VI SBAIT VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 Belo Horizonte Pôsteres - 1- PRESIDENTE DO CONGRESSO Domingos André Fernandes Drumond COMISSÃO ORGANIZADORA Presidente: Sizenando Vieira Starling Antônio Toshimitsu Onimaru Domingos André Fernandes Drumond João Baptista de Rezende Neto Marcelo Gomes Girundi Mário Mantovani Otaviano Augusto de Paula Freitas Paulo Roberto Lima Carreiro Sílvia Cristine Soldá ÍN D IC E SESSÃO PÔSTER 21/10/2004 * P01 – * P02 – * P03 – * P04 – * P05 – * P06 – * P07 – * P08 – * P09 – * P10 – * P11 – * P12 – * P13 – * P14 – * P15 – * P16 – * P17 – * P18 – * P19 – * P20 – * P21 – * P22 – * P23 – * P24 – * P25 – * P26 – * P27 – * P28 – * P29 – * P30 – * P31 – * P32 – * P33 – * P34 – * P35 – * P36 – * P37 – * P38 – * P39 – * P40 – * P41 – * P42 – * P43 – * P44 – * P45 – Pacientes de trauma na UTI: Relação entre gravidade e demanda de cuidados de enferm agem ....................... O estresse do enferm eiro em pronto-socorro......................................................................................... Tradução e validação do "Gaveston Orientation And Amnesia test" (GOAT) para a língua portuguesa............ A aplicabilidade do teste de amnésia e orientação de Galveston (TAOG)................................................... Avaliação das características da dor aguda em vítimas de acidente de transporte ......................................... Recrutamento de neutrófilos através da barreira hemato-retiniana: Import ância da isquemia hepática póstraumática ..................................................................................................................................... Proteína HSP 70 sérica como marcadora preditiva precoce de des fecho fatal no traumatismo crânioencefálico severo em homens ............................................................................................................ Cinética da neovascularização de autoimplantes esplênicos em ratos......................................................... Lesões diafragmáticas pérfuro cort antes – Estudo experimental em ratos ................................................... Método simples para intubação orotraqueal em ratos ............................................................................. Trauma orbitário relato de caso.......................................................................................................... Entubação submento traqueal – Uma alternativa para os traumas múltiplos em face..................................... Explosão de esôfago pós-trauma – Relato de caso ................................................................................ Trauma cervical contuso com ruptura completa de laringe e hipofaringe – Relato de caso............................. Mecanismos do trauma versus lesões – Relato de caso ........................................................................... Perfil dos acidentes de trânsito com óbito em Teresópolis nos anos de 2002 e 2003..................................... Perfil das vítimas fatais de acidentes de trânsito no IML de Belo Horizonte em 1997/2001............................ Perfil do necropsiado suspeito de suicídio por arma de fogo no IML-BH ................................................... Perfil epidemiológico dos necropsiados vítimas de lesão por arma de fogo no IML Belo Horizonte ................ Sazonalidade das necropsias por trânsito realizadas no IML de Belo Horizonte em 1997 a 2001..................... Trauma craniano nas vítimas de trânsito necropsiadas no IML de Belo Horizonte: Análise de 1997/2001........ Relação entre o índice de trauma ATI (Abdominal Trauma Index) e complicações pós-operatóri as ................. Traumatismo por arma de fogo em crianças at endidas no Hospital João XXIII – Estudo retrospectivo............. Prevalênci a de acidentes penetrantes, atendidos no hospital municipal Dr. José de Carvalho Florence ............ Análise das causas externas admitidas em um hospital de referência no trauma........................................... Traumatismo penetrante músculo-esquelético na cri ança ........................................................................ Trauma de face com comprometimento orbitário .................................................................................. Cervicotomia por trauma: Uma análise de 54 casos ............................................................................... Trauma cervical por "cerol" .............................................................................................................. Trauma cervical penetrante ............................................................................................................... Utilização da tomografia computadorizada na det erminação do trajeto de proj étil em traumatismo penetrant e cervi cal por arma de fogo – Relato de caso............................................................................ Trauma de hipofaringe e laringe por arma de fogo de média velocidade: Conduta não-operatóri a ................... Pericardite constrictiva pós-trauma toráci co penetrante – Relato de caso.................................................... Tamponamento cardíaco mani festando-se tardiam ente após ferimento torácico por arma de fogo ................... Supradesnivelamento do segmento ST como indicador de trauma transmediastinal por arma de fogo .............. Projétil de arma de fogo livre em cavidade pleural................................................................................. O comportamento das vítimas de acidentes automobilísticos com relação às medidas de segurança ................ Comportamento dos motoristas e passageiros de veículos com relação ao uso do cinto de segurança – Um estudo no município de Sorocaba....................................................................................................... Custos hospitalares das vítimas de acident es de trânsito internadas no Hospital Universitário do oeste do Paraná .......................................................................................................................................... Levantamento estatístico da morbimortalidade no Hospital Universitário do oeste do Paraná......................... Motociclistas frent e às demais vítimas de acidentes de trânsito no município de Maringá.............................. Estudo da prevalência de acident es com motocicletas no período de janeiro de 1998 a dezembro de 2001, na cidade de Cascavel ...................................................................................................................... Estudo comparativo entre politraumatizados rurais e urbanos na região de São José do Rio Preto, São Paulo............................................................................................................................................ Importância das causas externas na saúde pública para prevenção do trauma .............................................. Índices de trauma no hospital regional de São José................................................................................ 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 * P46 – Comportamento dos pedestres com relação à faixa de pedestres – Um estudo no centro da cidade de Sorocaba ....................................................................................................................................... * P47 – Embolia balística para membro inferior: Relato de caso.......................................................................... * P48 – Fístula artério-venosa renal após trauma penetrant e: Tratamento conservador – Relato de caso ...................... * P49 – Traumatismo de artéria poplítea: Experiência de 5 anos em um centro de trauma ........................................ * P50 – Duplex-scan no trauma cervical penetrant e: Relato de 23 casos ............................................................... * P51 – Trauma de vasos ilíacos ................................................................................................................... * P52 – Transporte aeromédico com anestesia dissociativa ................................................................................ * P53 – Anestesia dissociativa no alinhamento e imobilização pré-hospitalar de fratura exposta grau 3 de membro inferior ......................................................................................................................................... * P54 – Infarto agudo do miocárdio com sintomatologia atípica no idoso seguido de desfibrilação precoce ................ * P55 – Conhecimento sobre APHem acadêmicos da área da saúde .................................................................... * P56 – Atendimento pré-hospitalar de gestante no terceiro trimestre de gestação. Relato de casos ............................ * P57 – Toracotomia de reanimação no pré-hospitalar....................................................................................... * P58 – De um resgate a múltiplas vítimas ao plano de atenção a cat ástrofe do município de Aracaju / Brasil .............. * P59 – Abordagem sobre o transporte no atendimento pré-hospitalar ao pacient e politraumatizado ........................... * P60 – Anestesia dissociativa no transporte do paciente com corpo estranho empal ado .......................................... * P61 – Intubação nasotraqueal em paciente sentado: Uma opção para o paciente preso em ferragens ........................ * P62 – Ketamina para agitação psicomotora em ambiente confinado = ferragens .................................................. * P63 – Investigando os conhecimentos sobre primeiros socorros dos acadêmicos da área de saúde ........................... * P64 – Experiência do estágio para acadêmicos de medicina e enfermagem no SAMU 192Aracaju ......................... * P65 – Apresent ação da liga do trauma da FMUPF ......................................................................................... * P66 – A liga de trauma de Teresópolis......................................................................................................... * P67 – Importância do ensino e da padronização de condutas em cirurgia do trauma na unidade regional de emergência do conjunto hospitalar de Sorocaba .................................................................................... * P68 – Percepção dos alunos da liga do trauma quanto à interdisciplinaridade na emergência .................................. * P69 – Trauma cranioencefálico como fator de risco para a doença de Alzheimer: Estudo de meta-análise................. * P70 – Risco de queda no idoso................................................................................................................... * P71 – Avaliando o estado vacinal contra o tétano das vítimas de traumas e fatores intervenient es à profilaxia ........... * P72 – Erros no atendimento ao traumatizado ................................................................................................ * P73 – De que estão morrendo nossas crianças? Perfil dos óbitos de crianças e adolescentes na cidade de São Paulo............................................................................................................................................ * P74 – Infância: Quais os acidentes mais prevalentes? ..................................................................................... * P75 – A ultrassonografia no diagnóstico do pneumotórax ............................................................................... * P76 – Ar no canal vertebral após fraturar isolada do mastóide.......................................................................... * P77 – Lesões raquimedulares por trauma fechado: Proposta de protocolo de atendimento...................................... * P78 – Nutrição enteral precoce em trauma de esôfago .................................................................................... * P79 – Conduta invasiva no acidente cáustico ................................................................................................ * P80 – Avaliação do conhecimento sobre profilaxia do tétano nos internos da faculdade de medicina de Teresópolis.................................................................................................................................... 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 SESSÃO PÔSTER 22/10/2004 * P81 – Utilização de instrumentos para a avaliação da dor no setor de emergênci a: Assistência baseada em evidências ..................................................................................................................................... * P82 – Triagem de enfermagem do pronto socorro do instituto central do hospital das clínicas da faculdade de medicina da Universidade de São Paulo (IC HCFMUSP )........................................................................ * P83 – Sistematização da assistência de enfermagem na sala de trauma em unidade de pronto-socorro: Elaboração e avaliação de um instrumento........................................................................................................... * P84 – Ciência da saúde – Enfermagem homicídio – Um problema de saúde pública............................................. * P85 – Avaliação inicial de enfermagem na ambulância ................................................................................... * P86 – Adequação da analgesia em vítimas de acidente de transporte.................................................................. * P87 – Aprimoramento de enfermagem em pronto-socorro no HCFMUSP: Produção cientí fica e cont ribuições para a instituição............................................................................................................................. * P88 – A importância da limpeza de artigos na prevenção de infecções ............................................................... * P89 – A humanização na visão do enfermeiro que atua no pronto-socorro .......................................................... 89 90 91 92 93 94 95 96 97 * P90 – A importância do conhecimento no pré-hospitalar nos cursos já no início da graduação................................ * P91 – Tamponamento pericárdi co e traum a contuso de membro superior esquerdo: Um alerta para equipe de trauma .......................................................................................................................................... * P92 – Trauma cardíaco fechado – Relato de caso........................................................................................... * P93 – Hérnia diafragmática esquerda tardia .................................................................................................. * P94 – Hérnia diafragmática por trauma fechado – Relato de caso...................................................................... * P95 – Relato de caso clínico – Hérnia de Morgagni........................................................................................ * P96 – Traumatismo abdominal contuso seguido de lesão complexa da via biliar.................................................. * P97 – Lesão isolada de vesícul a biliar em trauma abdominal contuso – Apresent ação tardia e diagnóstico por método de imagem.......................................................................................................................... * P98 – Trauma hepático em paciente transplantado de fígado ............................................................................ * P99 – Apresent ação tardi a de cisto hepático pós-trauma abdominal fechado em adulto. Relato de caso .................... * P100 – Trauma hepático grau V ocasionado por coice eqüino no município de Valença – RJ................................... * P101 – Lesão duodenal trans fixante por trauma fechado do abdome (TFA). Relato de caso..................................... * P102 – Trauma duodenal: Comparação entre traumas penetrantes e traumas fechados ............................................ * P103 – Importância do mecanismo de traum a e do tempo de tratamento da lesão do intestino delgado no trauma fechado do abdome (TFA)................................................................................................................ * P104 – Sinais tomográficos em lesões de delgado por trauma abdominal fechado .................................................. * P105 – Lesão de víscera oca em trauma fechado de abdome. Lesão por cinto de segurança. Relato de caso ................ * P106 – Esplenectomia tardia em trauma de baço: Relato de caso ........................................................................ * P107 – Pseudocisto de pâncreas após esplenectomia – Estudo de caso................................................................. * P108 – Trauma duodeno-pacreático isolado um desafio diagnóstico relato de caso ................................................ * P109 – Apendicite aguda pós-trauma abdominal fechado: Coincidência ou etiologia? – Relato de caso...................... * P110 – Fístula colocutânea 15 dias após trauma abdominal fechado: Relato de caso............................................... * P111 – Trauma no idoso em acidentes de trânsito: Análise de 495 casos .............................................................. * P112 – Trauma torácico em vítimas de trânsito: Análise de 3680 casos................................................................ * P113 – Teor alcoólico em vítimas fatais de trânsito no IML de Belo Horizonte: Análise de 1997/2001...................... * P114 – Comparação do teor alcoólico em vítimas fatais de homicídio e suicídio por arma de fogo ............................ * P115 – Elevação da média de disparos por vítimas de homicídio em BH-MG: Análise de 4436 casos........................ * P116 – Necropsi as de vítimas de trânsito abaixo de 10 anos no IML de Belo Horizonte: 1997/2001.......................... * P117 – Necropsi as de vítimas do trânsito do IML de Belo Horizonte: Procedênci a e motivo do acidente ................... * P118 – Incidênci a de empiema pleural nos ferimentos toraco-abdominais: Estudo dos fatores determinantes .............. * P119 – Toracotomia de reanimação .............................................................................................................. * P120 – Toracotomia ressuscitadora no trauma ................................................................................................ * P121 – Trauma cardíaco penetrant e – Estudo de caso....................................................................................... * P122 – Lesão diafragmática traumática à direita associada à les ão complexa de fígado. Utilização do controle de danos como opção tática no tratamento da hemorragia grave ................................................................... * P123 – Laparotomia abreviada. Uma estratégi a no tratamento do paciente crítico .................................................. * P124 – Tratamento de trauma penetrante de cabeça de pâncreas com drenagem: Relato de caso ............................... * P125 – Análise da epidemiologia e da gravidade das vítimas de lesões penetrant es de intestino delgado em um hospital terciário de urgências ........................................................................................................... * P126 – Lesões abdominais associadas ao trauma de intestino delgado ................................................................. * P127 – Lesões do intestino delgado no trauma abdominal: Análise de 151 casos atendidos em 5 anos consecutivos na unidade de emergência (UE) do HCFMRP/USP................................................................................ * P128 – Ferimentos penetrantes em abdome .................................................................................................... * P129 – Tratamento não operatório de trauma hepático por arm a de fogo com instabilidade hemodinâmica ................. * P130 – Pseudo-aneurisma intra-hepático após ferimento por projétil de arma de fogo. Estudo de caso ....................... * P131 – Tratamento não operatório do trauma hepático por arma de fogo.............................................................. * P132 – Trauma hepático por arma de fogo de média velocidade: Por que ser seletivo na indicação cirúrgica ? ............ * P133 – Habilidade do cirurgião no diagnóstico tomográfico de lesões traum áticas abdominais ................................. * P134 – Análise epidemiológica das intoxicações exógenas causadas por carbamato ............................................... * P135 – Caract erísticas epidemiológicas das vítimas de agressão por arma de fogo ................................................. * P136 – Implantação de grupo de urgências cirúrgi cas e trauma em hospital público de Campinas............................. * P137 – Análise da triagem de risco na em ergência de um hospital terciário – Perspectivas de mudanças com a regulação médica ............................................................................................................................ * P138 – Estudo da prevalência de acidentes de trânsito com crianças em Cascavel .................................................. 98 99 100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 121 122 123 124 125 126 127 128 129 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 140 141 142 143 144 145 146 * P139 – Monitoramento das ocorrências de acidentes de trânsito dos pacientes admitidos na unidade de emergência de um hospital de referência ............................................................................................. * P140 – Estudo comparativo entre vítimas fatais de atropelam ento e de acident e motociclístico atendidos na unidade de emergência do HCFMRP/USP........................................................................................... * P141 – Epidemiologia dos acidentes de transporte atendidos na unidade de emergênci a (UE) do HCFMRP-USP por 6 anos consecutivos ................................................................................................................... * P142 – Aspectos epidemilógicos relacionados a vítimas de quedas ..................................................................... * P143 – Caract erização epidemiológica das vítimas de queimaduras em um hospital de referência ............................. * P144 – Perfil das vítimas de trauma atendidas pelo serviço de atendimento pré-hospitalar - SAMU/SP...................... * P145 – Perfil das ocorrências do serviço de atendimento móvel de urgência de Aracaju – SAMU 192 Aracaju............ * P146 – Distribuição horária dos acidentes de trânsito no município de Volta Redonda/RJ – Estudo ret rospectivo de 1127 ocorrênci as ........................................................................................................................ * P147 – Atendimento ao paciente pediátrico vítima de trauma ............................................................................ * P148 – A violência urbana trans forma o perfil do at endimento de urgência em maternidade pública da zona oeste da cidade de São Paulo .................................................................................................................... * P149 – Participação do SAMU 192 Aracaju na corrida cidade de Aracaju............................................................ * P150 – Eu, criança queimada....................................................................................................................... * P151 – Hipotermia acidental por submersão em gelo: Relato de 2 casos .............................................................. * P152 – Queimadura por bronzeadores “ naturais” ............................................................................................ * P153 – Um caso de tétano........................................................................................................................... * P154 – Dermatite bolhosa e necros e de pele por uso de colar cervical.................................................................. * P155 – Choque elétrico – Proposta de protocolo de atendimento em centro de referência em trauma ......................... * P156 – Embolia gordurosa como complicação do paciente politraumatizado ........................................................ * P157 – Aspectos epidemiológicos dos clientes admitidos na UTI de um hospital de traumas.................................... * P158 – Análise dos distúrbios de coagulação em pacientes pedi átricos com traumatismo craniencefálico atendidos em uma UTI de referência em trauma ................................................................................................. * P159 – Análise de distúrbios glicêmicos em paci entes pediátri cos com traumatismo craniencefálico atendidos em uma UTI de referência em trauma ...................................................................................................... * P160 – Protocolo básico de atendimento ao grande queimado em hospitais gerais ................................................. * P161 – Choque elétrico de baixa voltagem: Incidente de negligência pessoal ........................................................ 147 148 149 150 151 152 153 154 155 156 157 158 159 160 161 162 163 164 165 166 167 168 169 SESSÃO PÔSTER 23/10/2004 * P162 – Órteses e adapt ações em cadeira de rodas no tratamento de úlceras de pressão ............................................ * P163 – Sistematização da assistência de enfermagem aplicada em paci entes com traumatismo crânio-encefálico ......... * P164 – Assistência de enfermagem ao pacient e com trauma raquimedular ............................................................ * P165 – Conhecimento teórico dos graduandos de enfermagem: Avaliação primária no A.P.H.................................. * P165e1– Trauma cervical penetrante zona II – Atuação do setor de fonoaudiologia do Hospital João XXIII................ * P165e2– Perfil dos paci entes at endidos na tri agem de enferm agem do pronto socorro do Instituto Central do Hospital das Clínicas..................................................................................................................... * P166 – Resultados do tratam ento conservador de traumatismo esplêni co contuso conduzido por protocolo em setor hospitalar diferenciado ............................................................................................................. * P167 – Tratamento do trauma renal: Conservador não cirúrgico versus cirúrgico ................................................... * P168 – Ruptura traumática da junção ureteropélvica após trauma abdominal contuso............................................. * P169 – Correlações entre a indicação de estudo radiológico e a gravidade do trauma renal contuso ........................... * P170 – Epidemiologia dos traumas renais atendidos na unidade de emergência do HCFMRP-USP ........................... * P171 – Mortalidade no trauma renal: Casuística de cinco anos da unidade de emergência do HCFMRP-USP.............. * P172 – Trauma renal fechado: A experiência no trat amento cons ervador não operatório em cinco anos de casuística ...................................................................................................................................... * P173 – Trauma renal: Análise comparativa entre traumas fechados e penetrantes .................................................. * P174 – Impacto das lesões traum áticas associadas diagnosticadas na tomografia computadorizada no tratamento do trauma renal .............................................................................................................................. * P175 – Hematoma retroperitoneal por traumatismo abdominal fechado. Relato de caso .......................................... * P176 – Fratura do pênis com lesão uretral – Relato de caso e revisão de literatura.................................................. * P177 – Tratamento do pseudocisto de Morel-Lavallée após traumatismo contuso – Relato de caso ........................... * P178 – Estrangulamento peniano por anel de aço: Como tratar? ......................................................................... 170 171 172 173 174 175 176 177 178 179 180 181 182 183 184 185 186 187 188 * * * * P179 P180 P181 P182 – – – – Lesão por empalamento – Relato de caso............................................................................................. Abordagem nutricional na pancreatite traumática .................................................................................. Lesão ureteral bilateral por projétil de arma de fogo .............................................................................. A associação de l esão do trato urinário com lesões coloproctológicas por projétil de arma de fogo influencia no tratamento cirúrgico? Experiência de 142 casos .................................................................. * P183 – Sucesso no tratamento conservador não operatório do trauma renal penetrante: 12 casos .............................. * P184 – Trauma renal penetrante: Análise de 5 anos de atendimento na unidade de emergência do HCFMRP-USP....... * P185 – Tratamento conservador não operatório do traum a renal penetrante: A experiência da unidade de emergência do HCFMRP-USP em cinco anos ...................................................................................... * P186 – Trauma renal: Análise epidemiológica das vítimas submetidas a trat amento cirúrgi co na unidade de emergência do HCFMRP-USP .......................................................................................................... * P187 – Lesões renais em ferimentos penetrantes toraco-abdominais: Experiência de 2 anos em hospital secundário..................................................................................................................................... * P188 – Trauma de genitália externa masculina por arma de fogo: Reconstrução imediata........................................ * P189 – Lesão penetrante em períneo por chi frada de bovinos em rodeios ............................................................. * P190 – Perfil epidemiológico de cri anças atendidas por queimadura em hospital de pronto socorro de Belo Horizonte ...................................................................................................................................... * P191 – Índices de gravidade em trauma: Diferença entre ISS e NISS .................................................................. * P192 – Vigilância epidemiológica dos acidentes e violências: Um relato de experiência ......................................... * P193 – O impacto do trauma em vítimas de acidente de motocicleta ................................................................... * P194 – Avaliação epidemiológica dos idosos vítimas de traumas........................................................................ * P195 – Proposta de um protocolo para documentação da morbidade das vítimas de acidentes de trânsito .................. * P196 – Traumatismo em idosos – Avaliação epidemiológica ............................................................................ * P197 – Treinamento para o atendimento ao trauma, e educação para sua prevenção: Atividades do núcleo do trauma da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul....................................... * P198 – O comportamento das vítimas de acidentes de motocicletas com relação ao uso de medidas de segurança ........ * P199 – Ocorrência de aneurisma de tronco tibioperoneiro roto pós-traumático ...................................................... * P200 – Lesão bilateral de art éria carótida por traumatismo contuso – Relato de caso.............................................. * P201 – Dissecção de artéri a carótida interna após traum a contuso: Relato de caso ................................................. * P202 – Reimplante do membro superior após amputação semitotal – Relato de caso .............................................. * P203 – Oclusão arterial aguda de artéria poplítea após trauma contuso de fossa poplítea ......................................... * P204 – Trauma na criança – Estudo retrospectivo de 58 atendimentos realizados pela usa ....................................... * P205 – Tempo-resposta do atendimento pré-hospitalar para vítimas de acidentes de trânsito atendidas pelo SAMU 192 Aracaju ................................................................................................................................... * P206 – Integração de empresas públicas e privadas de Aracaju na prevenção ao trauma após o funcionamento do SAMU 192 Aracaju ........................................................................................................................ * P207 – SAMU 192 Aracaju: Importante observatório na melhoria da qualidade de vida da população ....................... * P208 – Perfil do paciente pediátrico clínico assistido pelo SAMU 192 Aracaju ..................................................... * P209 – Perfil dos óbitos decorrentes de acidentes de transporte at endidos na unidade de emergência do HCFMRPUSP ............................................................................................................................................. * P210 – Revised Trauma Score (RTS) – Preditor de sobrevida e de resolubilidade em um serviço de atendimento pré-hospitalar – SAMU/SP ............................................................................................................... * P211 – Acidentes de transporte: Relação entre vítimas fatais e o traumatismo crânio-encefálico (TCE)...................... * P212 – Ações educativas na prevenção de queda do idoso – o que tem sido feito? ................................................. * P213 – Análise custo X benefícios da intervenção do SAMU 192Aracaju em casos de trauma ................................ * P214 – Análise da gravidade das lesões, tratamento e hora do óbito de 78 vítimas fatais de acidentes de transporte atendidas na unidade de emergência do HCFMRP/USP.......................................................................... * P215 – Trauma crânio-encefálico em pré-escolar após acidente domiciliar ........................................................... * P216 – Atendimento à vítima com trauma raquimedular (TRM): Conhecimento X qualidade .................................. * P217 – Análise comparativa dos resultados de vítimas com e sem TCE segundo o Revised Trauma Score da fase pré-hospitalar................................................................................................................................. * P218 – Trauma em obesos – Uma nova realidade ............................................................................................ * P219 – Trauma em obesos – Queda de nível................................................................................................... * P220 – Ressuscitação cárdio-pulmonar.......................................................................................................... * P221 – Mudança de comportam ento frente a emergências em uma penitenciária modelo no interior do PR................. 189 190 191 192 193 194 195 196 197 198 199 200 201 202 203 204 205 206 207 208 209 210 211 212 213 214 215 216 217 218 219 220 221 222 223 224 225 226 227 228 229 230 231 * P222 – Implantação do sistema de atendimento de em ergência e primeiros socorros em uma penitenci ária modelo no interior do Paraná ....................................................................................................................... * P223 – Traqueostomia em hospital de referência para trauma ............................................................................ * P224 – Epidemiologia e caract erização da evisceração no paciente vítima de trauma.............................................. * P225 – Hematoma retroperitoneal pós-parto normal......................................................................................... * P226 – Análise dos distúrbios de coagulação em pacientes pedi átricos com traumatismo craniencefálico atendidos em uma UTI de referência em trauma ................................................................................................. * P227 – Análise do trauma raquimedular em pacientes pediátricos com traumatismo crani encefálico atendidos em uma UTI de referência em trauma ...................................................................................................... * P228 – Lesões raquimedulares cervicais: Análise epidemiológica das lesões associadas .......................................... * P229 – Choque elétrico de alta voltagem com resposta a desfibrilação tardi a ........................................................ * P230 – Análise da disautonomia simpática em pacientes pediátricos com traumatismo craniencefálico atendidos em uma UTI de referência em trauma ................................................................................................. * P231 – Trauma em mão por acidente de trabalho............................................................................................. * P232 – Exploração de lesões corto-contusas: Alerta ao plantonista geral .............................................................. * P233 – Epidemiologia da violência observada em hospital da região sul de São Paulo............................................ * P234 – Análise do tratamento da hipertensão intracraniana em pacientes pediát ricos com traumatismo craniencefálico atendidos em uma UTI de referência em trauma .............................................................. * P235 – Avaliação do balanço nitrogenado nos pacientes críticos submetidos à terapia nutricional ............................. 232 233 234 235 236 237 238 239 240 241 242 243 244 245 VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P001 PACIENTES DE TRAUMA NA UTI: RELAÇÃO ENTRE GRAVIDADE E DEMANDA DE CUIDADOS DE ENFERMAGEM Gonçalves RC, Alves JCD, Whitaker IY, Zanei SSV Universidade Federal de São Paulo – Depto. de Enfermagem São Paulo/SP A utilização de instrumentos que quanti ficam a demanda de cuidados de enfermagem possibilita planejar, de form a objetiva, uma assistênci a de enfermagem conforme as necessidades dos pacientes. Em Unidade de terapia Intensiva (UTI), tal prática além de favorecer a recuperação do paciente crítico, favorece a otimização dos recursos com vistas à melhoria da qualidade da assistência prestada. Além disso, a demanda de cuidados de enfermagem (CE) pode estar relacionada com a gravidade do paciente da UTI. O objetivo desta investigação foi veri ficar a rel ação entre tempo necessário para a realização de CE com a sobrevida, o período de internação e a gravidade dos pacientes de trauma na UTI. A coleta de dados foi realizada em 4 UTIs do Hospital São Paulo/UNIFESP no período de setembro/02 a agosto/03. Os dados foram obtidos do prontuário do paciente, acompanhando-o desde a sua admissão na UTI até a alta hospitalar. A gravidade dos pacientes foi definida conforme o Acute Physiology and Chronic Health Evalution (APACHE), o New Injury Severity Score (NISS) e para estimar as horas de CE utilizou-se o Therapeutic Intervention Scorin System (TISS-28). Dados de 68 pacientes revelaram que entre os que s aíram de alta da UTI a m édia do APACHE II e TISS-28 foi menor (p=0,003 e p=0,002) em relação aos que morreram, mas a gravidade do trauma (NISS) não foi est atisticamente di ferente (p=0,224). O TISS-28 das últimas 24 horas foi m enor nos paci entes que receberam alta hospitalar em relação aos que morreram após alta da UTI (p<0,001). A quantidade de horas de CE não se relacionou com o tempo de permanência seja na UTI ou em outra unidade após alta (p=0,672; p=0,108). Os pacientes que demandaram mais horas de CE obtiveram escores do APACHE II e NISS mais elevados (p=0,001; p=0,004), respectivamente, seis e cinco horas de cuidados de enfermagem. Considerando que, o cálculo fundam entado no TISS - 28 não abrange a demanda de cuidados de enfermagem na sua totalidade, nesta amostra, os pacientes mais graves deveriam ser cuidados por mais de um profissional de enferm agem em cada turno de seis horas de trabalho. - 9- VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P002 O ESTRESSE DO ENFERMEIRO EM PRONTO-SOCORRO Martins ALM, Souza EAN, Penna LV, Hollanda LLMA, Rodrigues MG, Reis TPC, Calil AM Faculdade Metropolitana Unidas - Uni-FMU / São Paulo – S.P Introdução: As mudanças que ocorrem nas grandes metrópoles, os avanços tecnológicos, são responsáveis pela sobrecarga emocional das pessoas, e esses fatos acabam tornando-se agentes precursores do estresse. A realidade do mundo atual ,a desorganização e a burocracia por órgãos superiores e a falta de subsídios para os enfermei ros se adaptarem à tantas mudanças são fatores que contribuem para elevar os níveis de estress e nestes profissionais. Objetivo: Identifi car as principais causas geradoras de estresse do enfermeiro no Pronto-Socorro. Método: Trata-s e de um estudo prospectivo, dirigido, realizado durante o curso de Pós-Graduação na Área de Pronto-Socorro. Foi elaborado um instrumento de coleta de dados contendo duas partes: uma com dados de identi ficação dos profissionais e outra com as principais questões relacionadas ao estresse. Resultados: Foram entrevistados 25 enfermeiros, treze (52%) atuavam em entidades Públicas, destes, dezenove (76%) são do sexo feminino; quanto à faixa et ária, doze tinham (48%) idade ent re 20-30 anos; quanto aos turnos de trabalho compreenderam: dez (40%) no período matutino. Dos 25 enfermeiros entrevistados: quatorze (56%) entendem estresse como uma reação à situações limites. Oito (32%) referiram que os principais fatores de estresses estão relacionados à relacionam entos profissionais, seis (24%) à dem anda exacerbada de paci entes, cinco (20%) ao número de funcionários insufi cientes, quatro (16%) à falta de organização da unidade, dois (8%) à sobrecarga de trabalho. Treze (52%) referiram que os agentes estressores agem de form a positiva na unidade e resultam em uma melhoria do ambiente de trabalho. Quinze (60%) dos entrevistados sugeriram para melhorar o nível de estresse na equipe. Treze (52%) referiram que a empresa não se preocupa com o bem-estar do funcionário, que acarreta insatisfação pessoal e profissional. Conclusão: As principais causas identificadas como agentes estressores nos enfermeiros foram: falta de relacionamento, demanda exacerbada de pacient es, insuficiência de funcionários, falta de organização da unidade, sobrecarga de trabalho. Concluímos após a aplicação do instrumento de pesquisa que todos os entrevistados sugeri ram que o nível de estresse da equipe de trabalho poderia ser melhorado se ocorresse melhora do ambiente e houvesse diálogo entre a equipe multiprofissional, mais a atuação da educação continuada. - 10 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P003 TRADUÇÃO E VALIDAÇÃO DO "GAVESTON ORIENTATION AND AMNESIA TEST" (GOAT) PARA A LÍNGUA PORTUGUESA Silva SFC, Sousa RMC Centro Universitário São Camilo - SP A Amnésia Pós Traumática (APT) é um distúrbio do conteúdo da consciência, sua duração é um indicador de gravidade da lesão craniana contusa e da duração da incapacidade subseqüent e. O "Gaveston Orient ation and Amnesia Test" (GOAT) foi um dos primeiros de uma série de instrumentos que têm o propósito de estabel ecer prospectivamente o término da APT após TCE. A proposta deste estudo foi traduzir e validar o GOAT para uso em nosso meio. Sua aplicação em 73 vítimas de TCE contuso juntamente com a avaliação do nível de consciênci a pela Escala de Coma de Glasgow (ECG), até a alta hospitalar ou o término da APT, permitiu verificar as propriedades de medida do instrumento. A confiabilidade veri ficada pelo Al fa de Cronbach resultou em 0,76. Para validação convergente, uma das hipóteses formuladas afi rmava que o valor obtido na primeira avaliação realizada com a ECG pela neurocirurgia correlacionava-se positivamente com os escores obtidos na primeira avaliação com o TAOG. O pressuposto de correlação positiva baseou-se no signi ficado dos es cores dos instrumentos, que em ambas aplicações apresentam sentido similar: alterações acentuadas são designadas com baixas pontuações e est ados de normalidade no parâmetro medido são indicados por elevados valores. Ainda para a validação convergente, outra hipótese formulada pressupôs que a duração da amnésia pós-traumática, em dias, estabelecida por meio da aplicação do TAOG, apresentava correlação negativa com os valores da primei ra avaliação pela ECG. A capacidade discriminativa do TAOG foi avaliada, pela comparação das m édias da pontuação obtida na sua primeira aplicação nas vítimas, de um grupo caso e um outro grupo controle. O grupo controle foi constituído de pacientes que tiveram indicação de trauma moderado e leve pelos escores da ECG e o grupo caso teve como componentes as vítimas com trauma grave, segundo a pontuação da m esma escal a. Dando seqüência à validade discriminante do instrumento, considerou-se diretam ente a duração da APT determinada pela aplicação do TAOG e os m esmos grupos formados segundo gravidade do TCE indicado pela ECG. Provas estatísticas foram realizadas e todos os testes evidenciaram a validade convergente e discriminante do TAOG. Sumarizando, os resultados observados somam-se às indicações de estudos anteriores e dão suporte para a aplicação do TAOG em nosso meio como um indicador do término da APT e da alteração cerebral após TCE contuso. - 11 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P004 A APLICABILIDADE DO TESTE DE AMNÉSIA E ORIENTAÇÃO DE GALVESTON (TAOG) Silva SFC, Sousa RMC Centro Universitário São Camilo As alterações do nível da consciênci a e a duração da APT têm-se mostrado importantes indicadores da gravidade do TCE. A Escala de Coma de Glasgow (ECG) é o instrumento mais utilizada para graduar alterações de consci ência e o "Gaveston Orientation and Amnesia Test" é um importante instrumento para detectar a amnésia pós-traumática e determinar sua duração. Para determinar a pontuação no TAOG é aplicado um instrumento com 10 questões. Várias situações impeditivas para sua utilização s ão vivenciadas na prática clínica, principalmente relacionadas à incapacidade das vítimas em manter comunicação verbal. A ECG, por s e trat ar de es cala consagrada mundialmente, prática e de fácil aplicação, amplamente utilizada na avaliação de vítimas após TCE pode ser indicador import ante do momento ap ropriado para a aplicação do TAOG. Tais considerações motivaram um estudo prospectivo de seguimento de vítimas de TCE para identi ficar, através das pontuações total e parcial da ECG, o momento mais adequado para a aplicação do TAOG. A coleta de dados realizou-s e no Complexo do Hospital das Clínicas da Faculdade de M edicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) no período de 01/2001 a 05/2001, através de instrumento individual para registro dos dados referent es à vítima em seguimento. Participaram do estudo vítimas de TCE contuso, entre 12 e 60 anos de idade, sem diagnóstico anterior de TCE ou alteração de memória, atendidas no hospital após o trauma e internadas para tratamento. Para identifi car o momento mais adequado para a aplicação do TAOG, pontuações parciais e totais da ECG obtidas durante o seguimento das vítimas, foram analisadas perante o TAOG, considerando os resultados obtidos e a possibilidade de sua aplicação. Nas análises realizadas sobre a aplicabilidade do TAOG, pode-se observar que a pontuação mínima na ECG em que se pôde obter a colaboração da vítima para aplicação do teste foi 12, com pontuações parci ais de 2 nos parâmetros Abertura Ocular, 4 em Melhor Resposta Verbal e 6 em Melhor Resposta Motora. As vitimas com escores 14 e 15 na ECG, com pontuações parciais de 3 ou 4 no item Abertura Ocular, 4 ou 5 em Resposta Verbal e 6 em Resposta Motora foram as que alcançaram valor 75 no TAOG. Tendo em vista que pontuações menores de 75 indicam que a vítima ainda encontra-se no período de amnésia, tais resultados apontam para a aplicação desse instrumento após as vítimas alcançarem essas pontuações na ECG. - 12 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P005 AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DA DOR AGUDA EM VÍTIMAS DE ACIDENTE DE TRANSPORTE Calil AM, Pimenta CAM Escola de Enferm agem da USP – São Paulo – SP Introdução: A dor é reconhecida como uma das principais conseqüências do trauma e suas repercussões identifi cadas como potencialmente prejudici ais para o organismo. Embora freqüente, pouca atenção tem sido concedida ao traumatizado no que se refere ao controle álgico em nosso meio. Objetivo: Caract erizar aspectos da dor aguda em vítimas de acident es de transporte atendidas em um pronto-socorro referência para trauma. Método: Trata-se de um estudo prospectivo, realizado num hospital geral governamental (Centro de referência para o atendimento ao trauma), no período de M arço a Maio de 2002. Critérios de inclusão: os pacientes serem provenientes da cena do evento, vítimas de acidentes de transporte, Escal a de Coma de Glasgow = 15, idade igual ou superior a 16 anos. Os pacientes foram entrevistados em dois momentos distintos, a saber: 1ª pergunta após a avaliação inicial do ATLS e/ou estabilização do quadro, ou da chegada da pesquisadora e a segunda pergunta após 1 hora da intervenção analgésica ou 3 horas sem intervenção analgésica. A avaliação da dor se fez por meio da Escal a Analógica Visual (EAV) de dor (0 – 10). As ent revistas foram todas realizadas pela pesquisadora após autorização do Comitê de Ética do hospital e assinatura do Termo de Consentimento livre e es clarecido. Resultados: Foram entrevistados 100 pacientes e a dor foi um fenômeno encontrado em 90 (90,0%) dos casos. Quanto à intensidade dolorosa, observou-se que na 1ª avaliação 56,0% tinham dor intensa (EAV = 8 – 10) e 29,0% dor moderada (5 – 7). Na 2ª avaliação 26,0% tinham dor intensa e 38,0% permaneci am com dor moderada; 79,0% referiram início da dor logo após o evento traumático (t < 5’); 82,0% sentiram dor de forma contínua; 48,9% citaram o repouso como fator at enuante e 44,4% a m anipulação por terceiros como fator agravante. Conclusão: Esses achados apontam para aspectos relevantes como a confirmação da dor como um evento comum no traum a. A análise da intensidade dolorosa mostrou a magnitude da m esma (moderada e intensa) relacionada às vítimas de acidente de transporte, que a mesma surge poucos minutos após o evento e se mantém de forma contínua, caus ando prejuízos orgânicos e humanos desconhecidos no setor de emergência e em nosso meio. - 13 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P006 RECRUTAMENTO DE NEUTRÓFILOS ATRAVÉS DA BARREIRA HEMATO-RETINIANA: IMPORTÂNCIA DA ISQ UEMIA HEPÁTICA PÓS-TRAUMÁTICA Fontelles MJ, Mantovani M, Hirano ES, Morandin RC, Schenka AA Cirurgia do Trauma da Faculdade de Ciênci as Médicas da UNICAMP – Campinas/SP Trabalho realizado pela Disciplina de Cirurgia do Trauma da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp - Campinas, SP. Introdução: o trauma representa a terceira caus a de mort e na população em geral e a primeira até a quarta década de vida. O fígado constitui o órgão mais atingido no trauma abdominal fechado e, nestes paci entes, o clampeamento da tríade port al induz a lesões hepáticas com alterações próprias da síndrome de isquemia/reperfusão com repercussão em órgãos distantes. Objetivo: estudar, comparativam ente, os efeitos da isquemia e reperfus ão hepática total sobre o acúmulo de neutrófilos na retina de ratos em normovolemia e sob estado de choque hemorrágico controlado. Método: 32 ratos Wistar, machos, foram divididos em quatro grupos de oito animais cada: grupo Controle, submetido aos procedimentos padrões com um período de 60 minutos de observação; grupo Choque, submetido a choque hemorrágico cont rolado (PAM=40 mmHg, 20 min.) seguido de reposição volêmica (Ringer lactato + sangue, 3:1) e reperfusão (60 min.); grupo Pringle, submetido à isquemia hepática total (15 min.) e reperfus ão (60 min.); grupo Total submetido a choque hemorrágico controlado (15 min.) seguido de reposição vol êmica (Ringer lactato + sangue, 3:1) mais isquemia hepática total (15 min.) e reperfusão (60 min.). As dosagens do lact ato arterial e do déficit de base foram utilizadas para caracterizar o estado de choque hemorrágico com baixa perfusão tecidual. A contagem de neutrófilos, extravascular, na retina foi efetuada após a eutanásia dos animais. Resultados: os valores da contagem de neut rófilos na retina mostraram não ter havido di ferenças entre os grupos estudados com p=0,290 (Controle 0.10–0.30, Choque 0.30–0.70, Pringle 0.10–1.10, Total 0.70–0.40). Conclusão: a isquemia hepática total por 15 minutos, seguida de 60 minutos de reperfusão, associ ada ou não ao estado de choque hemorrágico controlado, não causa acúmulo de neutrófilos na retina de ratos. - 14 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P007 PROTEÍNA HSP 70 SÉRICA COMO MARCADORA PREDITIVA PRECOCE DE DESFECHO FATAL NO TRAUMATISMO CRÂNIOENCEFÁLICO SEVERO EM HOMENS Gehrke J, Rocha AB, Borges L, Grivicich I, Schneider RF, Regner A Universidade Luterana do Brasil – Canoas/RS SAMU – Porto Alegre/RS O traumatismo crânio-encefálico (TCE) está associ ado com uma mortalidade entre 35 e 70%. Marcadores bioquímicos de dano/ estresse celular têm sido investigados como marcadores prognósticos no traum a cerebral. Portanto, o objetivo do presente trabalho foi determinar se os níveis séricos de Hsp 70 estão correl acionados com o des fecho fatal no TCE severo. Para tanto, 20 homens vítimas de TCE severo (GCS 3-8) e 8 voluntários masculinos saudáveis foram incluídos neste estudo prospectivo. Apenas os pacientes admitidos no CTI de trauma até 12 horas após o traumatismo (média de 10,8 horas após o trauma) foram incluídos no estudo. As variáveis clínicas de des fecho utilizadas foram: a mortalidade, o tempo decorrido até a alta da UTI e o status neurológico na alta da UTI (aferido pelo es core de GOS). Amostras de sangue venoso peri férico foram coletadas: na admissão na UTI (primeira amostra), 24 horas e 7 dias após a primeira amostra. Os níveis séricos de Hsp 70 foram aferidos por ELISA. As concentrações séri cas médi as de Hsp 70 foram signifi cativamente mais altas no grupo com TCE (97,6 ng/mL) em comparação com o grupo controle (12,2 ng/mL). O TCE severo apres entou taxa de mortalidade de 50%. At é 20 horas após o TCE severo, níveis séricos elevados de Hsp 70 se correlacionaram signi ficativament e com o des fecho fatal ( Spearman´s rho=0,563 p=0,002). A sensibilidade e especi ficidade da proteína Hsp 70 sérica como marcadora preditiva de mortalidade, considerando-se o valor de “ cutoff” de 62 ng/mL é de 70% e 80%, respectivamente, nas primeiras 20 horas após o TCE severo. Portanto, o nível sérico elevado de Hsp 70 pode ser considerado um marcador preditivo precoce de des fecho fat al no TCE severo. - 15 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P008 CINÉTICA DA NEOVASCULARIZAÇÃO DE AUTOIMPLANTES ESPLÊNICOS EM RATOS Barreto ET, Cunha-Melo JR, Alves HJ Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais Introdução: O baço é o maior órgão linfático do corpo humano e t em grande importância na form ação de linfócitos e monócitos, na fagocitose, na destruição de eritrócitos e na reserva de ferro e sangue. Objetivo: O intuito do trabalho foi estudar a cinética da neovas cularização de autoimplantes de baço na cavidade abdominal após esplenectomia em ratos. Material e Métodos: Sessenta e oito fêm eas de ratos suíços foram submetidas à espl enectomia. O baço de cada animal foi cort ado e os fragmentos foram implantados na cavidade abdominal.Grupos de animais foram mortos após 1,2,3,5,7,15,21,28,42,56,70 e 84 dias.Microes feras fluorescent es de poliestireno foram introduzidas na circulação s anguínea dos ratos ant es da morte e os baços foram removidos 5 minutos após para microscopia óptica e eletrônica.Os vasos mes entéricos foram injetados com látex colorido para o estudo da origem da vascularização. Resultados: Três dias passados do implante as microes feras foram observadas em sua peri feri a e migrando para as partes mais internas do implante nos dias subs eqüentes.O suprimento sanguíneo dos fragm entos tem sua origem em ramos das artérias esplênica, gástrica curta, m esentérica e gastroepiplóica. Conclusão: A revascularização dos implantes esplênicos se process a cent ripetamente, iniciando já no terceiro dia após o implante. - 16 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P009 LESÕES DIAFRAGMÁTICAS PÉRFURO CORTANTES – ESTUDO EXPERIMENTAL EM RATOS Saad Jr. R, Gonçalves R, Gianinni J, Botter M, Neto DV Santa Casa de Misericórdia de São Paulo Introdução: A crença de que toda lesão diafragmática possa evoluir com complicações, entre elas as hérnias, exige que na sua suspeita est as devem ser sistematicamente exploradas (ferimentos penetrantes na zona de transição tóraco-abdominal). Contudo existe uma lacuna na literatura relatando se é possível a regeneração diafragmática espontânea. Objetivo: Determinar se é possível a regeneração espontânea em ratos. Método: Lesão pérfuro-cortante experimental em ratos da raça Wistar e traçar a história natural das feridas. Resultados: 74% dos ratos estudados evoluíram com hérnia diafragm ática;18,5% evoluíram com les ão sem herniação e 7,5% evoluíram com cicatri zação espontânea do diafragma.Nos animais que evoluíram com hérnia, o cólom foi o órgão mais freqüent emente acometido com estrangulamento (80% dos casos ). Conclusão: A cicat rização espontânea em ratos foi experimentalmente possível. - 17 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P010 MÉTODO SIMPLES PARA INTUBAÇÃO OROTRAQ UEAL EM RATOS Rezende-Neto JB, Pereira GMV, Nascentes B, Andrade MVM, Oliveira RG, Cunha-Melo Jr. Depart amento de Cirurgia Faculdade de Medicina da UFMG Introdução: A utilização de animal de pequeno porte em experimentos cientí ficos apres enta vantagens importantes. No entanto, traz di ficuldades de manipulação por dois motivos: pequeno tam anho das estruturas, inexistência de material adequado para realizar os mesmos procedimentos feitos em humanos. Pesquisas simulando politraumatizados e pacientes críticos geralmente necessitam de animais em ventilação mecânica. Objetivo: Demonstrar método simples de intubação orotraqueal em ratos utilizados. Método: Cinqüenta (n=50) ratos (Wistar), pesando entre 250 e 300g, anestesiados por via intra-peritoneal com ket amina 9mg/100g e xilasina 15mg/kg foram colocados em decúbito dors al com a boca na altura dos olhos do pesquisador sobre coxim transversal infraclavicul ar. Ao redor dos incisivos centrais superiores é passado fio de seda 2-0 para m anter a abertura bucal. O fio é afixado no suporte de isopor sobre o qual está o animal. Um foco simples com lâmpada comum de 60Watts é posicionado sobre a região cervical anterior do animal há aproximadam ente 2 cm dos pêlos. Traciona-se manualmente a língua para fora e para cima. Em seguida, introduz-se espátula de metal na cavidade oral até a base da língua elevando-a em direção à mandíbula. Sob visão direta da epiglote e abertura da glote, introduz-se cateter intravenoso nº 16G de 6cm. Resultados: O permitiu a intubação de todos os animais com sucesso e a colocação dos mesmos em ventilação mecânica por 90 minutos sem vazamento de ar ao redor do cateter, exteriori zação ou complicações associ adas ao mesmo. Após 24 horas da primei ra intubação os animais foram re-intubados da mesma manei ra para outros experimentos inclusive para lavado bronco-alveol ar sem complicações. O tempo gasto no ato da intubação é de aproximadament e 15 segundos. Conclusão: Outros métodos utilizados para intubação orotraqueal de ratos requerem aparelhagem especial como, fibra ótica, mini-laringoscópio, jogo de espelhos refl etores ou guia metálico. A opção de intubação às cegas apresenta alto índice de insucesso. O método apresentado não utiliza mat eriais especi ais e a espátula de metal pode ser re-utilizada e esterilizada. - 18 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P011 TRAUMA ORBITÁRIO RELATO DE CASO Vinicius AM, Tiago SB, Saturnino R, Filgueiras AMM, Rodrigo P Serviço de Cirurgia geral do Hospital das Clinicas Costantino Otaviano Teresópolis/RJ Introdução: A grande preocupação de um traum a de face é o acometimento ocular. Os traum as com envolvimento do globo são a segunda caus a de amaurose. Objetivo: Demonstrar alguns tipos de lesões extensas orbitári as e periorbitárias através de métodos semiológicos e de exam es complement ares com auxílio multidisciplinar em situações de trauma. Métodos: Relato de caso casos e revisão sistemática da literatura. Realizada análises retrospectivas da bibliografia médica pesquisada no banco de dados Medline. Resultados: Caso 1Paciente m asculino, 53 anos, branco, casado, serralhei ro, natural do Rio de Janeiro. Admitido em nosso servi ço referindo acidente durant e sua atividade de trabalho poucas horas antes de seu atendimento. Chamava atenção ao exam e ectoscópico, um importante estrabismo divergent e de olho direito, além da pres ença de um corpo estranho metálico na região front al associado a um hematoma periorbitário à esquerda. A motilidade ocular não apres entava restrições em ambos os olhos. No cover test mostrava fixação com ambos os olhos, porém com clara dominânci a do olho esquerdo. O paciente relata que este desvio o acompanhava desde a adoles cênci a. Não fazia uso de correção óptica e no momento do trauma não utilizava óculos de proteção. A acuidade visual, surpreendendo os examinadores, era de 20/30 em ambos os olhos. A biomicroscopia e a tonometria encontravam-s e dentro dos limites da normalidade. A fundoscopia evidenciou apenas alterações vasculares compatíveis com a idade. A radiografi a simples do crânio em antero-posterior e perfil demonstrou a pres ença de artefato metálico na projeção da cavidade orbitária esquerda . A tomografi a computadorizada de órbita revelou o mesmo artefato em região intraconal em contato com músculo reto medial esquerdo e adjacente ao nervo óptico. Após discussão com as equipes de Radiologia, Neurocirurgia, Cirurgia Bucomaxilofacial e equipe de OculoPlástica do Instituto Benjamin Constant, optamos pela técnica de tração e deslizamento do corpo estranho em ambiente cirúrgico. No seguimento do paciente não se observou hematomas e/ou sequelas visuais. Conclusões: Diante de um caso de um trauma orbitário complexo a conduta diagnóstica e a investigação clínica são fundamentais para uma melhor escolha terapêutica. A abordagem multidiciplinar no tratamento é de fundamental importância para a recuperação do paciente. - 19 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P012 ENTUBAÇÃO SUBMENTO TRAQ UEAL – UMA ALTERNATIVA PARA OS TRAUMAS MÚLTIPLOS EM FACE Giovedi R, Almeida AFMG, Gavranich Jr. J, Stefani PV, Leandro LFL Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Faxial Dr. Luiz Fernando Lobo Leandro - São Paulo – SP Introdução: Os traumas que envolviam 1/3 médio e 1/3 inferior de face, impossibilitavam o correto tratam ento cirúrgico dependent e de oclusão dentária utilizada, como referência para uma corret a redução, pois a entubação oro-traqueal e a impossibilidade da entubação naso-traqueal apresentavam-se como fatores limitantes. Objetivo: Demonstrar abordagem cirúrgica realizada em conjunto com a equipe de anestesiologistas, que permitiu procedimento cirúrgicos conjuntos de maxila e mandíbula , sem restri ção de referência oclusal. Métodos: Apresent ação de caso clínico Resultados Apresent ação de caso clínico. Conclusão: O acesso submentual permite entubação adequada, sem maiores riscos e limitações de tratamento cirúrgico em 1/3 médio e inferior de face. - 20 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P013 EXPLOSÃO DE ESÔFAGO PÓS-TRAUMA – RELATO DE CASO Almeida ÊMBDP, Vieira DG, Oliveira LR, Marra AC, Silva AMF, Becker OM Serviço de Cirurgia Geral do Hospital Municipal Dr. José de Carvalho Florence de São José dos Campos - SP. Introdução: A "Síndrome do Tanque" é definida como um trauma que ocorre em andar superior de abdome após queda do tanque sobre a região epigástrica, acometendo vís ceras abdominais principalmente o pâncreas e o duodeno. Objetivo: O objetivo deste trabalho é relatar o caso de um trauma com tanque onde o órgão afetado foi o esôfago torácico. Rela to de Caso: Paciente G.R.F. , 2 anos e 8 meses, feminino, natural de São Sebastião - SP, foi atendida pelo Serviço de Cirurgia Geral do Hospital Municipal Dr. José de Carvalho Florence encaminhada do Hospital das Clínicas de São Sebastião após 5 dias de trauma. No relatório de t rans ferência constava história de laparotomia branca no dia do trauma por suspeita de rotura de baço em 2 tempos, drenagem de hemitórax direito no 1º pós-operatório por velamento do mesmo no RX de tórax, realização de Tomografia Computadorizada de tórax no 2º pós operatório devido evolução des favorável do caso e trans ferência no 4º pós operatório para este serviço com hipótese diagnóstica de "fístula torácica" devido saída de alimentos pelo dreno de tórax. Paciente foi avaliada pelo cirurgião de tórax que indicou a toracotomia exploradora. Na cirurgia observou-se lesão Grau IV de esôfago torácico com aproximadam ente 5 cm de extens ão, além de grande quantidade de fibrina e restos alimentares na cavidade. Optou-se, devido ao quadro clínico e tempo de evolução, pela realização de esofagectomia com esofagostomia terminal e gastrostomia com reconstrução num 2º tempo. Paciente evoluiu satis fatoriamente o pósoperatório recebendo alta hospitalar. No momento após 5 mes es do trauma apres enta-se com crescimento e des envolvimento normais e prepara-se para reconstrução do trânsito no próximo mês. - 21 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P014 TRAUMA CERVICAL CONTUSO COM RUPTURA COMPLETA DE LARINGE E HIPOFARINGE – RELATO DE CASO Rocha DCM, Nardi D, Bueno JGP, Costa GJR, Nishimoto CK, Guimarães GR Hospital de Pronto Socorro João XXIII - FHEMIG. Belo Horizonte / MG Introdução: O trauma cervical apres enta como particularidade a possibilidade de lesar estruturas nobres de sistemas distintos (vascular, respiratório, digestivo), muitas das vezes definindo lesões críticas que causam as fixi a e morte na cena do acident e. Descrição do Caso: Paciente masculino com 25 anos de idade, trazido à unidade de emergência, após acidente de carro, com relato de ECG-07/15, na cena, e impossibilidade de intubação orotraqueal. Admitido com quadro de obstrução da via aérea superior e com evidência de lesão da laringe, pois, durante a tentativa de intubação, o tubo abaulava a pele da regi ão cervical. Ventilação através de cri cotireoidostomia por punção s em sucesso, obtenção de via aérea cirúrgi ca com tubo no. 06. Lesões associadas: TCE (LAD, contusão frontal), fratura de processo espinhoso de C7, sem deficits, fratura de antebraço E, fratura de tornozelo E, laceração perineal. No bloco cirúrgico, foi submetido a traqueostomia e em seguida a cervi cotomia exploradora. Identi ficada lesão glótica e supraglótica completa da laringe, lesão completa da hipofaringe, sem lesões vasculares aparentes. Realizada reconstrução da laringe, da hipofaringe e passagem de sonda naso-entérica sob visão diret a. No 13º. DPO, TC da região cervical evidenciou oclusão de segmento glótico de ± 03 cm de extensão, indicada, assim re-operação pelo serviço de cirurgia de Cabeça e Pescoço. Realizada revis ão das lesões, tireoidotomia e colocação de prótes e laríngea de Montgomery. O paciente recebeu alta hospitalar alimentando-se e está em acompanham ento ambulatorial. A prótese foi retirada após 45 dias e o paci ente está atualmente sendo submetido a dilat ações da laringe. Conclusão: Neste caso inusitado, o paciente, cujo acident e foi próximo ao centro de traum a, foi admitido com vida, mesmo com total descontinuidade da vi a aérea superior, destacando-se, assim, a abordagem cirúrgica da via aérea como medida salvadora. Destaca-se também o papel do especi alista no reparo das lesões e o tempo ideal da abordagem, visando a minimizar seqüelas funcionais. - 22 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P015 MECANISMOS DO TRAUMA VERSUS LESÕES – RELATO DE CASO Mendes JMR, Soares PD, Molinaro A, Filgueiras M, Franco-Barbosa A, Spagnul SJT, Lopes PGF Hospital das Clínicas de Teresópolis/RJ Introdução: No Brasil, as mortes por causas externas, enquadrando-se as mortes traumáticas, representam a principal causa de morte entre adultos jovens. São imperativas medidas de consci entização e prevenção, no sentido de reduzir os agravos causados por esta epidemia, além do adequado preparo das equipes que prestam os socorros pré-hospitalar e intra-hospital ar. Almejando, que as iatrogeni as sejam minimizadas e, principalmente, que lesões não pass em despercebidas. Objetivo: Relatar um caso de várias lesões associadas, imperceptíveis ao primeiro exame, enfatizando a importânci a do conhecimento dos mecanismos de traum a. Método: FRR, masculino, 28anos, foi admitido no pronto-socorro (PS), levado pelos Bombeiros com história de acidente automobilístico. O paciente encont rava-se lúcido, hipocorado +/4+, eupnéico, pupilas isocóricas e fotorreagentes, queixando-se apenas de discreto desconforto torácico. FC: 80 bpm, PA: 140/80 mmHg. MV diminuído em ambos os hemitórax. RTS de 7.6. Na sala de radiologia, o paciente começou a se queixar de dor torácica de forte intensidade, entrando em quadro de agitação. Realizou-se, então, drenagem toráci ca bilateral em selo d’água, com saída de aproximadamente 1000ml de sangue somando-s e ambos os hemitóraces, autohemotrans fusão, mantendo-se em quadro de choque. Indicado laparotomia exploradora que evidenciou, lesão hepática grau II do lobo direito e lesão esplênica. Realizou-se esplenectomia, rafia da lesão hepática, porém, o paciente mantinha-se hemodinamicamente instável. Realizada janela peri cárdi ca subxi fóidea (negativa). Paci ente evoluiu para PCR. Encaminhado ao IML, esse constatou: Crossa de aorta com hem atoma; Grande quantidade de sangue na cavidade pl eural direita e esquerda; Equimose violácea comprometendo o hilo pulmonar à direita; Bronco aspiração; Cauda do pâncreas lacerada; Tendo como causa da morte a hemorragi a interna por hemotórax e hemoperitôneo e o instrumento ou m eio que produziu a morte uma ação contundent e. Foi calculado o ISS e o TRISS deste paci ente, obtendo assim, ISS de 75 e, conseqüentemente, quando utilizado a tabel a do TRISS (ISS/RTS), o paciente apres entava probabilidade de sobrevida próxima aos 53%. Conclusão: É de fundament al importância conhecermos os mecanismos de trauma, para uma adequada abordagem, visto que lesões ocultas podem passar despercebidas ao primeiro atendimento. - 23 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P016 PERFIL DOS ACIDENTES DE TRÂNSITO COM ÓBITO EM TERESÓPOLIS NOS ANOS DE 2002 E 2003 Machado CR, Costa LF, Machado VR, Umeoka RS, Molinaro A Fundação Educacional Serra dos Órgãos / Liga de Trauma de Teresópolis-RJ Introdução: Na atualidade, o cres cimento das mortes e internações determinadas por causas externas vem atingindo proporções quas e epidêmicas no Brasil, trans formando-s e assim, em um dos maiores problemas da área de saúde. Dentro desse cont exto, os acidentes automobilísticos representam uma das principais causas de trauma, com considerável número de óbitos. As estatísticas indicam que no Brasil 30.000 pessoas morrem anualmente em acidentes de trânsito, das quais, 44% tem entre 20 e 39 anos e 82% são homens. Segundo projeções mundiais, sem devida atenção à prevenção, o número de vítimas aum entará em 65% nos próximos 20 anos (OMS). Entretanto, a tragédia que s e es conde atrás dest es valores, atrai menos a atenção dos meios de comunicação do que outras menos freqüentes. Objetivos: Analisar as características dos acidentes de trânsito fatais no município de Teresópolis nos anos de 2002 e 2003. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo do tipo longitudinal avaliando a série temporal de 2002 e 2003 baseados na formação de um banco de dados contendo inform ações coletadas no Instituto de Medicina Legal e nos laudos técnicos dos acidentes emitidos pela Polícia Militar de Teresópolis. Foram analisados: local do acidente, sexo, idade, tipo de acidente, dia da s emana, causa da mort e e hora. Resultados: Foram analisados os acidentes de trânsito de 98 vítimas fatais, sendo 77 do sexo masculino e 21 do sexo feminino. Destes, 58.16% foram decorrentes de colisões e 32.65% de atropelam ento, tendo sido observado que 65% das mulheres foram vítimas de atropelamento, enquanto 63% dos homens foram vítimas de colisão. 45.9% do total ocorreram das 18 às 24 horas, enquanto 21% das 12 às 18 horas. A idade variou de 1 a 86 anos, com uma média de 35.9 anos. O dia da semana com maior número de acidentes fatais foi o domingo, com 27.5% dos casos, seguido de sábado, com 22.4%, enquanto o dia com menor número foi a quarta-feira (7.1%). A caus a mais freqüente de óbito foi o TCE (51%) e choque hipovolêmico (25%). O local onde ocorreu o maior número de acidentes foi nas rodovias (BR-116 e RJ130) que tangenciam o município de Teresópolis. Conclusão: Através desse estudo, demonstramos a importância da análise de dados epidemiológicos com evolução para óbito, para estudo dos fatores prevalentes destes e planejamento de medidas preventivas. - 24 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P017 PERFIL DAS VÍTIMAS FATAIS DE ACIDENTES DE TRÂNSITO NO IML DE BELO HORIZONTE EM 1997/2001 Rodrigues Jr. JB, Lavall Jr. FJC, Bistene NL, Bordoni LS, Quintão VC, Ferreira CEF Instituto Médico Legal de Belo Horizonte - SESP / Hospital João XXIII FHEMIG / Belo Horizonte, Minas Gerais Introdução: Os acidentes automobilísticos já são considerados uma das mais importantes caus as de mortalidade na população jovem. O número de mortes representa apenas a "ponta de um i ceberg", ou sej a, uma pequena parcel a da gama de pessoas envolvidas. Estatísticas sugerem que, para cada óbito por causas externas existem 3 s eqüelados. Objetivo: Busca-se neste estudo analisar o perfil das vítimas fatais de acidentes de trânsito em Belo Horizonte quanto a sexo, idade, altura e cor, com o objetivo de conhecer mais acerca deste tipo de evento. Método: Trabalho descritivo, transversal, ret rospectivo, por meio de análise de laudos de necrópsias de janei ro de 1997 a dezembro de 2001. Foram analisadas 5037 laudos de necropsias de 1997 e de 2001 cujo motivo da perí cia foi "acidente de t rânsito". Do total dos casos, 78,2% eram do sexo masculino com m édia et ária de 35,7 anos e 21,8% do sexo feminino com média etári a de 38,3 anos. A faixa etária com maior número de casos foi a de 20 a 29 anos, com 24,6% e a menor, acima de 89 anos, com 0,1%. Além disto, a faixa etári a de 15 a 40 anos comportou 54,2% dos casos. Segundo a cor, 51,2% eram feodermas, 38,7% leucodermas, 9,8% melanodermas e em apenas 0,2% não foi possível recuperar esta inform ação. A média de altura por sexo foi de 152,1 para mulheres e de 165,7 para homens. Conclusão: Estatisticamente, o perfil do indivíduo vítima fatal de acidente de trânsito necropsiado no Instituto Médico Legal em Belo Horizonte é jovem, feoderma, do sexo masculino e com média de altura de 162,8cm. - 25 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P018 PERFIL DO NECROPSIADO SUSPEITO DE SUICÍDIO POR ARMA DE FOGO NO IML-BH Rodrigues Jr. JB, Buzatti M, Buzatti Filho DR, Rodrigues KCL, Lavall Jr. FJC, Ribeiro CEO Instituto Médico Legal de Belo Horizonte - SESP / Hospital João XXIII FHEMIG / Belo Horizonte, Minas Gerais Introdução: O número de suicídio é uma realidade j á docum entada nos principais centros urbanos do país. Objetivo: O trabalho t em por objetivo conhecer o perfil dos necropsiados suspeitos de suicídio por arma de fogo no período de 01 de janeiro de 1997 a 31 de dezembro de 2001 no IML-BH. Material: Os dados foram coletados dos laudos periciais, incluídos em um banco de dados e analisados no programa Epi Info. Foram avaliados 283 casos com relação a sexo, idade, cor, estado civil, alcoolemia e núm ero de tiros. Resultados: Do total, 89,0% eram do s exo masculino e 11,0% do sexo feminino. A idade variou de 13 a 94 anos, obtendo-se 34,54 de média, sendo a faixa etária mais prevalente a de 20 a 29 anos, que contribuiu com 34,98% de nossa amostra. Em relação a cor, 58,3% eram faiodermas, 37,5% leucodermas e 4,9% melanoderm as. Os solteiros representaram 60,1% dos casos, os casados 34,37%, os separados 3,2% e os viúvos 1,4%. O exame de teor alcoólico foi realizado em 82 casos, sendo que 25,6% foram negativos e 68,3% positivos. Nestes a média foi de 8,65dg/L. A grande maioria dos casos apres entou somente 1 orifício de entrada por projétil de arma de fogo (95,6%). Conclusão: Após a análise dos dados, concluímos que o perfil do suspeito de suicídio por arma de fogo é um adulto jovem, masculino, solteiro e faioderma. - 26 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P019 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS NECROPSIADOS VÍTIMAS DE LESÃO POR ARMA DE FOGO NO IML BELO HORIZONTE Rodrigues Jr. JB, Buzatti M, Pacheco MA, Rodrigues KCL, Lavall Jr. FJC, Ribeiro CEO Instituto Médico Legal de Belo Horizonte - SESP / Hospital João XXIII FHEMIG / Belo Horizonte, Minas Gerais Introdução: O aumento no número de vítimas de lesão por arma de fogo é uma realidade já docum entada nos centros urbanos do país. Objetivo: O trabalho tem como objetivo traçar o perfil dos necropsiados vítimas de lesão por arm a de fogo no período de 01 de janei ro de 1997 a 31 de dezembro de 2001 no IML de Belo Horizonte, com relação a sexo, idade, cor, estado civil e causa jurídica de morte. Os dados foram colet ados dos laudos periciais incluídos em um banco de dados e analisados no programa Epi Info. Resultados: De um total de 4834, 92,7% eram do sexo masculino e 7,3% eram do sexo feminino. A idade variou de 0 a 94 anos, obtendo-se uma média de 28,76 anos, sendo a faixa etária mais preval ente a de 20 a 29 anos, que contribuiu com 44,43% de nossa amostra. Em relação à cor, 66,6% eram faioderm as, 22,3% leucodermas e 10,2% melanodermas. Os solteiros representaram 76,1% dos casos, os casados, 18,6%, os separados 1,9% e os viúvos 0,8%. Com relação à causa jurídica de morte, 92,2% foram homicídios, 5,9% suicídios e 0,3% acidente. Conclusão: A partir dos dados analisados concluímos que o perfil da vítima fatal de les ão por arma de fogo é um adulto jovem, masculino, solteiro, faioderma, usualmente vítima de homicídio. - 27 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P020 SAZONALIDADE DAS NECROPSIAS POR TRÂNSITO REALIZADAS NO IML DE BELO HORIZONTE EM 1997 A 2001 Rodrigues Jr. JB, Ferr eira CEF, Bordoni LS, Bistene NL, Lavall Jr. FJC, Temponi EF Instituto Médico Legal de Belo Horizonte - SESP / Hospital João XXIII FHEMIG / Belo Horizonte, Minas Gerais Introdução: Um dos grandes dilem as da distribuição de recursos para atendimento às vítimas de t rauma é a vari ação sazonal das ocorrências. Esta variação pode acarret ar um a ociosidade de mão de obra em um determinado momento, ou plantões extremamente tumultuados, com indisponibilidade de recursos humanos adequados, noutro instante. Objetivo: Busca-s e neste estudo analisar as necropsias de vítimas fat ais de acidentes de trânsito em Belo Horizonte no período de 1997 a 2001 com relação ao mês e dia da semana de ocorrência, para melhor entendimento deste tipo de evento. Método: Trabalho descritivo, transversal, retrospectivo, por meio de análise de laudos de necropsias de janeiro de 1997 a dezembro de 2001. Resultados: Foram examinados 5037 laudos de necropsias de vítimas fatais de acidentes de trânsito. A partir da análise, detectou-s e tendência a um m aior número de necropsias em maio e julho e um m enor número de necropsias nos mes es de janeiro e novembro. O mês de janeiro possui o menor núm ero de necropsias realizadas (7,6% do total). Com rel ação à distribuição semanal deste tipo de necropsia, observou-s e uma maior concentração de casos nos sábados e domingos e uma menor concentração nas quintas -fei ras. Conclusão: O período do final de semana concentra um maior núm ero de necropsias por acidentes de trânsito, assim como nos meses de férias escol ares ou de prolongados feriados nacionais, o que sugere número superior de acidentes neste período. - 28 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P021 TRAUMA CRANIANO NAS VÍTIMAS DE TRÂNSITO NECROPSIADAS NO IML DE BELO HORIZONTE: ANÁLISE DE 1997/2001 Rodrigues Jr. JB, Ferreira CEF, Bordoni LS, Quintão VC, Bistene NL, Temponi EF Instituto Médico Legal de Belo Horizonte - SESP / Hospital João XXIII FHEMIG / Belo Horizonte, Minas Gerais Introdução: O traumatismo craniencefálico (TCE) é responsável por 50% das mortes em pacientes traumatizados. Para cada óbito, o número des crito de sobreviventes com seqüelas varia de três a 30 pessoas. Objetivo: Para melhor conhecimento do perfil do acidente fatal de trânsito em Belo Hori zonte, busca-se analisar as necropsias de vítimas de acidentes de trânsito realizadas no IML desta cidade onde a caus a do óbito foi o trauma craniencefálico. Método: Trabalho descritivo, transversal, retrospectivo, por meio de análise de laudos de necropsias de janeiro de 1997 a dezembro de 2001. Resultados: Foram examinados 5037 laudos de necropsias deste tipo de 1997 a 2001, separados por causa de óbito e analisados no programa EpiInfo. O TCE representou a causa da morte em 40,1% dos casos e, se considerarmos os casos nos quais houve algum acometimento do segmento cefálico, este aconteceu em 91,8% do total de necropsias. A sua distribuição por sexo foi masculino em 80,7% e feminino em 19,3% dos casos. A média de idade foi de 33,15 anos. Nos casos onde foi pesquisado o teor al coólico sanguíneo, 62,3% foram positivos, com média de 7,6 dg/L e destes, 61,3% estavam com valores acima do permitido por lei. O motivo mais comum do acidente, quando esta variável esteve disponível, foi atropelamento em 69,7% dos casos. Conclusão: Apesar dos avanços em medidas de prevenção secundári a, o segmento cefálico continua sendo uma região bastante acometida nas vítimas fatais de trânsito. - 29 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P022 RELAÇÃO ENTRE O ÍNDICE DE TRAUMA ATI (ABDOMINAL TRAUMA INDEX) E COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS Vieira MA, Toledo FVT, Costa FF, Carmelo VT, Menezes OP, Silva MA Serviço de Cirurgia Geral do Hospital Municipal Dr. José de Carvalho Florence de São José dos Campos – SP Introdução: O ATI (Abdominal Trauma Index) é um índice de trauma classi ficado como sendo anatômico, cuja finalidade é de prever complicações pós operatórias em cirurgia do trauma. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi de relacionar o ATI de pacientes submetidos a laparotomia exploradora na nossa instituição, com complicações pós-operatórias. Métodos: Estudo retrospectivo, através de levantam ento de prontuários. Calculou-se o ATI de todos os pacientes submetidos a laparotomia exploradora entre março de 2001 e maio de 2004, excluindo os pacientes que evoluíram para óbito no intra-operatório ou no pós-operatório imediato, os trauma crânio encefálico e torácico graves. O ATI foi estrati ficado em 3 variações: abaixo de 15, entre 15 e 25 e acima de 25. ATI acima de 25 é previsor sensível de complicações pós-operatórias. Relacionou-s e as complicações pós-operatórias com as variações do ATI. Resultados: Foram incluídos no trabalho 84 pacientes, sendo 91,7% do sexo masculino e 8,3% do sexo feminino, com médi a de idade de 27 anos e com período de internação médio de 9,8 dias. O ATI variou de 1 a 41. Dentre os pacientes com ATI acima de 25, 75% apres entou algum tipo de complicação, entre 15 e 25, 44,4% apresent aram complicações entre os com ATI menor que 15 menos de 10% apres entou algum tipo de complicação. A relação entre ATI acima de 25 e complicações pós-operatórias é estatisticament e significativo (p = 0,017 ). Conclusão: O present e estudo demonstrou que pacient es com ATI acima de 25 apresent am grande pot encial para complicações pós-operatórias, corroborando os dados da literatura. - 30 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P023 TRAUMATISMO POR ARMA DE FOGO EM CRIANÇAS ATENDIDAS NO HOSPITAL JOÃO XXIII – ESTUDO RETROSPECTIVO Rezende-Neto JB, Paiva TS, Borges VF, Braga GM, Oliveira RG, Drumond DAF Hospital , João XXIII FHEMIG Belo Horizonte, MG Introdução: Belo Horizonte apresentou o quarto m aior cres cimento taxa média de homicídios das capitais brasileiras, apesar de ocupar posição intermediaria no núm ero total. A ocorrência de traumatismos por armas de fogo em crianças, como tentativa de homicídio, denuncia o mais alto grau violência inter-pessoal. Objetivo: Estudar características sócio-econômicas e populacionais envolvidas nos traum atismos por arm a de fogo em crianças. Método: Estudo retrospectivo de pacientes com idade menor do que 15 anos, vítimas de traumatismo por arma de fogo, admitidos no Hospital João XXIII entre janeiro/98 e dezembro/99. Resultados: 58 pacient es preencheram os critérios do estudo. A maioria do sexo masculino (79,3%). Idade média foi 10,6, anos. 38 crianças (65,5%) sofreram o traumatismo no final de semana. O relato de “ bala perdida” ocorreu em 56,3%. A maioria das vítimas (82%) apres entou somente um orifí cio. O tempo médio de internação foi 6,2 dias. Complicações ocorreram em 32,7% dos pacientes sendo déficit neurológico permanent e a mais comum (19%), três crianças apresentaram traumatismo raquimedular (5,2%). Houve 12 óbitos (20,7%). Foi possível determinar de quem era a arama em 11 situações (18,9%). Em somente 2 casos a arma pertenci a à própria família. Conclusões: O aumento da violênci a interpessoal é nítido nas grandes cidades e regiões metropolitanas. Apesar da maioria das vítimas por homicídio em Belo Horizonte pertencerem à faixa et ária entre 24 e 29 anos, a incidênci a, em apenas um ano, de 58 crianças vítimas de traumatismos por arma de fogo, em uma úni ca instituição é alarm ante e comparável ao número de casos do maior estudo a ess e respeito. Alguns resultados, no entanto não condizem com os de outros trabalhos, como por exemplo: alta incidência de óbitos e seqüelas neurológicas e baixa incidência e casos acident ais. Possivelmente, a alta incidência de penetração na região da cabeça seja uma possível explicação. O relato freqüente de “ bala perdida” por vítimas ou familiares, denuncia pelo menos duas situações: alta incidência de violência e provável receio em relatar o responsável pelo disparo. Esse fato foi observado n present e estudo. Apesar desse trabalho t er sido ret rospectivo, o mesmo serve como marco inici al para comparações futuras e pode auxiliar na análise de medidas de combate à violência contra a criança. - 31 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P024 PREVALÊNCIA DE ACIDENTES PENETRANTES, ATENDIDOS NO HOSPITAL MUNICIPAL DR. JOSÉ DE CARVALHO FLORENCE Almeida ÊMBDP, Stanzani Jr. D, Campos EM, Bertti ROT, Menezes OP, Silva MA Serviço de Cirurgia Geral do Hospital Municipal Dr. José de Carvalho Florence de São José dos Campos - SP. Introdução: O trauma constitui o principal problem a de s aúde pública em todos os países, independentem ente de seu nível sócio-econômico. Objetivo: Nesse estudo, procurou-se retrat ar a realidade do serviço de emergência do Hospital Municipal Dr. José de Carvalho Florence, em rel ação aos ferimentos penetrant es em tórax e abdom e. Pacientes e Métodos: No período de janeiro de 2003 a junho de 2004, 115 pacientes vítimas de traum a tóraco-abdominal (colisão ent re veículos, atropelamentos, quedas, vítimas de projét eis de arma de fogo, dentre outros) foram atendidos nesse hospital e levados ao centro cirúrgico para serem submetidos a algum procedimento terapêutico. Resultados: Cinqüenta e nove pacientes foram acometidos por ferimento penetrant e, em tórax e/ou abdome (aproximadamente, 50 %). A idade variou entre nove e 73 anos de idade (média de 24,5 anos), 93,8% (55) eram do sexo masculino e 6,2% (4) feminino (p < 0,05).Os ferimentos por arm a de fogo foram os mais prevalentes (85%, 51 pacientes) e o local mais acometido foi a região abdominal (28 paci entes - 46,7%) s eguido pela região tóracoabdominal (11 paci entes - 18,3%). Conclusao: Conclui-se que este estudo corrobora com os anteriores, no que diz respeito a distribuição com relação ao trauma penetrant e, evidenci ando o perfil do atendimento ao politraumatizado no Hospital Municipal Dr. José de Carvalho Florence. - 32 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P025 ANÁLISE DAS CAUSAS EXTERNAS ADMITIDAS EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA NO TRAUMA Comaru JL, Barreira KS, Silveira MMC, Rodrigues AMU, Andrade LM Instituto Dr. José Frota, Fortaleza – Ceará UM Os acident es e violências configuram um sério problema em nossa sociedade pois vem repercutindo de manei ra drástica no tempo de vida produtiva perdida em nossa popul ação devido ao fato de envolverem em sua maioria pessoas em faixa et ária jovem. Diante dessa problem ática s entimos interesse em desenvolver um estudo com o objetivo de identificar os principais agravos por causas externas de pacientes atendidos em um hospital de referênci a em trauma. Trata-se de um estudo descritivo exploratório, prospectivo com abordagem quantitativa, realizado no período de Janeiro à Julho de 2004 em um Hospital de referência aos pacientes vítimas de trauma do município de Fortaleza. A amostra constou de 1.123 participantes, atendimentos neste hospital. A coleta realizou-s e através de uma entrevista e do preenchimento de um formulário, elaborado pela equipe da Unidade de Vigilância Epidemiológica do hospital. Entre os resultados encontrados o agravo de maior incidência foi o de colisão de moto com 17,36% (195 casos), s eguido de queda com 16,56% (186 casos), esta variando em queda da própria altura, do telhado, da árvore, do prédio e andaime. Dentre outros agravos ocorreram: perfuração por arma branca (PAB) 11,40% (128 casos); atropelam ento 10,86% (122 casos), agressão corporal 8,64% (97 casos), queda de moto 6,59% (74 casos), perfuração por arma de fogo (PAF) 5,26% (59 casos), acidente de trabalho 4,63% (52 casos), colisão de bicicleta 3,74% (42 casos), colisão de carro 3,65% (41 casos), acidente doméstico 3,56% (40 casos), existindo outros agravos com menor incidência atendidos neste hospital. Diante dos resultados, encont ramos os acidentes de trânsito como os principais responsáveis pelos traumas em nossos clientes, seguindo-se das agressões interpessoais, servindo-nos de alert a quanto a necessidade de medidas mais agressivas relacionadas ao processo de educação em saúde, como maneira de t entarmos reduzir estes atuais índices at ravés de estratégias de prevenção direcionadas a orientação aos grupos de risco envolvidos nas situações. - 33 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P026 TRAUMATISMO PENETRANTE MÚSCULO-ESQ UELÉTICO NA CRIANÇA Chaves MAL, Nardi D, Teixeira PG, Drumond DAF, Bueno C, Nogueira B Hospital João XXIII – FHEMIG Belo Horizonte/MG Introdução: É cada vez mais freqüente o núm ero de pacientes pediátricos envolvidos em di ferentes tipos de acident es. Desses muitos resultam em traumatismos que demandam admissão hospitalar e t ratamento especí fico em serviços de trauma. Objetivo: Apresentar o caso do paciente R.A.P.L., sexo masculino, 12 anos, admitido no Hospital João XXIII após ter sido vítima de queda de altura sobre uma grade de ferro. O paciente teve o membro inferior perfurado pela pont a em lança na extremidade superior da grade permanecendo então preso à m esma. Após o resgate pelo s erviço préhospitalar ele foi imobilizado ainda com o s eguimento da grade e conduzido ao hospital. Método: O paciente foi admitido consciente, mantendo quadro de estabilidade ventilatória e hemodinâmica. Ao exame clínico apres entava ferimento na face antero-medial da coxa esquerda por onde penetrava o corpo estranho, palpável na face l ateral no nível da pele. Os pulsos peri féricos distais assim como a temperatura e o tempo de enchimento capilar estavam preservados. Foi acolhida amostra de sangue para tipagem e prova cruzada, reservada, res erva de hemoderivados, administrados analgésicos e antibióticos. Obtidos exames radiológicos em 2 incidências que não revelaram fraturas. O servi ço de cirurgia vascul ar foi comunicado e paciente conduzido ao bloco cirúrgico. Resultados: O paciente foi operado sob anestesia geral, sendo o corpo estranho removido sob visão diret a após a identi ficação dos vasos femorais, em situação anterior. Realizada anti-sepsia, hemostasia, sutura e curativo. Durante o período que permaneceu internado o paciente apres entou uma evolução satis fatóri a, sem intercorrências. Foram mantidos os antibióticos e administrado toxóide-tetâni co. Recebeu alta, retornado após uma semana para controle ambulatorial, com o ferimento sem qualquer sinal de infecção. Conclusão: O presente relato confirm a a importância da integração entre o s erviço pré-hospitalar e a equipe que atende o paciente no centro de trauma. O transporte adequado e a mobilização do agent e vulnerante apenas durante a exploração no centro ci rúrgico foram fundament ais para evitar dano adicional ao pacient e. - 34 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P027 TRAUMA DE FACE COM COMPROMETIMENTO ORBITÁRIO Polibio GFL, Tiago SB, Saturnino RN, Alexandre M, Marcos F, Rodrigo P Liga de Cirurgia e Trauma, Serviço de Cirurgia geral do Hospital das Clinicas Costantino Otaviano Teresópolis, Rio de Janeiro. Introdução: Os traumas orbitários, estão entre os mais freqüentes, e podem se apres entar de divers as formas. A grande preocupação é s em dúvida, o acometimento ocular. Os traumas com envolvimento do globo são a segunda causa de amaurose, ressaltando a importância da participação do oft almologista. Objetivo: Demonstrar alguns tipos de lesões extensas orbitárias e periorbitárias através de métodos semiológicos e de exames complementares com auxílio multidisciplinar em situações de trauma. Métodos: Relato de caso casos e revis ão sistemática da literatura. Realizada análises retrospectivas da bibliografia médica pesquisada no banco de dados Medline. Resultados: Caso Clinico Paciente masculino, 21 anos, pardo, solteiro, desempregado, natural de Saquarema. Foi admitido, transferido de outra unidade, relatando ter sido vítima de agressão por arma branca, ocorrido aproximadament e doze horas antes, em seu município de origem. Apresent ava, ao exame, extensa les ão de hemi face direita, acometendo região infra-orbitária com fratura de complexo zigomático e lesão da pálpebra inferior (figura 4). Apresentava motilidade ocul ar inalterada, com acuidade visual de 20/25 OD. Biomicroscopia mostrava hemorragia subconjuntival em um quadrant e, e pres ença de lesão no canalículo inferior no seu terço distal, do olho direito. Tonometria e fundoscopia sem alterações em ambos os olhos. A análise da radiografia de face em frontonaso e m entonaso e da tomografia computadorizada confi rmou a fratura de zigoma e mostrou ainda fratura de osso nasal. Então procedeu-se o ato cirúrgi co com a redução da fratura de zigoma seguida de fixação com fio de aço núm ero 3, associ ada a redução da fratura nasal pela equipe de Cirurgia Bucomaxilofacial. A seguir realizamos a reconstrução do canalículo com ‘pig tail’, e alinhamento dos bordos palpebrais e tarso em conjunto com a Cirurgia Plástica. O seguimento do paciente foi interrompido após uma semana, pois o mesmo não retornou ao ambulatório após sua alta hospitalar. Conclusões: Diante de um caso de um trauma orbitário complexo a condut a diagnóstica e a investigação clínica são fundamentais para uma melhor escolha terapêutica. A abordagem multidiciplinar no tratamento é de fundamental importância para a recuperação do pacient e. - 35 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P028 CERVICOTOMIA POR TRAUMA: UMA ANÁLISE DE 54 CASOS Araujo FRL, Gifoni JMM, Silva Jr . VV, Campos Jr. MM, Barros HHM, Nogueira JBS Instituto Dr. José Frota. Fortaleza. Ceará Introdução: A região cervical é considerada crítica no que diz respeito a lesões de trauma. Embora a incidênci a desse tipo de trauma s eja pequena (5 a 10%) em relação aos demais, seu tratamento exige atenção especi al e manejo adequado. Objetivo: Traçar o perfil epidemiológico dos pacientes submetidos a cervicotomia exploradora, at endidos na Em ergência do Hospital Instituto Dr. José Frota (IJF), por trauma cervi cal. Método: Trata-s e de um estudo retrospectivo realizado a partir da revisão de prontuários de 54 pacient es, que foram submetidos a cervicotomia exploradora, no período compreendido entre janeiro e dezembro de 2003. Resultados: A média de idade foi de 30,8 anos. 92,6% eram do s exo masculino. Segundo o mecanismo de traum a, 61,1% foi por arma branca; 24,1% por arma de fogo. Quanto à localização por zona, 31,5% em zona I; 42,6% foram em zona II; 5,6% em zona III. 31% dos pacientes apresent aram algum traum a associado. 64,8% foram submetidos a cervicotomia exploradora baseados soment e na anamnes e e exam e físico. 77,8% foram sujeitos à cervicotomia exploradora entre 0 e 4h após a lesão. Quanto ao tipo de acesso cirúrgico preferido, em 31,5% realizou-se ampliação da lesão; em 27,8%, cervi cotomia longitudinal. Em 31,5% das cervi cotomias exploradoras não foram achadas lesões importantes. Das que apres entaram lesões importantes, 37% eram lesões venosas; 31,5% tinha lesão de sistema respiratório; 18,5% lesão de sistema digestivo; 14,8% lesão arterial; 11,1% lesão de sistema endócrino; 3,7% lesão de ducto torácico, sendo 1,9% diagnosticado só no pós-operatório e 1,9% lesão neurológica. 18,5% dos pacientes apresentaram alguma complicação. A média de di as de internamento pós-operatório foi de 9,63 dias. Dois (3,7%) pacientes foram a óbito. Conclusão: Constata-se maior número de lesões penetrantes, a maioria causada por arma branca, al ém de um baixo índice de mortalidade. Um considerado percentual foi não terapêutica. O ferimento por arm a de fogo, em comparação ao ferimento por arma branca, se mostrou m ais relacionado com lesões arteri al, venosa, do sistema digestivo e do sistema endócrino; já, o ferimento por arma branca se mostrou ma is relacionado com lesão do sistema respiratório. Os tipos de acesso cirúrgico mais relacionados com ferimentos por arm a de fogo foram a incisão combinada, a cervicotomia em colar; enquanto que, por arma branca foram a ampliação da lesão e a cervi cotomia longitudinal. - 36 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P029 TRAUMA CERVICAL POR "CEROL" Belezia BF, Lopes LG, Miranda FGG, Silvério RCS, Gualberto RJC Serviço de Cirurgi a Geral de Emergênci a - Hospital Municipal Odilon Behrens - Belo Horizonte-Minas Gerais Introdução: O "cerol" é uma mistura de linha de papagaio, cola e vidro moído. É usado para cortar a linha de outro papagaio. As maiores vítimas são os motociclistas com lesões na região cervi cal. As lesões podem variar desde ferimentos corto contusos acima do platisma até lesões profundas que acometem vias aérea e digestiva e os vasos cervicais superfici ais e profundos. Objetivo: Relatar 3 casos de traum a cervical em motoqueiros por "cerol". Método: Relato de 3 casos. Resultado: Três pacientes do s exo masculino, motociclistas, vítimas de ferimentos cervicais por "cerol" apresentaram os seguintes ferimentos: 1. ferimento corto contuso com les ão de vasos cervicais superficiais 2. Ferimento corto-contuso com les ão até fásci a pré-traqueal 3. Ferimento corto-contuso com l esão vascular complexa. Os três pacientes tiveram boa evolução pós -operatória. Conclusão: O hábito de us ar "Cerol" deve ser abolido da cultura popular,,o que deve ser ensinado nas escolas da rede básica de ensino. Devido ao s eu alto poder de corte, as lesões cervicais podem ser de complexidade variável. - 37 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P030 TRAUMA CERVICAL PENETRANTE Ferreira DC, Silva FE Hospital Municipal Souza Aguiar Rio De Janeiro – RJ Introdução: Os ferimentos penetrantes de pescoço são os maiores responsáveis pel as intervenções cirúrgi cas nesta parte anatômica. Desta forma a exploração sistemática das lesões dest e tipo passou a ser mandatária, porém o índice de exploração negativa em alguns estudos situa-se entre 35 e 67%. Uma nova abordagem seletiva vem surgindo baseadas em sinais, sintomas e exames complement ares, como a art eriografia, tomografia computadorizada, exames endoscópicos e exam e contrastado. Desenvolvimento: O aumento da violência nas grandes cidades juntamente com desenvolvimento de armamentos sofisticados é responsável pelo grande aporte de casos de traumas atendidos nas emergências dos hospitais das grandes cidades brasileiras. Aliado a este fato existe a melhori a do atendimento pré-hospitalar, o que faz com que o número de casos de atendimento de traum a por PAF venha cres cendo. O trauma cervical repres enta de 2,0 a 6,0% dos atendimentos em relação a todos os traumas de outros segmentos corporais. Durante um período de 35 dias foram atendidos no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Rio de Janeiro, seis casos de trauma penetrant e de pescoço. A média de idade dos pacient es foi 37 anos, sendo cinco do sexo mas culino e 1 do sexo feminino. O traum a por PAF repres entou 84% dos casos atendidos. Deste universo, dois pacientes não foram submetidos a procedimento ci rúrgico na região cervical, e em 1 foi realizada esternotomia concomitante. A zona II foi a mais acometida. Ocorreu apenas um óbito. Conclusão: Existe atualmente uma grande controvérsia em relação à linha que defende a exploração sistemática dos ferimentos penet rantes e aquel es que apóiam a abordagem seletiva, principalmente em rel ação aos traumas ocorridos na zona II. No nosso estudo de caso dos 2 pacient es em que não houve exploração cirúrgica, um deles foi PAF com orifício de entrada na zona III, com fratura de mandíbula, e outro foi com orifício de entrada na zona I e saída na zona II, com fratura das vért ebras C4 e C5. - 38 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P031 UTILIZAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORI ZADA NA DETERMINAÇÃO DO TRAJETO DE PROJÉTIL EM TRAUMATISMO PENETRANTE CERVICAL POR ARMA DE FOGO – RELATO DE CASO Rezende-Neto JB, Maia de Medeiros MM, Heitor BS, Drumond DAF, Oliveira RG, Babo PR Hospital João XXIII FHEMIG Belo Horizonte, MG Introdução: Há controvérsias sobre qual a conduta ideal nos traumatismos cervicais penetrant es em pacientes estáveis. Ness es casos, a exploração cirúrgica mandatória do pescoço apresent a-se negativa em mais de 50% dos pacientes. Atualmente, a disponibilidade de exam es complem entares permite tratamento conservador. Objetivo: Relatar um caso de traumatismo penetrant e cervical por projétil de arma de fogo (PAF) no qual utilizou-se tomografia computadori zada (TC) pré-operatória na determinação do traj eto do projétil. Relato de caso: Pacient e masculino, 19 anos, sofreu traumatismo por PAF na região cervical anterior na zona II; (RTS 7,84; ISS 4, TRISS .99). Vias aéreas, ventilação e circulação, normais e Glasgow 15. Não havi a sinais maiores de lesão vas cular. Estudou-se a via digestiva por esofagografia a qual apres entou-se normal. Realizou-s e TC do pescoço, abrangendo todas as zonas cervicais, com infusão de 150 ml de contraste iodado e cortes de 5 mm. O exame demonstrou que o projétil percorreu os tecidos em direção ant eroposterior, medial para lateral e crânio caudal poupando vasos m aiores e vias aéreo-digestiva. Houve fratura do corno maior esquerdo do osso hióide e hematoma de partes moles. Como não há protocolo especí fico para a utilização da TC como form a de tratamento conservador no traumatismo cervical por PAF no serviço, o paciente foi submetido a cervi cotomia exploradora na borda medial do músculo esternocleidomastóideo. Os achados operatórios confirmaram o resultado da TC. Conclusão: As opções de tratamento dos traumatismos cervi cais penetrant es, em pacientes estáveis, baseiam-se em duas condutas gerais: exploração cirúrgica mandatória e tratamento conservador. Adeptos da primeira conduta bas eiam-se no baixo índice de complicações e alta s ensibilidade do método. Adeptos da conduta conservadora referem eficácia sem elhante com menor morbidade. Dados da literatura mostram que a determinação, pela TC, do trajeto de PAF nos traumatismos cervicais penetrantes, em pacientes estáveis, abrevia período de observação, diminui a necessidade de arteriografi a em 50% e a de esofagoscopi a em 90%. Protocolos especí ficos utilizando TC poderão evitar testes desnecess ários e exploração cirúrgica no nosso serviço. - 39 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P032 TRAUMA DE HIPOFARINGE E LARINGE POR ARMA DE FOGO DE MÉDIA VELOCIDADE: CONDUTA NÃO-OPERATÓRIA Belezia BF, Cunha VC, Navarro LA, Dellandréa IR, Gualberto RJC, Andrade MMA Serviço de Cirurgi a Geral de Emergênci a - Hospital Municipal Odilon Behrens - Belo Horizonte/MG Introdução: O trauma cervical por arma de fogo pode s er tratado conservadoram ente, desde que paciente apres ente-se sem alterações de vias aéreas e hemodinamicamente est ável. O trauma de hipofaringe é pouco freqüente e o seu di agnóstico pode ser feito durant e a laringoscopia.O trauma de laringe pode ser diagnosticado pela tomografi a computadorizada cervi cal. Objetivo: Relatar caso de traum a de hipofaringe e de laringe por arm a de fogo de média velocidade que foi conduzido conservadoram ente. Método: Relato de caso. Revisão da literatura. Resultado: Paciente do s exo feminino, 36 anos, vítima de agressão por arma de fogo com ori fício de entrada em zona 2 e de saída em zona 3, onde houve fratura expost a de mandíbula. Na avaliação inicial apres entava-se estável e em escala de coma de Glasgow em 15. Realizado tomografia cervical que revelou trauma de laringe glótica e supraglótica sem enfisema cervical e fratura cominutiva de angulo da mandíbula. Levado ao bloco cirúrgico para fixação da fratura. Realizado laringoscopia que visibilizou trauma de hipofaringe. Duplex scan cervical e subclávio não demonstrou alterações do fluxo arterial ou venoso. Optado por conduta cervical expect ante com sonda nasoentérica e antibioticoterapia. Evoluiu pós-operatório com odinofagia, discreta dis fagia e rouquidão de melhora gradual. Recebeu alta no 7o di a para control e ambulatorial com radiografi a contrastada e laringoscopia. Conclusão: A conduta conservadora do trauma de hipofaringe e laringe por arma de fogo de m édia velocidade pode ser realizada em paci entes hemodinamicament e estáveis, que apresent em pequenas alterações de vias aéreas superiores e em serviços que disponham de tomografia computadorizada e propedêutica vas cular. - 40 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P033 PERICARDITE CONSTRICTIVA PÓS-TRAUMA TORÁCICO PENETRANTE – RELATO DE CASO Vinicius AM, Joana BB, Tiago SB, Luciana SP, Lílian SC, Alexandre M Liga de Cirurgia e Trauma, Serviço de Cirurgia Geral do Hospital das Clínicas Constantino Otaviano Teresóplis – RJ. Hospital Municipal Cardoso Fontes, Rio de Janeiro – RJ Introdução: A pericardite constrictiva, resultante de trauma toráci co levando ao tamponamento cardí aco, é um a situação incomum. O objetivo da presente comunicação é descrever um caso desta condição. Objetivo: Relatar um caso de pericardite constrictiva pós-trauma torácico. Método: Relato de caso. Resultados: Masculino, 32 anos, natural do Rio de Janeiro, saudável até ter sofrido perfuração torácica por arma branca na altura do apêndice xi fóide, durante um a briga. Atendido no Hospital Municipal Lourenço Jorge, foi realizada radiografi a (Rx) de tórax e sutura da ferida, com posterior alta hospitalar. Quarenta dias após, procurou o Serviço de Emergência do Hospital Municipal Cardoso Fontes, com queixa de mal estar geral, tosse seca, dispnéia e edema generalizado. Ao exame físico apresentava-s e hipocorado, afebril, taquipnéico, com murmúrio vesicular reduzido nas bases. Presença de ci catriz próxima ao apêndice xi fóide. Apresent ava, ainda, edema de membros inferiores até a raiz da coxa, hepatomegalia dolorosa e jugulares túrgidas. As bulhas cardíacas eram audíveis e abafadas com o ritmo regular e freqüência de 120 bpm; PA: 90x60 mmHg. Diante da historia pregress a do paciente, foi levantada a hipótes e diagnóstica de derram e pericárdico, com síndrom e de restrição diastólica. A tomografia computadorizada (TC) de tórax confi rmou a possibilidade, pela observação de grande espessamento e cal ci ficação pericárdica. O paci ente foi submetido à cirurgia torácica, com retirada de cerca de 800ml de líquido sanguinolento e pericardectomia com evolução satisfatória. Discussão. Conclusão: O presente relato delimita a importância da composição entre anamnese, exam e físico e método de imagem (TC) para o diagnóstico de pericardite constrictiva em paci ente com sinais de tamponamento cardíaco após ferida torácica recente. - 41 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P034 TAMPONAMENTO CARDÍ ACO MANIFESTANDO-SE TARDIAMENTE APÓS FERIMENTO TORÁCICO POR ARMA DE FOGO Cardoso JB, Scarpelini S, Melo MFC, Camperoni LRR, Motta DC, Stracieri LDS Unidade de Emergência do HCFMRP-USP, Ribeirão Preto – SP. Brasil Introdução: O tamponamento cardíaco não é incomum imediatamente após ferimentos torácicos penetrant es. Entretanto, a sua ocorrênci a, com manifestação tardia é rara podendo ser causado por hemorragia ou peri cardite e mani festar-s e dias ou mes es após o trauma. Objetivo: Apresent ar um caso de tamponamento cardíaco cujas mani festações clínicas ocorreram 30 dias após o evento traumático. Método: Revisão de prontuário. Revisão de literatura. Documentação fotográfi ca. Rel ato de caso: paci ente de 31 anos, masculino, atendido logo após ter sido vítima de múltiplos ferimentos por arma de fogo s endo dois em face, um em axila direita, um em hemotórax esquerdo, um em ombro esquerdo. Achava-s e hemodinamicamente instável com Glasgow 03. Após avaliação primári a e secundári a as seguintes lesões foram identi ficadas e tratadas: hemotórax bilateral e hematoma subgaleal parietal direito sendo considerado normal o exame ultra-sonográfico pelo método FAST. Paciente evoluiu com contusão pulmonar e pneumonia bilaterais associadas à insufici ência respiratória. Exame para controle de tratamento de pneumonia no 24º dia de internação demonstrou área cardíaca aumentada com aspecto de “ moringa d’água”. Pericardiocentes e confirmou a presença de s angue s endo indicada a janela pericárdica através da qual foram retirados 1000 ml d líquido hemorrágico após o que pacient e evoluiu s em outras intercorrências tendo alta em boas condições 15 dias após o procedimento. Conclusão: O tamponamento cardí aco pode mani festar-se tardiamente após ferimentos toráci cos penetrantes. Neste caso, a mani festação do tamponamento pela sua lenta form ação permitiu adaptação e acúmulo de grande quantidade de líquido sem suas clássicas manifest ações clínicas. - 42 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P035 SUPRADESNIVELAMENTO DO SEGMENTO ST COMO INDICADOR DE TRAUMA TRANSMEDIASTINAL POR ARMA DE FOGO Belezia BF, Oliveira AMH, Dutra CC, Souza SD, Dellandrea IR, Andrade MMA Serviço de Assistência Móvel de Urgência - SAMU - Belo Horizonte – MG Introdução: O trauma transmediastinal por arm a de fogo nem s empre apres enta-se de maneira evidente quando o ori fício de saída do projétil não pode ser identi ficado.Em ambiente pré-hospitalar os m étodos propedêuticos são escassos. A monitorização eletrocardiográfica de todo paci ente crítico é recomendada. Na contusão cardíaca o eletrocardiograma é o método mais sensível para triagem inicial e facilmente disponível em serviço de emergência. Objetivo: Relatar caso de paciente vítima de trauma por arma de fogo em hemitórax esquerdo que apres entava supradesnivelamento do segmento ST em duas derivações contíguas e em ambiente pré-hospital ar. Método: Relato de caso. Revisão de literatura. Resultado: Paciente sexo masculino, 45 anos, que foi vítima de agressão por arma de fogo em hemitórax esquerdo, terço superior. Encontrava-se em escal a de coma de Glasgow 15, hemodinamicamente estável e s aturação de oxigênio em 98%. Ao monitor e o eletrocardiograma apres entou supradesnivelamento do segmento ST em duas derivações contíguas: D2 e D3, o que indica injúria em parede posterior e inferior do ventrículo esquerdo e refl ete a passagem do projétil pelo mediastino posterior. A propedêutica radiológica hospitalar demonstrou hemotórax bilateral, configurando t rauma transmedi astinal. O esofagograma e o ecocardiograma não demonstraram lesões.Submetido a drenagem de tórax bilat eral. Recebeu alta hospital ar. Conclusão: Todo paciente crítico deve ser monitorizado eletrocardiograficamente durante o seu atendimento inicial. A presença de supradesnivelam ento do segmento ST deve alertar a equipe de t rauma para a possibilidade de t rauma transmediastinal, mesmo que o orifício de saída não possa ser identificado. - 43 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P036 PROJÉTIL DE ARMA DE FOGO LIVRE EM CAVIDADE PLEURAL Coelho ND, Filgueiras M, Lopes PGF, Mendes JMR, Milezi WSG, Molinaro A, Souza RG Serviço de Cirurgia Geral do Hospital das Clínicas Constantino Ottaviano Fundação Educacional Serra dos Órgãos - Teresópolis – RJ Introdução: Vários autores tem des crito as conseqüências de um impacto de um projétil no corpo hum ano. Diante disso, no presente rel ato apresent amos um caso raro de perfuração por arma de fogo em hemitórax direito com o projétil ficando livre na cavidade pleural; e deixamos explícito a pouca freqüência de repercussões negativas no procedimento terapêutico proposto. Objetivo: Relatar 01 caso de projétil de arma de fogo livre na cavidade pleural. Enfatizar a facilidade do seu diagnóstico, que pode ser realizado com radiografi a convencional seriada; bem como abordar uma terapêutica cirúrgica pouco invasiva com mínimo de complicações. Método: Identi ficação: JS, 25 anos, sexo masculino. Paciente admitido em 04-07-2004 referindo agress ão por projétil de arma de fogo em hemitórax direito. Paciente deu entrada com vias aéreas pérvias, posteriorment e apresentando dispnéia, hemodinâmicamente estável, RTS=107.64, com orifício, localizado em 5° EID, LAP na linha axilar posterior. Paci ente lúcido, dispnéia leve. Murmúrio vesicular e diminuído em 2/3 superiores e abolido em base de hemitórax direito. Conduta: Raio X de tórax AP e Perfil feito em posição ortostatica apres entando hidropneumotorax direito, projétil localizado seio costofrênico posterior. Sendo indicado drenagem torácica em selo d'agua. RX pós drenagem, o projétil se localizava topografia do terço médio do hemitórax direito, para hilar. Diante da comparação radiológica, concluímos que o projétil de arma de fogo encontrava-se livre no espaço pleural, mudando de posição com o decúbito. Optado por tratamento cirúrgi co: retirada de corpo estranho por videotoracoscopia. Conclusão: O diagnóstico do projétil de arma de fogo livre em cavidade pleural, pode ser facilmente definido através de comparação com radiologia seri ada, onde é observado projétil em diferentes locais da cavidade pleural dependendo da posição adotada pelo pacient e no gabinete radiológico. O tratamento (retirada do projétil) também pode ser facilmente realizado através da videotoracos copia que é um método minimamente invasivo de acesso a cavidade toráci ca, praticamente s em morbidade. - 44 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P037 O COMPORTAMENTO DAS VÍTIMAS DE ACIDENTES AUTOMOBILÍSTICOS COM RELAÇÃO ÀS MEDIDAS DE SEGURANÇA Comaru JL, Barreira KS, Silveira MMC, Rodrigues AMU, Andrade LM Instituto Dr. José Frota, Fortaleza – Ceará A Política Nacional de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e Violências têm como uma de suas diretrizes a promoção da adoção de comportamentos e de ambientes seguros e saudáveis, que visa a ampla mobilização da sociedade em geral através de estratégias que buscam redução dos atuais índices de morbimortalidade decorrentes de acidentes e violências. Baseado ness a premissa buscou-se avaliar o comportamento das vítimas de acidentes automobilístico com relação as medidas de segurança, atendidos em um hospital de referência em traum a. Trata-se de um estudo descritivo exploratório, com abordagem quantitativa realizado no período de J aneiro à Junho de 2004, em um Hospital de referência em Traumatologia, de Fortaleza-CE. A população constou de 1123 pacientes acompanhados pela equipe de vigilância epidemiológica, tendo como amostra 42 vítimas de acidente automobilístico envolvendo colisão. A coleta realizou-se at ravés de uma entrevista e do preenchimento de um formulário, elaborado pela equipe da Unidade de Vigilância Epidemiológica do hospital. Os dados após serem analisados, foram sel ecionados s egundo os seguintes critérios de tabul ação: habilitação, uso de cinto de segurança e ingestão de bebida al coólica. Os resultados encontrados foram: das 42 vítimas, 19 (45,24%) eram condutores do veículo e 23 (54,76%) eram passageiros. Dos condutores observou-s e os seguintes comportamentos: 17 (89,47%) possuíam habilitação, 2 (10,53%) não eram habilitados; 12 (63,15%) não usavam cinto de segurança e 12 (63,15%) tinham ingerido bebida al coólica. Dos passageiros 20 (89,95%) não usavam cinto de segurança. Diante da avaliação do comportamento das vítimas de acidentes de trânsito observou-se a necessidade da ampliação de medidas educativas associadas a uma maior fiscalização no trânsito, bem como ações voltadas para a sensibilização das pessoas sobre a importânci a do uso de medidas de s egurança visando proteção própria e de todos com os quais convivem no trânsito. Enfocamos ainda, a importância de que ocorra uma maior integração de todas as instituições relacionadas aos acidentes de trânsito (hospitais, Instituto Médico Legal, órgãos de regul ação do t rânsito e outros), para a discussão e implementação de estratégi as em conjunto. - 45 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P038 COMPORTAMENTO DOS MOTORISTAS E PASSAGEIROS DE VEÍCULOS COM RELAÇÃO AO USO DO CINTO DE SEGURANÇA – UM ESTUDO NO MUNICÍPIO DE SOROCABA Mestieri LHM,Beraldo FB, Silva DRC, Rodrigues Jr. LA, Andreta LS, Hasimoto FN, Rodriguesa JMS Introdução: As mortes violentas representam a Segunda causa de mortes no Brasil, atrás somente das afecções cardíacas. Entretanto, as causas ext ernas passam a s er a principal caus a de morte no grupo et ário de 15 a 29 anos, sendo os acidentes de trânsito a parcela dominante. Objetivo: O presente estudo tem por objetivo analisar o comportamento da popul ação de Sorocaba quanto ao cumprimento da legislação Brasileira no tocante à obrigatoriedade de utilização do cinto de segurança e comparação com dados obtidos em anos anteriores. Materiais e Métodos: Foram analisados, nos dias 27/05 e 31/05 das 12h00 às 13h00 e das 17h00 às 18h30, dois locais no município de Sorocaba, sendo um no cent ro e um na peri feria, tendo sido s elecionados de acordo com um corredor de fluxo unidirecional. A coleta dos dados foi realizada por 3 alunos da Faculdade de Ciências Médias da PUC-SP, sendo que cada avaliador visitou o mesmo local, sempre dentro do mesmo horário. Resultados: Foram observados um total de 5169 veículos transportando 6549 passageiros. Deste total, 80,19% usavam o cinto de segurança (em anos anteriores = 60%), sendo que 75,78% dos motoristas e 69,53% dos passageiros usavam o equipamento. Dentre os motoristas, 68,77% eram homens (77%) e 31,23% eram mulheres (23%). Dentre os passageiros 37,13% (39%) eram homens e 62,87% (61%) eram mulheres. Usavam o cinto 67,18% (50%) dos homens passageiros e 70,92% (62%) das mulheres. No centro observou-se 88,40% dos ocupantes utilizando cinto, sendo que no bairro 65,36% utilizavam o cinto. Conclusão: De acordo com os resultados apres entados a freqüência do uso do cinto de segurança corresponde a 80,19% (60%) da popul ação na cidade de Sorocaba. Observou-s e maior uso por parte das mulheres em relação aos homens, assim como no centro em relação à peri feria (em ambas as datas). Portanto é possível formular a hipótese de que os ocupantes dos veículos utilizam mais o cinto nas regiões centrais que na peri feria do município. É possível ainda que os motoristas usem m ais o cinto em relação aos passageiros. - 46 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P039 CUSTOS HOSPITALARES DAS VÍTIMAS DE ACIDENTES DE TRÂNSITO INTERNADAS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ Vituri R, Filho NN, Toyama G, Dantas FHO, Sommer DM, Acosta LR Introdução: O acidente de trânsito representa hoje, um dos principais problemas de saúde pública. Além de provocar fort e impacto sobre as taxas de morbimortalidade, apres enta importantes repercussões econômicas. É di fícil avaliar por completo o s eu verdadeiro impacto financeiro. Mesmo em países ricos, o aumento da demanda de serviço por essas vítimas, ao lado da maior complexibilidade do atendimento do paciente com trauma – muitas vezes envolvendo tecnologia complexa – está provocando a desativação de centros de trauma pela importante elevação dos custos. Objetivo: Analisar o impacto econômico hospitalar no tratamento das vítimas de acidentes de trânsito que necessitaram de internam ento no Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP). Metodologia: Foi realizado um estudo descritivo, cuja fonte de inform ação, foram os prontuários dos pacient es envolvidos em acidentes de trânsito internados no HUOP. Com base nos formulários de Autorização de Internação Hospitalar (AIH) foi construído um banco de dados com custos e tempo de internamento. Resultados: No present e trabalho foram analisadas trinta vítimas hospitalizadas, o que representou para o Sistema Único de Saúde (SUS) R$ 31.496,23. Dentre estes paci entes, o mais oneroso significou um gasto de R$ 5.250,13 e o menos, de R$ 165,99. O custo médio do internamento das vítimas de acidente de trânsito foi de R$ 1.049,87. O período total de hospitalização destes pacientes foi de 152 dias, variando de 0 a 19 dias. Em relação aos custos por dia de internamento observou-se um gasto de R$ 207,22 ao dia. Conclusão: Os custos totais dos acidentes apres entados no HUOP, neste relatório, de 30 pacientes foram estimados levando-se em conta os custos diretos. No entanto, existem custos intangíveis e subjetivos, relativos a sobrevida esperada de pessoas vítimas de acidentes de trânsito, como sofrimentos físicos e psicológicos das vítimas, parent es e amigos (custos humanos), ditos custos indiretos. Nosso método de estudo, de forma exploratória, fora realizado para captar valores de fácil compreensão dos órgãos gestores e bem como a importância do trabalho preventivo na redução do número de acidentes de trânsito. - 47 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P040 LEVANTAMENTO ESTATÍSTICO DA MORBIMORTALIDADE NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ Vituri R, Dantas FHO, Fenato RR, Marinho JN, Oliveira AL, Filho NN, Neto RM Introdução: O Brasil é reconhecidamente um dos recordistas mundiais de acidentes de trânsito. O problem a se revel a não apenas pelo número absoluto de acident es, mas também pela alta incidência de acident es por pessoa ou por veículo em ci rculação, que s e reflete em índices que demonstram a real periculosidade do trânsito no país. Para enfrentar o problem a de forma adequada, é preciso definir prioridades de ação, de acordo com a natureza do fenômeno. É preciso identifi car mais precisam ente quem está s endo afetado e quais custos, pessoais e sociais estão envolvidos. Objetivo: O objetivo do estudo aqui apresentado é o de qualifi car e quantifi car mais precisamente quais são as características dos pacientes vítimas de trânsito, na cidade de Cascavel, que necessitaram de internam ento no Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP). Metodologia: Foi realizado um estudo descritivo cuja fonte de informações foram os prontuários dos paci entes envolvidos em acidentes de trânsito internados no HUOP. Relacionando o tipo de acidente de trânsito com suas respectivas lesões mais freqüentes, tempo e média de internamento e o custo médio. Resultados: No presente trabalho foram analisados 30 pacient es hospitalizados, no qual 10 foram vítimas de atropelamento, 7 colisões auto-auto, 5 auto-moto, 2 auto-bicicleta, 2 quedas de biciclet a, 2 quedas de moto, 1 colisão auto-caminhonete e 1 caminhãobicicleta. Dest es, 16 apresentaram trauma de cabeça e pescoço, 6 fraturas de tíbia, 5 fraturas de fêmur, 4 fraturas de fíbula, 2 traumas abdominais, 1 fratura de rádio, 1 fratura de ulna, 1 fratura de talus, 1 fratura de joelho, 1 luxação escapulo-um eral e 1 sem les ão aparent e. Entre os 10 casos de atropelamento, 7 apresentaram trauma de cabeça e pescoço, 3 fraturas de fêmur, 2 traumas abdominais, 2 fraturas de tíbia, 1 fratura de ulna e 1 fratura de fíbula e 2 óbitos. Esses pacientes tiveram tempo de internamento total de 152 dias, variando de 0 a 19 dias com custo médio de R$ 1.049,87 por paciente com R$ 207,22 ao dia. Conclusão: Após o levantamento estatístico do mecanismo do trauma, das lesões e das despesas médico-hospital ares concluímos o alto índice de atropelam ento em nossa área de abrangência. As despesas tornaramse elevadas nestes paci entes em função do alto índice de fratura de ossos da perna e trauma de cabeça e pescoço. Ao veri ficar o local destes acidentes constatou-se que em 70% dos mesmos não havia calçamento adequado. - 48 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P041 MOTOCICLISTAS FRENTE ÀS DEMAIS VÍTIMAS DE ACIDENTES DE TRÂNSITO NO MUNICÍPIO DE MARINGÁ Oliveira NLB, Souza RMC Universidade Estadual de Maringá – PR Introdução: No Brasil, como em outros países, os acidentes de trânsito são um ponto negro e crítico nas estatísticas de morbimortalidade, tendo destaque especial entre as causas ext ernas. Constituem um grave problema de saúde pública e são importantes causas de morte, incapacidades e s eqüelas principalmente em indivíduos jovens. Objetivo: Evidenciar as características epidemiológicas dos motociclistas envolvidos em acidentes de trânsito, no Município de Maringá - Paraná. Método: Foram analisadas 446 vítimas atendidas pelo Sistema Integrado de Atendimento ao Trauma e Emergência (SIATE), nos meses de fevereiro e março de 1999. Desse total de vítimas, 206 (46,19%) eram motociclistas e o restante pert encia a outras cat egorias de vítimas (240). Resultados: Os resultados mostraram que os motociclistas diferenciaram-se das dem ais vítimas em relação às variáveis: idade, posição no veículo, tipo de acidente, período do dia em que ocorreu o acidente e destino após o atendimento. Os motociclistas foram às vítimas mais freqüentes na faixa etári a de >23 e <32 anos. Foram minoria entre mulheres com idade >32 e homens com idade >50 anos. O predomínio dos homens foi observado nos dois grupos sendo constatada uma rel ação ent re vítimas do sexo masculino/feminino de 4,7:1 entre os motociclistas e de 3,0:1 entre as pertencentes a outras cat egorias. Os passageiros de motocicl eta foram menos freqüentes que os dos demais veículos (38,38% e 61,62% respectivament e). As vítimas mais freqüentes de quedas foram os motociclistas (60,32%). Quando considerado o período do dia e dia da sem ana da ocorrência do acidente, observou-s e que de segunda a quinta feira os motociclistas estiveram predominantemente em ocorrências entre 12h e 17h 59 min. Na sexta feira e sábado, ocupantes de motocicleta foram freqüent emente envolvidos em acidentes ocorridos nesse horário e t ambém entre 18h e 23h 59 min. Os motociclistas encaminhados para hospitais não especializados na assistência aos traumatizados foram em menor freqüência comparativamente às dem ais vítimas. Conclusão: Os resultados obtidos nesta pesquisa confi rmaram a importância dos motociclistas entre as vítimas de acidentes de trânsito no Município de Maringá - PR e revelaram as suas especi ficidades em relação a aspectos epidemiológicos importantes que podem contribuir para m elhoria da assistência e para a implementação de políticas e estratégi as de redução dos acidentes de motocicletas. - 49 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P042 ESTUDO DA PREVALÊNCIA DE ACIDENTES COM MOTOCICLETAS NO PERÍODO DE JANEIRO DE 1998 A DE ZEMBRO DE 2001, NA CIDADE DE CASCAVEL Souza V, Pinto AFA, Costa DMM, Junior CSNJ, Marinho JN, Leite ALN, Santos RAA Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Cascavel/PR Introdução: A Cidade de Cascavel está em segundo lugar em âmbito nacional de acidentes de trânsito. Realizou-se uma análise document al comparativa entre os m eses mais quentes do ano, de setembro a m arço, com os meses mais frios, de abril a agosto, referent es aos anos de 1998 a 2001. Objetivo: Identificar a incidência e o perfil dos acidentes caus ados por motocicletas em Cascavel. Metodologia: Foi realizado um estudo transversal, com levantamento de 12.672 prontuários, no serviço de at endimento préhospitalar de Cascavel. As vítimas foram observadas quanto ao uso de capacete, presença de TCE, sexo e idade. Os tipos de acidentes observados foram: moto-moto, moto-auto, moto-bicicleta, moto-anteparo e queda de moto. Os dias da semana foram divididos entre dias úteis e não úteis e os horários entre manhã, tarde e noite. Resultados: Do total da amostra, 83,56% eram condutores, 11,98% eram passageiros, 2,73% pedestres e 1,71% ciclistas. Nos meses frios, a prevalência de TCE sem uso de capacete foi de 81,6%, contrastando com 72,85% dos meses quent es. De acordo com a idade e sexo, nos meses frios, 57,92% das vítimas foram homens de 21 a 30 anos, e nos meses quentes, a média se manteve, em 42,2%. Relacionando dia da semana e horário, nos meses quentes, 43,62% dos acident es foram em dias úteis, no período vespertino, e 19,38% em dias não úteis, no período noturno. Nos meses frios, 30,5% das ocorrências foram em dias úteis, no período da tarde, e 23,72% em dias não úteis, à noite. Relacionando dia da semana com tipo de acident e, constatamos que, nos meses frios, 72,625% dos acidentes foram do tipo auto-moto e nos meses quentes, 71,63% foram colisões automoto. No período estudado, 1,88% das ocorrências no período de clima frio foram a óbito e 2,05% nos meses mais quentes. Todos os óbitos foram de condutores, do sexo masculino. Conclusão: Não houve significativa diferença entre a rel ação da estação do ano com o número de ocorrênci as. A maior parte das vítimas são condutores, masculinos, de 21 a 30 anos, que se acidentam mais em dias úteis, no período vespertino e, se considerado os finais de semana, no período noturno. O tipo de acidente mais comum é a colisão moto - auto. Somente houve diferença signi ficativa no número de óbitos segundo o clima, que foi maior nos meses quentes. - 50 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P043 ESTUDO COMPARATIVO ENTRE POLITRAUMATI ZADOS RURAIS E URBANOS NA REGIÃO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO, SÃO PAULO Bicudo FPS, Baitello AL, Marques CCB, Cordeiro JA, Alvares RM, Zamberlan GD Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto/SP Introdução: Atualmente, existem poucos estudos científicos avaliando a relação epidemiológica entre os traumas rurais e urbanos, visto que estes t êm maior incidência e prevalênci a nos grandes centros. Assim, pelo fato da região de São José do Rio Preto, atender um grande contingente de politraumatizados, tanto da zona rural quanto urbana, vem por meio deste estudo, comparar os dados epidemiológicos referentes aos mesmos. Objetivo: Apresent ar os dados demográficos, índices de gravidade, procedimentos e resultados avaliados em politraumatizados, comparando os traumas rurais e urbanos. Métodos: Foi analisado retrospectivam ente, um total de 193 pacientes, sendo 82 provenientes da zona rural e 111 da zona urbana, com idade média de 34,19 anos (12 - 93 anos), atendidos, no período de 2002 a 2004. Resultados: A idade médi a dos pacientes da amostra rural foi de 32,7 anos, enquanto na amostra urbana, 35,3 anos (SD 15 ± 0,1). O índice de gravidade (ISS) médio da popul ação rural foi de 4,15 e na urbana, 5,77, com desvio padrão de 4,41 e 6,99, respectivamente. Avaliando-se o tempo, em dias, de internação entre as duas popul ações, (médi a 2,75 rural e 5 urbana), p = 0,452 no teste de Wallis. Analisado o tempo decorrido do transporte do paciente (£30min.: 7,25% rural e 28,92% urbano) e (>60min.: 69,57% rural e 38,55% urbano), p<0,005 no teste Qui-Quadrado. Segundo o TRISS (mediana: 99,6 [44,5 - 99,7] rural e 99,4 [0,9 - 99,7] urbana) evidenciou-se ser maior na zona rural, do que na urbana (p = 0,031 no teste Mann-Whitney). As três principais caus as de traumas urbanos foram, respectivam ente, acidentes automobilísticos (36,94%), quedas (27,03%) e ferimento por armas (9,91%), enquanto nos t raumas rurais, foram acidentes com animais (59,76%), com veículos (12,20%) e instrumentos de trabalho (10,98%), p < 0,00005 no teste de proporção por aproximação norm al. Veri ficou-se m aior chance de imobilização correta na zona urbana (54,05%) do que na rural (35,37%), com p = 0,005 no teste de proporção por aproximação normal. Foi comprovado que há evidência da chance de óbito ser maior na zona urbana, com p = 0,013 no teste exato de Fisher. Conclusão: Evidenciamos que o TRISS e o número de óbitos foram signi ficativam ente maiores nos t raumas ocorridos na zona urbana, caract erizando uma população de maior gravidade. - 51 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P044 IMPORTÂNCIA DAS CAUSAS EXTERNAS NA SAÚDE PÚBLICA PARA PREVENÇÃO DO TRAUMA Quintas ML, Teixeira Jr. FJR, Duarte AAB, Watanabe PD, Castro AD, Umemura AY Serviço de Cirurgia Geral e do Trauma do Hospital Geral de Pedreira ACSC – São Paulo/SP Introdução: O trauma vem s e tornando um probl ema de saúde pública cada vez mais alarmante à m edida que aum enta a violência urbana. Objetivo: Estudar a violência por causas externas, de vítimas que deram entrada em nosso Hospital, localizado na região Sul de São Paulo. Casuística e Métodos: Foram analisadas as fichas de atendimento na emergênci a, no período histórico de janeiro de 2000 a dezembro de 2003, discriminando-se as vítimas de violênci a, cat alogadas em boletim de ocorrência, independente da gravidade da mesma, comparando-s e com o atendimento realizado no mesmo período. Resultados: Para uma população de 462.170 habitantes, numa área de 43,8 Km2, com densidade demográfica 10.552 hab/ Km2, segundo Censo 2000 - IBGE, foram atendidos nas áreas de emergência de Clínica Médica, Cirúrgica, Ortopédica, Pediátrica e Ginecologia/Obstetrí cia, 1.149.911 pacientes, sendo 266.894 (23,2%) em 2000, 317.387 (27,6%) em 2001, 290.839 (25,3%) em 2002 e 274.791 (23,9%) em 2003, correspondendo especi fi camente ao atendimento cirúrgico 96.788 (8,4%), sendo 20.371 (7,6%) em 2000, 25.514 (8%) em 2001, 25.325 (8,7%) em 2002 e 25.578 (9,3%) em 2003. Foram catalogados nesse período 8.811 boletins de ocorrência na admissão do atendimento cirúrgico, correspondendo: 2.981 (33,9%) por quedas; 1.773 (20,1%) por acidente de trânsito; 1.320 (15%) por ferimentos por arma de fogo; 1.105 (12,5%) por atropelamento; 753 (8,5%) por agressão; 531 (6%) por queimadura; 271 (3,1%) por ferimento por arma branca; 54 (0,6%) por suicídio e 23 (0,3%) por estupro. Conclusão: Os processos que deram origem às l esões traumáticas foram na sua totalidade processos agressivos à integridade do ser, quer sejam intencionais ou não, destacando-se as violências het erodirigidas (ferimentos por arma de fogo, arma branca, agress ão, estupro) e as autodirigidas (suicídio) e o grupo de acidentes propriamente ditos (de trânsito, queda, atropel amento), nos permitindo apontar algumas necessidades e tarefas como planos de estudos que abordem faces e aspectos múltiplos da realidade com investigação multidisciplinar, necessidade de recursos humanos, criar soci edades intersetoriais que promovam medidas adequadas e eficazes para obter ambientes e comportamentos seguros e saudáveis. - 52 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P045 ÍNDICES DE TRAUMA NO HOSPITAL REGIONAL DE SÃO JOSÉ Araujo PA , Pinto E, Manteuffel R, Kleinubing D, Waltrich C, Novotny C Hospital Regional de São José - Homero de Miranda Gomes – Florianópolis – SC Objetivo: Avaliação do perfil de pacient es atendidos na emergênci a do Hospital Regional de São José, referência em atendimento de traum a na cidade de Florianópolis - São José, SC, e qualificá-los de acordo com os índices de trauma. Método: Realizado um estudo prospectivo , do perfil de pacientes at endidos na Emergência do Hospital Regional de São José - HMG, no período de 6 meses. O grupo de pacientes incluidos no estudo foram vítimas de trauma grave, que nes cessitaram de perm anência hospitalar por mais de 24 horas, para procedimentos di agnósticos ou terapêuticos. Foram avaliados 3 índices fisiológicos e dois índices anatômicos. Os resultados foram agrupados e comparados com t empo de permanência hospital ar, incidência de complicações e mortalidade. Resultados: Os pacientes mais graves e com valores de índices de trauma mais el evados apresent aram maior mortalidade, maior t empo de internam ento e maior incidênci a de complicações. - 53 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P046 COMPORTAMENTO DOS PEDESTRES COM RELAÇÃO À FAIXA DE PEDESTRES – UM ESTUDO NO CENTRO DA CIDADE DE SOROCABA Mestieri LHM, Silva DRC, Hasimoto FN, Tavares KRC, Angelieri FMR, Cunha PS, Rodrigues JMS Introdução: As mortes violentas repres entam a Segunda caus a de morte no Brasil, atrás somente das afecções cardíacas. Entretanto, as causas ext ernas passam a s er a principal caus a de morte no grupo et ário de 15 a 29 anos, sendo os acidentes de trânsito a parcela dominante. Os atropelam entos são o tipo de acidente de trânsito com m aior morbi-mortalidade associada, como mostram alguns trabalhos já publicados. Objetivo: Veri ficar se os pedestres respeitam as leis de trânsito, atravess ando as ruas nas faixas de pedestre e aguardando a abertura do semáforo. Materiais e métodos: Foram observados 3746 pedestres no Centro do município de Sorocaba/SP, nos dias 17 e 21 de junho de 2004, das 17h30 às 18h30 e das 12h00 às 13h00, respectivam ente, pelos mesmos acadêmicos da Faculdade de Ciênci as Médicas da PUC-SP, sendo que cada avaliador visitou o mesmo local, sempre dentro do m esmo horário. Foi observado se os pedestres atravess avam na faixa de pedestres ou não e se estes aguardavam ou não o semáforo abrir. Considerou-se o momento correto para os pedestres atravess arem no fechamento do s emáforo de veículos, já que nos locais observados não existe semáforo de pedestres. Resultados: Foram observados 3746 pedestres dos quais, 25,62% atravess avam na faixa. Destes, 56,92% aguardavam a abertura do semáforo e 43,08% não aguardavam. 74,38% dos pedestres não atravessavam na faixa, sendo que destes, 40,75% esperavam a abertura do sem áforo e 69,25% não aguardavam. Discussão: Observamos, uma maioria de pedestres que desrespeitam as leis de trânsito, atravess ando fora da faixa. Isso se deve, entre outros fatores, ao alto volume de pedestres no local e à grande distância entre as faixas de pedestre. Não foi observado, durante a pesquisa, a presença de fiscais de trânsito que pudessem orientar os pedestres, bem como semáforos de pedestres adequados (sinais luminosos e sonoros). Este trabalho mostra, portanto, que a maioria dos pedestres não obedece às leis de trânsito, faltando campanhas de orient ação fiscalização e meios que permitam que os pedestres tenham segurança no trânsito, como semáforos adequados, e faixas de pedestres mais próximas umas das outras. - 54 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P047 EMBOLIA BALÍSTICA PARA MEMBRO INFERIOR: RELATO DE CASO Bez LG, Passerino CH, Simão-Filho C, Pinto DM, Miguel EV Serviço de Cirurgia Vascular- Hospital de Pronto Socorro João XXII - Belo Horizonte - Minas Gerais – Brasil Introdução: O traumatismo por arma de fogo seguido de embolia pelo projétil (embolia balística) é evento raro. Poucos são os casos rel atados na literatura. Objetivo: Relat ar um caso de traumatismo torácico por arm a de fogo seguido de embolização do projétil para o membro inferior. Relato do Caso: Paciente EPS, 25 anos, sexo masculino, vítima de agressão por arma de fogo em hemitórax direito. Admitido em estabilidade hemodinâmica, com vias aéreas pérveas e PA de 110 x 80 mmHg. Apresentava ori fício de entrada em linha axilar anterior direita ao nível do quinto espaço intercostal, sem orifí cio de saída. Radiografia de tórax revelou hemotórax moderado à direita, porém não localizou o projétil. Submetido a drenagem torácica em s elo d'água, com saída de cerca de 500 ml de sangue, e a novas radiografias (tórax, abdome, cervical e membros inferiores). O projétil encontrava-se na raiz da coxa direita. Neste momento, atentou-se para a aus ência de pulsos distais no membro inferior direito. Realizados ecocardiograma transtorácico, que estava normal, e duplex-scan arterial em membro inferior direito, que const atou oclusão na origem da artéria femoral superficial. Paciente encaminhado para cirurgia, com esternotomia mediana e acesso aos vasos femorais na coxa direita. Observada les ão em veia pulmonar inferior direita junto ao át rio esquerdo, local de entrada do projétil, que foi submetida a rafia. Realizada arteriotomia em femoral superficial com retirada do projétil e arteriorrafi a. Boa evolução pós -operatória, com alta hospitalar no sexto dia. Conclusão: O diagnóstico de embolia balística exige alto índice de suspeita. Deve ser pensado nos traumas por arma de fogo no tórax ou abdome com radiografias negativas para localização do projétil e déficit de pulso em extremidades. - 55 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P048 FÍSTULA ARTÉRIO-VENOSA RENAL APÓS TRAUMA PENETRANTE: TRATAMENTO CONSERVADOR - RELATO DE CASO Nascimento FM, Scarpelini S, Nascimento FM, Muglia W, Piccinato CE, Stracieri LDS Unidade de Emergência - HCFMRP-USP - Ribeirão Preto, Sp, Brasil Introdução: O tratamento conservador não operatório para ferimentos penetrant es no trauma renal tem sido descrito na literatura científi ca. A utilização da tomografi a computadorizada e da arteriografi a ampliou esta possibilidade terapêutica. A art eriografi a ainda é pouco disponível para casos de urgência no nosso meio, contudo o procedimento tem sido, progressivament e, incorporado no arsenal terapêutico do traum a. Objetivo: Apresent ar um caso de ferimento por arm a branca (FAB) no dorso, com lesão renal, curs ando com fístula art ério-venosa, tratada com embolizações por meio de arteriografia. Método: Revisão de prontuário. Revisão de literatura. Documentação fotográfi ca. Relato do caso: Paciente do sexo masculino, mulato, com 47 anos, vítima de FAB no flanco esquerdo, na transição tóracoabdominal. Deu entrada no servi ço com instabilidade hemodinâmica, sendo abordado pelos princípios do ATLSâ. Apresent ava hematúria m acros cópica sem dor abdominal, e após estabilização por reposição volêmica, foi submetido a exame tomográfico do abdômen com diagnóstico de trauma renal grau III. Optou-se pelo tratamento conservador não cirúrgico. No quinto dia de internação, mantendo significativa hematúria, com queda do hematócrito, mas com est abilidade hemodinâmica, foi submetido a arteriografia seletiva com diagnóstico de fístula artério-venosa renal de alto fluxo tendo sido tratado por embolização. Houve regressão completa da hematúria com alta hospitalar no 11º dia de internação. Retorna 3 dias após com novo quadro de hematúria franca, relacionado a um grande es forço físi co realizado em sua casa. Foi realizada nova embolização por arteriografi a recebendo alta, assintomático, após 4 dias. Retornou com 1 mês sem apresentar qualquer queixa. Conclusão: O tratamento conservador não operatório do FAB renal é possível. Para se obter sucesso é fundamental a s eleção adequada dos casos e a disponibilização de recursos avançados em radiologia como tomografia computadorizada e radiologia intervencionista. O custo financeiro desta opção terapêutica deve ser melhor estudado. - 56 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P049 TRAUMATISMO DE ARTÉRIA POPLÍTEA: EXPERIÊNCIA DE 5 ANOS EM UM CENTRO DE TRAUMA Bez LG, Miguel EV, Pinto DM, Rosário RCV, Moreialvar RD Serviço de Cirurgia Vas cular – Hospital João XXIII - Belo Horizonte - Minas Gerais – Brasil Introdução: As lesões da artéria poplítea são as mais desafiadoras das lesões arteri ais das extremidades devido ao alto índice de amputações associado às mesmas. O diagnóstico e a intervenção precoces mostram-se important es para um bom resultado. Objetivo: Avaliar as lesões de artéria poplítea em um hospital de referênci a no atendimento ao traum a em um período de 5 anos. Métodos: Foram analisados retrospectivamente os registros de trauma vascular dos pacientes atendidos no Hospital de Pronto Socorro João XXIII no período de Abril de 1998 a Maio de 2003. Resultados: Durante o período, foram operados 71 paci entes com les ão de art éria poplítea, sendo 62 do sexo masculino (87,32%) e 9 do s exo feminino (12,67%), com idade média de 33,17 anos. O traumatismo contuso foi encontrado em 42 casos (59,15%), as lesões por arma de fogo em 24 casos (33,80%), as lesões por arma branca em 4 casos (5,63%) e les ão iatrogênica em 1 caso (1,40%). A fasciotomia de perna foi utilizada em 47 casos (66,19%), sendo em 42 casos no mesmo ato cirúrgico de reparo art erial e em 5 casos por síndrome compartimental diagnosticada no pós-operatório. A taxa de amputação da s érie foi de 18,30% (13 casos), sendo 11 casos por trauma contuso (26,19% dos traumas contusos) e 2 casos por trauma por arma de fogo (8,33% dos traumas por arma de fogo). A principal causa de amputação foi a infecção pós-operatória associada à extensa destruição t ecidual de partes moles nos traumas contusos, além do tempo de isquemia prolongado entre o trauma e a intervenção cirúrgica. Conclusão: A redução do tempo de isquemia, a fas ciotomia precoce e o controle da infecção de partes moles são important es fatores para diminuir a amputação nas lesões de art éria poplítea. - 57 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P050 DUPLEX-SCAN NO TRAUMA CERVICAL PENETRANTE: RELATO DE 23 CASOS Bez LG, Miguel EV, Pinto DM, Almeida GN, Moreialvar RD Hospital de Pronto Socorro João XXIII - Belo Horizonte - MG – Brasil Introdução: O manejo dos pacientes com trauma cervical penetrante na Zona II ainda é tema controverso. Alguns autores preconi zam a exploração cirúrgica de rotina, enquanto outros defendem a cirurgia seletiva com base na propedêutica complementar, principalmente a arteriografia. Objetivos: Avaliar a utilização do duplex-scan no trauma cervi cal penetrante da Zona II. Métodos: Foram submetidos a duplex-scan cervical 23 pacientes vítimas de trauma penetrante atendidos no Hospital João XXIII entre Agosto/ 2001 e Outubro/ 2002. Todos os pacientes apres entavam estabilidade hemodinâmica e ausência de sinais maiores de lesão vascular cervical à admissão (sangram ento ativo ou hematoma em expansão). Resultados: A idade média dos pacientes foi de 26,7 anos, sendo 21 pacientes do sexo mas culino (91,30 %) e 2 do sexo feminino (8,7%). O traum a foi causado por arma de fogo em 16 casos (69,56%), arma branca em 5 casos (21,73%) e objeto cortante (vidro) em 2 casos (8,69%). Todos os ferimentos ultrapassaram o platisma, sendo localizados na zona II em 18 casos (78,26%), na transição entre as zonas II-III em 3 casos (13,04%), na transição entre as zonas I-II em 1 caso (4,34%) e nas zonas II e III em 1 caso (4,34%). Os achados do duplex foram normais em 18 casos (78,26%), pequeno hem atoma em 2 casos (8,69%), lesão de carótida interna em 2 casos (8,69%) e lesão de veia jugular interna em 1 caso (4,34%). Realizaram-se 3 cervicotomias para reparo vascul ar (13,04%), 2 drenagens torácicas e uma traqueotomia por incisão especí fica. O tratamento nãooperatório foi utilizado em 17 casos (73,91%). Conclusão: O duplex-scan cervical pode ser utilizado como alternativa à exploração cirúrgica de rotina nos pacient es com t rauma penetrante em Zona II cervi cal que se apresent am hemodinamicamente estáveis e sem sinais maiores de lesão vascular. - 58 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P051 TRAUMA DE VASOS ILÍACOS Mantovani M, Fraga GP, Rojas CEB, Meirelles GV, Guillaumon AT Disciplina de Cirurgia do Trauma. FCM - Unicamp. Campinas, SP. Introdução: Lesões de vasos ilíacos (VI), seja por traum a fechado ou por ferimentos penetrantes, constituem uma entidade grave e potencialment e fatal. É uma lesão pouco freqüente e apresenta elevada mortalidade. Objetivo: Analisar a experiência do serviço no tratamento do trauma de vasos ilíacos. Método: Durante o período de janeiro/1994 a dezembro/2004 foram acompanhados e tratados 33 pacientes com lesão de VI, considerando a artéria e veia comuns, interna e externa. A incidência desta les ão em laparotomias foi de 2,9% em traumas penet rantes e 0,2% em traumas contusos. Resultados: Nos 33 casos houve predomínio de lesões caus adas por proj éteis de arm a de fogo (27 casos - 81,8%) e apenas um caso (3%) foi decorrent e de trauma contuso. Na admissão destes pacient es, 51,5% (17 casos) apresentavam PAS < 90 mmHg e o RTS teve uma média geral de 5,54. Na laparotomia foi observado grande hem atoma de retroperitônio em 29 casos (87,9%) e em 22 casos (66,7%) havia sangramento ativo. Em 27,3% dos pacientes (9 casos) havia associação de lesão arterial e venosa associ adas e em apenas 9% dos pacientes (3 casos ) a lesão era bilateral. A freqüência de lesões arteriais foi de: 24,2% de comum, 12,1% de externa e 3% de interna. O trat amento instituído para estas lesões foi sutura (41,6%), enxerto (25%) ou ligadura (16,7%), e 16,7% dos casos evoluíram a óbito ant es do tratamento definitivo. Com relação a freqüência de lesões venosas obs ervou-s e: 54,4% de comum, 30,3% de externa e 27,3% de interna. O tratamento instituído para estas lesões foi a ligadura na maioria dos casos (66,7%). Em 93,9% dos casos haviam lesões abdominais associadas a este tipo de trauma, sendo que o ATI teve uma média de 31,1. Hemotrans fusão foi necess ária em 87,9% dos casos e, conforme a gravidade do caso, foi indicado l aparotomia abreviada em 30,3% deles. A mortalidade foi de 42,4% (14 casos), com taxas de 28,6% em les ão exclusiva venosa, 50% em lesão de artéri as, 66,7% quando associadas (vei a e artéri a) e 100% quando bilateral. Conclusão: O trauma de VI exige experi ência da equipe cirúrgi ca para rápido controle da hemorragia, curs ando com elevada mortalidade, principalment e quando há associação de les ão arterial e venosa, ou lesão bilateral. - 59 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P052 TRANSPORTE AEROMÉDICO COM ANESTESIA DISSOCIATIVA Belezia BF, Antunes AP, Souza SD, Miranda FGG Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU, Hospital Municipal Odilon Behrens e CORPAER-PM MG Introdução: A anestesi a dissociativa com Ketamina associada ao Midazolan é um método seguro de analgesia e sedação em pacient es na s ala de emergência ou bloco cirúrgico. A principal contra-indicação para o s eu uso é a presença de trauma cranioencefálico devido ao aum ento da pressão intracraniana que a Ketamina pode ocasionar. O transporte aeromédico com helicóptero esquilo adaptado, além de expor o paci ente às alterações fisiológicas do vôo, também pode comprom eter a s egurança da aeronave e da equipe devido a proximidade do pacient e com os equipamentos de navegação e o piloto.A agitação, ansiedade, choro, pânico ou movimentação excessiva do paciente dentro da aeronave pode comprometer a tranqüilidade do piloto e do vôo. Objetivo: Relatar um caso de uso de anestesia dissociativa em transporte aeromédi co com helicóptero. Método: Relato de caso. Revisão da literatura. Resultado: Criança de 4 anos, sexo feminino, vítima de atropelamento em zona rural distante cerca de 1 hora de serviço de trauma. Acionado transporte aeromédi co em helicóptero modelo esquilo adaptado para tal função. Chegada ao local cerca de 20 minutos após. Criança em escala de coma de Glasgow 14, com fratura fechada de membro superior esquerdo, freqüência cardíaca (FC) em 155 bpm e saturação de oxigênio em 98% ar ambiente. Após avaliação inicial, criança com choro irritado e dor em local de fratura. Foi administrado 20 mg de Ketamina associado com 1 mg de Midazolan com boa resposta e melhora da FC para 120 bpm. Fornecido oxigênio por máscara facial. Durante os 20 minutos de transporte aeromédi co não ocorreram intercorrências ou quedas na saturação, sendo que a criança permaneceu inconscient e. Cerca de 30 minutos após o início da sedação, na unidade de suport e avançado, iniciou resposta a estímulos doloros profundos. Na sal a de emergência iniciou emissão de sons e despert ar tranqüilo. Na avaliação por métodos de imagem: ultrassom abdominal, radiografia de pelve e tórax e tomografia de crânio encontram -se normais. Houve fratura de antebraço esquerdo. Conclusão: A anestesia dissociativa mostrou-s e segura e eficaz para analgesia e sedação em transporte aeromédico. A segurança do vôo e a tranqüilidade do piloto de helicópteros tipo esquilo adaptados para tal fim pode ser melhorada com o seu uso criterioso evitando incidentes em espaço aéreo. - 60 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P053 ANESTESIA DISSOCIATIVA NO ALINHAMENTO E IMOBILIZAÇÃO PRÉ-HOSPITALAR DE FRATURA EXPOSTA GRAU 3 DE MEMBRO INFERIOR Belezia BF, Souza SD, Borges LMM, Duarte T, Gonzaga WL, Torres LG Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU - Belo Horizonte –MG Introdução: Anestesia dissoci ativa com Ket amina e Midazolan é s egura quando realizada em ambiente hospitalar: bloco cirúrgi co e sala de emergência, devido a estabilidade respiratóri a e hemodinâmica que proporciona. O pacient e com fratura exposta apresenta-se com dor e apreensivo com relação ao aspecto estético da sua lesão. O transport e nas grandes cidades é prolongado e em vias de trânsito com condições pouco adequadas de conservação, o que favorece à movimentação excessiva da fratura. O alinhamento e a imobilização são fundam entais para melhoria da dor e no tratamento inicial destas fraturas. Objetivo: Relatar três alinhamentos e imobilização pré-hospitalar de fratura expost a de membro inferior grau 3 em que a anestesia dissociativa foi administrada. Método: Relato de caso. Revisão da literatura. Resultado: Três paci entes com fratura exposta grau 3 de membro inferior, sendo duas de fêmur e uma de perna, após dois acidentes de moto e um atropelamento. Encontravam-se com es cala de coma de Glasgow 14 e 15 e RTS em 10,11 e 12. Atendidos por unidade de suporte avançado composta por médico, enferm eira, auxiliar de enfermagem e motorista socorrista. A dose média de Ketamina usada foi de 183,3 m (150 mg a 250 mg). O Midazolan foi administrado nos 3 pacientes com dose média de 4 mg. Foi relatado vômitos na chegada ao hospital, taquicardia sinusal e aumento da secreção em vias aéreas em um m esmo paciente, que foi tratada por atropina. Não houveram complicações respiratórias ou óbitos devido ao uso da anestesia. O despert ar foi tranqüilo nos 3 pacientes. A anestesia foi administrada por ci rurgião geral. Conclusão: A anestesia dissociativa é uma opção s egura para o alinhamento, imobilização e transporte do paci ente com fratura exposta grau 3, com objetivo de minimizar a dor e o sofrimento. Pode ser realizada por médicos não anestesistas em unidade de suporte avançado. - 61 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P054 INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO COM SINTOMATOLOGIA ATÍPICA NO IDOSO SEGUIDO DE DESFIBRILAÇÃO PRECOCE Belezia BF, Neves LFM, Borges LMM, Duarte T, Torres LG, Mendonça WL Serviço de Assistência Móvel de Urgência - SAMU - Belo Horizonte - MG Introdução: O infarto agudo do miocárdio (IAM) pode apresent ar-s e de forma atípica, principalment e no idoso, podendo ser difícil o seu reconhecimento, principalmente via telemedi cina. Objetivo: Relatar caso de paciente confuso em ambiente doméstico que apresentou fibrilação ventricular durante a sua avaliação inicial na residênci a, tendo sido des fibrilado imediatamente após. Apresentou boa evolução. Método: Relato de caso. Resultado: Paciente sexo feminino, 75 anos, que apresentava um quadro confusional agudo à triagem médica pelo telefone. À chegada da equipe apres entava-se gemente, sem manter cont ato verbal e com movimentos repetidos de ambas as mãos es fregando-as pela face. Alguns minutos após, durante a avaliação inicial, apres entou piora súbita da consciência e do padrão respiratório. Foi então monitorizada com as pás, que demonstraram fibrilação ventricular. Respondeu à des fibrilação com 200J. Evoluiu imediatamente após com melhora do quadro clínico, sendo que na ambulância apresentava-se com escala de coma de Glasgow em 15, t endo inclusive mastigado o ácido acetil salicílico e colocado o nitrato sublingual. Apresentou boa evolução. Conclusão: A apresentação atípica da síndrome coronari ana aguda no idoso deve ser lembrada na telemedicina. A des fibrilação precoce está relacionada com um prognóstico favorável da fibrilação vent ricular, independent e da idade. - 62 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P055 CONHECIMENTO SOBRE APH EM ACADÊMI COS DA ÁREA DA SAÚDE Cordeiro FL, Junior LCZ, Pimentel MRS, Maksud DFO, Nascimento FJ, Silva LT Projeto Vidas/USS – Vassouras – RJ O Trabalho procura avaliar as noções sobre APH/SBV em acadêmicos da área de saúde Avaliar o grau de conhecimento sobre Suporte Básico de Vida em acadêmicos da área de saúde at ravés de um teste proposto antes e após um curso de 40 horas sobre o assunto, no qual foram abordados os t emas não apenas para acadêmicos de medicina sobre Suporte Básico de Vida (Primeiros Socorros) e obs ervar suas deficiências Foi aplicado um pré-t este individual para 96 acadêmicos, com 25 questões de múltipla escolha, sendo todas baseadas no BLS e/ou PHTLS de 3 cursos da área de s aúde, estando todos devidamente matriculados na Universidade Severino Sombra distribuídos da seguinte maneira: medi cina (65 alunos 1º ao 10º período), enfermagem (17 alunos 1º ao 8º período) , fisioterapia (14 alunos 1º ao 10º período). Os alunos tiveram um tempo de 20 minutos para a realização de cada um dos 2 testes,sendo estes realizados em um mesmo local. O curso de 40 horas abordou noções elementares em Suporte Bási co de Vida (análise primária, cinemática e psicologia do trauma), sendo este ministrado por uma ONG (Projeto Vidas), composta por 38 acadêmicos da área de saúde. O pré-teste indicou que das 25 questões a média de acertos foi de 9,5 questões, ou s eja, 38% do teste, enquanto no pós-teste a médi a de acertos foi de 16,6 questões, ou seja, 66,4% , revelando um aumento de 74% no aproveitamento no aproveitamento dos acadêmicos Podemos notar com os resultados obtidos que a defasagem no conhecimento do APH e SBV dos acadêmicos dessa instituição revelando que um simples e objetivo trabalho e/ou curso e/ou disciplina sobre o Atendimento Pré-hospitalar ou Suporte Básico de Vida pode trazer melhorias t anto no conhecimento como na conduta e manejo dos pacientes dess es futuros profissionais, tendo em vista que o trauma é hoje a 2ª maior causa de óbitos no mundo. - 63 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P056 ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR DE GESTANTE NO TERCEIRO TRIMESTRE DE GESTAÇÃO. RELATO DE CASOS Porta RMP, Molla Neto OL Resgate/SAMU-193 - Corpo de Bombeiros de São Paulo - São Paulo A maioria das publicações sobre trauma na gestante t em como objetivo mostrar a ressuscitação e os probl emas fetais de teratogênese. Os estudos de trauma no terceiro trimestre de gestação, incluindo os resultados de cesariana postmortem, mostram que o sucesso da ces ariana de urgênci a está inversamente relacionado com o intervalo de tempo decorrido entre a morte materna e o nascimento do feto. Relatamos um caso de gestante de 18 anos de idade, no terceiro t rimestre de gestação que foi vítima de atropelam ento enquanto atravessava via pública carregando filho de cinco anos no colo. Realizado atendimento pré-hospitalar das vítimas e constatado que a mulher encontrava-s e em parada cardiorrespiratória. Iniciou-s e ressuscitação e conduzida vítima para o hospital. Foi realizada cesariana de urgência após 25 minutos do trauma com ressuscitação do feto e óbito materno. O segundo caso trata-se de gestante de 37 anos de idade, aproximadamente 38 semanas de gestação que foi encont rada em parada cardiorrespiratória no domicílio. Realizado atendimento pré-hospitalar e vítima conduzida ao hospital. Foi realizada cesariana de urgência após aproximadam ente 30 minutos de ocorrência sem sucesso na reanimação materna e do feto. - 64 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P057 TORACOTOMIA DE REANIMAÇÃO NO PRÉ-HOSPITALAR Faria RC, Siebert M, Foernges L, Gomes LCD, Schneider R Introdução: A toracotomia de em ergência é um procedimento que tem sido cada vez mais utilizado pelos centros de trauma no atendimento ao traumatizado grave, principalmente após o aperfeiçoam ento dos serviços de atendimento pré-hospitalar. Toracotomia de Reanimação é um procedimento indicado para pacientes com ferimento penetrante em região torácica précordial que se encontre em estado de choque grave com agonia. Trata-s e de uma conduta que exige compet ência dos profissionais principalmente se realizado no pré-hospitalar. A pres ença de sinal de vida com ferimento cardíaco no cenário do trauma aument a a possibilidade de bons resultados com a toracotomia ness es cenários. Apes ar de ainda não existir um consenso entre os cirurgiões em relação às indicações para a realizar a toracotomia no pré-hospitalar, este procedimento pode s er uma medida salvadora ou tentativa de ressuscitação. Objetivo: Descrever o relato de uma toracotomia de reanimação no pré-hospitalar em um paci ente que sofreu um ferimento por arma branca na região toráci ca na região anterior esquerda. Relato de Caso: I.M.C, 26 anos, masculino, moreno, operário, apresent a ferimento por arma branca em tórax anterior esquerdo. No pré-hospitalar estava com quadro de agonia, com sinais vitais: pulso carotídeo pres ente, mucosas descoradas, FC: 43bpm, FR: 48mpm, TA: 60/30mmHg, tórax assimétrico, AP: MV diminuído, realizado assim drenagem de tórax à esquerda s endo negativa. Paciente evoluiu para Parada cardiorrespiratória-PCR, iniciou-se medidas de RCP IOT, toracotomia à esquerda em posto ambulatorial, ao chegar no pericárdio encontra-se grande quantidade de sangue compatível com tamponamento cardíaco, drenado este tamponamento se localiza uma lesão em ventrículo direito, sendo realizado tamponamento digital sobre a lesão no miocárdio, conseguindo reverter a PCR com massagem interna. Paciente é encaminhado para Hospital de Pronto Socorro onde se realizou a miocardiorafi a (ventrículo) na sala de emergênci a e após foi para revisão de parede torácica e fecham ento definitivo do tórax. Após 48 horas do evento paciente recebe alta da UTI. Conclusão: Mesmo que Toracotomia de reanimação não seja um procedimento us ado rotineiramente em pacientes com ferimentos no préhospitalar, este caso acima rel atado teve um ótimo resultado, entre outros aspectos porque, durante o atendimento estava pres ente um Cirurgião do Trauma realizando a primeira abordagem do procedimento. - 65 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P058 DE UM RESGATE A MÚLTIPLAS VÍTIMAS AO PLANO DE ATENÇÃO A CATÁSTROFE DO MUNICÍPIO DE ARACAJU / BRASIL Costa MCM, França CR, Barretto M, Augusto IF, Alves FS SAMU 192 Aracaju Introdução: Com 04 (quatro) meses de funcionamento o SAMU 192 Aracaju, atendeu a duas catástrofes em rodovia federal durant e colisões automobilísticas envolvendo 84 vítimas. A característica desses at endimentos foi à participação de múltiplas instituições individualmente e de forma desorganizada entre si. Objetivo: Formar aliança entre os diversos órgãos objetivando a criação do plano municipal de atenção às urgências no município de Aracaju. Método: Pesquisa nos arquivos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - SAMU 192 Aracaju, nas fichas de atendimentos médicos e relatório dos obs ervadores do Serviço, que se encontravam nos locais dos eventos. Resultados: Diante dessa ineficiente abordagem, surgiu a necessidade de se construi r um documento normativo, tendo como alicerce o Protocolo de Resposta a C atástrofes, ADM IR (Advanced Disaster Medical Response) e START. Foi criado um protocolo interno de atenção às catástrofes. Divulgamos esse protocolo às instituições, porém as mesmas continuavam trabalhando sem sincronia, surgiu então a necessidade de agrupamento através do Comitê de Gerenciam ento de Atenção às Catástrofes. Conclusão: A formação do Comitê de Gerenci amento de Atenção às Urgências, possibilitou criação do Plano Municipal de Atenção às Urgênci as e Emergências de Aracaju, composto pelos atendimentos pré e intra-hospitalar, conseguindo uma linguagem única nas ações. - 66 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P059 ABORDAGEM SOBRE O TRANSPORTE NO ATENDIMENTO PRÉHOSPITALAR AO PACIENTE POLITRAUMATI ZADO Lopes PGF, Faria CGPP, Arruda RD, Soares PD, Borlot PEW, Molinaro A Liga de Trauma de Teresópolis, Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO) - Teresópolis-RJ Objetivo: Discutir os principais tipos de transportes utilizados no atendimento pré-hospitalar ao paciente politraumatizado, abordando suas caract erísticas, indicações, vantagens e desvantagens. Metodologia: Revisão de literatura referent e ao t ema. Resultados: Para ter acesso ao transporte, um observador, deve acessar o sistema (t elefones 192 e 193) para ativar os Serviços Médicos de Emergência. Na maioria dos sistemas regionais de transporte, existem duas opções já organizadas: transporte terrestre (ambulância) e aéreo (helicóptero). O transporte terrestre é utilizado quando o número de vítimas é pequeno, como nos acidentes de trânsito, agressões ou emergência clínica. As ambulâncias de socorro de emergência (ASE) são cl assifi cadas em básicas e avançadas. As ASE avançadas tem sua equipe chefiada por um médico e dispõem, além dos equipamentos de suporte básico de vida e de imobilização, de equipamentos de suport e avançado de vida. As ASE básicas são tripuladas por um TEM (técnico de enferm agem em emergênci a médica) e um socorrista, e só possuem equipamentos de suporte básico de vida e imobilização. Todo o sistema é controlado através do centro de Operações do Corpo de Bombeiros. As principais vantagens do transport e terrestre s ão: resposta rápida; permite carregar grande quantidade de equipamentos e monitorar o doente; operação econômica, disponibilidade de viaturas. Por outro lado as principais desvantagens são: ris co de colisão com outros veículos; exige cuidados com a s egurança do paci ente, equipe e populares; procedimentos invasivos fi cam prejudicados. No transporte aéreo são utilizados helicópteros do tipo HB_350. Este serviço dispõe de duas configurações: uma básica e uma avançada As indicações do uso de helicópteros são: socorro pré-hospitalar, remoção inter-hospitalar, transporte de recursos materiais ou equipes para o atendimento aos paci entes graves cujos riscos possam ser reduzidos com at endimento e transporte rápidos; cobrir distâncias de 80 a 320 Km. As principais vantagens são: transporte rápido para longas distâncias e lugares de di fícil acesso. Conclusão: O conhecimento da existênci a de diferent es tipos de transporte para o paciente politraumatizado, é importante para um atendimento efici ente, qualifi cado e adequado, podendo resultar em um menor número de seqüel as físicas e emocionais, além do aumento na sobrevida da vitima. - 67 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P060 ANESTESIA DISSOCIATIVA NO TRANSPORTE DO PACIENTE COM CORPO ESTRANHO EMPALADO Belezia BF, Cavalieri IM, Castro BL, Souza SD, Dutra CC Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - SAMU; Serviço de Cirurgia Geral de Emergênci a - Hospital Municipal Odilon Behrens - Belo HorizonteMinas Gerais Introdução: Anestesia dissoci ativa com Ket amina e Midazolan é s egura quando realizada em ambiente hospitalar: bloco cirúrgi co e sala de emergência, devido à estabilidade respiratóri a e hemodinâmica que proporciona. O paciente com corpo estranho emp alado deve s er transportado do modo mais seguro possível, sendo que este somente deve ser retirado em ambiente de bloco cirúrgi co. A sens ação de medo, dor e movimentação excessiva do paci ente podem ocorrer. Objetivo: Relatar três casos de transporte pré-hospitalar de corpo estranho empalado em que a anestesia dissociativa foi administrada. Método: Relato de caso. Revisão da literatura. Resultado: Três pacientes com corpo estranho empalado: faca em hemitórax, guidon de biciclet a e barra de ferro todos em es cala de com a de Glasgow 14 ou 15 e RTS em 11 ou 12 atendidos por unidade de suporte avançado composta por médico, enfermeira, auxiliar de enfermagem e motorista socorrista. A dos e média de Ketamina usada foi de 75 mg (25 a 150 mg). O benzodiazepínico foi administrado nos 3 pacientes. Em um dos pacientes houve necessidade de uma segunda dos e de 50 mg de Ketamina devido ao transporte prolongado. Não houveram complicações respiratórias ou óbitos devido ao uso da anestesia. Todos os três médicos não eram anestesistas. Conclusão: A anestesia dissociativa é uma opção segura para o transporte do paciente com corpo estranho empalado, com objetivo de minimizar a dor e o sofrimento. Pode ser realizada por médicos não anestesistas em unidade de suporte avançado. - 68 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P061 INTUBAÇÃO NASOTRAQ UEAL EM PACIENTE SENTADO: UMA OPÇÃO PARA O PACIENTE PRESO EM FERRAGENS Belezia BF, Dutra CC, Souza SD, Torres LG, Mendonça WL, Duarte T Serviço de Assistência Móvel de Urgência - SAMU - Belo Horizonte - MG Introdução: O paciente preso em ferragens pode apresentar-se com múltiplas lesões, que determinarão o rebaixamento do grau de consci ência e os trabalhos de desencarceramento poderão prolongar-se por horas. A presença de mútiplas vítimas pode di ficultar o trabalho de toda a equipe. O acesso restrito ao paciente implica em soluções não convencionais para a obtenção da via aérea definitiva, já que ele pode pass ar a sua "hora de ouro" em ambiente pré-ospitalar. Um dos critérios para intubação nasotraqueal é a presença de respiração espontânea. Objetivo: Relatar caso de paciente preso em ferragem com trauma cranioencefálico grave que foi submetido a intubação nasotraqueal, quando ainda encontrava-se sentado no banco de passageiros do veículo. Método: Relato de caso. Resultado: Paciente sexo m asculino, 30 anos, vítima de colisão fronta com caminhão. Apres entava-se preso pelo membro inferior, com escala de coma de Glasgow em 06, com difícil acesso e com outras duas vítimas. Respirava espontaneament e e foi submetido a intubação nasotraqueal por tentativas. Após intubação foi sedado e desencarcerado. Faleceu na sala de emergência. Conclusão: A intubação nasotraqueal às cegas, em doent e com indicação de via aérea definitiva e que respira espontaneam ente, pode ser indicada em situações de acesso restrito ao paciente. - 69 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P062 KETAMINA PARA AGITAÇÃO PSICOMOTORA EM AMBIENTE CONFINADO = FERRAGENS Belezia BF, Duarte T, Mendonça WL, Torres Jr LG, Souza SD, Dutra CC Serviço de Assistência Móvel de Urgência – SAMU – Belo Horizonte – MG Introdução: O paci ente confinado em ambiente hostil e confinado pode apres entar-s e agitado devido a dor, perda da orient ação espacial e medo de morrer.A hipóxia e o t rauma cranioencefálico devem ser excluídos como causas primárias. Objetivo: Relatar caso de paciente agitado, que encontravase preso em ferragens e foi sedado com Ket amina. Método: Relato de caso. Resultado: Paciente sexo masculino, 40 anos, que foi vítima de um capotamento de caminhão em estrada tendo ficado preso por cerca de 1 hora antes da chegada do socorro. Durante a avaliação primária apres entava um quadro confusional agudo, desorientado, segurando violentamente a equipe de atendimento, desejando desesperadamente s er retirado e impedindo a realização de qualquer procedimento. Excluídos hipoxemia e trauma cranioencefálico, foi sedado com 200 mg de Ketamina intramuscul ar. Administrado oxigênio por máscara faci al, colocado colar cervi cal e realizado acesso venoso, Administrado duas doses de 50 mg de Ketamina, endovenoso, para manutenção da sedação, paral ela às atividades de desencarceramento, que prolongaram-se por 1 hora e 30 minutos. Apresentava fratura fechada de fêmur, tracionada sem dor com dispositivo apropriado após a sua retirada. Apresentou boa evolução durante o transporte aeromédi co e na sala de emergência. Conclusão: Agitação psicomotora em paci ente confinado, após exclusão de hipoxemia e traum a cranioencefálico, pode ser tratada com Ketamina, permitindo conforto para o paciente e para equipe de socorro. - 70 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P063 INVESTIGANDO OS CONHECIMENTOS SOBRE PRIMEIROS SOCORROS DOS ACADÊMICOS DA ÁREA DE SAÚDE Andrade LM, Queiroz DR, Lima NMC, Silva VD, Rodrigues AMU A explosão demográfica, o cres cimento populacional, o des envolvimento industrial e a violência que crescem nas grandes cidades, vêm expondo os cidadãos a risco cada vez m aiores. Qualquer pessoa poderá ser surpreendida por uma situação de emergência, que envolva a integridade física de um amigo, parente, vizinho, ou mesmo um desconhecido na rua. Os primeiro socorros são atendimentos básicos e simples à vítima no local do acidente ou próximo ao mesmo. Este estudo teve como objetivo avaliar os conhecimentos sobre primeiros socorros junto a comunidade acadêmica da área de saúde. Desenvolveu-se um estudo de carát er exploratório des critivo com abordagem quantitativa em uma universidade de grande porte, situada no município de Fortaleza-Ce; como amostra tivemos 100 acadêmicos selecionados de forma aleatória que pertenci am ao Centro de Ciências da Saúde. Depois de coletados os dados, estes foram expostos em gráfi cos e tabelas para posterior análise auto-explicativa. Como resultado tivemos que a maioria dos entrevistados tinha 21 a 30 anos (54,0%), e tendo predominância o sexo feminino. Quanto a experiência em em ergência (58,0%) não tem nenhum a experiênci a, (58,0%) não sabem proceder frent e a uma pessoa caída e não sabem como atuar , (66,0%) parari a e veria s e a vítima está consciente; (96,0%) acham que a disciplina de Primeiros Socorros não deve s er ofertada somente para acadêmicos da área de s aúde. Concluímos que a maioria das pessoas não sabe atuar em situação de emergência, o que nos deixou muito preocupadas, pois se os acadêmicos da área de saúde não sabem atuar em emergência, imaginemos como a popul ação em geral está despreparada para essa situação, precisando ser feito trabalhos de educação e saúde para que essa situação se modifique. - 71 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P064 EXPERIÊNCIA DO ESTÁGIO PARA ACADÊ MICOS DE MEDICINA E ENFERMAGEM NO SAMU 192 ARACAJU Alves FS, Marinho RCH, Gois MCS, Brasileiro FF, Costa MCM, França CR Samu 192 – Aracaju-SE Introdução: O SAMU 192 Aracaju iniciou no, ano de 2002, uma experiência inovadora em todo o país com a cri ação de um estágio extracurricular para acadêmicos dos cursos de Medicina e Enferm agem da Universidade Federal de Sergipe, com o intuito de proporcionar a estes acadêmicos um aprendizado em atendimento pré-hospitalar. Através deste estágio os estudantes têm a oportunidade de participar ativament e nos atendimentos de urgências clínicas ou traumáticas ocorridos na cidade de Aracaju, além de assistir aulas, e participar de treinamentos e simulações de acidentes, atividades estas organizadas pelo NEP (Núcleo de Educação Permanente). Objetivo: Demonstrar a experiência vivida pelos estagiários no Serviço de At endimento Móvel de Urgênci as de Aracaju. Ma terial e Métodos: Estudo quantitativo baseado em rel atórios e estatísticas feitos pelos estagiários da primeira e segunda turma do estágio extracurri cular do SAMU 192 Aracaju. Foram priorizados os dados a respeito do tipo de ocorrência (clínica, traumática, obstétrica ou trans ferência inter-hospitalar), as causas dos at endimentos traumáticos e a prevalência dos sexos nos atendimentos realizados por estes estagiários. Resultados: Foi inclusa nesta apresentação uma amostra de 732 atendimentos, destes 51% foram de causa traumática, 39% de caus a clínica, 3% de causa obstétrica e 7% foram trans ferências inter-hospitalares. As urgências traum áticas tiveram a seguinte proporção etiológica: 26,5% acidentes automobilísticos, 21% atropelamentos, 17% acidentes motociclísticos, 10,5% ferimentos por arma de fogo, 10% ferimentos por arma branca, 5,5% queda de altura e 9,5% outras etiologias. Observou-se ainda uma prevalência maior do sexo mas culino no total das ocorrências estudadas. Conclusão: Esta apresentação exibiu um pouco da experi ência vivenciada pelos acadêmicos de Medi cina e Enferm agem no estágio, onde eles tiveram a chance de participar de di ferentes tipos de atendimentos de urgência. Adqui rindo conhecimentos em atendimento pré-hospitalar, além de estimular a prática do trabalho em equipe. Demonstrando importância desta iniciativa pioneira criada pelo SAMU 192 Aracaju, a qual poderá s ervir de modelo para outros serviços de pré-hospitalar do país. - 72 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P065 APRESENTAÇÃO DA LIGA DO TRAUMA DA FMUPF Hoppen R, Palma D, Casalli JJ, Foiatto JC, Menegussi S, Possamai V Universidade de Passo Fundo – Rio Grande do Sul As concepções dos cuidados e a profilaxi a das doenças se enquadram no contexto de saúde pública e certamente deverão ser revistas com a emergência e o contínuo crescimento do trauma. A maioria dos traumas são preveníveis, e a agressão externa acontece, geralmente em pacient e jovem, com potenci al altamente produtivo, podendo caus ar grande prejuízo à soci edade. Assim, é preciso, um centro de referência ao atendimento com pessoas quali fi cadas e treinadas que participem desse processo realizando um atendimento inici al adequado. Nesse cont exto, surge a Liga do Trauma da Faculdade de Medicina da UPF, com o objetivo de capacitar estudantes na prevenção, tratam ento inicial e reabilitação dos pacientes, vítimas de traum a, bem como, orientar a sociedade em geral, sobre a importância da prevenção ao traum a e de como proceder em casos de traumatismo. Fundada em 04 de Abril de 2003, a Liga do Trauma da FMUPF é composta por uma coordenação de três médicos orientadores, uma diretoria de seis acadêmicos e cento e vinte alunos ligantes. Foi estruturada em três áreas: Estudo Teórico, Estudo Simulado e Estágio em Emergência Hospitalar. A proposta está embasada nas diretrizes do Advanced Trauma Li fe Support (ATLS) e Pre Hospital Trauma Li fe Support (PHTLS). A criação, efetivação e atuação da Liga do Trauma da FMUPF representa uma ferramenta importante de capacitação de estudantes e de cons cientização da comunidade e dos poderes constituídos frente à doença trauma. - 73 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P066 A LIGA DE TRAUMA DE TERESÓPOLIS Soares PD, Quintella FR, Mendes JMR, Morales WB, Molinaro A, Filgueiras M Fundação Educacional Serra dos Órgãos – Teresópolis/RJ Objetivo: Incentivar o surgimento de novas ligas, a partir da divulgação desse movimento em nossa instituição. Materiais e métodos: Para realização do presente trabalho, foi realizado um levant amento do histórico da Liga de Trauma de Teresópolis e de textos de apoio que abordam o tema ligas acadêmicas. Resultados: A história da Liga de Trauma de Teresópolis iniciou-se em Maio de 2001, no Congresso Cirurgia 2001 a odisséia do Cirurgião. No momento estavam presentes diversos acadêmicos da Faculdade de Medicina de Teresópolis que ficaram realment e encantados com o tema. Posteriormente, em Junho, no 1° congresso de Trauma do Rio de janeiro, alguns acadêmicos decidiram cri ar o Grupo de Trauma de Teresópolis. O grupo de Trauma de Teresópolis iniciou suas atividades no di a 07 de agosto de 2001, foram organizadas reuniões mensais com o objetivo de discutir os assuntos referentes ao trauma. A Liga de Trauma de Teresópolis foi criada em Maio de 2002 por acadêmicos juntamente com professores da Faculdade de Medicina de Teresópolis num momento em que finalmente resolveu-se abrir os olhos para essa doença endêmica que acomete principalmente os jovens, independente de condições sócio-econômicas. Posteriormente, as atividades da Liga de Trauma de Teresópolis centraram-se principalment e em três ações: Encontros Cientí ficos, trabalhos cientí fi cos e a participação em congressos externos. Atualmente temos como atividade oficial o Clube de Revista, que tem como objetivo principal à atualização priorizando o estudo de artigos publicados em revistas de renome mundial, enfatizando o tema Trauma e Cirurgia. Dentre noss as maiores di ficuldades estão a implantação dos índices de trauma em nosso hospital (HCTCO) e a criação de um ambulatório direcionado somente ao acompanhamento dos pacientes do pós-operatório vitimas de Trauma. Conclusão: A Liga de Trauma de Teresópolis, nos seus dois anos, tem se demonstrado uma ótima form a de se aprimorar o conhecimento, aliando atualização através de pesquisas, ensino através dos encontros e discussões e extens ão. Continuando o trabalho, temos a perspectiva de que o futuro nos reserva o espaço para nos tornarmos um centro de referência para as Ligas de todo o Brasil, e para todos aqueles que gostam e que querem discutir sobre o assunto trauma. - 74 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P067 IMPORTÂNCIA DO ENSINO E DA PADRONIZAÇÃO DE CONDUTAS EM CIRURGIA DO TRAUMA NA UNIDADE REGIONAL DE EMERGÊNCIA DO CONJUNTO HOSPITALAR DE SOROCABA Costa DH, Inácio Jr. W, Hasimoto EN, Almeida CA, Rodrigues JMS Liga de Emergência e Trauma da Faculdade de M edicina de Sorocaba – CCMB - PUC/SP. Dentro das emergênci as, o trauma é uma das mais graves doenças. Na área cirúrgica, o trauma representa 30% a 40% de todas as cirurgias de emergência. O objetivo do trabalho foi avaliar a oportunidade e a qualidade da indicação cirúrgica e da conduta intra-operatória adotada, para as vítimas de acidentes e violência interpessoal, classi ficadas como causa ext erna de morbidade ou mortalidade e atendidas na URE-CHS. Os pacient es foram classi ficados, at ravés da aplicação do TRISS, índice prognóstico para as vítimas do trauma. Dos 58 prontuários avaliados, foram aproveitados no estudo, 31 prontuários: 29 prontuários de vítimas de trauma abdominal e 2 de vítimas de trauma torácico. A média de idade encontrada, foi de 27,3 anos. 25 vítimas (80,6%) eram do sexo masculino e 6 vítimas (19,4%) do sexo feminino. Quanto ao tipo de acident e, encontramos 14 vítimas (45,2%) de acidentes de transporte e 17 (54,8%) resultantes de violência interpessoal. Todos os pacientes vítimas de trauma contuso (12 vítimas – 38,7%) com suspeita de lesão intra-abdominal, foram submetidos ao lavado peritoneal diagnóstico (LPD) na s ala de emergência, s endo que dest es lavados, 11 (96,6%) foram positivos e foram encaminhados para laparotomia exploradora. Com relação à qualidade do atendimento prestado observou-se que 28 vítimas possuíam um TRISS maior ou igual a 97% e 3 vítimas com índice menor ou igual a 93%. De todos os pacientes avaliados, ocorreram: 1 óbito (3,2%), 1 trans ferênci a inter-hospital ar (3,2%) e 29 altas (93,6%). Sendo que o óbito correspondeu a um paciente cujo TRISS era de 89%. Concluímos que o atendimento inicial e a indicação do trat amento cirúrgico, para as vítimas de trauma, atendidas na URE-CHS, foram oportunos e realizados segundo os princípios padronizados e aceitos internacionalment e como os mais adequados. Além disso, as condutas técnicas adotadas nos procedimentos cirúrgicos estão padronizadas e alcançando os resultados esperados pela aplicação dos índices prognósticos estudados. - 75 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P068 PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DA LIGA DO TRAUMA Q UANTO À INTERDISCIPLINARIDADE NA EMERGÊNCIA Lima MS, Canalli AC, Ribeiro RCHM Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto / SP Objetivo: O estudo teve como objetivo caracterizar os acadêmicos dos cursos de graduação de M edicina e Enfermagem, integrantes da Liga do Trauma, e avaliar a percepção que os mesmo possuem acerca do tema interdisciplinaridade, bem como suas vant agens e desvant agens. Metodologia: Trata-se de um estudo qualitativo de caráter exploratório, em que se utilizou o questionário como procedimento para obter informações dos sujeitos. Resultados: Foram respondidos 46 (92%) dos 50 questionários aplicados sendo 30 (65,2%) respondidos por acadêmicos da Medi cina e 16 (34,8%) por acadêmicos da enferm agem. Os dados de caracterização do curso de graduação em Medicina foram: em relação ao sexo, 17 (36,9%) sexo masculino e 29 (63,1%) do s exo feminino; em relação à idade a m édia foi de 19 a 27 anos, numa predominância de 9 (30%) da faixa etária 23 anos para a Medicina e 9 (56,2%) com 22 anos para a Enfermagem, 19 (41,3%) são membros da Liga do Trauma, 39 (84,8%) percebem que há um relacionamento interdisciplinar na Unidade de Emergênci a e Trauma do Hospital de Base (HB), 35 (76,1%) percebem que há um bom relacionam ento entre as equipes médicas, 26 (56,5%) percebem que há um rel acionam ento interdisciplinar entre a medi cina e a enferm agem, 23 (50%) notam um bom relacionamento entre a equipe de enferm agem, 26 (56,5%) relataram que há um relacionamento interdisciplinar entre as equipes multiprofissionais, 37 (80,4%) pensam que há vantagens em trabalhar com equipe interdisciplinar em Unidades de Em ergência, 29 (63%) não encont ram di ficuldades durante o atendimento de emergênci a e 22 (47,8%) não encontram di ficuldades de relacionamento interdisciplinar no cotidiano. Conclusão: O crescimento contínuo entre as equipes através da educação continuada possibilita melhorar a assistência prestada ao paciente de forma integral. A comunicação também é um fator importante para o des envolvimento do trabalho interdisciplinar, pois dela depende a form a de abordar os membros para o trabalho transcorra de forma produtiva.. As di ficuldades para esta comunicação foram relatadas como falta de interação profissional e pessoal e na indefinição de papéis e responsabilidades, além disso, o Hospital de Base é um hospital de ensino em que grande parte do trabalho do setor de emergência é executado por profissionais recém-formados e acadêmicos de Medicina e Enfermagem. - 76 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P069 TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO COMO FATOR DE RISCO PARA A DOENÇA DE ALZHEIMER: ESTUDO DE META-ANÁLISE Fontelles MJ, Araujo RS, Nogueira RN, Barros VJ Disciplina de Bas es Anatomofisiológica do Comportamento da Universidade da Amazônia (Unama) - Belém, PA. Introdução: A doença de Alzheimer tem sido referida como a mais comum causa de dem ência em idosos. De etiologia ainda pouco conhecida, seus diversos fatores de risco vêm sendo estudados, entre eles o t rauma de crânio, o qual é citado em vários estudos caso-cont role. Porém, nestes estudos, os resultados são ainda pouco conclusivos. Objetivo: Estudar, em pacientes idosos, o traumatismo cranioencefálico como fator de risco para a ocorrência tardia da doença de Alzheimer. Método: Utilizando-se o modelo estatístico de meta-análise, os autores avaliaram 21 trabalhos ci entí ficos, do tipo casocontrole, publicados pela medline no período de 1990 a 2004, os quais investigaram a associação entre o trauma craniano e a doença. A odds ratio (OR) e o intervalo de confi ança de 95% foram calcul ados segundo o m étodo de Mantel-Haenszel. Os valores de p foram obtidos com o programa Epi Info, versão 6.04c. Considerou-se o nível alfa igual a 0,05. Resultados: do total dos estudos avaliados, veri fi cou-se a influência do traum a cranioencefálico como fator de risco para o des envolvimento tardio da doença de Alzheimer, com OR = 3,09; IC95% = 3,04 - 3,82 e p-valor < 0,0001. Conclusão: em pacientes com história pregressa de trauma cranioencefálico, a ocorrência tardia da doença de Al zheimer foi cerca de três vezes maior quando comparada aos pacientes sem história deste tipo de trauma. - 77 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P070 RISCO DE Q UEDA NO IDOSO Bento MRA, Pinto JMS, Marcolino CE, Paranhos WY Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas - Curso de Enfermagem Introdução: No ultimo censo do Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE, 2001) mostrou que os idosos no Brasil correspondem a 9,1% da população brasileira. Projetando-se para 2025, 16 bilhões de idosos no mundo, onde o Brasil ocupa a 6º lugar no mundo em numero de idosos. Devido ao aumento signi ficativo desta população abrimos caminho para uma questão que caus a inquietude e tem se tornado um problema de Saúde Publica e Social que é a queda do idoso e suas conseqüências. Nas últimas décadas, o número de lesões resultante de queda dos idosos aumenta em todo o mundo, uma vez que são tímidos os programas de intervenções que visam prevenir eventos danosos. Queda e imobilizações s ão resultado simplesmente do processo de envelhecimento e s ão proporcionais ao grau de incapacidade funcional onde quanto mais debilitado e dependente, maior a incidência de quedas. As complicações mais comuns das quedas vão desde lesões de pele até fraturas levando ao risco de complicações que podem evoluir para morte. Objetivos: Conhecer os fatores de risco para quedas domiciliares do idoso. Discutir a importância do familiar/cuidador na prevenção das quedas do idoso. Método: Pesquisa exploratóri a, prospectiva, através de instrumento de coleta de dados com 100 alunos do curso de graduação em enfermagem que eram familiares/cuidadores de pessoas idosas. Resultados: 30% dos idosos são cuidados pelos próprios familiares, 40% dos familiares consideraram que os ambientes de maior risco para queda eram a cozinha e o banhei ro, 55% relacionou o risco com o piso escorregadio, em 17% dos idosos que caíram tinham um certo grau de dependênci a e dos idosos que caíram 51%eram do sexo feminino. Conclusão: Através destes resultados pudemos concluir que os idosos caem muito em suas residênci as e que apesar dos cuidadores reconhecerem os riscos domiciliares para est es eventos não fazem modificações nestes ambientes e o numero de quedas ainda continua muito elevado. Assim a parceri a da enfermagem com os familiares nas modificações do ambiente e comportamento de risco podem garantir a diminuição das quedas que acontecem no domicilio apenas com modificações simples. - 78 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P071 AVALIANDO O ESTADO VACINAL CONTRA O TÉTANO DAS VÍTIMAS DE TRAUMAS E FATORES INTERVENIENTES À PROFILAXIA Andrade LM, Nogueira PDS, Ramalho FMC Introdução: As pessoas vítimas de acidentes e violências podem ser consideradas como necessitadas de vigilância constante, pois podem ser portadores de probl emas, por vezes, ainda não identi ficados em razão do seu quadro atual estar aparentemente estável. Dentre os problem as ocultos que podem acometer as vítimas de traumas, devemos salientar que existe a possibilidade da ocorrência do t étano acidental naquel es pacientes com esquema de vacina contra o tétano incompleto ou inexistente. Objetivo: Resolvemos identifi car o perfil das vítimas de traumas quanto a cobertura vacinal contra o tét ano e investigar os possíveis fatores que poss am ter dificultado a imunização. Trata-se de um estudo exploratório descritivo, desenvolvido em um hospital de emergências situado na cidade de Fortaleza, no período de agosto a setembro de 2003. Os resultados foram expostos em gráficos para posterior análise. Resultados: Os resultados encontrados neste estudo revelaram os principais aspectos referentes ao perfil das vítimas de acidentes ou violências no cont exto da profilaxia do tétano acidental, os quais são: sexo masculino encontra-se em maior evidência quanto aos riscos de adquirir o tét ano acidental, por não apresent arem cobertura vacinal adequada comparando-se com o s exo feminino, e tanto para os homens quanto para as mulheres a faixa etári a predominante que não apresentava imunização adequada é a de 15 a 49 anos. No tocante ao conhecimento sobre o tétano certi ficamos que a nossa popul ação precisa ser melhor esclarecida acerca deste agravo à s aúde, com a finalidade de se obter uma redução de sua incidência em nossas estatísticas epidemiológicas, principalmente pelo fato de ser uma doença que se pode prevenir através da imunização adequada. - 79 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P072 ERROS NO ATENDIMENTO AO TRAUMATIZADO Moreno DG, Herbella FAM, Wajnsztejn A, Abib SCV, Delmonte C Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina (UNIFESPEMP) e Instituto Médico Legal (IML) Sede de São Paulo Introdução: Poucos são os trabalhos que tent am identi ficar possíveis erros médicos, em atendimento de emergência, por meio de necropsias. No entanto, é fato que erros de condut a acontecem, diminuindo o prognóstico de alguns pacientes. Objetivo: Identi ficar no exame necroscópi co erros médicos no atendimento ao traumatizado. Método: De 400 cadáveres consecutivos estudados prospectivament e no período de jan/2004 a jul/2004 vítimas de trauma, necropsiados no IML sede de São Paulo, 302 foram socorridos. Foram estudados os erros m édicos no atendimento destes casos. Resultados: Foram identificados 13 (4,35%) casos de erro médico no atendimento ao traumatizado: 6 hemotórax não drenados, 2 hematomas extra-durais não drenados, 2 lesões de fígado não tratadas, 1 pneumotórax não drenado, 1 úlcera gástri ca perfurada não tratada e 1 lesão iatrogênica de artéria pulmonar. Conclusões: Erros médicos foram identi ficados em 4,35% dos atendimentos. - 80 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P073 DE Q UE ESTÃO MORRENDO NOSSAS CRIANÇAS? PERFIL DOS ÓBITOS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA CIDADE DE SÃO PAULO Wajnsztejn A, Herbella FAM, Moreno DG, Abib SCV, Delmonte C Escola Paulista de Medicina Introdução: O traum a é a causa líder de mort e em crianças e adultos no Brasil. De acordo com o governo Brasileiro, mais de 4 bilhões de dólares são gastos anualmente no tratamento do traum a. Objetivo: Caract erizar as causas de morte em crianças para nortear prevenção e treinamento de atendimento. Método: Foram estudados prospectivamente 400 cadáveres cons ecutivos, no período de janeiro de 2004 a julho de 2004 vítimas de t rauma, necropsiados no IML sede de São Paulo, segundo as s eguintes variáveis: idade, sexo, tipo de trauma, socorro à vítima, existência de tratamento operatório prévio, tipo de lesão, causa mortis e se houve morte súbita ou não. Consideramos crianças e adolescentes, as vítimas com idade menor ou igual a 18 anos. Resultado: Dentro da amostra total de 400 cadáveres, foram encontradas 28 crianças e adolescent es, com idades que vari aram entre 5 e 18 anos (idade médi a de 15,14 anos), com predomínio do sexo masculino (89,3%). Em relação ao mecanismo de traum a: 12 (42,8%) cri anças foram vítimas de FAF, sendo que em um destes casos foi veri ficado suicídio; 9 (32,1%) cri anças morreram por ferimentos de transport e; 3 (10,7%) crianças morreram devido a quedas e 2 (7,1%) devido a queimaduras. Não foi possível determinar a caus a de morte em 1 caso. Do total de crianças, 22 foram socorridas (78,6%), sendo 11 operados (39,3%). 14 (50%) casos sofreram traumatismo crânio-encefálico, 8 casos tiveram lesões pulmonares (28,6%), 4 casos tiveram lesões cardí acas (14,3%), 9 casos com lesões hepáticas (31%), 4 casos de lesões esplênicas (14,3%), 1 caso com lesão de intestino delgado assim como 1 caso de lesão renal (3,6%), além de 11 casos com lesões de extremidades (39,3%). Em metade dos casos, os ferimentos atingiram 2 ou m ais segmentos do corpo. Conclusões: As principais caus as de mort e veri ficadas ness as cri anças foram causadas por armas de fogo, acidentes de transport e e quedas. Vê-s e a nítida diferença quanto à ocorrênci a de mortes por ferimentos penetrantes em crianças e adolescentes numa metrópole, quando comparado ao predomínio de traumatismos fechados na literatura. Estima-se que pelo menos, 90 % dessas lesões poderi am ter sido prevenidas através da combinação de educação, modificações no meio ambiente e de engenharia. Resumindo-se em uma palavra: Prevenção. - 81 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P074 INFÂNCIA: Q UAIS OS ACIDENTES MAIS PREVALENTES? Andrade LM, Fé MCM, Lima NMC, Monteiro JA, Silva VD, Sampaio JD Segundo a organização Mundi al de Saúde (OMS), o acident e é um acontecimento independente da vontade humana, desencadeada pel a ação repentina e rápida de uma externa, produtora ou não de lesão corporal e/ou mental (SCHIMIL,2000). As circunstâncias que envolvem o acidente instintivamente relacionadas ao crescimento normal e aos comportam entos próprios do desenvolvimento. (WONG,1989). Nosso objetivo foi identificar o perfil epidemiológico dos acidentes na infânci a e investigar os fatores predisponentes e suas conseqüências. Trata-s e de um estudo prospectivo, descritivo-exploratório, com abordagem quantitativa. Foi realizado no período fevereiro a junho de 2004, em um hospital público de referênci a em emergências cínicas e traumáticas situado em Fort aleza-CE. A amostra foi constituída de 69 crianças de 0 a 12 anos que se encontravam internadas nesse referido hospital. A coleta de dados foi feita através de uma fi cha de investigação epidemiológica dos acidentes e violências elaborada pela unidade de vigilância epidemiológica do hospital. Os dados foram analisados quantitativamente através de gráficos e tabelas. Constatamos que a faixaetária m ais predominante encontra-s e entre 6 a 10 anos (49,3%), sendo no sexo masculino (68,1%). A maioria das vitimas eram procedentes da capital (58,0%) e estavam acompanhadas (61,0%) durante o acidente. Os tipos de acidentes mais freqüentes foram quedas (24,7%), atropelam ento (10,1%) e acidentes dom ésticos(5,8%), com período médio de internamento com até 10 dias (47,8%), Os tipos de traumatismo mais prevalentes foram trauma de extremidades (41,05%), seguido pelo politraumatismo (29,0%). A abordagem sobre prevenção de acidentes deve ser um fator intrínseco na educação da criança, devendo-se iniciar precocem ente, desde a fase pré-es colar. Vale ressaltar a importância desde não só para as crianças, mas também a educação em saúde para os pais, sobre a promoção de um ambiente. - 82 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P075 A ULTRASSONOGRAFIA NO DIAGNÓSTICO DO PNEUMOTÓRAX Soares PD, Quintella FR, Mendes JMR, Marins CEG, Filgueiras M, Molinaro A, Arruda RD Fundação Educacional Serra dos Órgãos – Teresópolis/RJ Objetivo: Fazer uma revisão da literatura mundial, visando observar a atual situação da utilização do ultra-som no diagnóstico do pneumotórax. Materiais e métodos: Para a realização deste trabalho, foi feita uma revisão bibliográfi ca utilizando bibliografias relacionadas ao tema. Dentre elas, uma busca de artigos cientí ficos foi feita acessando a bas e de dados do MEDLINE. Foram analisados os dados da série temporal referentes ao período de 1996 a 2004, utilizando pneumothorax, ultrasound, comet-tail e lung-sliding com palavras chave. Resultado: Estudos recentes mostraram que o ultra-som é um método rápido e não invasivo na detecção do pneumotórax. Tem como vantagens à segurança do procedimento, que não utiliza radi ação ionizante, a possibilidade de ser utilizado em qualquer plano requerido para exibir a região anatômica a s er investigada, a sua portatibilidade e ainda fornecer a imagem em tempo real. Estudos têm document ado que os sinais ultra-sonográficos incluem a ausência dos sinais normais do deslizamento (lung slidingvisualização das pleuras deslizando uma sobre a outra na respiração) e o da cauda de com eta (comet tail-imagem hiperecóica produzida pela pl eura visceral). A sensibilidade e especi ficidade do ultra-som no diagnóstico do pneumotórax parece exceder 90%. O uso do ultra-som por cirurgiões e na emergência tem diminuído o tempo para obtenção do diagnóstico, mesmo quando há um equipamento de radiografi a disponível. Porém ainda há algumas limitações ao seu uso, como a sua inexistência na emergência e a falta de um profissional apto a interpret ar seus resultados. Conclusão: O ultra-som de tórax, embora ainda não tenha substituído a radiografia, é uma valiosa alternativa no diagnóstico rápido do pneumotórax. Os estudos indicam que o ultra-som oferece excelente especi fi cidade e sensibilidade. A tendência é que seja útil em qualquer circunstância, evitando o uso imediato da radiografi a para o diagnóstico do pneumotórax. A continuação de investigações é importante para assegurar a eficácia do ultra-som de tórax para otimizar o cenário do trauma. - 83 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P076 AR NO CANAL VERTEBRAL APÓS FRATURAR ISOLADA DO MASTÓIDE Freitas OAP, Rezende-Neto JB, Drumond DAF, Oliveira RG, Babo PR Hospital João XXIII FHEMIG Belo Horizonte, MG Introdução: O encontro de ar no canal vertebral, também denominado pneumorraque, pneumocele intra-espinhal ou aerorraqui a, é pouco freqüente. No espaço subaracnóide a presença de ar se deve, na maiori a das vezes, a procedimentos diagnósticos invasivos ou anestésicos envolvendo punções lombares. Objetivo: Relatar um caso de pneumorraque traum ático por fratura isolada do mastóide. Relato de caso: Paciente mas culino, 19 anos, foi atingido por pedaço de m adeira na região mastóidea esquerda. Imediatamente após o impacto apresentou sensação de “ entupimento” do ouvido ipsilateral. Realizou manobra de Valsalva, ocluindo as narinas, com intuito de aliviar o sintoma e notou alteração expansiva na região cervical. Ao exame notaram-se vias aéreas patentes, voz anasal ada, coluna cervical indolor e murmúrio vesicular fisiológico bilateral. Nas regiões cervical e toráci ca observou-se enfisema do subcut âneo estendendo bilateralmente aos ombros. Radiografia de tórax demonstrou pneumomediastino e pneumotórax apical à esquerda. Tomografia do encéfalo demonstrou fratura do mastóide esquerdo. À tomografia do tórax notaram-se as mesmas alterações da radiografia acrescidas de penumorraque. A investigação radiológica incluiu esofagografia e exame otorrinolaringológico normais. O paciente recebeu alta 48 horas após a internação com enfisem a subcutâneo residual. Retornou sete dias após a alta assintomático. (RTS=7,84; ISS=9). Conclusão: No adulto, o processo mastóide contém numerosos espaços aéreos denominados células mastóideas, as quais, comunicam com o ouvido médio. Pneumorraque após fratura isolada do mastóide, sem traumatismo torácico, otorragia, otorréia ou rinorréia é de ocorrência extrem amente rara. Os casos de pneumorraque pós-trauma, descritos na literatura, apresentam algum tipo de lesão associada para explicar a passagem de ar até o canal espinhal. Nos casos de penumorraque causados por fratura da base do crânio e traumatismo de face há com freqüência penumoencéfalo e o ar alcança o canal espinhal a parti de lesões da dura máter acometendo o s eguimento cervical. Apes ar do ar no canal espinhal, por si só, não caus ar complicações graves, esse achado deve levantar fortes suspeitas para possível traumatismo raquimedular e fratura da base do crânio. - 84 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P077 LESÕES RAQ UIMEDULARES POR TRAUMA FECHADO: PROPOSTA DE PROTOCOLO DE ATENDIMENTO Billó L, Winkler AM, Borges GA, Cecílio WAC, Nasr A, Zaninelli EM, Grael XS Hospital Do Trabalhador - Universidade Federal Do Paraná - Curitiba – PR Introdução: Os ferimentos por arma de fogo corresponde à 35% dos mecanismos que causam lesões raquimedulares no Hospital do Trabalhador. Devido ao crescent e potencial lesivo de seus agentes causais, os ferimentos provocados por acidentes veículo motor geram lesões associadas em diversos segmentos do corpo humano. Faz-se então necess ário a padronização do atendimento inicial dos doentes com esses ferimentos. Objetivo: Propor modelo de protocolo para at endimento inicial das vítimas de trauma raquimedular fechado atendidas em centro de referência de trauma. Método: Foram revisados prontuários de pacientes que apres entaram lesões raquimedulares atendidos no Hospital do Trabalhador e que permaneceram no Hospital até a dat a da alta médica ou óbito no período de julho de 1999 a julho de 2004, totalizando 60 pacient es. Foram excluídos os paci entes que entraram em óbito ainda na sal a de emergência e os que foram trans feridos a outro serviço ant es da alta médi ca. Esses dados foram confrontados com extensa revis ão de literatura. Conclusão: Propor organograma de at endimento inicial ao portador de lesão raquimedular por trauma fechado. - 85 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P078 NUTRIÇÃO ENTERAL PRECOCE EM TRAUMA DE ESÔFAGO Lucena OCFN, Rueda F, Mayumi C, Macedo S, Couto D, Cavalcante T Serviço de Cirurgia Geral e do Trauma – Hospital da Restauração, Reci fe–PE Introdução: As lesões traumáticas do esôfago têm se constituído em assunto de crescente preocupação, seja pel a el evada morbimortalidade encontrada nesses paci entes seja pelo expressivo aumento da violência urbana que t em proporcionado um verdadeiro estado de guerra civil. Dentro das opções oferecidas para o melhor manejo das complicações do traum a esofágico encontramos o diagnóstico precoce e o suporte nutricional. A instituição de terapia nut ricional precoce s e responsabilizará pel a diminuição das complicações infecciosas e met abólicas t ão freqüent es nesses pacientes. Objetivos: Demonstrar a utilização de suporte nut ricional precoce (primeiras 36 horas) em pacientes com trauma esofágico complexo. Método: Estudo prospectivo de 5 pacientes avaliados de acordo com RTS até a alta ou óbito. O intervalo entre o momento do trauma e a abordagem cirúrgica também foi analisada. A presença de lesões associadas e o início da di eta (no final da cirurgia, 12hs, 24hs ou 36hs) foi relacionada com o aparecimento de complicações. Resultados: Todos os pacientes eram do sexo masculino e com idade vari ando de 15 à 65 anos (M = 35 anos ). Não houve óbito. O índice de trauma revisado variou de 1,96 à 5,7 (probabilidade de sobrevida de 7% à 80%). Apenas 20% não apres entava les ão de traquéia. O tempo médio entre o trauma e a cirurgia foi de 180 min. O acesso nutricional de escolha foi a SNE (60%). Quando a opção foi a estomia o estômago foi a s ede escolhida (40%). Não houve complicações nos estomas. Um paciente tracionou a SNE e foi necess ário convert er em gastrostomia no 2º dia de pós-operatório. Apenas 1 (20%) não iniciou a dieta dentro das primeiras 12 horas (o que apres entava RTS 1,96) devido a preocupação pela ressuscitação inicial. As complicações infeccios as foram as mais freqüentes (40%): infecção da ferida do estoma. Conclusão: A utilização da nut rição enteral precoce pode proporcionar melhor manejo no pós-operatório de pacientes traumatizados s everamente mesmo sendo o tracto digestório o alvo das lesões. - 86 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P079 CONDUTA INVASIVA NO ACIDENTE CÁUSTICO Cabral Jr. A, Campolina D, Drumond DAF, Pablo, Starling SV, Versiane Filho TA, Pires LJS Hospital João XXIII Introdução: O trabalho consiste na des crição de caso de ingestão de álcali (soda cáustica) em quantidade indeterminada, sendo atendida em Unidade de Pronto atendimento com cerca de um a hora após a ingesta, sendo sondado (com sonda naso-gástrica) e encaminhado ao Pronto Socorro Dr. Rubens Guimarães (HPSJXXIII), dando entrada neste nosocômio com cerca de uma hora e trinta minutos pós-ingesta. O paciente, hipertenso, obeso e com doença psiquiátrica, apres entava si alorréi a, dor abdominal e vômitos saguinolentos; freqüência respiratória de 46 irpm, murmúrios vesiculares diminuídos em base esquerda com crepitações e roncos di fusos bilaterais, além de abdome doloroso. Solicitados exames complementares e a radiografi a de tórax apres entou um pneumomediastino e alargamento mediastinal. Indicada endoscopia digestiva alta de urgência, revelando les ão grau III de Zargar, sendo o estômago não visualizado devido a grande quantidade de s angue e coágulos. Paciente permaneceu no bloco cirúrgico, sendo submetido a esofagogastrectomia total, esofagostomia cervical e jejunostomia (6 horas de cirurgia após apenas 2 horas de entrada no hospital), sendo encaminhado ao Centro de Terapia Intensiva (CTI). Onze dias após internação, paciente necessitou de traqueostomia, sendo retirado de ventilação mecânica 4 dias após procedimento. Alta do CTI após 21 dias de internação e hospital ar após 48 dias com traqueostomia, jejunostomia e esofagostomia cervi cal. Objetivos: Mostrar a necessidade de conhecimento sobre acident es cáusticos graves e a importância de abordagem efetiva para m elhor prognóstico para esses pacientes. Necessidade de melhor conhecimento sobre abordagem inicial. Método: Relato de caso e revisão bibliográfi ca. Resultados: Paciente com prognóstico reservado teve sua vida preservada por condut a rápida e invasiva em acidente cáustico, método pouco descrito e pouco realizado, porém de grande eficácia. Programada reconstrução de trânsito gastrointestinal por esofagocoloplastia. Conclusão: O método, apesar de pouco divulgado, mostrou satisfatório na sobrevida de pacientes, tanto no caso descrito quanto na revisão bibliográfica. - 87 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P080 AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE PROFILAXIA DO TÉTANO NOS INTERNOS DA FACULDADE DE MEDICINA DE TERESÓPOLIS Ângelo PDC, Tiago SB, Alexandre M, Walter T, Paulo EWB, Polibio GFL Liga de cirurgia e trauma , Liga de Infectologia, Serviço de Cirurgia geral do Hospital das Clinicas Costantino Otaviano Teresópolis, Rio de Janeiro. Introdução: O tétano é uma doença infecciosa não contagiosa causada pelo bastonete gram positivo Clostridium tetani e de caráter imunoprevinível. Portanto, fazem-s e necess árias medidas adequadas de controle através de educação e vacinação da população. Objetivo: Avaliar o conhecimento dos acadêmicos de medicina acerca da profilaxia anti-Tétano. Metodologia: Foi aplicado um questionário referente à profilaxia do tétano. As respostas foram avaliadas conforme a Fundação Nacional de Saúde – Ministério da Saúde e os resultados foram analisados através do program a Excel. Não houve identificação dos voluntários na pesquisa. Resultados: Obtivemos uma amostra de 71 internos caracterizada por 32% de alunos do 10º período, 42% do 11º, 24% do 12º e 1% que não informou o período. Sobre a história vacinal, 71,8% dos internos apresent aram esquema vacinal completo. A indicação do soro antitetânico gerou uma m édia de acertos de 38% e sobre a conduta frente à hipers ensibilidade ao soro a média foi de 77%. Com relação à instituição da vacina dupla dT em detrimento a DPT a média de acertos foi de 52%. Sobre a indicação da vacina antitetânica em ferimentos leves a média de acertos foi de 59,5% e quanto aos ferimentos não leves à média foi de 52,25%. A média geral de acertos do questionário foi de 59,3%. Conclusão: Os resultados nos mostraram que os internos sabem proceder à frent e a hipersensibilidade ao soro, porém não sabem a indicação deste, s endo que somente metade soube indicar corretamente a vacina. É importante ressaltar que a maioria dos internos possui esquema vacinal completo. - 88 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P081 UTILIZAÇÃO DE INSTRUMENTOS PARA A AVALIAÇÃO DA DOR NO SETOR DE EMERGÊNCIA: ASSISTÊNCIA BASEADA EM EVIDÊNCIAS Calil AM, Pimenta CAM Escola de Enferm agem da USP - São Paulo – SP Introdução: A intensidade dolorosa é componente de grande express ão da experiência dolorosa e o mais aferido na prática clínica e de pesquisa, sendo indispensável para o planejamento da t erapia antálgica e veri fi cação da adequação do esquema proposto. Para aferição da intensidade dolorosa, têm sido recomendadas escalas numéricas e para aferi ção do local da dor o uso de diagramas corporais. Acredita-s e que a utilização da es cala numéri ca e do diagrama corporal no setor de emergência sejam viáveis pela facilidade de uso e compreensão do paciente, rapidez da aplicação e possibilidade de avaliações contínuas do quadro álgico. Objetivo: Avaliar a adequação de dois instrumentos para a mensuração da dor no setor de emergênci a. Método: Foram utilizados dois instrumentos para a mensuração da dor: o Diagrama Corporal e a Escal a Analógica Visual (numérica ou EAV). Nos dois instrumentos o doente deve fazer uma cruz ou apontar ou mesmo dizer a casa ou local que repres enta melhor a sua dor. Foram entrevistados 100 pacientes vítimas de acidente de transporte, com Escala de Coma de Glasgow igual a 15 e idade maior ou igual a 16 anos, admitidos para tratamento em um prontosocorro centro de referencia para o atendimento ao traumatizado no Município de São Paulo, no ano de 2003. Resultados: Em 90,0% dos casos, os pacientes conseguiram compreender e apontar, nos dois instrumentos, o local de dor de maior intensidade, tendo sido realizadas duas avaliações em momentos distintos, com intervalo de 3 horas entre as m esmas. 80,0% das vítimas relacionaram a dor de maior intensidade à existênci a de lesão no mesmo local. Uma das principais causas apontadas na literatura em relação ao não controle e não alívio da dor é a falta de objetividade e não utilização de instrumentos adequados para a sua aferi ção e a não valorização do alívio da dor ao politraumatizado. Conclusão: A utilização desses dois instrumentos mostrouse útil e eficaz na mensuração da dor inclusive para pacientes anal fabetos, e sugere-s e a sua implementação no serviço de emergência para a avaliação contínua da dor visando objetividade do controle álgico, adequação analgésica e qualidade da assistência prestada ao traumatizado. - 89 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P082 TRIAGEM DE ENFERMAGEM DO PRONTO SOCORRO DO INSTITUTO CENTRAL DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (ICHCFMUSP) Origassa CM, Paranhos WY, Brito NR Divisão de Enfermagem do Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medi cina da Universidade de São Paulo (ICHCFMUSP) – São Paulo – SP Este estudo teve por objetivo identi ficar os critérios que o enfermeiro utiliza para triar e quanti ficar, através das fichas do pronto socorro, a validade destes critérios. O mesmo foi des envolvido durant e o curso de Especialização de Enfermagem em Pronto Socorro do Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de M edicina da Universidade de São Paulo (ICHC-FMUSP). Após a percepção de que o enfermeiro da triagem recebe um número muito grande de paci entes que procuram o Pronto Socorro. O questionário foi aplicado a 12 enferm eiros e foram acompanhadas as fichas de 943 pacientes. Os resultados obtidos mostraram que apesar de algumas di fi culdades encontradas pelos enferm eiros da triagem, os critérios utilizados e o processo de triagem s e mostraram satis fatórios. O resultado só não é melhor, pois este serviço foi implantado à pouco tempo no Brasil e conseqüent emente os enfermeiros possuem pouca experiência nesta atividade. Palavras-chave: Triagem de enfermagem em Pronto Socorro; Critérios de triagem. - 90 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P083 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SALA DE TRAUMA EM UNIDADE DE PRONTO-SOCORRO: ELABORAÇÃO E AVALIAÇÃO DE UM INSTRUMENTO Espadaro RF Objetivos: Elaborar um instrumento de Histórico de Enfermagem para coleta de dados na sala de trauma em unidade de Pronto-Socorro e avaliar o instrumento de Histórico de Enfermagem com enfermeiros especi alistas em Pronto-Socorro ou com experiênci a em Unidade de Emergência. Material e Método: Trata-se de um estudo exploratório de abordagem quantitativa, realizado no Conjunto Hospitalar do Mandaqui, Zona Norte da Cidade de São Paulo. A população foi constituída por quinze enfermeiros especi alistas ou com experiência em Unidades de Pronto-Socorro. Resultado: 1 - Adequação do conteúdo do Instrumento de Histórico de Enfermagem: Veri fica – se que a maior part e dos enfermeiros entrevistados, declararam “ boa” a adequação do conteúdo do Instrumento de Histórico de Enfermagem para paci entes que se encontram na Sala de Trauma em Unidades de Pronto – Socorro. Entretanto, os demais entrevistados que o qualificaram como regular, sugeriram mudanças em s eu conteúdo, uma del as é a implantação de balanço hídrico na estrutura Controle de Enferm agem do Instrumento de Histórico de Enfermagem. 2 - Clareza e Obj etivo do Instrumento de Histórico de Enfermagem: Dos resultados avaliados, nota–se que houve pouca di ferença entre “ excelente” e “ bom”, as opiniões dos enfermeiros, levaram a ent ender que o Histórico, o tem clareza e obj etividade visível, ou seja, permite agilidade no processo de at endimento do cliente. Existem outras avaliações sugerindo melhorias na estrutura Controles de Enfermagem (hora e data) do Instrumento Histórico de Enfermagem. 3 - A estrutura do Instrumento de Histórico de Enfermagem. Discussão: Os resultados obtidos indicaram que o Histórico de Enfermagem elaborado foi de boa clareza e objetividade, mas necessitava de uma redução na sua extensão, em rel ação ao seu conteúdo e estrutura, classi ficaram como ótimo e bom, estavam de acordo com as necessidades dos clientes da unidade. Conclusão: Concluímos que é de fundamental importânci a que o profissional de enfermagem, na Unidade de Pronto–Socorro, tenha conhecimento amplo na Sistematização da Assistência de Enfermagem prestada ao cliente vítima de traumas. Avaliando o cont exto geral, conseguimos concluir nossos objetivos e tivemos a percepção de quanto é importante a Sistematização da Assistência de Enfermagem não só em Unidades de Pronto-Socorro, mas em todas as Unidades Hospitalares. - 91 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P084 CIÊNCIA DA SAÚDE – ENFERMAGEM HOMICÍDIO – UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA Bento MRA, Amorim AS, Endo C, Silva CM, Ramos ES, Pinto JMS UniFMU – SP/SP Introdução: Homicídio é um produto da violência que tem assolado o mundo. Definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como “ lesões infligidas por out ra pessoa, empregando qualquer meio, com a intenção de lesar ou matar”. Estudos recentes demonstram que a violência que gera homicídios tem por base a estratificação soci al, desemprego, a competitividade pela sobrevivência nas grandes cidades, conflitos familiares, interesses pessoais, divergênci as políticas e religiosas, tornando-se um problema de Saúde Pública Mundial , pois tem matado mais que as guerras civis de muitos paises. Entretanto, considerando-se que a violência não e inerente ao ser humano e sim algo aprendido no decorrer da sua existênci a e que hoje tem sido banalizada pela freqüência com que ocorre e pela divulgação e exploração rotineira dos m eios de comunicação. Tamanha violência tem despert ado a preocupação e atenção de muitos seguimentos da sociedade, inclusive da área de saúde. Objetivo: Conhecer o perfil epidemiológico do homicídio no Brasil de 2001 a 2003 e suas causas. Método: Trata-se de uma pesquisa bibliográfi ca ent re autores nacionais e internacionais nas bibliotecas “ UniFMU e USP”, com dados atualizados do Depart amento de Homicídios da Polícia (D.H.P.P) e Museu do crime (USP), dando bas e e sustentação para a elaboração deste trabalho. Resultado e Conclusão: No mundo ocorre 1 assassinato a cada 2 minutos e no Brasil são registrados cerca de 39 homicídios / dia. Encontramos no Brasil os seguintes dados: as regiões mais violentas são sudeste e nordeste (53% dos casos), a primeira pela grande concentração de massa e falta de infra-estrutura, na segunda pel a miséria, fome e falta de oportunidade de t rabalho. Morrem e matam mais pessoas do sexo masculino (95%), solteiro (53%) e da faixa etária entre 18 e 25 anos (33,9%). Tendo como motivo do crime: drogas (11%), vingança (5,8%), roubo (3,3%), briga de trânsito (1,8%), entre outros. Acreditamos que violência e algo que se aprende e como profissionais de saúde sentimos a necessidade de trabalhar extra-muro, levando educação onde a população está em parceria com outros seguimentos da sociedade e do governo para diminuir a taxa de violência que vêm disseminando vidas. - 92 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P085 AVALIAÇÃO INICIAL DE ENFERMAGEM NA AMBULÂNCIA Mota CA, Cristina JA, Pereira LAC, Dalri MCB, Cyrillo RMZ, Fernandes RJ SAMU – Secretaria Municipal de Saúde Ribeirão Preto – SP A falta de referências para o processo de enfermagem a vítimas de trauma no Atendimento Pré-Hospitalar Móvel nos motivou a construção de um instrumento de coleta de dados como fas e inicial do processo de enferm agem. Assim, conseguiremos a obtenção de um registro ético e l egal para identificação dos diagnósticos de enfermagem segundo Taxonomia II da NANDA, planej amento e implementação da assistência de enferm agem. Caract eriza-se como um estudo qualitativo, descritivo. O instrumento de coleta de dados foi baseado no modelo conceitual proposto por Horta (1979) e o método mnemônico do ATLS para hierarquizar as prioridades de assistência. Foram realizados levantam entos bibliográficos em livros textos e artigos cientí ficos para a construção do instrumento de col eta de dados com o propósito de identi ficar os sinais e sintomas e dem ais dados signi ficativos para enfermagem, que caract erizariam os diagnósticos de enfermagem. A construção do instrumento foi em formulário check-list, a s er aplicada em banco de dados, no programa Microsoft Access. A validação deste instrumento foi realizada por especialistas na área e após análise algumas alterações foram sugeridas e realizadas adequando-o para utilização prática. Para a validação de aparência e conteúdo, o instrumento de coleta de dados foi submetida a apreci ação de cinco enferm eiras, com experiência em urgência e emergência, mediante construção e entrega de um questionário adaptado de GALDEANO (2001). Os profissionais que validaram o instrumento proposto na sua aparênci a e conteúdo expressaram que o instrumento de coleta de dados contém informações de relevânci a para a identifi cação dos diagnósticos de enfermagem em pacientes adultos, vítimas de trauma, atendidos no APH móvel. Contudo esperamos dar condições de documentar e quali ficar a assistência de enfermagem e conduzir os enfermeiros à identidade e ao respeito profissional. - 93 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P086 ADEQ UAÇÃO DA ANALGESIA EM VÍTIMAS DE ACIDENTE DE TRANSPORTE Calil AM, Pimenta CAM Escola de Enferm agem da USP – São Paulo - SP Objetivo: Identi ficar a adequação analgésica em vítimas de acidentes de transporte atendidas em um pronto-socorro. Método: Trata-se de um estudo prospectivo, realizado num hospital geral governament al (Centro de referência para o atendimento ao trauma), no período de Março a Maio de 2002. Critérios de inclusão: os pacientes serem provenientes da cena do evento, vítimas de acidentes de transporte, Escal a de Coma de Glasgow = 15, idade igual ou superior a 16 anos. Os pacientes foram entrevistados em dois momentos distintos, a saber: 1ª pergunta após a avaliação inicial do ATLS e/ou estabilização do quadro, ou da chegada da pesquisadora e a segunda pergunta após 1 hora da intervenção analgésica ou 3 horas sem intervenção analgésica. A avaliação da dor se fez por meio da Escal a Analógica Visual (EAV) de dor (0 – 10). A adequação da analgesia seguiu modelo proposto por Cleeland, 1989, por m eio do Índice de Manejo da Dor (IM D). Os esquemas analgésicos, seguindo sua potência foram classi ficados em: 0 – ausência de analgesia; 1 – analgési cos AINH; 2 – opióide fraco (codeína, tram adol); 3 – opióide forte (morfina, meperidina). A intensidade da dor em 4 níveis: 0 – sem dor; 1 para dor de 1 – 4; 2 para dor de 5 – 7 e 3 para dor intens a de 8 – 10. Resultados: O IMD1 foi negativo, indicativo de analgesia inadequada (potência analgésica insuficiente para a dor referida) para 69,0% dos pacientes. O IMD2 foi negativo para 42,9%. A permanência da dor ou a diminuta redução da mesma em alguns casos pode estar relacionada à indicação esporádica de medicamentos ou apenas quando solicitados e não de forma regular (horário) e em esquema “ se necessário” o que permite uma dose a mais quando solicitado. Dos 42 pacientes medicados apenas 18 receberam medicação em dois momentos, esse dado é de extrem a importância, pois atesta que a dor, assim como outros parâm etros vitais, deve ser avaliada com freqüência e de forma padroni zada. Conclusão: Foi identificada inadequação analgésica em 69,0% dos pacientes num primeiro momento, e 42,9% num segundo, o que indica um problema real no pronto-socorro relacionado a analgesia, baixa utilização de opióides frente à dor moderada e intensa, e necessidade urgente de novas investigações. Cabe coment ar que o IMD é um índice bastante conservador, pois leva em conta apenas o grupo farmacológico do analgésico e não a dose e via. - 94 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P087 APRIMORAMENTO DE ENFERMAGEM EM PRONTO-SOCORRO NO HCFMUSP: PRODUÇÃO CIENTÍFICA E CONTRIBUIÇÕES PARA A INSTITUIÇÃO Carvalho AO, Oya T, Picone CM, Saleh CMR Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo São Paulo / SP Introdução: O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, o maior complexo hospitalar da Améri ca Latina, com finalidades didáticas, pesquisa e ext ensão, e assistencial realiza programas de aprimoram ento para profissionais não-médi cos. Neste contexto, o curso de aprimoramento de enfermagem em Pronto-Socorro, objetiva a complementação teórico prática da assistência intra e extra-hospital ar, baseada em evidências, em situações de urgência, emergência e cal amidades, envolvendo at endimentos clínicos e traumáticos; al ém da contribuição para a instituição através da iniciação cientí fi ca por meio das monografias, apres entadas como critério de avaliação para a conclus ão do curso de especialização. Objetivo: Classificar a produção ci entífi ca des envolvida pelos aprimorandos em Pronto-Socorro quanto ao assunto abordado e nível de atenção à saúde. Método: Estudo descritivo e exploratório, não-experimental, retrospectivo, com abordagem do tipo quantitativa. Resultados: 75% dos trabalhos são voltados para a área assistencial e, apenas 25% relacionados a área administrativa. Dentre todas as monografi as 16,7% estão relacionadas às áreas da Triagem e Processo de Enfermagem, seguidas de Saúde Mental, Dermatologia e Ética, ambas com 8,3%. Relacionando a produção com núcleos de atenção à s aúde, 95,8% está voltada à Saúde do Adulto e 4,2% à Saúde do Idoso. Conclusão: Os programas de aprimoramento promovem melhor atuação do profissional nas áreas de conhecimento especí fi co, além de contribuir para a instituição e para a profissão com produção cientí fica, referent e às monografias apres entadas, trazendo melhoras operacionais, norteadoras e preventivas de atendimento. - 95 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P088 A IMPORTÂNCIA DA LIMPE ZA DE ARTIGOS NA PREVENÇÃO DE INFECÇÕES Matos FGOA, Lima ASP, Gimenez K, Martins RM Escola de Enferm agem da USP/SP Introdução: O processo do limpeza tem a finalidade de evitar a propagação de infecções e ass egurar o processo de desinfecção e esterilização dos artigos, para tanto, a sua execução deve segui r alguns cuidados imprescindíveis. Objetivo: Realizar uma analise bibliográfi ca a uma refl exão sobre o processo de limpeza de artigos utilizados na assistência ao paciente. Metodologia: O presente estudo consiste em urna pesquisa bibliográfica com as seguintes fases: determinação do objetivo, elaboração do pl ano de trabalho. identificação das fontes, localização a obt enção e l eitura do m aterial, tomada de apont amento, confecção do fichas e redação do trabalho. Resultados: De acordo com Graziano (2003), o processo de limpeza garante a desinfecção a esterilização, o reuso de artigos não críticos, preserva o material, previne deteriorização, remove a reduz a carga microbiana present e nos artigos. O processo de limpeza pode ser feito de forma m anual ou mecânica. De acordo com as recomendações do guia elaborado por enfermeiros brasileiros (2000), a limpeza mecâni ca consiste em um procedimento automatizado que remove a sujidade através de lavadoras com ação física e química (lavadoras ultrassônicas, descontaminadoras, desinfectadoras a esterilizadoras). Assim como a forma manual, o processo de limpeza mecânica também exige o use de EPIs. De forma geral, para a execução do processo de limpeza, deve ser tornados a1guns cuidados essenciais. Conclusão: Segundo a Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Pós Anestésica e Centro de Mat erial a Esterilização - SOBECC (2001), o processo de limpeza visa reduzir o m aior numero de microorganismos existentes na superfície dos artigos a fim de diminuir o risco de infecção. Diant e dos resultados obtidos, consideramos que o processo de limpeza tem a finalidade de garantir o processo de desinfecção a esterilização dos artigos a evitar a propagação de infecções. Para tanto, a sua execução deve ser feita de form a criteriosa seguindo alguns passos fundamentais: uso de EPIs por pane dos funcionários, limpeza imediata dos artigos após o uso, secagem rigoros a após a limpeza, lubrificação com produtos não-tóxicos e anticorrosivos (quando indicado), seleção do método de limpeza de acordo com o tipo de artigo a inspeção visual rigorosa. Tais medidas visam prevenir possíveis infecções decorrentes do processamento inadequado dos materiais que serão utilizados no paciente. - 96 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P089 A HUMANIZAÇÃO NA VISÃO DO ENFERMEIRO QUE ATUA NO PRONTO-SOCORRO Flores ASS,Celemim CP, Borges GC, Teixeira IS, Amâncio MM, Calil AM Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas - São Paulo – SP Objetivos: O estudo tem como objetivos identi ficar a visão de humanização para os enfermeiros que atuam em Pronto Socorro e identi fi car aspectos favoráveis e des favoráveis para o processo de humanização. Metodologia: Trata-se de um estudo prospectivo, realizado durante o curso de Pósgraduação (l ato-sensu) na Área de Pronto Socorro, para obtenção do título de especialista. O estudo foi realizado no ano corrente, sendo respeitados todos os preceitos ético-legais impostos pela instituição e sob a orient ação da docente responsável. O instrumento de coleta de dados consistiu em um questionário semi-estruturado, com pergunt as abertas e fechadas relacionadas ao tema. As respostas foram agrupadas por similaridade e testes estatísticos apropriados foram realizados. Resultados: Os dados obtidos neste estudo permitem chegar aos seguintes resultados: 1.Perfil do enfermeiro entrevistado: Foram entrevistados 10 enferm eiros que trabalham atualmente no Pronto Socorro. A faixa etária preval ente foi de 35 a 44 anos. A maioria (80%) atua em instituição privada tendo 20% atuando em instituição pública. 2. Visão do enfermeiro entrevistado sobre humanização: Prestar uma assistência individualizada teve 28,5% das respostas, seguida com 19,0% trat ar o paciente com respeito e 14,2% prestar um tratamento digno. 3. Fatores favoráveis para uma assistência humanizada: Pacient es e familiares satisfeitos com o atendimento (18,1%), equipe consciente e colaboradora com o programa de humanização (13,5%) e reconhecimento profissional (9,0%). 4. Fatores des favoráveis para uma assistência humanizada: Despreparo da equipe (16,0%), desmotivação da equipe (8,0%), líder desmotivado (8,0%) e sobrecarga de trabalho (8,0%). 5. Sugestões para uma assistência humanizada: Manter equipe multiprofissional preparada (30,4%), valorização profissional (8,8%) e prestar uma assistência com conhecimento técnico e cientí fico (8,8%). Conclusão: Humanização aparece fortement e relacionada a individualização da assistência, ao respeito e dignidade. Como fatores favoráveis mais citados obteve-se satis fação do atendimento; equipe consciente e integrada ao programa de humanização e como fatores des favoráveis, despreparo e desmotivação da equipe e do líder e sobrecarga de trabalho. - 97 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P090 A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO NO PRÉ-HOSPITALAR NOS CURSOS JÁ NO INÍCIO DA GRADUAÇÃO Melo BO, Martins RM, Amaral EM, Lima ASP, Celoso CJ, Lima NE Acadêmicos de Enfermagem da UNIOESTE – Cascavel/PR Objetivo: Demonstrar através da pesquisa realizada a necessidade de se implementar já no início da graduação principalment e nos cursos da saúde, mas não soment e, instrução sobre o suporte básico de vida, para assim atuar na prevenção e na educação para diminuir através do atendimento adequado o risco de seqüelas irreversíveis relacionadas ao trauma e aument ar a sobrevida ao mesmo. Metodologia: Realizado um estudo na população de acadêmicos de diferentes cursos e períodos, ambos os sexos, sobre o conhecimento dos protocolos de suporte básico de vida, valores referenciais normais e sinais vitais, conhecimento sobre o acionam ento dos serviços de urgência e emergência, se pres enciaram situações que requeressem atendimento de primeiros socorros e se os entrevistados se sentiam preparados para at ender situações de emergênci a. A pesquisa consultou 365 acadêmicos dos curso de medicina, odontologia, ciências biológicas, farmácia, enfermagem, educação física, nutrição, psicologia, direito e engenharia civil, do primeiro ao último período dos referidos cursos, com idades entre 17 e 53 anos. As primei ras 8 questões eram referent es a situações de emergência, as 4 questões seguintes eram sobre sinais vitais e anatomia básica, e as 3 últimas referiam sobre se o acadêmico já havia presenciado situações que exigissem socorro, e se sentiase preparado para prestar este socorro, e uma última questão referente ao número telefônico para acionar o socorro. Resultados: Nas 8 primeiras questões sobre situações de emergência a média de acerto foi de 4,2 questões, nas 4 questões s eguintes sobre sinais vitais e anatomia básica a m édia de acerto foi de 1,4 questões. Somente 185 entrevistados do total de 365 responderam corretament e o telefone do serviço de urgênci a do corpo de bombeiros, o que corresponde a 50,6%, dos 365 entrevistados 38,9% já presenciaram alguma situação que requeresse atendimento de primeiros socorros, e 86,9% não s entiam-se preparados para atender a tal situação. Conclusão: Na avaliação final da pesquisa confi rmou-se o despreparo referent e ao atendimento ao trauma, durant e a mesma através de rel atos verbais foi intenso o interesse pelo suporte imediato, o que nos mostra quantas oportunidades foram perdidas de no momento do traum a aument ar a sobrevida e a diminuição estatística de s eqüelas irreversíveis pelo trauma ou atendimento indevido, bastando apenas capacitar os interessados, sabendo que aquele que for bem instruído será multiplicador deste conhecimento. - 98 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P091 TAMPONAMENTO PERICÁRDICO E TRAUMA CONTUSO DE MEMBRO SUPERIOR ESQ UERDO: UM ALERTA PARA EQ UIPE DE TRAUMA Belezia BF, Cavalieri IM, Dutra CC, Navarro LA, Castro KPP, Dellandréa IR Serviço de Cirurgi a Geral de Emergênci a - Hospital Municipal Odilon Behrens - Belo Horizonte – Minas Gerais Introdução: O tamponamento pericárdico é mais comum após o trauma penetrant e. No trauma contuso ocorre mais freqüentement e após acidentes automobilísticos de alta velocidade devido ao impacto direto na região ou aumento da pressão intra-abdominal. O local mais freqüent e de sangram ento é a esquerda, paralelo ao nervo frênico, em 64% dos pacient es. Objetivo: Relatar caso de tamponamento peri cárdico e traum a contuso proximal de membro superior esquerdo s ecundário a atropelamento, que evoluiu com parada cardiorrespiratóri a, toracotomia de emergência e evolução satis fatória, com intuito de alerta a equipe de trauma sobre a importânci a da cinemática no diagnóstico das lesões. Método: Relato de caso. Revisão da literatura. Resultado: Paciente sexo feminino, anos, que foi vítima de atropelamento em avenida. Foi socorrida pelo veículo at ropelador (ambulância). Admitida na sala de em ergência em escal a de com a de Glasgow 15, hemodinamicamente estável. Apresentava crepitação em região de úmero proximal. Evoluiu subitamente com parada cardiorrespiratória na sala de emergência. Submetida a suporte avançado, pericardiocentese e lavado peritoneal. Pericardiocentese positiva. Realizada toracotomia de emergência onde foi evidenciado 50 ml de líquido sero-hemorrágico após peri cardiotomia. Evoluiu com quadro de choque grave em pós-operatório. Reabertura do tórax sem evidência de sangramento ativo. Evoluiu com síndrome de compartimento abdominal, tendo sido laparostomizada. Recebeu alta com escal a de evolução neurológica de Glasgow em 5 (1 a 5). Conclusão: Em paciente com trauma contuso de alta produção de energia, à esquerda (úmero proximal, articulação escapuloumeral, escápula e hemitórax esquerdo), o tamponamento pericárdico deve ser excluído na etiologia da parada cardiorrespiratória. O diagnóstico imediato e a realização de toracotomia de em ergência favorecem a evolução satis fatóri a do paciente. - 99 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P092 TRAUMA CARDÍACO FECHADO - RELATO DE CASO Rocha DCM, Costa-Val R, Ferreira LSG, Drumond DAF Hospital de Pronto Socorro João/XXIII - FHEMIG. Belo Horizonte / MG. Introdução: As lesões cardíacas contusas são as que mais, freqüentem ente, passam despercebidas em vítimas politraumatizadas, e são responsáveis por até 25% das mort es neste grupo de pacientes. Possuem como causa principal, os acident es automobilísticos. As difi culdades diagnósticas s e devem em parte, à associação de outras lesões graves, mas também pel a aus ência, na grande maioria das vezes, de sinais clínicos sugestivos. Descrição do Caso: Paciente masculino com 39 anos de idade, trazido à unidade de emergência com relato de ter sido atingido por pedra, seguido de perda da consciência, durante a direção de ônibus. Admitido taquidispnéico (FR 20-30 irpm), coluna cervical livre, expansibilidade toráci ca adequada e sons respiratórios normais, bilateralmente, PAS de 80 mmHg, sem ingurgitamento jugular, ECG 14, agitado, com cianose central, e tatuagem traumática na regi ão medial ao mamilo esquerdo, sem enfisema subcutâneo ou crepitações ósseas, abdômen livre, pelve estável (RTS-6,37). Realizado, inicialmente, reposição volêmica com 2500mL de NaCl 0,9%, com permanência da PAS entre 80 a 90 mmHg. Propedêutica: RX tórax - alargamento do mediastino; TC de tórax infiltração da gordura do mediastino superior e derrame peri cárdi co; eletrocardiograma - bloqueio de ramo direito; US do saco pericárdico volumoso derrame peri cárdi co. Piora hemodinâmica com queda da PAS para 50 mmHg. Medida pressão venosa central, que se revelou 29 cmH2O. Terapêutica: Encaminhado ao bloco cirúrgico, à indução anest ésica, já sob ventilação mecânica, apres entou parada cardíaca, sendo realizada toracotomia esquerda; constatado tamponamento cardíaco após abertura do saco pericárdio; massagem cardíaca interna com retorno, imediato, da atividade elétrica e batimentos cardíacos; esternotomia pela impossibilidade de abordagem de lesão por toracotomia; rafi a de laceração do ápice do ventrículo direito de ± 0,7cm de extens ão, com fio prol ene® 3-0; drenagem bilateral do tórax. Tempo de adinamia circu latória de cerca de 02 minutos. Evolução clínica: internado 14 dias na UTI devido à pneumonia, mas com melhora progressiva, recebendo alta no 23º dia de internação hospitalar, sem seqüelas. Conclusão: O trauma cardíaco contuso, quando diagnosticado, manifesta-se quase s empre com lesões críticas, que demandam abordagem e tratam ento eficientes. Neste caso inusitado de trauma cardí aco contuso isolado, destacase o fato de o ônibus, no qual estavam 18 passageiros, ter sido controlado por dois deles, o que evitou acidente de maiores proporções. - 100 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P093 HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA ESQ UERDA TARDIA Dagher R, Quintas ML, Teixeira Jr. FJR, Duarte AAB, Gerace ES, Gonçalves VJ Serviço de Cirurgia Geral e do Trauma do Hospital Geral de Pedreira. ACSC. São Paulo. SP Introdução: A ruptura diafragmática ocorre em 0,8% dos pacientes vítimas de acidentes automobilísticos, com cerca de 3 a 5% no trauma abdominal fechado, e de 13 a 19% nos ferimentos penetrantes, evidenciados na laparotomia exploradora, com lesão diafragmática ao redor de 46% nos ferimentos por arm a de fogo e 15% por arma branca. Método: Relato de caso de trauma há 9 mes es, homem branco, 36 anos, vítima de colisão auto x auto, motorista, com cinto de segurança, admitido em nosso Serviço com trauma torácico com fratura de 3 arcos costais e hemotórax à esquerda, sendo submetido a drenagem de 400 mililitros de sangue. Permaneceu internado por 5 dias com boa evolução, sem qualquer alteração radiológica. Há 3 meses iniciou com dor epigástrica, dispepsia, plenitude gástrica que pioravam com alimentação e melhoravam logo após estimular e apresentar vômitos alimentares. Na última semana pré-internação, durante atividade esportiva de jogo de futebol foi acometido de dor epigástrica intens a, insuportável, recorrendo a atendimento médico. Realizado raio X de tórax evidenciou fundo gástrico na base do hemitórax esquerdo melhor evidenciado com sonda nasogástrica com contraste. Realizado tomografia de tórax e abdome que evidenciou hérnia diafragmática esquerda com estômago, baço e epiplon ocupando o espaço pleural. Submetido a toracotomia antero-lat eral esquerda no sexto espaço intercostal com redução do conteúdo herniado que correspondia ao baço, estômago e epiplon, identifi cada lesão do diafragma com sua posterior sutura. A classi ficação da les ão diafragmática pela “ Organ Injury Scalling”da Associação Ameri cana de Cirurgia do Trauma correspondeu a lesão grau III (laceração de 2 a 10 cm) com índice “ Abreviated Injury Scale” (AIS) igual a 3. Conclusão: A ruptura diafragm ática pode passar despercebida na fase aguda do trauma quando a vítima não apresenta alteração hemodinâmica ou sinais de sangramento, vindo a apresentar sintomas tardios ou complicações decorrent es principalment e de obstrução e estrangulamento intestinal. Optamos pel a toracotomia esquerda pois o paci ente não apresentava sinais de abdome agudo obtendo-se boas, exposição da cúpul a frênica e exposição da região. Quando diagnosticada na fase aguda optamos pela laparotomia exploradora, pois permite também inventário dos demais órgãos abdominais. - 101 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P094 HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA POR TRAUMA FECHADO - RELATO DE CASO Santos FL, Silva FE Hospital Municipal Souza Aguiar. Rio de Janeiro – RJ Introdução. As lesões traumáticas do diafragma ocorrem em cerca de 3% dos traumas toracoabdominais fechados sendo muitas vezes causados por ocorrência de trânsito. As lesões diafragmáticas no trauma fechado, por sua intensidade, favorece o aparecimento de lesões de vísceras abdominais, como também lesões de extremidades. Relato do Caso: Homem de cor branca, 39 anos, caminhoneiro, trazido a emergência do Hospital Municipal Souza Aguiar vitima de colisão. Ao exame inicial apresent ava-s e estável hemodinamicamente, Escala de Coma de Glasgow 15, e ao exame do aparelho respiratório murmúrio vesicul ar diminuído à esquerda. Fratura exposta de ant ebraço direito. Exame de Rio X de tórax mostrava imagem sugestiva de hérnia diafragm ática, que foi confirmado na Tomografia computadorizada de Tórax e abdome. Laparotomia exploradora, encontramos ferida de cúpul a diafragm ática fesquerda com heniação para o tórax do estomago, baço e parte do intestino delgado, hemoperitôneo de 500ml. Foi realizada frenorrafia, esplenectomia e drenagem torácica esquerda. Pela cirurgia vascul ar foi realizada um by pass braquio-ulnar por lesão da artéria braquial direita, e pela ortopedia osteossíntese com parafuso em osso úmero direito. O paciente evoluiu com alta hospitalar em 6 dias. - 102 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P095 RELATO DE CASO CLÍNICO – HÉRNIA DE MORGAGNI Romel FLA, Silva Jr. VV, Sobral JB, Campos Jr. MM As hérnias diafragmáticas podem se apres entar em quatro tipos: as hérnias de Bochdalek, as hérnias de Morgagni, as hérnias hiatais e as paraesofágicas. A hérnia de Morgagni é uma desordem rara que se define como um defeito na implantação do diafragma ao est erno e costelas. A herniação do conteúdo abdominal para o tórax por ori fício para-esternal, quase sempre apresent a-se com saco herniário e mais comumente do lado direito. Usualmente assintomática, pode-se apres entar associada a sintomas respiratórios e gastrointestinais. Freqüentemente diagnosticada na idade adulta, repres enta 2 a 4% das hérni as diafragm áticas não traumáticas e pode estar associada a outras anomalias congênitas. O caso clínico é de uma paci ente de 66 anos de idade que procurou a em ergência do Instituto Doutor José Frota com queixas de dor abdominal forte. A história clínica relatava que há um ano iniciara um quadro de constipação intestinal e empachamento pós-prandi al, que só melhorava após vômitos precoces, além de dor no peito e dispnéia leve. Referiu, ainda, dispnéia de decúbito. Na emergência suspeitou-se de um quadro cardí aco. Na admissão, ela apresentou estado geral regul ar, hipocorada, desidratada, eupnéica, consci ente, orientada, cooperativa. O tórax era simétrico e sem frêmito. A ausculta cardíaca revelou ritmo cardíaco irregular, em 2 tempos, com bulhas normofonéticas, sem sopros. A ausculta pulmonar revelou murmúrio vesicular universal, sem ruídos adventícios. O abdômen era globoso, flácido, doloroso à palpação profunda em epigástrio e hipocôndrio direito, sem massas ou visceromegalias palpáveis, e com ruídos hidroaéreos um pouco diminuídos. O Raio-X de tórax realizado na emergência deste hospital revelou imagem sugestiva de al ça em hemitórax direito. O Ultrassom abdominal e o ECG realizados não revelaram alterações. Sete dias após a internação, uma endoscopia digestiva alta revelou estômago com dilatação importante, com anatomia deformada por herniação de part e do fundo e do corpo para o tórax sugerindo uma hérnia hiatal de grande proporção e ectasia gástri ca. No oitavo dia de internação hospitalar, a paciente foi submetida a um a ci rurgia para correção da ectasia gástrica, quando foi dado o diagnóstico de hérnia de Morgagni. Corrigida a hérnia via abdominal e via torácica combinada, a pacient e evoluiu dispnéica no primeiro e segundo dia de pós-operatório, mas evoluiu bem até a sua alta. - 103 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P096 TRAUMATISMO ABDOMINAL CONTUSO SEGUIDO DE LESÃO COMPLEXA DA VIA BILIAR Soares FB, Nardi D, Rodrigues JB, Drumond DAF, Santos MAM Hospital João XXIII – FHEMIG Belo Horizonte; Minas Gerais Introdução: Com a organização dos serviços pré-hospitalares é cada vez mais freqüente a admissão de paci entes em estado crítico, portadores de lesões abdominais complexas que constituem um verdadei ro desafio para as equipes que lidam com atendimento ao traumatizado. Objetivo: Apresentar o caso do paciente M. A. L., sexo feminino, 35 anos, apres entando traumatismo abdominal contuso. A paciente foi vítima de acidente automobilístico cujo mecanismo envolveu grande trans ferência de energi a cinética. Método: A paciente foi trans ferida ao Hospital João XXIII após o atendimento inicial em outra instituição. Apresentava estabilidade ventilatória e hemodinâmica, mas uma extensa equimose traumática envolvendo a parede do abdome com evisceração de alças intestinais. Foram tomadas as medidas usuais para reanimação, obtidos exames radiológicos e a paciente foi conduzida ao centro cirúrgico. Dentre os achados per-operatórios se apresentavam: hemoperitôneo, lesões hepática, esplêni ca e pancreática, lesões do mes entério do íleo e do colon sigmóide, lesão vas cular na confluência das vei as ileocólica e mesentérica superior, com s angramento ativo e por fim coleperitôneo com avulsão complet a da via biliar principal distalmente ao cístico. A paciente passou a apresentar instabilidade hemodinâmica sendo optado pel a ligadura distal do colédoco, abrevi ando o ato cirúrgico e admissão no CTI. A paciente foi reoperada após 4 dias sendo confeccionada anastomose colecistojejunal seguida por outra jejuno-jejunal latero-l ateral. O procedimento foi completado com drenagem sub-hepática e síntese do defeito na parede abdominal. Resultados: A paci ente apresentou complicações durante o período de internação apes ar dos cuidados em regime de terapia intensiva. Permaneceu em ventilação assistida por período prolongado, evoluindo com SARA e Sepse. Obteve uma melhora rel ativa com o tratamento m as ocorreu um novo quadro séptico com instabilidade hemodinâmica, falênci a respiratória e renal. A paciente veio a falecer após 60 dias da admissão. Conculsão: Como apres entado na literatura as lesões complexas da via biliar principal são incomuns no traum atismo contuso e costumam estar associadas a outras lesões abdominais. A ligadura distalmente a implantação do ducto cístico e anastomose jejunal com a vesícula biliar podem constituir uma alternativa para o tratam ento dessa l esão no trauma, diante de um canal biliar de calibre normal. - 104 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P097 LESÃO ISOLADA DE VESÍCULA BILIAR EM TRAUMA ABDOMINAL CONTUSO – APRESENTAÇÃO TARDIA E DIAGNÓSTICO POR MÉTODO DE IMAGEM Castro KPP, Belezia BF, Miranda FGG, Amado LR, Cardoso JC, Abdallah L Serviço de Cirurgia Geral e do Trauma do Hospital Municipal Odilon Behrens-Bel o Horizonte - MG Introdução: Os traumas de vesícula biliar isolados são raros, principalmente os contusos. Objetivo: Relato de caso de um episódio de trauma contuso de vesícula biliar com apres entação tardia e com diagnóstico radiológico. Método: Relato de caso. Conclusão: Paciente jovem, sexo mas culino, vítima de agressão há três dias, deu entrada na s ala de emergênci a com dor abdominal. Submetido a tomografia computadorizada(TC) que evidenciou líquido peri-vesicular e solução de continuidade na parede vesicular. Na laparotomia foi constatada lesão de vesícula biliar isolada e realizada colecistectomia com boa evolução pós-operatória. Conclusão: Apesar de raro, a contusão de vesícula biliar deve ser lembrada em abdome agudo traumático de apresent ação tardia. - 105 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P098 TRAUMA HEPÁTICO EM PACIENTE TRANSPLANTADO DE FÍGADO Lucena OCFN; Mayumi C; Macedo S; Amorim J; Couto D, Lacerda CM Serviço de Cirurgia Geral e Transplante de Fígado do Hospital Universitário Oswaldo Cruz, Recife – PE Introdução: Com o aumento dos transplantes em geral, e, principalmente do fígado ess es pacientes retornam a soci edade e naturalmente estão expostos a violência cres cente urbana. Objetivo: Relatar caso inusitado na literatura de trauma de fígado por projétil de arma de fogo em paciente transplantado há 2 anos. Método: Estudo retrospectivo. Foi analisado o comportamento do imunossuprimido frent e ao traum a hepático e colônico. Realizado revis ão da literatura. Resultados: O paciente J. I. F. L. sexo masculino, 30 anos, transplantado de fígado no HUOC há 2 anos por cirros e biliar secundária a lesão de via biliar por arma branca há 8 anos do transpl ante. O pacient e deu entrada na emergência vítima de agressão por PAF – chocado (PA = inaudível). Foi encontrado l esão trans fixante em abdom e. Indicado laparotomia exploradora onde foi identi ficado hemoperitôneo de ± 3 l, lesão em segmento VI e VII do fígado “ novo” e lesão transfixante do colon transverso. Optado por hepatorrafias e sutura primária colônica e drenagem cavitária. Evolui sem intercorrências no pós -operatório e em nenhum momento apresentou critérios de rejeição celular aguda ou infecção. Conclusão: O retorno à soci edade e a boa qualidade de vida é o objetivo principal dentro dos programas de transplant es. No entanto, a revolução social e o cres cimento da violência pode colocar em risco os benefícios cons eguidos pela medicina moderna. - 106 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P099 APRESENTAÇÃO TARDIA DE CISTO HEPÁTICO PÓS-TRAUMA ABDOMINAL FECHADO EM ADULTO. RELATO DE CASO Motta DC, Scarpelini S, Cardoso JB, Stracieri LDS, Camperoni LRR, Mercês RL Unidade de Emergência do HCFMRP-USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil. Introdução: O cisto hepático é uma complicação rara do trauma abdominal fechado. Ocorre em menos de 0,5% dos casos das lesões do fígado, sobretudo em cri anças. Pode se m ani festar mes es ou anos após o evento traumático, sendo que as opções terapêuticas comportam desde a simples observação e resolução espontânea, a cirurgi a convencional, a cirurgi a laparoscópi ca e a drenagem percutânea. Objetivo: Apresent ar um caso de cisto hepático póstrauma abdominal fechado em adulto. Método: Revisão de prontuário. Revisão de literatura. Docum entação fotográfica. Relato do caso: paci ente de 23 anos, sexo feminino, atendida com história de traum a abdominal fechado por agress ão interpessoal há 9 meses. Na ocasi ão foi submetida à laparotomia exploradora, em outro serviço, na qual não foram encontradas l esões (si c). Três meses após a cirurgia, apres entou dor abdominal e abaulamento em hipocôndrio direito (HD) associados a queda do estado geral. Ao exame apres entava-se anictérica, afebril, com massa palpável e dolorosa no HD. A única anormalidade bioquímica detect ada foi um discreto aum ento dos níveis de transaminases e fos fatas e alcalina. A tomografi a computadorizada de abdômen revelou volumosa massa em lobo hepático esquerdo ocupando todo epigástrio. Após drenagem percutânea evoluiu com fístula biliar que regrediu apenas com trat amento clínico. Houve melhora progressiva recebendo alta em boas condições após 10 dias. Conclusão: O cisto hepático pós-trauma, apesar de incomum, deve ser lembrado no diagnóstico di ferenci al das patologias císticas do fígado e, após diagnosticado por exam e de imagem, pode ser tratado com sucesso por drenagem percutânea. - 107 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P100 TRAUMA HEPÁTICO GRAU V OCASIONADO POR COICE EQ ÜINO NO MUNICÍPIO DE VALENÇA – RJ Cipriano CO Relato de Caso: MFS, sexo masculino, 40 anos deu entrada no PS do Hospital Escola Luiz Giuseppi Januzzi (HELGJ), no dia 01 de julho de 2002, com quadro de dor abdominal importante ocasionado por coice eqüino. Ao exame clínico, paciente se encontrava corado, eupnéico, lúcido, hidratado. ACV: RCR 2T BNF, FC: 90bpm, PA: 130X80mmHg. AR: MVUA sem ruído adventícios, FR: 18 IRPM. Abdômen: dor a palpação superfi cial e profunda com maior intensidade no hipocôndrio direito, peristalse presente, ausência de massas palpáveis. Após exam e físico, paciente se mant eve em observação. Horas depois se encontrava descompensado, foi atendido na sal a de ressuscitação. Foi indicada laparotomia mediana exploradora. A laparotomia mostrou lesões em mais de três segmentos do lobo direito do fígado (classi ficação grau V da escala de lesão hepática de 1994). Os segm entos lesados foram tamponados, fez-se a Manobra de Pringle e sucessivas hepatorrafias com desbridamento do lobo direito hepático. Procedeu-se aspiração de sangue da cavidade abdominal, lavagem da cavidade peritoneal, tamponamento com compressas e síntese da cavidade peritoneal com drenagem da área hepática. No CTI, entrou novamente em descompensação hemodinâmica, sendo, então, relaparatomizado com ligadura da artéria hepática direita (tipo seletiva). Evoluiu com abscesso hepático, sepse. Ficou em laparostomia, procedendo-se mais duas lavagens da cavidade peritoneal. Recebeu alta, três s emanas depois. Discussão: Em uma hemorragia vultuosa, o primeiro procedimento a ser realizado é a manobra de Pringle, a qual nos indica a fonte do sangramento. Diante de um novo quadro de desestabilização hemodinâmica, fez-s e necessária uma nova laparotomia com ligadura da artéri a hepática direita tipo sel etiva, por se tratar de apenas um lobo atingido, apesar de vários segmentos lesados. O trauma hepático na maioria das vezes é de tratamento simples. Nos casos de politraumatismo, com dano hepático determinando instabilidade hemodinâmica, o prognóstico dos pacientes dependerá da agilidade do atendimento inicial feito por profissionais treinados na assistênci a ao traum a e na abordagem cirúrgi ca adequada realizada por cirurgião com experiência em cirurgia do trauma, familiarizado com a anatomia hepática e técnica operatória. - 108 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P101 LESÃO DUODENAL TRANSFIXANTE POR TRAUMA FECHADO DO ABDOME (TFA). RELATO DE CASO Starling SV, Oliveira AM, Drumond DAF, Alves Filho V Hospital João XXIII (FHEMIG) Belo Horizonte. Minas Gerais. Introdução: A lesão duodenal isolada em pacientes com TFA é rara, de diagnóstico difícil e tratamento tardio. Quando tratadas tardiamente as condições locais são, muitas vezes, inadequadas para um tratam ento cirúrgico seguro. A deiscência de sutura e fístula são complicações freqüent es exigindo que o cirurgi ão realize o tratam ento já prevenindo esta possível complicação. Objetivo: Relatar caso com lesão trans fixante mostrando as alterações radiológicas, o tratamento instituído e as possíveis alternativas técni cas. Relato do Caso: Paciente de 18 anos vítima de queda de motocicleta, batendo o guidon no hipocôndrio direito. Procurou assistência médi ca em posto de peri feria ficando liberado para domicílio. Após 30 hs de evolução procurou o HJXXIII com quadro de dor abdominal e vômitos. Ao exame; desidratado, facies sofrimento e com sinais de irritação peritoneal em todo lado direito do abdome. RX simples de abdom e: retropneumoperitônio. Após preparo adequado paciente foi encaminhado ao bloco cirúrgico. Realizada laparotomia mediana que revelou ext enso enfisema retroperitoneal. Explorado e mobilizado a 2ª porção duodenal com manobra de Kocher revelou extensa lesão duodenal longitudinal trans fixante com bordas com bom aspecto e pouco inflamadas. Optou-se pela realização de duodenorafi a em 2 planos e drenagem da cavidade associ ada a exclusão pilórica. Paciente evoluiu bem no pós-operatório recebendo alta no décimo dia. Conclusão: As lesões duodenais operadas precocemente a sutura primária é o t ratamento de escolha. Nos pacientes operados tardi amente a técnica a s er utilizada para o trat amento da perfuração vai depender de vários fatores ent re eles as condi ções clínicas do paciente e do aspecto local da ferida traumática. Se existe ambiente propí cio para realizar a rafia primária com segurança esta pode e deve ser realizada. Nos casos duvidosos ou naqueles casos que as condições locais são inadequadas devido a bordas friáveis, paredes espessadas com reação inflam atória important e e intensa contaminação do retroperitônio a sutura da perfuração duodenal deve ser protegida pela técni ca de exclusão pilórica: cerclagem do piloro com gastrojejunostomia (Cirurgia de Jordan). Outra opção técnica usada no Hospital João XXIII é a técnica das 3 sondas: duodenostomia com dreno em T (Kher), gastrostomia e jejunostomia. Esta técnica tem como objetivo superdirecionar uma fístula que certamente ocorrerá evitando a contaminação da cavidade peritoneal. - 109 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P102 TRAUMA DUODENAL: CO MPARAÇÃO ENTRE TRAUMAS PENETRANTES E TRAUMAS FECHADOS Figueiredo MRA, Scarpelini S, Pinho VF, Rolo JG, Marinho JL, Hernandes MA Unidade de Emergência do HCFRMP-USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil. Introdução: A lesão duodenal no trauma fechado é pouco freqüente, e portanto, pela sua situação anatômica, o diagnóstico se torna di fí cil, muitas vezes retardando o tratamento definitivo. Objetivo: Delinear as principais diferenças, clínicas e epidemiológicas, entre as vítimas de traum a duodenal penetrant e e fechado. Método: Foi realizada uma análise ret rospectiva de 15 casos de traum a duodenal penetrante (grupo A) e 6 casos de trauma duodenal fechado (grupo B), at endidos na Unidade de Emergência (UE) do HCFMRPUSP, entre os anos de 1998 a 2002. Procurou-se caracterizar as di ferenças epidemiológicas, clínicas, de gravidade (ISS), mortalidade e complicações. Resultados: A distribuição por sexo foi, grupos A e B respectivament e: masculino 86,7% e 100% e feminino 13,3% e 0%. A média das idades foi de: Grupo A 23,3 anos e grupo B 15,3 anos. As médias dos ISS foram: 23 e 18,8, respectivamente grupos A e B. Os ferimentos por arm a de fogo foram responsáveis por 73,3% das lesões do grupo A. Todos os pacientes foram submetidos a tratamento cirúrgico. A permanência hospitalar foi de 23,7 dias (grupo A) e 15,7 dias (grupo B). 46,7% das vítimas do Grupo A tiveram complicações, sendo a m ais freqüente a pneumonia (17,6% das complicações); no grupo B 50% apresentou complicações. Houve 3 (20%) óbitos no grupo A e 1 (16,7%) óbito no grupo B. Conclusão: Nesta série, as vítimas de trauma duodenal fechado apres entaram-se com menor gravidade, e conseqüente menor tempo de internação, complicações e letalidade. Possivelmente o grande índice de lesões associadas nos ferimentos por arma de fogo tenham sido responsáveis por estas diferenças. - 110 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P103 IMPORTÂNCIA DO MECANISMO DE TRAUMA E DO TEMPO DE TRATAMENTO DA LESÃO DO INTESTINO DELGADO NO TRAUMA FECHADO DO ABDOME (TFA) Starling SV, Rocha FF, Drumond DAF, Cristino MAB Hospital João XXIII (FHEMIG) - Belo Horizonte, Minas Gerais. Objetivo: Estudar fatores que podem aumentar a morbi-mort alidade da lesão isolada do intestino delgado no TAF. Método: Análise retrospectiva dos pacientes operados por trauma contuso com lesão do intestino delgado no Hospital João XXIII no período de jul/02 a dez/03. Os pacientes foram divididos em 2 grupos: com lesão isolada e com lesão associada intraabdominal. Foi estudado as características de cada grupo em rel ação ao mecanismo de traum a e o intervalo de tempo trauma-tratam ento. Resultados: No período estudado foram admitidos 1010 pacientes com trauma abdominal, destes 36 tinham lesão do intestino delgado ocasionada por TAF (3,6%); 21 ptes apresentavam lesão isolada (58,3%). Neste grupo de ptes 13 (61,9%) formam vítimas de politraumatismos e 8 (38%) de t rauma localizado apenas no abdome. Dos 13 ptes politraumatizados, nove (75%) procuram assistência médica nas 6 primeiras horas pós-traum a e foram operados nas primeiras 12 hs de trauma. Dos oito ptes com trauma apenas no abdome, apenas quatro (50%) apresentaram as mesmas características. Nos ptes operados com mais de 12 hs de trauma, um (4,7%) fal eceu e quatro (19%) complicaram. No grupo dos 15 ptes (41.7%) com lesão associ ada intra-abdominal, as mais comuns foram as lesões colônicas e hepáticas. Todos os ptes procuram assistência médica nas primeiras 6 horas de trauma e 13 (86,7%) foram operados nas primeiras 12 hs de trauma. Apenas um (6.7%) pte apresentava trauma localizado no abdome. Óbito ocorreu em quatro ptes (26,7%) sendo três deles conseqüent es à lesão associada intra-abdominal. Ocorreram complicações em oito ptes (53,4%). Conclusão: Ptes com lesão de intestino delgado cons eqüente a trauma localizado apenas no abdome raramente apres entam lesões associ adas intra-abdominal e procuram assistência m édica mais tardiamente que os ptes politraum atizados. O intervalo de tempo entre o trauma e o trat amento é fator importante no aumento da morbi -mortalidade independente da caus a do trauma. Ptes com l esão associada intra-abdominal, apesar de procurarem assistência médi ca mais precocemente, têm uma morbimortalidade mais elevada denotando uma gravidade maior do trauma. - 111 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P104 SINAIS TOMOGRÁFICOS EM LESÕES DE DELGADO POR TRAUMA ABDOMINAL FECHADO Almeida NA, Fraga GP, Baracat J, Tavares YS, Souza e Silva FHB, Mantovani M Disciplina de Cirurgia do Trauma. FCM - Unicamp. Campinas, SP. Introdução: Lesão de intestino delgado por traum a abdominal fechado ainda apres enta grande di ficuldade diagnóstica. Isto se torna perigoso a medida que se difunde o tratam ento não-operatório de vísceras maciças, e um diagnóstico tardio de lesão de víscera oca pode resultar em elevada morbi-mortalidade. A tomografia computadorizada t em sido utilizada como método auxiliar no diagnóstico destas lesões. Objetivo: Avaliar sinais tomográficos como indicativos de lesão de jejuno e/ou íleo em vítimas de trauma abdominal fechado. Método: No período de janei ro/1994 a agosto/2004, foram cadastrados 414 casos de lesão de jejuno e/ou íleo em protocolo Epi-Info. Em 90 pacientes o mecanismo de les ão foi trauma fechado, com incidência de 16,3% de lesão de intestino delgado entre o total de traumas contusos tratados por laparotomia. No diagnóstico pré-operatório, a tomografia computadorizada foi realizada em 19 casos (21,1%), com administração de contraste intra-venoso e oral, constituindo a casuística do presente estudo. Todos os exames foram realizados por radiologista experiente que adotou um protocolo para registro de sinais de lesão de delgado, já sabendo que o caso era positivo para este tipo de lesão. Resultados: Das 19 tomografias computadorizadas reavaliadas, 11 (57,9%) apres entavam espess amento de alça, 7 (36,8%) pneumoperitônio, 3 (15,7%) extravas amento de contraste, 12 (63,1%) borramento de gordura mesent érica, uma (5,2%) evidenciou lesão de cólon e apenas em um paciente (5,2%) não foi observada pres ença de líquido livre em cavidade. Todos os casos apresent aram alterações tomográfi cas. Conclusão: A tomografia computadori zada deve s er utilizada de maneira cuidadosa na conduta do paciente vítima de t rauma abdominal fechado por não excluir a existência de lesões de intestino delgado. Sinais tomográficos devem ser considerados como indicadores indiretos de possíveis lesões em intestino delgado, sendo elevada a incidência destes sinais, desde que o exame seja realizado com técnica adequado e interpretado por equipe experi ente. - 112 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P105 LESÃO DE VÍSCERA OCA EM TRAUMA FECHADO DE ABDOME. LESÃO POR CINTO DE SEGURANÇA. RELATO DE CASO Freire EF, Antonacci Jr. E, Queiroz LGA Casa de Saúde Imaculada Conceição (CSIC) Patos de Minas MG. Relato de Caso: Paciente RDP, masculino, 62 anos. Acidente automobilístico dia 01/05/04, estava no banco t raseiro de um gol, com cinto de s egurança apenas abdominal. Colisão front al. Os passageiros da frente não sofreram lesões graves. Deu entrada na CSIC, poucos minutos após o acidente, em carro particular. Apres entava quadro de dor abdominal e ferimento em região frontal direita. Hemodinamicament e estável e quadro neurológico s em alterações importantes (Gl asgow 15). Foram realizados exames de rx de tórax que foi norm al e us abdominal que mostrou líquido na cavidade. Foi submetido a laparotomia medi ana supra e infra umbilical (xi fo-púbica). Laceração de 40 cm de íleo proximal, com perda da vascularização de toda esta área (Grau V AAST). Lesão completa do sigmóide com les ão de artéria mesentérica inferior (Grau IV AAST). Realizado enterectomia dos 40 cm de íleo proximal e 05 cm de jejuno distal com anastomose término terminal. Rafi a da lesão no jejuno proximal. Fechamento de coto distal e exteriorização do coto proximal (Harttmann). Foram utilizados gentamicina, metronidazol e cefalotina. CTI 2 dias. No oitavo DPO, distensão abdominal. No décimo DPO, houve piora do quadro, com sinais evidentes de irritação peritonial sendo indicado cirurgia, onde foi encontrado peritonite e múltiplas aderências, com pequena fístula na borda antimesent érica do íleo terminal. Recebeu alta em bom estado geral após 30 dias de internação. Conclusão: Conforme teria afirmado Aristóteles “ Um golpe por mais brando que seja, pode causar ruptura de intestino sem caus ar l esão na pele”. Por m enor que s eja o trauma abdominal fechado, a suspeita do diagnóstico de les ão de víscera oca é imperativa para que se chegue a um diagnóstico seguro e confiável. A dor é o mais importante sinal. Nos casos de diagnóstico duvidoso, esgotados todos os recursos para confi rmá-lo, a cirurgi a é a melhor opção, mesmo que ela seja negativa. Com o uso rotineiro do cinto de segurança, houve um aumento na freqüência das lesões de vísceras ocas, isoladas ou associadas a outras lesões. O uso de cinto diminuiu a incidência de traumas graves e fatais. O cinto subabdominal ou de dois pontos ou o seu mau posicionamento são fatores que favorecem este tipo de lesão. Com o cinto de 3 pontos esta ocorrência é menos observada. - 113 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P106 ESPLENECTOMIA TARDIA EM TRAUMA DE BAÇO: RELATO DE CASO Giovannini AC, Andrade AF, Campolina BMV, Neto CSA, Vieira JC, Pádua R Faculdade de Medicina de Itajubá-MG Introdução: O baço é um dos órgãos abdominais mais afetados em um politraumatizado e se associa a uma morbiletalidade que pode ser significativa. A ruptura t ardia do baço é uma conseqüência incomum do trauma abdominal fechado, já que representa um a pequena porcentagem do total das injúrias traumáticas do baço. Objetivo: Demonstrar que a ruptura traumática do baço após traum a abdominal fechado pode ocorrer tardiamente em até 45 dias após o traum a. Método: Foi analisado o prontuário de um paciente que deu entrada no Servi ço de Em ergência do Hospital Es cola de Itajubá com queixa de dor abdominal em hipocôndrio e fossa ilíaca esquerda há 6 horas e com instabilidade hemodinâmica. O paciente referiu história pregressa de espancam ento há 45 dias com 2 episódios anteriores de dor abdominal de fort e intensidade durante este período sem sinais e sintomas de instabilidade hemodinâmica. Ao exame físico o paciente apresentou palidez cutâneo mucosa, hipotensão arterial, sudorese, taquicardia e dor abdominal difusa de forte intensidade. O paciente foi submetido a avaliação laboratori al e por imagens, sendo observado uma anemia normocrômica e normocítica. A ultrassom de abdômen revelou presença de líquido livre na cavidade abdominal e baço com diâmetro longitudinal no limite máximo da normalidade e apres entando um a imagem hiperecogêni ca. O paci ente foi avaliado pelo Servi ço de Cirurgia Geral do Hospital Escola e foi submetido a laparotomia exploradora. Resultado: O paci ente foi então submetido a laparotomia exploradora com incisão xi fo-púbi ca e observou-se grande quantidade de sangue, aproximadament e 1000 ml na cavidade peritoneal. O baço foi encontrado apres entando inúmeras lacerações confluentes na superfície convexa com hilo íntegro e demais vísceras abdominais sem alterações. Foi realizada esplenectomia total e terapi a infusional com 3 bolsas de concentrado de hemácias. O pacient e evolui no pós-operatório s em complicações com vacinação anti-pneumocócica e recebeu alta hospitalar com uso de sul fato ferroso. Após alta hospitalar foi acompanhado no ambulatório de Cirurgia Geral, recebendo alta definitiva. Conclusão: Apesar do baço ser o órgão mais comumente l esado no trauma abdominal fechado, a ruptura tardia deste órgão é rara, podendo o pacient e apresentá-la em até 45 dias após o trauma. - 114 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P107 PSEUDOCISTO DE ESTUDO DE CASO Hasimoto EN, Bertolli Rodrigues JMS Pontifícia Universidade Hospitalar de Sorocaba – PÂNCREAS APÓS ESPLENECTOMIA – E, Costa ALC, Schleinstein HP, Simoneti CAM, Católica de São Paulo (PUC – SP) Conjunto Sorocaba/SP Os pacientes vítimas de trauma abdominal fechado podem ser submetidos a tratamento cirúrgico ou não operatório. No entanto, deve-s e ress altar que cerca de 5 a 8% dos pacientes vítimas de trauma abdominal fechado apres entam lesões não diagnosticadas pelos métodos de imagem não invasivos utilizados. Dentre elas, destaca-se as lesões pancreáticas devido à alta morbi-mortalidade associada ao quadro. O objetivo deste trabalho é o estudo de um caso de pseudocisto de pâncreas após trauma abdominal fechado. PVM, 56 anos, masculino, portador de válvula metálica mitral vítima de agressão físi ca que deu entrada no pronto-socorro do Conjunto Hospitalar de Sorocaba (SP). Após avaliação inicial evoluiu com piora da dor abdominal. Realizada laporatomia exploradora de urgência com achado intra-abdominal de trauma esplênico. Procedida esplenectomia sem outros achados intraoperatórios. No nono dia pós-operatório (DPO) apresentou dor abdominal moderada, mass a palpável em hipocôndrio esquerdo e hiperamilasemia. Exames de imagem revelaram lesão cística em topografi a da cauda do pâncreas. Foi feita a suspeita diagnostica de pseudocisto de pâncreas optado por tratamento cons ervador considerando a boa resposta clinica. No 13° DPO houve piora do est ado geral sugerindo infecção da lesão sendo indicada drenagem externa percutânea. Dando saída a cerca de 1500ml de liquido escuro sem debris. Posteriormente, o paciente cursou com piora súbita do estado geral evoluindo a óbito no 15° DPO. As lesões de pâncreas são incomuns, porém devido a mortalidade em torno de 50% devem ter um alto grau de suspeição naqueles que evoluam de modo insatis fatório após trauma abdominal fechado. - 115 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P108 TRAUMA DUODENO-PACREÁTICO ISOLADO DIAGNÓSTICO RELATO DE CASO Mattos AC, Lopes ER, Bicalho PRR Hospital Municipal de Governador Valadares UM DESAFIO Objetivos: Mostrar a s eqüência diagnóstica e t erapêutica de um caso de trauma duodeno-pancreático e sua evolução clinica. Material e Métodos: Relatamos o caso de um paciente, masculino, 19 anos, leucoderma, solteiro, natural e procedente de It abirinha-MG, que chegou à unidade de urgência do hospital municipal de Governador Valadares no quarto di a pós-trauma, queixando dolorimento discreto no HCD e rel atando vômitos pós-alimentares desde o dia do trauma. Ao exame físico apresent ava massa palpável no HCD e ictérico (+/4). Foi submetido à ultra-sonografia e a tomografia computadorizada que mostraram grande hematoma retroperitoneal com aumento do volume pancreático s em dilatação das vias biliares. O paciente manteve os vômitos e aumentou a icterí cia. No tercei ro dia de internação ele foi subm etido a l aparotomia. Identi ficado o hem atoma realizou-se o controle vascular do abdom e e exploração do mesmo, com identificação de um hematoma na parede duodenal e uma laceração pancreática à direita dos vasos mesentéricos. A colangiopacreatografia per-operatória demonstrou integridade das vias biliares e do Wirsung. Realizou-se então uma colecistectomia com drenagem biliar pelo cístico e drenagem da loja pancreática. O paciente apresentou boa evolução. Resultados e Conclusão: A propedêutica não invasiva foi incapaz de determinar a gravidade da lesão pancreática e a pancreatografia per-operatóri a com integridade do Wirsung foi determinante na conduta mais conservadora. - 116 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P109 APENDICITE AGUDA PÓS-TRAUMA ABDOMINAL FECHADO: COINCIDÊNCIA OU ETIOLOGIA? – RELATO DE CASO Suman M, Espada PC, Souza BB, Pessutti D, Meirelles Jr. RF, Yagi RK, Baitello AL Faculdade de M edicina de São José do Rio Preto – SP. FAMERP / FUNFARME Objetivos: Relatar um caso de apendicite aguda e discutir a possibilidade do trauma abdominal fechado ser uma possível etiologia. Relato de Caso: C. L. G., masculino, 25 anos, solteiro, vítima de acidente automobilístico ha’1 dia, com perda de consciência no local. A palpação abdominal era dolorosa difusam ente, porém sem sinais de irritação peritoneal. Os exames, na admissão, foram: Raio X cervical normal; Raio X de tórax com contusão pulmonar bilateral; Raio X de quadril com fratura de ramo ísquio-púbico direito; Raio X de membro inferior esquerdo com fratura de tíbia esquerda. Diante da perda de consciência e da dor abdominal, foram solicitados Tomografia Computadorizada de crânio e abdome respectivam ente. a tomografia de crânio mostrou edema sub-galeal esquerdo, sem lesões no parênquima craniano ou lesões expansivas. A tomografia de abdome evidenciou discreto derrame pleural à direita e fratura de quadril, sem outras alterações. No segundo dia de internação houve piora do quadro pulmonar, tendo que ser submetido a entubação orot raqueal. No terceiro dia de internação o pacient e encontrava-se febril, com distensão abdominal e alto débito de drenagem na sonda nasogástrica. Leucometria de 18.230, hematócrito de 34%, hemoglobina de 11,3g/dl, plaquetas de 173.000 e amilase de 36. Submetido a Lavado Peritonial Diagnóstico, apres entou contagem de hemáceas: 32.000/mm3 , contamem de leucócitos: 6.400/mm3 ; a bacterios copia evidenciou presença de raras bactéri as gram-negativas, sendo então indicada laparotomia exploradora. Recebeu alta após 60 dias de internação. Discussão: O espasmo intestinal localizado, resultante da transmissão da força do trauma, pode ser o gatilho para o des envolvimento da apendicite pós-traumática, uma vez que a hiperemia e a tumescência conseqüente ao relaxamento do espasmo podem resultar em oclusão luminal. Ademais o trauma pode impedir os mecanismos de defesa do tecido periapendi cular contra as bact érias intraluminais que s e encontram na cavidade peritoneal. Conclusão: Acreditamos que o relato deste caso reforça a hipótese de que o trauma abdominal fechado pode ser uma das causas de apendicite aguda. - 117 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P110 FÍSTULA COLOCUTÂNEA 15 DIAS APÓS TRAUMA ABDOMINAL FECHADO: RELATO DE CASO Raphe R, Borges AM, Felicio OSC, Ratti R, Landini AS, Silveira VN Serviço de Residência Médi ca de Cirurgia Geral do Hospital Municipal do Campo Limpo – São Paulo – SP Objetivo: Relatar um caso de traum a abdominal fechado envolvendo o intestino grosso, de evolução tardia, com aparecimento de fístula colocutânea. Relato de Caso: Paciente D.A.M, 48 anos, masculino, pintor, natural e procedente de São Paulo, deu entrada no Pronto Socorro vítima de queda de altura, com aproximadamente 3 m etros, há 15 dias. Na ocasião, o paciente procurou out ro serviço sendo medicado com analgésico. Passado 7 di as, o paciente observou abaul amento em região de transição tóraco-abdominal direita, que o fez procurar o servi ço médico após 15 dias do ocorrido. Ao exame, encontrava-se em m al estado geral, toxemiado, desidratado +/4+, descorado ++/4+, ictérico +/4+, febril – 39ºC, eupneico e orientado, PA: 68X43mmHg, FC: 136bpm. Toque retal normal. Com esses dados, foram solicitados exames como raio-X de tórax com pulmões expandidos, cúpula diafragm ática à direita elevada e enfis ema de subcutâneo à direita, tomografia computadorizada de tórax e abdome com presença de coleção em partes moles com enfisema de subcut âneo. Os exames laboratoriais const avam de anemia (Hb: 9,7 g/dl e Ht: 27%), 16.500 leucócitos sem desvio, porém com granulações tóxicas, amilase de 36 U/L, bilirrubina total de 7,36 mg/dl, com predomínio da fração indireta (BI: 5,76 mg/dl) e TGO/TGP nos valores da normalidade. Mediante ao quadro clínico, foi optado por drenagem da região, sendo observado presença de fezes e contigüidade com a cavidade abdominal. A conduta realizada foi l aparotomia exploradora, sendo encontrado 500ml de pús e bloqueio de alças em cólon direito na região de fl exura hepática. Com esses achados, realizou-s e colostomia em al ça na fl exura hepática, limpeza e drenagem de cavidade e maturação da colostomia. A cultura do abscesso intra-abdominal evidenciou E. coli, considerada sensível a todos os antibióticos. O paciente recebeu alta no 23º dia de pós – operatório. Após 6 meses, foi realizado o fechamento da colostomia sem intercorrências. Conclusão: O trauma abdominal fechado associ ado a lesões de vísceras ocas é pouco freqüente e de di fícil diagnóstico. Portanto, necessita de maior investigação para diminuir o retardo no diagnóstico e tratamento. - 118 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P111 TRAUMA NO IDOSO EM ACIDENTES DE TRÂNSITO: ANÁLISE DE 495 CASOS Rodrigues Jr. JB, Bistene NL, Oliveira ACMB, Temponi EF, Ferreira CEF, Lavall Jr. FJC Instituto Médico Legal de Belo Horizonte / Hospital João XXIII Introdução: O indivíduo traumatizado com idade acima de 65 anos representa um grupo especial com rel ação a suas reservas fisiológicas e respostas endócrino-met abólicas à agressão. Os acidentes automobilísticos constituem uma importante caus a de morbidade e mortalidade neste grupo etário. Objetivo: Com o propósito de conhecer mais acerca das lesões sofridas por idosos, vítimas fatais de t rânsito, busca se analisar necropsias desta natureza realizadas no Instituto Médico Legal de Belo Horizonte. Método: Trabalho descritivo, transversal, retrospectivo, por m eio de análise de laudos de necrópsias de janei ro de 1997 a dezembro de 2001. Foram recuperados 495 laudos deste tipo a idade variando de 65 a 107 anos, com média de 73,7 anos. O sexo mas culino perfez 64,4%. A m édia de altura foi de 161,7 cm e 54,7% eram leucoderm as. Havia sinais de atendimento médico em 70,7% dos casos. O trauma craniencefálico (TCE) esteve present e em 87,9% dos casos, o torácico em 85,3%, o abdominal em 66%, o de membros inferiores em 79,1% e o de membros superiores em 73,1%. Em 12,5% dos casos houve diagnóstico de trauma pélvico e em 5,3% de l esão da coluna vertebral, sendo que 69,2% destas acometeram o segmento cervical. A caus a de óbito foi choque hipovolêmico em 24,2%, TCE em 30,9%, politraumatismo em 28,5% e infecções em 13,9%. Nos laudos onde a causa do acidente foi recuperada, 90,2% foi devido a atropelam ento. Conclusão: Este trabalho reforça o conceito de que o trauma devido a acidentes de trânsito no idoso possui tendência de acometimento global e destaca a importância do TCE como causa de óbito nesta faixa etária. - 119 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P112 TRAUMA TORÁCICO EM VÍTIMAS DE TRÂNSITO: ANÁLISE DE 3680 CASOS Rodrigues Jr. JB, Temponi EF, Bordoni LS, Quintão VC, Bistene NL, Lavall Jr. FJC Instituto Médico Legal de Belo Horizonte / Hospital João XXIII Introdução: O trauma torácico em acidentes automobilísticos representa sempre um des afio para os profissionais envolvidos em seu atendimento pela possibilidade de envolvimento de múltiplas vísceras. Objetivo: Buscas-se neste estudo analisar as necropsias de vítimas de acidentes de trânsito com relação ao trauma torácico com o objetivo de melhor conhecer est e tipo de trauma. Método: Trabalho descritivo, transversal, ret rospectivo, por meio de análise de laudos de necropsias de janeiro de 1997 a dezembro de 2001. Resultados: Foram analisadas 5037 laudos de necropsias, estando o trauma torácico presente em 3680, constituindo este o grupo de estudo. A idade variou de 0 a 107 anos, com média de 37,1 anos e 77,9% pertenciam ao sexo masculino. Receberam algum tipo de atendimento médico, 2158 pacientes (58,6%). Houve lesão cardíaca em 594 casos (16,14%), lesão pulmonar em 1835 casos (49,9%). Em 450 casos (12,22%) houve les ão combinada de pulmão e coração. Fratura de costel as esteve presente em 1026 casos (27,9%) e fratura de esterno esteve pres ente em 346 casos (9,4%). Foi realizado procedimento cirúrgico em 331 casos (8,9%). O politraumatismo repres entou o maior grupo de causa mortis, com 1250 casos (34,0%), seguido por choque hipovolêmico com 892 casos (24,2%). Nos casos em que a causa jurídica do óbito foi recuperada (20,3%), o atropelamento foi responsável por 76,3% dos mesmos. Conclusão: Este estudo ressalta o acom etimento de múltiplas vísceras torácicas em vítimas de acidentes de trânsito e a signi ficância do politraumatismo como causa de óbito neste grupo de pacientes. - 120 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P113 TEOR ALCOÓLICO EM VÍTIMAS FATAIS DE TRÂNSITO NO IML DE BELO HORIZONTE: ANÁLISE DE 1997/2001 Rodrigues Jr. JB, Bistene NL, Quintão VC, Ferreira CEF, Temponi EF, Oliveira ACMB Instituto Médico Legal de Belo Horizonte / Hospital João XXIII Introdução: A relação entre o uso de álcool e os traumas já é bem estabelecida. Nos acidentes automobilísticos existem diversas explicações para corroborar esta relação. Conhecendo tal rel ação, é de suma importância que medidas de prevenção sejam implement adas e colocadas em prática, principalmente no que t ange ao consumo de ál cool. Objetivo: Busca-se neste estudo analisar as necropsi as de vítimas de acidentes de trânsito com relação ao teor alcoólico sanguíneo (TAS) e traçar o perfil destas. Método: Trabalho descritivo, transvers al, retrospectivo, por meio de análise de laudos de necropsias de j aneiro de 1997 a dezembro de 2001. Resultados: Foram analisados 5037 laudos de necropsi as de vítimas de acidentes de trânsito realizadas no IML de Belo Horizonte quanto à pesquisa de TAS. Foram solicitados exames para TAS em 21,5% do total de perícias, dos quais 63,9% foram positivos, 36,1% negativos. Dos positivos, 63,6% estavam acima do permitido por lei (APL), já corrigidos os valores aceitos pelo Código Nacional de Trânsito antigo e pelo atual. Dos negativos, 80,1% pertenciam ao sexo masculino e 19,9% ao feminino. A média do TAS dos resultados positivos foi 13,15dg/L, sendo que a mesma nos periciados do sexo feminino foi de 10,1dg/L e nos do sexo masculino de 13,5dg/L. A média de idade nos casos positivos do sexo masculino foi de 35,4 anos e nos do sexo feminino de 41,2 anos. Nos casos com teor APL, 92,1% eram homens e 7,9% mulheres, com média de TAS de 18,8dg/L e de idade de 35,9 anos. Foram solicitados 325 exames toxicológicos, destes 22 foram positivos, sendo todos do sexo masculino. Um dado interessante encontrado na amostra é a queda de 40,6 para 29,3% dos resultados de teor alcoólico APL quando considerados os pacientes provenientes de at endimento hospitalar, sugerindo que este interfere na dosagem de TAS. Conclusão: O perfil das vítimas com consumo de álcool positivo é adulto, com média de idade de 35,4 anos, do sexo masculino e que tiveram influência na alcoolemia os que tiveram algum atendimento hospitalar - 121 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P114 COMPARAÇÃO DO TEOR ALCOÓLICO EM VÍTIMAS FATAIS DE HOMICÍDIO E SUICÍDIO POR ARMA DE FOGO Rodrigues Jr. JB, Buzatti M, Buzatti Filho DR, Rodrigues KCL, Lavall Jr. FJC, Ribeiro CEO Instituto Médico Legal de Belo Horizonte / Hospital João XXIII Introdução: O aumento no número de homicídios e suicídios é uma realidade documentada nos principais cent ros urbanos do país. Objetivo: Busca-se neste estudo pesquisar a existência ou não de associ ação entre alcoolemia e a causa jurídica de morte. Método: Foram analisados 4834 laudos de necrópsias realizadas no IML-BH no período de janeiro de 1997 à dezembro de 2001, exclusivamente de casos de l esão por arma de fogo. Resultados: Do total, 4436 foram determinados com suspeita de homicídio e 283 com suspeita de suicídio. Entre os suspeitos de homicídio, foram realizados 1655 exames de teor al coólico: 537 negativos (32,4%), e 1055 positivos (63,7%), com média de 12,4 dg/L. Entre os suspeitos de suicídio, dos 82 exames realizados, 21 foram negativos (25,6%) e 56, positivos (68,3%), com uma média de 8,65 dg/L. Conclusão: Na amostra estudada não foi observada a relação estatística entre positividade do exame e teor alcoólico com a causa jurídica de morte. - 122 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P115 ELEVAÇÃO DA MÉDIA DE DISPAROS POR VÍTIMAS DE HOMICÍDIO EM BH-MG: ANÁLISE DE 4436 CASOS Rodrigues Jr. JB, Buzatti M, Pacheco MA, Rodrigues KCL, Lavall Jr. FJC, Ribeiro CEO Instituto Médico Legal de Belo Horizonte / Hospital João XXIII Introdução: O aumento do número de homicídios é uma realidade já documentada nos principais centros urbanos do País. Várias hipóteses t êm sido levantadas para tentar explicar este evento, que tanto preocupa a nossa sociedade. Objetivo: Nest e trabalho, foi observada uma caract erística das vítimas de homicídio por arma de fogo - o número de ori fí cios de entrada (OE), e detectado um cres cente aum ento na média de número de OE com o passar dos anos. Método: Foram analisados 4436 casos de necropsia do Instituto Médico Legal de Belo Horizonte, Minas Gerais, de 1 de janeiro de 1997 à 31 de dezembro de 2001, cuj a a suspeita de causa de morte constante da guia de requisição de exame foi homicídio. Os laudos foram cadastrados em um banco de dados e analisados no programa EpiInfo. Resultados: Encontramos uma média de 2,80 OE/indivíduo em 1997, 3,02 OE/indivíduo em 1998, 3,58 OE/indivíduo em 1999, 3,8 OE/indivíduo em 2000 e 4,2 OE/indivíduo em 2001. Conclusão: Estes dados sugerem uma mudança no perfil dos crimes de homicídio em Belo Horizonte, sinalizando um maior empenho do agressor em "executar" sua vítima. - 123 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P116 NECROPSIAS DE VÍTIMAS DE TRÂNSITO ABAIXO DE 10 ANOS NO IML DE BELO HORIZONTE: 1997/2001 Rodrigues Jr. JB, Quintão VC, Oliveira ACMB, Temponi EF, Ferreira CEF, Lavall Jr. FJC Instituto Médico Legal de Belo Horizonte / Hospital João XXIII Introdução: As causas externas constituem importante grupo de causa mortis na faixa etária de 0 a 10 anos de idade. As crianças representam grupo especial entre os pacient es vítimas de acidentes de trânsito. Objetivo: Com o propósito de conhecer mais acerca dos acidentes de trânsito com vítimas fatais envolvendo cri anças, busca-se analisar necropsias de vítimas com idade abaixo de 10 anos realizadas no IML de Belo Horizonte. Método: Trabalho descritivo, transvers al, retrospectivo, por meio de análise de laudos de necropsias de janeiro de 1997 a dezembro de 2001. Resultados: Dos 5037 laudos de necropsias de acidentes de trânsito em 1997 e 2001 recuperados, 257 (5,1%) eram indivíduos abaixo de 10 anos de idade. O sexo masculino perfez 56,0% dos casos e o feminino, 44,0%. A média etária foi de 5 anos, a de altura de 107,4 cm. Receberam algum tipo de atendimento hospitalar 58,8% dos casos. Nos casos onde os respectivos segmentos corporais foram mencionados, os traumas craniencefálicos (TCE) estiveram present es em 92,6% dos casos, os torácicos em 64,6%, os abdominais em 58,8%, os de membros inferiores em 67,0% e os de membros superiores em 65,8%. Em 7,0% dos casos houve di agnóstico de trauma pélvico e em 7,0% de les ão de coluna vert ebral, sendo que 88,9% destas acometeram a coluna cervical. A causa do óbito foi TCE em 48,2% e politraumatismos em 31,9%. Nos laudos onde a caus a do acidente foi recuperada, 87,7% foi devido a atropelamentos. Conclusão: Confirmando o preconizado pela literatura especí fi ca, o trauma na criança é global, com tendência clara a envolver múltiplos segmentos corporais. - 124 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P117 NECROPSIAS DE VÍTIMAS DO TRÂNSITO DO IML DE BELO HORIZONTE: PROCEDÊNCIA E MOTIVO DO ACIDENTE Rodrigues Jr. JB, Temponi EF, Oliveira ACMB, Ferreira CEF, Lavall Jr. FJC, Quintão VC Instituto Médico Legal de Belo Horizonte / Hospital João XXIII Introdução: O Brasil é um dos países onde os acidentes com veículos automotores trazem maiores prejuízos tanto do ponto vista humano quanto do ponto de vista financeiro. Com relação ao tipo, o acidente pode ser de natureza diversa, como colisão de veículos, motocicletas, atropelamentos, dentre outros. De maneira geral, os atropelamentos ocasionarão lesões mais graves, pois a vítima não possui a relativa prot eção de que dispõem os ocupantes de veí culos. Objetivo: Busca-se neste estudo analisar as necropsias de trânsito do IML de Belo Horizont e de 1997 a 2001 quanto à procedência do cadáver e o tipo de acident e com o objetivo de m elhor conhecimento dos acidentes automobilísticos. Método: Trabalho descritivo, transversal, retrospectivo, por meio de análise de l audos de necropsias de janeiro de 1997 a dezembro de 2001. Foram examinados 5037 laudos de necropsias deste tipo. Dos casos recuperados, 57,8% receberam atendimento médico (hospitais ou unidades de pronto atendimento), 21,6% foram procedentes de vias públicas (rodovias estaduais, federais e ruas ) e em 20,6% não foi possível a recuperação desta inform ação. Dos casos em que a causa foi especi ficada (20% do total), 74,8% foram atropelamentos, 12,7% acidentes com automóvel, 6,7% acidentes com motocicleta e 5,8% acidentes com bicicleta. Conclusão: Os atropelamentos foram responsáveis pelo maior número de óbitos com motivo registrado e a m aioria das vítimas recebeu algum tipo de atendimento médico previamente à constatação do óbito. - 125 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P118 INCIDÊNCIA DE EMPIEMA PLEURAL NOS FERIMENTOS TORACO-ABDOMINAIS: ESTUDO DOS FATORES DETERMINANTES Fontelles MJ, Mantovani M, Ajub JR, Pinto FS Trabalho realizado pela disciplina de cirurgia do trauma do depart amento de cirurgia da faculdade de ciências médicas da UNICAMP - Campinas, SP. Introdução: Os ferimentos penetrantes com comprometimento simultâneo das cavidades torácica e abdominal (FTA), além da dificuldade diagnóstica, merecem especial atenção em relação à conduta adotada para o tratam ento do espaço pleural. Objetivo: Identi ficar os principais fatores de risco relacionados à incidência de empiema pleural em pacient es com ferimentos penetrant es localizados na transição toracoabdominal. Método: Utilizando-se o modelo estatístico de regressão logística múltipla, os autores analisaram 110 pacientes com ferida toracoabdominal penetrante, submetidos à drenagem pleural fechada e laparotomia. A complicação empiem a pleural foi estudada quanto à incidência e fatores envolvidos. Considerou-se o nível alfa igual a 0,05. Resultados: Do total dos pacientes estudados, 91 (82,7%) pacientes eram do sexo masculino e 19 (17,3%) do feminino. A faixa etári a situou-se entre 13 e 63 anos. Os FTA foram caus ados por projétil de arma de fogo em 60 casos (54,5%) e por arma branca em 50 casos (45,5%). O empiema pleural incidiu em quatro (3,6%) dos pacientes estudados. Na análise est atística a incidência de empiema pleural esteve relacionada com: lesão de víscera oca (OR=3,1386; p=0,4005); lesão do lado esquerdo do di afragma (OR=12,98; p=0,1178) e choque hemorrágico à admissão (OR=23,9639; p=0,0250). Conclusão: A chance da ocorrência de empiem a pleural foi cerca de três vezes m aior em pacientes com lesão de víscera oca e, 13 vezes maior s e esta lesão estava associada à l esão do lado esquerdo do diafragm a; aumentando para 24 vezes s e estes pacientes apres entavam, concomitantemente, estado de choque hemorrágico à admissão. - 126 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P119 TORACOTOMIA DE REANIMAÇÃO Fraga GP, Cortinas LGO, Genghini EB, Prandi Filho W, Mantovani M Disciplina de Cirurgia do Trauma. FCM - Unicamp. Campinas, SP. Introdução: Apesar dos inúmeros estudos envolvendo a toracotomia de reanimação (TR), este ainda é um tema polêmico na literatura. Objetivo: Avaliar a indicação deste procedimento no serviço e o ris co-benefício de realizá-lo. Método: Estudo retrospectivo envolvendo 123 casos de TR realizadas no período de janeiro/1995 até junho/2004. Resultados: Dos 123 pacientes, 109 (88,6%) eram do sexo m asculino. A idade variou de 1 a 76 anos, sendo predominante a faixa etária dos 20 aos 39 anos (67,5%). Os traumatismos penetrantes prevaleceram em relação aos fechados: 79 (64,2%) versus 44 (35,8%), respectivam ente. Em relação à classi ficação dos doentes quanto aos sinais vitais na admissão, 27 (22%) foram considerados mortos ao chegar, 33 (26,8%) fatais, 33 (26,8%) agônicos e 30 (24,4%) em choque profundo. Todos os pacientes admitidos em choque profundo evoluíram para parada cardio-respiratória (PCR), sendo ent ão indicada a TR. Apenas 31 (25,2%) dos pacient es já foram admitidos com intubação orotraqueal. Dos 123 pacientes estudados, 121 (98,4%) foram a óbito. O intervalo de t empo entre a admissão e o óbito, em 75 casos (61%) foi m enor que um a hora. Quanto ao local do óbito, 60 (49,6%) foram reanimados e decl arados mortos no pronto socorro, 54 (44,6%) no centro cirúrgico e 7 (5,8%) em outros setores. O estudo da causa mortis revelou que 116 mortes (95,9%) foram decorrentes de choque hemorrágico, estando 14 destas (11,6%) associadas à TCE ou trauma raquimedular. A sobrevida foi de 1,6% (2 casos ). A primeira paciente sobrevivente foi uma gestante de oito meses, vítima de acidente automobilístico, admitida com sinais de choque profundo. O segundo foi vítima de ferimento por projétil de arma de fogo e recebeu o at endimento inicial em outro serviço onde foi realizada a TR. Encaminhado à Unicamp foi submetido à toracotomia e laparotomia, com les ão 80% da artéria axilar E. e lesão da vei a subclávia E. Conclusão: Houve uma indicação liberal de TR dada a incidência com que esta foi realizada em pacientes com traumatismo contuso e TCE. Atualmente, costuma-se contra-indicar a TR nestas situações, além daquelas em que o paci ente está morto ao chegar ou quando há sinais vitais que possibilitem o encaminhamento imediato para o centro cirúrgico. Apesar dos riscos e custos da TR, o procedimento foi efetivo apenas para dois pacientes (1,6%). - 127 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P120 TORACOTOMIA RESSUSCITADORA NO TRAUMA Rezende-Neto JB, Nogueira BD, Vitor BM, Oliveira RG, Drumond DAF Hospital João XXIII FHEMIG Belo Horizonte, MG Introdução:Toracotomia ressuscitadora (TR) no trauma pode ser medida salvadora em alguns pacient es. A mortalidade, no geral, é extremamente elevada. No ent anto, há relatos de 50% de sobrevida em pacientes com traumatismos penetrant es no tórax ou tamponamento cardí aco com sinais vitais presentes e tratados em protocolos especí ficos. Objetivos: Estudar a evolução dos paci entes submetidos a TR no Hospital João XXIII e determinar fatores prognósticos. Método: Estudo retrospectivo, revis ão de prontuários, de pacient es submetidos à TR no Hospital João XXIII catalogados no registro de traum a da clínica cirúrgi ca. Resultados: Entre 1994 e 2001, exceto 1997, 71 (n=71) pacientes foram submetidos a TR; 90,1% eram homens (idade média 25,5 anos). A TR foi realizada com mais freqüência no bloco cirúrgico (BC) 81,7% das vezes, em segundo lugar na sala de emergênci a (SE) 16,9% e em um caso no setor de RX. Somente 28,6% dos casos houve relato de transporte por ambulância, resgate ou polícia. Nenhum exame complementar foi realizado em 71,8% dos pacientes. O abdome foi o principal foco da lesão (60,6%), seguido de tórax (31%). Arm a de fogo foi a causa do trauma em 59,2% dos casos, seguido de arma branca (11,3%), em 29,5% o trauma foi contuso. Houve 68 mortes (95,8%); 85,29%, morreram logo após a TR. Somente 5 pacientes (7,35%) sobreviveram 48 horas. O local do óbito foi o bloco cirúrgico em 85,3%, o CTI em 8,5% e a sala pós-anestesia em 5,9%. O tempo médio de internação dos 3 sobreviventes foi 88,6 dias. Em dois dos pacientes a lesão era abdominal, e todos tiveram a toracotomia feita no BC. Analisou-se os gastos financeiros de 45 pacient es, a média foi de R$ 2255,50 (variando de R$ 1000,00 a R$ 19,204,00). Conclusões: A TR apres enta alto índice de mortalidade. A sobrevida da TR, mesmo por traumatismo penetrante no tórax, está muito baixa no nosso Hospital. A maioria dos casos foram tratados no BC incluindo os três sobreviventes. O abdome foi o principal foco de lesão, inclusive nos sobreviventes. Naqueles que não sobrevivem à TR, a morte foi precoce. Novos estudos, com protocolos especí ficos, deverão ser realizados sel ecionando somente paci entes com traum atismos penetrantes no tórax ou abdome para avaliação da efi cáci a dos mesmos. - 128 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P121 TRAUMA CARDÍACO PENETRANTE – ESTUDO DE CASO Hasimoto EN, Bertolli E, Costa ALC, Schleinstein HP, Sampaio JAF, Oliveira SPC, Hasimoto HK Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC – SP) Conjunto Hospitalar de Sorocaba – Sorocaba/SP O trauma constitui-se num problema mundial de saúde pública não só pelos custos anuais com hospitalização, mas também pela redução da produtividade. Além disso, é a principal causa de óbito entre os indivíduos abaixo de 45 anos de idade. Dentre os diversos tipos de trauma, destaca-se o traumatismo torácico. Este é respons ável por cerca de 50% das mortes decorrentes de trauma. O objetivo deste estudo é o relato de caso do pacient e ABS, 33 anos, masculino, que deu entrada no Pronto-Socorro do Conjunto Hospitalar de Sorocaba após tentativa de suicídio. Durante avaliação inicial observou-se faca na transição tóraco-abdominal cerca de 03 cm abaixo da linha intermamilar encravada até o cabo em posição transversa mediana. Sem evidências de outras lesões. Paciente apresentava-se estável hemodinamicamente (PA 110x70 mmHg; FC = 96bpm, porém com bulhas arrítmicas, MV diminuído em hemitórax direito, com saturação de oxigênio = 89%). Submetido a toracotomia de urgênci a em centro cirúrgico que evidenciou sangramento ativo em ventrículo direito (VD), mediastino posterior e parede anterior de veia cava inferior (VCI) na altura do hiato diafragm ático. Apresentou parada cardiorrespiratória no intra-operatório por 20 segundos, revertida com sucesso após manobras de ressuscitação cardiorrespiratória e uso de drogas vasoativas. Realizado controle de hemorragi a com rafi a de VD e VCI al ém de drenagem torácica bilateral. Evoluiu com infecção respiratóri a grave e mediastinite permanecendo internado por cerca de 03 meses. No momento, o paciente encontra-se bem recuperando progressivament e o ganho ponderal após 01 ano de realizada cirurgia. O trauma penetrant e cardíaco repres enta cerca de 8% de todos os traumas toráci cos e geralmente tende a ser m ais grave e letal que as lesões contusas. Outrossim, a associação com outras lesões aument a a mortalidade. Neste caso, observou-se o benefício da relação proposta por Davidson et al (2001) que preconi za toracotomia em centro cirúrgico para os pacientes vítimas de lesão por arma branca que se encontram estáveis na sal a de emergência. - 129 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P122 LESÃO DIAFRAGMÁTICA TRAUMÁTICA À DIREITA ASSOCIADA À LESÃO COMPLEXA DE FÍGADO. UTILIZAÇÃO DO CONTROLE DE DANOS COMO OPÇÃO TÁTICA NO TRATAMENTO DA HEMORRAGIA GRAVE Quintas ML, Teixeira Jr. FJR, Duarte AAB, Gerace ES, Gonçalves VJ, Watanabe PD Serviço de Cirurgia Geral e do Trauma do Hospital Geral de Pedreira. ACSC. São Paulo. SP Introdução: Apesar dos avanços no atendimento ao trauma, a hemorragia ainda é responsável pela maioria das mortes. O control e de danos tem por finalidade interromper a ci rurgia ant es que o choque hemorrágico alcance a fase irreversível. Objetivo: Os autores relatam um caso de paci ente com 12 anos de idade, vítima de at ropelamento por motociclet a, admitido no ProntoSocorro em choque, 20 minutos pós-trauma, com murmúrio vesicular ausente em terço médio e inferior do hemitórax direito, pressão arterial inaudível, agitado, com Glasgow de 14, refl exo pupilar fotomotor presente, "Revised Trauma Score" (RTS) = 5.6430, sem sangramento externo visível, apres entando extenso abrasão em região toráci ca posterior e lombar à direita, com dor intensa a palpação abdominal. Evidenciado na drenagem torácica direita ruptura diafragm ática. Encaminhado ao centro cirúrgico 40 minutos pós-trauma sendo expandido com 2000 ml de solução salina de ringer lact ato no atendimento inicial m antendo-se com PA 90x50 mmHg, FC de 170 bpm, FR de 35 ipm, RTS = 7.8678 e diurese de 100 ml. A laparotomia exploradora evidenciou ext ensa ruptura diafragmática direita, lesão hepática extensa em segmentos IV, VII e VIII, hemoperitônio. Coibida a hemorragia com colocação de compressas, procedeu-s e a sutura da l esão diafragm ática com posterior empacotamento da l esão hepática com compress as, sendo encaminhado a Unidade de Terapia Intensiva para estabilização do quadro clínico, sendo a parede abdominal fechada apenas na pele, em caráter temporário, com pinças de " Backlaus" . Conclusão: Os autores dão ênfase ao controle de perdas e danos ("damage control") que permitiu o sucesso no tratamento definitivo trinta horas após o atendimento inicial, com estabilização do quadro hemodinâmico, sendo realizado controle tomográfico abdominal e encaminhado ao cent ro cirúrgico com retirada das compressas, revisão das lesões abdominais, drenagem dos espaços retro e subhepáticos, e fechamento definitivo da cavidade abdominal. Alta hospitalar no vigésimo tercei ro dia. Aceita-se o valor da técnica utilizada baseado na experi ência clínica e no resultado. - 130 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P123 LAPAROTOMIA ABREVIADA. UMA ESTRATÉGIA NO TRATAMENTO DO PACIENTE CRÍTICO Quintas ML, Teixeira Jr. FJR, Duarte AAB, Paiva Neto A, Bacalhau F, Dagher R Serviço de Cirurgia Geral e do Trauma do Hospital Geral de Pedreira. ACSC. São Paulo – SP Introdução: Com o aumento do número de vítimas de trauma e da gravidade das lesões, a laparotomia abreviada tem se mostrado eficaz como tática no tratamento e na diminuição dos índices de mortalidade e morbidade nos pacientes críticos. Objetivo: Avaliar as indicações de laparotomia abreviada e os índices de trauma nos pacientes politraumatizados. Casuística e método: Analisados em série histórica os pacientes submetidos a laparotomia abreviada no período de janeiro de 2003 a set embro de 2004. Resultados: Total de 20 pacient es; 6 (30%), vítimas de ferimento úni co por arm a de fogo; 9 (45%), vítimas de múltiplos ferimentos por arma de fogo; 1 (5%), vítima de ferimento único por arma branca; 3 (15%), vítimas de acidente automobilísticos; 1 (5%), vítima de queda de altura. O RTS ("Revised Trauma Score") variou de 7,6 à 4,502 na admissão do pacient e na s ala de emergência. O ISS ("Injury Severity Score") variou de 25 à 48. Sendo o TRISS máximo de 97,8% e o mínimo de 23,4%. Dos paci entes analisados 13 (65%) receberam alta hospitalar e 7 (35%) evoluíram para o óbito. Conclusão: A cirurgia abrevi ada está indicada em pacientes com choque hemorrágico grave e falência metabólica peroperatóri a. É dividido em três fas es. A fase do rápido controle das hemorragi as e da contaminação, a compens ação do pacient e em unidade de terapia intensiva e a reoperação para o reparo definitivo das lesões. Sendo assim podemos diminuir os índices de mortalidade e de morbidade nos pacientes críticos. - 131 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P124 TRATAMENTO DE TRAUMA PENETRANTE DE CABEÇA DE PÂNCREAS COM DRENAGEM: RELATO DE CASO Mesquita HV, Fraga GP, Nogueira AFN, Pelaquim H, Pierro AC, Zaidan MSR Grupo de Urgênci as Cirúrgicas e Trauma do Hospital Municipal “ Dr. Mário Gatti”. Campinas, SP. Introdução: O principal determinante do prognóstico de pacientes com trauma em cabeça de pâncreas é a lesão do ducto maior e o tratam ento definitivo das lesões severas da cabeça do pâncreas é ainda controverso. Objetivo: Apresentar caso com secção do ducto (lesão pancreática grau IV) tratado com sucesso através de drenagem no momento do procedimento cirúrgico. Relato de caso: Paci ente masculino, 25 anos de idade, foi admitido na sala de emergência apresentando dois ori fícios de projétil de arm a de fogo em abdome. Apresentava pressão art erial de 80x60 mmHg e RTS de 7,1. O abdome apres entava-se tenso à palpação e a radiografi a evidenciou dois projéteis em região lombar. Foi realizada laparotomia exploradora. No inventário da cavidade obs ervou-s e lesão hepática grau II em segmento III, lesão gástrica trans fixante grau II, lesão de veia gonadal e lesão pancreática grau IV, com transecção da cabeça do pâncreas, com mínima evidência de desvitalização. Foi considerado e não indicado o acesso intra-operatório ao ducto, visto que est a inform ação não modi ficaria a escolha do procedimento operatório. A lesão foi tratada com drenagem externa at ravés de dois drenos de sucção fechados locados ao longo das margens superior e inferior do pâncreas. O paciente desenvolveu fístula pancreática com débito diário de 300-400 ml. Utilizou-se nutri ção parenteral como método inicial para aporte nutricional e oct reotide foi utilizado desde o sexto dia pós-operatório. O débito dos drenos diminuiu rapidamente e introduziu-s e dieta via oral vinte dias após o procedimento ci rúrgico. O paciente apresentou como intercorrênci a pneumonia. No trigésimo pós-operatório o último dreno foi sacado. O paciente recebeu alta hospitalar quarenta e cinco dias após o trauma e permaneceu assintomático após um ano, sem restrições diet éticas. Conclusão: No trauma complexo de pâncreas o tipo de procedimento é determinado pel a localização da lesão relacionada com os vasos mesentéricos superiores, a pres ença ou aus ência de lesão ductal, o estado hemodinâmico do paciente e a gravidade de lesões associadas. Neste caso, a lesão foi tratada por drenagem externa, considerando que o procedimento de Whipple e a pancreatectomia distal possuem alta morbi-mortalidade. - 132 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P125 ANÁLISE DA EPIDEMIOLOGIA E DA GRAVI DADE DAS VÍTIMAS DE LESÕES PENETRANTES DE INTESTINO DELGADO EM UM HOSPITAL TERCIÁRIO DE URGÊNCIAS Hernandes MA, Scarpelini S, Figueiredo MRA, Pinho VF, Rolo JG, Marinho JL Unidade de Emergência do HCFRMP-USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil. Introdução: Por ser uma víscera de m ais de 6 metros de comprimento, o intestino delgado ocupa grande parte da cavidade abdominal, sendo freqüentemente atingido nas lesões penetrantes da parede abdominal. Objetivos: Analisar a epidemiologia, a gravidade e o tipo de at endimento prestado aos pacientes com l esões penetrantes de intestino delgado at endidos na Unidade de Emergência (UE) do HCFMRP/USP. Métodos: Foi realizada uma revisão, retrospectiva, de todos os pacientes com lesões penet rantes de intestino delgado atendidos na UE de 1998 a 2002, totalizando 122 casos. Foram pesquisados dados referentes ao s exo, idade, mecanismo da l esão, tratamento, complicações e índices de trauma. Resultados: Os homens foram as principais vítimas correspondendo a 90,2% do total e a média de idades foi de 27,8 anos. As lesões foram causadas por arma de fogo em 70,5% dos casos e por arma branca em 28,7%. Apenas um caso foi cons eqüênci a de queda (0,8%). Todos os pacientes foram submetidos a procedimento cirúrgico e 32% apres entaram complicações, dentre estas 25% apres entaram deiscência e evisceração e 15,8% sepse. Ocorreram 10 óbitos (8,2%). O RTS apresentou uma média de 6,85 com máximo de 7,84 e mínimo de 0. O ISS médio foi de 15,08, com valor máximo de 54 e mínimo de 4. O TRISS apresentou valores médio de 0,83, máximo de 0,99 e mínimo de 0,01. Conclusão: A lesão penetrant e do abdome freqüentemente atinge o intestino delgado. A mortalidade de 8,2%, embora signi ficativa, é muitas vezes associada a outras lesões concomitantes, e ainda é menor do que a mortalidade no trauma fechado, como apresentado em outros trabalhos. - 133 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P126 LESÕES ABDOMINAIS ASSOCIADAS AO TRAUMA DE INTESTINO DELGADO Figueiredo MRA, Scarpelini S, Pinho VF, Rolo JG, Marinho JL, Hernandes MA Unidade de Emergência do HCFRMP-USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil. Introdução: O intestino delgado é freqüentemente lesado no trauma abdominal, sobretudo quando há perfuração da parede abdominal. A gravidade de uma vítima de traum a de delgado é, em geral, determinada por sua associ ação com lesões de outras estruturas abdominais. Objetivos: Determinar os órgãos lesados mais freqüentemente associadas ao trauma de delgado, em uma casuística de cinco anos na Unidade de Emergência (UE) do HCFMRP-USP. Método: Foi realizada uma análise retrospectiva dos 151 casos de trauma de intestino delgado atendidos na UE, entre os anos de 1998 a 2002. Foram analisados aspectos epidemiológicos, clínicos e de gravidade. Resultados: Dentre os 151 casos, 16 (10,6%) evoluíram a óbito e 135 (89,4%) obtiveram alta hospitalar. 11 vítimas fatais (68,75%) tinham lesão de outra estrutura abdominal contra 94 vítimas sobreviventes (69,63%), na mesma condição. Os principais órgãos les ados foram, respectivamente para óbitos e sobreviventes: fígado 2 (10%) e 21 (11,47%); porção distal do tubo digestivo (sigmóide, reto e ânus), 3 (15%) e 30 (16,39%); vasos de m édio e grosso calibre, 2 (10%) e 22 (12,02%); diafragma, 1 (5%) e 9 (4,92%); baço, 0 e 10 (5,46%); rim 0 e 6 (3,28%); bexiga, 0 e 6 (3,28%); ureter 0 e 2 (1,09%); cólon, 3 (15%) e 41 (22,4%); pâncreas 2 (10%) e 5 (2,73%); estômago, 5 (25%) e 23 (12,57%). As médias dos índices de trauma foram, respectivamente para óbitos e sobreviventes: TRISS, 0,79 e 0,82; RTS, 7,21 e 6,63; ISS, 15 e 15,29. O escore mais freqüente do OIS para intestino delgado foi, nos dois grupos, igual a III. Conclusão: A análise dos resultados permitiu a det erminação das estruturas abdominais mais freqüentemente lesadas em associação ao trauma de intestino delgado. Nest a série, as lesões de pâncreas, intestino grosso e estômago tiveram maior relação com a let alidade que os demais órgãos. - 134 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P127 LESÕES DO INTESTINO DELGADO NO TRAUMA ABDOMINAL: ANÁLISE DE 151 CASOS ATENDIDOS EM 5 ANOS CONSECUTIVOS NA UNIDADE DE EMERGÊNCIA (UE) DO HCFMRP/USP Pinho VF, Scarpelini S, Figueiredo MRA, Rolo JG, Marinho JL, Hernandes MA Unidade de Emergência do HCFRMP-USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil. Introdução: O aumento da violência nos grandes centros urbanos causa aumento direto da vari edade e núm ero de traumatizados at endidos nos hospitais. A lesão de intestino delgado freqüentemente está associada ao trauma abdominal penetrante. Objetivos: Analisar as principais características epidemiológicas e de gravidade das vítimas de trauma de intestino delgado atendidas na UE no período de 1998 a 2002. Métodos: Revisão ret rospectiva de todos os casos de trauma de intestino delgado admitidos na UE do HCFMRP/USP no período de 1998 a 2002; foram identi ficados os dados epidemiológicos, mecanismo de trauma, tipo de les ão, tipo de tratamento e calculados os índices de gravidade ISS, RTS e TRISS. Resultados: Dos 151 casos, 89,4% eram do sexo masculino (135) e 10,6% do s exo feminino (16), sendo a médi a das idades de 27,9 anos. Os principais m ecanismos de trauma foram os ferimentos por arma de fogo (57,6%), seguidos por ferimento por arma branca (23,2%) e quedas (3,3%). O trauma penetrant e foi o mais freqüente (80,8%). Todos os pacientes foram submetidos a tratamento cirúrgico (laparotomia exploradora) e houve 16 óbitos (10,6%). 35,1% dos pacientes apresent aram complicações, sendo deiscência e evisceração a principal delas (22,4%). As médias dos índices de gravidade foram: RTS =6,69, ISS=de 15,25 e TRISS=de 0,82. Conclusão: A análise retrospectiva dos casos de trauma de intestino delgado atendidos na UE permitiu identifi car as agressões interpessoais como a principal causa desse tipo de lesão, sendo característica de centros urbanos com alto índice de violênci a. Embora a mortalidade tenha sido alta para trauma de delgado, o ISS acima de 15 sugere grande número de lesões associ adas. - 135 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P128 FERIMENTOS PENETRANTES EM ABDOME Melo GVR, Morioka RY, Luporini RL, Espada P, Yagi RK, Baitelo AL Depart amento de Cirurgia do Hospital de Base da FAMERP - Faculdade de Medicina de São Jose do Rio Preto-SP Objetivos: O presente estudo realizou um levantamento estatístico e epidemiológico dos traumas abdominais penetrantes por armas de fogo e armas brancas atendidos no serviço de emergênci a do Hospital de Bas e (HB) de São José do Rio Preto - SP. Métodos: Foram revisados os prontuários de 174 pacientes com trauma abdominal penetrante atendidos no serviço de emergência do HB incluídos em um protocolo previ amente est abelecido no período de maio de 1998 a abril de 2001. Foi utilizado o índice de trauma abdominal penetrante, P.A.T.I. (Penetrating Abdominal Trauma Index), especí fi co para lesões intra-abdominais. Este índice é importante para avaliarmos o prognóstico do pacient e, a gravidade das lesões e a qualidade de atendimento inicial ao politraumatizado. Resultados: De um total de 174 casos, 125 (72%) foram ferimentos por arma branca (FAB) e 49 (28%) por arma de fogo (FAF). Dentre os FAB, 113 (90%) ocorreram em hom ens e 12 (10%) em mulheres; a média de idade foi de 29,4 anos; 68 pacientes (54,4%) eram procedent es de S.J.Rio Preto. Cento e dois pacientes (81%) chegaram hemodinamicamente est áveis; em 62 casos (50%) não houve comprometimento de qualquer órgão, 35 (28%) apresentaram um órgão acometido, 19 (15%) tiveram 2 órgãos lesados e 8 (7%) tiveram 3 ou mais órgãos atingidos. Os órgãos mais acometidos foram o intestino delgado (43,5%), fígado (30,6%) e intestino grosso (20,6%). Noventa pacient es (72%) foram submetidos a laparotomia exploradora (LE). Os órgãos m ais acometidos foram o intestino grosso (53,1%), intestino delgado (34,4%) e o fígado (25,0%). Trinta e oito paci entes (77,6%) foram submetidos à LE. Dezenove pacientes (42%) tiveram P.A.T.I. entre 1 e 10; a média do P.A.T.I. foi de 16,23 sendo que nos pacientes que evoluíram para óbito, a média foi de 29,0 enquanto nos pacientes que sobreviveram a mesma foi de 15,29. Conclusão: A maioria dos pacientes atendidos era composta por adultos jovens, brancos e procedentes de S.J.Rio Preto. Verificamos que os FAF, apesar de menos prevalentes, foram mais graves que os FAB, apresentando P.A.T.I. médio maior. Os órgãos mais atingidos foram o intestino delgado, o intestino grosso e o fígado. - 136 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P129 TRATAMENTO NÃO OPERATÓRIO DE TRAUMA HEPÁTICO POR ARMA DE FOGO COM INSTABILIDADE HEMODINÂMICA Belezia BF, Cotta FP, Bichara DG, Andrade MMA, Dellandréa IR, Castro KPP Serviço de Cirurgi a Geral de Emergênci a - Hospital Municipal Odilon Behrens - Belo Horizonte – Minas Gerais Introdução: O tratamento não operatório do t rauma hepático contuso tem as suas bases bem estabelecidas. O trauma hepático por arma de fogo pode ser conduzido sem cirurgia em casos sel ecionados, que apres entem-se inicialmente hemodinamicamente estáveis e em centros que disponham de tomografia computadorizada para definição do trajeto do projétil e grau da lesão. Na presença de instabilidade a conduta operatória é a mais adotada. Objetivo: Relatar caso de trauma hepático por arma de fogo que evoluiu com instabilidade hemodinâmica e foi subm etido a tratamento não operatório. Método: relato de caso. Resultado: Paciente sexo masculino, 37 anos, que foi vítima de agressão por arma de fogo no hipocôndrio direito. Admitido com estabilidade hemodinâmica e em escala de coma de Gl asgow de 15. Submetido a tomografia computadori zada que revelou lesão em segm entos 5,6,7 e 8 (AIS 90 = 5). A hemoglobina inicial foi de 12,4 e o hem atócrito de 37,2. Evoluiu com instabilidade hemodinâmica 12 horas após (PAS 70 mmHg), mas mantendo o mesmo Glasgow inicial e respondeu a infusão de 2000 ml de cristalóide. Recebeu 600 ml de concentrado de hemácias. Evoluiu com febre no 6o dia de internação. Recebeu alta no 14o dia em boas condições, após tomografia de control e. A hemoglobina de alta era 12 e o hematócrito 36,6%. Conclusão: Em paciente com trauma por arma de fogo de média velocidade, associado a instabilidade hemodinâmica tardia, em paciente com escala de coma de Glasgow em 15, a conduta não operatória é possível em casos selecionados e em servi ços de urgência que disponham de tomografia e equipe treinada. - 137 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P130 PSEUDO-ANEURISMA INTRA-HEPÁTICO APÓS FERIMENTO POR PROJÉTIL DE ARMA DE FOGO. ESTUDO DE CASO Hasimoto EN, Bertolli E, Costa ALC, Schleinstein HP, Afonso RC, Ferraz Neto BH Universidade Católica de São Paulo – Sorocaba/SP O objetivo deste trabalho é relatar o caso de um paciente com pseudoaneurisma intra-hepático após ferimento por projétil de arma de fogo. JEF, 18 anos, masculino, admitido no pronto-socorro do Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS), após sofrer ferimento por projétil de arm a de fogo em transição tóraco-abdominal à direita. Submetido a laparotomia exploradora (LE) de urgência que identifi cou lesão de diafragm a de cerca de 1,0cm a direita, e lesão grau II em transição dos s egmentos VII e VIII e drenagem torácica em selo d'água. Recebeu alta hospitalar no 10° di a pós-operatório (PO). No entanto, retornou ao CHS após 03 dias com queixa de febre, dor em hipocôndrio direito e anorexia. A tomografia computadorizada de abdômen evidenciou coleção intra-abdominal (provável abscesso) localizada em espaço sub-frêni co direito. Nova LE foi realizada, identi ficando hem atoma nesta localização, porém sem sinais de sangramento ativo, sendo drenado o hematoma. No 6° PO cursou novam ente, com os mesmos sintomas e instabilidade hemodinâmica. Realizada LE com drenagem de hematoma s em sangramento ativo, sem evidênci as de coleção purul enta. Apresentou boa evolução, recebendo alta hospitalar no 12° PO desta última intervenção. Posteriormente, devido a um novo episódio de dor abdominal seguido de palidez cutâneo mucos a, sem instabilidade hemodinâmica, foi mais uma vez internado no 26° PO. Os achados tomográfi cos foram semelhantes, sendo então realizada arteriografi a do tronco celíaco, que evidenciou pseudoaneurisma em ramo terminal de artéria hepática direita, cujo tratamento não foi possível pela radiologia intervencionista. Assim, o paciente foi subme tido a segment ectomia hepática não regrada, de aproximadam ente 5 cm, evoluindo sem intercorrências e recebendo alta no 5° PO. No momento, encontra-se em acompanhamento ambulatorial s em evidências de complicações, 06 meses após a última cirurgia. Desse modo, deve-se ressaltar que a ressecção hepática pode s er indicada nos casos em que não se obtenha controle do sangramento quer s eja através da radiologia intervencionista ou terapêutica cirúrgica. - 138 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P131 TRATAMENTO NÃO OPERATÓRIO DO TRAUMA HEPÁTICO POR ARMA DE FOGO Belezia BF, Cotta FP, Castro EL, Miranda FGG, Ferreira FPM, Martias DB Serviço de Cirurgi a Geral de Emergênci a - Hospital Municipal Odilon Behrens - Belo Horizonte-Minas Gerais Introdução: O tratamento não operatório do t rauma hepático contuso tem as suas bases bem estabelecidas. O trauma hepático por arma de fogo pode ser conduzido sem cirurgia em casos sel ecionados, que apres entem-se inicialmente hemodinamicamente estáveis e em centros que disponham de tomografia computadorizada para definição do trajeto do projétil e grau da lesão. Objetivo: relat ar 7 casos de trauma hepático isolado por arma de fogo de média energia conduzidos sem cirurgia e após tomografia computadorizada. Método: série de casos. Revisão da literatura. Resultado: Sete pacientes do sexo m asculino vítimas de agressão por arma de fogo de média velocidade. Todos apresentavam-s e inicialmente hemodinamicamente estáveis na sala de emergênci a e com es cala de coma de Glasgow em 15. Um dos pacientes apresentou instabilidade hemodinâmica 12 horas após o trauma, mas foi mantido o tratamento conservador devido a rápida resposta a infusão de 2000 ml de cristalóide e a manutenção da es cala de coma de Glasgow em 15. Recebeu 600 ml de concentrado de hemáci as. O AIS/90 foi de: 2 (um caso), 3 (três casos), 4 (dois casos) e 5 (um caso).Em dois casos houve contusão pulmonar associada. Em nenhum caso houve lesão abdominal associada desapercebida. Todos os pacientes evoluíram bem, recebendo alta hospitalar sem laparotomia. Os maiores valores de enzimas hepáticas foram observados nos casos com AIS 4 e 5. Conclusão: o trauma hepático isolado por arma de fogo de média energi a pode ser conduzido sem cirurgia desde que se apres entem na sala de emergência hemodinamicam ete estáveis, com escala de coma de Gl asgow em 15 e em centros que disponham de tomografia computadorizada para definição do trajeto e do grau da lesão.Possivelmente o valor das enzimas hepáticas correlaciona-s e proporcionalmente com o grau da lesão. - 139 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P132 TRAUMA HEPÁTICO POR ARMA DE FOGO DE MÉDIA VELOCIDADE: POR Q UE SER SELETIVO NA INDICAÇÃO CIRÚRGICA ? Belezia BF, Leite EF, Paula MV, Ferreira FPM, Martias DB, Miranda FGG Serviço de Cirurgia Geral de Emergênci a – Hospital Municipal Odilon Behrens – Belo Horizonte – Minas Gerais Introdução: O trauma abdominal por arma de fogo tradicionalmente é tratado com laparotomia exploradora na maioria dos servi ços de cirurgia. No trauma hepático por arma de fogo, em casos s eletivos de pacientes hemodinamicamente estáveis e em servi ços que disponham de tomografia computadorizada a condut a não operatória pode ser adot ada. A laparotomia não terapêutica pode aumentar a morbidade do tratam ento.Objetivo: relatar dois casos de trauma hepático por arma de fogo que apresentavam-se hemodinamicamente estáveis e que a l aparotomia revelou-se não terapêutica. Método: relato de caso.Revisão da literatura. Resultado: Dois pacientes do sexo masculino admitidos com estabilidade hemodinâmica e em escala de coma de Glasgow de 15. Submetidos a tomografia computadorizada observou-se lesão hepática nos segmentos 6 e 7. Apesar da estabilidade hemodinâmica um dos pacientes foi operado 12 horas após. O segundo paciente foi operado devido a pres ença de projétil na pelve e a impossibilidade de exclusão de les ão associ ada. Ambas laparotomias foram não terapêuticas. Conclusão: Em paciente com trauma por arma de fogo de média velocidade com estabilidade hemodinâmica e escala de coma de Glasgow em 15, a conduta não operatória é possível em casos selecionados, pois a possibilidade de laparotomia não terapêutica é real. A tomografia computadorizada é imprescindível para delinear o trajeto do projétil e quantifi car a gravidade das lesões. - 140 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P133 HABILIDADE DO CIRURGIÃO NO DIAGNÓSTICO TOMOGRÁFICO DE LESÕES TRAUMÁTICAS ABDOMINAIS Luporini RL, Sivieri T, Marques CCB, Silva CAE, Baitello AL, Espada PC Faculdade de Medi cina e Enfermagem de São José do Rio Preto (FAMERP) São José do Rio Preto – SP Introdução: No atendimento a pacientes traumatizados é necess ário o diagnóstico rápido das l esões apresent adas. Em algumas ocasiões são necess ários exames complem entares, e a tomografia computadorizada (TC) é de fundament al importância, sendo que a avaliação de seus resultados é, muitas vezes, realizada pelo cirurgi ão do trauma, sem a avaliação prévia de um radiologista, o que torna mais provável a ocorrência de falhas diagnósticas. Objetivo: Avaliar a habilidade dos cirurgiões plantonistas do trauma em detectar alterações em tomografias abdominais obtidas de pacientes traumatizados. Material e Métodos: Foram selecionadas aleatoriam ente tomografias abdominais obtidas de 10 pacientes vítimas de trauma, atendidos na Emergência do Hospital de Bas e de São Jos é do Rio Preto (HB). Foram selecionados 10 médicos com formação em cirurgia geral e atuação na área de ci rurgia do trauma do HB. Esses médicos não tinham conhecimento dos dados clínicos dos pacient es para avaliação das tomografias. As tomografias foram avaliadas por dois radiologistas experient es que, após discussão, apresent aram laudos concordant es que foram considerados padrão-ouro (Gold Standard) para posterior comparação. Um protocolo para avaliação das tomografias foi previam ente formulado e aplicado aos 10 médicos para cada uma das 10 tomografias. Os resultados foram comparados e avaliados segundo a taxa de acerto para cada tipo especí fi co de lesão apresent ada nas tomografi as abdominais. Resultados: A habilidade do cirurgião em detectar ou não lesões foi avaliada tomando-se como base a taxa de acerto para cada tipo especí fico de lesão, que foram: pneumoperitônio (77%), líquido livre em cavidade peritoneal (55%), lesão hepática (67%), lesão esplêni ca (78%), lesão renal (93%), lesão pancreática (95%), fratura de baci a (94%). Conclusão: Apesar do pequeno número de cirurgiões incluídos no trabalho (n=10), obs ervamos na maioria das lesões uma taxa de acerto global acima de 75% e uma taxa de acerto mínima de 55% (para observação de líquido livre em cavidade peritoneal ). Baseado nisso, consideramos que o cirurgião que atue na área de trauma deva m elhorar sua habilidade com program as de capacitação para interpretação de TC de abdome, já que este é um exame de fundament al importância para diagnosticar lesões que podem por em risco a vida do paciente. - 141 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P134 ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DAS INTOXICAÇÕES EXÓGENAS CAUSADAS POR CARBAMATO Andrade LM, Araujo JM, Barbosa IV, Fé MCM, Lima NMC, Silva VD A intoxicação pode ser definida como um conjunto de sinais e sintomas que demonstra o desequilíbrio orgânico promovido pela ação de uma substância orgânica, que é cham ada de toxóide. A toxicidade da droga depende da dose da substância, vias de administração, tempo e freqüênci a de exposição, propriedades físico-químicas do toxicante e sus ceptibilidade do organismo. Os carbam atos são conhecidos popularm ente como "chumbinho", estes afetam o funcionamento das gl ândulas, músculos, sistema nervoso e cérebro, sendo considerado como maior causador de óbitos. A partir de nossa experiência em um hospital referência em at endimento de intoxicações exógenas em Fortaleza, sentimos a necessidade de desenvolver uma análise epidemiológica e investigar os fatores predisponentes das intoxicações causadas por carbamato em 2003, no referido hospital. O estudo é do tipo retrospectivo, descritivo-exploratório, com abordagem quantitativa, realizado no período entre janeiro a dezembro de 2003. A coleta de dados foi feita com base no banco de dados do Centro de Assistência Toxicológica (CEATOX), do hospital mencionado. Foram examinadas 659 fichas de noti ficações de pessoas admitidas com quadro de intoxicação por carbamato. A análise dos dados se deu através de gráfi cos e tabelas. Os dados mostram que houve uma maior predominância de casos entre a faixa etária de 20 a 49 anos (54,48%), seguida por 10 a 19 anos (31,41%). Val e ress altar as circunstâncias nas quais foram causadas as intoxicações, como a tentativa de suicídio (85,28%) e acidental (13,50%), sendo que destes, (70,26%) evoluíram para a cura e (3,34%) para o óbito. Podemos concluir que a maioria dos casos de intoxicação por carbamato se deram através do uso indiscriminado do raticida, gerando um problem a de Saúde Pública. Cabe ao governo e profissionais de saúde proporcionarem ações educativas acerca da prevenção e conscientização da população, sobre o uso indiscriminado do produto. - 142 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P135 CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS DAS VÍTIMAS AGRESSÃO POR ARMA DE FOGO Andrade LM, Barbosa IV, Nogueira SMB, Vasconcelos HLM DE As agressões interpessoais vem cres cendo de forma assustadora, abrangendo pessoas dos mais variados níveis sociais e econômicos. As agressões por arma de fogo dão ênfase a uma violência urbana, onde encontramos os "marginais" por vezes mais bem equipados que a policia, cuja finalidade é prestar segurança à comunidade de uma forma geral. Diante dest a problemática, sentimos interesse em des envolver um estudo com o objetivo de caracteri zar as vítimas de agressões por arm a de fogo. Trata-se de um estudo exploratório, desenvolvido em um hospital público de emergênci as, situado na cidade de Fortaleza. Utilizamos como amostra 43 pacientes internos no período de junho a outubro de 2003. Os resultados nos apontaram que: a maioria das vítimas pertence ao sexo m asculino (88,5%), na faixa etária de 21 a 30 anos (46,6%), a ocorrência foi predominantem ente no sábado (42,2%), no horário de 18 às 24 horas (32,6%), s ão procedentes de cidades do interior (53,5%) e foram socorridos por leigos (48,9%), os principais traumas sofridos foram politraumatismo e trauma de face, ambos com 23.3% cada. Apenas em 51,2% dos casos a vítima não havia ingerido bebida alcoólica e em 60,5% a situação foi provocada. O agressor em sua maioria foi uma pessoa desconhecida (46,5%) e o período de permanênci a hospitalar foi de 11 a 20 dias (39,6%). Percebemos mediante os resultados encontrados, da importância de uma educação em saúde voltada a prevenção deste tipo de ocorrência, que geralmente vem acompanhado de consumo de bebida alcoólica. Os profissionais devem manter vigilância constante destas ocorrências com a finalidade de um monitoramento adequado e el aboração de estratégi as que busquem a redução destas. - 143 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P136 IMPLANTAÇÃO DE GRUPO DE URGÊNCIAS CIRÚRGICAS E TRAUMA EM HOSPITAL PÚBLICO DE CAMPINAS Fraga GP, Zaidan MSR, Fernandes Neto FA, Tourinho R, Bortoto JB, Mesquita HV Depart amento de Cirurgia do Hospital Municipal "Dr. Mário Gatti". Campinas, SP Objetivo: Apresentar a reestruturação realizada no Departamento de Cirurgia, com subdivisão em grupos de acordo com a especialização, afinidade e experiência dos cirurgiões do HMMG, a fim de otimizar o atendimento à nossa população. Método: A implantação dos grupos ocorreu em 01/10/2002 e foi cri ado o Grupo de Urgênci as Cirúrgicas e Trauma. Desta forma, este grupo passou a ser constituído por 14 cirurgiões que opt aram por esta área a fim de prestar atendimento aos pacientes com afecções cirúrgicas de urgência traumática e não-traum ática. Diariam ente há dois plantonistas, além dos residentes em esquem a de rodízio, que acompanham os pacientes desde a sala de urgênci a no pronto-socorro, passando eventualmente pelo centro cirúrgico, unidade de terapia intensiva e posteriormente enfermaria. Foi criado o ambulatório de Cirurgia do Trauma para seguimento a longo prazo, al ém de haver discussão de casos e visitas didáticas diariam ente. Houve estímulo para registro da qualidade da assistênci a, além de implemento em ensino e pesquisa, com parceria com a Disciplina de Cirurgia do Trauma da Uni camp. Resultados: Um ano após sua implantação, o grupo já havia realizado 578 cirurgias, sendo 77,3% dos casos urgênci as não traumáticas. Foram operados 131 casos novos (22,7%) de traum atismos, a maioria deles causados por projétil de arma de fogo (44,3%). Destes procedimentos em trauma realizados, foram mais freqüentes as laparotomias (74 casos) e toracotomias (13 casos). Em 11 meses foram realizadas 887 consultas ambulatoriais, com média de 9,3 consultas por ambulatório. Ocorreram 37 reuniões cientí ficas em um ano e vários preceptores e resident es participaram de eventos ligados a trauma. Em 2004 foi realizado o II Curso de Urgências Cirúrgicas e Trauma do HMMG, contando com professores de diversas universidades. Como meta futura está a implantação da residência em Cirurgia do Trauma. Conclusão: A experiência adquirida até o momento nos evidencia que os hospitais públicos devem se preparar para m elhorar o atendimento às vítimas da doença trauma. A identificação de cirurgiões com esta área extremamente desprestigiada na sociedade, cans ativa, estress ante e de baixa remuneração cria esperança para que profissionais como estes não precisem s er chamados de heróis, mas simplesmente de especialistas em Urgências Cirúrgicas e Trauma. - 144 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P137 ANÁLISE DA TRIAGEM DE RISCO NA EMERGÊNCIA DE UM HOSPITAL TERCIÁRIO – PERSPECTIVAS DE MUDANÇAS COM A REGULAÇÃO MÉDICA Chiareli FC, Fontana RS, Magnabosco WJ, Baitello AL, Espada PC, Yagi RK Serviço de Cirurgia do Trauma do Hospital de Base de São José do Rio Preto/Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP) – SP Introdução: O Plano Nacional de Atenção às Urgências, em implantação pelo Ministério da Saúde, tem como uma de suas metas melhorar a qualidade do atendimento de emergências, des afogando os hospitais e pronto-socorros e melhorando a resolutividade das Unidades Básicas de Saúde. O Hospital de Base de São José do Rio Preto é o hospital de referênci a para área de 2 milhões de pessoas da região de noroest e de São Paulo. Objetivo: Analisar o tipo de paci entes no setor de emergência desse hospital quanto a complexidade do caso, local de origem, diagnóstico mais freqüente, horário de atendimento, pacient es encaminhados ou com procura espontânea, e a necessidades de internação desses paci entes. Métodos: Análise retrospectiva dos prontuários de 2060 pacientes atendidos no setor de emergência durant e 1 mês (agosto/2003). Resultados: Os resultados da triagem de risco no setor de emergência mostram que cerca de 60% dos paci entes são do próprio município, 28% dos municípios circunvizinhos (micro - região) e 2% s ão de outras regiões do Est ado e do país. Somente 53% desses pacientes vêm com encaminham ento de referência (1066) e destes 58% foram considerados com doenças de complexidade secundária e terciária ou já são acompanhados no serviço (devidamente encaminhados). Do total de pacientes, 10% foram internados. Conclusão: Existe uma grande demanda de paci entes de forma espontânea do próprio município e da regi ão com doenças de baixa complexidade levando a um baixo índice de internação e a sobrecarga no atendimento. É fundamental que o município de São José do Rio Preto e as cidades circunvi zinhas( micro - região) melhorem a resolutividade dos casos nos centros primários e s ecundários. A regulação médi ca eficaz do município (não existente) e da região (existente) parece ser a saída mais adequada para dar início à resolução dessa questão. - 145 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P138 ESTUDO DA PREVALÊNCIA DE ACIDENTES DE TRÂNSITO COM CRIANÇAS EM CASCAVEL Souza V, Marques DS, Shiomi AY, Filho NN, Toyama G, Acosta LR, Kawakami CY Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Cascavel, Paraná Objetivo: Identi ficar a incidência os acidentes em crianças de zero a doze anos de idade, bem como suas características. Metodologia: Realizou-se um estudo longitudinal com uma revisão de 1213 prontuários no período de agosto de 1998 a julho de 2002 no Serviço de Atendimento ao trauma e Emergência (SIATE-PR) em Cascavel. Analisaram-se di ferentes faixas etárias em cri anças recém nascidas e bebês (m enor que 1 ano), pré-escol ares (1 a 6 anos) e es colares de 7 a 12 anos, relacionando-os com o tipo de acidente (atropel amento, colisão e outras caus as, como queimadura, agressão, quedas, acidentes domésticos...), local da lesão, horário e Escala de Coma de Glasgow no momento do atendimento. Resultados: Com resultado foram encont radas 435 colisões (38,8%), 226 atropelamentos (18,6%) e 552 foram relacionadas a outras causas (45,5%). A faixa etári a com maior número de acidentes foi entre 10 e 12 anos (226 no total), sendo que as colisões foram as mais prevalentes neste grupo. Em crianças abaixo de 3 anos a maior prevalênci a foi de acidentes relacionados a outras caus as, tendo as quedas como fator preponderante. Quanto à Escal a de Coma de Glasgow, 90% receberam nota 15 no atendimento inicial. As lesões ocorreram principalment e na cabeça (558 ou 32,72%), membros superiores (356 ou 20,87%), membros inferiores (319 ou 18,70%), tronco (268 ou 15,71%) e 204 ou 11,96% não apresentavam lesões aparentes. O horário mais freqüente dos acident es foi de 12 às 14 horas e das 18 às 20 horas, sendo que em at[e um ano de idade houve predomínio dos acidentes após as 20 horas (28,3% em relação aos dem ais horários do dia), de 1 a 6 anos os acidentes ocorreram mais entre 16 e 18 horas (22,36%), e dos 7 aos 12 anos ent re 12 e 14 horas (20,75%). Conclusão: Os resultados encontrados são equivalentes aos da literatura mundial, demonstrando que as causas dos acidentes em crianças nos desenvolvidos são equivalentes aos que estão em desenvolvimento. Os acidentes em crianças menores (até 3 anos) normalmente são acidentes domésticos e as crianças em idade escolar são expostas aos riscos durant e os deslocamentos para a escola ou atividades recreativas. A gravidade das lesões aumentou de acordo com o aumento da faixa etári a, porém dos óbitos no local foram de crianças abaixo de 4 anos. - 146 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P139 MONITORAMENTO DAS OCORRÊNCIAS DE ACIDENTES DE TRÂNSITO DOS PACIENTES ADMITIDOS NA UNIDADE DE EMERGÊNCIA DE UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA Andrade LM, Barreira KS, Citó MCO, Moura LM, Peixoto LFS, Rodrigues AMU Universidade Federal do Ceará – Fortaleza/CE A elevada mortalidade por acidentes de trânsito repres enta um problema de saúde pública tanto no Brasil como em diversos países. As vítimas destes acidentes buscam atendimento em servi ços de emergênci as onde, dependendo da gravidade do traum a, podem evoluir para alta hospitalar, internamento ou óbito. Devido ao grande número de vítimas de acident es automobilísticos atendidas na emergência de um hospital, despertou-nos o interesse em analisar a evolução destes clientes. Foi realizado um estudo retrospectivo de caráter exploratório-descritivo com abordagem quantitativa desenvolvido em um hospital de referência Nort e/Nordeste em traumatologia. A amostra constou de 14.756 vítimas de atropelamento, colisão, acidente de moto, queda de bicicleta e queda de carro ocorridos no ano de 2003. A coleta de dados foi mediante relatórios do Serviço de Arquivo Médico (SAME) da referida instituição. Diante da análise constatou-se que das vítimas de atropelamento, 72,5% receberam alta, 1,5% vieram à óbito e 26% fi caram internados. Das colisões, 75,4% tiveram alta hospitalar, 1,0% morreram e 23,6% permaneceram internados. Veri fi cou-se que a maior parte das vítimas de acidentes de moto tiveram alta (76,6%), assim como na queda de bi cicleta (90,7%) e na queda de carro (74,5%). Concluímos que felizmente o número de óbitos é insignifi cante di ante das demais evoluções, no ent anto questionamos os índices de morbidades em relação a estes agravos. Deve-se, portanto, manter contínua vigilânci a e monitoramento da ocorrênci a destes eventos com finalidade de estabelecer estrat égias junto a outros órgãos competentes, com o objetivo maior de reduzir mais drasticamente os atuais índices de morbi-mortalidade. - 147 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P140 ESTUDO COMPARATIVO ENTRE VÍTIMAS FATAIS DE ATROPELAMENTO E DE ACIDENTE MOTOCICLÍSTICO ATENDIDOS NA UNIDADE DE EMERGÊNCIA DO HCFMRP/USP Pinho VF, Scarpelini S, Figueiredo MRA, Andrade JI Unidade de Emergência do HCFRMP-USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil. Introdução: As mortes por atropelamento e por acidentes motociclísticos são mais freqüentes nos países subdes envolvidos, onde as leis de trânsito são deficientes ou pouco obs ervadas. No Brasil, existem poucos trabalhos cientí ficos estudando as principais caract erísticas deste tipo evento. Objetivo: Comparar as vítimas fat ais de atropelamento e de acidente motociclístico atendidas na Unidade de Emergência (UE) do HCFMRP nos anos de 2001 e 2002 quanto ao tipo de tratamento, ao período entre a admissão e o óbito, a localização e gravidade das lesões, por meio do cálculo dos índices de trauma: RTS, ISS e TRISS. Método: Análise retrospectiva dos prontuários médicos das vítimas fatais de atropelamento (grupo A) e acidente motociclístico (grupo B) atendidas nos anos de 2001 e 2002 na UE do HCFMRP/USP. Foram utilizados os testes t de student e qui-quadrado para as comparações estatísticas. Resultados: Nos dois anos analisados houve 20 vítimas fatais de atropelamento e 22 de acidente motociclístico. Quanto ao s exo e raça predominaram, em ambos os grupos o sexo masculino, 85,0% e 86,4 %, e a raça branca 80% e 81,8%, respectivamente grupos A e B. As médias das idades foram de 45,3 e 30,8 anos (p<0,05), grupos A e B. 75% dos pacientes do grupo A e 81,8% do grupo B, foram submetidos a procedimentos cirúrgicos, enquanto 25% das vítimas do grupo A e 13,6% do grupo B receberam tratam ento conservador. 9 pacientes do grupo A (45,0%) e 6 do grupo B (27,3%) foram a óbito nas primeiras 24 horas de admissão (p>0,05). A distribuição das lesões para os grupos A e B foram, respectivament e: cabeça 70,0% e 86,3%; face 35,0% e 40,9%; tórax 35,0% e 54,5%; abdome 30% e 31,8%; e extremidades 55% e 54,5%. As médias de RTS, ISS e TRISS foram, respectivamente, grupos A e B: 5,41 e 4,51 (p>0,05), 26,25 e 31,77 (p>0,05) e 0,65 e 0,50 (p>0,05). Conclusão: Na casuística estudada, não encontramos di ferenças estatísticas entre a distribuição por sexo, gravidade ou momento dos óbitos. Contudo foi possível afirmar que as vítimas de atropelamento s ão mais idosas, provavelmente, por este motivo, mais suscetíveis à violência no trânsito da Cidade. - 148 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P141 EPIDEMIOLOGIA DOS ACIDENTES DE TRANSPORTE ATENDIDOS NA UNIDADE DE EMERGÊNCIA (UE) DO HCFMRPUSP POR 6 ANOS CONSECUTIVOS Silva DP, Scarpelini S, Lago T, Passos ADC Unidade de Emergência do HCFMRP-USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil. Introdução: Os acidentes de transportes são responsáveis por pelo menos 40 mil óbitos por ano no Brasil. Por motivos históricos, os serviços de vigilância epidemiológica não têm dedicado atenção a esta epidemia que atinge quase todos os países. Na UE, desde o ano de 1996, os acidentes de transporte passaram a ter sua noti ficação obrigatória. Objetivo: Analisar as principais características epidemiológicas dos acidentes de transporte at endidas na UE ao longo de 6 anos. Método: Foram coletados dados, prospectivamente, dos atendimentos a vítimas de acidentes de transporte, realizados na UE entre fevereiro de 1996 e dezembro de 2002; foram identi ficadas as características epidemiológicas: idade, sexo, hora de entrada no hospital, dia da semana e óbito. Resultados: Em 1996, o número de vítimas de acidentes de trânsito representou 57,5% (1.874 vítimas) de todas as notificações/investigações realizadas pelo Núcleo de Vigilânci a Epidemiológica do HCFMRP. Entre os anos de 1996 e 2002, foram at endidas 14.365 vítimas de acidentes de transporte. A distribuição entre os anos foi assimétrica, ocorreu grande aumento de atendimento entre 1996 e 1997 (65,6%), decrés cimo entre 1997 e 1999 (cerca de 11,6% ao ano), grande queda do at endimento entre 1999 e 2000 (35,5%) e relativo platô entre 2000 e 2002. Ocorreu predomínio do sexo masculino em toda a casuística (76,4%) bem como em qualquer faixa etária analisada isoladam ente. Na faixa etária entre 15 e 24 anos, foi observada a maior incidência de acidentes, tanto para o sexo masculino quanto para o feminino. Houve predomínio de ocorrências em finais de semana, com aumento da incidência no princípio da noite, por volta das 19 horas. 503 vítimas (3,5% do total) evoluíram para óbito, com predomínio do sexo masculino (83,9%). Conclusão: Os acidentes de trânsito são porcentagem expressiva das caus as externas de morbi-mortalidade. A análise desses acidentes atendidos na UE promoveu a identifi cação de aspectos demográfi cos importantes para o desenvolvimento de medidas preventivas. Assim como mostrou a influência de medidas de administração de saúde na evolução dess es acidentes, pela diminuição progressiva do número de atendimentos. - 149 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P142 ASPECTOS EPIDEMILÓGICOS RELACIONADOS A VÍTIMAS DE Q UEDAS Andrade LM, Fé MCM, Monteiro JA, Mourão EB, Sampaio JD Universidade Federal do Ceará – Fortaleza/CE O trauma é uma das principais caus as de morte na faixa et ária de até 45 anos, perdendo apenas para doenças cardíacas e câncer. Segundo Moura (1999), queda pode s er definida como um evento não intencional que tem como resultado a mudança de posição do indivíduo para um nível mais baixo, em relação a sua posição inicial. Objetivou-se identi ficar o perfil epidemiológico das vítimas de quedas admitidas em um hospital de emergência. O estudo tem caráter prospectivo, descritivo, exploratório, com abordagem quantitativa, caracterizado como transversal-obs ervacional. Foi realizado, em um hospital público de emergência, referência em traumas, no período entre Janeiro a Junho de 2004.A amostra constituiu-se de 103 vítimas de quedas admitidas no referido hospital. A análise dos dados foi feito através de gráfi cos e tabelas. Para o desenvolvimento deste estudo foram respeitados os aspectos éticos determinados pela resolução n.º 196/96, que aborda pesquisas com s eres humanos. Como resultado, constatamos que a maioria das vítimas pertenci am ao sexo masculino (83,5%), com a faixa etária de 0 a 10 anos (21,4%), e o sexo feminino (45,0%), com a faixa etária maior que 60 anos. O fator predisponente mais freqüente foi a queda da própria altura (21,4%), no ambiente extradomiciliar (70,9%). Os principais traumas apres entados pelas vítimas foram: Trauma de extremidades (42,7%) e politraumatismo (21,4%), e a maioria foram socorridos por leigos e por el es trazidos para o hospital (75,0%). Um número elevado de pacient es apresent aram-s e conscientes (70,9%) após o acident e e obtiveram trauma de extremidades (43,5%) e não fi zeram uso de bebida alcoólica (63,1%).Este estudo nos possibilitou uma reflexão acerca de poucos estudos relacionados aos acidentes decorrentes de quedas, e da complexidade que envolve este grupo. Val e ress altar a importância da Enfermagem nas ações de educação em saúde sobre a prevenção de acidentes. - 150 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P143 CARACTERI ZAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DAS VÍTIMAS Q UEIMADURAS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA Andrade LM, Nogueira PDS, Ramalho FMC, Sampaio JD Universidade Federal do Ceará – Fortaleza/CE DE As vítimas de queimaduras possuem um perfil singular, pela subtaneidade das agressões, que não respeitam limites anatômicos, pelo caráter multissistêmico das lesões, pelas condições nas quais est as ocorrem, por suas complicações e principalmente, por ter métodos preventivos, tanto do trauma em si, como de suas potenci alidades. Observamos que as campanhas desenvolvidas pelas instituições públicas ocorrem de forma bast ante esporádica e, na maiori a das vezes, não atinge o objetivo previsto, pois não chegam a todos os que podem ser considerados vítimas potenciais, como a população peri férica que necessita de uma s ensibilização maior acerca do assunto, com ênfas e na profilaxia que constitui o maior fator para a obtenção de resultados efetivos, diminuindo assim as ocorrências, incapacidades e morte. Este estudo teve como objetivo caracterizar as vítimas de queimaduras. Trata-se de um estudo de carát er exploratório e descritivo, desenvolvido em um hospital público de referência no at endimento aos traumas, situado na cidade de Fortal eza. Como resultados encontramos que: a maiori a do grupo pertence ao s exo mas culino (64%), na faixa etária de 0 a 5 anos (37%), com ocorrência equivalente t anto para a capital (50%) quanto para o interior (50%); o agent e envolvido foi líquido quente (38,6%), ocasionando queimadura de 2º grau (70%). Estes resultados nos alert am sobre o processo de educação em saúde quanto a prevenção de queimaduras, visto que, apesar de ocorrerem campanhas educativas para prevenção das mesmas predominantemente na capital, encontramos aqui o maior índice de ocorrências. Questionamos sobre a real abrangência das campanhas de prevenção e da periodicidade das mesmas. Acreditamos que uma maior constância nas campanhas esclarecedoras, de caráter preventivo, seria uma forma de l evar até a população conhecimento acerca das queimaduras, de forma que acident es possam ser evitados. - 151 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P144 PERFIL DAS VÍTIMAS DE TRAUMA ATENDIDAS PELO SERVIÇO DE ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR - SAMU/SP Carvalho AO, Bez Jr. A Instituto de Ensino e Pesquisa Albert Einstein Universidade Israelita da Saúde São Paulo / SP Introdução: Trauma é uma doença de etiologia variada e de carát er endêmico na sociedade moderna. Os indivíduos politraumatizados diferem muito entre si no que se refere a natureza e severidade das lesões. Objetivo: Identi fi car o perfil das vítimas de traum a, atendidas pelo Servi ço de At endimento Municipal de Urgências de São Paulo (SAMU/SP) segundo sexo, idade, tipos de ferimento e mecanismos de traum a. Método: Estudo descritivo e exploratório, ret rospectivo e aplicado com abordagem quantitativa. Os dados foram obtidos através das fichas de atendimento de enfermagem, no período de 10 a 25 de dezembro de 2002, nos centros de suporte avançado do município de São Paulo, totalizando 60 elementos. Resultados: Os dados foram estatisticamente analisados e discutidos e, obtivemos os seguintes resultados: 65% das vítimas eram do sexo masculino, com idade predominantemente entre 31 a 40 anos (22%). O mecanismo de t rauma m ais prevalent e foi a colisão (27%), seguida de queda (18%) e atropelam ento (15%). Dentre os ferimentos mais comuns estão: escoriações (65%), fraturas (52%) e ferimentos corto contusos (20%). Conclusão: As conseqüências socioeconômicas advindas do trauma se revestem de importânci a pois, além de ocasionar morte ou incapacidade, promovem um alto custo com a recuperação e declínio da qualidade de vida, fatores estes que impact am socialmente. Por isso é de importância elaborar o perfil desses eventos, afim de promover medidas operacionais e preventivas de atendimento. - 152 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P145 PERFIL DAS OCORRÊNCIAS DO SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA DE ARACAJU – SAMU 192 ARACAJU Brasileiro FF, Alves FS, Chagas TA, Azevedo AF, Costa MCM, Barretto MXA, França CR SAMU 192 Aracaju – SE Introdução: O Serviço De Atendimento Móvel De Urgência – SAMU 192 Aracaju É Uma Estrutura De Atendimento Pré-Hospitalar Que Atende Aproximadamente 500.000 Habitantes De Aracaju. Implantado Há Cerca De Dois Anos ,O SAMU 192 Aracaju É Composto Por 42 Médi cos, 24 Enfermei ras , 52 Auxiliares E Técnicos De Enfermagem E 51 Condutores. Sua Frota É Composta Por 6 Usbs E 4 Usa E 2 Viaturas Sociais. Objetivos: O Objetivo Do Presente Trabalho É Traçar Um Perfil Do Atendimento Do SAMU 192 Aracaju No Ano De 2003. Metodologia: Para Realizar O Trabalho, Foi Feito Um Estudo Retrospectivo Analisando- Se As Fichas De Atendimento Preenchidas Pelos Funcionários Do SAMU Quando Feita A Solicitação Telefônica Através Do Número 192 No Ano De 2003. Resultados: Como Resultados Do Trabalho Constatamos Que Dos Atendimentos Realizados Pelo SAMU 18% Eram Traumas Em Adultos, 57% Eram Clínicos Em Adultos, 9% Eram Atendimentos Obstétricos , 4% Era Trauma Pediátrico E 12 % Clínico Pediátrico.Numa Média De 2362 Atendimentos Por Mês. Conclusão: Apesar De Se Vincul ar O Serviço De Atendimento Pré- Hospitalar Ao Atendimento De Trauma ,Na Realidade A Assistência Ao Pacient e Com Patologias Clínicas Constitui A Maior Parcela Do Serviço Prestado Pelo SAMU. - 153 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P146 DISTRIBUIÇÃO HORÁRIA DOS ACIDENTES DE TRÂNSITO NO MUNICÍPIO DE VOLTA REDONDA/RJ – ESTUDO RETROSPECTIVO DE 1127 OCORRÊNCIAS Barbarisi LGGJ, Braga RP, Oliveira APQ Faculdade de Medicina de Volta Redonda/RJ Objetivo: Demonstrar o perfil horário dos acident es de trânsito no Município de Volta Redonda/RJ atendidos pelo serviço de Resgate da Guarda municipal. Método: Estudo retrospectivo de 26 meses (abril 2002 - junho de 2004). Foram examinados os registros de 1127 pacientes vítimas de acident es de trânsito. Coleta de dados baseado no preenchimento do boletim de atendimento, com sel eção dos horários de acionam ento da unidade de Resgate. Foram excluídas vítimas de mal súbito e de lesões por arm a de fogo e arma branca, bem como boletins com dados incompletos que não constavam hora do evento. Resultado: Foram atendidos 1127 pacientes vítimas de acidentes de trânsito pelo resgat e da guarda municipal de Volta Redonda (dados de abril 2002- junho 2004). Através da seleção dos horários de acionamento foi observado um pico de ocorrências entre 18h00min 18h59min num total de 91 ocorrências seguido de 71 ocorrências entre 12h00min e 12h59min. O menor índice de ocorrências ocorreu entre 03h00min - 03h59min totalizando 16 ocorrências, seguido de 19 ocorrências atendidas entre 02h00min - 02h59min. No ano de 2003 foram computados dados de Janeiro a Dezembro, sendo totalizados 497 chamadas. O maior índice ocorreu no intervalo entre 18h00min - 18h59min, totalizando 37 chamadas, seguido de 35 acident es ocorridos entre 12h00min - 12h59min. Entretanto, os menores índices ocorreram nos períodos entre 02h00min 02h59min e 08h00min - 08h59min empatados com 07 ocorrências. Durante o ano de 2004, os dados foram contabilizados até o m ês de junho, sendo computados 294 acidentes. O horário de maior índice de acidentes seguindo a tendência dos dois anos anteriores foi no intervalo entre 18h00min 18h59min, totalizando 20 acidentes. Seguido também por 11h00min 11h59min, 12h00min - 12h59min e 21h00min - 21h59min empatados com 19 chamados cada um. Já o intervalo de hora com menor índice de acidentes de trânsito foi entre 02h00min e 02h59min totalizando 02 ocorrências. Conclusão: Deve-se atentar que horários de maior índice de acidentes de trânsito coincidem com o fim do expediente de trabalho e retorno da população as suas residênci as. - 154 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P147 ATENDIMENTO AO PACIENTE PEDIÁTRICO VÍTIMA DE TRAUMA Brasileiro FF, Alves FS, Chagas TA, Azevedo AF, Costa MCM, Barretto MXA, França CR SAMU 192 Aracaju – SE Introdução: O trauma pediátri co é um evento de grande importância no Serviço pré-hospitalar pela sua grande incidênci a apesar da possibilidade de prevenção.Tal evento poderia, muitas vezes, ser evitado pela simples atenção dos pais ou responsáveis. Os mecanismos de trauma e as l esões ocorridas mudam e se diversifi cam devido à rapidez com que ocorrem mudanças físicas e comportamentais na criança através das di ferentes fases de seu desenvolvimento. Objetivo: Esse trabalho visa estudar o paciente traumatizado infantil em número, sexo, gravidade e mecanismo de trauma atendido pelo SAMU 192 Aracaju no ano de 2003. Metodologia: Nesse trabalho foram analisadas as fi chas de atendimento do SAMU 192 Aracaju no período de 2003 fazendo um estudo detalhado a respeito do paciente pediátrico traumatizado (pacientes abaixo de 12 anos), colhendo dados como sexo, idade, mecanismo de trauma , destino do paciente e tipo de viatura utilizada. Resultados: O trauma pediátrico corresponde a 24 % do atendimento a indivíduos menores de 12 anos e 12% do total de atendimentos realizado pelo SAMU 192 Aracaju em 2003. Quanto ao mecanismo de trauma as quedas constituíram 45% do atendimento. - 155 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P148 A VIOLÊNCIA URBANA TRANSFORMA O PERFIL DO ATENDIMENTO DE URGÊNCIA EM MATERNIDADE PÚBLICA DA ZO NA OESTE DA CIDADE DE SÃO PAULO Candido M, Nobumoto CT, Zambone GC, Abdo D, Taciro RE, Birolini D Introdução:Em virtude da violênci a urbana cres cente e s em controle adequados, hoje em todos os hospitais são atendidos pacientes vítimas de trauma. Em nossa Maternidade, em virtude do atendimento cres cente destes pacientes, houve necessidade de adequação e treinamento das equipes médicas, enfermagem e administrativa para melhorar os atendimentos de urgência e emergência das vítimas de trauma. Objetivo: Avaliar e comparar o tempo do atendimento na sala de emergência, assim como o tratam ento definitivo das lesões, com base nos critérios est abelecidos pelo A. T. L. S. – Advanced Trauma Li fe Support, antes e após o treinamento das equipes envolvidas. Material e Método: Foram avaliados 15.438 atendimentos realizados no período de novembro de 2003 a junho de 2004, sendo que 758 pacientes foram vítimas de traum a e receberam o primeiro atendimento em nossa Maternidade. Foram analisados os mecanismos de trauma, sexo e idade, tipo de lesões tratam ento cirúrgico, necessidade de trans ferênci a e taxa de mortalidade dentro da primei ra hora pós-trauma. Resultados: Em nosso trabalho constatamos que o tipo de trauma mais comum foi queda acidental, resultando em sua maiori a lesões de natureza leve, tendo sido o at endimento restrito área de emergência. Nas vítimas cujos ferimentos impuseram risco de vida, com necessidade internação, cirurgia e suporte de t erapi a intensiva, o mecanismo de trauma mais freqüente foi ferimento por arma branca (FAB), seguido de acident es automotivos e ferimento por arma de fogo (FAF), A necessidade de trans ferênci a imediata para hospitais terci ários e quat ernários fi cou restrita às lesões pólo cefálico com predomínio de TCE. Houve melhora do atendimento aos pacientes, veri ficado na análise dos prontuários que evidenciaram que o atendimento definitivo ocorreu dentro da primeira hora pós-trauma para os pacientes tratados em nossa Maternidade. Conclusão: O treinamento das equipes e a aquisição de mat eriais e equipam entos adequados ao atendimento do pacient e traumatizado é uma conduta que deve ser adotada por todas as instituições públicas que façam atendimento de emergência, pois isto implica em rapidez no at endimento e direcionamento adequados para o tratamento definitivo. Todos os esforços direcionados para agilizar e adequar o atendimento ao traumatizado são justifi cáveis, independent es das dimensões e características do hospital. - 156 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P149 PARTICIPAÇÃO DO SAMU 192 ARACAJU NA CORRIDA CIDADE DE ARACAJU Alves FS, Gonçalves MSS, Ramos B, Brasileiro FF, Costa MCM, Barretto MXA SAMU 192 Aracaju – SE Introdução: A corrida Cidade de Aracaju é realizada anualmente em comemoração ao aniversário da cidade.São percorridos 25 Km por corredores de di ferentes faixas etárias e de várias localidades do Brasil.O SAMU 192 Aracaju (Servi ço de Atendimento Móvel de Urgência) foi responsável pelo atendimento médico e de enfermagem prestado durante o evento. Objetivo: Mostrar a importância de se montar uma infra-estrutura voltada à prestação de Assistência Médica e de Enferm agem nas Urgências e Emergências durante todo o tempo de duração da corrida. Metodologia: O s erviço m édico contou com um quantitativo de 04 (quatro) viaturas, sendo 02 (duas) de Suporte Avançado, 01 (uma) de Suporte Básico e 01 (um) carro rápido. RECURSOS HUMANOS: 01 Médico; 01 Médico Coordenador; 02 Enfermeiros; 01 Enfermei ro Coordenador; 05 Auxiliares de enferm agem; 03 Estagiários (2 acadêmicos de medicina e 1 de enfermagem ), 01 Zeladora, 03 Motoristas (ambulância), 01 Motorista (carro rápido), 01 Secret aria; Total de Profissionais no Evento: 16. Resultados: Foram realizados 23 atendimentos durante toda a corrida. Um desses foi efetuado pela USA (Unidade de suporte Avançado) que acompanhava os corredores,enquanto os demais ficaram a cargo da bas e avançada des centralizada Causa da procura pelo atendimento:Hipotermia, Hipoglicemia, Desidratação, Outros (náuseas, vômitos, tontura,etc.). Conclusão: Foi indiscutível a importância da presença da base avançada no evento citado, pois lá os pacientes resolveram os problemas que os acom etiam sem a necessidade de procurar hospitais, diminuindo a sobrecarga, especialment e nos hospitais da rede publica,como também proporcionando segurança e conforto a pessoas que estavam participando ou assistindo ao evento. - 157 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P150 EU, CRIANÇA Q UEIMADA Brito FPG, Araujo PVR, Lima DM Universidade Federal De Sergipe - Aracaju/SE O trabalho teve como participant es as crianças que se encontravam hospitalizadas durante o período da coleta de dados e que se encaixass em dentro dos seguintes critérios: tivessem sido vítimas de queimaduras; estivessem incluídas nas faixas etári as compreendidas entre 4 a 12 anos e apres entassem verbalização capaz de manter um diálogo. Foi desenvolvido dentro de uma abordagem qualitativa, por se considerar que os conhecimentos sobre os indivíduos só são possíveis a partir de sua própri a descrição de uma experiência vivida. A pesquisa qualitativa preocupa-s e com os indivíduos e com seu ambiente, sem que haja qualquer limitação ou controle imposto ao pesquisador. O trabalho foi fundament ado dentro da perspectiva das Representações Sociais que são esquemas organizadores das interpretações e comunicações que possibilitam a compreensão do mundo soci al e orient am nossas ações. Os dados foram coletados através de uma técni ca facilitadora de expressão - o Desenho-Estória com Tema - que ao ser aplicado necessita de diálogo entre o aplicador e o aplicando, fato que possibilitou que as cri anças expressass em seus sentimentos em relação à queimadura, fornecendo subsídios para se chegar as Repres entações que elas fizeram sobre essa injúria. Foram trabalhados através da análise de Enunciação, pois este tipo de análise possibilita perceber-se a dinâmica própri a de cada produção, ficando esta livre de qualquer hipótese interpretativa antes de seu estudo intensivo. Como resultado, constatou-se que existe na criança, a preocupação com sua aparência física; que ela nega as lesões existentes em seu corpo; que teme e se angustia durante a realização do procedimento curativo e que mantém viva, a lembrança do ocorrido. Pode-se concluir que existe uma grande necessidade da criança queimada de ser es cutada em sua dor e em sua preocupação por sua aparência física atual, pela equipe de saúde, o que é pouco valorizado por estes profissionais. Que o longo período de hospitalização geralmente necess ário à recuperação das lesões priva a criança das suas atividades normais a seu desenvolvimento, como brincar, correr, pular, escrever, etc, fato que não encontra resposta dado ao baixo número de funcionários que trabalham no setor e a carência de pessoas quali fi cadas para des envolver estas atividades. E por fim, a satis fação de ter realizado esta pesquisa por se acreditar que ela sej a um instrumento capaz de subsidiar um a melhor qualidade na assistência a criança queimada. - 158 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P151 HIPOTERMIA ACIDENTAL POR SUBMERSÃO EM RELATO DE 2 CASOS Guiraldo RPA, Oliveira TB, Silva CAE, Baitello AL Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto Hospital de Base GELO: Introdução: Hipotermia acidental é definida como uma diminuição não intencional abaixo de 35°C. É considerada profunda quando a temperatura atinge valores menores que 28°C, caus ando distúrbios circulatórios e neurológicos, com alta mortalidade. A grande m aioria dos casos ocorre em regiões frias, com idosos ou aventureiros em locais distantes. Objetivo: Relatar 2 casos de hipotermia acidental relacionados a atividade profissional ocorridos na cidade de São José do Rio Preto, noroeste do estado de São Paulo, conhecida por suas altas temperaturas e que foram abordados com técnicas di ferentes de reaquecimento interno Relato dos Casos: Caso: 1: Paciente de 19 anos, sexo masculino, com história de queda em silo de gelo no local de trabalho (peixaria), usando roupa isolante t érmica, permanecendo por cerca de 5 horas. Chegou ao hospital consciente, com Glasgow de 14 e temperatura esofágica de 28°C. Submetido a intubação traqueal e encaminhado ao centro cirúrgi co para infusão peritoneal de soro aquecido. Encaminhado à UTI com temperatura de 31,2°C evoluiu com extubação após 2 dias e alta hospitalar após 7 di as CASO 2: Paciente de 38 anos, masculino, com história de queda no mesmo silo na tentativa de resgate do outro paciente, sem uso de roupa isolante. Deu ent rada no hospital em parada cardiorrespiratória, com temperatura esofágica de 17°C. Após manobras de reanimação na emergência foi encaminhado para o centro cirúrgico para realização de circulação extracórporea. Após manobras de reanimação por 6 horas e temperatura corporal de 36°C foi declarado o óbito. Conclusão: A gravidade crescente da hipotermia produz um estado previsível de dis função orgânica sistêmica e mani fest ações clínicas associadas. O manejo desses pacientes di fere em diversos aspectos dos paci entes eutérmicos, desde o atendimento inicial até as técni cas de reaquecimento externa e interna, com indicações de acordo com a gravidade do quadro. Portanto conhecimento avançado sobre hipotermia é pré-requisito para o atendimento otimizado. Mesmo em localidades onde esse tipo de acidente é incomum, e principalmente em hospitais de referência, é necessário que os profissionais de saúde estejam familiarizados e prontos a lidar com o paciente hipotérmico. - 159 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P152 Q UEIMADURA POR BRONZEADORES “NATURAIS” Samuel JTS, Tiago SB, Saturnino R, Alexandre M, Marcos F, Eduardo SSL Liga de cirurgi a e traum a , Serviço de Cirurgia geral do Hospital das Clinicas Costantino Otaviano Teresópolis, Rio de Janeiro. Introdução: As queimaduras podem ser cl assi ficadas em quatro tipos segundo os agentes causadores: queimaduras térmicas, químicas, elétricas e por radiação. Destas as térmicas são as mais comuns, principalmente causadas por líquidos aquecidos, em ambiente doméstico. As chamas por combustão de álcool constituem outro subtipo das queimaduras térmicas, assim como o contato com corpos aquecidos As queimaduras elétricas também são muito freqüentes. As correntes de alta voltagem e amperagem da rede de distribuição dos postes elétricos, caixas de força e outros costumam atingir indivíduos jovens do sexo masculino, em sua fas e mais produtiva, e constituem, na sua maioria, acidentes de trabalho. As queimaduras químicas também atingem pessoas adultas na sua maioria, lidando com substâncias químicas (ácidos ou bases fortes) s em o devido conhecimento ou m edidas de precaução. A maioria dos acidentes envolvendo plantas acontece com cri anças ou pessoas leigas que se dizem conhecedoras de sua atividade terapêutica. Objetivo: Alertar dos perigos que det erminados agentes “ fototerápicos” podem trazer aos usuários. Método: Relato de caso acontecido no hospital municipal Duque de Caxias Resultados: Paciente feminina 25 anos deu entrada na em ergência do HM DQ com quadro de queimaduras de segundo grau em aproximadamente 70 % da superfí cie corpórea (regra dos 9), poupando apenas face e área do biquíni. Relatava história de ter usado bronzeador natural à base de óleo de figo, fi cando exposta ao sol por cerca de 3 horas. Ao exame físico apres entava -se agitada acianotica, anicterica hipocorada, pulso de 130 bpm, PA 90 por 60 mmhg, anúrica. Foi estabelecido dói acessos venosos peri féricos de grosso calibre com infus ão de 7.000 ml (primeiras 8 horas) Cristalóide mais 7.000 nas 24 horas restant es(regra de Parkland). Foi feita analgésica com morfina para lavagem e retirada do “bronzeador”. Paciente evolui hemodicament e estável sem intercorrências, tendo alta hospitalar 2 s emanas após sua internação. Conclusão: Atualmente, o número de pessoas que se utilizam da fitoterapia como tratamento cresceu bastante, devido ao relativo baixo custo destes produtos comparando-s e com os demais. Muitas vezes as pessoas não são informadas dos riscos que estão submetidas a usarem produtos sem orientação médica. - 160 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P153 UM CASO DE TÉTANO Ângelo PDC, Tiago SB, Douglas TF, Alexandre M, Marcos F, Saturnino RN Liga de cirurgi a e traum a , Serviço de Cirurgia geral do Hospital das Clinicas Costantino Otaviano Teresópolis, Rio de Janeiro. Introdução: O tétano, do grego contratura, é uma doença infecciosa aguda, não contagiosa, causada pela ação das neurotoxinas produzidas pelo bastonete gram-positivo Clostridium tetani, uma bactéria anaeróbica e formadora de esporos, o que permite sua maior sobrevivência no meio ambiente. Sua multiplicação é coadjuvada pela ação de substâncias oxirredutoras, podendo assim contaminar feridas e em condições ideais passar da form a de esporo à forma veget ativa, que é a produtora de exotoxina caus adora da doença: a tetanospasmina. Objetivo: Relatar a falha em um atendimento que resultou em um caso de Tétano. Método: Análise de literatura e relato de caso. Resultado: SMT, Pardo, masculino, 49 anos, casado, pintor, natural e residente em Teresópolis RJ. Em 18 de Janeiro de 2004 ele foi admitido no Serviço de Emergência do Hospital de Clínicas de Teresópolis Costantino Ottaviano (HCTCO) com trismo, rigidez da musculatura cervical e dis fagia (sic). O paciente também apres entava hipertonia da musculatura paravertebral, vindo a ocorrer opistótomo após punção lombar (Líquor claro). Segundo os familiares este quadro de contratura evoluiu nas últimas 24 horas. Após algumas horas de sua chegada naquele servi ço, começou a apres entar sinais de disautonomia como taquicardia, hipertensão arterial, sudorese profusa e hiperpirexia. Este pacient e apresentava ferida em face m edial de perna esquerda por ferimento com fogos de arti fício, ocorrido nas festas de fim de ano. A família também informou que ele fora atendido neste mesmo s erviço para cuidar daquela ferida. Diagnosticado t étano generalizado gravíssimo, cujo período de incubação foi longo. Foi internado no setor de Doenças Infecto- Parasitárias, de onde foi trans ferido para a Unidade de Tratam ento Intensivo devido ao quadro de insuficiência respiratória aguda. Apres entou durante sua internação várias complicações como infecção s ecundária e insuficiência renal aguda. No entanto evoluiu bem tendo alta hospitalar com seqüela de est enose de traquéia. Conclusão: O tétano teve sua incidência bastante diminuída após a segunda guerra mundial devido às campanhas de vacinação. Com isso imaginava-se que seria extinta esta moléstia. No ent anto nos países em desenvolvimento isto não é uma verdade. Desta maneira o médico deve sempre est ar atento para esta patologia grave e potencialmente fatal. - 161 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P154 DERMATITE BOLHOSA E NECROSE DE PELE POR USO DE COLAR CERVICAL Costa DH, Inácio Jr. W, Consani H, Amâncio Jr. M, Schleinstein HP, Costa AL Unidade Regional de Emergênci a – Conjunto Hospitalar de Sorocaba A proteção da coluna cervi cal é indicada em todos pacientes politraumatizados. A utilização de colar cervical semi-rígido é o método mais comum de proteção cervical, devendo ser iniciada no local do trauma e durar até serem excluídas quaisquer lesões da coluna cervical. A utilização prolongada deste aparelho pode levar a necros e de pele por pressão, entret anto o uso criterioso e at ento previne esta complicação. Apresentamos uma paciente vítima de acidente automobilístico apresentando fratura de fêmur à esquerda, lesão axonal difus a e suspeita inicial de lesão cervical. Na avaliação inicial o Rx de coluna cervical foi indefinido, manteve - se então o colar e os exames foram repetidos com resultado normal, proposto então a retirada do colar e após 8 horas de uso apres entou eritema em toda região de contato do colar com bolhas e algumas áreas de necrose de pele. Foi proposto o uso de pomada a base de corticódes com regressão das lesões no 4º dia e cura no 31º dia. O aparecimento de necrose por uso de colar cervical está associado com o uso prolongado e a excessiva press ão deste na pele ainda como agravantes as diversas caus as de hipovolemia no trauma, é em geral limitada à uma pequena região. Neste pacient e o di agnóstico de dermatite bolhosa é proposto pelo envolvimento de toda área em contato com o col ar e pelo curto período de utilização. Esse tipo de lesão de contato é mais comum a processos reacionais alérgicos da pele. O tratamento desse tipo de lesão pode ser tópico ou sistêmico dependendo da extensão e gravidade das lesões, o uso de corticóides é a principal arma para este fim. - 162 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P155 CHOQ UE ELÉTRICO – PROPOSTA DE PROTOCOLO DE ATENDIMENTO EM CENTRO DE REFERÊNCIA EM TRAUMA Flor VR, Collaço IA, Nasr A, Traya RH, Piechnik J, Futigami AY Hospital do Trabalhador, Curitiba – Paraná Introdução: No Brasil, segundo estatísticas de 1979 a 1993, ocorrem cerca de mil mortes por ano em decorrência de acidentes provocados por correntes elétricas1. Vítimas de choque elétrico possuem um a grande variedade de manifestações clínicas devido à possibilidade de envolvimento de múltiplos órgãos, variando desde lesões cutâneas leves até a morte1,2.. Objetivos: Propor um protocolo de atendimento ao paci ente vítima de choque el étrico. Materiais e Método: Foram analisados todos os prontuários de pacientes admitidos no Hospital do Trabalhador no período de janeiro de 2002 a dezembro de 2003. Coletaram -se dados referentes à idade, sexo, voltagem da corrente, lesões associadas, exames complementares e evolução. Além disso, foi realizada uma revisão da literatura e idealizado um protocolo de atendimento ao paciente vítima de choque el étrico no Pronto Socorro do Hospital do Trabalhador. Foram excluídos pacientes com idade inferior a 12 anos e pacientes que não tiveram abertos prontuários de internação. Resultados: Foram identificados 9 pacientes com choque elét rico, sendo que todos eram do sexo mas culino, com idades variando entre 13 e 39 anos (média de 28,44 anos). O RTS variou entre 6,37 e 7,84. O ECG foi realizado em todos os pacientes na admissão, sendo 88,9 % normais e 11,1 % alterados (onda T invertida). Foi repetido em 33,3% dos pacientes, não sendo observada alteração no padrão do ECG em relação ao da admissão. O CK-MB mostrouse alterado em todas as dosagens iniciais. Vinte e dois por cento dos pacientes tiveram suas dosagens repetidas em 12 horas e 24 horas, com persistência das alterações. O parcial de urina foi coletado em 66,7 % pacientes, não apres entando alteração tanto na admissão como na evolução. Conclusão: Em nosso serviço, apes ar de dispor de exam es complementares, muitos pacientes poderiam apresent ar lesões causadas por choque elétri co que passari am despercebidas devido à falta de padronização no at endimento dessas vítimas. De acordo com a revis ão de literatura, sugerimos um protocolo de atendimento. - 163 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P156 EMBOLIA GORDUROSA COMO COMPLICAÇÃO DO PACIENTE POLITRAUMATI ZADO Cardoso RG, Robson MC, Carneiro JLC Universidade Severino Sombra- Vassouras, RJ Introdução: Em politraumatizados e cirurgias ósseas de grande porte, veri ficou-s e que 90% dos paci entes des envolvem embolia gordurosa subclínica, que só é detectada na pesquisa de gotículas de gordura no sangue e/ ou na urina.Cerca de 20% dos casos surgem no final do primeiro dia pós trauma e os 80% restant es a partir de 48 horas após o trauma. É observado no prognóstico que há recuperação total dos doentes em 77% a 82% dos casos, em rel ação das s eqüelas são obs ervados por ocasião de alta 3% a 7% e a mortalidade hospitalar é de cerca de 16 % , dos quais somente 8% a 10 % são atribuídos à síndrome e o restante é considerado em decorrência dos traumatismos. Objetivos: Relatar caso clinico de um paciente vítima de politrauma grave com múltiplas fraturas, em conseqüência de acidente motociclistico com alto grau de violência , tendo com o complicação embolia gordurosa . Método: Foi feita análise do caso do pacient e JRG do prontuário 152638 do Hospital Universitário Sul Fluminense de cidade de Vassouras - RJ , juntamente com revisão bibliográfica , e com base no Conselho Federal de Medicina por meio da resolução número 1480 de 8 de agosto de 1997. Resultado: Paciente JRG,58 anos ,natural e residente em Engenheiro Paulo de Frontin deu entrada no dia 14 do ano de 2004 , no pronto -socorro vítima de acident e motociclístico trazido por ambulância ao Hospital Universitário Sul Fluminense, na à admissão paciente estava lúcido orientado no tempo e no espaço , glasgow 15/15 , pressão arterial 80/60 mmhg, apresentando fratura exposta grau III de Gustilo e Anderson em perna esquerda e braço esquerdo com perda óssea e fratura fechada de fêmur . Ao exame físico do aparelho respiratório apres entava murmúrio vesicul ar positivo à direita e abolido à esquerda. Foi realizada drenagem torácica, lavada peritoneal diagnóstico. Após 6 horas pacient e foi submetido à cirurgia ortopédica corretiva, sendo encaminhado logo após para o Centro de Terapia Intensiva. No segundo dia o glasgow era de 10/15 e o paciente apresentava insufici ência renal aguda e franca dispnéi a. No Terceiro dia o paciente m anteve o quadro e progrediu para parada cardiorespiratória resultando em óbito no dia 17 de agosto de 2004. Realizado a necropsia foi constatado embolia pulmonar gordurosa. Conclusão: O quadro típico da Síndrome da Embolia Gordurosa é encontrado nos pacientes com grande transtorno que produziu múltiplas fraturas de ossos longos. - 164 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P157 ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DOS CLIENTES ADMITIDOS NA UTI DE UM HOSPITAL DE TRAUMAS Comaru JL, Barreira KS, Rodrigues AMU, Andrade LM Instituto Dr José Frota, Fortaleza – Ceará Culturalmente a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é vista como uma unidade para a qual são enviados os pacientes com maior gravidade com chance mínima de recuperação. No entanto, esta visão não corresponde a realidade na qual está inserida este s etor, pois um dos critérios atualmente utilizados para trans ferência de clientes são as condi ções clínicas com possibilidade de recuperação mediant e cuidados intensivos médi cos e de enfermagem. A partir de nossa experiênci a em um hospital de emergência referência no atendimento às vítimas de traumas, sentimos interesse em desenvolver um estudos através do qual pudéssemos identi fi car os principais aspectos epidemiológicos relacionados aos clientes admitidos neste s etor. Trata-se de um estudo de caráter exploratório, retrospectivo com análise quantitativa, realizado na UTI de um hospital público de emergênci as situado na cidade de Fortaleza - Ceará, no período de junho e julho de 2004; como amostra tivemos um total de 115 clientes admitidos no setor no período da pesquisa. Após coleta os dados foram analisados a partir de tabelas e gráficos. Os resultados nos apontaram que a maioria dos paci entes admitidos são do sexo masculino (75,7%), nas faixas etári as de 21 a 30 anos (27%) e maiores de 60 anos (26,1%), procedentes da capital (57,4%). O tempo de internamento médio foi de 08 a 15 dias (25,2%); os principais motivos de internam ento foram: Acidente vas cular cerebral (29,6%), politraumatismo (22,6%) e trauma craniano (20%). Em relação às condições de alta, tivemos que a maioria (54,8%) saiu por trans ferência para unidades de internação, no entanto 41,7% evoluíram para óbito. Tais resultados nos fazem refletir da complexidade que acompanha estes clientes e da responsabilidade dos profissionais que atuam neste setor na assistência direta. Cabe a enferm agem uma atenção contínua e sistemática com a finalidade maior de monitorar est es client es de form a a evitar possíveis complicações (conseqüentes muitas vezes da circunstânci a do internamento) e promover uma satis fatória recuperação e reintegração dos indivíduos ao meio. - 165 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P158 ANÁLISE DOS DISTÚRBIOS DE COAGULAÇÃO EM PACIENTES PEDIÁTRICOS COM TRAUMATISMO CRANIENCEFÁLICO ATENDIDOS EM UMA UTI DE REFERÊNCIA EM TRAUMA Guerra SD, Temponi EF, Quintão VC, Lavall Jr. FJC, Ferreira CEF, Andrade LFC Hospital João XXIII - FHEMIG / Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil Introdução: Traumatismo craniencefálico grave pode levar a distúrbios de coagulação. Estes são decorrentes da liberação de tromboplastina parcial pelo tecido encefálico lesado (des encadeando CIVD), ou de uma coagulopatia dilucional pela reposição vol êmica maciça ou de hipotermia que inativa os fatores de coagulação. Objetivo: Analisar a ocorrência de distúrbios de coagulação em paci entes pediát ricos com traumatismo cranioencefálico atendidos em uma UTI pediátrica. Material e Métodos: Estudo transversal, descritivo, por meio de análise de prontuários de set embro de 1998 a agosto de 2003. Resultados: 315 pacientes, sendo 219 (69,5%) do sexo masculino, com média e mediana de idade de 7,8 anos. O tipo de trauma mais prevalente foi o atropel amento com 141 (44,8%), seguido de acidente com motocicleta com uso de capacete de 48 (15,2%). Duzentos e trinta e nove (75,9%) tiveram distúrbios de coagulação. Foram realizados 182 (76,2%) exam es de tempo de protrombina com médi a de 43,4 s egundos e m ediana de 44 s egundos. Foram realizados 147 (61,5%) exames de t empo de tromboplastina parcial ativado com média de 49,7 segundos e mediana de 38 segundos. Conclusão: Distúrbios de coagulação são freqüent es pós TCE. Os médicos assistentes devem pesquisá-los como objetivo de prevenir dano secundário ao encéfalo. - 166 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P159 ANÁLISE DE DISTÚRBIOS GLICÊMICOS EM PACIENTES PEDIÁTRICOS COM TRAUMATISMO CRANIENCEFÁLICO ATENDIDOS EM UMA UTI DE REFERÊNCIA EM TRAUMA Guerra SD, Temponi EF, Quintão VC, Lavall Jr. FJC, Ferreira CEF, Ferreira AR Hospital João XXIII - FHEMIG / Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil Introdução: Distúrbios glicêmicos são causa conhecida de dano secundário e lesões neurológicas agudas. No traum a, os pacientes podem apres entar hiperglicemia devido a resposta neuro-endócrina-metabólica. Esta leva a glicólise anaeróbica, com conseqüent e acidose l ática e agravamento do dano cerebral. Há uma preocupação com os pacientes pediátri cos também quanto aos riscos de hipoglicemia devido a escassez de substratos nessa faixa etári a. Objetivo: Analisar a ocorrência e tipo de distúrbios glicêmicos em pacientes pediátricos com traumatismo crani encefálico (TCE) atendidos em uma UTI. Material E Métodos: Estudo transversal, descritivo, por meio de análise de prontuários de setembro de 1998 a agosto de 2003. Resultados: 315 pacientes, sendo 219 (69,5%) do sexo mas culino, com média e mediana de idade de 7,8 anos. O tipo de trauma m ais preval ente foi o atropelamento com 141 (44,8%), seguido de acidente com motocicleta com uso de capacet e de 48 (15,2%). Duzentos e nove (66,3%) pacientes apresent aram hiperglicemia. A gravidade de TCE (escala de com a de Glasgow entre 3 e 8 – 144 pacientes) correlacionou-s e diret amente com a ocorrência de hiperglicemia (p = 0,00001710). Conclusão: O trabalho reforça a importância do início de infusões sem glicos e para paci entes vítimas de TCE seguido de monitoração cuidadosa da glicemia capilar. Demonstra ainda uma complicação, com significância estatística, entre a gravidade do TCE e a ocorrência de hiperglicemia. - 167 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P160 PROTOCOLO BÁSICO DE ATENDIMENTO AO Q UEIMADO EM HOSPITAIS GERAIS Corral EZ, Cazado FP, Rocha NAV, Silva SS, Paranhos WY Uni FMU, São Paulo, SP GRANDE Objetivo: Apresentar um protocolo básico de Atendimento ao Grande Queimado para os pacientes atendidos em Hospitais Gerais e Pronto Atendimento. Método: A pesquisa foi descritiva e bibliográfica, tendo como campo a Biblioteca Regional de Medicina. A coleta de dados foi idealizada em banco de dados LILACS e BDENF, onde foram utilizadas as seguintes palavras chaves: Grande Queimado e Assistência de enfermagem ao grande Queimado. Foram utilizados artigos nacionais dos últimos 15 anos. Resultados: Protocolo: 1. Identificar sinais de obstrução de Vias Aéreas Superiores, para que se possam inici ar as medidas de suporte ventilatório: Oxigenoterapi a por máscara, entubação endot raqueal e suporte ventilatório mecânico; 2. Cess ar o processo de queimaduras, removendo toda a roupa do paciente com cuidado; 3. Acesso venoso calibroso. A presença de uma superfície queimada, não deve impedir o cateterismo venoso, deve-se utilizar de preferência, gelco de número 16 em uma veia peri férica e preferencialmente em membros superiores, para evitar fl ebites e at é mesmo trombose venosa. 4. Realizar sondagem Nasogástri ca, caso o paciente apres ente náuseas, vômitos e /ou distens ão abdominal para drenagem de conteúdo gástrico; 5. Lavar a área atingida com água corrent e ou soro fisiológico pré-aquecido, evitando assim que o paciente perca calor; 6. Remover as flict emas rompidas, mantendo íntegras as demais; realizar curativo oclusivo com gaze embebida em vas elina líquida, envolvendo com compressa estéril e atadura de crepe, tendo o cuidado para não comprimir o local; 7. Realizar profilaxia contra o tétano e analgesia endovenos a, quando houver estabilidade hemodinâmica e /ou quando houver indicação; 8. Os exames complementares como radiografi as e el etrocardiogram a, devem ser realizados quando solicitados; 9. Ao finalizar a assistênci a básica ao paci ente, deve-s e realizar relatório de admissão, que deve ser encaminhado juntamente com o mesmo para o hospital de referência de atendimento ao Grande Queimado. Conclusão: Conclui-se que, com a elaboração do protocolo, haverá um primeiro atendimento em hospital geral, de qualidade, diminuindo as taxas de infecção e as seqüel as deixadas por conta das queimaduras, al ém de proporcionar a equipe de enfermagem, menos habituada a assistir esse tipo de paciente, uma maior segurança na realização das técnicas. - 168 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P161 CHOQ UE ELÉTRICO DE BAIXA VOLTAGEM: INCIDENTE DE NEGLIGÊNCIA PESSOAL Belezia BF, Dutra CC, Souza SD, Borges LMM, Duarte T, Mendonça WL Serviço de Assistênci a Móvel de Urgênci a – SAMU; Hospital Municipal Odilon Behrens Belo Horizonte/MG Introdução: O paciente vítima de choque el étrico de baixa voltagem pode evoluir com parada cardiorrespiratóri a em assistolia ou fibrilação ventricul ar. A queda secundária nos obrigar a tratá-lo como politraumatizado.. A parada cardiorrespiratória por choque elétrico é relacionada com melhor prognóstico das manobras de reanimação. A maioria dos acidentes ocorre em domicílio ou local de trabalho devido a negligência no manuseio da rede el étrica. Objetivo: relatar 3 casos de acidentes com choque el étrico de baixa voltagem devido a negligência no manuseio da rede elétrica. Método: rel ato de caso. Revisão de literatura. Resultado: Três paci entes do s exo masculino vítimas de choque elétrico de baixa voltagem, sendo dois deles no local de trabalho e um em domicílio.Todos devido a negligência no manuseio da rede elétrica. O três apres entavam-s e em assistolia e um deles com tamponam ento pericárdico secundário ao trauma. Evoluíram para óbito apesar da manobras de reanimação. Conclusão: em caso de choque elétrico de baixa voltagem, desligar rede el étrica antes de manuseá-la é fundamental para sua prevenção. - 169 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P162 ÓRTESES E ADAPTAÇÕES EM CADEIRA DE RODAS NO TRATAMENTO DE ÚLCERAS DE PRESSÃO Lopes AJ, Martins MAA ProFuncional - Fisioterapia, Órteses e Adaptações. Belo Horizonte – MG Objetivo: Contextualizar a indicação e os benefí cios da utilização de órteses e adaptações em CR como recursos para o tratamento de UP. Método: Revisão bibliográfi ca. Resultados: Pacientes com dis função neurológica apresent am risco aumentado de desenvolvimento de UP. Posicionamento inadequado, déficit nos mecanismos de proteção e incapacidade de corrigir ativamente a postura, favorecem sobrecarga em áreas de apoio. Acredita-se que o alívio de pressão permita melhor circulação local, reduza a isquemia e favoreça cicatrização da ferida. Outra vant agem da utilização desses recursos é manter o indivíduo funcionalmente ativo e permitir a m anutenção do seu nível de independência, inclusive para locomoção. Dessa forma, conseguimos evitar os efeitos deletérios da imobilidade e evitar a restri ção de suas atividades sociais. Em pacient es usuários de CR, as UP geralmente ocorrem em áreas de apoio no assento e encosto. Adaptações confeccionadas em espuma que permitem melhor distribuição de carga e com áreas de alívio de pressão nas adjacências da ferida contribuem no tratamento de UP em regiões de apoio no ass ento e encosto da CR em pacientes não-deambuladores. Deformidades estruturadas ou dinâmicas no complexo tornozelo-pé, que são alterações freqüentes em pacientes com seqüelas neurológicas, deslocam ou exarcebam os pontos normais de pressão na planta dos pés durante a marcha. Assim, o uso de palmilhas ou órtes es tornozelo-pé (tutor curto) com estribo confeccionadas sob molde individualizado pode favorecer a recuperação de pacientes deambuladores com UP. Além do molde correto, a escolha do material adequado e o conhecimento da biomecânica da marcha são fatores essenci ais para conseguirmos aliviar a pressão sobre o local da ferida e suas adjacências e redistribuir a descarga de peso. Esta intervenção fisioterapêutica é respaldada teori camente e, por sua relevância clínica, estudos são necessários para m elhor avaliação da efi cácia desses recursos. Conclusão: Órteses e adaptações em CR são recursos viáveis em reabilitação, que podem acelerar a cicatrização de úlceras de pressão, reduzir recidivas e minimizar o impacto negativo na funcionalidade e qualidade de vida do paciente com seqüela de neurotraum a. - 170 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P163 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM APLICADA EM PACIENTES COM TRAUMATISMO CRÂNIOENCEFÁLICO Lima MS, Canalli AC, Oliveira RR, Espada PC Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto/SP Objetivo: O objetivo deste t rabalho é identi ficar os di agnósticos de enfermagem mais freqüentes do cliente portador de TCE, com suas respectivas prescrições de enfermagem. Metodologia: O presente estudo trata-se de u ma revisão de três artigos publicados em periódicos nacionais e sites indexados na Internet além da revisão de dois livros. Os artigos e livros revisados foram: Diagnósticos de enfermagem em cliente com (TCE) e em seu familiar e/ou pessoa signifi cativa (R. Brás. Enferm. Brasília, v.49, n.4, 1996); Sistematização da Assistência de Enfermagem em uma Unidade de Internação: desenvolvimento e implementação de rotei ro direcionador rel ato de experi ência (Acta Paul. Enf. São Paulo, v. 9, n. 1,1996); Morbimortalidade por traumatismo crânio-encefálico no município de São Paulo, 1997 (Arq Neuropsiquiatr;58(1):81-89, 2000); Manual de diagnósticos de Enfermagem (Carpenito) e Tratado de enfermagem médico-cirúrgico (Brunner&Suddarth). Resultados: Dentre os artigos revisados podemos obter através de um estudo de caso realizado que os principais diagnósticos de enfermagem encontrados dentre a seriedade dos problemas enfrentados pelos clientes com TCE, vítimas de acident es de trânsito foram: Eliminação tráqueo-brônquica ineficaz, Potencial para aspiração, Mobilidade física prejudicada, Potencial para infecção, Integridade tissular prejudicada e Ansiedade todas encont radas caracterizadas por sinais e sintomas comuns dentre os pacientes com TCE. Os problemas e dúvidas levantados dentre os enfermeiros, técni cos e auxiliares de enfermagem revelaram no hospital que já implantou a SAE para atendimento de pacient es com TCE, principalmente deficiências na realização de exame-físico o que possibilitou a criação de um roteiro contendo os principais tópicos a serem observados na realização desta atividade, bem como itens que direcionavam a elaboração da evolução e prescrição de enfermagem. Conclusão: Este estudo possibilitou uma visão mais ampla do contexto que envolve o pacient e com TCE, bem como o destaque de diagnósticos de enfermagem m ais comuns dentre os esses paci entes e de um roteiro direcionador para facilitar o cotidiano do profissional de enfermagem que lida com esse tipo de paciente. - 171 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P164 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM TRAUMA RAQ UIMEDULAR Lima SM, Calicchio LCN, Crisol FC, Espada PC, Peres GRP Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto – São José do Rio Preto/ SP Objetivo: Através de uma revisão bibliográfica levant ar os principais diagnósticos de enferm agem aplicados aos pacientes com trauma raquimedular e as principais condutas implementadas. Método: O estudo teve como referencial m etodológico a pesquisa bibliográfi ca descritiva, onde foram feitas análises dos conteúdos pesquisados, a fim de obter um melhor entendimento a respeito do assunto. Resultados: Constatou-se que os pacientes com les ão medular fi cam realmente susceptíveis às complicações, como infecções, bexiga neurogênica, íleo paralítico, priaprismo, trombose venosa profunda, dis função sexual e outros. Foram encontrados os seguintes diagnósticos de enfermagem para o client e com TRM: 1) Padrão Respiratório ineficaz, rel acionado à fraqueza ou paralisia dos músculos abdominais e intercostais e à incapacidade de depurar secreções; 2) Incapacidade para manter a respiração espontânea, relacionado com a fraqueza dos músculos intercostais; 3) Mobilidade física prejudicada, rel acionada ao comprometimento motor e sensorial; 4) Alterações sensori ais perceptivas, relacionadas ao comprometimento motor e s ensorial; 5) Risco de integridade da pele prejudicada, relacionada a imobilidade e perda s ensorial; 6) Retenção urinária, rel acionado à incapacidade de urinar espontaneament e; 7) Constipação intestinal, relacionado à pres ença de intestino atônico em conseqüência da ruptura autonômica; 8) Dor e des conforto relacionados ao tratamento e a imobilidade prolongada; 9) Disreflexia, relacionado a distenção vesical e/ou intestinal; 10) Dis função sexual, relacionado á dis função neurológica; 11) Adaptação prejudicada, relacionado ao impacto da disfunção sobre a vida cotidiana; 12) Défi cit no auto-cuidado, ao prejuízo neuromuscular. Conclusão: A realização deste estudo possibilitou-nos uma visão mais ampla do contexto que envolve o cuidado ao paciente com lesão medular. Acredita-se ser importante um programa de educação continuada em enfermagem, de modo a garantir a atualização do conhecimento para toda a equipe, das necessidades de cada pacient e e etapa pela qual está passando. - 172 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P165 CONHECIMENTO TEÓRICO DOS GRADUANDOS DE ENFERMAGEM: AVALIAÇÃO PRIMÁRIA NO A.P.H. Paula RA, Faria FJ, Olcerenko DR Hospital Santa Helena / UNIMED Paulistana.; Faculdade de Enfermagem UNISANTOS – Santos/SP; Faculade de Enfermagem UNISA São Paulo/SP Numa situação de urgência e emergência, a vítima não poderá receber os cuidados adequados, se seus problemas não forem corretamente identi fi cados, portanto, a avaliação do paciente é um procedimento utilizado por socorristas para identi ficar possíveis lesões (traumas) e doenças (emergênci as médicas) ou ambas. O presente estudo teve como objetivo identificar o conhecimento teórico dos alunos de graduação de Enfermagem, a cerca da avaliação primária no atendimento pré-hospitalar. Participaram do estudo alunos do 5º semestre de graduação, que haviam tido a dis ciplina Atendimento PréHospitalar no 1º semestre do curso de uma Universidade privada da Cidade de Santos. Trata-se de um estudo descritivo e exploratório, de método quantitativo, realizado por meio de um questionário estruturado. Os dados foram analisados utilizando-se da estatística descritiva os resultados obtidos demonstraram que no geral os alunos dominam o conhecimento teórico sobre a avaliação primária no atendimento pré-hospitalar fixo, mas necessitam de maior conhecimento em rel ação à avaliação primária no atendimento préhospitalar móvel. Palavras chaves: Pré-Hospitalar Móvel; Avaliação primári a; Graduandos de Enfermagem. - 173 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P165e1 TRAUMA CERVICAL PENETRANTE ZONA II – ATUAÇÃO DO SETOR DE FONOAUDIOLOGIA DO HOSPITAL JOÃO XXIII Pereira RA, Paula EB, Drumond DAF Hospital João XXIII Objetivo: Avaliar a prevalência de dis foni a e dis fagia, bem como, seus sinais e sintomas em pacientes com diagnóstico clínico de Trauma Cervical Penetrante Zona II; Correlacionar a severidade do trauma ao grau de comprometimento da dis fagia e dis fonia. Materiais e Métodos: Estudo retrospectivo, descritivo, realizado no período de janeiro a outubro de 2003. Amostra: 12 pacientes de ambos os s exos, com traum a cervical penetrante Zona II (lesões que s e estendem da cartilagem cricóide ao ângulo da mandíbula), encaminhados pel a Clínica de Cirurgia Geral e Trauma do Hospital João XXIII – Rede FHEMIG. A intervenção fonoaudiológica consistiu de anamnese, avaliação perceptivo-auditiva vocal, avaliação funcional da deglutição segundo protocolo do setor de fonoaudiologia e acompanhamento durant e o período de internação. Resultados: Dos 12 pacientes acompanhados pelo serviço de fonoaudiologia, 83,3% (n=10) foram vítimas de lesão penetrante por projétil de arma de fogo (PAF) e 16,6% (n=2) por perfuração por arma branca (PAB). Foram detectadas intercorrências de vias aéreas em 8 pacientes, sendo que 87,5% destas acometeram hipofaringe, seguida por 50% na laringe e 37,5% na traquéia. O sintoma de disfagia foi constatado em 75% da amostra (n=9), configurando-se na m aioria, comprometimento moderado (44,4%). A penetração laríngea e a aspiração traqueal de diet a foi identi fi cada em 5 paci entes (41,6%). Já o sintoma de disfonia foi evidenci ado em 83% da amostra (n=10). A intervenção fonoaudiológica apresentou o número médio de 6 sessões e o tempo médio necess ário para liberação da dieta, incluindo o tempo de dieta oral suspensa e nutrição enteral, foi de 9 dias. Foi possível a liberação das consistências líquida e pastosa para todos os pacientes até o momento da alta hospitalar. A consistência sólida não foi liberada em 42% dos casos, fato justifi cado por fratura de mandíbula que impossibilitava os movimentos mastigatórios e/ou inadaptação funcional da deglutição. Conclusão: Haja vista a relevância dos dados apresent ados, a fonoterapia pode ser indicada em pacient es que apres entam trauma cervical penetrant e Zona II, com o objetivo de reduzir o risco de intercorrências clínicas associadas à dis fagi a e dis fonia, tais como a pneumonia aspirativa. É evidenciada a importância de pesquisas na área descrita para validação cientí fica dos resultados. - 174 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P165e2 PERFIL DOS PACIENTES ATENDIDOS NA TRIAGEM DE ENFERMAGEM DO PRONTO SOCORRO DO INSTITUTO CENTRAL DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS Manhães LS, Saleh CMR, Oya T Divisão de enfermagem do HC -FMUSP A triagem de enfermagem do Pronto Socorro do Instituto Central do Hospital das Clínicas (PS-ICHC) foi cri ada para organizar a demanda espontânea que procura atendimento médico, com intuito de favorecer as reais emergências. O objetivo deste estudo foi conhecer o perfil dos paci entes at endidos pelos enfermeiros na triagem de enfermagem deste serviço. Foram entrevistados 577 pacient es durante o mês de julho de 2002. Os resultados mostraram que há um desvio no perfil dos pacientes que procuraram o serviço de emergência, visto que aproximadamente 50% das queixas apresentadas foram classi fi cadas como não agudas. Este resultado, transparece a situação política de saúde, fazendo com que a população venha a procurar os servi ços de emergência, como meio mais rápido para obtenção de atendimento médico especializado. - 175 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P166 RESULTADOS DO TRATAMENTO CONSERVADOR DE TRAUMATISMO ESPLÊNICO CONTUSO CONDUZIDO POR PROTOCOLO EM SETOR HOSPITALAR DIFERENCIADO Rezende-Neto JB, Nogueira B, Mello B, Marques C, Oliveira RG, Drumond DAF Introdução: O índice de sucesso do tratamento não operatório dos traumatismos esplênicos contusos é próximo de 90%. Além dos fatores inerentes às condi ções clínicas do pacientes, o grau da les ão esplêni ca e a utilização de protocolos especí ficos influenci am o êxito do tratamento. Objetivo: Demonstrar a evolução de pacientes com traumatismo esplênico contuso tratados conservadoramente segundo protocolo pré-estabel ecido. Método: Pacientes est áveis, de qualquer idade, com traumatismo esplênico contuso, admitidos na sala de apoio ao traumatizado (SAT) foram conduzidos de acordo com protocolo especí fico para les ão esplênci a. Resultados: Quarent a pacientes (n=40) entre um de 67 anos (med. 23,5) foram admitidos na SAT, com lesão esplênica entre dezembro de 2002 a dezembro de 2003. Acidente de moto ocorreu mais freqüent emente 22,5%. O RTS médio foi 7,53. A maioria dos pacientes, 82,4%, apresentou lesão graus III e IV. A média de internação destes foi de 6 dias. A pressão arterial sistólica média foi 120mmHg (min 90 e max 160 mmHg). Não houve diferença entre as pressões e o grau da lesão. Febre (TAX 37,8ºC) ocorreu em 45,7% dos pacientes sem relação com o grau da lesão. A temperatura axilar mais alta ocorreu em média no sexto dia de internação. Lesões associadas ocorreram em 55,5% dos pacientes s endo fratura em m embros e de costela à esquerda as m ais freqüentes 22,5%. Hemotrans fusão ocorreu em 2 pacient es ambos com lesão grau III. O valor médio da hemoglobina foi 11,4g/dl. O valor médio da análise sérica foi 56U. Cinco pacientes falharam o tratamento conservador (FTC) e foram operados (RTS médio 7,60); 2 com lesão grau III e 3 com lesão grau IV, sendo que um dos pacientes com lesão grau IV foi a óbito (2,5%). O grau que apresentou maior incidênci a de FTC foi o IV (27,3%). A m édia de internação dos paci entes que FTC foi de 3 dias. Conclusões: O tratam ento não operatório orient ado pelo protocolo proporcionou índice de sucesso de 97,5%, apesar da maioria dos pacientes apres entarem lesões graus III e IV. No entanto, estes mesmos graus de l esão foram responsáveis pela maioria dos casos de FTC. O período de internação de 6 dias foi menor do que a literatura. As FTC ocorreram em média com 3 dias. Lesões associadas não contribuíram para o insucesso do tratamento conservador, nem mesmo a press ão sistólica. A SAT proporcionou ambiente seguro para a condução dos casos. - 176 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P167 TRATAMENTO DO TRAUMA RENAL: CONSERVADOR NÃO CIRÚRGICO VERSUS CIRÚRGICO Motta DC, Scarpelini S, Matias CCMS, Marinho JL, Teixeira VM, Moraes GAS Unidade de Emergência do HCFMRP-USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil. Introdução: A literatura apres enta um grande número de trabalhos acerca das opções terapêuticas para o trauma renal. As comparações entre o tratamento conservador não operatório e o cirúrgi co, muitas vezes demonstram as vantagens da primeira opção. A dúvida que permanece é quais as condições para se estabel ecer o melhor trat amento. Objetivo: Analisar as principais características epidemiológicas e de gravidade dos traum atismos renais atendidos na Unidade de Em ergência (UE) e submetidos a tratam entos distintos em cinco anos consecutivos. Método: Foram analisados, retrospectivamente, os prontuários de 120 paci entes que apres entaram traumatismo renal, atendidos na UE, de 1998 a 2002, os quais permitiam a identificação de características demográfi cas, tipo de trauma, etiologia, tempo de hospitalização, mortalidade e complicações, além da avaliação da gravidade bas eada no OIS, RTS, ISS e TRISS. Os casos foram divididos em 2 grupos: tratamento cirúrgico (grupo A) e trat amento cons ervador não operatório (grupo B). Resultados: Nos dois grupos prevaleceu o sexo masculino, 91,5% (A) e 85,7% (B) e a média de idade foi de 22,9 e 25,5 anos, respectivamente grupos A e B. No grupo A, 35,2% correspondiam a traumatismos fechados e 64,8% a penetrant es, enquanto no grupo B, 83,7% a fechados e 16,3% a penetrant es. A etiologia mais freqüent e de lesões foi: para o grupo A: ferimentos por arma de fogo (FAF) e arm a branca (FAB) 63,3%, para o grupo B: acidentes automobilísticos com 51,5%. A permanência hospitalar foi, em média, 11,2 e 5,4, respectivam ente grupos A e B. As complicações atingiram 49,3% dos pacient es do grupo A, sendo pneumonia e abscessos intra-abdominais os principais, e 10,2% dos pacientes do grupo B, sendo bacteremia a principal. A classi ficação do grau de l esão renal baseada no OIS foi, respectivament e grupos A e B: graus I a III 54,9 e 81,6%; graus IV a V 45,1 e 18,3%. A média dos demais índices de gravidade foi, respectivamente grupos A e B: RTS 6,42 e 7,16; ISS 25,33 e 13,89; TRISS 0,83 e 0,97. A letalida de foi de 20% para o grupo A e 0% para o grupo B. Conclusão: Os índices de gravidade apont aram, em sua maioria, para maior gravidade dos casos do grupo A, justificando a opção ci rúrgica. Contudo o menor número de complicações e a baixa letalidade sugere que o tratam ento conservador deva ser sempre cogitado como primeira opção terapêutica. - 177 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P168 RUPTURA TRAUMÁTICA DA JUNÇÃO URETEROPÉLVICA APÓS TRAUMA ABDOMINAL CONTUSO Azevedo -Filho TV, Starling SV, Rezende-Neto JB, Leal PAON, Alves-Filho V, Oliveira RG Hospital João XXIII FHEMIG Belo Horizonte, MG Introdução: Lesão renal ocorre em aproximadamente 10% dos pacient es com traumatismo abdominal. Obtém-se êxito com o tratamento conservador da maioria das lesões renais. O acometimento da região ureteropélvia causando pequenos extravasam entos de contraste podem regredir espontaneament e ou necessitarem de técni cas minimamente invasivas. Lesões complexas necessitam de tratamento cirúrgico reconstrutor. Objetivo: R elatar caso de ruptura traumática da junção ureteropélvica e revis ar métodos de tratamento. Relato do Caso: Paciente 19 anos, masculino, vítima de queda de motocicleta, atendido 30 horas após trauma com dor abdominal e hemodinamicamente normal. Abdome distendido, doloroso à palpação no dimídio direito e hematúria. US demonstrou líquido livre no espaço hepatorrenal direito e hematoma peri-renal ipsilateral. A TC revelou lesão grau IV do rim direito com extravas amento no nível da pelve renal e hematoma peri-renal ipsilateral. A laparotomia notou-s e col eção de urina nas zonas II di reita e I, parênquima renal preservado e desinserção da pelve renal direita. Realizou-s e pieloplastia e nefrostomia m ais drenagem do retroperitônio peri-renal. Pielografia no 21º DPO demonstrou passagem do contratste pel a regi ão uret eropélvica sem extravas amento. Retirou-se a nefrostomia no 30º DPO. Conclusão: A apresentação e o diagnóstico das lesões urológicas são, com freqüênci a, tardios; mais de 50% delas sofrem atraso de pelo menos 36 horas no diagnóstico. Apes ar disso, a maioria pode ser tratada conservadoramente cont ribuindo para a redução do número de nefrectomias por trauma. As l esões da região ureteropélvica, no traumatismo contuso, ocorrem devido à tensão exagerada no pedí culo renal caus ada por desaceleração do rim, relativamente móvel, em relação uret er, fixo no retoperitôneo. Hematúria ocorre em apenas 60% dos pacientes, mas, a combinação de hematúria e mecanismo de desaceleração denunciam lesão ureteropélvica em 90% dos casos. A TC é o método usual para diagnóstico. A maioria das lesões ureteropélvicas são parciais, sendo tratadas com o posicionamento de stents por 6 a 8 s emanas. Rupturas complet as requerem anastomose e colocação de stent na pelve renal e no ureter. Nefrostomia, como no presente caso, ou a ureterocalicostomia, embora sejam utilizadas com menor freqüência, são valiosas diante de lesões de difícil reconstrução. - 178 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P169 CORRELAÇÕES ENTRE A INDICAÇÃO DE ESTUDO RADIOLÓGICO E A GRAVIDADE DO TRAUMA RENAL CONTUSO Nadai TR, Nunes MCM, Bezerra IM, Carvalho JB, Per eira Jr GA, Scarpelini S Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo - Ribeirão Preto - São Paulo Introdução: A hematúria microscópica é um pobre indicador de lesão renal significant e e que a investigação radiológica do trauma renal é recomendada para todos os pacientes que apres entam hematúria macroscópica ou hematúria microscópica com choque circul atório. O grau de hematúria não se correlaciona com a gravidade da les ão renal e, principalmente, em l esões do pedículo renal pode não haver hematúria macros cópica. A TC é o método de imagem que melhor define a lesão renal e sua extensão. Objetivo: Nos pacientes com suspeita de trauma renal submetidos a tomografia computadorizada, avaliar a presença ou ausênci a de hem atúria m acros cópica como indicador de estudo radiológico, correlacionando-os com a gravidade da lesão renal. Metodologia: No levant amento retrospectivo dos 256 casos de trauma renal contuso atendidos nos últimos 15 anos (1989-2003) na Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medi cina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo foram pesquisadas as indicações de estudo radiológico nos pacientes que realizaram tomografia computadorizada e o estadiamento da les ão renal pela Organ Injury Scaling (lesões minor = graus I a III e l esões major = graus IV e V). Resultado: Nos 256 casos de trauma renal contuso atendidos, 164 deles (64,1%) apresentavam hematúria macroscópica. Destes, 89 casos (54,3%) foram submetidos a TC. O estadiamento da Organ Injury Scaling mostrou a seguinte distribuição: grau I 23, grau II - 20, grau III - 16, grau IV - 24 e grau V - 6, ou seja, 59 lesões minor e 30 l esões major. Nos 256 casos de traum a renal contusos atendidos, 92 deles (35,9%) não apresent avam hematúri a macros cópica, sendo que destes, 24 (26,1%) realizaram a tomografia computadorizada. O estadiam ento mostrou a seguinte distribuição: grau I - 14, grau II - 8, grau III - 1 e grau V 1, ou seja, 23 lesões minor e 1 lesões major. Conclusão: A presença de hematúria m acros cópica é o principal indício de trauma renal. Nos pacientes com estabilidade hemodinâmica que não apresent am hematúria m acros cópica e cujo mecanismo de trauma não sugere grande desaceleração é seguro que não se faça a investigação radiológica destes paci entes na suspeita de trauma renal. - 179 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P170 EPIDEMIOLOGIA DOS TRAUMAS RENAIS ATENDIDOS NA UNIDADE DE EMERGÊNCIA DO HCFMRP-USP Matias CCMS, Scarpelini S, Marinho JL, Teixeria VM Unidade de Emergência do HCFMRP-USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil Introdução: O traum a renal é freqüentement e associado a quedas, acidentes de transporte e ferimentos penetrantes. Nos últimos anos a sua abordagem tem sido modificada, passando, cada vez mais, a ser embasada no tratam ento conservador. Objetivo: Analisar as principais características epidemiológicas e de gravidade dos t raumatismos renais atendidos na Unidade de Emergência (UE) ao longo de 5 anos consecutivos. Método: Foram analisados, retrospectivamente, os prontuários de 120 paci entes que apres entaram traumatismo renal no período de 1998 a 2002. Foram identi ficadas as características demográfi cas, etiologia (s egundo o CID Capítulo XX) e gravidade (OIS, RTS, ISS E TRISS). Resultados: Dos 120 pacientes atendidos no período, 89,2% eram do sexo mas culino e a média de idade foi de 24 anos. 55% dos casos foram decorrentes de traumatismos fechados e 45% a traumatismos penetrantes. Os acidentes de transporte foram responsáveis por 40% dos casos, enquanto 38,3% foram decorrent es de armas de fogo. O tratamento ci rúrgico foi o mais empregado, 58,3%, enquanto o conservador (não cirúrgico) correspondeu a 40,8% dos casos. A permanência hospitalar foi em média 8,8 dias. As lesões do órgão foram classi ficadas (OIS) entre os graus I a III em 65,9%, e entre os graus IV e V em 34,1%. As médias dos outros índices de gravidade foram: RTS=6,71; ISS=20,66 e TRISS=0,883. Conclusão: A análise retrospectiva dos traumatismos renais atendidos na UE permitiu a identi ficação do sexo masculino e da faixa etária precoce como população mais atingida, bem como a predominância de traumatismos fechados em relação a penetrant es e da opção pelo tratam ento cirúrgico em relação a conservador. - 180 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P171 MORTALIDADE NO TRAUMA RENAL: CASUÍSTICA DE CINCO ANOS DA UNIDADE DE EMERGÊNCIA DO HCFMRP-USP Marinho JL, Scarpelini S, Teixeira VM, Matias CCMS Unidade de Emergência do HCFMRP-USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil. Introdução: A avaliação da qualidade do atendimento ao t rauma t em sido muito debatida, sobretudo na literatura internacional. A análise crítica dos óbitos ocorridos em cada serviço é parte fundamental da busca desta qualidade. Objetivo: Avaliar as características clínicas e epidemiológicas das vítimas fatais, com diagnóstico de trauma renal, atendidas na Unidade de Emergência (UE) durante 5 anos cons ecutivos. Método: Foram analisados, retrospectivamente, prontuários de pacient es que evoluíram com óbito e que apres entaram trauma renal, atendidos na UE entre 1998 e 2002, identi ficando características epidemiológicas, clínicas, da lesão renal (OIS) e da gravidade do trauma (ISS, RTS e TRISS). Resultados: Do total de 120 casos de trauma renal, foram observados 14 óbitos (11,7%). Destes, 50% foram decorrentes de trauma fechado (todos por acidentes de transporte) e 50% de trauma penetrant e (todos por arma de fogo). A média das idades dos óbitos foi de 21,8 anos e 85,7% dos paci entes eram do sexo m asculino. As médias dos índices de gravidade foram: RTS de 4,45, ISS de 28,07 e TRISS de 56,86%. Todos os 14 óbitos receberam trat amento cirúrgico na UE. A classi ficação OIS para trauma renal foi: nenhum caso com grau I; 35,7% (5) dos casos grau II; 35,7% (5) dos casos grau III; 7,1% (1) dos casos grau IV, e 21,4% (3) dos casos grau V. Quatro pacient es (28,6%) foram internados em CTI, com uma média de permanência at é o óbito de 16,2 dias. Cinco óbitos (35,7%) ocorreram no Centro Cirúrgico, poucas horas após a admissão. O volume médio de trans fusões sangüíneas foi de 3.562,5ml. O intervalo de tempo médio entre a admissão e a cirurgi a foi de 53 min, e a permanência hospitalar de 6,6 dias. Conclusão: A análise dos índices de gravidade e da etiologia demonstra a grande complexidade dos casos, assim como a relação com a violência urbana. O ISS acima de 28 sugere um grande número de lesões associadas, não permitindo afirmar a respons abilização do trauma renal como o único causador dos óbitos. - 181 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P172 TRAUMA RENAL FECHADO: A EXPERIÊNCIA NO TRATAMENTO CONSERVADOR NÃO OPERATÓRIO EM CINCO ANOS DE CASUÍSTICA Marinho JL, Scarpelini S, Teixeira VM, Matias CCMS Unidade de Emergência do HCFMRP-USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil. Introdução: Atualmente, a abordagem conservadora não operatória t em sido indicada principalmente para as lesões renais de graus I a III (OIS), seguindo a avaliação clínica e tomográfica. Porém, ainda há controvérsias quanto ao tratamento das lesões graves. Objetivo: Apres entar a experiência da Unidade de Emergência (UE) do HCFMRP-USP no tratamento conservador nãooperatório dos traumas renais fechados em 5 anos cons ecutivos. Casuística e Método: Analisamos, retrospectivamente, pacientes com trauma renal fechado, atendidos na UE entre 1998 e 2002 e tratados de maneira conservadora não operatória. Foram identi ficadas as características epidemiológicas, clínicas, gravidade da lesão renal (pelo OIS), da gravidade do trauma (ISS, RTS e TRISS) e complicações. Resultados: Dos 66 traumas renais fechados identi ficados, 41 casos foram trat ados de modo conservador não operatório (62,1%). Destes, 85,4% eram do sexo mas culino. A média das idades foi de 26 ± 15,1 anos (máximo de 80 e mínimo de 7 anos). A etiologia seguiu a distribuição: 9 (22,0%) motociclistas, 9 (22%) por golpes, 8 casos (19,5%) por atropelamento, 7 (17,1%) ocorreram por quedas, 4 (9,8%) ciclistas e 4 (9,8%) por colisão entre veículos. As médias dos índices de gravidade foram: RTS de 7,16, ISS de 14,17, e TRISS de 95,0%. A classi ficação OIS para traum a renal foi: 12 casos (29,3%) grau I; 11 (26,8%) grau II; 10 (24,4%) grau III; 8 (19,5%) grau IV, e nenhum caso grau V. Não ocorreram óbitos no grupo estudado. 90,2% (37) dos casos não apres entaram quaisquer complicações clínicas. A média de permanência hospital ar foi de 5,4 dias, variando de 0 a 27 dias. Conclusão: A experiência da UE demonstra a eficáci a do tratamento conservador não operatório em traum as renais fechados, principalmente em l esões de graus I a III. Embora em menor número, obtive-se sucesso, também, em casos de lesões grau IV. As lesões grau V, em nossa casuística, não foram passíveis de abordagem conservadora. - 182 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P173 TRAUMA RENAL: ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE TRAUMAS FECHADOS E PENETRANTES Teixeira VM, Scarpelini S, Marinho JL, Matias CCMS Unidade de Emergência do HCFMRP-USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil. Introdução: As diferenças clínicas e anatômicas entre o trauma renal fechado e penetrante têm sus citado propostas distintas de tratamento. O tratam ento conservador est á bem est abelecido para as lesões fechadas e é questionado para o ferimento penetrante. Objetivo: Comparar as principais características epidemiológicas, gravidade de les ão, opções terapêuticas e complicações do trauma renal fechado e penetrante, atendidos na Unidade de Emergênci a (UE) em cinco anos consecutivos. Método: Foram analisados, retrospectivam ente, todos os prontuários de trauma renal, atendidos na UE, no período de 1998 a 2002. Foram criados 2 grupos para análise: trauma fechado (grupo A) e trauma penetrante (grupo B). Resultados: Houve predomínio do sexo masculino nos dois grupos com 81,8% e 98,1%, grupos A e B respectivamente. A média das idades foi de 24,9 (grupo A) e 22,8 (grupo B). A gravidade da lesão renal (OIS) teve a seguinte distribuição: para o grupo A I (21,2%), II (31,8%), III (19, 7%), IV (16,7%) e V (10,6%), e para o grupo B I (7,4%), II (20,4%), III (29,6%), IV (31,5%), V (11,1%). As médias dos índices de gravidade foram, respectivam ente grupos A e B: RTS 6,55 e 6,92; ISS 18,82 e 22,92; TRISS 0,88 e 0,88 e OIS 2,63 e 3,18. A letalidade foi de 10,6% para o grupo A e de 13% para o grupo B. As complicações mais freqüentes foram: a pneumonia (17,1%) no grupo A e a sepse (21,7%) no grupo B. O tratamento cirúrgico foi instituído em 37,9% dos casos no grupo A e 83,3% no grupo B. A média de permanência hospitalar foi de 8,7 e 9 dias, respectivamente grupos A e B. Conclusão: Em ambos os grupos o adulto jovem prevaleceu como principal vítima, contudo os índices de gravidade mais elevados nos ferimentos penetrantes, possivelmente justifiquem a maior letalidade e a adoção de tratamento ci rúrgico como principal terapêutica para este tipo de lesão. - 183 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P174 IMPACTO DAS LESÕES TRAUMÁTICAS ASSOCIADAS DIAGNOSTICADAS NA TOMOGRAFIA COMPUTADORI ZADA NO TRATAMENTO DO TRAUMA RENAL Nunes MCM, Nadai TR, Bezerra IM, Malzone DA, Per eira Jr GA, Scarpelini S Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo - Ribeirão Preto - São Paulo Introdução: A TC é um exame que permite melhor definição e estadiam ento da lesão renal, podendo ainda, identi fi car lesões associadas. Possui acurácia de 98%, sendo um exame muito sensível para indicar a presença de pequenos extravas amentos, lesões vasculares, lacerações do parênquima e segm entos avasculares. Objetivo: avaliar a pres ença e localização das lesões traumáticas associadas nos casos de paci entes com suspeita de trauma renal que foram submetidos ao estadiamento tomográfico, di ferenci ando os traumas renais minor e major e o impacto na definição do tratamento cons ervador ou cirúrgico. Metodologia: No levantam ento retrospectivo dos 127 casos de trauma renal atendidos e submetidos ao estadiamento tomográfico nos últimos 15 anos (1989-2003) na Unidade de Emergênci a do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo foram pesquisadas a presença ou não e a localização das lesões traumáticas associadas di agnosticadas na tomografi a computadorizada, comparando as lesões minor (graus I a III) e lesões major (graus IV e V) e o tipo de tratamento utilizado. Resultado: Nos 127 casos de trauma renal atendidos e submetidos ao estadiamento tomográfi co, 58 (62,4%) das lesões minor e 15 (44,1%) das l esões major foram lesões renais isoladas. Destes, 8 pacientes (11%), sendo 3 lesões minor e 5 lesões major, foram submetidos ao tratamento cirúrgi co, sendo realizadas 5 nefrectomias totais (62,5%). Foram diagnosticadas lesões associ adas em 35 pacient es (37,6%) com lesões minor e 19 (55,9%) com lesões major. Destes, 9 pacientes (16,7%), sendo 6 lesões minor e 3 lesões major foram submetidos a cirurgia devido às lesões associadas, sendo realizado também 2 nefrectomias totais. Os órgãos intraabdominais com lesões associadas m ais freqüentes foram o baço (45,3%) e o fígado (32,15%). Conclusão: A presença de lesões intra-abdominais diagnosticadas na tomografi a computadori zada durant e o est adiamento da lesão renal é m ais comum em lesões renais m ajor. A presença dess as lesões associadas podem influenciar na decisão terapêutica, no entanto, a grande maioria dos casos pode ser tratada sem a necessidade de cirurgia. - 184 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P175 HEMATOMA RETROPERITONEAL POR TRAUMATISMO ABDOMINAL FECHADO. RELATO DE CASO Motta DC, Scarpelini S, Cardoso JB, Stracieri LDS, Gomes MA Unidade de emergência do HC FMRP - USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil. Introdução: As lesões retroperitoneais geralmente agravam o prognóstico em politraumatizados e seu diagnóstico deve ser cogitado em pacientes com trauma fechado e sobretudo em ferimentos penetrantes. A conduta frente aos hematomas retroperitoneais di fere consideravelment e, na dependência dos mecanismos do trauma, estado hemodinâmico, localização e lesões associadas. Objetivos: Relatar um caso de hematoma retroperitoneal por traumatismo fechado de abdom e com apresent ação t ardia. Material e Métodos: Revisão de prontuário, revisão bibliográfi ca, documentação fotográfica. Relato do caso: Paciente de 29 anos, masculino, com dor abdominal localizada no mesogástrio, anorexia, náuseas e vômitos. Relato de agressão há 2 meses, com vários golpes em região abdominal, evoluindo desde então com os sintomas descritos, que se agravaram progressivam ente. Ao exame, mostrava-se pálido, hemodinamicament e compens ado, fácies de dor intensa, emagrecido, desidratado (+++/4), ictérico (+++/4), sem febre. Presença de edema frio e indolor de membros inferiores at é coxas. O abdome era tenso, voluntariament e, doloroso à palpação profunda em meso e epigástrio, ruídos hidroaéreos present es, sem sinais evidentes de irritação peritoneal. Referia eliminação de gases e fezes. Exames l aboratori ais alterados: Hb = 7,2; Ht =15%; Bilirrubinas totais = 14 (com predomínio de diretas). A TC revelou volumosa lesão expansiva peri pancreática com preservação do contorno do pâncreas, rechaçando vísceras adjacentes e a US com Doppler demonstrou compressão da veia cava. Foi indicada laparotomia sendo encontrado hematoma retroperitoneal organizado em zona 1 (central superior) o qual foi explorado, com saída de grande quantidade de coágulos. Sem outras lesões. O paciente evoluiu com normalização dos níveis de bilirrubina, remissão do edema de membros inferiores, persistindo apenas com íleo prolongado. Alta hospitalar no 12º dia de pós-operatório. Discussão: Comprometimento retroperitoneal rel acionado a traum atismos pode evidenciar-se pela presença de hematoma de evolução lent a, levando a sintomas compressivos, exigindo exploração cirúrgica. Esta pode não evidenciar sangramento ativo e uma das causas do sangramento inicial pode estar relacionada com a ruptura traumática do músculo Psoas. A evolução pós-operatória pode cursar com íleo prolongado. Deve-se est ar atento a possíveis complicações como abscessos e ressangramento no pós-operatório. - 185 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P176 FRATURA DO PÊNIS COM LESÃO URETRAL – RELATO DE CASO E REVISÃO DE LITERATURA Guerra FAT, Custódio DS, Camilo TA, Lorenzini AM, Ramos MF Serviço de Urologia do Hospital Felício Rocho – Belo Horizonte – MG Introdução: Apesar de ser uma entidade relativament e freqüente apenas cerca de 300 casos de fratura peniana são descritos na literatura. Apres entamos um caso de fratura peniana durante coito com lesão de uretra associada e realizamos extensa revisão da literatura acerca do tema. Discussão: Durante a relação sexual a espessura da túnica vaginal reduz- se consideravelmente, o que favorece s eu rompimento após traumas relativam ente simples. A lesão associada de uretra constitui-se em entidade pouco comum, acomet endo cerca de 10% das fraturas peni anas. Conclusão: O tratamento da fratura peniana realizado precocemente está associ ado a menores índices de dis função erétil. A lesão uretral deve ser lembrada como entidade associada a ess e tipo de trauma. - 186 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P177 TRATAMENTO DO PSEUDOCISTO DE MOREL-LAVALLÉE APÓS TRAUMATISMO CONTUSO – RELATO DE CASO Rezende-Neto JB, Neves FAC, Cançado RH, Oliveira RG Equipe Trauma-One Hospital Mater Dei, Belo Horizonte, MG Introdução:Lesões dos tecidos moles são comuns em pacientes politraumatizados e podem resultar na formação de col eções do tipo pseudocisto de Morel -Lavallée. Objetivo: Relatar um caso de pseudocisto de Morel-Lavallée e conduta adotada. Relato do Caso: Paciente do sexo feminino, 62 anos, vítima de acidente automobilístico (capotamento) quatro meses antes do di agnóstico. O acidente provocou fraturas do ísquio esquerdo e do quarto ao sétimo arcos costais ipsilateral, com contusão pulmonar e hemotórax. Houve lesões corto contusas na região frontal e pé esquerdo, além de hematoma na região trocant érica esquerda (RTS = 7,47; ISS = 22; TRISS =.92). A paciente evoluiu com formação de coleção líquida (350 cm3 ), dolorosa, na topografia do trocânter mairo esquerdo. Foi realizado um total de seis punções (a primeira guiada por ultra-sonografi a), a cada sete dias, com intuito de esvaziar completamente a coleção. Obterve-se inicalmente líquido sero-hemorrági co e em seguida s eroso sem bactéri as. Não havendo êxito com punções repetidas optou-se pela intervenção cirúrgica onde notou-se necroso focal do tecido adiposo adj acent e às paredes laterais do pseudocisto, as quais foram dissecadas do tecido adiposo normal circunjacente. Não havia plano de clivagem entre o assoalho do ps eudocisto e a aponeuros e do músculo tensor da fascia lata, portanto, a região foi es cari fi cada com bisturi. Em seguida, suturou-se o tecido adiposo norm al remanes cente sobre a área escari fi cada e procedeu-se à drenagem por aspiração contínua. O exam e histológico da peça cirúrgica demonstrou parede fibrosa com proli feração vascular e infiltrado inflam atório crônico. A superfí cie interna era revestida por substância fibrinóide, firbinoleucocitária e sangue. Não havia sinais de neoplasia. Conclusão: Morel-Lavallée descreveu a form ação de pseudocisto póstraumático no tecido subcutâneo pela primeira vez em 1853. A incidência do pseudocisto de Morel -Lavallée é maior no sexo feminino, talvez porque as mulheres acumulam mais tecido adiposo na região da nádega e raiz da coxa. O mecanismo fisiopatológico envolve a ruptura dos septos do tecido adiposo dani ficando a ancoragem deste à pel e. Assim, forma-se uma cavitação na qual a migração de gordura, s angue e linfa são encapsulados. Pelo fato de não haver plano de clivagem entre o assoalho do pseudocisto e o tecido subjacente, é fundamental a es cari fi cação deste, visando criar superfície absortiva mais efi caz. - 187 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P178 ESTRANGULAMENTO PENIANO POR ANEL DE AÇO: COMO TRATAR? Melo GVR, Fáscio Jr. FN, Paiva CS, Bernardo PLA, Luporini RL, Portes TA Depto. de Cirurgia e Serviço de Urologia do Hospital de Base da FAMERP Introdução: Relatamos um caso de encarceram ento peniano por anel metálico, necessitando da utilização de alicate pneumático para sua retirada. Relato de Caso: Um homem de 44 anos de idade, cas ado, deu entrada no serviço de Urologia do Hospital de Base com história de, há três dias, ter colocado um anel de rolamento metálico na base do pênis, sem ter conseguido retirá-lo. O pênis apresentava-s e extremament e edemaciado, acianótico, com anel metálico em sua bas e promovendo presença de es caras, não havia dor e urinava sem di ficuldades. Para retirada do anel, o paciente foi submetido a raquianest esia e sedação, sendo utilizado alicat e pneumático de alta pressão cuja intensidade foi control ada por al avanca manual de alta precisão, resultando na fragmentação do rol amento em três partes e sem haver lesão do órgão, num tempo inferior a 1 minuto. Discussão: Em seu artigo de revisão van Ophoven e de Kernion (2000), mostraram que a inserção de corpo estranho aplicado no pênis foi rel atada pela primeira vez em 1755 por Gautier, e isso desafia a imaginação e inclui todo o tipo de objeto. Michel Mooreville e Menachem Meller referem que o material pres ente no encarceram ento peniano geralment e é espesso requerendo ferrament as industriais para removê-los. O caso em questão se tratava de uma les ão em grau 2 em que se encontrou lesão de pele sem evidênci a de lesão de uretra. Hoje vári as técnicas são utilizadas para a retirada de corpo estranho do pênis, como serrar o anel metálico, utilizando-se de furadeira de alta rotação com broca diam antada ou serras denteadas, e esqueletização do pênis com retirada do anel. Em nosso serviço, após rever essa literatura e certi fi car-se que dispúnhamos de todas esses recursos, foi primeiro tent ado a utilização de alicat e pneumático de alta pressão, sendo efetivo no tratamento em questão e mostrando-se como uma boa solução para o problema, pressuposto que o material do anel não deforma, mas sim quebra (fragment a) quando submetido a grandes pressões. Conclusão: Após classificação do tipo de lesão apres entada pelo paciente e reconhecimento do tipo de anel metálico responsável pelo estrangulam ento peniano, concluímos que a retirada do mesmo com a utilização de alicate pneumático é uma boa alternativa para o trat amento da injúria em questão, visto que é de rápida execução, evita intervenções ci rúrgicas agressivas e conseqüentem ente diminui o risco de morbidades e previne complicações inerentes às cirurgi as penianas. - 188 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P179 LESÃO POR EMPALAMENTO – RELATO DE CASO Rezende-Neto JB, Lopes RLC, Barroso MB, Oliveira RG, Babo PR, Drumond DAF Hospital João XXIII FHEMIG Belo Horizonte, MG Introdução:Lesões por empalamento ocorrem quando objetos alongados atravess am cavidades corporais ou as extremidades, permanecendo muitas vezes, in situ até o atendimento médico. O tipo de lesão produzida assemelhase tanto aos traumatismos penetrantes como os contusos, tal a intensidade da energia necessárias para produzir as lesões. A literatura médica sobre o assunto é escassa, com métodos de tratamento baseado em experiências individuais. Objetivo: Relatar um caso de empalamento e revis ar as particularidades do tratamento. Relato do Caso: Paciente masculino, 45 anos, trabalhava es cavando cisterna com ferramenta de met al, cilíndrica, pontiaguda, de 2,5 m de comprimento e 7 cm de espessura, sofreu queda de aproximadament e 3 m sobre a ferram enta, que se encontrava fincada no fundo da cisterna. Devido ao tamanho e a localização do objeto, o paciente foi transportado ao hospital em decúbito ventral, com colar cervical e oxigênio por máscara facial. (RTS=7,83; ISS=29;TRISS=98). À retossigmoidoscopia, observou-se lesão trasnmural do reto, de aproximadamente 3 cm, que à laparotomia medi ana, acometia somente a porção extra-peritoneal. Realizouse sigmoidostomia em alça com lavagem do coto dista. Alta hospilar ocorreu no 10º dia. Conclusão: Os empalamentos são divididos em 2 tipos: Tipo I: resulta do impacto do corpo contra um objeto imóvel. São freqüent es em indivíduos que sofrem quedas em “ canteiros de obras”. Não é raro ocorrer também em acidentes automobilísticos quando há ejeção de ocupant es do veículo, os quais são empalados por objetos à beira da via. Tipo II: resulta do impacto de um objeto em movimento contra o corpo estacionário. A maioria destas lesões ocorre na região anogenital como resultado de pervers ão sexual ou estupro. Medias específicas devem ser tomadas nas várias etapas do tratamento de pacientes de empalamento. O objeto causador deve ser manipulado o mínimo possível, caso seja muito grande, poderá ser seccionado próximo do nível da pele para facilitar o transporte do paciente. A retirada do objeto no local não deve s er feita e exames de imagem pré e per-operatórios servem para orientar a t ática cirúrgica. A realização de incis ão tipo “ fistulotomia”, conectando os locais de entrada e saída do objeto, pode ser empregada. São fundamentais os cuidados com a ferida caus ada pelo objeto, incluindo desbridamento e lavagem rigorosos além de trocas diárias de curativos e antibióticos. - 189 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P180 ABORDAGEM NUTRICIONAL NA PANCREATITE TRAUMÁTICA Lucena OCFN, Macedo S, Amorim J, Calou E, Gomes B, Melo B, Mayumi C Serviço de Cirurgia Geral e do Trauma – Hospital da Restauração, Reci fe–PE Introdução: A pancreatite traum ática é uma entidade distinta, bem definida, que se origina após lesão localizada da glândula provocada por manus eio cirúrgico, traumas contusos ou abertos que não provocam solução de continuidade no parênquima. Não apres enta exteriorização imediata ao trauma e com o diagnóstico retardado pode evoluir para complicações. A utilização da CPER parece está contribuindo com o aumento das pancreatites traumáticas. A preocupação nutricional faz parte na conduta desses pacientes já que muitos apresentaram vários dias para a normalidade enzimática da glândula lesada. A evolução para a desnutrição é mandatória quando não utilizado o suporte nutricional. Objetivo: Avaliar o início da nutrição nos pacientes com pancreatite traumática rel acionando com a forma do acesso nutricional e a gravidade da doença. Método: Método ret rospectivo. Foram avaliados os prontuários dos pacient es com diagnóstico de pancreatite traumática tratados por um dos autores entre janeiro 2002 e janeiro 2004. Teve como objetivo a correlação etiológica, idade, índice de gravidade (RANSON, APACHE e RTSI), acesso nutricional e o início da diet a. A morbimortalidade foi inferida com os índices e rati ficada na observação. Resultados: O estudo demonstrou 6 pacientes (3masc / 3 fem) com a idade variando de 22 a 72 anos (m édia – 46,6). Quanto a etiologia: pós-CPER (1), pós-operatório (3), trauma contuso (2). Todos apresentavam Glasgow > 3 e APACHE > 8 (pancreatite aguda severa). OCTSI (CT severity index) também foi utilizado e apresentou valores que variou de 2 a 9 (média = 6), isto é, com a morbimortalidade média de 35%. A nutrição parenteral foi mandatóri a em todos (100%), No entanto, o acesso ao trato digestório ocorreu simultaneamente em 90% dos casos. A jejunostomia (2 casos) e a SNE (2 casos) foram utilizadas. Em apenas 1 caso a NPT foi exclusiva. Não foi utilizado octreotídeo em nenhum caso. O óbito ocorreu em 2 casos (pósCPER e um dos casos do pós-operatório: 72 a e CTSI de 9). Conclusão: A preocupação nutricional naqueles pacientes que sabidamente apres entaram grande gasto energético (trauma, infecção) deve fazer parte do pens amento do cirurgião que aborda as l esões traum áticas do pâncreas para tentar diminuir a complicações metabólicas – nutricionais tão comum nesses pacientes complexos. - 190 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P181 LESÃO URETERAL BILATERAL POR PROJÉTIL DE ARMA DE FOGO Felicio OSC, Borges AM, Raphe R, Felicio HSC, Costa RR, Lopes JB Divisão de Cirurgi a do Trauma e Emergência Hospital Municipal do C ampo Limpo, São Paulo-SP As lesões de ureter por proj étil de arm a de fogo(PAF) são raras, acometem o ureter unilateralmente em 2,2 a 5% dos casos. A les ão ureteral bilateral geralmente é iatrogênica e não é relatada na literatura secundári a a PAF. Relatar um caso de lesão ureteral bilat eral por PAF de diagnóstico tardio. Paciente EAS, 22 anos, masculino. Deu entrada no pronto socorro vítima de múltiplos ferimentos por PAF em dorso. Foi atendido conforme os conceitos do ATLS e submetido a exploração cirúrgica do abdômen. Durant e ato cirúrgico foi encontrada lesão seromuscular na transição reto-sigmóide. O retroperitônio não foi explorado devido a ausênci a de hematomas ou col eções visíveis. Evoluiu com anúria, distensão abdominal e elevação dos níveis de uréia e creatinina. Foi realizada tomografia computadorizada evidenciou a presença de contraste livre na cavidade peritoneal através da análise de densidades. Indicada nova laparotomia com identifi cação de lesão ureteral distal bilateral. Realizado reimplante direto ureteral bilateral com molde. O paciente evoluiu com queda progressiva dos níveis de uréia e creatinina. O trauma ureteral é de di fícil reconhecimento e 50% dos casos tem diagnóstico tardio. O reimplante ureteral direto representa uma adequada solução. Obs: este resumo deverá substituir o ant erior, conforme ori entação recebida por email. - 191 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P182 A ASSOCIAÇÃO DE LESÃO DO TRATO URINÁRIO COM LESÕES COLOPROCTOLÓGICAS POR PROJÉTIL DE ARMA DE FOGO INFLUENCIA NO TRATAMENTO CIRÚRGICO? EXPERIÊNCIA DE 142 CASOS Spagnul SJT, Filho DR, Cavalcante AG, Dantas FP, Mendes JMR Fundação Educacional Serra dos Órgãos – Teresópolis/RJ Objetivo: Analisar se a pres ença de lesões associadas influencia na decisão do reparo primário das estruturas do aparelho urinário nas lesões penetrantes de abdome por PAF. Método: Estudo retrospectivo, com 142 casos de trauma abdominal por PAF com envolvimento do trato urinário, no período de janeiro/95 a dezembro/00. Os doentes foram separados em 2 (dois) grupos, aqueles com les ão colorretal associada (G 1) e sem les ão colorretal associada (G 2). A idade variou de 10 a 57 anos. Resultados: No G1 houve 53 pacientes (37,3%), sendo que 31 apres entaram lesão renal (37,3% de todas as lesões renais), 16 lesão vesical (37% de todas as lesões de bexiga) e 6 lesão de ureter (33,3% de todas as lesões ureterais). As lesões renais foram tratadas com nefrectomia total em 45,2% dos casos, nefrectomia parcial em 6,3% dos casos e apenas rafi a da les ão em 48,4% dos casos. Nas lesões ureterais 2 casos foram tratados com uret eroneocistostomia e 4 casos com anastomose términoterminal. Todas as lesões vesicais tiveram apenas reparo com rafi a primária. As lesões de intestino grosso foram t ratadas com rafi a primária em 47% dos casos e com colostomia proximal em 49% dos casos. Quando comparado com G2, onde as lesões renais foram tratadas com nefrectomia total em 41,9%, nefrectomia parcial em 6,3% e rafia da les ão em 51,8% não houve di ferença estatística significativa (p > 0,05). Discussão: A reconstrução do trato urinário quando associado a lesões colorretais é controversa e raramente se encontram lesões isoladas. A presença de fístula Reno-colônica complicando o pósoperatório de reparo primário do intestino grosso após lesão abdominal por PAF foi descrita por Melvim3. Velmahos defende que quando há lesão ureteral associada a traumatismo abdominal com les ão de intestino grosso, a anastomose primária não deve ser realizada1. A lesão ureteral é uma importante causa de necros e e fístula complicando o trauma geniturinário. Em nosso estudo não foi observada di ferença signifi cativa de G1 com G2, no que tange às complicações imediatas. Conclusão: Nosso estudo demonstrou não haver di ferenças signi ficativas nas t axas de complicações quando avaliados pacientes com trauma geniturinário acompanhados ou não de l esão colorret al e concluímos que o reparo adequado das estruturas do trato urinário não deve ser alterado pel a presença de lesão colorretal associadas. - 192 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P183 SUCESSO NO TRATAMENTO CONSERVADOR NÃO OPERATÓRIO DO TRAUMA RENAL PENETRANTE: 12 CASOS Nunes MCM, Nadai TR, Bezerra IM, Malzone DA, Per eira Jr. GA, Scarpelini S Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo - Ribeirão Preto - São Paulo Introdução: O tratamento não-operatório para lesões de órgãos parenquimatosos em casos de trauma abdominal contuso e para casos selecionados de ferimentos por arm a branca, encorajou a mesma conduta em pacientes com ferimentos por arma de fogo. Apes ar do risco de lesão associada em mais de 95% dos casos, tal condut a passou a s er adotada no subgrupo de pacientes sem penetração da cavidade peritoneal, que algumas vezes pode ser clinicam ente óbvia e, outras vezes, requer a confirmação através de exames de imagem, particularmente, a tomografia computadorizada. Objetivo: Avaliar os casos de pacientes com trauma renal penetrant e que foram submetidos a estadi amento tomográfico e tratados s em cirurgia. Metodologia: No levantamento retrospectivo dos 118 casos de trauma renal penetrant e atendidos nos últimos 15 anos (1989-2003) na Unidade de Emergênci a do HC da FMRP-USP foram pesquisados os pacientes com lesões penetrantes que realizaram TC, tiveram as lesões renais estadiadas pela Organ Injury Scaling (l esões minor = graus I a III e lesões major = graus IV e V) e foram tratados sem cirurgia. Resultado: Nos 118 casos de traum a renal penetrante, 12 deles (10,2%), igualmente divididos entre ferimentos por arm a branca e arma de fogo, foram submetidos a TC devido a falta de sinais óbvios de peritonismo, proximidade da loja renal e presença concomitante de hematúria macros cópica (66,7%). O estadiam ento da Organ Injury Scaling mostrou a seguinte distribuição: grau I - 1, grau II - 3, grau III - 6, grau IV - 2, ou sej a, 10 lesões minor e 2 lesões m ajor. Todos os pacientes foram submetidos, com sucesso, ao tratamento conservador não operatório com t empo médio de internação de 3,5 di as. Conclusão: No tratamento não operatório em casos selecionados de traum a renal penetrante, o adequado est adiamento tomográfico da extens ão da lesão renal e a exclusão de outras l esões intra-abdominais associadas têm papel fundam ental na segurança para a condução dos casos. Embora esta modalidade de tratam ento tenha sido mais comumente adotada em casos de ferimentos por arma branca, por haver menos lesões intra-abdominais associadas e menor necessidade trans fusional, é também s egura em casos sel ecionados de traum a renal por arma de fogo. - 193 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P184 TRAUMA RENAL PENETRANTE: ANÁLISE DE 5 ANOS DE ATENDIMENTO NA UNIDADE DE EMERGÊNCIA DO HCFMRP-USP Teixeira VM, Scarpelini S, Marinho JL, Matias CCMS Unidade de Emergência do HCFMRP-USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil. Introdução: A lesões penetrantes do abdome tem aumentado proporcionalment e ao cres cimento da violência urbana no Brasil. Em Ribeirão Preto, as agressões interpessoais, em especial ferimento por arma de fogo, se tornaram a principal causa de óbito no ano de 1995. Objetivo: Descrever as principais características epidemiológicas, tratamentos realizados e complicações decorrentes do trauma renal penetrante em vítimas atendidas na Unidade de Emergênci a (UE), em 5 anos consecutivos. Método: Análise, retrospectiva, dos casos de trauma renal penetrante, atendidos na UE no período de 1998 a 2002, em bus ca de dados demográfi cos, procedimentos realizados, complexidade das lesões (OIS), gravidade do traum a (ISS, RTS e TRISS) e complicações. Resultados: Dos 54 casos analisados, houve evidente predomínio do sexo masculino, com 98,1% dos casos. A média de idades foi de 22,8 anos. As lesões decorrentes de ferimentos por arma de fogo contabilizaram 85,2% e ferimento por arma branca, 13%. As lesões renais, segundo o OIS, seguiram a distribuição: I (7,4%), II (20,4%), III (29,6%), IV (31,5%) e V (11,1%). As médias dos índices de gravidade foram: RTS=6,92, ISS=22 e TRISS 0,88. Houve 13% de óbitos. As complicações ocorreram em 39,9% dos casos, sendo a sepse a m ais freqüente (21,7% das complicações). O tratamento cirúrgico foi instituído em 83,3% dos casos. A média de permanência hospitalar foi de 9 dias. Conclusão: A análise retrospectiva dos casos de trauma renal penetrante permitiu caracterizar o homem jovem como o mais afet ado. O predomínio das agressões interpessoais denot a a relação com a violência da Cidade. O t ratamento cirúrgico preval eceu, certamente pela complexidade dos casos, e possivelmente por lesões abdominais associadas. - 194 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P185 TRATAMENTO CONSERVADOR NÃO OPERATÓRIO DO TRAUMA RENAL PENETRANTE: A EXPERIÊNCIA DA UNIDADE DE EMERGÊNCIA DO HCFMRP-USP EM CINCO ANOS Marinho JL, Scarpelini S, Teixeira VM, Matias CCMS Unidade de Emergência do HCFMRP-USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil. Introdução: O tratamento conservador não operatório para ferimentos penetrant es pode s er adotado com sucesso, auxiliado pela tomografia computadorizada e outros exam es complem entares. Contudo ainda existem controvérsias quanto à seleção dos casos passíveis deste tipo de tratamento. Objetivo: Apres entar a experiência da Unidade de Emergência (UE) do HCFMRP-USP no tratamento conservador não-operatório dos traumas renais penetrant es em 5 anos cons ecutivos. Método: Foram analisados, retrospectivamente, pacientes com trauma renal penetrante, atendidos na UE entre 1998 e 2002, os quais foram submetidos a t ratamento conservador não operatório. Foram identi ficadas características epidemiológicas, clínicas, grau de lesão do órgão (OIS) e da gravidade do trauma (ISS, RTS e TRISS). Resultados: Do total de 54 casos de traum as renais penetrantes, apenas 8 receberam tratamento cons ervador não operatório (14,8%). A média das idades foi de 23 anos (máximo de 30 e mínimo de 17 anos). Cinco casos (62,5%) foram decorrentes de ferimento por arm a de fogo e 3 (37,5%) por arma branca. As médias dos índices de gravidade foram: RTS de 7,17, ISS de 12,5 e TRISS de 99,1%. A classificação OIS de lesão renal, realizada at ravés do exame tomográfi co, foi: 2 casos (25%) grau I; 2 casos (25%) grau II; 3 casos (37,5%) grau III; nenhum caso de grau IV e 1 caso era grau V. Não ocorreram óbitos no grupo estudado e nenhum paciente necessitou internação em CTI. Apenas um paciente apresentou complicações clínicas (pneumonia e bacteremia). Também apenas um caso exigiu trans fusão sangüínea de 6.596ml. A média de permanênci a hospitalar foi de 5,4 dias, variando de 1 a 27 dias. Conclusão: Apesar da necessidade de novas análises, este trabalho demonstra a eficácia do tratamento cons ervador não operatório para casos selecionados de trauma renal penetrante, principalmente em lesões de graus I a III. Existe ainda a possibilidade deste tipo de tratamento em traumas mais graves, quando bem estudados e monitorados. - 195 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P186 TRAUMA RENAL: ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DAS VÍTIMAS SUBMETIDAS A TRATAMENTO CIRÚRGICO NA UNIDADE DE EMERGÊNCIA DO HCFMRP-USP Matias CCMS, Scarpelini S, Marinho JL, Teixeira VM Unidade de Emergência do HCFMRP-USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil Introdução: Embora o tratamento cons ervador tenha s e estabelecido, nos últimos anos, como um padrão para o trat amento do trauma renal, em inúmeras situações a cirurgia ainda é a opção mais segura, sobretudo na instabilidade hemodinâmica e nos ferimentos penetrantes. Objetivo: Analisar os principais aspectos epidemiológicos e a gravidade dos paci entes com traumatismo renal que foram submetidos a tratamento cirúrgi co na Unidade de Emergência (UE), ao longo de cinco anos consecutivos. Método: Foram analisados, retrospectivamente, os prontuários de 71 pacient es atendidos na UE, de 1998 a 2002. Observou-se o gênero, faixa etária, tipo de trauma, etiologia segundo CID (capítulo XX), perm anência hospitalar, mortalidade e complicações, além da avaliação da gravidade baseada no OIS, RTS, ISS e TRISS. Resultados: Foi observada uma prevalênci a do sexo mas culino (91,5%) sobre o feminino (8,5%). A média das idades foi de 22,9 anos. Os traumas penet rantes (64,8%) foram mais freqüentes que os fechados (35,2%), e predominaram os ferimentos por arma de fogo (FAF) e arma branca (FAB) com 63,3%, sobre acidentes de transporte (35,3%) e golpes ou pancadas (2,8%). Os pacientes permaneceram em média 11,2 dias hospitalizados. As complicações ocorreram em 49,3% dos pacientes, sendo pneumonia e abscessos intra-abdominais as mais freqüentes. As lesões do órgão foram classi ficadas (OIS) entre os graus I a III em 54,9%, e entre os graus IV e V em 45,1%. As médias dos demais índices de gravidade foram: RTS (6,42); ISS (25,33) e TRISS (0,83). Por fim a mortalidade apresent ada foi de 20%. Conclusão: Na indicação do trat amento cirúrgico predominaram vítimas de traumas penetrantes, principalmente FAF e FAB. A mortalidade observada foi de 20% e cerca de metade dos pacientes apresentaram algum tipo de complicação pós-cirúrgica, provavelmente decorrente da complexidade dos casos demonstrado pelos altos índices de gravidade. - 196 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P187 LESÕES RENAIS EM FERIMENTOS PENETRANTES TORACOABDOMINAIS: EXPERIÊNCIA DE 2 ANOS EM HOSPITAL SECUNDÁRIO Quintas ML , Teixeira FJR, Gerace ES, Gonçalves VJ, Ferro FRC Serviço de Cirurgia Geral e do Trauma do Hospital Geral de Pedreira. ACSC. São Paulo. SP Introdução: Os ferimentos toraco-abdominais representam uma grande preocupação ao cirurgi ão de emergênci a e geralmente não é possível a avaliação pré-operatória adequada das lesões renais que podem levar à formação de fístulas e a hemorragia por necrose tissular tardia. Objetivo: Estudo epidemiológico das vítimas de ferimento penetrante tóraco-abdominal que apres entaram no intra-operatório lesões renais. Métodos: Estudo histórico de 09 vítimas de ferimentos penet rantes tóraco-abdominais atendidas no Serviço de Cirurgia Geral e do Trauma do Hospital Geral de Pedreira no período entre janeiro de 2.002 a dezembro de 2.003 e que possuíam no intraoperatório l esões renais isoladas ou associadas. Tal estudo levou em conta análise univariável de fatores: Sexo, idade, atendimento pré-hospital ar, mecanismo de trauma, índices de t rauma (RTS, ISS, TRISS), tempo de internação, a classi ficação quanto ao grau das lesões e o tratam ento realizado. Resultados: Predominaram vítimas do sexo masculino (n= 8), 88,8 %, com idade entre 17e 35 anos, na sua maioria das vezes trazidas ao pronto socorro por populares (55,5%). O principal mecanismo de trauma foi arma de fogo (77,7%), seguido por arma branca (22,2%) e nenhum por trauma fechado. Ao exame físico no at endimento inicial (56,1%) apresentavam sinais de irritação peritonial e (100%) apres entavam hematúria macros cópica. O RTS (Revised Trauma Score) variou ent re 7.841 e 6.904, o ISS (Injury Severity Score) entre 4 e 16 e o TRISS (Trauma Revised Score - Injury Severity Score) entre 99.3% e 97.4%. O tempo médio de internação foi de 4,1 dias. No inventário da cavidade evidenciou-s e hemoperitônio em 88,2 % das vítimas e múltiplas lesões (68 %) sendo identificadas as lesões de grau I em 11,1%, grau II em 22,2 % , grau III em 55,6 % e grau IV em 11,1% Em relação ao tipo de tratamento optou-s e predominantemente por nefrectomia polar, s endo o polo inferior o mais acometido 44,4%, nefrectomia total em 33, 4% seguida de drenagem da cavidade abdominal em 76,6 %. Conclusão: Poucas vezes a conduta, em caso de paciente com lesão penetrante renal, é conservadora. Os ferimentos toraco-abdominais associ ados à l esão renal s ão um des afio para o cirurgião de emergênci a tal a complexidade das lesões, sendo evidenciados em nosso serviço e confirmados quando comparados com a literatura mundial. - 197 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P188 TRAUMA DE GENITÁLIA EXTERNA MASCULINA POR ARMA DE FOGO: RECONSTRUÇÃO IMEDIATA Belezia BF, Lopes LG, Miranda FGG, Silvério RCS, Gualberto RJC Serviço de Cirurgia Geral de Emergênci a – Hospital Municipal Odilon Behrens – Belo Horizonte - Minas Gerais Introdução: Os traumas isolados de genitália ext erna masculina por arma de fogo são pouco comuns e podem caus ar morbidade elevada, apesar da baixa mortalidade. Objetivo: Relat ar 2 casos de t rauma de genitália mas culina por arma de fogo. Método: Relato de 2 casos. Resultado: Dois pacientes do sexo masculino, vitimas de agressão por arma de fogo, hemodinamicamente estáveis e sem outras lesões associadas. O primeiro apresentou lesão de uretra peniana que foi reconstruída imediat amente após a avaliação primári a. O segundo apres entou lesão testicular também reconstruída em seguida e de uretra posterior tratada por cistostomia supra púbica. Ambos evoluíram sem intercorrênci as. Conclusão: o trauma por arma de fogo de genitália masculina deve ser abordado imediat amente após o seu acontecimento a fim de se evitar morbidade elevada. - 198 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P189 LESÃO PENETRANTE EM PERÍNEO POR CHIFRADA DE BOVINOS EM RODEIOS Magnabosco WJ, Fernandes G, Guiraldo RPA, Luporini RL, Baitello AL, Espada PC Serviço de Cirurgia do Trauma do Hospital de Base de São José do Rio Preto Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP) - SP Introdução: Acidentes traumáticos envolvendo bovinos/eqüinos são comuns em nossa região, principalment e nos meses de junho a setembro, época em que a prática de rodeios é freqüente. Entre estes se encontra a lesão penetrante em períneo provocada por chi frada de bovinos, tema es cassam ente abordado na literatura m édica até o momento. Propósito: Relatar a ocorrência de 3 casos de lesão penetrante em períneo por chi frada de boi em rodeios num período de 5 meses. Métodos: Foram analisados retrospectivamente os prontuários de 3 pacientes atendidos devido a chi fradas de boi em região perineal na emergência do Hospital de Base (HB) de São José do Rio Preto no período de março a julho de 2003. Estes prontuários foram avaliados quanto aos dados epidemiológicos, condição hemodinâmica, exame físico na admissão, procedimento cirúrgico e tratamento clínico utilizados na terapêutica, evolução clínica e complicações. Resultados: O paciente do caso 3 no qual não foi realizado a ostomia, não evoluiu com infecção local. O paciente do caso 1, foi submetido a uma transversostomia de proteção, evoluindo com boa cicatrização da ferida, com reconstrução do trânsito após 2 meses. Em contrapartida, o paciente do caso 2 evoluiu com fístula colônica após a reconstituição do trânsito, o que levou a des agradável morbidade. Seqüelas tardias também podem ocorrer devido a essas lesões, como incontinência anal ou a estenos e ano-ret al ou até m esmo a impotênci a sexual em homens, o que não ocorreu em nossos pacientes. É acons elhável a realização da manometria ano-retal para se veri ficar a continência antes de um a reconstituição do trânsito. Conclusão: A literatura recente sugere uma avaliação individual no trat amento de lesões anorret ais, devido à complexidade das mesmas. Assim, o compartilhamento da experiência entre os serviços de casos pouco comuns como a lesão períneo para a chi frada de boi favorece a decisão terapêutica dos profissionais de saúde, principalmente daqueles que t rabalham em regiões nas quais a agropecuária e a prática de rodeios são atividades habituais. - 199 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P190 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE CRIANÇAS ATENDIDAS POR Q UEIMADURA EM HOSPITAL DE PRONTO SOCORRO DE BELO HORIZONTE Caires VV, Leme NP, Ribeiro LA, Sander FH, Zocrato JRM Hospital João XXIII – Belo Horizonte – MG Introdução: Queimaduras constituem alguns dos traumas mais graves que podem ocorrer em cri anças. Mesmo com a sobrevivência física, as cicatri zes, as contraturas e a distorção da imagem culminam na “ morte social”. Conseqüentemente, uma agressão física dess as proporções representa um problema merecedor da atenção de toda a sociedade. Devido à importância social e à escass ez de estudos brasileiros sobre o tema, é relevant e um estudo no Hospital João XXIII, FHEMIG, Belo Horizont e, centro de referência para o tratamento de queimaduras em Minas Gerais. Objetivo: Des crever o perfil das crianças atendidas por queimaduras no período de janei ro a junho de 2003. Métodos: Estudo de corte transversal, em que os dados foram coletados no arquivo do hospital. Foram consideradas apenas as crianças com idade entre 0 e 15 anos incompletos. As variáveis analisadas foram idade, sexo, procedência, local da ocorrênci a do trauma, trat amento antes do at endimento no HPS, atendimento prévio em serviço de s aúde, suspeita de agressão, regiões queimadas, dia/hora do trauma, dia/hora de entrada no HPS, tempo de trauma, grau da queimadura, agente causador, superfí cie corporal queimada e conduta após o atendimento inicial no HPS. Resultados: A maioria das 387 crianças atendidas era do sexo m asculino, menor de 6 anos de idade e proveniente da região metropolitana de Belo Horizonte. Os líquidos aquecidos foram os principais agentes responsáveis pelas lesões. As queimaduras de 2o grau foram as mais comuns e as regiões mais afetadas foram os membros superiores, o tórax/abdome e os membros inferiores. O ambiente intradomiciliar foi o local mais freqüente. Conclusão: A maioria das queimaduras poderia ser prevenida. Entretanto, no Brasil, programas de prevenção de acident es são escassos. Os temas enfocados nesse estudo são os meios que podem s er us ados no planejamento de estratégias de mudanças, tendo em vista as circunstâncias nas quais as queimaduras ocorreram. - 200 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P191 ÍNDICES DE GRAVIDADE E M TRAUMA: DIFERENÇA ENTRE ISS E NISS Whitaker IY, Gennari TD Depto. de Enfermagem – Universidade Federal de São Paulo/SP; Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Univdas – São Paulo/SP O Injury Severity Score (ISS) tem sido o índice mais utilizado para avaliar a gravidade do traum a de paci entes com múltiplas lesões. Apesar da ampla utilização do ISS, observam-s e algumas limitações que podem resultar em subestimação da gravidade do trauma. Com o surgimento do New Injury Severity Score (NISS), observaram-se dis crepâncias importante na gravidade do trauma, ou sej a, entre os escores ISS e NISS, de um mesmo paciente, em razão da metodologia utilizada. Assim, o objetivo deste estudo foi det erminar a diferença entre os escores ISS e NISS de pacientes de trauma internados em um hospital universitário. A população do estudo foi constituída de 1533 pacientes de trauma admitidos consecutivamente no Pronto-Socorro do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), no ano de 1998. Tratava-s e, predominant emente, de adultos jovens do sexo masculina (80,24%) e média de idade 30 anos (DP= 14,48). O trauma contuso foi o mais freqüente(67,06%), seguida de trauma penetrant e (26,81%). A mortalidade hospitalar foi 14,48%.Tendo como fonte de dados, o prontuário do paciente e o laudo de necropsia daqueles que morreram, para cada um foi calculado o ISS e o NISS com base no manual Abbreviated Injury Scale 1990 revision - update 98. Para veri ficar a magnitude das di ferenças entre o ISS e o NISS, comparou-se os es cores conforme o tipo de trauma e entre sobrevivent es e não sobreviventes. A média do ISS foi 12,49 (DP= 12,72) e a m édia do NISS foi 16,99 (DP=17,60). Os escores foram idênticos em 47,75% dos pacientes e discrepant es em 52,25%. Em todos os casos com os escores discrepantes, o NISS foi mais el evado que o ISS. O NISS identificou 42,47% de pacientes com trauma importante, enquanto o ISS identificou 34,18%. De acordo com o tipo de trauma, veri ficou-s e que a médi a do ISS e do NISS em trauma contuso foi 13,08 e 17,66, respectivamente. Em trauma penet rante a média do ISS foi 11,98 e do NISS 17,26. O escores ISS e NISS dos sobrevivent es foi 9,01 e 11,91, e dos não sobreviventes 33 ,06 e 47,02, respectivamente. Os resultados permitiram concluir que, aplicando-se o NISS foi possível identificar um maior número de paci entes com trauma importante, independente do tipo. A limitação deste estudo relaciona-se ao fato de ter sido analisada a população de, somente, um hospital brasileiro. - 201 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P192 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DOS VIOLÊNCIAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Andrade LM, Andrade FMM, Rodrigues AMU ACIDENTES E A partir de nossa experiência em uma unidade de vigilância epidemiológica de um hospital público t erci ário de em ergência referência no atendimento às vítimas de acidentes e violências, situado na cidade de Fortaleza - Ceará, encontramos nas unidades de emergência e unidades de internação, um número elevado de clientes vítimas de acident es e violências e, por conseguinte, sentimos interesse em investigar os aspectos epidemiológicos referent es a este grupo. Trata-se de um estudo de caráter descritivo, desenvolvido em um hospital de emergências, junto a equipe de vigilância epidemiológica. Primeiramente foi elaborada uma fi cha de investigação epidemiológica para acidentes de trânsito no ano de 2002, no ano seguinte elaborou-s e outra fi cha para monitoramento dos outros tipos de acidentes e violências (Ex. agressão por arma branca, espancamento, etc.), no ano de 2004, ampliamos a fi cha de investigação de acidentes e violências consolidando as duas anteriores em uma única. A partir de cada uma destas fi chas tivemos condições técnicas para avaliarmos as características epidemiológicas dos clientes que buscam nosso serviço. Com os resultados das pesquisas desenvolvidas mediante a ficha de investigação expomos estes a outros serviços, os quais, como o que estamos inseridos também se preocupam com estas ocorrências. Dest a forma m antemos um elo com a finalidade de redução dos atuais índices de acident es e violências em nosso estado. Concluímos que, a proporção de mortes evitáveis no Brasil é, com toda probabilidade, muito elevada, em grande parte tal panorama deve-se à precariedade das estruturas disponíveis para promover a prevenção, o atendimento e a reabilitação do traumatizado, pois acreditamos que se as várias instituições relacionadas à problemática em questão (hospitais, escolas, órgãos gerenciadores do trânsito, secretarias de saúde estadual e municipais, entidades de classe, etc.), se unissem a repercussão em massa seria muito mais eficaz. - 202 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P193 O IMPACTO DO TRAUMA EM VÍTIMAS DE ACIDENTE DE MOTOCICLETA Andrade LM, Fernandes EAM A partir de nossa experi ência de trabalho em um hospital de traumas, observamos um número elevado de vítimas de acidentes de motocicl etas e sentimos interesse em investigar o impacto psicológico ocasionado pelo acidente de motocicl eta e identi ficar as principais características epidemiológicas deste grupo. Para realização desta pesquisa desenvolveu-se um estudo de caráter exploratório-descritivo desenvolvido em um hospital de traumas localizado na cidade de Fortaleza. Tivemos amostra de 100 pacientes internos na Instituição que foram vítimas de acidentes de motoci cletas, escolhidos aleatori amente, no período de janei ro a março de 2003. Os resultados apontaram que: houve predominânci a do sexo masculino (98%), na faixa etária entre 14 e 51 anos, com maior intensidade ent re 21 a 30 anos (45%). Os acident es tiveram maior ocorrênci a no interior de nosso Estado (75%). O período da noite e da tarde foram marcados por maior entrada destes pacientes no hospital com picos no final da tarde (entre 17 e 18h) e final da noite (22 e 23h). Os dias da semana de maior ocorrência foram domingo (30%) e sábado (27%). Quanto ao mecanismo do acidente 68% dos casos foram ocasionados por colisão. Dos entrevistados 45% já haviam se acidentado de motociclet a antes. 40% não eram habilitados. A maioria foram socorridos por leigos e as áreas mais atingidas forma os membros inferiores (43%). Em relação ao impacto do trauma a maioria dos pacientes referiram sentimentos de culpa 32%, medo de apresent ar incapacidade física 19%. Mudança interior foram percebidos por 80% enquanto 20% relataram que o acidente não trouxe modi ficação. Diant e da gravidade da situação revelada com as vítimas de acidentes de motocicletas que caract eriza um sério problema de saúde pública, com altos custos para a soci edade, o estudo conclui enfatizando a necessidade do Est ado implementar políticas consistentes e medidas especí ficas de prevenção a fim de se poder controlar o problema. - 203 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P194 AVALIAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DOS IDOSOS VÍTIMAS DE TRAUMAS Andrade LM, Andrade FMM, Evangelista RL, Rodrigues AMU Mediante nossa experi ência de trabalho em um hospital referência no atendimento às vítimas de traumas, percebemos um número significativo de idosos que eram admitidos em decorrênci a de acidentes ou violências, portanto sentimos interesse em desenvolver um estudo com o objetivo de investigar características epidemiológicas dos idosos admitidos em decorrênci a de traum as. Trata-se de um estudo de caráter quantitativo. A amostra consistiu de 26 idosos. A coleta de dados foi realizada por formulário. Os resultados mostraram que os idosos entre 60 a 70 anos do sexo masculino são as maiores vítimas com 46,3%. A m aioria das ocorrências foi no interior do estado, com 61,5%. O grupo, em sua maioria, era de aposentados (73%) e viviam com renda familiar m édia mensal entre 2 e 3 salários mínimos, ambos com 30,8%. Os achados mostraram que 92,4% moram acompanhados de algum familiar e 100% ajudam na manutenção da família. 65,4% não é portador de nenhuma doença e 53,8% faz visitas periódicas ao médico. As principais ocorrências foram os acidentes de trânsito com 46,2%. Quanto ao impacto psicológico apresentado logo após o acidente, apres entou medo, no entanto referiu que no momento atual se encontra tranqüilo e que agora também está m ais religioso e pode contar com o apoio de sua família. A partir do presente estudo concluímos da importânci a de se desenvolver estratégias educativas voltadas à prevenção de acidentes com idosos, visto que estes, por sua fragilidade física e às vezes psicológica requer um maior acompanhamento por seus familiares sem, no entanto, restringi-lo ao seu domicílio. - 204 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P195 PROPOSTA DE UM PROTOCOLO PARA DOCUMENTAÇÃO DA MORBIDADE DAS VÍTIMAS DE ACIDENTES DE TRÂNSITO Vituri R, Pinto AFA, Neto RM, Fenato RR, Oliveira AL, Marinho JN, Sommer DM Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Cascavel, Paraná Introdução: Os acidentes de trânsito represent am, no Brasil, entre as ocorrências ext ernas, umas das maiores caus as de internação hospitalar, ocasionando grande sofrimento para as vítimas e seus familiares, geram altos custos e despesas previdenciárias. Constituem um rel evante problema de saúde pública com forte impacto na morbi-mortalidade da população. Objetivo: Propor a utilização de um protocolo de avaliação e documentação intra-hospitalar da morbi-mort alidade de pacientes vitimados no trânsito. Metodologia: O protocolo é composto de: dia e horário de entrada do paciente; identi ficação da vítima; caracteri zação do acidente de trânsito, relacionando o tipo de acident e, posição da vítima, tipo de veículo, segurança da vítima; e encaminhamento pré-hospitalar. Os próximos itens identi ficarão as lesões decorrentes do t rauma, o tipo de tratamento realizado, cirúrgico ou conservador. Será avaliado t ambém o destino do paci ente após a alta hospitalar, sendo este óbito, trans ferência, alta curado ou ambulatorial; e finalmente o custo hospitalar. Este protocolo foi el aborado e aplicado no Hospital Universitário do Oeste do Paraná por um período de seis meses, tendo sido avaliado a morbi-mort alidade de 70 pacient es. Resultados: Com a elaboração do protocolo haveria uma melhoria da qualidade das inform ações sobre eventos relacionados os acidentes de trânsito, que iria auxiliar no planejamento e execução de políticas de atualização t écnico-profissional, pré e intra-hospitalares, assim como a hierarqui zação da unidade hospitalar, baseado na docum entação de lesões mais freqüentes. Um banco de dados poderia ser construído e várias instituições, como serviços de resgate, hospitais, ambulatórios e segurança pública teriam acesso. Conclusão: Com a elaboração do protocolo, gestões municipais e estaduais de saúde teri am dados para construir políticas visando redução de morbi-mortalidade. A sociedade poderia s er mobilizada em rel ação a medidas preventivas no trânsito; e políticas intra-hospitalares poderiam ser reajustadas de acordo com os dados coletados. - 205 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P196 TRAUMATISMO EM IDOSOS – AVALIAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA Inácio Jr. W, Costa DH, Consani H, Amâncio Jr. M, Schleinstein HP, Costa AL Unidade Regional de Emergência – Conjunto Hospitalar de Sorocaba – Sorocaba - São Paulo O trauma em idosos vem assumindo importante lugar no cenário do atendimento ao politraumatizado. Com objetivo de identi ficar as principais causas e suas características, avaliou – se perspectivamente os atendimentos a pessoas com mais de 65 anos no período de janeiro de 2002 a abril de 2003. Foi avaliada idade, sexo, mortalidade, causas, horário, local do trauma, doenças associ adas, utilização de medicação e evolução. Durant e este o período foram atendidos 335 pacientes sendo 92 homens e 243 mulheres, 63% dos pacientes tinham entre 65 e 70 anos. Quanto às causas e horário, 64% foram devido à queda da própria altura sendo que 41% aconteceram entre as 7 e 10 horas sendo que 187 pacient es caíram na sua própria cas a. O uso de medicação cardiovas cular foi o mais encontrado neste pacientes. Como resultados temos que as queda são a causa mais comum de traumatismo em idosos, sendo mais comum nas mulheres e associados com o uso de medicação. Frente a esses dados foi criada na cidade de Sorocaba uma ONG – PROJETO PASSOS, para introduzir um program a de prevenção à quedas em idosos. - 206 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P197 TREINAMENTO PARA O ATENDIMENTO AO TRAUMA, E EDUCAÇÃO PARA SUA PREVENÇÃO: ATIVIDADES DO NÚCLEO DO TRAUMA DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL Baptista AL, Vanni GF, Espinel JO, Peterson GE, Alves TR, Gavazzola LT, Macedo Neto AV Núcleo do Trauma da Faculdade de Medicina da UFRGS, Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Introdução: A importância do trauma para a saúde pública justi fica tanto seu ensino pelas faculdades de medi cina quanto o es forço pelo amplo esclarecimento da população a seu respeito. O Núcleo do Trauma da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul oferece cursos de treinamento no manejo do trauma, para estudantes e profissionais de área da saúde, e cursos de caráter mais básico e palestras sobre prevenção de acidentes, para um público mais amplo. Objetivos: Complementar, nas diversas áreas da saúde, o ensino a respeito de trauma. Educar a população para a prevenção de acidentes e para o correto agir frente a eles. Método: Atividades teórico-práticas fundam entadas especialment e nos princípios do PHTLS e do ATLS. Médicos, enfermeiros, bombei ros e estudantes de medicina e de enfermagem estão envolvidos na execução destas atividades, dando a elas um enfoque multidisciplinar. Resultados: 450 alunos já passaram pelos cursos do Núcleo do Trauma. Entre eles estavam: estudantes e profissionais dos cursos de medicina e de enferm agem, técnicos de enfermagem, bombeiros, professores e alunos de es colas de Porto Alegre. A comparação entre os resultados dos testes t eóricos e práticos realizados no início e no fim dos cursos demonstra um grande aproveitamento do conteúdo ministrado. Conclusão: Existe uma grande demanda por escl arecimentos a respeito desta epidemia chamada trauma. Ao ajudar a suprir as necessidades de conhecimento de estudant es e profissionais da área da s aúde, e ao l evar conhecimento adquirido na universidade para o resto da sociedade, as atividades do Núcleo do Trauma da Faculdade de Medi cina da UFRGS mostram - se rel evantes. Torna-se necessário que t ais ações sejam aprimoradas e multiplicadas. - 207 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P198 O COMPORTAMENTO DAS VÍTIMAS DE ACIDENTES DE MOTOCICLETAS COM RELAÇÃO AO USO DE MEDIDAS DE SEGURANÇA Andrade LM, Barbosa IV, Barreira KS, Santos APM O interesse em realizar, o presente estudo, surgiu em virtude do alto índice de vítimas de acidentes com motociclet as que está present e em nossa população, tornando-se assim um grande probl ema de saúde pública. Sabendo-se que a incidência e a gravidade destes acident es podem ser determinados por alguns fatores como o crescimento da frota de veículos, problemas nas vias públicas, mas também problemas relacionados com a falha humana (condutores s em cartei ra de habilitação, o não uso de equipamentos de segurança, a ingestão de bebida alcoólica e o próprio des cuido humano). Nest a perspectiva, tivemos como objetivo investigar o uso das medidas de segurança no trânsito, pelas vítimas de acidentes de motociclet as, assistidas num Hospital de referência em Traumas. A pesquisa trata-se de um estudo descritivo exploratório, com abordagem quantitativa. A amostra constou de 130 participantes, selecionados aleatoriam ente. A coleta realizou-s e através de uma entrevista e do preenchimento de um formulário, elaborado pela equipe da Unidade de Vigilância Epidemiológica de um Hospital de referência em Traumatologia, no período de Junho à Outubro de 2003, em Fortaleza-CE. Os dados foram analisados após selecionarmos os critérios de tabulação dos mesmos. Os resultados obtidos foram: 56.15% não possuíam porte de habilitação, enquanto que 43.85% eram habilitados; 63.08% não us avam equipamento de proteção individual (EPI), no momento do acidente sendo que, apenas 36.92% faziam uso do capacete; 57.70% tinham ingerido bebida alcoólica. A ocorrência dos acidentes de trânsito tornam-s e mais numerosos e de maior gravidade devido ao comportamento da população, a qual transita em via pública, sem habilitação, a gravando a situação pelo não uso do EPI e a ingestão de bebida alcoólica. - 208 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P199 OCORRÊNCIA DE ANEURISMA DE TRONCO TIBIOPERONEIRO ROTO PÓS-TRAUMÁTICO Souza-Júnior AJ, Mendes JMR, Spagnul SJT, Molinaro A, Filgueiras M, Medeiros RR, Costa-Neto WG Clínica Cirúrgica do Hospital das Clínicas de Teresópolis Costantino Ottaviano (HCTCO) e Liga de Trauma de Teresópolis – Teresópolis - RJ Introdução: Dentre os aneurismas peri féri cos (AP), o de tronco tibioperoneiro encontra-se numa situação rara de di fícil obs ervação. Tem incidência m aior em homens e ocorre, na m aioria dos casos, como resultado de trauma. Objetivos: Descrever um caso de aneurisma de tronco tibioperoneiro, pós-traumático, com rotura contida. Método: MPS, 46 anos, branco, com tumoração em panturrilha direita (PD), crescente, de evolução há oito meses, após trauma local. Cardiopata com cirurgia prévia de colocação de prótese valvar aórtica, há cinco anos e em uso de Marevan. Há dois meses com dor e parestesia em MID. Na internação apres entava PD edemaciada, tumoração pulsátil, sinais de compressão nervosa, dor acentuada e pé D em eqüino. USG, compatível com tumoração cística em trajeto vascul ar, Ecocolordoppler evidenciando tumoração vas cular de 6,82x4cm nos sentidos AP e laterolateral, respectivamente, com trombos intra-aneurismáticos. Arteriografia com visualização do contraste intra-aneurismáticos, No ato operatório observou-se rotura posterior do aneurisma contido por musculatura da panturrilha. Optou-s e por realizar aneurismectomia, com confecção de ponte poplíteo distal-tibial posterior com s afena revers a homolateral. Não foi encontrado s egmento lateral da artéria fibular. O paci ente obteve alta hospitalar no 8oDPO com melhora. Arteriografia de controle com visualização do contraste ultrapassando o enxerto e desaguando na tibial posterior. Conclusão: Os AP têm como complicação mais freqüent e a trombose e embolização. A rotura é rara, pois a mass a muscular exerce certa proteção. A evolução silenciosa dos AP impede que suas complicações m ais freqüentes possam s er evitadas, pois não raram ente exteriori zação da doença ocorre através de suas complicações. A situação topográfi ca dos AP favorece evolução silenciosa de suas lesões pari etais que condizem com formação de aneurisma cujo diagnóstico inicial s e trans forma num desafio para o m édico. A utilização de exam es não invasivos para diagnóstico de aneurisma assintomático é justificável diante de suspeita clínica, de sua existência pelo exame físico ou pres ença de aneurisma em outra localização. O tratam ento cirúrgico além de evitar complicações, que são acompanhadas de elevados índices de amputações, traz ao pacient e melhor qualidade de vida. - 209 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P200 LESÃO BILATERAL DE ARTÉRIA CARÓTIDA POR TRAUMATISMO CONTUSO - RELATO DE CASO Luporini RL, Gaia FPG, Oliveira TB, Yagi RK, Baitello AL, Espada PC Faculdade de Medi cina de São José do Rio Preto / Funfarme, São José do Rio Preto, São Paulo Introdução: A lesão da artéria carótida por mecanismo contuso é rara. Os mecanismos de l esão podem ser por forças de tração, estiram ento ou rotação (tipo 1), compressão da artéria carótida interna entre o ângulo da mandíbula e os processos transversos cervicais superiores (tipo 2) e traum a direto no pescoço l evando a esmagamento da artéria (tipo 3). Ma terial e Métodos: Os autores rel atam um caso de trombose bilateral de carótidas por traumatismo contuso. Relato do Caso: Paciente D.E.C., 24 anos, sexo feminino, admitido no pronto atendimento do Hospital de Base com história de acidente motociclístico (usando capacete), hemodinamicam ente estável, freqüência respiratóri a de 32 incursões por minuto, diminuição do murmúrio vesicular à esquerda, escala de coma de Gl asgow de sete e múltiplos ferimentos com perda de t ecido em cotovelo, joelho e coxa esquerdos. Foi submetida a intubação orotraqueal com ventilação mecânica, drenagem toráci ca em s elo d’água a esquerda e acesso venoso. Realizou-se inicialmente tomografia computadorizada de crânio e de abdome que não evidenciaram alterações. A paciente permaneceu com s edação até o sexto dia de internação na UTI. No sétimo dia de internação evoluiu com hemiplegia à esquerda e discreta anisocoria. Foi realizada ressonância magnética que evidenciou lesão isquêmica aguda no hemis fério cerebral direito. Portanto, foi solicitada arteriografia cerebral que demonstrou lesão parietal com aspecto dissecante em artéri a carótida interna direita e les ão pariet al com aspecto dissecante/estenótico na artéria carótida interna esquerda. Conclusão: A lesão de carótida por traum a fechado é rara, correspondendo por som ente 3 a 15% de todas as lesões de artéri a carótida. Apenas 10% dos pacientes possuem sintomas neurológicos focais precoces, 55% têm sintomas nas primeiras 24 horas e em alguns casos podem ocorrer at é 6 m eses após o t rauma. O tratamento é controverso e inclui desde a observação até o tratam ento cirúrgico. - 210 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P201 DISSECÇÃO DE ARTÉRIA CARÓTIDA INTERNA APÓS TRAUMA CONTUSO: RELATO DE CASO Mesquita HV, Fraga GP, Barros RF, Pacheco Filho C, Cintra BB, Zaidan MSR Grupo de Urgênci as Cirúrgicas e Trauma do Hospital Municipal “ Dr. Mário Gatti”. Campinas, SP Introdução: A dissecção de artéria carótida é fenômeno documentado na literatura médica, porém relativam ente raro quando cons eqüênci a de trauma. Objetivo: Descrever caso de traum atizado que evoluiu com dissecção de artéri a carótida interna após trauma contuso, apresentando sintomas isquêmicos e défi cit neurológico. Relato de caso: Masculino, 16 anos, admitido no PS após acidente de trânsito. Referia amnésia lacunar e apres entou um episódio de vômito. RTS = 7,84, escoriações em face, tórax e abdome, edem a em topografi a da articul ação temporo-m andibular direita, além de dor a palpação abdominal, principalmente em hipocôndrio direito. Radiograficamente evidenciou-s e fratura de mandíbula direita, com luxação de côndilo e desvio do mesmo. TC abdominal identifi cou edema pancreático discreto e lesão hepática grau I, tratado de modo não-operatório. Após trinta e seis horas de internação, evoluiu com hemiparesia completa de predomínio braquial à esquerda, sem desvio do olhar. TC crânio-encefálica evidenciou isquemia cerebral em território da artéria cerebral médi a direita. Exame de dopplerfluxometria de artéri as carótidas foi considerado norm al. A angiografi a mostrou oclusão da artéria cerebral média direita com revas cularização evidente. Feita hipótese diagnóstica de fratura de côndilo mandibular direito ocasionando dissecção pós-traumática de art éria carótida interna direita com acidente vas cular cerebral isquêmico por embolização artério-arterial do território de artéria cerebral média direita. Iniciou-se tratamento com anticoagulação, apresentando m elhora parci al, recebendo alta hospitalar após 24 dias de internação. Realizado t ratamento cirúrgi co eletivo pela equipe de bucomaxilofacial, após quarenta e cinco dias, com sucesso. Porém neurologicam ente mant ém seqüela, apres entando hemiparesia completa à esquerda grau IV, com refl exos exaltados e hipoestesia esquerda. Conclusão: Défi cit neurológico permanente pode ser um a cons eqüência da dissecção de artéri a carótida, cujo tratamento engloba observação, anticoagulação, stent endovascular em casos selecionados ou quando indicado tratamento cirúrgico. Neste caso o di agnóstico já na evidênci a de isquemia cerebral foi determinante para o tratamento conservador. - 211 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P202 REIMPLANTE DO MEMBRO SUPERIOR APÓS AMPUTAÇÃO SEMITOTAL - RELATO DE CASO Kruel NF, Souza JM, Mandelli M, Shüller CA, Câmara PC, RUSSI DP Hospital Regional Dr. Homero de Miranda Gomes - São José – SC Introdução: O trauma arterial apres enta-se como relevante caus a de morte na faixa etária até os 40 anos. Aproximadam ente 80% das lesões arteri ais ocorrem nas extremidades. Despende-se especial interesse nas lesões dos membros superiores devido sua complexidade anatômica e funcional. Objetivo: Relatar caso de vi abilização de m embro superior semi-amputado realizado em nosso serviço. Paciente: LGS, 59 anos, sexo masculino com lesão traumática por s erra circular elétrica em membro superior direito (MSD). Na admissão, estável, Glasgow 15, amputação semitotal de MSD, integridade apenas 6cm de pele na porção ânt ero-l ateral do antebraço, lesão nervosa completa, fratura exposta grau IIIC de Gustilo e Anderson, secção vascular total, ferimento alinhado, retilíneo, com pequena perda de substância. Método: Realizou-se cirurgi a de fixação de fratura do antebraço, seguida de reparo da artéri a e vei a radi al, fasciotomia profilática, aproximação de planos musculares e síntese de pele. Após 24 dias, realizou-se microcirurgia de nervos peri féricos, tenorrafi a e miorrafia. Resultado: Reimplante do MSD com viabilização do mesmo, recuperação do pulso radial e de movimentação voluntária. Conclusão: Os traumatismos complexos de membro superior continuam sendo um desafio aos cirurgiões, porém, passível de sucesso quando a lesão, bem como as condições gerais do paciente apres entam-se propícias. - 212 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P203 OCLUSÃO ARTERIAL AGUDA DE ARTÉRIA POPLÍTEA APÓS TRAUMA CONTUSO DE FOSSA POPLÍTEA Castro KPP, Costa LCA, Soares DJ, Sanches MC, Miranda FGG, Okuhara A Serviço de Cirurgia Vas cular do Hospital Municipal Odilon Behrens - B elo Horizonte – MG Introdução: A oclusão aguda de artéria poplítea após trauma contuso é evento raro e pouco des crito na literatura, além de constituir um desafio para a cirurgia do trauma. Objetivo: Rel ato de um caso de traum a contuso de fossa poplítea que evoluiu com oclusão arterial aguda que após tratamento não necessitou de amputação. Método: Relato de caso. Caso: Paciente jovem, sexo masculino, vítima de trauma contuso fossa poplítea com isquemia arteri al infragenicular comprovada em arteriografi a. Foi tratado com fasciotomia e com necessidade de revascul arização em ponte s afena. Conclusão: A oclusão arterial aguda no trauma é desafio para o ci rurgião por ser evento raro e freqüent emente evoluir para necessidade de amputação. - 213 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P204 TRAUMA NA CRI ANÇA – ESTUDO RETROSPECTIVO DE 58 ATENDIMENTOS REALIZADOS PELA USA Masella CA, Cristina JA, Dalri MCB, Cyrillo RMZ, Fernandes RJ, Lopes SLB SAMU – Secretaria Municipal de Saúde Ribeirão Preto – SP Estudos tem verifi cado que os traumas pediátricos em sua maioria são passíveis de prevenção devendo existir mecanismos e campanhas para esta finalidade.Este estudo é retrospectivo descritivo e objetivou mostrar a estimativa da incidência de traumas pedi átricos nos di ferentes Distritos Sanitários da cidade de Ribeirão Preto. Tais informações foram demonstradas com a compilação de dados do banco de dados do Sistema de Atendimento Móvel Urgência - SAMU, da Secretari a Municipal de Ribeirão Preto, atendidos por sua Unidade de Suporte Avançado – USA no período de 01/01/2001 a 31/12/2001, o qual revelou um índice maior de ocorrências deste tipo de agravo a saúde no período da infância é entre 1 a 4 anos de idade, sendo os atropelam entos e afogamentos que apresentaram maior incidência e a preval ência da regionalização desses traumas em crianças foi no Distrital de Saúde do Sumarezinho. Tal fato nos indica a necessidade de atuação dos profissionais do SAMU, Programa de Saúde da Família, demais profissionais da saúde junto as entidades de bairro, escolas públicas, grupos religiosos e demais equipamentos sociais ligados a infância na conscientização quanto a prevenção de acidentes nessa faixa etári a. - 214 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P205 TEMPO-RESPOSTA DO ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR PARA VÍTIMAS DE ACIDENTES DE TRÂNSITO ATENDIDAS PELO SAMU 192 ARACAJU Alves FS, Prado RS, Brasileiro FF, Costa MCM, Barretto MXA, França CR SAMU 192 Aracaju – SE Esta pesquisa é um estudo de análise quantitativa com corte transversal que tem como objetivos gerais e especí fi cos, respectivam ente, investigar o temporesposta de um servi ço de Atendimento Pré-hospitalar de Aracaju-Se (SAMU 192 Aracaju) no atendimento às vítimas de acident es de trânsito; Veri ficar o tempo utilizado desde o chamado até a conclusão da col eta dos dados feita pelo Técnico Auxiliar de Regulação M édica - TARM; identi ficar o t empo utilizado para trans ferência da ligação do TARM para o médico regulador; identificar o tempo utilizado pela regulação médica na avaliação do caso e definição do tipo de viatura; identi ficar o tempo utilizado para o despacho do caso pelo rádio operador; aferir o t empo utilizado no deslocam ento da equipe até o acesso da vítima e; Identi ficar os fatores que influenciam o temporesposta do APH. O referenci al teórico abordou, entre outros, como o trauma vem se tornando uma doença em crescimento, o APH no Brasil, a importância do tempo-resposta no APH e como se encontram os acidentes de trânsitos e suas vítimas no Brasil. A população estudada foi constituída pela equipe de APH. Foram investigados 14 plantões no período de Junho à Agosto de 2004, onde se registraram 16 ocorrências de acident es de trânsito. Em 87,5 % dos casos a coleta dos dados realizada pelo TARM foi feita em um intervalo de 30 à 60 segundos, 93,75 % das solicitações foram trans feridas do TARM para o médico regulador dentro de 30 segundos, a regulação médica definiu o caso e o tipo de viatura em 50% dos casos em intervalo de 30 à 60 s, 43,75% dos despachos dos casos realizados pelo rádio operador sucederam-se entre 30 à 60 s. A equipe de APH apresentou um tempo de deslocamento em 62,5% dos eventos em intervalo de 5 à 10 min. Foram identi ficados os seguintes fatores que influenciaram o tempo-resposta do servi ço de APH: Equipe fora de posicionamento (28,57%), ausência de segurança na cena (6.25%), vítimas presa às ferragens (12,5%), demora na definição do tipo de viatura (6,25%), horário de alto tráfego (18,75%), estresse do solicitante (12,5%), dentre outros. - 215 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P206 INTEGRAÇÃO DE EMPRESAS PÚBLICAS E PRIVADAS DE ARACAJU NA PREVENÇÃO AO TRAUMA APÓS O FUNCIONAMENTO DO SAMU 192 ARACAJU Costa MCM, França CR, Barretto M, Rodrigues SFL, Dias GS SAMU 192 Aracaju Introdução: O SAMU 192 Aracaju, em dois anos de funcionamento, realizou um trabalho criterioso de registro e análise de dados estatísticos de atendimentos, cujo impacto gerado pela divulgação contínua dos resultados associado a uma meta m aior de promoção de trabalhos preventivos, proporcionou um relacionamento estreito com empresas públicas e privadas através do seu núcleo de capacitação, para proferi r palestras educativas, prevenção de acidentes e simulações, tornando o Serviço referência para estabelecer condut as na prevenção da injúria. Objetivo: Proporcionar uma maior integração entre o Serviço de At endimento Móvel de Urgência, SAMU 192 Aracaju, e as empresas públicas e privadas objetivando redução e prevenção do Trauma. Método: Equipe com 03 médicos, 02 enfermeiros e 02 condutores definiu um Plano de Trabalho Educativo e Preventivo no período de dezembro de 2002 a junho de 2004. Resultado: A redução do número de acidentes de trabalho, doméstico e traumas foram bastante signi ficativos após atuação educativa e preventiva do SAMU 192 Aracaju. Conclusão: O SAMU 192 Aracaju com seu trabalho educativo e preventivo é um importante e grande instrumento de Saúde Pública, gerando assim uma interação entre o Serviço de Pré-Hospitalar e as empresas públicas e privadas da cidade de Aracaju. - 216 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P207 SAMU 192 ARACAJU: IMPORTANTE OBSERVATÓRIO MELHORIA DA Q UALIDADE DE VIDA DA POPULAÇÃO Costa MDM, França CR, Barretto M, Rodrigues SFL, Dias GS SAMU 192 Aracaju NA Introdução: O Trauma constitui-se de um grande problema de Saúde Pública no mundo, cujo desafio maior consiste na sua prevenção. Nesse contexto, o SAMU 192 Aracaju, com base na análise de dados estatísticos, detectou "in loco" ruas e avenidas da cidade com uma maior incidência de atropelam entos x colisões. Com o objetivo de reduzir quantitativamente e qualitativamente estes acidentes, sensibilizamos os órgãos e serviços responsáveis a adotarem metas de prevenção no Trauma. Objetivo: Apresent ar, analisar e avaliar as ruas e avenidas da cidade de Aracaju que apres entam a maior incidência de acidentes de t rânsito. Método: Análise quantitativa e qualitativa dos casos obtidos através de Fichas de Regulação Médi ca no período de janei ro de 2003 a junho de 2004. Resultados: Os dados analisados foram encaminhados aos órgãos respons áveis pela m elhoria das ruas e avenidas (iluminação, ciclovias, lombadas eletrôni cas), sensibilizando-os a adotarem metas de prevenção às injúrias. Conclusão: Através da observação contínua do problema de saúde pública, o SAMU 192 Aracaju at ravés de parceria com os órgãos responsáveis, cons eguiu diminuir o índice de acidentes de trânsito nas ruas e avenidas consideradas "campeãs" de acidentes. - 217 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P208 PERFIL DO PACIENTE PEDIÁTRICO CLÍNICO ASSISTIDO PELO SAMU 192 ARACAJU Brasileiro FF, Alves FS, Chagas TA, Azevedo AF, Costa MCM, Barretto MXA, França CR SAMU 192 Aracaju – SE Introdução: Apesar de se associ ar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgênci a (SAMU) a prestação de s erviço a vítimas de acidentes de trânsito e eventos traumáticos, a participação do SAMU no atendimento de vítimas infantis com afecções clínicas é bastant e representativo. Objetivos: Esse trabalho buscou mostrar o atendimento do SAMU 192 Aracaju ao paciente pediátrico buscando enfatizar sua import ância no atendimento infantil. Metodologia: Foram analisadas as fi chas de atendimento do SAMU 192 Aracaju, durante o ano de 2003 e estudadas as fichas de at endimento pediátrico enfatizando-se o paciente pediátrico clínico, foi considerado atendimento pediátrico o atendimento prestado a pacientes menores de 12 anos de idade. Resultados: Setenta e seis por centos dos atendimentos pediátricos são clínicos o que corresponde a 12% do total de at endimentos realizados pelo SAMU 192 Aracaju no ano de 2003. O núm ero de pacientes clínicos é sempre maior que o de pacientes traumatizados em ambos os sexos e todas as faixas etárias estudadas. De zero a dois anos de idade o núm ero de casos clínicos chega a 88% em ambos os sexos e essa proporção vai caindo até 56% no sexo masculino e 69 % no sexo feminino na faixa etária dos 6 aos 12 anos. Noventa e três por cento dos atendimentos clínicos são efetuados por viaturas de suporte básico (USBs) e 7% por viaturas de suporte avançado (USAs). Conclusão: O paciente pediátrico representa uma grande parcela assistida pelo serviço pré-hospitalar de urgência do município de Aracaju. Quanto menor a faixa etária do paciente maior o número e percentual de casos clínicos sendo o sexo feminino o mais afetado a medida que aument a a faixa etária. - 218 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P209 PERFIL DOS ÓBITOS DECORRENTES DE ACIDENTES DE TRANSPORTE ATENDIDOS NA UNIDADE DE EMERGÊNCIA DO HCFMRP-USP Silva DP, Scarpelini S, Lago T, Passos ADC Unidade de Emergência do HCFMRP-USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil Introdução: Em Ribeirão Preto os acidentes de transport e ocupam o segundo lugar entre os óbitos por caus as externas e em 2000 ocorreram 28 óbitos por acidentes de transporte por 100.000hab. Objetivo: Analisar os principais aspectos epidemiológicos das vítimas fat ais de acidente de transporte notificados no HCFMRP-USP. Método: Foram analisados os acidentes de transporte no período de 1996 a 2002 quanto às condi ções de alta. Dos óbitos notificados foram estudadas as seguintes características epidemiológicas: sexo e idade. Comparou-se o número de óbitos por acidente de transporte em Ribeirão Preto e na Unidade de Em ergência entre 1996 e 2001. Resultados: Ocorreram 14.365 notificações compulsórias de acidente de transport e na UE. Nas condições de alta, 11.142 (77,6%) estavam em boa recuperação, 1.981 (13,8%) com limitações moderadas, 331 (2,3%) com limitações graves e 503 (3,5%) em óbito. Dos óbitos, 422 (83,90%) eram do s exo mas culino e 81 (16,10%) do s exo feminino. O coefi ciente de l etalidade foi maior no sexo masculino sendo 3,84 (10.972 atendimentos) contra 2,39 no sexo feminino (3.393 atendimentos). Segundo o grupo etário, o número de óbitos assim se distribuiu: 17 (3,4%) dos 0-4 anos, 9 (1,8%) dos 5-9 anos, 15 (2,9%) dos 1014 anos, 142 (28,2%) dos 15-24 anos, 112 (22,3%) dos 25-34 anos, 70 (13,9%) dos 35-44 anos, 55 (10,9%) dos 45-54 anos, 40 (8,0%) dos 55-64 anos, 39 (7,8%) com 65 anos ou mais, 4 (0,8%) com idade ignorada. Na distribuição dos óbitos segundo sexo por faixa etária: entre 0-14 anos, 27 (6,4%) eram do s exo mas culino e 14 (17,3%) do sexo feminino; entre 15-44 anos, 283 (67,0%) eram do sexo m asculino e 41 (50,4%) eram do sexo feminino; com 45 anos ou mais, 112 (25,8%) eram do sexo masculino e 26 (30,9%) do sexo feminino. No período de 1996 a 2001 foram noti ficados 423 óbitos na UE e 991 óbitos em Ribeirão Preto. Em 1996, ocorreram 210 óbitos em Ribeirão Preto e 59 óbitos na UE (28,0%). Em 2001, foram 110 óbitos em Ribeirão e 52 óbitos na UE (47,2%). Conclusão: A maioria dos óbitos atingiu homens na idade produtiva (15-44 anos ). Uma porcentagem considerável (3,5%) das vítimas permaneceu com limitações graves. A evolução da organização do sistema de saúde, possivelmente tenha concentrado os casos mais graves para atendimento na UE, como evidenci a a evolução das proporções de mortos dentro e fora da UE ao longo dos anos. - 219 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P210 REVISED TRAUMA SCORE (RTS) – PREDITOR DE SOBREVIDA E DE RESOLUBILIDADE EM UM SERVIÇO DE ATENDIMENTO PRÉHOSPITALAR – SAMU/SP Carvalho AO, Bez Jr. A Instituto de Ensino e Pesquisa Albert Einstein Universidade Israelita da Saúde São Paulo / SP Introdução: A aplicação de um índice de avaliação permite mensurar o estado clínico, quanti ficar lesões, uni formizar linguagem, promover estudos epidemiológicos, orientar campanhas preventivas e triagem que, se feita adequadamente, torna-se um importante aspecto do at endimento préhospitalar. Objetivo: Identi ficar o perfil dos at endimentos de trauma, realizados pelo Serviço de Atendimento Municipal de Urgências de São Paulo (SAMU/SP), correlacionando o com a m édia ponderada dos RTS´s dessas unidades. Método: Estudo descritivo e exploratório, retrospectivo e aplicado, com abordagem quantitativa. Os dados foram obtidos através das fi chas de atendimento de enfermagem, no período de 10 a 25 de dezembro de 2002, nas unidades de suporte avançado do município de São Paulo, totalizando 60 elementos. Resultados: Após análise e discussão, percebemos que acidentes automobilísticos, incluindo atropelamentos e colisões, são os mecanismos de trauma mais prevalent es. Frente aos resultados, é importante ressaltar que estas unidades cobrem vias de alto fluxo automobilístico, como Raposo Tavares, Radial Leste e Marginal Tietê. Outro importante aspecto relaciona-se à média ponderada dos RTS´s encontrados: Casa Verde (6,93), Butantã (6,67), Itaquera (5,53) e Cambuci (5,46) demonstrando maior probabilidade de sobrevida e resolubilidade nas unidades Casa Verde e Butantã. Conclusão: Elaborar o perfil dos eventos traumáticos é fundament al para promoção de medidas operacionais e preventivas de atendimento, orientando a equipe e favorecendo a otimização de recursos de acordo com as caract erísticas do atendimento e gravidade do trauma. - 220 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P211 ACIDENTES DE TRANSPORTE: RELAÇÃO ENTRE VÍTIMAS FATAIS E O TRAUMATISMO CRÂNIO-ENCEFÁLICO (TCE) Figueiredo MRA, Scarpelini S, Pinho VF, Andrade JI Unidade de Emergência do HCFMRP-USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil. Introdução: Existe grande relação entre trauma fat al e les ão encefálica, bem como o agravamento do quadro geral pela presença deste tipo de ferimento. Objetivos: Comparar a epidemiologia e a gravidade das lesões em vítimas fatais de acidentes de transport e que sofreram TCE (Grupo A) com aquelas que não sofreram TCE (Grupo B), definido como AIS para cabeça e pescoço maior que 2. Método: Foi realizada análise retrospectiva de 79 prontuários de vítimas fatais de acidentes de transporte, atendidas na Unidade de Emergência do HCFMRP/USP nos anos de 2001 e 2002, observando aspectos clínicos, índices de gravidade e momento do óbito. Foram utilizados os testes t de student e qui-quadrado para as comparações estatísticas. Resultados: Dos 79 prontuários analisados, 61 (77,2%) foram classi ficados como do grupo A e 18 (22,8%) do grupo B. No grupo B os segmentos m ais freqüentement e lesados foram extremidades, abdome e tórax, respectivamente 34,9%, 25,9% e 20,9% das lesões. Em ambos os grupos houve predomínio do sexo masculino, sendo, respectivamente, grupos A e B: homens 52 (85,2%) e 15 (83,3%) e mulheres 9 (14,8%) e 3 (16,7%). As médias das idades foram 35,78 e 38,06 anos (p>0,05), respectivamente, grupos A e B. A distribuição etiológica dos traumas foi para o grupo A: motociclístico 18 (29,5%), automobilístico 16 (26,2%), pedestres 13 (21,3%), ciclistas 11 (18,0%), veículos pesados 3 (4,9%). Para o grupo B: pedestres 7 (38,9%), motociclístico 4 (22,2%), automobilístico 4 (22,2%) e veículos pes ados 1 (11,2%) e ciclistas 1 (5,6%). As médias dos índices de trauma foram, respectivament e, para os grupos A e B: RTS 4,6234 e 5,4258 (p>0,05); ISS 33,56 e 16,89 (p<0,01); e TRISS 0,4817 e 0,7651 (p<0,01). 44 vítimas (72,1%) do grupo A e 15 (83,3%) do grupo B, foram submetidas a procedimentos ci rúrgicos. A sepsis foi a complicação mais freqüente em ambos os grupos atingindo 23 pacientes (31,5% das complicações) e 8 pacientes (50% das complicações), respectivamente grupos A e B. O óbito ocorreu em menos de 24 horas em 17 vítimas do grupo A (27,8%) e 10 vítimas do grupo B (55,5%) (p<0,05). Conclusão: Não houve diferenças signifi cativas entre sexo e idade. Os índices de gravidade mostraram-se, com signi ficância est atística, maiores nas vítimas com TCE. Paradoxalmente, a morte nas primeiras horas foi, significativam ente mais freqüente nas vítimas s em TCE, onde os atropelamentos prevaleceram. - 221 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P212 AÇÕES EDUCATIVAS NA PREVENÇÃO DE Q UEDA DO IDOSO – O Q UE TEM SIDO FEITO? Prado C, Silva AA, Leite AL, Domingues AM Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas de Graduação em Enfermagem Introdução: Os dados epidemiológicos sobre a mortalidade dos idosos, mostra que as quedas constituem a primeira causa de acidentes em pessoas acima de 60 anos. A incidência de quedas em cas a é de 1 queda por ano em indivíduos acima de 75 anos. Dois terços dessas quedas resultam em dano físico. No ano subseqüent e à queda, os pacient es apres entam um excesso de mortalidade em rel ação a idosos que não caíram. Em pacientes hospitalizados devido à queda, apenas 50% estarão vivos 1 ano depois. As quedas freqüentemente têm repercussões psicológicas que são t ão ou m ais importantes que as conseqüências físicas. Objetivo: Este estudo tem por finalidade identi fi car as ações educativas que tem sido realizadas quanto à prevenção de queda do idoso. Material e Método: A metodologia escolhida foi a pesquisa bibliográfica a bancos de dados eletrônicos. A estratégi a de busca baseou-s e nas seguintes palavras chaves: Idoso, quedas, trauma, processo de envelhecimento, qualidade de vida, incidência população idosa, fatores de risco, assistência geriátri ca, hospitalização, conseqüências das quedas, mortalidade, papel do cuidador. Resultados: Na maioria dos artigos publicados, verifi cou-se a preocupação dos autores em destacar o perfil dos idosos, as causas que levaram à queda, as patologias associadas a essa população, ações e efeitos colaterais dos medicamentos nos idosos como fator de queda enquanto outros apontaram a inadaptação do ambiente domiciliar do idoso. Entretanto, notou-se que não apontavam soluções, davam dicas, sugestões de intervenções para reduzi rem a incidência de queda. Observou-se que poucos artigos tinham uma preocupação concreta quanto à adaptação do ambiente domiciliar do idoso dent ro de uma realidade social na qual estão inseridos. Conclusão: Por ter sido identifi cada uma grande lacuna nas publicações analisadas quanto a orient ações relacionadas à prevenção de quedas nos idosos e por estarem distantes da realidade soci al do idoso brasileiro sugere-s e: educar a população; realizar campanhas de prevenção; fiscalização dos asilos; que os idosos tenham consulta de enfermagem pós consulta médica para orientações corretas e de fácil entendimento para ingestão de medicamentos, pois os efeitos colaterais e a ingestão incorreta faz com que aumente a incidência de quedas. - 222 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P213 ANÁLISE CUSTO X BENEFÍCIOS DA INTERVENÇÃO DO SAMU 192 ARACAJU EM CASOS DE TRAUMA Costa MCM Os custos gerados pelo Trauma s ão de grande impacto financeiro gerando segundo dados estatísticos em torno de U$ 400 bilhões por ano, tais custos perspassam todo o processo de atendimento pós-evento, podendo di ferenci arse de acordo com as seqüelas resultantes e assistência necessári a. Nesse contexto, o SAMU 192 Aracaju realizou um trabalho comparativo com custos simulados de casos de traum a, considerando-se os custos estimados para atendimento com a Unidade de Suporte Avançado – USA objetivando analisar as vant agens financeiras de custo e benefí cio dess e at endimento, em relação a perm anênci a de internamento e lesões apresentadas, quando há intervenção imediata por equipe do SAMU 192 Aracaju. - 223 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P214 ANÁLISE DA GRAVIDADE DAS LESÕES, TRATAMENTO E HORA DO ÓBITO DE 78 VÍTIMAS FATAIS DE ACIDENTES DE TRANSPORTE ATENDIDAS NA UNIDADE DE EMERGÊNCIA DO HCFMRP/USP Pinho VF, Scarpelini S, figueiredo MRA Unidade de Emergência do HCFRMP-USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil. Introdução: Os acidentes de transporte são responsáveis por cerca de 50 mil mortes anuais no Brasil. Os custos sociais e financeiros são incal culáveis. Ainda pouco se conhece sobre as características clínicas, em especi al os índices de gravidade destas vítimas fatais no nosso meio. Objetivo: Analisar a etiologia e a gravidade das lesões através do cál culo dos índices de trauma RTS, ISS e TRISS; o tipo de tratamento, complicações e t empo entre admissão e óbito de 78 vítimas fatais de acidentes de transporte at endidas na Unidade de Emergência (UE) do HCFMRP/USP, em 2001 e 2002. Método: Os dados foram obtidos através da análise retrospectiva dos prontuários médicos das vítimas fatais de acidente de transport e atendidas nos anos de 2001 e 2002 na UE do HCFMRP/USP. Resultados: A distribuição da etiologia do trauma das vítimas fatais de acidentes de transporte foi: 28,2% motociclistas (22 casos), 25,6% pedestres (20 casos), 25,6 % automóvel (20 casos), 15,4% ciclistas (12 casos) e 5,1% veículo pesado (4 casos). 58 pacientes foram submetidos a tratamento ci rúrgico (74,4%) e 14 a tratam ento conservador não operatório (17,9%). A principal complicação apres entada foi sepsis em 34,1% dos pacientes, seguida por pneumonia em 15,9% e parada cardíaca em 13,6%. O período ent re a admissão no hospital e o óbito foi menor ou igual a 24 horas em 34,62% (27 casos). Dos 51 casos restantes, 20 óbitos ocorreram entre o 1º e o 5º dia e 31 acima de 5 dias de admissão. A média de permanência hospitalar foi de 9,2 dias. Os índices de trauma calculados apresentaram as s eguintes médias: RTS 4,82; ISS 29,80 e TRISS 0,55. Conclusão: A análise dos resultados permitiu a caracterização dos acidentes motoci clísticos como maior causa de óbitos. Também os altíssimos índices de gravidade, foram compatíveis com o des fecho fatal das vítimas. Finalmente, caracteri zou a maior incidência de mortes após 24 horas de admissão, sugerindo um adequado sistema de atendimento ao trauma. - 224 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P215 TRAUMA CRÂNIO-ENCEFÁLICO EM PRÉ-ESCOLAR APÓS ACIDENTE DOMICILIAR Araújo CXN, Guimarães RC, Castro VT, Figueiredo IS, Bhering CA, Tonzar NS Introdução: Crianças com trauma crânio-encefálico fechado apres entam alta taxa de mortalidade e quando ocorrem em menores de 3 anos têm pior prognóstico comparado aos adultos. Nos pré-es colares as principais causas de traumatismo crânio-encefálico são: acident es automobilísticos, de bicicleta e quedas não relacionadas a esportes. Com relação às quedas, na faixa etária citada, há uma preval ência de 1,5 a 2 vezes superior a das crianças com mais de 5 anos de idade, sendo que 1 em cada 12 cri anças menores de 6 anos necessita de tratam ento hospitalar. Objetivo: Relatar um caso clínico de um paciente pré-escolar que sofreu TCE grave após acident e domiciliar. Método: Foi feito a revisão de prontuário de VLTS nascida em 3 de junho do ano de 2001, sexo feminino, natural de Volta R edonda e residente em Barra M ansa, juntamente com uma revisão bibliográfica, e com base no Conselho Federal de Medicina por meio da resolução número 1480 de 8 de agosto de 1997. Resultado: A paciente referida chegou na unidade de Terapia Intensiva no dia 27 de agosto de 2003 acompanhada da mãe que relatou queda de churrasqueira de ferro no l ado esquerdo da cabeça da criança.Paciente apres entava otoliquorréia, sinorragia, sangramento na cavidade oral e perda da consciênci a com Glasgow 4/15. Realizada tomografi a computadorizada de crânio 2 horas após o trauma, revelou hematoma subgaleal temporo-parietal à esquerda, fratura temporo-parietal à esquerda, hemorragia subaracnóidea com hemoventrículo bilateral, além de múltiplas áreas de pneumoencéfalo. No sexto dia o Glasgow era de 3/15 e uma nova tomografi a computadorizada de crânio revelou infarto isquêmico de todo hemisfério esquerdo e também em região frontal, parieto-occipital á direita. Justi ficando no décimo dia a evolução para morte encefálica, a qual foi confirmada com eletroencefalogram a, mapeamento cerebral e potencial evocado auditivo de tronco encefálico, evidenciando abolição de respostas dos II , III e V pares cranianos bilat eralment e.Resultando em óbito no décimo primeiro dia. Conclusão: Habilidades motoras imaturas e inexperiênci a em como explorar o ambiente aumentam a chance de quedas e as fixia durant e a infância. Para que isso não acont eça, os pais devem conhecer os riscos que cercam seus filhos e adapt ar a cas a, para que se torne segura.As providências são simples e de baixo custo. É importante ressaltar que a maioria dos acidentes com crianças na fase de pré -escolar ocorrem no ambiente doméstico. - 225 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P216 ATENDIMENTO À VÍTIMA COM TRAUMA RAQ UIMEDULAR (TRM): CONHECIMENTO X Q UALIDADE Santos MDLC, Val LF Docentes do Curso de Enferm agem da Universidade de Ribeirão PretoCampus Guarujá (UNAERP)-SP Introdução: O presente trabalho aprofunda o conhecimento das técnicas de imobilização, realizado por profissionais do at endimento pré-hospitalar (APH) e sua influência na qualidade do atendimento de emergênci a à vítima com trauma raquimedular (TRM). Objetivo: Identi fi car o perfil e o nível de conhecimento dos profissionais que atuam no atendimento à vítima com TRM. Metodologia: Foi realizada uma pesquisa quantitativa, exploratória e descritiva, através de questionários com 22 profissionais envolvidos no APH, no mês de m aio de 2004. Resultados: A maioria é do s exo mas culino 14 (63,3%) e 8 (38,3%) do s exo feminino. Foi observada entre os suj eitos, a igualdade da participação dos profissionais: enfermeiros e auxiliares de enfermagem 7(31,8%), médicos e resgatistas 2(2,1%) para cada item, respectivamente; condutores de ambulância 3(13,6%) e técnico de enfermagem 1(4,5%). A média de idade é de 32 anos e a maioria 9 (50%) têm entre 2 à 6 anos de formado. Quanto ao conhecimento do objetivo do colar cervical, apenas 5 (22,7%) responderam certo. Observamos que 14 (63,6%) acertaram quatro sinais e sintomas do trauma raquimedular. Foi pedido que descrevessem a seqüência da imobilização da vítima de TRM na prancha longa, 15 (68,1%) responderam errado. Sobre quando é interrompido, imediatamente, o alinhamento da cabeça, na posição neutra, em uma vítima de TRM, 14 (63,3%) acertaram. Responderam quanto a correta imobilização com colar cervical 10 (45,4%) certo e 12 (54,5%) errado. Quando pedido que citassem quatro eventos que pudess e provocar suposto TRM, 18 (81,8%) responderam quatro eventos e acertaram, 2 (2,1%) responderam três eventos e erraram, 2 (2,1%) responderam dois eventos e erraram. Também foi questionado, se é permitido acolchoamento na parte posterior do pescoço da vítima com suspeita de TRM e 20 (90,9%) acertaram e 2 (9,0%) erraram. Sobre se a aceleração e desaceleração súbita da ambulância pode permitir alteração do quadro de TRM da vítima 19 (86,3%) acertaram e 3 (13,6%) erraram. Conclusão: Concluímos que os profissionais pesquisados são a maioria do sexo masculino, a média de idade é de 32 anos, com mais de 5 anos de formado. Quanto ao conhecimento, houve um a grande incidênci a de erros nas respostas. - 226 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P217 ANÁLISE COMPARATIVA DOS RESULTADOS DE VÍTIMAS COM E SEM TCE SEGUNDO O REVISED TRAUMA SCORE DA FASE PRÉ-HOSPITALAR Malvestio MAA, Sousa RMC Escola de Enferm agem da Universidade de São Paulo. São Paulo-SP ABRAMET – Associação Brasileira de Medicina do Tráfego Introdução: O Revised Trauma Score -RTS é uma ferram enta na avaliação da gravidade e na decisão para triagem de vítimas de trauma e seu uso têm-se expandido na fas e de atendimento pré-hospitalar-APH. Objetivo: Analisar comparativam ente os resultados obtidos por vítimas de acidente de trânsito com e sem TCE considerando o valor total e parcial do RTS (triagem) medido por equipes de suporte avançado a vida -SAV durante a fase de APH móvel. Método: Análise dos dados de 178 vítimas, com RTS <11 e idades entre 12 e 65 anos, desde a fase de APH até a internação, alta ou óbito. Resultados: O sexo masculino (88,8%) e a faixa etária de 21 a 30 anos (39,9%) foram predominantes. Os pedestres atropelados (44,4%) e os condutores ou passageiros de moto (33,1%) foram os mais freqüentes envolvidos. Nas vítimas com TCE (46,1%) o óbito prevaleceu em 52,4% resultando em uma Odds Ratio-OR a favor do óbito destas vítimas em relação as que não possuíam TCE de 3,94(p<0,0000) sendo que para este grupo, o RTS mais freqüente na cena do acidente foi o < 10, 90,7% (p<0,0000). As alterações na Escala de Coma de Gl asgow (p<0,0000) e na freqüência respiratória (p<0,005) foram os parâmetros do RTS mais relacionados a presença de TCE. Durante a fas e de APH o RTS manteve-se inalterado em 44,9% do total das vítimas e flutuou positivamente em 40,4% delas. A ausência de flutuação evidenciou uma OR de 2,61 (p=0,006) em favor dos óbitos com TCE e uma OR de 3,14 em favor das altas para as vítimas sem TCE. Conclusão: O RTS demonstrou ser important e ferramenta na avaliação comparativa de vítimas com e sem TCE ainda na fas e de APH. Compreender como se dá a repercussão fisiológica precoce e sua rel ação com os resultados obtidos pelas vítimas, pode refl etir na melhora do cuidado bem como, na adequação de políticas públicas na esfera da saúde e da educação no trânsito. - 227 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P218 TRAUMA EM OBESOS – UMA NOVA REALIDADE Colaço IA, Nasr A, Christiano AB, Cruz DS, Ehrlich SN, Fontana R, Mello FY Universidade Federal do Paraná - Hospital do Trabalhador - Curitiba/PR Introdução: A obesidade é um a enfermidade crônica que provoca ou acel era o desenvolvimento de muitas doenças e que causa a morte precoce. Pacientes obesos apresentam limitação de movimento e divers as complicações que levam à impressão de que estão mais sujeitos a sofrerem t raumatismos. A prevalência de obesidade (IMC >= 30 kg/m2) em adultos no Brasil é de 7,0% para homens e de 12,4% para mulheres. Objetivos: Analisar a incidênci a de trauma na população rel acionando com o IMC. Material e Método: Foram analisados os dados ant ropométricos, vitais e Glasgow, mecanismo e índices de trauma nos pacientes que deram entrada no Pronto Socorro do Hospital do Trabalhador entre os dias 13 de julho a 3 de Agosto do ano de 2004. Excluíram-se as vítimas de trauma grave atendidos pelo serviço de emergência pré-hospitar da cidade de Curitiba (SIATE). Os dados foram analisados pelo programa estatístico StatGraph. Resultados: Os 1196 pacientes analisados apresent aram: idade média de 30,7 (+/- 18,7) anos, 61,63% homens e 38,37% mulheres. Dentre os pacientes atendidos 37,26% apres entavam IMC>25 e 10,56% apresentavam IMC>30 sendo considerados obesos. No grupo mulheres o IMC médio foi de 23,01 com 31,99% apres entando IMC>25 e 15,31% com IMC>30. No grupo homens o IMC médio é de 24,37 sendo 40,63% IMC>25 com 8,15% com IMC>30. Conclusão: Mais homens que mulheres com IMC>25 foram atendidos no serviço (p < 0,001). Podemos afirmar que a prevalência de mulheres obesas encontrada no estudo é maior que a do Brasil (p = 0,042) enquanto a proporção de hom ens obesos é igual à proporção brasileira (p = 0,126). Conclui-se então que, na popul ação estudada, mulheres com IMC>30 apres entam maior incidência de trauma. - 228 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P219 TRAUMA EM OBESOS –Q UEDA DE NÍVEL Colaço IA, Nasr A, Christiano AB, Cruz DS, Ehrlich SN, Fontana R, Melo FY Universidade Federal do Paraná - Hospital do Trabalhador - Curitiba/PR Introdução: A obesidade é um a enfermidade crônica que provoca ou acel era o desenvolvimento de muitas doenças e que causa a morte precoce. Pacientes obesos apresentam limitação de movimento e divers as complicações que levam à impressão de que estão mais sujeitos a sofrerem t raumatismos. A prevalência de obesidade (IMC >= 30 kg/m2) em adultos no Brasil é de 7,0% para homens e de 12,4% para mulheres. Objetivos: Analisar a incidênci a de queda do mesmo nível, na população atendida no Pronto Socorro do Hospital do Trabalhador, relacionando com o IMC. Material e Método: Foram analisados os dados ant ropométricos, vitais e Glasgow, mecanismo e índices de trauma nos pacientes que deram entrada no Pronto Socorro do Hospital do Trabalhador entre os dias 13 de julho a 3 de Agosto do ano de 2004. Excluíram-se as vítimas de trauma grave atendidos pelo serviço de emergência pré-hospitalar da cidade de Curitiba (SIATE). Os dados foram analisados pelo programa est atístico StatGraph. Resultados: Dos 1196 pacientes analisados, 132 sofreram queda de nível. Destes, 92 são do sexo masculino e 40 do feminino. Observou-se que 40,15% dos pacientes tinham IMC>25,00 e 59,85% IMC<25,00 (p=0,015). Entre os homens, 57,61% apres entaram IMC<25,00 e 42,39% IMC>25,00. E no grupo mulheres 65,00% possuíam IMC<25,00 e 35,00% IMC>25,00. Conclusão: No Pronto Socorro do Hospital do Trabalhador, foram atendidos por queda de nível mais pacientes com IMC<25,00, quando comparados com IMC>25,00. E não pudemos afirmar estatisticam ente que o sexo influenciou no IMC para os acidentados (p=0,511). - 229 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P220 RESSUSCITAÇÃO CÁRDIO-PULMONAR Cordeiro FL, Junior LCZ, Pimentel MRS, Maksud DFO, Nascimento FJ, Silva LT Projeto Vidas/Uss – Vassouras -RJ O trabalho teve como objetivo avaliar o grau de conhecimento de acadêmicos da área da saúde sobre Ressuscitação Cardio-Pulmonar com questões baseadas no Suporte Básico de Vida Foram realizados pré e pós-testes com 56 alunos da área de saúde com 20 questões que abordavam o tema (Ressuscitação Cárdio-Pulmonar), sendo todas ela baseadas no BLS. Estes testes foram aplicados antes e depois de dois cursos sobre o assunto realizados pela ONG (Proj eto Vidas) onde os alunos foram divididos em quatro diferent es postos o 1º com programa de computador com desfibrilador externo automático , o 2º com aul as de desobstrução de vi as aéreas obstruídas por corpo estranho em adultos e crianças e os outros dois postos com treinamento em manequins de RCP adulto e pediátrico . O primeiro curso foi o IX Curso de RCP do Projeto Vidas realizado no di a 27/03/2003 das 18:00 às 22:00 hs na Universidade Severino Sombra e o 2º foi o X Curso de RCP do Projeto Vidas, realizado no dia 28 de abril de 2003 das 18:00 às 22:00 hs também realizado na Universidade Severino Sombra. Os alunos tiveram 15 minutos para conclusão de cada um dos dois t estes. Os pré-test es mostraram que das 20 questões aplicadas os alunos obtiveram média de acerto de 7,8 questões, ou seja, 39% , já os pós-testes mostraram uma médi a de acerto de 15,6 questões o que representou 78%. A análise dos resultados nos leva a conclusão de que a aplicação de cursos práticos e objetivos que abordem temas voltados para o Suporte Básico de Vida como Cursos de Ressuscitação Cárdio-Pulmonar são capazes de melhorar o conhecimento prático e teórico sobre os temas abordados, já que a melhora nos resultados foi de aproximadament e 100%. - 230 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P221 MUDANÇA DE COMPORTAMENTO FRENTE A EMERGÊNCIAS EM UMA PENITENCIÁRIA MODELO NO INTERIOR DO PR Borba E Após a capacitação dos agent es de disciplina. Com a idéia de mudar o comportamento dos agent es de disciplina da penitenciária industrial de Guarapuava, houve a capacitação destes agentes com resultados surpreendentes na redução de acidentes internos e pronto atendimento destes detentos pelos próprios agentes nos sentido de oferecer o primeiro socorro. - 231 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P222 IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA E PRIMEIROS SOCORROS EM UMA PENITENCIÁRIA MODELO NO INTERIOR DO PARANÁ Borba E, Gomes MHT Penitenciária Industri al de Guarapuava (PIG) e Universidade do Centro Oeste do Paraná (UNICENTRO) Introdução: Pela alta periculosidade do trabalho desenvolvido no interior de uma penitenci ária s entimos a necessidade de padroni zar algumas ações emergenciais em forma de protocolo para facilitar as intervenções dos agentes de disciplina e funcionários do ambulatório em caso de necessidade (pane). Sabemos que há somente alguns tipos de emergência que ocorrerão no interior de uma penitenciária, devido ao confinamento e delimitação da área de convívio desta população , diante disto resolvemos selecionar situações que podem vir a ser reais e montamos um curso de capacitação e ao término implantamos uma cartilha própria de emergênci as no sistema penitenciário. Objetivos: Capacitar os funcionários da segurança e do ambulatório em atuar com efi ciência em situações de emergênci as. Criar protocolos de atendimentos em caso de emergências. Diminuir a ansiedade destes profissionais com o conhecimento de técni cas especí ficas que podem salvar vidas. Atuar de forma efi ciente garantindo a qualidade do socorro prestado a vitima. Estabelecer entre os funcionários da segurança e ambulatório da PIG um senso lógico dos protocolos existentes para o atendimento de emergência dentro e fora das paredes da Penitenci ária. Métodos: Através de aulas teóricas e exercícios práticos ocorreu o curso, e todos tiveram o compromisso de serem multiplicadores destas informações lembrando do cuidado e da responsabilidade de atuar em em ergência. Resultados: Este trabalho foi implantado em todas as penitenciárias terceirizadas pela empres a, com a adoção das cartilhas para todos os ambulatórios. Sentimos já nos primeiros dias após a capacitação uma postura mais efi ciente no primeiro atendimento, observamos uma redução de complicações pós-traum as e um cuidado maior ao transport ar as vitimas. Houve ainda a mudança de comportamento perante a abordagem nos casos de acidentes com a utilização de EPIs adequados. Conclusão: É possível abordar o assunto “ Primeiros Socorros” e trans formálo em tema de grande interesse já que em qualquer lugar que estivermos, o conhecimento destas técnicas e protocolos podem ser aplicados com o objetivo de reduzir complicações e salvar vidas. Neste segundo momento trabalhos no sentido de formar todos os internos desta penitenciária trans formando em matéri a curricul ar o assunto “Primeiros Socorros”. - 232 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P223 TRAQ UEOSTOMIA EM HOSPITAL TRAUMA Filho FEA, César JMS, Silva FL Hospital João XXIII – FHEMIG DE REFERÊNCIA PARA Introdução: Traqueostomia é um dos procedimentos cirúrgicos mais realizados em centros de tratam ento intensivo (CTI). Pacientes vítimas de trauma, tratados nesses centros apresentam suas peculiaridades, assim como a indicação e realização dess a cirurgia. Objetivo: Conhecer a realidade da traqueostomia em CTI de hospital de referência para pacientes traumatizados. Método: Foram analisados os prontuários de 62 pacientes submetidos a traqueostomia Cirúrgica tradicional, no CTI, durante o período de janeiro a agosto de 2004. Estudados quanto a idade, sexo, tempo de entubação prévia, insucesso em tentativas de extubação, tipos de incisão cutânea e traqueal, complicações per-operatórias, presença de Traumatismo cranio-encefálico (TCE) e traumatismo raqui-medular (TRM). Resultados: A maior parte dos pacientes foram do sexo mas culino, 51 (82%), sendo 26 (53%) com idades entre 19 a 35 anos, cinco (8%) entre 0 a 14 anos e quatro (7%) acima de 65 anos. Identificou-se uma tendência em realização precoce da traqueostomia, antes de 14 dias de entubação oro-traqueal, em 40 pacientes (66%). Ocorreu insucesso em tentativa de extubação em 12 casos (19%). Entre os pacientes submentidos à traqueostomia, eram vítimas de TCE 12 pacient es (19%) e de TRM, nove indivíduos (15%). Apresentaram limitações para a hiperextensão cervical 14 pacientes (23%). A incisão cutânea preferida foi a longitudional em 60 pacientes (97%), como também a abertura traqueal mais empregada foi a longitudinal em 60 indivíduos (98%). Complicações per-operatórias foram registradas em 14 procedimentos (23%), dos quais 3 (5%) foram: sangramento, les ão de tireóide em 4 (6%), di ficuldade de canulação em 1 (2%), e escape aéreo em volta da cânula em 1 (2%). Não houve nenhuma reintervenção e não ocorreu óbito durante o período per-operatório. Conclusões: Ocorreu uma tendênci a em realização precoce da traqueostomia, provavelmente devido à gravidade dos casos clínicos e pres ença de TCE. As limitações de posicionam ento cervical não inviabilizaram a realização do procedimento. Não houve complicações per-operatóri as graves. - 233 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P224 EPIDEMIOLOGIA E CARACTERIZAÇÃO DA EVISCERAÇÃO NO PACIENTE VÍTIMA DE TRAUMA Campos EM, Marra AC, Costa FF, Bruno RC, Toledo FV, Dair IV Serviço de Cirurgia Geral do Hospital Municipal Dr. José de Carvalho Florence de São José dos Campos - SP Introdução: Evisceração é uma das divers as classi fi cações correlacionadas à deiscênci a da ferida operatória. Deiscência é a s eparação dos tecidos em cicatrização, especialmente das camadas aponeuróticas, no período pósoperatório. Nas situações em que ocorre a deis cênci a do t ecido aponeurótico mas não a da pel e denominamos eventração, em outras situações quando ocorre a deiscência de todas as camadas da parede abdominal permitindo a protusão das vísceras abdominais para fora da cavidade abdominal, denominamos evisceração. Objetivo: Caract erizar as situações de predisposição a ocorrência e principais fatores de risco para deiscência no pós-operatório de laparotomia pós-trauma, ou seja, num paci ente que a priori é considerado hígido. Método: No período de janeiro de 2001 a junho de 2003 foram analisados 8 casos aos quais foi realizada a análise ret rospectiva de prontuários, evidenciando os seguintes dados: idade, sexo, mecanismo de trauma, horário da realização da cirurgi a, técnica de fechamento da parede abdominal, tempo de internação, complicações e tempo decorrido ent re a cirurgia e a evisceração. Resultados: Dos 8 pacientes analisados, todos são do sexo masculino, com idade média de 50 anos. O acident e automobilístico foi o mecanismo de trauma m ais freqüente, e o tempo médio de ocorrência de evisceração foi de 8,2 dias. Em 5 casos a laparotomia pós-trauma que precedeu a evisceração foi realizada durante o plantão noturno, enquanto em apenas 3 casos a laparotomia foi realizada no plantão diurno. Conclusão: O perfil dos pacient es analisados neste trabalho mostrou homens vítimas de trauma que necessitaram de laparotomia exploradora e evoluíram com evisceração. O estudo em concordânci a com outros mostrou que a incidência da evisceração depende principalmente de fatores ditos locais, como fechamento inadequado da parede abdominal, aumento da pressão intraabdominal e defici ência da cicat rização da parede, principalmente por desnutrição. - 234 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P225 HEMATOMA RETROPERITONEAL PÓS-PARTO NORMAL Belezia BF, Antunes AP, Castro EL, Oliveira JM, Castro BL, Bichara DG Serviço de Cirurgi a Geral de Emergênci a - Hospital Municipal Odilon Behrens - Belo Horizonte-Minas Gerais Introdução: O hematoma retroperitoneal secundário ao trauma contuso normalmente é diagnosticado pela tomografi a computadorizada (TC)e é de tratamento conservador. A sua abertura pode resultar em hemorragia de di fícil controle.O uso inadequado do fórceps ou manobras de compressão abdominal durante o trabalho de parto podem resultar em lesões intra-abdominais ou retroperitoneais desastros as. Objetivo: Relatar um caso de hematoma retroperitoneal como complicação de trabalho de parto normal. Método: Relato de caso. Revisão da literatura. Resultado: Pacient e com a história de trabalho de parto norm al evoluindo com dor abdominal e anemia em período puerperal. A ultrassonografia revelou col eção abdominal. A laparotomia revelou coleção retroperitoneal de sangue que foi evacuada e drenada. Continuou evoluindo com dor abdominal, febre, anemia, tendo sido hemotrans fundida com 4 unidades de concentrado de hemácias. Transferida ao serviço de cirurgia geral clinicamente estável. A TC de abdômen que revelou coleção ret roperitoneal com parede que capta contraste venoso. Leucócitos totais de 8.600 e proteína C reativa (PCR) de 192 mg/dl. Iniciado antibioticoterapia com Ceftriaxona + metronidazol. A segunda TC de controle revelou diminuição da coleção. Paci ente evoluiu com estabilidade clínica e normalização dos valores da PCR. Terceira TC revelou desaparecimento da coleção. Conclusão: Hematoma ret roperitoneal como complicação de trabalho de parto normal é de ocorrência rara, normalmente i atrogênica, secundária a manobras de compressão abdominal. Deve ser tratado conservadoram ente, após diagnóstico por TC. No caso de laparotomia, não deve ser explorado ou drenado para se evitar infecção e ressangramento. - 235 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P226 ANÁLISE DOS DISTÚRBIOS DE COAGULAÇÃO EM PACIENTES PEDIÁTRICOS COM TRAUMATISMO CRANIENCEFÁLICO ATENDIDOS EM UMA UTI DE REFERÊNCIA EM TRAUMA Guerra SD, Temponi EF, Quintão VC, Lavall Jr. FJC, Ferreira CEF, Andrade LFC Hospital João XXIII - FHEMIG / Belo Horizonte – MG, Brasil Introdução: Traumatismo craniencefálico grave pode levar a distúrbios de coagulação. Estes são decorrentes da liberação de tromboplastina parcial pelo tecido encefálico lesado (des encadeando CIVD), ou de uma coagulopatia dilucional pela reposição vol êmica maciça ou de hipotermia que inativa os fatores de coagulação. Objetivo: Analisar a ocorrência de distúrbios de coagulação em paci entes pediát ricos com traumatismo cranioencefálico atendidos em uma UTI pediátrica. Material e Métodos: Estudo transversal, descritivo, por meio de análise de prontuários de set embro de 1998 a agosto de 2003. Resultados: 315 pacientes, sendo 219 (69,5%) do sexo masculino, com média e mediana de idade de 7,8 anos. O tipo de trauma mais prevalente foi o atropel amento com 141 (44,8%), seguido de acidente com motocicleta com uso de capacete de 48 (15,2%). Duzentos e trinta e nove (75,9%) tiveram distúrbios de coagulação. Foram realizados 182 (76,2%) exam es de tempo de protrombina com médi a de 43,4 s egundos e m ediana de 44 s egundos. Foram realizados 147 (61,5%) exames de t empo de tromboplastina parcial ativado com média de 49,7 segundos e mediana de 38 segundos. Conclusão: Distúrbios de coagulação são freqüent es pós TCE. Os médicos assistentes devem pesquisá-los como objetivo de prevenir dano secundário ao encéfalo. - 236 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P227 ANÁLISE DO TRAUMA RAQ UIMEDULAR EM PACIENTES PEDIÁTRICOS COM TRAUMATISMO CRANIENCEFÁLICO ATENDIDOS EM UMA UTI DE REFERÊNCIA EM TRAUMA Guerra SD, Temponi EF, Quintão VC, Lavall Jr. FJC, Ferreira CEF, Andrade LFC Hospital João XXIII - FHEMIG / Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Introdução: As conseqüências de uma coluna instável sem anormalidades radiológicas podem ser catastrófi cas em vítimas de traumatismo craniencefálico (TCE). A literatura descreve que entre 6 e 10% dos pacientes com TCE têm traumatismo raquimedular (TRM) associado. Descreve ainda que apenas 6% de todas as lesões m edulares ocorrem no grupo pedi átrico. Entretanto, há relato de que 60% das lesões medulares cervicais ocorrem sem alterações radiológicas (SCIWORA). Objetivo: Avaliar a ocorrênci a de TRM cervical em pacientes pediátri cos com traumatismo craniencefálico e a presença de SCIWORA neste grupo. Material e Métodos: Estudo transversal, descritivo, por meio de análise de prontuários de setembro de 1998 a fevereiro de 2002. Resultados: 260 pacientes, sendo 168 (64,6%) do sexo masculino, com média de idade de 7,8 anos. O tipo de trauma m ais prevalente foi o atropelamento com 113 (43,5%), seguido de acidente automobilístico com 44 (16,9%). Cento e quarenta e nove pacientes (57,3%) fi zeram exame radiológico de coluna cervical. Destes, set e (4,7%) pacientes tiveram trauma raquimedular cervical e nenhum sem alteração radiológica. Conclusão: Houve baixo percentual de lesões medulares e nenhum caso de SCIWORA, contrapondo os achados da literatura internacional - 237 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P228 LESÕES RAQ UIMEDULARES CERVICAIS: ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DAS LESÕES ASSOCIADAS Cecílio WAC, Winkler AM, Borges GA, Billó L, Nasr A, Zaninelli EM, Grael XS Hospital do Trabalhador - Universidade Federal do Paraná - Curitiba - PR Introdução: O trauma que provoca lesão raquimedul ar no s egmento cervical da coluna vertebral é potenci almente lesivo por freqüent emente ocasionar lesões associadas que são incapacitantes. A análise dos pacient es com trauma raquimedular no Hospital do Trabalhador permite concluir que 25% dos pacientes com múltiplos traumatismos apresentam l esões no segm ento cervical da coluna. Objetivo: Analisar a freqüênci a das lesões associ adas em trauma raquimedular em centro de referência de trauma. Método: Foram revisados prontuários de pacientes que apres entaram lesões raquimedul ares atendidos no Hospital do Trabalhador e que perm aneceram no Hospital at é a data da alta médica ou óbito no período de julho de 1999 a julho de 2004, totalizando 60 pacientes. Foram excluídos os pacientes que entraram em óbito ainda na sal a de em ergência e os que foram trans feridos a outro serviço antes da alta médica. Resultados: No período analisado, maioria dos pacientes atendidos com trauma raquimedular torácico foi do sexo masculino (73.3%) com a idade média de 35,4±12,99 anos. As principais causas das lesões foram acidentes automobilísticos (53,3%), ferimentos por arma de fogo (20,0%) e atropelamentos (20,0%). Houve lesões abdominais associadas em 33,3% dos pacientes, dos quais 80% foram submetidos a algum tipo de procedimento cirúrgico invasivo. Da m esma forma 60% dos paci entes apres entaram lesões torácicas associadas, dos quais 55.6% foram submetidos a algum tipo de procedimento cirúrgico invasivo. As lesões associadas mais freqüentes foram crânioencefálicas (53,3%), de m embros inferiores (40,0%), de membros superiores (33,3%), hemotórax simples (20,0%), lesões de pelve (20%). As lesões de coluna foram tratadas cirurgicamente em 26,7% dos casos. O período médio de internamento foi de 14,86±11,39 dias. Conclusões: Em pacientes com múltiplos traumatismos associados a lesões raquimedulares, 25% apresentam lesão no s egmento cervical da coluna, com maior incidência em pacientes homens na faixa dos 35 anos. Entre tais pacientes, 1/3 apres entou lesão abdominal associ ada e praticamente 2/3 apresentaram lesões torácicas, sendo que em 80% daqueles e em 55,6% destes casos foi realizado algum tipo de procedimento cirúrgico invasivo. As lesões de coluna, por sua vez, foram submetidas a trat amento cirúrgico em 26,7% dos pacientes estudados. - 238 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P229 CHOQ UE ELÉTRICO DE ALTA VOLTAGEM COM RESPOSTA A DESFIBRILAÇÃO TARDIA Belezia BF, Souza SD, Dutra CC, Duarte T, Mendonça WL, Torres LG Serviço de Assistência Móvel de Urgência – SAMU – Belo Horizonte – MG Introdução: O paciente vítima de choque elétrico de alta voltagem pode evoluir com parada cardiorrespiratóri a em assistolia ou fibrilação ventricul ar. A queda s ecundária nos obrigar a trata-lo como politraumatizado. A des fibrilação precoce efetuada em menos de 10 minutos é relacionada com uma melhor resposta. Em parada cardiorrespiratória por choque elétrico é relacionada com melhor prognóstico das manobras de reanimação. Objetivo: Relatar caso de vítima de choque elétrico de alta voltagem que foi des fibrilado tardiamente e respondeu rapidament e no terceiro choque de 360 J monofásico. Método: Relato de caso.Revisão de literatura. Resultado: Paciente sexo masculino, 29 anos, vítima de choque elétrico por alta voltagem (rede el étrica de rua) durante corte de árvore. À chegada da unidade de suporte avançado encontrava-s e sem qualquer tipo de movimento e preso em fiação e árvore. Impossibilitado de prestar o primeiro atendimento, aguardou-se por cerca de 5 minutos até a chegada do veículo de s alvamento. Após desligam ento da rede pela companhia elétrica, iniciou-se a retirada pelos Bombeiros. A avaliação médica foi iniciada cerca de 20 minutos após o início da ocorrência e mostrou fibrilação ventri cular. Submetido a três descargas monofási cas crescent es com 200, 300 e 360 J retornou com pulso peri féri co radial, taquicardia sinusal, pressão arteri al de 100X60, incursões respiratórias, saturação de oxigênio em 98%, boa perfusão capilar e melhora da midríase durant e o transporte. Não necessitou de uso de vasopressores. Conclusão: Em caso de choque elétrico de alta voltagem, a monitorização do ritmo cardíaco deve ser feita independente do tempo de parada cardiorrespiratória e a des fibrilação realizada imediatamente após o diagnóstico de fibrilação ventricul ar. - 239 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P230 ANÁLISE DA DISAUTONOMIA SIMPÁTICA EM PACIENTES PEDIÁTRICOS COM TRAUMATISMO CRANIENCEFÁLICO ATENDIDOS EM UMA UTI DE REFERÊNCIA EM TRAUMA Guerra SD, Temponi EF, Quintão VC, Lavall Jr. FJC, Ferreira CEF, Ferreira AR Hospital João XXIII - FHEMIG / Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil Introdução: Pacientes com lesão axonal di fusa podem apres entar disautonomia simpática. A presença de episódios de hipertermia , sudorese, hipertonia, taquicardia e hipertens ão arterial sistêmica requer diagnóstico diferencial de síndromes convulsivas e de processo infecciosos. Requer ainda tratamento especí fico para minimizar as perdas nutricionais, o atraso na retirada de ventilação mecânica e o desconforto do paciente. Objetivo: Analisar a ocorrência e as caract erísticas da disautonomia simpática em pacientes pediát ricos com traumatismo craniencefálico atendidos em uma UTI pediátrica. Material e Métodos: Estudo transversal, descritivo, por meio de análise de prontuários de s etembro de 1998 a agosto de 2003. Resultados: 315 pacient es, sendo 219 (69,5%) do sexo m asculino, com média e m ediana de idade de 7,8 anos. O tipo de trauma mais prevalente foi o atropelam ento com 141 (44,8%), seguido de acidente com motocicl eta com uso de capacete de 48 (15,2%). Quarenta e dois (13,3%) pacientes tiveram dis autonomia simpática e 272 (86,3%) pacient es não tiveram disautonomia simpática. As medicações mais utilizadas foram clonidina, diazepam e clorpromazina com resolução ou at enuação das crises em todos os casos. Conclusão: A disautonomia é um diagnóstico a s er l embrado durante a evolução de pacientes com traum a crani encefálico. No entanto, a exclusão de outras causas, para os sinais e sintomas apresentados, pode restringir o diagnóstico e a abordagem farm acológica especí fi ca a uma minoria dos pacientes, minimizando interações farm acológicas e efeitos adversos das drogas. - 240 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P231 TRAUMA EM MÃO POR ACIDENTE DE TRABALHO Oliveira VDC, Oliveira AL, Angelini JF Faculdade de M edicina de São José do Rio Preto (FAMERP) – São José do Rio Preto, SP A mão é um órgão de fundament al importância em todas as categorias de trabalho, um trauma que a afete influenci ará e prejudicará diretam ente no desempenho profissional. Uma vez que participa da m aioria das atividades diárias, no trauma é a parte do corpo mais les ada (responsáveis por at é 30% dos traumas gerais em um servi ço de emergência) pois quando somos expostos a qualquer situação que compromet e nossa integridade física, a primeira tendência é nos defendermos coma as mãos. Assim o registro da alta incidência de fraturas e lesões em geral em trabalhos com atividades manuais. Alguns autores rel acionam a incidência de l esões nas mãos ao uso freqüente das mesmas e à di ficuldade do t rabalhador em protegê-las sem acarretar comprometimento na habilidade e impedir a diminuição da produtividade. As lesões envolvendo a mão possuem extrema importância devido à incapacidade física e psíquica que pode acarretar ao indivíduo acometido. O acidente de trabalho continua sendo um problema grave e freqüent e, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que causa morte, perda ou redução permanent e ou temporári a da capacidade para o trabalho. Diante destas considerações, o objetivo deste estudo é levantar na Literatura Latino Americana, a abordagem das l esões de mão e a relação dessas lesões com o trabalho (ocupação), no período e 1999 a 2003. Para o alcance de tais objetivos propostos, foi realizado bus ca aos sites da Biblioteca Virtual em Saúde BIREME (Centro de Document ação Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), nas bases de dados LILACS (Literatura LatinoAmericana e do Caribe em Ciências ), que é uma das bas es gerais da Área de Saúde, e levantam ento bibliográfico manual em revistas e livros de ortopedia na biblioteca da Faculdade de M edicina de São José do Rio Preto, publicados no período de 1999 a 2003. Os resultados verificaram que a maioria dos trabalhos publicados nesta área, diz respeito a tratamentos, diagnósticos, reabilitação de doenças da mão, assim como, acident es de trabalhos envolvendo a mão. Tendo em visto tais resultados, pode-se concluir que há um déficit em publicações na área de prevenção, havendo assim, uma necessidade de maiores estudos na área do mesmo, para uma melhor colaboração na diminuição da alta incidência de traumas de mãos. - 241 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P232 EXPLORAÇÃO DE LESÕES CORTO-CONTUSAS: ALERTA AO PLANTONISTA GERAL Castro KPP, Belezia BF, Amado LR, Matias DB, Pacheco F, Castro BL Serviço de Cirurgia Geral e do Trauma do Hospital Municipal Odilon Behrens – Belo Horizonte – MG Introdução: A exploração da ferida corto-contusa é etapa inicial e determinante do sucesso terapêutico: suturar ou avançar a propedêutica? Relato de Caso: Paciente 31 anos com relato de agress ão por arma branca em couro cabeludo. Ao exame clínico, mostra-s e consciente, ativa, verbalizando sem sinais de confus ão mental e com uma lesão corto-contusa retroauri cular à direita. A ferida foi submetida a anestesia locorregional e exploração demonstrando apenas hem atoma local. A história do traum a motivou a solicitação de uma radiografia de crânio que surprendeu a ponta da arma branca como corpo estranho. Foi solicitada uma Tomografi a de Crânio que confirmou pneumoencéfalo que motivou o encaminhamento ao Serviço de Neuroci rurgia. Conclusão: Uma lesão que seria apenas suturada determinaria uma evolução possivelmente fatal se não foss e explorada. - 242 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P233 EPIDEMIOLOGIA DA VIOLÊNCIA OBSERVADA EM HOSPITAL DA REGIÃO SUL DE SÃO PAULO Raphe R, Borges AM, Felicio OSC, Pelegrinelli RS, Hachul DM, Landini AS Serviço de Residência Médi ca de Cirurgia Geral do Hospital Municipal do Campo Limpo – São Paulo – SP Introdução: A violência tem sido descrita como a maior epidemia dos últimos tempos. Os índices de violência têm apres entado alta incidência e prevalência em todo o Mundo e são fatores de grande preocupação, pois estão relacionados à desestruturação sócio-econômica dos paises. Vítimas de ferimentos por armas brancas e projéteis de armas de fogo apresent am um custo importante tanto para o sistema de saúde quanto para a economia. A região Sul de São Paulo t em como características sua numerosa popul ação e elevados índices de violência. Objetivo: Estrati ficar o número de atendimentos realizados em vítimas de ferimentos de arm as brancas e projéteis de armas de fogo no Hospital Municipal do Campo Limpo. Metodologia: Foi realizado um levantamento do número de pacientes vítimas de projéteis de arma fogo e arma branca atendidos no Hospital Municipal do Campo Limpo, no período de Dezembro de 2002 a Junho de 2004, através da base de dados do serviço de gerenciamento de informática do hospital. Resultados: O Hospital Municipal do C ampo Limpo é respons ável pelo atendimento de um a área de 98,8Km2 com, aproximadamente, 991.033 habitantes, ou seja, 30,8% da população residente na região Sul, sendo considerado referênci a de trauma da região. Pode-s e observar que foram atendidos 2.100 pacient es vítimas de ferimentos de armas brancas e projét eis de armas de fogo. Dest es, 1510 (71,9%) pacientes apresent avam ferimentos por projétil de arma de fogo e 590 (28,1%) pacient es apres entavam ferimentos por arma branca, sendo que o primeiro foi 2,55 vezes mais freqüente nesta região. A média de pacientes atendidos por lesões violentas por mês foi de 110,5, mostrando que 79,4 foram vítimas de projétil de arma de fogo e 31,5 por arma branca. A principal caus a de óbito nas regiões at endidas pelo Hospital do Campo Limpo foi o homicídio, apresentando índices de 12% a 26% do total de óbitos, segundo o PRO-AIM/CEInfo – SMS. Conclusão: Tendo em vista os resultados acima, conclui-se que o Hospital Municipal do Campo Limpo está localizado em uma regi ão com altos índices de violência, apres entando como principal causa de óbitos o homicídio e que a arma de fogo é o objeto principal desta violência. - 243 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P234 ANÁLISE DO TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO INTRACRANIANA EM PACIENTES PEDIÁTRICOS COM TRAUMATISMO CRANIENCEFÁLICO ATENDIDOS EM UMA UTI DE REFERÊNCIA EM TRAUMA Guerra SD, Temponi EF, Quintão VC, Lavall Jr. FJC, Ferreira CEF, Andrade LFC Hospital João XXIII - FHEMIG / Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil Introdução: A monitoração da pressão intracrani ana (PIC) é indicada para pacientes com risco de sua elevação, visando a ori entação de seu tratamento. Todos os tratamentos para elevação da pressão intracraniana têm riscos, portanto, devem ser instituídos quando bem indicados. Objetivo: Analisar o tratamento da hipertens ão intracraniana em pacientes pediátri cos com traumatismo craniencefálico at endidos em uma UTI. Material e Métodos: Estudo transversal, descritivo, por meio de análise de prontuários de setembro de 1998 a agosto de 2003. Resultados: 315 pacient es, sendo 219 (69,5%) do sexo masculino, com média e mediana de idade de 7,8 anos. O tipo de trauma mais prevalente foi o atropel amento com 141 (44,8%), seguido de acidente com motocicleta com uso de capacete de 48 (15,2%). O tratamento foi sedação para oito (6,3%) pacientes, hiperventilação um (0,8%), sedação e hiperventilação 13 (10,3%), sedação e manitol 5 (4%), hiperventilação mais manitol um (0,8%), sedação mais hiperventilação e m anitol em 30 (23,8%) pacientes, sedação mais hiperventilação e coma barbitúrico em um (0,8%) e sedação mais hiperventilação e manitol e coma barbitúrico em 67 (53,2%) pacientes. Conclusão: Mais da metade dos pacientes necessitaram de tratamento da hipertensão intracraniana (HIC) com todos os recursos não cirúrgicos des critos atualmente na literatura. Isto reforça a alta freqüência de HIC no grupo pediátrico e a necessidade de monitoração para gui ar a terapêutica. - 244 - VI SBAIT VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado 21 a 23 de outubro de 2004 P235 AVALIAÇÃO DO BALANÇO NITROGENADO NOS PACIENTES CRÍTICOS SUBMETIDOS À TERAPIA NUTRICIONAL Curi JCM, Brito S, Trajano AD, Gonsaga RAT, Mantovani M Disciplina de Cirurgia do Trauma do Departamento de Cirurgia F.C.M UNICAMP. Campinas/ SP, Brasil Introdução: O Balanço Nitrogenado (BN) é a medida da ingestão de nitrogênio, presente nas proteínas, menos o nitrogênio excretado ou perdido pelo organismo durante um determinado tempo, geralment e um período de 24 horas. No indivíduo adulto e em condições normais, o BN é zero, já que o organismo não armazena proteínas. No estresse orgânico, o BN negativo decorre tanto da ingestão deficiente de prot eínas como da excreção excessiva de nitrogênio, decorrente do aumento do catabolismo protéi co (trauma, infecção, infl amação, neoplasias, etc). Objetivo: Mostrar que as necessidades calórico-protéicas inicialmente calculadas pela equação de Harris-Benedi ct corrigida pelos fatores de Long ou através da fórmula simplificada devem ser acompanhadas e modi ficadas de acordo com o balanço nitrogenado periódico, pelo menos uma vez por semana. Método: Foram analisados retrospectivamente, no período de janeiro de 2002 a dezembro de 2003, 44 pacientes críticos (urgênci as cirúrgicas traumáticas e não-traumáticas) cuja evolução necessitou de terapia nutricional (nutrição enteral e/ou parenteral). Resultados: A idade média dos pacientes foi de 52,38 ± 20,72 anos, variando de 15 a 86 anos, com predomínio do s exo mas culino (25 casos – 56,8%). A média do nitrogênio infundido (proteína prescrita) foi de 14,38 ± 3,25 g e a média do nitrogênio excretado foi de 16,68 ± 8,22 g. A média dos balanços nitrogenados foi de – 2,56 ± 7,31 g/dia, sendo o menor balanço de – 28 g/dia e o maior de + 7 g/dia. Segundo a classificação do grau de catabolismo protéico, 27 casos (61,3%) tiveram BN normal (0 até –5) e 17 casos (38,7%) tiveram BN negativo, sendo que 11 casos (25%) tiveram catabolismo leve (-5 até –10), 4 casos (9%) catabolismo moderado (-10 até –15) e 2 casos (4,7%) catabolismo severo (> -15). Conclusão: Nesta amostragem, cerca de 40% do pacientes, ficou patente a insuficiência de pres crição da quantidade apropriada de proteínas. Portanto, nos pacient es críticos é fundam ental a utilização do balanço nitrogenado periódico para correção das necessidades protéicas. - 245 -