saúde e para a
população em geral. Entre elas, está a Norma Técnica “Atenção
Humanizada ao Abortamento”, inédita, e a nova Norma
Técnica "Prevenção e Tratamento dos Agravos Resultantes da
Violência Sexual contra Mulheres e Adolescentes", que reedita
e atualiza uma outra datada de 1999. A norma de “Atenção
Humanizada ao Abortamento” busca qualificar o atendimento
à saúde de mulheres que chegam aos serviços de saúde em
processo de abortamento espontâneo ou inseguro.
Já a norma de “Prevenção e Tratamento dos Agravos
Resultantes da Violência Sexual contra Mulheres e
Adolescentes” traz como principal mudança a não exigência
da apresentação do Boletim de Ocorrência (BO) Policial pelas
vítimas de estupro para a realização de abortamento legal.
Segundo o Ministério, a nova Norma Técnica está juridi-
técnico e financeiro e comecem a atender aos casais ainda este
ano.
O Ministério da Saúde vai assumir progressivamente a
O grupo de trabalho já elaborou uma linha de cuidados
compra de 100% dos métodos anticoncepcionais para os
que vai desde a atenção básica até a atenção de alta comple-
usuários do SUS. Até então, o Ministério era responsável por
xidade. Os participantes do grupo definiram quais os procedi-
suprir de 30% a 40% dos contraceptivos ficando os outros 70%
mentos que cabem a cada nível de atenção, ficando a inse-
a 60% a cargo das secretarias estaduais e municipais de saúde.
centes, em relação à saúde sexual e reprodutiva.
A expectativa é de que alguns destes serviços sejam creden-
minação artificial e a Fertilização in Vitro (FIV) para a atenção de
A distribuição dos métodos já começou no mês de
alta complexidade. Além disso, o grupo de trabalho está
fevereiro para 1.388 municípios com mais de 100 mil habi-
definindo os critérios clínicos e psicossociais que deverão
tantes e/ou que contam com pelo menos cinco equipes de
nortear as orientações a serem dadas aos casais que
Saúde da Família, de todos os estados brasileiros. A estimativa é
procurarem os serviços.
camente embasada no Código Penal Brasileiro, mas já há
a de que os gastos com a compra dos contraceptivos fiquem
Além de representantes do Ministério, integram o grupo de
polêmicas em torno do assunto.
em torno de R$ 40 milhões por ano, contemplando um públi-
trabalho representantes da Federação Brasileira das Sociedades
co-alvo de 40 milhões de pessoas. A nova proposta vai garantir
de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo); da Sociedade Brasileira
Planejamento Familiar
que os métodos anticoncepcionais sejam efetivamente encon-
de Reprodução Humana; do Núcleo Brasileiro de
Com as prioridades e ações de planejamento familiar, o
trados nas unidades básicas de saúde e nas equipes do
Embriologistas em Medicina Reprodutiva; da Sociedade
governo busca garantir o acesso de mulheres e homens em
idade fértil a métodos e meios para regulação de sua fecundidade no serviço público, em atendimento a um direito asse-
Programa Saúde da Família.
Brasileira de Urologia; do Núcleo de Bioética da Universidade
b) Ampliação do acesso à esterilização cirúrgica voluntária
no SUS
de Brasília; do Centro de Reprodução Assistida do Hospital
Regional da Asa Sul (antigo Hospital Materno Infantil de
gurado pela Constituição Federal e pela Lei do Planejamento
A meta é aumentar em 50%, até 2007, o número de
Brasília), vinculado à Secretaria de Saúde do Distrito Federal; do
Familiar. Dentre os resultados esperados com a iniciativa estão
serviços de saúde credenciados para a realização de laqueadura
Centro de Referência em Saúde da Mulher (antigo Hospital
a prevenção da gravidez indesejada entre adolescentes, jovens
tubária e vasectomia, em todos os estados brasileiros. A
Pérola Byinton), ligado à Secretaria Estadual de Saúde de São
e adultos, e as reduções do número de abortos provocados e
intenção é ampliar o acesso à esterilização cirúrgica voluntária
Paulo, e do Instituto Materno Infantil de Pernambuco (IMIP),
das mortes maternas decorrentes deles.
no SUS. Em 2004, 38.276 laqueaduras e 14.201 vasectomias
uma instituição filantrópica de caráter público. Estas três
A última Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS),
foram realizadas na rede pública brasileira. E, atualmente, o
últimas instituições constituem-se nos principais serviços
datada de 1996, apurou que, nos cinco anos anteriores a sua
SUS conta com 567 instituições saúde habilitadas a realizar
públicos de reprodução humana assistida, dentre os poucos
realização, aproximadamente 50% dos nascimentos não
estas cirurgias, de acordo com a Lei do Planejamento Familiar.
existentes no país. Tratam-se de iniciativas de secretarias
foram planejados. Além disso, 584.223 crianças nasceram
c) Introdução de reprodução humana assistida no SUS
vivas de partos de mães adolescentes realizados na rede SUS,
Segundo a Organização Mundial da Saúde e sociedades
no ano de 2003, em todo o país.
Segundo estimativa da OMS, no Brasil, 31% das gravidezes
terminam em abortamento. Todos os
Dr. Renato Schwansee Faucz
Dra. Rosangela Trova Hidalgo
• Mamografia
• Ultra Sonografia Geral
infertilidade definindo-se infertilidade como a incapacidade de
Mais informações sobre o assunto podem ser obtidas no
site do Ministério da Saúde.
um casal engravidar após 12 meses de
anos ocorrem, de acordo com as estima-
relações sexuais regulares sem uso de
tivas, cerca de 1,4 milhão de aborta-
contracepção. Com o intuito de elaborar
mentos espontâneos e/ou inseguros,
uma política nacional para atenção
com uma taxa de 3,7 abortos para 100
integral em reprodução humana
mulheres de 15 a 49 anos. Como reflexo
assistida na rede SUS, o Ministério da
dessa situação, no ano de 2004,
Saúde instituiu, em agosto de 2004, um
243.998 internações na rede SUS foram
grupo de trabalho.
motivadas por curetagens pós-aborto,
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científicas, entre 8% e 15% dos casais têm algum problema de
estaduais de saúde e de hospitais universitários.
Este grupo está finalizando tecni-
correspondentes aos casos de compli-
camente a estruturação dos serviços de
cações decorrentes de abortamentos
atenção básica, de média e alta comple-
espontâneos e inseguros.
xidade em todas as regiões brasileiras
CURSOS DE
ECOGRAFIA
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abr. 28/03 a 22/04
set. 22/08 a 23/09
mai. 25/04 a 20/05
out. 26/09 a 21/10
jun. 23/05 a 17/06
nov. 24/10 a 18/11
jul. 20/06 a 22/07
dez. 21/11 a 16/12
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13 REVISTA SOGIPA
MINISTÉRIO DA SAÚDE LANÇA
POLÍTICA NACIONAL DE ACESSO AO
REVISTA SOGIPA 14
A CONQUISTA DA
MUNDO NOVO
Dzonet, 16/11/2004
FELICIDADE
O filósofo inglês Bertrand Russel, vencedor do prêmio Nobel de
2ª JORNADA DE ATUALIZAÇÃO EM
ULTRA-SONOGRAFIA MEDISON-CETRUS
Data: 7 de maio
Local: Four Points Sheraton Hotel, Curitiba - PR
Informações: (11) 3875-6101
Site: www.medison.com.br
Literatura em 1950, é autor de “A Conquista da Felicidade”,
lançamento da editora Ediouro recomendado pela Revista SOGIPA.
Neste livro estimulante e dotado do mais agudo sentido de humor,
Bertrand Russell afirma sua clara confiança na razão e na crítica como
instrumentos a serviço da verdade. Cáustico e irônico, Russell é, a seu
modo, um dos últimos grandes humanistas do Ocidente.
O MÉDICO ESCREVE
Maravilhoso mundo novo!
Você, a lua, eu,
Livres.
Emoções vivas.
Dia sim, dia não,
Antes que tudo acabe.
Olhe as flores!
Que beleza trazem,
Amam o sol
Servem a todos
Sempre iguais.
Renascem,
Mesmo efêmeras
Se fazem lindas,
O sol, em sua majestade,
Se curva
Ao símbolo do amor
E da harmonia.
Maravilhoso mundo novo!
De verdades abertas
Sem volteios.
De olho no olho,
Do cara-cara.
Sem medos, sem remorsos
Ou, tristezas.
Das novas descobertas,
De menos dores,
Da comunicação imediata,
Da velocidade
Sobre a distância,
Da sabedoria
Procurando vencer.
Da riqueza das almas
Imitando deuses.
Maravilhoso mundo novo!
Das cores mais vivas
Que nos fazem
Esquecer o arco-íris.
Dos super seres
Dotados da força do bem.
Inteligências divinas,
Incansáveis soldados da paz
Que em meio a tantas guerras
Não se cansam.
Maravilhoso mundo novo!
Deixe-me
Mais um pouco contigo.
Quero aproveitar
Teu conforto, tua pressa,
Tua alegria, teus sabores,
Teus numerosos vinhos,
Tuas facilidades
Que a cada dia
São maiores e melhores.
Permita-me a saúde
Por um, dez ou mais anos.
E, serei o mais feliz dos mortais.
IX CONGRESSO BRASILEIRO DE
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA DA
INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
Data: 3 a 6 de maio
Local: Salvador - BA
Informações: (71) 331-9666
O estilo franco, às vezes até polêmico do autor, mostra que ele
estava à frente de seu tempo e que este “manual da felicidade”
sobreviveria, mantendo-se ainda atual nesta era globalizada. A
intenção do autor é simplesmente ajudar os leitores a alcançar ou
aumentar este sentimento de valor inestimável, chamado felicidade.
Segundo Bertrand Russell, muitas pessoas infelizes podem conquistar
a felicidade se fizerem um esforço bem orientado.
XVIII CONGRESO LATINOAMERICANO DE
OBSTETRÍCIA Y GINECOLOGIA - FLASOG
2005
Data: 15 a 21 de maio
Local: República Dominicana
Informações: FEBRASGO (21) 2487-6336
II CONGRESSO CATARINENSE DE
OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA
Data: 5 a 7 de maio
Local: ACM – Associação Catarinense de
Medicina, Florianópolis - SC
Temas abordados: Climatério, Anticoncepção,
Endocrinologia e Cirurgia Ginecológica,
Infecções, Medicina Fetal, Assistência ao Parto,
dentre outros.
Informações: www.sogisc.org.br ou
[email protected]
E para guiar este esforço, o autor examina detalhadamente todas
as causas que contribuem para a infelicidade, como a competição, o
tédio e a excitação, a fadiga, a inveja, o sentimento de culpa, a mania
de perseguição e o medo da opinião pública e a maneira de reduzi-las
ou até mesmo eliminá-las.
Posteriormente, é feita uma análise dos elementos que podem
definitivamente possibilitar A Conquista da
Felicidade, como o entusiasmo, o afeto, a
família, o trabalho, os interesses pessoais,
o esforço e a resignação. Há, nesta obra
pujante uma evidente prova da marcha
XVIII CONGRESSO BRASILEIRO DE
GENÉTICA CLÍNICA
Data: De 8 a 11 de junho de 2005.
Local: Estação Embratel Convention Center,
Curitiba - PR
Informações: (41) 3022-1247
Site: www.genetica2005.com.br
I SIMPÓSIO INTERNACIONAL MAYO
CLINIC EM GINECOLOGIA E MASTOLOGIA
Data: 10 e 11 de junho
Local: Fortaleza - CE
Informações: Sociedade Cearense de
Ginecologia e Obstetrícia - (85) 3244-2423
E-mail: [email protected]
humana em busca da felicidade terrestre
e mundana.
A CONQUISTA DA FELICIDADE
Autor: Bertrand Russell
Preço Médio: R$24,90
Número de Páginas: 210
VII ENCONTRO INTERNACIONAL DE
ESPECIALISTAS EM MEDICINA FETAL
IV CONGRESSO LATINO-AMERICANO DE
MEDICINA FETAL
Data: 05 a 07 de Agosto de 2005
Local: São Paulo - SP
Informações: www.fetus.com.br
Tel. (11) 3864-6458 / 3801-8719
SIMPÓSIO NACIONAL
No dia 11 de julho deste ano será
realizado o 1º Simpósio Nacional de
Genética Clínica e Ginecologia,
Obstetrícia e Reprodução Humana.
O evento fará parte das atividades do
XVII Congresso Brasileiro de Genética
Clínica (que vai de 8 a 11 de junho) e
abrangerá temas atuais de grande
importância e interesse para a
especialidade. As atividades serão no
Estação Embratel Convention Center, em
Curitiba. Para mais informações, basta
consultar a página oficial do evento, o
www.genetica2005.com.br.
Contatos: (41) 3022-1247, com a
Ekipe de Eventos.
EVENTOS
CIENTÍFICOS
SOGIPA 2005
CURSO DE RECICLAGEM
EM GINECOLOGIA,
OBSTETRÍCIA E
REPRODUÇÃO HUMANA
11 a 16 de julho
Local: Auditório Araucária SOGIPA
HORMOGIN
5 e 6 de agosto
Apoio: SOGIPA
Local: Associação Médica
NOVO SITE
Já está no ar o novo site da SOGIPA, o
www.sogipa.org.br. Nele, o associado vai
encontrar informações de seu interesse
sobre legislação, protocolos, artigos e o
conteúdo da Revista SOGIPA. O e-mail da
instituição também mudou. Agora é
[email protected].
REVALIDAÇÃO
O Conselho Federal de Medicina instituiu
a Resolução CFM nº 1.755 que trata da
revalidação dos títulos de especialistas e
de áreas de atuação e cria a Comissão
Nacional de Acreditação para elaborar as
normas e regulamentos para este fim,
além de coordenar a emissão dos
Certificados de Revalidação. Mais
informações podem ser obtidas na
SOGIPA.
MULHERES MÉDICAS
Na continuidade de seu programa de
renovação, a Associação Brasileira de
Mulheres Médicas – Seção PR
estabeleceu parceria com a Schering para
promover a integração entre médicas e
pacientes, além de conhecimentos
científicos e lazer. Serão promovidas
reuniões mensais com temas variados.
No domingo, dia 29 de abril, às 16
horas, haverá uma sessão de cinema
com análise psicanalítica. O filme será
"Alguém tem que ceder", com Jack
Nickolson. Para mais informações, basta
entrar em contato pelo fone 264-2775.
do Paraná
9º CONGRESSO
PARANAENSE DE
GINECOLOGIA E
OBSTETRÍCIA
Jornada Paranaense de
Reprodução Humana
18, 19 e 20 de agosto
Local: Ponta Grossa – PR
INFECTOGIN – DST/AIDS
22, 23 e 24 de setembro
Local: Auditório Araucária –
SOGIPA
SIMPÓSIO CENTRO-SUL
DE MASTOLOGIA
10, 11 e 12 de novembro
Local: Auditório Araucária –
SOGIPA
15 REVISTA SOGIPA
CURSOS E EVENTOS
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