Pôsteres

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VI SBAIT
VI SBAIT
VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
Belo Horizonte
Pôsteres
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PRESIDENTE DO CONGRESSO
Domingos André Fernandes Drumond
COMISSÃO ORGANIZADORA
Presidente: Sizenando Vieira Starling
Antônio Toshimitsu Onimaru
Domingos André Fernandes Drumond
João Baptista de Rezende Neto
Marcelo Gomes Girundi
Mário Mantovani
Otaviano Augusto de Paula Freitas
Paulo Roberto Lima Carreiro
Sílvia Cristine Soldá
ÍN D IC E
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Pacientes de trauma na UTI: Relação entre gravidade e demanda de cuidados de enferm agem .......................
O estresse do enferm eiro em pronto-socorro.........................................................................................
Tradução e validação do "Gaveston Orientation And Amnesia test" (GOAT) para a língua portuguesa............
A aplicabilidade do teste de amnésia e orientação de Galveston (TAOG)...................................................
Avaliação das características da dor aguda em vítimas de acidente de transporte .........................................
Recrutamento de neutrófilos através da barreira hemato-retiniana: Import ância da isquemia hepática póstraumática .....................................................................................................................................
Proteína HSP 70 sérica como marcadora preditiva precoce de des fecho fatal no traumatismo crânioencefálico severo em homens ............................................................................................................
Cinética da neovascularização de autoimplantes esplênicos em ratos.........................................................
Lesões diafragmáticas pérfuro cort antes – Estudo experimental em ratos ...................................................
Método simples para intubação orotraqueal em ratos .............................................................................
Trauma orbitário relato de caso..........................................................................................................
Entubação submento traqueal – Uma alternativa para os traumas múltiplos em face.....................................
Explosão de esôfago pós-trauma – Relato de caso ................................................................................
Trauma cervical contuso com ruptura completa de laringe e hipofaringe – Relato de caso.............................
Mecanismos do trauma versus lesões – Relato de caso ...........................................................................
Perfil dos acidentes de trânsito com óbito em Teresópolis nos anos de 2002 e 2003.....................................
Perfil das vítimas fatais de acidentes de trânsito no IML de Belo Horizonte em 1997/2001............................
Perfil do necropsiado suspeito de suicídio por arma de fogo no IML-BH ...................................................
Perfil epidemiológico dos necropsiados vítimas de lesão por arma de fogo no IML Belo Horizonte ................
Sazonalidade das necropsias por trânsito realizadas no IML de Belo Horizonte em 1997 a 2001.....................
Trauma craniano nas vítimas de trânsito necropsiadas no IML de Belo Horizonte: Análise de 1997/2001........
Relação entre o índice de trauma ATI (Abdominal Trauma Index) e complicações pós-operatóri as .................
Traumatismo por arma de fogo em crianças at endidas no Hospital João XXIII – Estudo retrospectivo.............
Prevalênci a de acidentes penetrantes, atendidos no hospital municipal Dr. José de Carvalho Florence ............
Análise das causas externas admitidas em um hospital de referência no trauma...........................................
Traumatismo penetrante músculo-esquelético na cri ança ........................................................................
Trauma de face com comprometimento orbitário ..................................................................................
Cervicotomia por trauma: Uma análise de 54 casos ...............................................................................
Trauma cervical por "cerol" ..............................................................................................................
Trauma cervical penetrante ...............................................................................................................
Utilização da tomografia computadorizada na det erminação do trajeto de proj étil em traumatismo
penetrant e cervi cal por arma de fogo – Relato de caso............................................................................
Trauma de hipofaringe e laringe por arma de fogo de média velocidade: Conduta não-operatóri a ...................
Pericardite constrictiva pós-trauma toráci co penetrante – Relato de caso....................................................
Tamponamento cardíaco mani festando-se tardiam ente após ferimento torácico por arma de fogo ...................
Supradesnivelamento do segmento ST como indicador de trauma transmediastinal por arma de fogo ..............
Projétil de arma de fogo livre em cavidade pleural.................................................................................
O comportamento das vítimas de acidentes automobilísticos com relação às medidas de segurança ................
Comportamento dos motoristas e passageiros de veículos com relação ao uso do cinto de segurança – Um
estudo no município de Sorocaba.......................................................................................................
Custos hospitalares das vítimas de acident es de trânsito internadas no Hospital Universitário do oeste do
Paraná ..........................................................................................................................................
Levantamento estatístico da morbimortalidade no Hospital Universitário do oeste do Paraná.........................
Motociclistas frent e às demais vítimas de acidentes de trânsito no município de Maringá..............................
Estudo da prevalência de acident es com motocicletas no período de janeiro de 1998 a dezembro de 2001,
na cidade de Cascavel ......................................................................................................................
Estudo comparativo entre politraumatizados rurais e urbanos na região de São José do Rio Preto, São
Paulo............................................................................................................................................
Importância das causas externas na saúde pública para prevenção do trauma ..............................................
Índices de trauma no hospital regional de São José................................................................................
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* P46 – Comportamento dos pedestres com relação à faixa de pedestres – Um estudo no centro da cidade de
Sorocaba .......................................................................................................................................
* P47 – Embolia balística para membro inferior: Relato de caso..........................................................................
* P48 – Fístula artério-venosa renal após trauma penetrant e: Tratamento conservador – Relato de caso ......................
* P49 – Traumatismo de artéria poplítea: Experiência de 5 anos em um centro de trauma ........................................
* P50 – Duplex-scan no trauma cervical penetrant e: Relato de 23 casos ...............................................................
* P51 – Trauma de vasos ilíacos ...................................................................................................................
* P52 – Transporte aeromédico com anestesia dissociativa ................................................................................
* P53 – Anestesia dissociativa no alinhamento e imobilização pré-hospitalar de fratura exposta grau 3 de membro
inferior .........................................................................................................................................
* P54 – Infarto agudo do miocárdio com sintomatologia atípica no idoso seguido de desfibrilação precoce ................
* P55 – Conhecimento sobre APHem acadêmicos da área da saúde ....................................................................
* P56 – Atendimento pré-hospitalar de gestante no terceiro trimestre de gestação. Relato de casos ............................
* P57 – Toracotomia de reanimação no pré-hospitalar.......................................................................................
* P58 – De um resgate a múltiplas vítimas ao plano de atenção a cat ástrofe do município de Aracaju / Brasil ..............
* P59 – Abordagem sobre o transporte no atendimento pré-hospitalar ao pacient e politraumatizado ...........................
* P60 – Anestesia dissociativa no transporte do paciente com corpo estranho empal ado ..........................................
* P61 – Intubação nasotraqueal em paciente sentado: Uma opção para o paciente preso em ferragens ........................
* P62 – Ketamina para agitação psicomotora em ambiente confinado = ferragens ..................................................
* P63 – Investigando os conhecimentos sobre primeiros socorros dos acadêmicos da área de saúde ...........................
* P64 – Experiência do estágio para acadêmicos de medicina e enfermagem no SAMU 192Aracaju .........................
* P65 – Apresent ação da liga do trauma da FMUPF .........................................................................................
* P66 – A liga de trauma de Teresópolis.........................................................................................................
* P67 – Importância do ensino e da padronização de condutas em cirurgia do trauma na unidade regional de
emergência do conjunto hospitalar de Sorocaba ....................................................................................
* P68 – Percepção dos alunos da liga do trauma quanto à interdisciplinaridade na emergência ..................................
* P69 – Trauma cranioencefálico como fator de risco para a doença de Alzheimer: Estudo de meta-análise.................
* P70 – Risco de queda no idoso...................................................................................................................
* P71 – Avaliando o estado vacinal contra o tétano das vítimas de traumas e fatores intervenient es à profilaxia ...........
* P72 – Erros no atendimento ao traumatizado ................................................................................................
* P73 – De que estão morrendo nossas crianças? Perfil dos óbitos de crianças e adolescentes na cidade de São
Paulo............................................................................................................................................
* P74 – Infância: Quais os acidentes mais prevalentes? .....................................................................................
* P75 – A ultrassonografia no diagnóstico do pneumotórax ...............................................................................
* P76 – Ar no canal vertebral após fraturar isolada do mastóide..........................................................................
* P77 – Lesões raquimedulares por trauma fechado: Proposta de protocolo de atendimento......................................
* P78 – Nutrição enteral precoce em trauma de esôfago ....................................................................................
* P79 – Conduta invasiva no acidente cáustico ................................................................................................
* P80 – Avaliação do conhecimento sobre profilaxia do tétano nos internos da faculdade de medicina de
Teresópolis....................................................................................................................................
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* P81 – Utilização de instrumentos para a avaliação da dor no setor de emergênci a: Assistência baseada em
evidências .....................................................................................................................................
* P82 – Triagem de enfermagem do pronto socorro do instituto central do hospital das clínicas da faculdade de
medicina da Universidade de São Paulo (IC
HCFMUSP )........................................................................
* P83 – Sistematização da assistência de enfermagem na sala de trauma em unidade de pronto-socorro: Elaboração
e avaliação de um instrumento...........................................................................................................
* P84 – Ciência da saúde – Enfermagem homicídio – Um problema de saúde pública.............................................
* P85 – Avaliação inicial de enfermagem na ambulância ...................................................................................
* P86 – Adequação da analgesia em vítimas de acidente de transporte..................................................................
* P87 – Aprimoramento de enfermagem em pronto-socorro no HCFMUSP: Produção cientí fica e cont ribuições
para a instituição.............................................................................................................................
* P88 – A importância da limpeza de artigos na prevenção de infecções ...............................................................
* P89 – A humanização na visão do enfermeiro que atua no pronto-socorro ..........................................................
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* P90 – A importância do conhecimento no pré-hospitalar nos cursos já no início da graduação................................
* P91 – Tamponamento pericárdi co e traum a contuso de membro superior esquerdo: Um alerta para equipe de
trauma ..........................................................................................................................................
* P92 – Trauma cardíaco fechado – Relato de caso...........................................................................................
* P93 – Hérnia diafragmática esquerda tardia ..................................................................................................
* P94 – Hérnia diafragmática por trauma fechado – Relato de caso......................................................................
* P95 – Relato de caso clínico – Hérnia de Morgagni........................................................................................
* P96 – Traumatismo abdominal contuso seguido de lesão complexa da via biliar..................................................
* P97 – Lesão isolada de vesícul a biliar em trauma abdominal contuso – Apresent ação tardia e diagnóstico por
método de imagem..........................................................................................................................
* P98 – Trauma hepático em paciente transplantado de fígado ............................................................................
* P99 – Apresent ação tardi a de cisto hepático pós-trauma abdominal fechado em adulto. Relato de caso ....................
* P100 – Trauma hepático grau V ocasionado por coice eqüino no município de Valença – RJ...................................
* P101 – Lesão duodenal trans fixante por trauma fechado do abdome (TFA). Relato de caso.....................................
* P102 – Trauma duodenal: Comparação entre traumas penetrantes e traumas fechados ............................................
* P103 – Importância do mecanismo de traum a e do tempo de tratamento da lesão do intestino delgado no trauma
fechado do abdome (TFA)................................................................................................................
* P104 – Sinais tomográficos em lesões de delgado por trauma abdominal fechado ..................................................
* P105 – Lesão de víscera oca em trauma fechado de abdome. Lesão por cinto de segurança. Relato de caso ................
* P106 – Esplenectomia tardia em trauma de baço: Relato de caso ........................................................................
* P107 – Pseudocisto de pâncreas após esplenectomia – Estudo de caso.................................................................
* P108 – Trauma duodeno-pacreático isolado um desafio diagnóstico relato de caso ................................................
* P109 – Apendicite aguda pós-trauma abdominal fechado: Coincidência ou etiologia? – Relato de caso......................
* P110 – Fístula colocutânea 15 dias após trauma abdominal fechado: Relato de caso...............................................
* P111 – Trauma no idoso em acidentes de trânsito: Análise de 495 casos ..............................................................
* P112 – Trauma torácico em vítimas de trânsito: Análise de 3680 casos................................................................
* P113 – Teor alcoólico em vítimas fatais de trânsito no IML de Belo Horizonte: Análise de 1997/2001......................
* P114 – Comparação do teor alcoólico em vítimas fatais de homicídio e suicídio por arma de fogo ............................
* P115 – Elevação da média de disparos por vítimas de homicídio em BH-MG: Análise de 4436 casos........................
* P116 – Necropsi as de vítimas de trânsito abaixo de 10 anos no IML de Belo Horizonte: 1997/2001..........................
* P117 – Necropsi as de vítimas do trânsito do IML de Belo Horizonte: Procedênci a e motivo do acidente ...................
* P118 – Incidênci a de empiema pleural nos ferimentos toraco-abdominais: Estudo dos fatores determinantes ..............
* P119 – Toracotomia de reanimação ..............................................................................................................
* P120 – Toracotomia ressuscitadora no trauma ................................................................................................
* P121 – Trauma cardíaco penetrant e – Estudo de caso.......................................................................................
* P122 – Lesão diafragmática traumática à direita associada à les ão complexa de fígado. Utilização do controle de
danos como opção tática no tratamento da hemorragia grave ...................................................................
* P123 – Laparotomia abreviada. Uma estratégi a no tratamento do paciente crítico ..................................................
* P124 – Tratamento de trauma penetrante de cabeça de pâncreas com drenagem: Relato de caso ...............................
* P125 – Análise da epidemiologia e da gravidade das vítimas de lesões penetrant es de intestino delgado em um
hospital terciário de urgências ...........................................................................................................
* P126 – Lesões abdominais associadas ao trauma de intestino delgado .................................................................
* P127 – Lesões do intestino delgado no trauma abdominal: Análise de 151 casos atendidos em 5 anos consecutivos
na unidade de emergência (UE) do HCFMRP/USP................................................................................
* P128 – Ferimentos penetrantes em abdome ....................................................................................................
* P129 – Tratamento não operatório de trauma hepático por arm a de fogo com instabilidade hemodinâmica .................
* P130 – Pseudo-aneurisma intra-hepático após ferimento por projétil de arma de fogo. Estudo de caso .......................
* P131 – Tratamento não operatório do trauma hepático por arma de fogo..............................................................
* P132 – Trauma hepático por arma de fogo de média velocidade: Por que ser seletivo na indicação cirúrgica ? ............
* P133 – Habilidade do cirurgião no diagnóstico tomográfico de lesões traum áticas abdominais .................................
* P134 – Análise epidemiológica das intoxicações exógenas causadas por carbamato ...............................................
* P135 – Caract erísticas epidemiológicas das vítimas de agressão por arma de fogo .................................................
* P136 – Implantação de grupo de urgências cirúrgi cas e trauma em hospital público de Campinas.............................
* P137 – Análise da triagem de risco na em ergência de um hospital terciário – Perspectivas de mudanças com a
regulação médica ............................................................................................................................
* P138 – Estudo da prevalência de acidentes de trânsito com crianças em Cascavel ..................................................
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* P139 – Monitoramento das ocorrências de acidentes de trânsito dos pacientes admitidos na unidade de
emergência de um hospital de referência .............................................................................................
* P140 – Estudo comparativo entre vítimas fatais de atropelam ento e de acident e motociclístico atendidos na
unidade de emergência do HCFMRP/USP...........................................................................................
* P141 – Epidemiologia dos acidentes de transporte atendidos na unidade de emergênci a (UE) do HCFMRP-USP
por 6 anos consecutivos ...................................................................................................................
* P142 – Aspectos epidemilógicos relacionados a vítimas de quedas .....................................................................
* P143 – Caract erização epidemiológica das vítimas de queimaduras em um hospital de referência .............................
* P144 – Perfil das vítimas de trauma atendidas pelo serviço de atendimento pré-hospitalar - SAMU/SP......................
* P145 – Perfil das ocorrências do serviço de atendimento móvel de urgência de Aracaju – SAMU 192 Aracaju............
* P146 – Distribuição horária dos acidentes de trânsito no município de Volta Redonda/RJ – Estudo ret rospectivo
de 1127 ocorrênci as ........................................................................................................................
* P147 – Atendimento ao paciente pediátrico vítima de trauma ............................................................................
* P148 – A violência urbana trans forma o perfil do at endimento de urgência em maternidade pública da zona oeste
da cidade de São Paulo ....................................................................................................................
* P149 – Participação do SAMU 192 Aracaju na corrida cidade de Aracaju............................................................
* P150 – Eu, criança queimada.......................................................................................................................
* P151 – Hipotermia acidental por submersão em gelo: Relato de 2 casos ..............................................................
* P152 – Queimadura por bronzeadores “ naturais” ............................................................................................
* P153 – Um caso de tétano...........................................................................................................................
* P154 – Dermatite bolhosa e necros e de pele por uso de colar cervical..................................................................
* P155 – Choque elétrico – Proposta de protocolo de atendimento em centro de referência em trauma .........................
* P156 – Embolia gordurosa como complicação do paciente politraumatizado ........................................................
* P157 – Aspectos epidemiológicos dos clientes admitidos na UTI de um hospital de traumas....................................
* P158 – Análise dos distúrbios de coagulação em pacientes pedi átricos com traumatismo craniencefálico atendidos
em uma UTI de referência em trauma .................................................................................................
* P159 – Análise de distúrbios glicêmicos em paci entes pediátri cos com traumatismo craniencefálico atendidos em
uma UTI de referência em trauma ......................................................................................................
* P160 – Protocolo básico de atendimento ao grande queimado em hospitais gerais .................................................
* P161 – Choque elétrico de baixa voltagem: Incidente de negligência pessoal ........................................................
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* P162 – Órteses e adapt ações em cadeira de rodas no tratamento de úlceras de pressão ............................................
* P163 – Sistematização da assistência de enfermagem aplicada em paci entes com traumatismo crânio-encefálico .........
* P164 – Assistência de enfermagem ao pacient e com trauma raquimedular ............................................................
* P165 – Conhecimento teórico dos graduandos de enfermagem: Avaliação primária no A.P.H..................................
* P165e1– Trauma cervical penetrante zona II – Atuação do setor de fonoaudiologia do Hospital João XXIII................
* P165e2– Perfil dos paci entes at endidos na tri agem de enferm agem do pronto socorro do Instituto Central do
Hospital das Clínicas.....................................................................................................................
* P166 – Resultados do tratam ento conservador de traumatismo esplêni co contuso conduzido por protocolo em
setor hospitalar diferenciado .............................................................................................................
* P167 – Tratamento do trauma renal: Conservador não cirúrgico versus cirúrgico ...................................................
* P168 – Ruptura traumática da junção ureteropélvica após trauma abdominal contuso.............................................
* P169 – Correlações entre a indicação de estudo radiológico e a gravidade do trauma renal contuso ...........................
* P170 – Epidemiologia dos traumas renais atendidos na unidade de emergência do HCFMRP-USP ...........................
* P171 – Mortalidade no trauma renal: Casuística de cinco anos da unidade de emergência do HCFMRP-USP..............
* P172 – Trauma renal fechado: A experiência no trat amento cons ervador não operatório em cinco anos de
casuística ......................................................................................................................................
* P173 – Trauma renal: Análise comparativa entre traumas fechados e penetrantes ..................................................
* P174 – Impacto das lesões traum áticas associadas diagnosticadas na tomografia computadorizada no tratamento
do trauma renal ..............................................................................................................................
* P175 – Hematoma retroperitoneal por traumatismo abdominal fechado. Relato de caso ..........................................
* P176 – Fratura do pênis com lesão uretral – Relato de caso e revisão de literatura..................................................
* P177 – Tratamento do pseudocisto de Morel-Lavallée após traumatismo contuso – Relato de caso ...........................
* P178 – Estrangulamento peniano por anel de aço: Como tratar? .........................................................................
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Lesão por empalamento – Relato de caso.............................................................................................
Abordagem nutricional na pancreatite traumática ..................................................................................
Lesão ureteral bilateral por projétil de arma de fogo ..............................................................................
A associação de l esão do trato urinário com lesões coloproctológicas por projétil de arma de fogo
influencia no tratamento cirúrgico? Experiência de 142 casos ..................................................................
* P183 – Sucesso no tratamento conservador não operatório do trauma renal penetrante: 12 casos ..............................
* P184 – Trauma renal penetrante: Análise de 5 anos de atendimento na unidade de emergência do HCFMRP-USP.......
* P185 – Tratamento conservador não operatório do traum a renal penetrante: A experiência da unidade de
emergência do HCFMRP-USP em cinco anos ......................................................................................
* P186 – Trauma renal: Análise epidemiológica das vítimas submetidas a trat amento cirúrgi co na unidade de
emergência do HCFMRP-USP ..........................................................................................................
* P187 – Lesões renais em ferimentos penetrantes toraco-abdominais: Experiência de 2 anos em hospital
secundário.....................................................................................................................................
* P188 – Trauma de genitália externa masculina por arma de fogo: Reconstrução imediata........................................
* P189 – Lesão penetrante em períneo por chi frada de bovinos em rodeios .............................................................
* P190 – Perfil epidemiológico de cri anças atendidas por queimadura em hospital de pronto socorro de Belo
Horizonte ......................................................................................................................................
* P191 – Índices de gravidade em trauma: Diferença entre ISS e NISS ..................................................................
* P192 – Vigilância epidemiológica dos acidentes e violências: Um relato de experiência .........................................
* P193 – O impacto do trauma em vítimas de acidente de motocicleta ...................................................................
* P194 – Avaliação epidemiológica dos idosos vítimas de traumas........................................................................
* P195 – Proposta de um protocolo para documentação da morbidade das vítimas de acidentes de trânsito ..................
* P196 – Traumatismo em idosos – Avaliação epidemiológica ............................................................................
* P197 – Treinamento para o atendimento ao trauma, e educação para sua prevenção: Atividades do núcleo do
trauma da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.......................................
* P198 – O comportamento das vítimas de acidentes de motocicletas com relação ao uso de medidas de segurança ........
* P199 – Ocorrência de aneurisma de tronco tibioperoneiro roto pós-traumático ......................................................
* P200 – Lesão bilateral de art éria carótida por traumatismo contuso – Relato de caso..............................................
* P201 – Dissecção de artéri a carótida interna após traum a contuso: Relato de caso .................................................
* P202 – Reimplante do membro superior após amputação semitotal – Relato de caso ..............................................
* P203 – Oclusão arterial aguda de artéria poplítea após trauma contuso de fossa poplítea .........................................
* P204 – Trauma na criança – Estudo retrospectivo de 58 atendimentos realizados pela usa .......................................
* P205 – Tempo-resposta do atendimento pré-hospitalar para vítimas de acidentes de trânsito atendidas pelo SAMU
192 Aracaju ...................................................................................................................................
* P206 – Integração de empresas públicas e privadas de Aracaju na prevenção ao trauma após o funcionamento do
SAMU 192 Aracaju ........................................................................................................................
* P207 – SAMU 192 Aracaju: Importante observatório na melhoria da qualidade de vida da população .......................
* P208 – Perfil do paciente pediátrico clínico assistido pelo SAMU 192 Aracaju .....................................................
* P209 – Perfil dos óbitos decorrentes de acidentes de transporte at endidos na unidade de emergência do HCFMRPUSP .............................................................................................................................................
* P210 – Revised Trauma Score (RTS) – Preditor de sobrevida e de resolubilidade em um serviço de atendimento
pré-hospitalar – SAMU/SP ...............................................................................................................
* P211 – Acidentes de transporte: Relação entre vítimas fatais e o traumatismo crânio-encefálico (TCE)......................
* P212 – Ações educativas na prevenção de queda do idoso – o que tem sido feito? .................................................
* P213 – Análise custo X benefícios da intervenção do SAMU 192Aracaju em casos de trauma ................................
* P214 – Análise da gravidade das lesões, tratamento e hora do óbito de 78 vítimas fatais de acidentes de transporte
atendidas na unidade de emergência do HCFMRP/USP..........................................................................
* P215 – Trauma crânio-encefálico em pré-escolar após acidente domiciliar ...........................................................
* P216 – Atendimento à vítima com trauma raquimedular (TRM): Conhecimento X qualidade ..................................
* P217 – Análise comparativa dos resultados de vítimas com e sem TCE segundo o Revised Trauma Score da fase
pré-hospitalar.................................................................................................................................
* P218 – Trauma em obesos – Uma nova realidade ............................................................................................
* P219 – Trauma em obesos – Queda de nível...................................................................................................
* P220 – Ressuscitação cárdio-pulmonar..........................................................................................................
* P221 – Mudança de comportam ento frente a emergências em uma penitenciária modelo no interior do PR.................
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* P222 – Implantação do sistema de atendimento de em ergência e primeiros socorros em uma penitenci ária modelo
no interior do Paraná .......................................................................................................................
* P223 – Traqueostomia em hospital de referência para trauma ............................................................................
* P224 – Epidemiologia e caract erização da evisceração no paciente vítima de trauma..............................................
* P225 – Hematoma retroperitoneal pós-parto normal.........................................................................................
* P226 – Análise dos distúrbios de coagulação em pacientes pedi átricos com traumatismo craniencefálico atendidos
em uma UTI de referência em trauma .................................................................................................
* P227 – Análise do trauma raquimedular em pacientes pediátricos com traumatismo crani encefálico atendidos em
uma UTI de referência em trauma ......................................................................................................
* P228 – Lesões raquimedulares cervicais: Análise epidemiológica das lesões associadas ..........................................
* P229 – Choque elétrico de alta voltagem com resposta a desfibrilação tardi a ........................................................
* P230 – Análise da disautonomia simpática em pacientes pediátricos com traumatismo craniencefálico atendidos
em uma UTI de referência em trauma .................................................................................................
* P231 – Trauma em mão por acidente de trabalho.............................................................................................
* P232 – Exploração de lesões corto-contusas: Alerta ao plantonista geral ..............................................................
* P233 – Epidemiologia da violência observada em hospital da região sul de São Paulo............................................
* P234 – Análise do tratamento da hipertensão intracraniana em pacientes pediát ricos com traumatismo
craniencefálico atendidos em uma UTI de referência em trauma ..............................................................
* P235 – Avaliação do balanço nitrogenado nos pacientes críticos submetidos à terapia nutricional .............................
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VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P001
PACIENTES DE TRAUMA NA UTI: RELAÇÃO ENTRE
GRAVIDADE E DEMANDA DE CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Gonçalves RC, Alves JCD, Whitaker IY, Zanei SSV
Universidade Federal de São Paulo – Depto. de Enfermagem São Paulo/SP
A utilização de instrumentos que quanti ficam a demanda de cuidados de
enfermagem possibilita planejar, de form a objetiva, uma assistênci a de
enfermagem conforme as necessidades dos pacientes. Em Unidade de terapia
Intensiva (UTI), tal prática além de favorecer a recuperação do paciente
crítico, favorece a otimização dos recursos com vistas à melhoria da qualidade
da assistência prestada. Além disso, a demanda de cuidados de enfermagem
(CE) pode estar relacionada com a gravidade do paciente da UTI. O objetivo
desta investigação foi veri ficar a rel ação entre tempo necessário para a
realização de CE com a sobrevida, o período de internação e a gravidade dos
pacientes de trauma na UTI. A coleta de dados foi realizada em 4 UTIs do
Hospital São Paulo/UNIFESP no período de setembro/02 a agosto/03. Os
dados foram obtidos do prontuário do paciente, acompanhando-o desde a sua
admissão na UTI até a alta hospitalar. A gravidade dos pacientes foi definida
conforme o Acute Physiology and Chronic Health Evalution (APACHE), o
New Injury Severity Score (NISS) e para estimar as horas de CE utilizou-se o
Therapeutic Intervention Scorin System (TISS-28). Dados de 68 pacientes
revelaram que entre os que s aíram de alta da UTI a m édia do APACHE II e
TISS-28 foi menor (p=0,003 e p=0,002) em relação aos que morreram, mas a
gravidade do trauma (NISS) não foi est atisticamente di ferente (p=0,224). O
TISS-28 das últimas 24 horas foi m enor nos paci entes que receberam alta
hospitalar em relação aos que morreram após alta da UTI (p<0,001). A
quantidade de horas de CE não se relacionou com o tempo de permanência
seja na UTI ou em outra unidade após alta (p=0,672; p=0,108). Os pacientes
que demandaram mais horas de CE obtiveram escores do APACHE II e NISS
mais elevados (p=0,001; p=0,004), respectivamente, seis e cinco horas de
cuidados de enfermagem. Considerando que, o cálculo fundam entado no TISS
- 28 não abrange a demanda de cuidados de enfermagem na sua totalidade,
nesta amostra, os pacientes mais graves deveriam ser cuidados por mais de
um profissional de enferm agem em cada turno de seis horas de trabalho.
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VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P002
O ESTRESSE DO ENFERMEIRO EM PRONTO-SOCORRO
Martins ALM, Souza EAN, Penna LV, Hollanda LLMA, Rodrigues MG,
Reis TPC, Calil AM
Faculdade Metropolitana Unidas - Uni-FMU / São Paulo – S.P
Introdução: As mudanças que ocorrem nas grandes metrópoles, os avanços
tecnológicos, são responsáveis pela sobrecarga emocional das pessoas, e esses
fatos acabam tornando-se agentes precursores do estresse. A realidade do
mundo atual ,a desorganização e a burocracia por órgãos superiores e a falta
de subsídios para os enfermei ros se adaptarem à tantas mudanças são fatores
que contribuem para elevar os níveis de estress e nestes profissionais.
Objetivo: Identifi car as principais causas geradoras de estresse do enfermeiro
no Pronto-Socorro. Método: Trata-s e de um estudo prospectivo, dirigido,
realizado durante o curso de Pós-Graduação na Área de Pronto-Socorro. Foi
elaborado um instrumento de coleta de dados contendo duas partes: uma com
dados de identi ficação dos profissionais e outra com as principais questões
relacionadas ao estresse. Resultados: Foram entrevistados 25 enfermeiros,
treze (52%) atuavam em entidades Públicas, destes, dezenove (76%) são do
sexo feminino; quanto à faixa et ária, doze tinham (48%) idade ent re 20-30
anos; quanto aos turnos de trabalho compreenderam: dez (40%) no período
matutino. Dos 25 enfermeiros entrevistados: quatorze (56%) entendem
estresse como uma reação à situações limites. Oito (32%) referiram que os
principais fatores de estresses estão relacionados à relacionam entos
profissionais, seis (24%) à dem anda exacerbada de paci entes, cinco (20%) ao
número de funcionários insufi cientes, quatro (16%) à falta de organização da
unidade, dois (8%) à sobrecarga de trabalho. Treze (52%) referiram que os
agentes estressores agem de form a positiva na unidade e resultam em uma
melhoria do ambiente de trabalho. Quinze (60%) dos entrevistados sugeriram
para melhorar o nível de estresse na equipe. Treze (52%) referiram que a
empresa não se preocupa com o bem-estar do funcionário, que acarreta
insatisfação pessoal e profissional. Conclusão: As principais causas
identificadas como agentes estressores nos enfermeiros foram: falta de
relacionamento, demanda exacerbada de pacient es, insuficiência de
funcionários, falta de organização da unidade, sobrecarga de trabalho.
Concluímos após a aplicação do instrumento de pesquisa que todos os
entrevistados sugeri ram que o nível de estresse da equipe de trabalho poderia
ser melhorado se ocorresse melhora do ambiente e houvesse diálogo entre a
equipe multiprofissional, mais a atuação da educação continuada.
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VI SBAIT
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21 a 23 de outubro de 2004
P003
TRADUÇÃO E VALIDAÇÃO DO "GAVESTON ORIENTATION AND
AMNESIA TEST" (GOAT) PARA A LÍNGUA PORTUGUESA
Silva SFC, Sousa RMC
Centro Universitário São Camilo - SP
A Amnésia Pós Traumática (APT) é um distúrbio do conteúdo da consciência,
sua duração é um indicador de gravidade da lesão craniana contusa e da
duração da incapacidade subseqüent e. O "Gaveston Orient ation and Amnesia
Test" (GOAT) foi um dos primeiros de uma série de instrumentos que têm o
propósito de estabel ecer prospectivamente o término da APT após TCE. A
proposta deste estudo foi traduzir e validar o GOAT para uso em nosso meio.
Sua aplicação em 73 vítimas de TCE contuso juntamente com a avaliação do
nível de consciênci a pela Escala de Coma de Glasgow (ECG), até a alta
hospitalar ou o término da APT, permitiu verificar as propriedades de medida
do instrumento. A confiabilidade veri ficada pelo Al fa de Cronbach resultou
em 0,76. Para validação convergente, uma das hipóteses formuladas afi rmava
que o valor obtido na primeira avaliação realizada com a ECG pela
neurocirurgia correlacionava-se positivamente com os escores obtidos na
primeira avaliação com o TAOG. O pressuposto de correlação positiva
baseou-se no signi ficado dos es cores dos instrumentos, que em ambas
aplicações apresentam sentido similar: alterações acentuadas são designadas
com baixas pontuações e est ados de normalidade no parâmetro medido são
indicados por elevados valores. Ainda para a validação convergente, outra
hipótese formulada pressupôs que a duração da amnésia pós-traumática, em
dias, estabelecida por meio da aplicação do TAOG, apresentava correlação
negativa com os valores da primei ra avaliação pela ECG. A capacidade
discriminativa do TAOG foi avaliada, pela comparação das m édias da
pontuação obtida na sua primeira aplicação nas vítimas, de um grupo caso e
um outro grupo controle. O grupo controle foi constituído de pacientes que
tiveram indicação de trauma moderado e leve pelos escores da ECG e o grupo
caso teve como componentes as vítimas com trauma grave, segundo a
pontuação da m esma escal a. Dando seqüência à validade discriminante do
instrumento, considerou-se diretam ente a duração da APT determinada pela
aplicação do TAOG e os m esmos grupos formados segundo gravidade do
TCE indicado pela ECG. Provas estatísticas foram realizadas e todos os testes
evidenciaram a validade convergente e discriminante do TAOG.
Sumarizando, os resultados observados somam-se às indicações de estudos
anteriores e dão suporte para a aplicação do TAOG em nosso meio como um
indicador do término da APT e da alteração cerebral após TCE contuso.
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VI SBAIT
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21 a 23 de outubro de 2004
P004
A APLICABILIDADE DO TESTE DE AMNÉSIA E ORIENTAÇÃO DE
GALVESTON (TAOG)
Silva SFC, Sousa RMC
Centro Universitário São Camilo
As alterações do nível da consciênci a e a duração da APT têm-se mostrado
importantes indicadores da gravidade do TCE. A Escala de Coma de Glasgow
(ECG) é o instrumento mais utilizada para graduar alterações de consci ência e
o "Gaveston Orientation and Amnesia Test" é um importante instrumento para
detectar a amnésia pós-traumática e determinar sua duração. Para determinar a
pontuação no TAOG é aplicado um instrumento com 10 questões. Várias
situações impeditivas para sua utilização s ão vivenciadas na prática clínica,
principalmente relacionadas à incapacidade das vítimas em manter
comunicação verbal. A ECG, por s e trat ar de es cala consagrada
mundialmente, prática e de fácil aplicação, amplamente utilizada na avaliação
de vítimas após TCE pode ser indicador import ante do momento ap ropriado
para a aplicação do TAOG. Tais considerações motivaram um estudo
prospectivo de seguimento de vítimas de TCE para identi ficar, através das
pontuações total e parcial da ECG, o momento mais adequado para a
aplicação do TAOG. A coleta de dados realizou-s e no Complexo do Hospital
das Clínicas da Faculdade de M edicina da Universidade de São Paulo
(HCFMUSP) no período de 01/2001 a 05/2001, através de instrumento
individual para registro dos dados referent es à vítima em seguimento.
Participaram do estudo vítimas de TCE contuso, entre 12 e 60 anos de idade,
sem diagnóstico anterior de TCE ou alteração de memória, atendidas no
hospital após o trauma e internadas para tratamento. Para identifi car o
momento mais adequado para a aplicação do TAOG, pontuações parciais e
totais da ECG obtidas durante o seguimento das vítimas, foram analisadas
perante o TAOG, considerando os resultados obtidos e a possibilidade de sua
aplicação. Nas análises realizadas sobre a aplicabilidade do TAOG, pode-se
observar que a pontuação mínima na ECG em que se pôde obter a
colaboração da vítima para aplicação do teste foi 12, com pontuações parci ais
de 2 nos parâmetros Abertura Ocular, 4 em Melhor Resposta Verbal e 6 em
Melhor Resposta Motora. As vitimas com escores 14 e 15 na ECG, com
pontuações parciais de 3 ou 4 no item Abertura Ocular, 4 ou 5 em Resposta
Verbal e 6 em Resposta Motora foram as que alcançaram valor 75 no TAOG.
Tendo em vista que pontuações menores de 75 indicam que a vítima ainda
encontra-se no período de amnésia, tais resultados apontam para a aplicação
desse instrumento após as vítimas alcançarem essas pontuações na ECG.
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VI SBAIT
VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P005
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DA DOR AGUDA EM
VÍTIMAS DE ACIDENTE DE TRANSPORTE
Calil AM, Pimenta CAM
Escola de Enferm agem da USP – São Paulo – SP
Introdução: A dor é reconhecida como uma das principais conseqüências do
trauma e suas repercussões identifi cadas como potencialmente prejudici ais
para o organismo. Embora freqüente, pouca atenção tem sido concedida ao
traumatizado no que se refere ao controle álgico em nosso meio. Objetivo:
Caract erizar aspectos da dor aguda em vítimas de acident es de transporte
atendidas em um pronto-socorro referência para trauma. Método: Trata-se de
um estudo prospectivo, realizado num hospital geral governamental (Centro
de referência para o atendimento ao trauma), no período de M arço a Maio de
2002. Critérios de inclusão: os pacientes serem provenientes da cena do
evento, vítimas de acidentes de transporte, Escal a de Coma de Glasgow = 15,
idade igual ou superior a 16 anos. Os pacientes foram entrevistados em dois
momentos distintos, a saber: 1ª pergunta após a avaliação inicial do ATLS
e/ou estabilização do quadro, ou da chegada da pesquisadora e a segunda
pergunta após 1 hora da intervenção analgésica ou 3 horas sem intervenção
analgésica. A avaliação da dor se fez por meio da Escal a Analógica Visual
(EAV) de dor (0 – 10). As ent revistas foram todas realizadas pela
pesquisadora após autorização do Comitê de Ética do hospital e assinatura do
Termo de Consentimento livre e es clarecido. Resultados: Foram
entrevistados 100 pacientes e a dor foi um fenômeno encontrado em 90
(90,0%) dos casos. Quanto à intensidade dolorosa, observou-se que na 1ª
avaliação 56,0% tinham dor intensa (EAV = 8 – 10) e 29,0% dor moderada (5
– 7). Na 2ª avaliação 26,0% tinham dor intensa e 38,0% permaneci am com
dor moderada; 79,0% referiram início da dor logo após o evento traumático (t
< 5’); 82,0% sentiram dor de forma contínua; 48,9% citaram o repouso como
fator at enuante e 44,4% a m anipulação por terceiros como fator agravante.
Conclusão: Esses achados apontam para aspectos relevantes como a
confirmação da dor como um evento comum no traum a. A análise da
intensidade dolorosa mostrou a magnitude da m esma (moderada e intensa)
relacionada às vítimas de acidente de transporte, que a mesma surge poucos
minutos após o evento e se mantém de forma contínua, caus ando prejuízos
orgânicos e humanos desconhecidos no setor de emergência e em nosso meio.
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VI SBAIT
VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P006
RECRUTAMENTO DE NEUTRÓFILOS ATRAVÉS DA BARREIRA
HEMATO-RETINIANA: IMPORTÂNCIA DA ISQ UEMIA HEPÁTICA
PÓS-TRAUMÁTICA
Fontelles MJ, Mantovani M, Hirano ES, Morandin RC, Schenka AA
Cirurgia do Trauma da Faculdade de Ciênci as Médicas da UNICAMP –
Campinas/SP
Trabalho realizado pela Disciplina de Cirurgia do Trauma da Faculdade de
Ciências Médicas da Unicamp - Campinas, SP. Introdução: o trauma
representa a terceira caus a de mort e na população em geral e a primeira até a
quarta década de vida. O fígado constitui o órgão mais atingido no trauma
abdominal fechado e, nestes paci entes, o clampeamento da tríade port al induz
a lesões hepáticas com alterações próprias da síndrome de
isquemia/reperfusão com repercussão em órgãos distantes. Objetivo: estudar,
comparativam ente, os efeitos da isquemia e reperfus ão hepática total sobre o
acúmulo de neutrófilos na retina de ratos em normovolemia e sob estado de
choque hemorrágico controlado. Método: 32 ratos Wistar, machos, foram
divididos em quatro grupos de oito animais cada: grupo Controle, submetido
aos procedimentos padrões com um período de 60 minutos de observação;
grupo Choque, submetido a choque hemorrágico cont rolado (PAM=40
mmHg, 20 min.) seguido de reposição volêmica (Ringer lactato + sangue, 3:1)
e reperfusão (60 min.); grupo Pringle, submetido à isquemia hepática total (15
min.) e reperfus ão (60 min.); grupo Total submetido a choque hemorrágico
controlado (15 min.) seguido de reposição vol êmica (Ringer lactato + sangue,
3:1) mais isquemia hepática total (15 min.) e reperfusão (60 min.). As
dosagens do lact ato arterial e do déficit de base foram utilizadas para
caracterizar o estado de choque hemorrágico com baixa perfusão tecidual. A
contagem de neutrófilos, extravascular, na retina foi efetuada após a eutanásia
dos animais. Resultados: os valores da contagem de neut rófilos na retina
mostraram não ter havido di ferenças entre os grupos estudados com p=0,290
(Controle 0.10–0.30, Choque 0.30–0.70, Pringle 0.10–1.10, Total 0.70–0.40).
Conclusão: a isquemia hepática total por 15 minutos, seguida de 60 minutos
de reperfusão, associ ada ou não ao estado de choque hemorrágico controlado,
não causa acúmulo de neutrófilos na retina de ratos.
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VI SBAIT
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21 a 23 de outubro de 2004
P007
PROTEÍNA HSP 70 SÉRICA COMO MARCADORA PREDITIVA
PRECOCE DE DESFECHO FATAL NO TRAUMATISMO CRÂNIOENCEFÁLICO SEVERO EM HOMENS
Gehrke J, Rocha AB, Borges L, Grivicich I, Schneider RF, Regner A
Universidade Luterana do Brasil – Canoas/RS
SAMU – Porto Alegre/RS
O traumatismo crânio-encefálico (TCE) está associ ado com uma mortalidade
entre 35 e 70%. Marcadores bioquímicos de dano/ estresse celular têm sido
investigados como marcadores prognósticos no traum a cerebral. Portanto, o
objetivo do presente trabalho foi determinar se os níveis séricos de Hsp 70
estão correl acionados com o des fecho fatal no TCE severo. Para tanto, 20
homens vítimas de TCE severo (GCS 3-8) e 8 voluntários masculinos
saudáveis foram incluídos neste estudo prospectivo. Apenas os pacientes
admitidos no CTI de trauma até 12 horas após o traumatismo (média de 10,8
horas após o trauma) foram incluídos no estudo. As variáveis clínicas de
des fecho utilizadas foram: a mortalidade, o tempo decorrido até a alta da UTI
e o status neurológico na alta da UTI (aferido pelo es core de GOS). Amostras
de sangue venoso peri férico foram coletadas: na admissão na UTI (primeira
amostra), 24 horas e 7 dias após a primeira amostra. Os níveis séricos de Hsp
70 foram aferidos por ELISA. As concentrações séri cas médi as de Hsp 70
foram signifi cativamente mais altas no grupo com TCE (97,6 ng/mL) em
comparação com o grupo controle (12,2 ng/mL). O TCE severo apres entou
taxa de mortalidade de 50%. At é 20 horas após o TCE severo, níveis séricos
elevados de Hsp 70 se correlacionaram signi ficativament e com o des fecho
fatal ( Spearman´s rho=0,563 p=0,002). A sensibilidade e especi ficidade da
proteína Hsp 70 sérica como marcadora preditiva de mortalidade,
considerando-se o valor de “ cutoff” de 62 ng/mL é de 70% e 80%,
respectivamente, nas primeiras 20 horas após o TCE severo. Portanto, o nível
sérico elevado de Hsp 70 pode ser considerado um marcador preditivo
precoce de des fecho fat al no TCE severo.
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VI SBAIT
VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P008
CINÉTICA DA NEOVASCULARIZAÇÃO DE AUTOIMPLANTES
ESPLÊNICOS EM RATOS
Barreto ET, Cunha-Melo JR, Alves HJ
Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais
Introdução: O baço é o maior órgão linfático do corpo humano e t em grande
importância na form ação de linfócitos e monócitos, na fagocitose, na
destruição de eritrócitos e na reserva de ferro e sangue. Objetivo: O intuito do
trabalho foi estudar a cinética da neovas cularização de autoimplantes de baço
na cavidade abdominal após esplenectomia em ratos. Material e Métodos:
Sessenta e oito fêm eas de ratos suíços foram submetidas à espl enectomia. O
baço de cada animal foi cort ado e os fragmentos foram implantados na
cavidade
abdominal.Grupos
de
animais
foram
mortos
após
1,2,3,5,7,15,21,28,42,56,70 e 84 dias.Microes feras fluorescent es de
poliestireno foram introduzidas na circulação s anguínea dos ratos ant es da
morte e os baços foram removidos 5 minutos após para microscopia óptica e
eletrônica.Os vasos mes entéricos foram injetados com látex colorido para o
estudo da origem da vascularização. Resultados: Três dias passados do
implante as microes feras foram observadas em sua peri feri a e migrando para
as partes mais internas do implante nos dias subs eqüentes.O suprimento
sanguíneo dos fragm entos tem sua origem em ramos das artérias esplênica,
gástrica curta, m esentérica e gastroepiplóica. Conclusão: A revascularização
dos implantes esplênicos se process a cent ripetamente, iniciando já no terceiro
dia após o implante.
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VI SBAIT
VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P009
LESÕES DIAFRAGMÁTICAS PÉRFURO CORTANTES – ESTUDO
EXPERIMENTAL EM RATOS
Saad Jr. R, Gonçalves R, Gianinni J, Botter M, Neto DV
Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
Introdução: A crença de que toda lesão diafragmática possa evoluir com
complicações, entre elas as hérnias, exige que na sua suspeita est as devem ser
sistematicamente exploradas (ferimentos penetrantes na zona de transição
tóraco-abdominal). Contudo existe uma lacuna na literatura relatando se é
possível a regeneração diafragmática espontânea. Objetivo: Determinar se é
possível a regeneração espontânea em ratos. Método: Lesão pérfuro-cortante
experimental em ratos da raça Wistar e traçar a história natural das feridas.
Resultados: 74% dos ratos estudados evoluíram com hérnia
diafragm ática;18,5% evoluíram com les ão sem herniação e 7,5% evoluíram
com cicatri zação espontânea do diafragma.Nos animais que evoluíram com
hérnia, o cólom foi o órgão mais freqüent emente acometido com
estrangulamento (80% dos casos ). Conclusão: A cicat rização espontânea em
ratos foi experimentalmente possível.
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21 a 23 de outubro de 2004
P010
MÉTODO SIMPLES PARA INTUBAÇÃO OROTRAQ UEAL EM
RATOS
Rezende-Neto JB, Pereira GMV, Nascentes B, Andrade MVM, Oliveira RG,
Cunha-Melo Jr.
Depart amento de Cirurgia Faculdade de Medicina da UFMG
Introdução: A utilização de animal de pequeno porte em experimentos
cientí ficos apres enta vantagens importantes. No entanto, traz di ficuldades de
manipulação por dois motivos: pequeno tam anho das estruturas, inexistência
de material adequado para realizar os mesmos procedimentos feitos em
humanos. Pesquisas simulando politraumatizados e pacientes críticos
geralmente necessitam de animais em ventilação mecânica. Objetivo:
Demonstrar método simples de intubação orotraqueal em ratos utilizados.
Método: Cinqüenta (n=50) ratos (Wistar), pesando entre 250 e 300g,
anestesiados por via intra-peritoneal com ket amina 9mg/100g e xilasina
15mg/kg foram colocados em decúbito dors al com a boca na altura dos olhos
do pesquisador sobre coxim transversal infraclavicul ar. Ao redor dos incisivos
centrais superiores é passado fio de seda 2-0 para m anter a abertura bucal. O
fio é afixado no suporte de isopor sobre o qual está o animal. Um foco
simples com lâmpada comum de 60Watts é posicionado sobre a região
cervical anterior do animal há aproximadam ente 2 cm dos pêlos. Traciona-se
manualmente a língua para fora e para cima. Em seguida, introduz-se espátula
de metal na cavidade oral até a base da língua elevando-a em direção à
mandíbula. Sob visão direta da epiglote e abertura da glote, introduz-se cateter
intravenoso nº 16G de 6cm. Resultados: O permitiu a intubação de todos os
animais com sucesso e a colocação dos mesmos em ventilação mecânica por
90 minutos sem vazamento de ar ao redor do cateter, exteriori zação ou
complicações associ adas ao mesmo. Após 24 horas da primei ra intubação os
animais foram re-intubados da mesma manei ra para outros experimentos
inclusive para lavado bronco-alveol ar sem complicações. O tempo gasto no
ato da intubação é de aproximadament e 15 segundos. Conclusão: Outros
métodos utilizados para intubação orotraqueal de ratos requerem aparelhagem
especial como, fibra ótica, mini-laringoscópio, jogo de espelhos refl etores ou
guia metálico. A opção de intubação às cegas apresenta alto índice de
insucesso. O método apresentado não utiliza mat eriais especi ais e a espátula
de metal pode ser re-utilizada e esterilizada.
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VI SBAIT
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21 a 23 de outubro de 2004
P011
TRAUMA ORBITÁRIO RELATO DE CASO
Vinicius AM, Tiago SB, Saturnino R, Filgueiras AMM, Rodrigo P
Serviço de Cirurgia geral do Hospital das Clinicas Costantino Otaviano
Teresópolis/RJ
Introdução: A grande preocupação de um traum a de face é o acometimento
ocular. Os traum as com envolvimento do globo são a segunda caus a de
amaurose. Objetivo: Demonstrar alguns tipos de lesões extensas orbitári as e
periorbitárias através de métodos semiológicos e de exam es complement ares
com auxílio multidisciplinar em situações de trauma. Métodos: Relato de
caso casos e revisão sistemática da literatura. Realizada análises retrospectivas
da bibliografia médica pesquisada no banco de dados Medline. Resultados:
Caso 1Paciente m asculino, 53 anos, branco, casado, serralhei ro, natural do
Rio de Janeiro. Admitido em nosso servi ço referindo acidente durant e sua
atividade de trabalho poucas horas antes de seu atendimento. Chamava
atenção ao exam e ectoscópico, um importante estrabismo divergent e de olho
direito, além da pres ença de um corpo estranho metálico na região front al
associado a um hematoma periorbitário à esquerda. A motilidade ocular não
apres entava restrições em ambos os olhos. No cover test mostrava fixação
com ambos os olhos, porém com clara dominânci a do olho esquerdo. O
paciente relata que este desvio o acompanhava desde a adoles cênci a. Não
fazia uso de correção óptica e no momento do trauma não utilizava óculos de
proteção. A acuidade visual, surpreendendo os examinadores, era de 20/30 em
ambos os olhos. A biomicroscopia e a tonometria encontravam-s e dentro dos
limites da normalidade. A fundoscopia evidenciou apenas alterações
vasculares compatíveis com a idade. A radiografi a simples do crânio em
antero-posterior e perfil demonstrou a pres ença de artefato metálico na
projeção da cavidade orbitária esquerda . A tomografi a computadorizada de
órbita revelou o mesmo artefato em região intraconal em contato com
músculo reto medial esquerdo e adjacente ao nervo óptico. Após discussão
com as equipes de Radiologia, Neurocirurgia, Cirurgia Bucomaxilofacial e
equipe de OculoPlástica do Instituto Benjamin Constant, optamos pela técnica
de tração e deslizamento do corpo estranho em ambiente cirúrgico. No
seguimento do paciente não se observou hematomas e/ou sequelas visuais.
Conclusões: Diante de um caso de um trauma orbitário complexo a conduta
diagnóstica e a investigação clínica são fundamentais para uma melhor
escolha terapêutica. A abordagem multidiciplinar no tratamento é de
fundamental importância para a recuperação do paciente.
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VI SBAIT
VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P012
ENTUBAÇÃO SUBMENTO TRAQ UEAL – UMA ALTERNATIVA
PARA OS TRAUMAS MÚLTIPLOS EM FACE
Giovedi R, Almeida AFMG, Gavranich Jr. J, Stefani PV, Leandro LFL
Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Faxial Dr. Luiz Fernando
Lobo Leandro - São Paulo – SP
Introdução: Os traumas que envolviam 1/3 médio e 1/3 inferior de face,
impossibilitavam o correto tratam ento cirúrgico dependent e de oclusão
dentária utilizada, como referência para uma corret a redução, pois a entubação
oro-traqueal e a impossibilidade da entubação naso-traqueal apresentavam-se
como fatores limitantes. Objetivo: Demonstrar abordagem cirúrgica realizada
em conjunto com a equipe de anestesiologistas, que permitiu procedimento
cirúrgicos conjuntos de maxila e mandíbula , sem restri ção de referência
oclusal. Métodos: Apresent ação de caso clínico Resultados Apresent ação de
caso clínico. Conclusão: O acesso submentual permite entubação adequada,
sem maiores riscos e limitações de tratamento cirúrgico em 1/3 médio e
inferior de face.
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P013
EXPLOSÃO DE ESÔFAGO PÓS-TRAUMA – RELATO DE CASO
Almeida ÊMBDP, Vieira DG, Oliveira LR, Marra AC, Silva AMF,
Becker OM
Serviço de Cirurgia Geral do Hospital Municipal Dr. José de Carvalho
Florence de São José dos Campos - SP.
Introdução: A "Síndrome do Tanque" é definida como um trauma que ocorre
em andar superior de abdome após queda do tanque sobre a região epigástrica,
acometendo vís ceras abdominais principalmente o pâncreas e o duodeno.
Objetivo: O objetivo deste trabalho é relatar o caso de um trauma com tanque
onde o órgão afetado foi o esôfago torácico. Rela to de Caso: Paciente G.R.F.
, 2 anos e 8 meses, feminino, natural de São Sebastião - SP, foi atendida pelo
Serviço de Cirurgia Geral do Hospital Municipal Dr. José de Carvalho
Florence encaminhada do Hospital das Clínicas de São Sebastião após 5 dias
de trauma. No relatório de t rans ferência constava história de laparotomia
branca no dia do trauma por suspeita de rotura de baço em 2 tempos,
drenagem de hemitórax direito no 1º pós-operatório por velamento do mesmo
no RX de tórax, realização de Tomografia Computadorizada de tórax no 2º
pós operatório devido evolução des favorável do caso e trans ferência no 4º pós
operatório para este serviço com hipótese diagnóstica de "fístula torácica"
devido saída de alimentos pelo dreno de tórax. Paciente foi avaliada pelo
cirurgião de tórax que indicou a toracotomia exploradora. Na cirurgia
observou-se lesão Grau IV de esôfago torácico com aproximadam ente 5 cm
de extens ão, além de grande quantidade de fibrina e restos alimentares na
cavidade. Optou-se, devido ao quadro clínico e tempo de evolução, pela
realização de esofagectomia com esofagostomia terminal e gastrostomia com
reconstrução num 2º tempo. Paciente evoluiu satis fatoriamente o pósoperatório recebendo alta hospitalar. No momento após 5 mes es do trauma
apres enta-se com crescimento e des envolvimento normais e prepara-se para
reconstrução do trânsito no próximo mês.
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21 a 23 de outubro de 2004
P014
TRAUMA CERVICAL CONTUSO COM RUPTURA COMPLETA DE
LARINGE E HIPOFARINGE – RELATO DE CASO
Rocha DCM, Nardi D, Bueno JGP, Costa GJR, Nishimoto CK,
Guimarães GR
Hospital de Pronto Socorro João XXIII - FHEMIG. Belo Horizonte / MG
Introdução: O trauma cervical apres enta como particularidade a possibilidade
de lesar estruturas nobres de sistemas distintos (vascular, respiratório,
digestivo), muitas das vezes definindo lesões críticas que causam as fixi a e
morte na cena do acident e. Descrição do Caso: Paciente masculino com 25
anos de idade, trazido à unidade de emergência, após acidente de carro, com
relato de ECG-07/15, na cena, e impossibilidade de intubação orotraqueal.
Admitido com quadro de obstrução da via aérea superior e com evidência de
lesão da laringe, pois, durante a tentativa de intubação, o tubo abaulava a pele
da regi ão cervical. Ventilação através de cri cotireoidostomia por punção s em
sucesso, obtenção de via aérea cirúrgi ca com tubo no. 06. Lesões associadas:
TCE (LAD, contusão frontal), fratura de processo espinhoso de C7, sem
deficits, fratura de antebraço E, fratura de tornozelo E, laceração perineal. No
bloco cirúrgico, foi submetido a traqueostomia e em seguida a cervi cotomia
exploradora. Identi ficada lesão glótica e supraglótica completa da laringe,
lesão completa da hipofaringe, sem lesões vasculares aparentes. Realizada
reconstrução da laringe, da hipofaringe e passagem de sonda naso-entérica
sob visão diret a. No 13º. DPO, TC da região cervical evidenciou oclusão de
segmento glótico de ± 03 cm de extensão, indicada, assim re-operação pelo
serviço de cirurgia de Cabeça e Pescoço. Realizada revis ão das lesões,
tireoidotomia e colocação de prótes e laríngea de Montgomery. O paciente
recebeu alta hospitalar alimentando-se e está em acompanham ento
ambulatorial. A prótese foi retirada após 45 dias e o paci ente está atualmente
sendo submetido a dilat ações da laringe. Conclusão: Neste caso inusitado, o
paciente, cujo acident e foi próximo ao centro de traum a, foi admitido com
vida, mesmo com total descontinuidade da vi a aérea superior, destacando-se,
assim, a abordagem cirúrgica da via aérea como medida salvadora. Destaca-se
também o papel do especi alista no reparo das lesões e o tempo ideal da
abordagem, visando a minimizar seqüelas funcionais.
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P015
MECANISMOS DO TRAUMA VERSUS LESÕES – RELATO DE
CASO
Mendes JMR, Soares PD, Molinaro A, Filgueiras M, Franco-Barbosa A,
Spagnul SJT, Lopes PGF
Hospital das Clínicas de Teresópolis/RJ
Introdução: No Brasil, as mortes por causas externas, enquadrando-se as
mortes traumáticas, representam a principal causa de morte entre adultos
jovens. São imperativas medidas de consci entização e prevenção, no sentido
de reduzir os agravos causados por esta epidemia, além do adequado preparo
das equipes que prestam os socorros pré-hospitalar e intra-hospital ar.
Almejando, que as iatrogeni as sejam minimizadas e, principalmente, que
lesões não pass em despercebidas. Objetivo: Relatar um caso de várias lesões
associadas, imperceptíveis ao primeiro exame, enfatizando a importânci a do
conhecimento dos mecanismos de traum a. Método: FRR, masculino, 28anos,
foi admitido no pronto-socorro (PS), levado pelos Bombeiros com história de
acidente automobilístico. O paciente encont rava-se lúcido, hipocorado +/4+,
eupnéico, pupilas isocóricas e fotorreagentes, queixando-se apenas de discreto
desconforto torácico. FC: 80 bpm, PA: 140/80 mmHg. MV diminuído em
ambos os hemitórax. RTS de 7.6. Na sala de radiologia, o paciente começou a
se queixar de dor torácica de forte intensidade, entrando em quadro de
agitação. Realizou-se, então, drenagem toráci ca bilateral em selo d’água, com
saída de aproximadamente 1000ml de sangue somando-s e ambos os
hemitóraces, autohemotrans fusão, mantendo-se em quadro de choque.
Indicado laparotomia exploradora que evidenciou, lesão hepática grau II do
lobo direito e lesão esplênica. Realizou-se esplenectomia, rafia da lesão
hepática, porém, o paciente mantinha-se hemodinamicamente instável.
Realizada janela peri cárdi ca subxi fóidea (negativa). Paci ente evoluiu para
PCR. Encaminhado ao IML, esse constatou: Crossa de aorta com hem atoma;
Grande quantidade de sangue na cavidade pl eural direita e esquerda;
Equimose violácea comprometendo o hilo pulmonar à direita; Bronco
aspiração; Cauda do pâncreas lacerada; Tendo como causa da morte a
hemorragi a interna por hemotórax e hemoperitôneo e o instrumento ou m eio
que produziu a morte uma ação contundent e. Foi calculado o ISS e o TRISS
deste paci ente, obtendo assim, ISS de 75 e, conseqüentemente, quando
utilizado a tabel a do TRISS (ISS/RTS), o paciente apres entava probabilidade
de sobrevida próxima aos 53%. Conclusão: É de fundament al importância
conhecermos os mecanismos de trauma, para uma adequada abordagem, visto
que lesões ocultas podem passar despercebidas ao primeiro atendimento.
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P016
PERFIL DOS ACIDENTES DE TRÂNSITO COM ÓBITO EM
TERESÓPOLIS NOS ANOS DE 2002 E 2003
Machado CR, Costa LF, Machado VR, Umeoka RS, Molinaro A
Fundação Educacional Serra dos Órgãos / Liga de Trauma de Teresópolis-RJ
Introdução: Na atualidade, o cres cimento das mortes e internações
determinadas por causas externas vem atingindo proporções quas e epidêmicas
no Brasil, trans formando-s e assim, em um dos maiores problemas da área de
saúde. Dentro desse cont exto, os acidentes automobilísticos representam uma
das principais causas de trauma, com considerável número de óbitos. As
estatísticas indicam que no Brasil 30.000 pessoas morrem anualmente em
acidentes de trânsito, das quais, 44% tem entre 20 e 39 anos e 82% são
homens. Segundo projeções mundiais, sem devida atenção à prevenção, o
número de vítimas aum entará em 65% nos próximos 20 anos (OMS).
Entretanto, a tragédia que s e es conde atrás dest es valores, atrai menos a
atenção dos meios de comunicação do que outras menos freqüentes.
Objetivos: Analisar as características dos acidentes de trânsito fatais no
município de Teresópolis nos anos de 2002 e 2003. Materiais e Métodos:
Trata-se de um estudo do tipo longitudinal avaliando a série temporal de 2002
e 2003 baseados na formação de um banco de dados contendo inform ações
coletadas no Instituto de Medicina Legal e nos laudos técnicos dos acidentes
emitidos pela Polícia Militar de Teresópolis. Foram analisados: local do
acidente, sexo, idade, tipo de acidente, dia da s emana, causa da mort e e hora.
Resultados: Foram analisados os acidentes de trânsito de 98 vítimas fatais,
sendo 77 do sexo masculino e 21 do sexo feminino. Destes, 58.16% foram
decorrentes de colisões e 32.65% de atropelam ento, tendo sido observado que
65% das mulheres foram vítimas de atropelamento, enquanto 63% dos
homens foram vítimas de colisão. 45.9% do total ocorreram das 18 às 24
horas, enquanto 21% das 12 às 18 horas. A idade variou de 1 a 86 anos, com
uma média de 35.9 anos. O dia da semana com maior número de acidentes
fatais foi o domingo, com 27.5% dos casos, seguido de sábado, com 22.4%,
enquanto o dia com menor número foi a quarta-feira (7.1%). A caus a mais
freqüente de óbito foi o TCE (51%) e choque hipovolêmico (25%). O local
onde ocorreu o maior número de acidentes foi nas rodovias (BR-116 e RJ130) que tangenciam o município de Teresópolis. Conclusão: Através desse
estudo, demonstramos a importância da análise de dados epidemiológicos
com evolução para óbito, para estudo dos fatores prevalentes destes e
planejamento de medidas preventivas.
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PERFIL DAS VÍTIMAS FATAIS DE ACIDENTES DE TRÂNSITO NO
IML DE BELO HORIZONTE EM 1997/2001
Rodrigues Jr. JB, Lavall Jr. FJC, Bistene NL, Bordoni LS, Quintão VC,
Ferreira CEF
Instituto Médico Legal de Belo Horizonte - SESP / Hospital João XXIII FHEMIG / Belo Horizonte, Minas Gerais
Introdução: Os acidentes automobilísticos já são considerados uma das mais
importantes caus as de mortalidade na população jovem. O número de mortes
representa apenas a "ponta de um i ceberg", ou sej a, uma pequena parcel a da
gama de pessoas envolvidas. Estatísticas sugerem que, para cada óbito por
causas externas existem 3 s eqüelados. Objetivo: Busca-se neste estudo
analisar o perfil das vítimas fatais de acidentes de trânsito em Belo Horizonte
quanto a sexo, idade, altura e cor, com o objetivo de conhecer mais acerca
deste tipo de evento. Método: Trabalho descritivo, transversal, ret rospectivo,
por meio de análise de laudos de necrópsias de janei ro de 1997 a dezembro de
2001. Foram analisadas 5037 laudos de necropsias de 1997 e de 2001 cujo
motivo da perí cia foi "acidente de t rânsito". Do total dos casos, 78,2% eram
do sexo masculino com m édia et ária de 35,7 anos e 21,8% do sexo feminino
com média etári a de 38,3 anos. A faixa etária com maior número de casos foi
a de 20 a 29 anos, com 24,6% e a menor, acima de 89 anos, com 0,1%. Além
disto, a faixa etári a de 15 a 40 anos comportou 54,2% dos casos. Segundo a
cor, 51,2% eram feodermas, 38,7% leucodermas, 9,8% melanodermas e em
apenas 0,2% não foi possível recuperar esta inform ação. A média de altura
por sexo foi de 152,1 para mulheres e de 165,7 para homens. Conclusão:
Estatisticamente, o perfil do indivíduo vítima fatal de acidente de trânsito
necropsiado no Instituto Médico Legal em Belo Horizonte é jovem, feoderma,
do sexo masculino e com média de altura de 162,8cm.
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P018
PERFIL DO NECROPSIADO SUSPEITO DE SUICÍDIO POR ARMA
DE FOGO NO IML-BH
Rodrigues Jr. JB, Buzatti M, Buzatti Filho DR, Rodrigues KCL,
Lavall Jr. FJC, Ribeiro CEO
Instituto Médico Legal de Belo Horizonte - SESP / Hospital João XXIII FHEMIG / Belo Horizonte, Minas Gerais
Introdução: O número de suicídio é uma realidade j á docum entada nos
principais centros urbanos do país. Objetivo: O trabalho t em por objetivo
conhecer o perfil dos necropsiados suspeitos de suicídio por arma de fogo no
período de 01 de janeiro de 1997 a 31 de dezembro de 2001 no IML-BH.
Material: Os dados foram coletados dos laudos periciais, incluídos em um
banco de dados e analisados no programa Epi Info. Foram avaliados 283
casos com relação a sexo, idade, cor, estado civil, alcoolemia e núm ero de
tiros. Resultados: Do total, 89,0% eram do s exo masculino e 11,0% do sexo
feminino. A idade variou de 13 a 94 anos, obtendo-se 34,54 de média, sendo a
faixa etária mais prevalente a de 20 a 29 anos, que contribuiu com 34,98% de
nossa amostra. Em relação a cor, 58,3% eram faiodermas, 37,5% leucodermas
e 4,9% melanoderm as. Os solteiros representaram 60,1% dos casos, os
casados 34,37%, os separados 3,2% e os viúvos 1,4%. O exame de teor
alcoólico foi realizado em 82 casos, sendo que 25,6% foram negativos e
68,3% positivos. Nestes a média foi de 8,65dg/L. A grande maioria dos casos
apres entou somente 1 orifício de entrada por projétil de arma de fogo (95,6%).
Conclusão: Após a análise dos dados, concluímos que o perfil do suspeito de
suicídio por arma de fogo é um adulto jovem, masculino, solteiro e faioderma.
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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS NECROPSIADOS VÍTIMAS DE
LESÃO POR ARMA DE FOGO NO IML BELO HORIZONTE
Rodrigues Jr. JB, Buzatti M, Pacheco MA, Rodrigues KCL, Lavall Jr. FJC,
Ribeiro CEO
Instituto Médico Legal de Belo Horizonte - SESP / Hospital João XXIII FHEMIG / Belo Horizonte, Minas Gerais
Introdução: O aumento no número de vítimas de lesão por arma de fogo é
uma realidade já docum entada nos centros urbanos do país. Objetivo: O
trabalho tem como objetivo traçar o perfil dos necropsiados vítimas de lesão
por arm a de fogo no período de 01 de janei ro de 1997 a 31 de dezembro de
2001 no IML de Belo Horizonte, com relação a sexo, idade, cor, estado civil e
causa jurídica de morte. Os dados foram colet ados dos laudos periciais
incluídos em um banco de dados e analisados no programa Epi Info.
Resultados: De um total de 4834, 92,7% eram do sexo masculino e 7,3%
eram do sexo feminino. A idade variou de 0 a 94 anos, obtendo-se uma média
de 28,76 anos, sendo a faixa etária mais preval ente a de 20 a 29 anos, que
contribuiu com 44,43% de nossa amostra. Em relação à cor, 66,6% eram
faioderm as, 22,3% leucodermas e 10,2% melanodermas. Os solteiros
representaram 76,1% dos casos, os casados, 18,6%, os separados 1,9% e os
viúvos 0,8%. Com relação à causa jurídica de morte, 92,2% foram
homicídios, 5,9% suicídios e 0,3% acidente. Conclusão: A partir dos dados
analisados concluímos que o perfil da vítima fatal de les ão por arma de fogo é
um adulto jovem, masculino, solteiro, faioderma, usualmente vítima de
homicídio.
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P020
SAZONALIDADE
DAS
NECROPSIAS
POR
TRÂNSITO
REALIZADAS NO IML DE BELO HORIZONTE EM 1997 A 2001
Rodrigues Jr. JB, Ferr eira CEF, Bordoni LS, Bistene NL, Lavall Jr. FJC,
Temponi EF
Instituto Médico Legal de Belo Horizonte - SESP / Hospital João XXIII FHEMIG / Belo Horizonte, Minas Gerais
Introdução: Um dos grandes dilem as da distribuição de recursos para
atendimento às vítimas de t rauma é a vari ação sazonal das ocorrências. Esta
variação pode acarret ar um a ociosidade de mão de obra em um determinado
momento, ou plantões extremamente tumultuados, com indisponibilidade de
recursos humanos adequados, noutro instante. Objetivo: Busca-s e neste
estudo analisar as necropsias de vítimas fat ais de acidentes de trânsito em
Belo Horizonte no período de 1997 a 2001 com relação ao mês e dia da
semana de ocorrência, para melhor entendimento deste tipo de evento.
Método: Trabalho descritivo, transversal, retrospectivo, por meio de análise
de laudos de necropsias de janeiro de 1997 a dezembro de 2001. Resultados:
Foram examinados 5037 laudos de necropsias de vítimas fatais de acidentes
de trânsito. A partir da análise, detectou-s e tendência a um m aior número de
necropsias em maio e julho e um m enor número de necropsias nos mes es de
janeiro e novembro. O mês de janeiro possui o menor núm ero de necropsias
realizadas (7,6% do total). Com rel ação à distribuição semanal deste tipo de
necropsia, observou-s e uma maior concentração de casos nos sábados e
domingos e uma menor concentração nas quintas -fei ras. Conclusão: O
período do final de semana concentra um maior núm ero de necropsias por
acidentes de trânsito, assim como nos meses de férias escol ares ou de
prolongados feriados nacionais, o que sugere número superior de acidentes
neste período.
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P021
TRAUMA
CRANIANO
NAS
VÍTIMAS
DE
TRÂNSITO
NECROPSIADAS NO IML DE BELO HORIZONTE: ANÁLISE DE
1997/2001
Rodrigues Jr. JB, Ferreira CEF, Bordoni LS, Quintão VC, Bistene NL,
Temponi EF
Instituto Médico Legal de Belo Horizonte - SESP / Hospital João XXIII FHEMIG / Belo Horizonte, Minas Gerais
Introdução: O traumatismo craniencefálico (TCE) é responsável por 50% das
mortes em pacientes traumatizados. Para cada óbito, o número des crito de
sobreviventes com seqüelas varia de três a 30 pessoas. Objetivo: Para melhor
conhecimento do perfil do acidente fatal de trânsito em Belo Hori zonte,
busca-se analisar as necropsias de vítimas de acidentes de trânsito realizadas
no IML desta cidade onde a caus a do óbito foi o trauma craniencefálico.
Método: Trabalho descritivo, transversal, retrospectivo, por meio de análise
de laudos de necropsias de janeiro de 1997 a dezembro de 2001. Resultados:
Foram examinados 5037 laudos de necropsias deste tipo de 1997 a 2001,
separados por causa de óbito e analisados no programa EpiInfo. O TCE
representou a causa da morte em 40,1% dos casos e, se considerarmos os
casos nos quais houve algum acometimento do segmento cefálico, este
aconteceu em 91,8% do total de necropsias. A sua distribuição por sexo foi
masculino em 80,7% e feminino em 19,3% dos casos. A média de idade foi de
33,15 anos. Nos casos onde foi pesquisado o teor al coólico sanguíneo, 62,3%
foram positivos, com média de 7,6 dg/L e destes, 61,3% estavam com valores
acima do permitido por lei. O motivo mais comum do acidente, quando esta
variável esteve disponível, foi atropelamento em 69,7% dos casos.
Conclusão: Apesar dos avanços em medidas de prevenção secundári a, o
segmento cefálico continua sendo uma região bastante acometida nas vítimas
fatais de trânsito.
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P022
RELAÇÃO ENTRE O ÍNDICE DE TRAUMA ATI (ABDOMINAL
TRAUMA INDEX) E COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS
Vieira MA, Toledo FVT, Costa FF, Carmelo VT, Menezes OP, Silva MA
Serviço de Cirurgia Geral do Hospital Municipal Dr. José de Carvalho
Florence de São José dos Campos – SP
Introdução: O ATI (Abdominal Trauma Index) é um índice de trauma
classi ficado como sendo anatômico, cuja finalidade é de prever complicações
pós operatórias em cirurgia do trauma. Objetivo: O objetivo do presente
estudo foi de relacionar o ATI de pacientes submetidos a laparotomia
exploradora na nossa instituição, com complicações pós-operatórias.
Métodos: Estudo retrospectivo, através de levantam ento de prontuários.
Calculou-se o ATI de todos os pacientes submetidos a laparotomia
exploradora entre março de 2001 e maio de 2004, excluindo os pacientes que
evoluíram para óbito no intra-operatório ou no pós-operatório imediato, os
trauma crânio encefálico e torácico graves. O ATI foi estrati ficado em 3
variações: abaixo de 15, entre 15 e 25 e acima de 25. ATI acima de 25 é
previsor sensível de complicações pós-operatórias. Relacionou-s e as
complicações pós-operatórias com as variações do ATI. Resultados: Foram
incluídos no trabalho 84 pacientes, sendo 91,7% do sexo masculino e 8,3% do
sexo feminino, com médi a de idade de 27 anos e com período de internação
médio de 9,8 dias. O ATI variou de 1 a 41. Dentre os pacientes com ATI
acima de 25, 75% apres entou algum tipo de complicação, entre 15 e 25,
44,4% apresent aram complicações entre os com ATI menor que 15 menos de
10% apres entou algum tipo de complicação. A relação entre ATI acima de 25
e complicações pós-operatórias é estatisticament e significativo (p = 0,017 ).
Conclusão: O present e estudo demonstrou que pacient es com ATI acima de
25 apresent am grande pot encial para complicações pós-operatórias,
corroborando os dados da literatura.
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P023
TRAUMATISMO POR ARMA DE FOGO EM CRIANÇAS
ATENDIDAS
NO
HOSPITAL
JOÃO
XXIII
–
ESTUDO RETROSPECTIVO
Rezende-Neto JB, Paiva TS, Borges VF, Braga GM, Oliveira RG,
Drumond DAF
Hospital , João XXIII FHEMIG Belo Horizonte, MG
Introdução: Belo Horizonte apresentou o quarto m aior cres cimento taxa
média de homicídios das capitais brasileiras, apesar de ocupar posição
intermediaria no núm ero total. A ocorrência de traumatismos por armas de
fogo em crianças, como tentativa de homicídio, denuncia o mais alto grau
violência inter-pessoal. Objetivo: Estudar características sócio-econômicas e
populacionais envolvidas nos traum atismos por arm a de fogo em crianças.
Método: Estudo retrospectivo de pacientes com idade menor do que 15 anos,
vítimas de traumatismo por arma de fogo, admitidos no Hospital João XXIII
entre janeiro/98 e dezembro/99. Resultados: 58 pacient es preencheram os
critérios do estudo. A maioria do sexo masculino (79,3%). Idade média foi
10,6, anos. 38 crianças (65,5%) sofreram o traumatismo no final de semana. O
relato de “ bala perdida” ocorreu em 56,3%. A maioria das vítimas (82%)
apres entou somente um orifí cio. O tempo médio de internação foi 6,2 dias.
Complicações ocorreram em 32,7% dos pacientes sendo déficit neurológico
permanent e a mais comum (19%), três crianças apresentaram traumatismo
raquimedular (5,2%). Houve 12 óbitos (20,7%). Foi possível determinar de
quem era a arama em 11 situações (18,9%). Em somente 2 casos a arma
pertenci a à própria família. Conclusões: O aumento da violênci a interpessoal
é nítido nas grandes cidades e regiões metropolitanas. Apesar da maioria das
vítimas por homicídio em Belo Horizonte pertencerem à faixa et ária entre 24
e 29 anos, a incidênci a, em apenas um ano, de 58 crianças vítimas de
traumatismos por arma de fogo, em uma úni ca instituição é alarm ante e
comparável ao número de casos do maior estudo a ess e respeito. Alguns
resultados, no entanto não condizem com os de outros trabalhos, como por
exemplo: alta incidência de óbitos e seqüelas neurológicas e baixa incidência
e casos acident ais. Possivelmente, a alta incidência de penetração na região da
cabeça seja uma possível explicação. O relato freqüente de “ bala perdida” por
vítimas ou familiares, denuncia pelo menos duas situações: alta incidência de
violência e provável receio em relatar o responsável pelo disparo. Esse fato
foi observado n present e estudo. Apesar desse trabalho t er sido ret rospectivo,
o mesmo serve como marco inici al para comparações futuras e pode auxiliar
na análise de medidas de combate à violência contra a criança.
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VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P024
PREVALÊNCIA DE ACIDENTES PENETRANTES, ATENDIDOS NO
HOSPITAL MUNICIPAL DR. JOSÉ DE CARVALHO FLORENCE
Almeida ÊMBDP, Stanzani Jr. D, Campos EM, Bertti ROT, Menezes OP,
Silva MA
Serviço de Cirurgia Geral do Hospital Municipal Dr. José de Carvalho
Florence de São José dos Campos - SP.
Introdução: O trauma constitui o principal problem a de s aúde pública em
todos os países, independentem ente de seu nível sócio-econômico. Objetivo:
Nesse estudo, procurou-se retrat ar a realidade do serviço de emergência do
Hospital Municipal Dr. José de Carvalho Florence, em rel ação aos ferimentos
penetrant es em tórax e abdom e. Pacientes e Métodos: No período de janeiro
de 2003 a junho de 2004, 115 pacientes vítimas de traum a tóraco-abdominal
(colisão ent re veículos, atropelamentos, quedas, vítimas de projét eis de arma
de fogo, dentre outros) foram atendidos nesse hospital e levados ao centro
cirúrgico para serem submetidos a algum procedimento terapêutico.
Resultados: Cinqüenta e nove pacientes foram acometidos por ferimento
penetrant e, em tórax e/ou abdome (aproximadamente, 50 %). A idade variou
entre nove e 73 anos de idade (média de 24,5 anos), 93,8% (55) eram do sexo
masculino e 6,2% (4) feminino (p < 0,05).Os ferimentos por arm a de fogo
foram os mais prevalentes (85%, 51 pacientes) e o local mais acometido foi a
região abdominal (28 paci entes - 46,7%) s eguido pela região tóracoabdominal (11 paci entes - 18,3%). Conclusao: Conclui-se que este estudo
corrobora com os anteriores, no que diz respeito a distribuição com relação ao
trauma penetrant e, evidenci ando o perfil do atendimento ao politraumatizado
no Hospital Municipal Dr. José de Carvalho Florence.
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21 a 23 de outubro de 2004
P025
ANÁLISE DAS CAUSAS EXTERNAS ADMITIDAS EM
HOSPITAL DE REFERÊNCIA NO TRAUMA
Comaru JL, Barreira KS, Silveira MMC, Rodrigues AMU, Andrade LM
Instituto Dr. José Frota, Fortaleza – Ceará
UM
Os acident es e violências configuram um sério problema em nossa sociedade
pois vem repercutindo de manei ra drástica no tempo de vida produtiva
perdida em nossa popul ação devido ao fato de envolverem em sua maioria
pessoas em faixa et ária jovem. Diante dessa problem ática s entimos interesse
em desenvolver um estudo com o objetivo de identificar os principais agravos
por causas externas de pacientes atendidos em um hospital de referênci a em
trauma. Trata-se de um estudo descritivo exploratório, prospectivo com
abordagem quantitativa, realizado no período de Janeiro à Julho de 2004 em
um Hospital de referência aos pacientes vítimas de trauma do município de
Fortaleza. A amostra constou de 1.123 participantes, atendimentos neste
hospital. A coleta realizou-s e através de uma entrevista e do preenchimento de
um formulário, elaborado pela equipe da Unidade de Vigilância
Epidemiológica do hospital. Entre os resultados encontrados o agravo de
maior incidência foi o de colisão de moto com 17,36% (195 casos), s eguido
de queda com 16,56% (186 casos), esta variando em queda da própria altura,
do telhado, da árvore, do prédio e andaime. Dentre outros agravos ocorreram:
perfuração por arma branca (PAB) 11,40% (128 casos); atropelam ento
10,86% (122 casos), agressão corporal 8,64% (97 casos), queda de moto
6,59% (74 casos), perfuração por arma de fogo (PAF) 5,26% (59 casos),
acidente de trabalho 4,63% (52 casos), colisão de bicicleta 3,74% (42 casos),
colisão de carro 3,65% (41 casos), acidente doméstico 3,56% (40 casos),
existindo outros agravos com menor incidência atendidos neste hospital.
Diante dos resultados, encont ramos os acidentes de trânsito como os
principais responsáveis pelos traumas em nossos clientes, seguindo-se das
agressões interpessoais, servindo-nos de alert a quanto a necessidade de
medidas mais agressivas relacionadas ao processo de educação em saúde,
como maneira de t entarmos reduzir estes atuais índices at ravés de estratégias
de prevenção direcionadas a orientação aos grupos de risco envolvidos nas
situações.
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P026
TRAUMATISMO PENETRANTE MÚSCULO-ESQ UELÉTICO NA
CRIANÇA
Chaves MAL, Nardi D, Teixeira PG, Drumond DAF, Bueno C, Nogueira B
Hospital João XXIII – FHEMIG Belo Horizonte/MG
Introdução: É cada vez mais freqüente o núm ero de pacientes pediátricos
envolvidos em di ferentes tipos de acident es. Desses muitos resultam em
traumatismos que demandam admissão hospitalar e t ratamento especí fico em
serviços de trauma. Objetivo: Apresentar o caso do paciente R.A.P.L., sexo
masculino, 12 anos, admitido no Hospital João XXIII após ter sido vítima de
queda de altura sobre uma grade de ferro. O paciente teve o membro inferior
perfurado pela pont a em lança na extremidade superior da grade
permanecendo então preso à m esma. Após o resgate pelo s erviço préhospitalar ele foi imobilizado ainda com o s eguimento da grade e conduzido
ao hospital. Método: O paciente foi admitido consciente, mantendo quadro de
estabilidade ventilatória e hemodinâmica. Ao exame clínico apres entava
ferimento na face antero-medial da coxa esquerda por onde penetrava o corpo
estranho, palpável na face l ateral no nível da pele. Os pulsos peri féricos
distais assim como a temperatura e o tempo de enchimento capilar estavam
preservados. Foi acolhida amostra de sangue para tipagem e prova cruzada,
reservada, res erva de hemoderivados, administrados analgésicos e
antibióticos. Obtidos exames radiológicos em 2 incidências que não revelaram
fraturas. O servi ço de cirurgia vascul ar foi comunicado e paciente conduzido
ao bloco cirúrgico. Resultados: O paciente foi operado sob anestesia geral,
sendo o corpo estranho removido sob visão diret a após a identi ficação dos
vasos femorais, em situação anterior. Realizada anti-sepsia, hemostasia, sutura
e curativo. Durante o período que permaneceu internado o paciente
apres entou uma evolução satis fatóri a, sem intercorrências. Foram mantidos os
antibióticos e administrado toxóide-tetâni co. Recebeu alta, retornado após
uma semana para controle ambulatorial, com o ferimento sem qualquer sinal
de infecção. Conclusão: O presente relato confirm a a importância da
integração entre o s erviço pré-hospitalar e a equipe que atende o paciente no
centro de trauma. O transporte adequado e a mobilização do agent e vulnerante
apenas durante a exploração no centro ci rúrgico foram fundament ais para
evitar dano adicional ao pacient e.
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21 a 23 de outubro de 2004
P027
TRAUMA DE FACE COM COMPROMETIMENTO ORBITÁRIO
Polibio GFL, Tiago SB, Saturnino RN, Alexandre M, Marcos F, Rodrigo P
Liga de Cirurgia e Trauma, Serviço de Cirurgia geral do Hospital das Clinicas
Costantino Otaviano Teresópolis, Rio de Janeiro.
Introdução: Os traumas orbitários, estão entre os mais freqüentes, e podem se
apres entar de divers as formas. A grande preocupação é s em dúvida, o
acometimento ocular. Os traumas com envolvimento do globo são a segunda
causa de amaurose, ressaltando a importância da participação do
oft almologista. Objetivo: Demonstrar alguns tipos de lesões extensas
orbitárias e periorbitárias através de métodos semiológicos e de exames
complementares com auxílio multidisciplinar em situações de trauma.
Métodos: Relato de caso casos e revis ão sistemática da literatura. Realizada
análises retrospectivas da bibliografia médica pesquisada no banco de dados
Medline. Resultados: Caso Clinico Paciente masculino, 21 anos, pardo,
solteiro, desempregado, natural de Saquarema. Foi admitido, transferido de
outra unidade, relatando ter sido vítima de agressão por arma branca, ocorrido
aproximadament e doze horas antes, em seu município de origem.
Apresent ava, ao exame, extensa les ão de hemi face direita, acometendo região
infra-orbitária com fratura de complexo zigomático e lesão da pálpebra
inferior (figura 4). Apresentava motilidade ocul ar inalterada, com acuidade
visual de 20/25 OD. Biomicroscopia mostrava hemorragia subconjuntival em
um quadrant e, e pres ença de lesão no canalículo inferior no seu terço distal,
do olho direito. Tonometria e fundoscopia sem alterações em ambos os olhos.
A análise da radiografia de face em frontonaso e m entonaso e da tomografia
computadorizada confi rmou a fratura de zigoma e mostrou ainda fratura de
osso nasal. Então procedeu-se o ato cirúrgi co com a redução da fratura de
zigoma seguida de fixação com fio de aço núm ero 3, associ ada a redução da
fratura nasal pela equipe de Cirurgia Bucomaxilofacial. A seguir realizamos a
reconstrução do canalículo com ‘pig tail’, e alinhamento dos bordos
palpebrais e tarso em conjunto com a Cirurgia Plástica. O seguimento do
paciente foi interrompido após uma semana, pois o mesmo não retornou ao
ambulatório após sua alta hospitalar. Conclusões: Diante de um caso de um
trauma orbitário complexo a condut a diagnóstica e a investigação clínica são
fundamentais para uma melhor escolha terapêutica.
A abordagem
multidiciplinar no tratamento é de fundamental importância para a
recuperação do pacient e.
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21 a 23 de outubro de 2004
P028
CERVICOTOMIA POR TRAUMA: UMA ANÁLISE DE 54 CASOS
Araujo FRL, Gifoni JMM, Silva Jr . VV, Campos Jr. MM, Barros HHM,
Nogueira JBS
Instituto Dr. José Frota. Fortaleza. Ceará
Introdução: A região cervical é considerada crítica no que diz respeito a
lesões de trauma. Embora a incidênci a desse tipo de trauma s eja pequena (5 a
10%) em relação aos demais, seu tratamento exige atenção especi al e manejo
adequado. Objetivo: Traçar o perfil epidemiológico dos pacientes submetidos
a cervicotomia exploradora, at endidos na Em ergência do Hospital Instituto
Dr. José Frota (IJF), por trauma cervi cal. Método: Trata-s e de um estudo
retrospectivo realizado a partir da revisão de prontuários de 54 pacient es, que
foram submetidos a cervicotomia exploradora, no período compreendido entre
janeiro e dezembro de 2003. Resultados: A média de idade foi de 30,8 anos.
92,6% eram do s exo masculino. Segundo o mecanismo de traum a, 61,1% foi
por arma branca; 24,1% por arma de fogo. Quanto à localização por zona,
31,5% em zona I; 42,6% foram em zona II; 5,6% em zona III. 31% dos
pacientes apresent aram algum traum a associado. 64,8% foram submetidos a
cervicotomia exploradora baseados soment e na anamnes e e exam e físico.
77,8% foram sujeitos à cervicotomia exploradora entre 0 e 4h após a lesão.
Quanto ao tipo de acesso cirúrgico preferido, em 31,5% realizou-se ampliação
da lesão; em 27,8%, cervi cotomia longitudinal. Em 31,5% das cervi cotomias
exploradoras não foram achadas lesões importantes. Das que apres entaram
lesões importantes, 37% eram lesões venosas; 31,5% tinha lesão de sistema
respiratório; 18,5% lesão de sistema digestivo; 14,8% lesão arterial; 11,1%
lesão de sistema endócrino; 3,7% lesão de ducto torácico, sendo 1,9%
diagnosticado só no pós-operatório e 1,9% lesão neurológica. 18,5% dos
pacientes apresentaram alguma complicação. A média de di as de
internamento pós-operatório foi de 9,63 dias. Dois (3,7%) pacientes foram a
óbito. Conclusão: Constata-se maior número de lesões penetrantes, a maioria
causada por arma branca, al ém de um baixo índice de mortalidade. Um
considerado percentual foi não terapêutica. O ferimento por arm a de fogo, em
comparação ao ferimento por arma branca, se mostrou m ais relacionado com
lesões arteri al, venosa, do sistema digestivo e do sistema endócrino; já, o
ferimento por arma branca se mostrou ma is relacionado com lesão do sistema
respiratório. Os tipos de acesso cirúrgico mais relacionados com ferimentos
por arm a de fogo foram a incisão combinada, a cervicotomia em colar;
enquanto que, por arma branca foram a ampliação da lesão e a cervi cotomia
longitudinal.
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P029
TRAUMA CERVICAL POR "CEROL"
Belezia BF, Lopes LG, Miranda FGG, Silvério RCS, Gualberto RJC
Serviço de Cirurgi a Geral de Emergênci a - Hospital Municipal Odilon
Behrens - Belo Horizonte-Minas Gerais
Introdução: O "cerol" é uma mistura de linha de papagaio, cola e vidro
moído. É usado para cortar a linha de outro papagaio. As maiores vítimas são
os motociclistas com lesões na região cervi cal. As lesões podem variar desde
ferimentos corto contusos acima do platisma até lesões profundas que
acometem vias aérea e digestiva e os vasos cervicais superfici ais e profundos.
Objetivo: Relatar 3 casos de traum a cervical em motoqueiros por "cerol".
Método: Relato de 3 casos. Resultado: Três pacientes do s exo masculino,
motociclistas, vítimas de ferimentos cervicais por "cerol" apresentaram os
seguintes ferimentos: 1. ferimento corto contuso com les ão de vasos cervicais
superficiais 2. Ferimento corto-contuso com les ão até fásci a pré-traqueal 3.
Ferimento corto-contuso com l esão vascular complexa. Os três pacientes
tiveram boa evolução pós -operatória. Conclusão: O hábito de us ar "Cerol"
deve ser abolido da cultura popular,,o que deve ser ensinado nas escolas da
rede básica de ensino. Devido ao s eu alto poder de corte, as lesões cervicais
podem ser de complexidade variável.
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P030
TRAUMA CERVICAL PENETRANTE
Ferreira DC, Silva FE
Hospital Municipal Souza Aguiar Rio De Janeiro – RJ
Introdução: Os ferimentos penetrantes de pescoço são os maiores
responsáveis pel as intervenções cirúrgi cas nesta parte anatômica. Desta forma
a exploração sistemática das lesões dest e tipo passou a ser mandatária, porém
o índice de exploração negativa em alguns estudos situa-se entre 35 e 67%.
Uma nova abordagem seletiva vem surgindo baseadas em sinais, sintomas e
exames complement ares, como a art eriografia, tomografia computadorizada,
exames endoscópicos e exam e contrastado. Desenvolvimento: O aumento da
violência nas grandes cidades juntamente com desenvolvimento de
armamentos sofisticados é responsável pelo grande aporte de casos de traumas
atendidos nas emergências dos hospitais das grandes cidades brasileiras.
Aliado a este fato existe a melhori a do atendimento pré-hospitalar, o que faz
com que o número de casos de atendimento de traum a por PAF venha
cres cendo. O trauma cervical repres enta de 2,0 a 6,0% dos atendimentos em
relação a todos os traumas de outros segmentos corporais. Durante um
período de 35 dias foram atendidos no Hospital Municipal Souza Aguiar, no
Rio de Janeiro, seis casos de trauma penetrant e de pescoço. A média de idade
dos pacient es foi 37 anos, sendo cinco do sexo mas culino e 1 do sexo
feminino. O traum a por PAF repres entou 84% dos casos atendidos. Deste
universo, dois pacientes não foram submetidos a procedimento ci rúrgico na
região cervical, e em 1 foi realizada esternotomia concomitante. A zona II foi
a mais acometida. Ocorreu apenas um óbito. Conclusão: Existe atualmente
uma grande controvérsia em relação à linha que defende a exploração
sistemática dos ferimentos penet rantes e aquel es que apóiam a abordagem
seletiva, principalmente em rel ação aos traumas ocorridos na zona II. No
nosso estudo de caso dos 2 pacient es em que não houve exploração cirúrgica,
um deles foi PAF com orifício de entrada na zona III, com fratura de
mandíbula, e outro foi com orifício de entrada na zona I e saída na zona II,
com fratura das vért ebras C4 e C5.
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P031
UTILIZAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORI ZADA NA
DETERMINAÇÃO
DO
TRAJETO
DE
PROJÉTIL
EM
TRAUMATISMO PENETRANTE CERVICAL POR ARMA DE FOGO
– RELATO DE CASO
Rezende-Neto JB, Maia de Medeiros MM, Heitor BS, Drumond DAF,
Oliveira RG, Babo PR
Hospital João XXIII FHEMIG Belo Horizonte, MG
Introdução: Há controvérsias sobre qual a conduta ideal nos traumatismos
cervicais penetrant es em pacientes estáveis. Ness es casos, a exploração
cirúrgica mandatória do pescoço apresent a-se negativa em mais de 50% dos
pacientes. Atualmente, a disponibilidade de exam es complem entares permite
tratamento conservador. Objetivo: Relatar um caso de traumatismo
penetrant e cervical por projétil de arma de fogo (PAF) no qual utilizou-se
tomografia computadori zada (TC) pré-operatória na determinação do traj eto
do projétil. Relato de caso: Pacient e masculino, 19 anos, sofreu traumatismo
por PAF na região cervical anterior na zona II; (RTS 7,84; ISS 4, TRISS .99).
Vias aéreas, ventilação e circulação, normais e Glasgow 15. Não havi a sinais
maiores de lesão vas cular. Estudou-se a via digestiva por esofagografia a qual
apres entou-se normal. Realizou-s e TC do pescoço, abrangendo todas as zonas
cervicais, com infusão de 150 ml de contraste iodado e cortes de 5 mm. O
exame demonstrou que o projétil percorreu os tecidos em direção ant eroposterior, medial para lateral e crânio caudal poupando vasos m aiores e vias
aéreo-digestiva. Houve fratura do corno maior esquerdo do osso hióide e
hematoma de partes moles. Como não há protocolo especí fico para a
utilização da TC como form a de tratamento conservador no traumatismo
cervical por PAF no serviço, o paciente foi submetido a cervi cotomia
exploradora na borda medial do músculo esternocleidomastóideo. Os achados
operatórios confirmaram o resultado da TC. Conclusão: As opções de
tratamento dos traumatismos cervi cais penetrant es, em pacientes estáveis,
baseiam-se em duas condutas gerais: exploração cirúrgica mandatória e
tratamento conservador. Adeptos da primeira conduta bas eiam-se no baixo
índice de complicações e alta s ensibilidade do método. Adeptos da conduta
conservadora referem eficácia sem elhante com menor morbidade. Dados da
literatura mostram que a determinação, pela TC, do trajeto de PAF nos
traumatismos cervicais penetrantes, em pacientes estáveis, abrevia período de
observação, diminui a necessidade de arteriografi a em 50% e a de
esofagoscopi a em 90%. Protocolos especí ficos utilizando TC poderão evitar
testes desnecess ários e exploração cirúrgica no nosso serviço.
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P032
TRAUMA DE HIPOFARINGE E LARINGE POR ARMA DE FOGO
DE MÉDIA VELOCIDADE: CONDUTA NÃO-OPERATÓRIA
Belezia BF, Cunha VC, Navarro LA, Dellandréa IR, Gualberto RJC,
Andrade MMA
Serviço de Cirurgi a Geral de Emergênci a - Hospital Municipal Odilon
Behrens - Belo Horizonte/MG
Introdução: O trauma cervical por arma de fogo pode s er tratado
conservadoram ente, desde que paciente apres ente-se sem alterações de vias
aéreas e hemodinamicamente est ável. O trauma de hipofaringe é pouco
freqüente e o seu di agnóstico pode ser feito durant e a laringoscopia.O trauma
de laringe pode ser diagnosticado pela tomografi a computadorizada cervi cal.
Objetivo: Relatar caso de traum a de hipofaringe e de laringe por arm a de
fogo de média velocidade que foi conduzido conservadoram ente. Método:
Relato de caso. Revisão da literatura. Resultado: Paciente do s exo feminino,
36 anos, vítima de agressão por arma de fogo com ori fício de entrada em zona
2 e de saída em zona 3, onde houve fratura expost a de mandíbula. Na
avaliação inicial apres entava-se estável e em escala de coma de Glasgow em
15. Realizado tomografia cervical que revelou trauma de laringe glótica e
supraglótica sem enfisema cervical e fratura cominutiva de angulo da
mandíbula. Levado ao bloco cirúrgico para fixação da fratura. Realizado
laringoscopia que visibilizou trauma de hipofaringe. Duplex scan cervical e
subclávio não demonstrou alterações do fluxo arterial ou venoso. Optado por
conduta cervical expect ante com sonda nasoentérica e antibioticoterapia.
Evoluiu pós-operatório com odinofagia, discreta dis fagia e rouquidão de
melhora gradual. Recebeu alta no 7o di a para control e ambulatorial com
radiografi a contrastada e laringoscopia. Conclusão: A conduta conservadora
do trauma de hipofaringe e laringe por arma de fogo de m édia velocidade
pode ser realizada em paci entes hemodinamicament e estáveis, que apresent em
pequenas alterações de vias aéreas superiores e em serviços que disponham de
tomografia computadorizada e propedêutica vas cular.
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P033
PERICARDITE
CONSTRICTIVA PÓS-TRAUMA TORÁCICO
PENETRANTE – RELATO DE CASO
Vinicius AM, Joana BB, Tiago SB, Luciana SP, Lílian SC, Alexandre M
Liga de Cirurgia e Trauma, Serviço de Cirurgia Geral do Hospital das
Clínicas Constantino Otaviano Teresóplis – RJ. Hospital Municipal Cardoso
Fontes, Rio de Janeiro – RJ
Introdução: A pericardite constrictiva, resultante de trauma toráci co levando
ao tamponamento cardí aco, é um a situação incomum. O objetivo da presente
comunicação é descrever um caso desta condição. Objetivo: Relatar um caso
de pericardite constrictiva pós-trauma torácico. Método: Relato de caso.
Resultados: Masculino, 32 anos, natural do Rio de Janeiro, saudável até ter
sofrido perfuração torácica por arma branca na altura do apêndice xi fóide,
durante um a briga. Atendido no Hospital Municipal Lourenço Jorge, foi
realizada radiografi a (Rx) de tórax e sutura da ferida, com posterior alta
hospitalar. Quarenta dias após, procurou o Serviço de Emergência do Hospital
Municipal Cardoso Fontes, com queixa de mal estar geral, tosse seca, dispnéia
e edema generalizado. Ao exame físico apresentava-s e hipocorado, afebril,
taquipnéico, com murmúrio vesicular reduzido nas bases. Presença de ci catriz
próxima ao apêndice xi fóide. Apresent ava, ainda, edema de membros
inferiores até a raiz da coxa, hepatomegalia dolorosa e jugulares túrgidas. As
bulhas cardíacas eram audíveis e abafadas com o ritmo regular e freqüência de
120 bpm; PA: 90x60 mmHg. Diante da historia pregress a do paciente, foi
levantada a hipótes e diagnóstica de derram e pericárdico, com síndrom e de
restrição diastólica. A tomografia computadorizada (TC) de tórax confi rmou a
possibilidade, pela observação de grande espessamento e cal ci ficação
pericárdica. O paci ente foi submetido à cirurgia torácica, com retirada de
cerca de 800ml de líquido sanguinolento e pericardectomia com evolução
satisfatória. Discussão. Conclusão: O presente relato delimita a importância
da composição entre anamnese, exam e físico e método de imagem (TC) para
o diagnóstico de pericardite constrictiva em paci ente com sinais de
tamponamento cardíaco após ferida torácica recente.
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P034
TAMPONAMENTO
CARDÍ ACO
MANIFESTANDO-SE
TARDIAMENTE APÓS FERIMENTO TORÁCICO POR ARMA DE
FOGO
Cardoso JB, Scarpelini S, Melo MFC, Camperoni LRR, Motta DC,
Stracieri LDS
Unidade de Emergência do HCFMRP-USP, Ribeirão Preto – SP. Brasil
Introdução: O tamponamento cardíaco não é incomum imediatamente após
ferimentos torácicos penetrant es. Entretanto, a sua ocorrênci a, com
manifestação tardia é rara podendo ser causado por hemorragia ou peri cardite
e mani festar-s e dias ou mes es após o trauma. Objetivo: Apresent ar um caso
de tamponamento cardíaco cujas mani festações clínicas ocorreram 30 dias
após o evento traumático. Método: Revisão de prontuário. Revisão de
literatura. Documentação fotográfi ca. Rel ato de caso: paci ente de 31 anos,
masculino, atendido logo após ter sido vítima de múltiplos ferimentos por
arma de fogo s endo dois em face, um em axila direita, um em hemotórax
esquerdo, um em ombro esquerdo. Achava-s e hemodinamicamente instável
com Glasgow 03. Após avaliação primári a e secundári a as seguintes lesões
foram identi ficadas e tratadas: hemotórax bilateral e hematoma subgaleal
parietal direito sendo considerado normal o exame ultra-sonográfico pelo
método FAST. Paciente evoluiu com contusão pulmonar e pneumonia
bilaterais associadas à insufici ência respiratória. Exame para controle de
tratamento de pneumonia no 24º dia de internação demonstrou área cardíaca
aumentada com aspecto de “ moringa d’água”. Pericardiocentes e confirmou a
presença de s angue s endo indicada a janela pericárdica através da qual foram
retirados 1000 ml d líquido hemorrágico após o que pacient e evoluiu s em
outras intercorrências tendo alta em boas condições 15 dias após o
procedimento. Conclusão: O tamponamento cardí aco pode mani festar-se
tardiamente após ferimentos toráci cos penetrantes. Neste caso, a mani festação
do tamponamento pela sua lenta form ação permitiu adaptação e acúmulo de
grande quantidade de líquido sem suas clássicas manifest ações clínicas.
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21 a 23 de outubro de 2004
P035
SUPRADESNIVELAMENTO
DO
SEGMENTO
ST
COMO
INDICADOR DE TRAUMA TRANSMEDIASTINAL POR ARMA DE
FOGO
Belezia BF, Oliveira AMH, Dutra CC, Souza SD, Dellandrea IR,
Andrade MMA
Serviço de Assistência Móvel de Urgência - SAMU - Belo Horizonte – MG
Introdução: O trauma transmediastinal por arm a de fogo nem s empre
apres enta-se de maneira evidente quando o ori fício de saída do projétil não
pode ser identi ficado.Em ambiente pré-hospitalar os m étodos propedêuticos
são escassos. A monitorização eletrocardiográfica de todo paci ente crítico é
recomendada. Na contusão cardíaca o eletrocardiograma é o método mais
sensível para triagem inicial e facilmente disponível em serviço de
emergência. Objetivo: Relatar caso de paciente vítima de trauma por arma de
fogo em hemitórax esquerdo que apres entava supradesnivelamento do
segmento ST em duas derivações contíguas e em ambiente pré-hospital ar.
Método: Relato de caso. Revisão de literatura. Resultado: Paciente sexo
masculino, 45 anos, que foi vítima de agressão por arma de fogo em
hemitórax esquerdo, terço superior. Encontrava-se em escal a de coma de
Glasgow 15, hemodinamicamente estável e s aturação de oxigênio em 98%.
Ao monitor e o eletrocardiograma apres entou supradesnivelamento do
segmento ST em duas derivações contíguas: D2 e D3, o que indica injúria em
parede posterior e inferior do ventrículo esquerdo e refl ete a passagem do
projétil pelo mediastino posterior. A propedêutica radiológica hospitalar
demonstrou hemotórax bilateral, configurando t rauma transmedi astinal. O
esofagograma e o ecocardiograma não demonstraram lesões.Submetido a
drenagem de tórax bilat eral. Recebeu alta hospital ar. Conclusão: Todo
paciente crítico deve ser monitorizado eletrocardiograficamente durante o seu
atendimento inicial. A presença de supradesnivelam ento do segmento ST deve
alertar a equipe de t rauma para a possibilidade de t rauma transmediastinal,
mesmo que o orifício de saída não possa ser identificado.
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PROJÉTIL DE ARMA DE FOGO LIVRE EM CAVIDADE PLEURAL
Coelho ND, Filgueiras M, Lopes PGF, Mendes JMR, Milezi WSG,
Molinaro A, Souza RG
Serviço de Cirurgia Geral do Hospital das Clínicas Constantino Ottaviano Fundação Educacional Serra dos Órgãos - Teresópolis – RJ
Introdução: Vários autores tem des crito as conseqüências de um impacto de
um projétil no corpo hum ano. Diante disso, no presente rel ato apresent amos
um caso raro de perfuração por arma de fogo em hemitórax direito com o
projétil ficando livre na cavidade pleural; e deixamos explícito a pouca
freqüência de repercussões negativas no procedimento terapêutico proposto.
Objetivo: Relatar 01 caso de projétil de arma de fogo livre na cavidade
pleural. Enfatizar a facilidade do seu diagnóstico, que pode ser realizado com
radiografi a convencional seriada; bem como abordar uma terapêutica
cirúrgica pouco invasiva com mínimo de complicações. Método:
Identi ficação: JS, 25 anos, sexo masculino. Paciente admitido em 04-07-2004
referindo agress ão por projétil de arma de fogo em hemitórax direito. Paciente
deu entrada com vias aéreas pérvias, posteriorment e apresentando dispnéia,
hemodinâmicamente estável, RTS=107.64, com orifício, localizado em 5°
EID, LAP na linha axilar posterior. Paci ente lúcido, dispnéia leve. Murmúrio
vesicular e diminuído em 2/3 superiores e abolido em base de hemitórax
direito. Conduta: Raio X de tórax AP e Perfil feito em posição ortostatica
apres entando hidropneumotorax direito, projétil localizado seio costofrênico
posterior. Sendo indicado drenagem torácica em selo d'agua. RX pós
drenagem, o projétil se localizava topografia do terço médio do hemitórax
direito, para hilar. Diante da comparação radiológica, concluímos que o
projétil de arma de fogo encontrava-se livre no espaço pleural, mudando de
posição com o decúbito. Optado por tratamento cirúrgi co: retirada de corpo
estranho por videotoracoscopia. Conclusão: O diagnóstico do projétil de arma
de fogo livre em cavidade pleural, pode ser facilmente definido através de
comparação com radiologia seri ada, onde é observado projétil em diferentes
locais da cavidade pleural dependendo da posição adotada pelo pacient e no
gabinete radiológico. O tratamento (retirada do projétil) também pode ser
facilmente realizado através da videotoracos copia que é um método
minimamente invasivo de acesso a cavidade toráci ca, praticamente s em
morbidade.
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VI SBAIT
VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P037
O
COMPORTAMENTO
DAS
VÍTIMAS DE
ACIDENTES
AUTOMOBILÍSTICOS COM RELAÇÃO ÀS MEDIDAS DE
SEGURANÇA
Comaru JL, Barreira KS, Silveira MMC, Rodrigues AMU, Andrade LM
Instituto Dr. José Frota, Fortaleza – Ceará
A Política Nacional de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e
Violências têm como uma de suas diretrizes a promoção da adoção de
comportamentos e de ambientes seguros e saudáveis, que visa a ampla
mobilização da sociedade em geral através de estratégias que buscam redução
dos atuais índices de morbimortalidade decorrentes de acidentes e violências.
Baseado ness a premissa buscou-se avaliar o comportamento das vítimas de
acidentes automobilístico com relação as medidas de segurança, atendidos em
um hospital de referência em traum a. Trata-se de um estudo descritivo
exploratório, com abordagem quantitativa realizado no período de J aneiro à
Junho de 2004, em um Hospital de referência em Traumatologia, de
Fortaleza-CE. A população constou de 1123 pacientes acompanhados pela
equipe de vigilância epidemiológica, tendo como amostra 42 vítimas de
acidente automobilístico envolvendo colisão. A coleta realizou-se at ravés de
uma entrevista e do preenchimento de um formulário, elaborado pela equipe
da Unidade de Vigilância Epidemiológica do hospital. Os dados após serem
analisados, foram sel ecionados s egundo os seguintes critérios de tabul ação:
habilitação, uso de cinto de segurança e ingestão de bebida al coólica. Os
resultados encontrados foram: das 42 vítimas, 19 (45,24%) eram condutores
do veículo e 23 (54,76%) eram passageiros. Dos condutores observou-s e os
seguintes comportamentos: 17 (89,47%) possuíam habilitação, 2 (10,53%)
não eram habilitados; 12 (63,15%) não usavam cinto de segurança e 12
(63,15%) tinham ingerido bebida al coólica. Dos passageiros 20 (89,95%) não
usavam cinto de segurança. Diante da avaliação do comportamento das
vítimas de acidentes de trânsito observou-se a necessidade da ampliação de
medidas educativas associadas a uma maior fiscalização no trânsito, bem
como ações voltadas para a sensibilização das pessoas sobre a importânci a do
uso de medidas de s egurança visando proteção própria e de todos com os
quais convivem no trânsito. Enfocamos ainda, a importância de que ocorra
uma maior integração de todas as instituições relacionadas aos acidentes de
trânsito (hospitais, Instituto Médico Legal, órgãos de regul ação do t rânsito e
outros), para a discussão e implementação de estratégi as em conjunto.
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COMPORTAMENTO DOS MOTORISTAS E PASSAGEIROS DE
VEÍCULOS COM RELAÇÃO AO USO DO CINTO DE SEGURANÇA
– UM ESTUDO NO MUNICÍPIO DE SOROCABA
Mestieri LHM,Beraldo FB, Silva DRC, Rodrigues Jr. LA, Andreta LS,
Hasimoto FN, Rodriguesa JMS
Introdução: As mortes violentas representam a Segunda causa de mortes no
Brasil, atrás somente das afecções cardíacas. Entretanto, as causas ext ernas
passam a s er a principal caus a de morte no grupo et ário de 15 a 29 anos,
sendo os acidentes de trânsito a parcela dominante. Objetivo: O presente
estudo tem por objetivo analisar o comportamento da popul ação de Sorocaba
quanto ao cumprimento da legislação Brasileira no tocante à obrigatoriedade
de utilização do cinto de segurança e comparação com dados obtidos em anos
anteriores. Materiais e Métodos: Foram analisados, nos dias 27/05 e 31/05
das 12h00 às 13h00 e das 17h00 às 18h30, dois locais no município de
Sorocaba, sendo um no cent ro e um na peri feria, tendo sido s elecionados de
acordo com um corredor de fluxo unidirecional. A coleta dos dados foi
realizada por 3 alunos da Faculdade de Ciências Médias da PUC-SP, sendo
que cada avaliador visitou o mesmo local, sempre dentro do mesmo horário.
Resultados: Foram observados um total de 5169 veículos transportando 6549
passageiros. Deste total, 80,19% usavam o cinto de segurança (em anos
anteriores = 60%), sendo que 75,78% dos motoristas e 69,53% dos
passageiros usavam o equipamento. Dentre os motoristas, 68,77% eram
homens (77%) e 31,23% eram mulheres (23%). Dentre os passageiros 37,13%
(39%) eram homens e 62,87% (61%) eram mulheres. Usavam o cinto 67,18%
(50%) dos homens passageiros e 70,92% (62%) das mulheres. No centro
observou-se 88,40% dos ocupantes utilizando cinto, sendo que no bairro
65,36% utilizavam o cinto. Conclusão: De acordo com os resultados
apres entados a freqüência do uso do cinto de segurança corresponde a 80,19%
(60%) da popul ação na cidade de Sorocaba. Observou-s e maior uso por parte
das mulheres em relação aos homens, assim como no centro em relação à
peri feria (em ambas as datas). Portanto é possível formular a hipótese de que
os ocupantes dos veículos utilizam mais o cinto nas regiões centrais que na
peri feria do município. É possível ainda que os motoristas usem m ais o cinto
em relação aos passageiros.
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P039
CUSTOS HOSPITALARES DAS VÍTIMAS DE ACIDENTES DE
TRÂNSITO INTERNADAS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO
OESTE DO PARANÁ
Vituri R, Filho NN, Toyama G, Dantas FHO, Sommer DM, Acosta LR
Introdução: O acidente de trânsito representa hoje, um dos principais
problemas de saúde pública. Além de provocar fort e impacto sobre as taxas de
morbimortalidade, apres enta importantes repercussões econômicas. É di fícil
avaliar por completo o s eu verdadeiro impacto financeiro. Mesmo em países
ricos, o aumento da demanda de serviço por essas vítimas, ao lado da maior
complexibilidade do atendimento do paciente com trauma – muitas vezes
envolvendo tecnologia complexa – está provocando a desativação de centros
de trauma pela importante elevação dos custos. Objetivo: Analisar o impacto
econômico hospitalar no tratamento das vítimas de acidentes de trânsito que
necessitaram de internam ento no Hospital Universitário do Oeste do Paraná
(HUOP). Metodologia: Foi realizado um estudo descritivo, cuja fonte de
inform ação, foram os prontuários dos pacient es envolvidos em acidentes de
trânsito internados no HUOP. Com base nos formulários de Autorização de
Internação Hospitalar (AIH) foi construído um banco de dados com custos e
tempo de internamento. Resultados: No present e trabalho foram analisadas
trinta vítimas hospitalizadas, o que representou para o Sistema Único de
Saúde (SUS) R$ 31.496,23. Dentre estes paci entes, o mais oneroso significou
um gasto de R$ 5.250,13 e o menos, de R$ 165,99. O custo médio do
internamento das vítimas de acidente de trânsito foi de R$ 1.049,87. O
período total de hospitalização destes pacientes foi de 152 dias, variando de 0
a 19 dias. Em relação aos custos por dia de internamento observou-se um
gasto de R$ 207,22 ao dia. Conclusão: Os custos totais dos acidentes
apres entados no HUOP, neste relatório, de 30 pacientes foram estimados
levando-se em conta os custos diretos. No entanto, existem custos intangíveis
e subjetivos, relativos a sobrevida esperada de pessoas vítimas de acidentes de
trânsito, como sofrimentos físicos e psicológicos das vítimas, parent es e
amigos (custos humanos), ditos custos indiretos. Nosso método de estudo, de
forma exploratória, fora realizado para captar valores de fácil compreensão
dos órgãos gestores e bem como a importância do trabalho preventivo na
redução do número de acidentes de trânsito.
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VI SBAIT
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P040
LEVANTAMENTO ESTATÍSTICO DA MORBIMORTALIDADE NO
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ
Vituri R, Dantas FHO, Fenato RR, Marinho JN, Oliveira AL, Filho NN,
Neto RM
Introdução: O Brasil é reconhecidamente um dos recordistas mundiais de
acidentes de trânsito. O problem a se revel a não apenas pelo número absoluto
de acident es, mas também pela alta incidência de acident es por pessoa ou por
veículo em ci rculação, que s e reflete em índices que demonstram a real
periculosidade do trânsito no país. Para enfrentar o problem a de forma
adequada, é preciso definir prioridades de ação, de acordo com a natureza do
fenômeno. É preciso identifi car mais precisam ente quem está s endo afetado e
quais custos, pessoais e sociais estão envolvidos. Objetivo: O objetivo do
estudo aqui apresentado é o de qualifi car e quantifi car mais precisamente
quais são as características dos pacientes vítimas de trânsito, na cidade de
Cascavel, que necessitaram de internam ento no Hospital Universitário do
Oeste do Paraná (HUOP). Metodologia: Foi realizado um estudo descritivo
cuja fonte de informações foram os prontuários dos paci entes envolvidos em
acidentes de trânsito internados no HUOP. Relacionando o tipo de acidente de
trânsito com suas respectivas lesões mais freqüentes, tempo e média de
internamento e o custo médio. Resultados: No presente trabalho foram
analisados 30 pacient es hospitalizados, no qual 10 foram vítimas de
atropelamento, 7 colisões auto-auto, 5 auto-moto, 2 auto-bicicleta, 2 quedas
de biciclet a, 2 quedas de moto, 1 colisão auto-caminhonete e 1 caminhãobicicleta. Dest es, 16 apresentaram trauma de cabeça e pescoço, 6 fraturas de
tíbia, 5 fraturas de fêmur, 4 fraturas de fíbula, 2 traumas abdominais, 1 fratura
de rádio, 1 fratura de ulna, 1 fratura de talus, 1 fratura de joelho, 1 luxação
escapulo-um eral e 1 sem les ão aparent e. Entre os 10 casos de atropelamento,
7 apresentaram trauma de cabeça e pescoço, 3 fraturas de fêmur, 2 traumas
abdominais, 2 fraturas de tíbia, 1 fratura de ulna e 1 fratura de fíbula e 2
óbitos. Esses pacientes tiveram tempo de internamento total de 152 dias,
variando de 0 a 19 dias com custo médio de R$ 1.049,87 por paciente com
R$ 207,22 ao dia. Conclusão: Após o levantamento estatístico do mecanismo
do trauma, das lesões e das despesas médico-hospital ares concluímos o alto
índice de atropelam ento em nossa área de abrangência. As despesas tornaramse elevadas nestes paci entes em função do alto índice de fratura de ossos da
perna e trauma de cabeça e pescoço. Ao veri ficar o local destes acidentes
constatou-se que em 70% dos mesmos não havia calçamento adequado.
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P041
MOTOCICLISTAS FRENTE ÀS DEMAIS VÍTIMAS DE ACIDENTES
DE TRÂNSITO NO MUNICÍPIO DE MARINGÁ
Oliveira NLB, Souza RMC
Universidade Estadual de Maringá – PR
Introdução: No Brasil, como em outros países, os acidentes de trânsito são
um ponto negro e crítico nas estatísticas de morbimortalidade, tendo destaque
especial entre as causas ext ernas. Constituem um grave problema de saúde
pública e são importantes causas de morte, incapacidades e s eqüelas
principalmente em indivíduos jovens. Objetivo: Evidenciar as características
epidemiológicas dos motociclistas envolvidos em acidentes de trânsito, no
Município de Maringá - Paraná. Método: Foram analisadas 446 vítimas
atendidas pelo Sistema Integrado de Atendimento ao Trauma e Emergência
(SIATE), nos meses de fevereiro e março de 1999. Desse total de vítimas, 206
(46,19%) eram motociclistas e o restante pert encia a outras cat egorias de
vítimas (240). Resultados: Os resultados mostraram que os motociclistas
diferenciaram-se das dem ais vítimas em relação às variáveis: idade, posição
no veículo, tipo de acidente, período do dia em que ocorreu o acidente e
destino após o atendimento. Os motociclistas foram às vítimas mais
freqüentes na faixa etári a de >23 e <32 anos. Foram minoria entre mulheres
com idade >32 e homens com idade >50 anos. O predomínio dos homens foi
observado nos dois grupos sendo constatada uma rel ação ent re vítimas do
sexo masculino/feminino de 4,7:1 entre os motociclistas e de 3,0:1 entre as
pertencentes a outras cat egorias. Os passageiros de motocicl eta foram menos
freqüentes que os dos demais veículos (38,38% e 61,62% respectivament e).
As vítimas mais freqüentes de quedas foram os motociclistas (60,32%).
Quando considerado o período do dia e dia da sem ana da ocorrência do
acidente, observou-s e que de segunda a quinta feira os motociclistas estiveram
predominantemente em ocorrências entre 12h e 17h 59 min. Na sexta feira e
sábado, ocupantes de motocicleta foram freqüent emente envolvidos em
acidentes ocorridos nesse horário e t ambém entre 18h e 23h 59 min. Os
motociclistas encaminhados para hospitais não especializados na assistência
aos traumatizados foram em menor freqüência comparativamente às dem ais
vítimas. Conclusão: Os resultados obtidos nesta pesquisa confi rmaram a
importância dos motociclistas entre as vítimas de acidentes de trânsito no
Município de Maringá - PR e revelaram as suas especi ficidades em relação a
aspectos epidemiológicos importantes que podem contribuir para m elhoria da
assistência e para a implementação de políticas e estratégi as de redução dos
acidentes de motocicletas.
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VI SBAIT
VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P042
ESTUDO
DA
PREVALÊNCIA
DE
ACIDENTES
COM
MOTOCICLETAS NO PERÍODO DE JANEIRO DE 1998 A
DE ZEMBRO DE 2001, NA CIDADE DE CASCAVEL
Souza V, Pinto AFA, Costa DMM, Junior CSNJ, Marinho JN, Leite ALN,
Santos RAA
Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Cascavel/PR
Introdução: A Cidade de Cascavel está em segundo lugar em âmbito
nacional de acidentes de trânsito. Realizou-se uma análise document al
comparativa entre os m eses mais quentes do ano, de setembro a m arço, com
os meses mais frios, de abril a agosto, referent es aos anos de 1998 a 2001.
Objetivo: Identificar a incidência e o perfil dos acidentes caus ados por
motocicletas em Cascavel. Metodologia: Foi realizado um estudo transversal,
com levantamento de 12.672 prontuários, no serviço de at endimento préhospitalar de Cascavel. As vítimas foram observadas quanto ao uso de
capacete, presença de TCE, sexo e idade. Os tipos de acidentes observados
foram: moto-moto, moto-auto, moto-bicicleta, moto-anteparo e queda de
moto. Os dias da semana foram divididos entre dias úteis e não úteis e os
horários entre manhã, tarde e noite. Resultados: Do total da amostra, 83,56%
eram condutores, 11,98% eram passageiros, 2,73% pedestres e 1,71%
ciclistas. Nos meses frios, a prevalência de TCE sem uso de capacete foi de
81,6%, contrastando com 72,85% dos meses quent es. De acordo com a idade
e sexo, nos meses frios, 57,92% das vítimas foram homens de 21 a 30 anos, e
nos meses quentes, a média se manteve, em 42,2%. Relacionando dia da
semana e horário, nos meses quentes, 43,62% dos acident es foram em dias
úteis, no período vespertino, e 19,38% em dias não úteis, no período noturno.
Nos meses frios, 30,5% das ocorrências foram em dias úteis, no período da
tarde, e 23,72% em dias não úteis, à noite. Relacionando dia da semana com
tipo de acident e, constatamos que, nos meses frios, 72,625% dos acidentes
foram do tipo auto-moto e nos meses quentes, 71,63% foram colisões automoto. No período estudado, 1,88% das ocorrências no período de clima frio
foram a óbito e 2,05% nos meses mais quentes. Todos os óbitos foram de
condutores, do sexo masculino. Conclusão: Não houve significativa diferença
entre a rel ação da estação do ano com o número de ocorrênci as. A maior parte
das vítimas são condutores, masculinos, de 21 a 30 anos, que se acidentam
mais em dias úteis, no período vespertino e, se considerado os finais de
semana, no período noturno. O tipo de acidente mais comum é a colisão moto
- auto. Somente houve diferença signi ficativa no número de óbitos segundo o
clima, que foi maior nos meses quentes.
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VI SBAIT
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P043
ESTUDO
COMPARATIVO
ENTRE
POLITRAUMATI ZADOS
RURAIS E URBANOS NA REGIÃO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO,
SÃO PAULO
Bicudo FPS, Baitello AL, Marques CCB, Cordeiro JA, Alvares RM,
Zamberlan GD
Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto/SP
Introdução: Atualmente, existem poucos estudos científicos avaliando a
relação epidemiológica entre os traumas rurais e urbanos, visto que estes t êm
maior incidência e prevalênci a nos grandes centros. Assim, pelo fato da região
de São José do Rio Preto, atender um grande contingente de
politraumatizados, tanto da zona rural quanto urbana, vem por meio deste
estudo, comparar os dados epidemiológicos referentes aos mesmos. Objetivo:
Apresent ar os dados demográficos, índices de gravidade, procedimentos e
resultados avaliados em politraumatizados, comparando os traumas rurais e
urbanos. Métodos: Foi analisado retrospectivam ente, um total de 193
pacientes, sendo 82 provenientes da zona rural e 111 da zona urbana, com
idade média de 34,19 anos (12 - 93 anos), atendidos, no período de 2002 a
2004. Resultados: A idade médi a dos pacientes da amostra rural foi de 32,7
anos, enquanto na amostra urbana, 35,3 anos (SD 15 ± 0,1). O índice de
gravidade (ISS) médio da popul ação rural foi de 4,15 e na urbana, 5,77, com
desvio padrão de 4,41 e 6,99, respectivamente. Avaliando-se o tempo, em
dias, de internação entre as duas popul ações, (médi a 2,75 rural e 5 urbana), p
= 0,452 no teste de Wallis. Analisado o tempo decorrido do transporte do
paciente (£30min.: 7,25% rural e 28,92% urbano) e (>60min.: 69,57% rural e
38,55% urbano), p<0,005 no teste Qui-Quadrado. Segundo o TRISS
(mediana: 99,6 [44,5 - 99,7] rural e 99,4 [0,9 - 99,7] urbana) evidenciou-se ser
maior na zona rural, do que na urbana (p = 0,031 no teste Mann-Whitney). As
três principais caus as de traumas urbanos foram, respectivam ente, acidentes
automobilísticos (36,94%), quedas (27,03%) e ferimento por armas (9,91%),
enquanto nos t raumas rurais, foram acidentes com animais (59,76%), com
veículos (12,20%) e instrumentos de trabalho (10,98%), p < 0,00005 no teste
de proporção por aproximação norm al. Veri ficou-se m aior chance de
imobilização correta na zona urbana (54,05%) do que na rural (35,37%), com
p = 0,005 no teste de proporção por aproximação normal. Foi comprovado
que há evidência da chance de óbito ser maior na zona urbana, com p = 0,013
no teste exato de Fisher. Conclusão: Evidenciamos que o TRISS e o número
de óbitos foram signi ficativam ente maiores nos t raumas ocorridos na zona
urbana, caract erizando uma população de maior gravidade.
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VI SBAIT
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P044
IMPORTÂNCIA DAS CAUSAS EXTERNAS NA SAÚDE PÚBLICA
PARA PREVENÇÃO DO TRAUMA
Quintas ML, Teixeira Jr. FJR, Duarte AAB, Watanabe PD, Castro AD,
Umemura AY
Serviço de Cirurgia Geral e do Trauma do Hospital Geral de Pedreira ACSC –
São Paulo/SP
Introdução: O trauma vem s e tornando um probl ema de saúde pública cada
vez mais alarmante à m edida que aum enta a violência urbana. Objetivo:
Estudar a violência por causas externas, de vítimas que deram entrada em
nosso Hospital, localizado na região Sul de São Paulo. Casuística e Métodos:
Foram analisadas as fichas de atendimento na emergênci a, no período
histórico de janeiro de 2000 a dezembro de 2003, discriminando-se as vítimas
de violênci a, cat alogadas em boletim de ocorrência, independente da
gravidade da mesma, comparando-s e com o atendimento realizado no mesmo
período. Resultados: Para uma população de 462.170 habitantes, numa área
de 43,8 Km2, com densidade demográfica 10.552 hab/ Km2, segundo Censo
2000 - IBGE, foram atendidos nas áreas de emergência de Clínica Médica,
Cirúrgica, Ortopédica, Pediátrica e Ginecologia/Obstetrí cia, 1.149.911
pacientes, sendo 266.894 (23,2%) em 2000, 317.387 (27,6%) em 2001,
290.839 (25,3%) em 2002 e 274.791 (23,9%) em 2003, correspondendo
especi fi camente ao atendimento cirúrgico 96.788 (8,4%), sendo 20.371
(7,6%) em 2000, 25.514 (8%) em 2001, 25.325 (8,7%) em 2002 e 25.578
(9,3%) em 2003. Foram catalogados nesse período 8.811 boletins de
ocorrência na admissão do atendimento cirúrgico, correspondendo: 2.981
(33,9%) por quedas; 1.773 (20,1%) por acidente de trânsito; 1.320 (15%) por
ferimentos por arma de fogo; 1.105 (12,5%) por atropelamento; 753 (8,5%)
por agressão; 531 (6%) por queimadura; 271 (3,1%) por ferimento por arma
branca; 54 (0,6%) por suicídio e 23 (0,3%) por estupro. Conclusão: Os
processos que deram origem às l esões traumáticas foram na sua totalidade
processos agressivos à integridade do ser, quer sejam intencionais ou não,
destacando-se as violências het erodirigidas (ferimentos por arma de fogo,
arma branca, agress ão, estupro) e as autodirigidas (suicídio) e o grupo de
acidentes propriamente ditos (de trânsito, queda, atropel amento), nos
permitindo apontar algumas necessidades e tarefas como planos de estudos
que abordem faces e aspectos múltiplos da realidade com investigação
multidisciplinar, necessidade de recursos humanos, criar soci edades
intersetoriais que promovam medidas adequadas e eficazes para obter
ambientes e comportamentos seguros e saudáveis.
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P045
ÍNDICES DE TRAUMA NO HOSPITAL REGIONAL DE SÃO JOSÉ
Araujo PA , Pinto E, Manteuffel R, Kleinubing D, Waltrich C, Novotny C
Hospital Regional de São José - Homero de Miranda Gomes –
Florianópolis – SC
Objetivo: Avaliação do perfil de pacient es atendidos na emergênci a do
Hospital Regional de São José, referência em atendimento de traum a na
cidade de Florianópolis - São José, SC, e qualificá-los de acordo com os
índices de trauma. Método: Realizado um estudo prospectivo , do perfil de
pacientes at endidos na Emergência do Hospital Regional de São José - HMG,
no período de 6 meses. O grupo de pacientes incluidos no estudo foram
vítimas de trauma grave, que nes cessitaram de perm anência hospitalar por
mais de 24 horas, para procedimentos di agnósticos ou terapêuticos. Foram
avaliados 3 índices fisiológicos e dois índices anatômicos. Os resultados
foram agrupados e comparados com t empo de permanência hospital ar,
incidência de complicações e mortalidade. Resultados: Os pacientes mais
graves e com valores de índices de trauma mais el evados apresent aram maior
mortalidade, maior t empo de internam ento e maior incidênci a de
complicações.
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21 a 23 de outubro de 2004
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COMPORTAMENTO DOS PEDESTRES COM RELAÇÃO À FAIXA
DE PEDESTRES – UM ESTUDO NO CENTRO DA CIDADE DE
SOROCABA
Mestieri LHM, Silva DRC, Hasimoto FN, Tavares KRC, Angelieri FMR,
Cunha PS, Rodrigues JMS
Introdução: As mortes violentas repres entam a Segunda caus a de morte no
Brasil, atrás somente das afecções cardíacas. Entretanto, as causas ext ernas
passam a s er a principal caus a de morte no grupo et ário de 15 a 29 anos,
sendo os acidentes de trânsito a parcela dominante. Os atropelam entos são o
tipo de acidente de trânsito com m aior morbi-mortalidade associada, como
mostram alguns trabalhos já publicados. Objetivo: Veri ficar se os pedestres
respeitam as leis de trânsito, atravess ando as ruas nas faixas de pedestre e
aguardando a abertura do semáforo. Materiais e métodos: Foram observados
3746 pedestres no Centro do município de Sorocaba/SP, nos dias 17 e 21 de
junho de 2004, das 17h30 às 18h30 e das 12h00 às 13h00, respectivam ente,
pelos mesmos acadêmicos da Faculdade de Ciênci as Médicas da PUC-SP,
sendo que cada avaliador visitou o mesmo local, sempre dentro do m esmo
horário. Foi observado se os pedestres atravess avam na faixa de pedestres ou
não e se estes aguardavam ou não o semáforo abrir. Considerou-se o momento
correto para os pedestres atravess arem no fechamento do s emáforo de
veículos, já que nos locais observados não existe semáforo de pedestres.
Resultados: Foram observados 3746 pedestres dos quais, 25,62%
atravess avam na faixa. Destes, 56,92% aguardavam a abertura do semáforo e
43,08% não aguardavam. 74,38% dos pedestres não atravessavam na faixa,
sendo que destes, 40,75% esperavam a abertura do sem áforo e 69,25% não
aguardavam. Discussão: Observamos, uma maioria de pedestres que
desrespeitam as leis de trânsito, atravess ando fora da faixa. Isso se deve, entre
outros fatores, ao alto volume de pedestres no local e à grande distância entre
as faixas de pedestre. Não foi observado, durante a pesquisa, a presença de
fiscais de trânsito que pudessem orientar os pedestres, bem como semáforos
de pedestres adequados (sinais luminosos e sonoros). Este trabalho mostra,
portanto, que a maioria dos pedestres não obedece às leis de trânsito, faltando
campanhas de orient ação fiscalização e meios que permitam que os pedestres
tenham segurança no trânsito, como semáforos adequados, e faixas de
pedestres mais próximas umas das outras.
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21 a 23 de outubro de 2004
P047
EMBOLIA BALÍSTICA PARA MEMBRO INFERIOR: RELATO DE
CASO
Bez LG, Passerino CH, Simão-Filho C, Pinto DM, Miguel EV
Serviço de Cirurgia Vascular- Hospital de Pronto Socorro João XXII - Belo
Horizonte - Minas Gerais – Brasil
Introdução: O traumatismo por arma de fogo seguido de embolia pelo
projétil (embolia balística) é evento raro. Poucos são os casos rel atados na
literatura. Objetivo: Relat ar um caso de traumatismo torácico por arm a de
fogo seguido de embolização do projétil para o membro inferior. Relato do
Caso: Paciente EPS, 25 anos, sexo masculino, vítima de agressão por arma de
fogo em hemitórax direito. Admitido em estabilidade hemodinâmica, com
vias aéreas pérveas e PA de 110 x 80 mmHg. Apresentava ori fício de entrada
em linha axilar anterior direita ao nível do quinto espaço intercostal, sem
orifí cio de saída. Radiografia de tórax revelou hemotórax moderado à direita,
porém não localizou o projétil. Submetido a drenagem torácica em s elo
d'água, com saída de cerca de 500 ml de sangue, e a novas radiografias (tórax,
abdome, cervical e membros inferiores). O projétil encontrava-se na raiz da
coxa direita. Neste momento, atentou-se para a aus ência de pulsos distais no
membro inferior direito. Realizados ecocardiograma transtorácico, que estava
normal, e duplex-scan arterial em membro inferior direito, que const atou
oclusão na origem da artéria femoral superficial. Paciente encaminhado para
cirurgia, com esternotomia mediana e acesso aos vasos femorais na coxa
direita. Observada les ão em veia pulmonar inferior direita junto ao át rio
esquerdo, local de entrada do projétil, que foi submetida a rafia. Realizada
arteriotomia em femoral superficial com retirada do projétil e arteriorrafi a.
Boa evolução pós -operatória, com alta hospitalar no sexto dia. Conclusão: O
diagnóstico de embolia balística exige alto índice de suspeita. Deve ser
pensado nos traumas por arma de fogo no tórax ou abdome com radiografias
negativas para localização do projétil e déficit de pulso em extremidades.
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21 a 23 de outubro de 2004
P048
FÍSTULA
ARTÉRIO-VENOSA
RENAL
APÓS
TRAUMA
PENETRANTE: TRATAMENTO CONSERVADOR - RELATO DE
CASO
Nascimento FM, Scarpelini S, Nascimento FM, Muglia W, Piccinato CE,
Stracieri LDS
Unidade de Emergência - HCFMRP-USP - Ribeirão Preto, Sp, Brasil
Introdução: O tratamento conservador não operatório para ferimentos
penetrant es no trauma renal tem sido descrito na literatura científi ca. A
utilização da tomografi a computadorizada e da arteriografi a ampliou esta
possibilidade terapêutica. A art eriografi a ainda é pouco disponível para casos
de urgência no nosso meio, contudo o procedimento tem sido,
progressivament e, incorporado no arsenal terapêutico do traum a. Objetivo:
Apresent ar um caso de ferimento por arm a branca (FAB) no dorso, com lesão
renal, curs ando com fístula art ério-venosa, tratada com embolizações por
meio de arteriografia. Método: Revisão de prontuário. Revisão de literatura.
Documentação fotográfi ca. Relato do caso: Paciente do sexo masculino,
mulato, com 47 anos, vítima de FAB no flanco esquerdo, na transição tóracoabdominal. Deu entrada no servi ço com instabilidade hemodinâmica, sendo
abordado pelos princípios do ATLSâ. Apresent ava hematúria m acros cópica
sem dor abdominal, e após estabilização por reposição volêmica, foi
submetido a exame tomográfico do abdômen com diagnóstico de trauma renal
grau III. Optou-se pelo tratamento conservador não cirúrgico. No quinto dia
de internação, mantendo significativa hematúria, com queda do hematócrito,
mas com est abilidade hemodinâmica, foi submetido a arteriografia seletiva
com diagnóstico de fístula artério-venosa renal de alto fluxo tendo sido
tratado por embolização. Houve regressão completa da hematúria com alta
hospitalar no 11º dia de internação. Retorna 3 dias após com novo quadro de
hematúria franca, relacionado a um grande es forço físi co realizado em sua
casa. Foi realizada nova embolização por arteriografi a recebendo alta,
assintomático, após 4 dias. Retornou com 1 mês sem apresentar qualquer
queixa. Conclusão: O tratamento conservador não operatório do FAB renal é
possível. Para se obter sucesso é fundamental a s eleção adequada dos casos e
a disponibilização de recursos avançados em radiologia como tomografia
computadorizada e radiologia intervencionista. O custo financeiro desta opção
terapêutica deve ser melhor estudado.
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21 a 23 de outubro de 2004
P049
TRAUMATISMO DE ARTÉRIA POPLÍTEA: EXPERIÊNCIA DE 5
ANOS EM UM CENTRO DE TRAUMA
Bez LG, Miguel EV, Pinto DM, Rosário RCV, Moreialvar RD
Serviço de Cirurgia Vas cular – Hospital João XXIII - Belo Horizonte - Minas
Gerais – Brasil
Introdução: As lesões da artéria poplítea são as mais desafiadoras das lesões
arteri ais das extremidades devido ao alto índice de amputações associado às
mesmas. O diagnóstico e a intervenção precoces mostram-se important es para
um bom resultado. Objetivo: Avaliar as lesões de artéria poplítea em um
hospital de referênci a no atendimento ao traum a em um período de 5 anos.
Métodos: Foram analisados retrospectivamente os registros de trauma
vascular dos pacientes atendidos no Hospital de Pronto Socorro João XXIII
no período de Abril de 1998 a Maio de 2003. Resultados: Durante o período,
foram operados 71 paci entes com les ão de art éria poplítea, sendo 62 do sexo
masculino (87,32%) e 9 do s exo feminino (12,67%), com idade média de
33,17 anos. O traumatismo contuso foi encontrado em 42 casos (59,15%), as
lesões por arma de fogo em 24 casos (33,80%), as lesões por arma branca em
4 casos (5,63%) e les ão iatrogênica em 1 caso (1,40%). A fasciotomia de
perna foi utilizada em 47 casos (66,19%), sendo em 42 casos no mesmo ato
cirúrgico de reparo art erial e em 5 casos por síndrome compartimental
diagnosticada no pós-operatório. A taxa de amputação da s érie foi de 18,30%
(13 casos), sendo 11 casos por trauma contuso (26,19% dos traumas contusos)
e 2 casos por trauma por arma de fogo (8,33% dos traumas por arma de fogo).
A principal causa de amputação foi a infecção pós-operatória associada à
extensa destruição t ecidual de partes moles nos traumas contusos, além do
tempo de isquemia prolongado entre o trauma e a intervenção cirúrgica.
Conclusão: A redução do tempo de isquemia, a fas ciotomia precoce e o
controle da infecção de partes moles são important es fatores para diminuir a
amputação nas lesões de art éria poplítea.
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21 a 23 de outubro de 2004
P050
DUPLEX-SCAN NO TRAUMA CERVICAL PENETRANTE: RELATO
DE 23 CASOS
Bez LG, Miguel EV, Pinto DM, Almeida GN, Moreialvar RD
Hospital de Pronto Socorro João XXIII - Belo Horizonte - MG – Brasil
Introdução: O manejo dos pacientes com trauma cervical penetrante na Zona
II ainda é tema controverso. Alguns autores preconi zam a exploração
cirúrgica de rotina, enquanto outros defendem a cirurgia seletiva com base na
propedêutica complementar, principalmente a arteriografia. Objetivos:
Avaliar a utilização do duplex-scan no trauma cervi cal penetrante da Zona II.
Métodos: Foram submetidos a duplex-scan cervical 23 pacientes vítimas de
trauma penetrante atendidos no Hospital João XXIII entre Agosto/ 2001 e
Outubro/ 2002. Todos os pacientes apres entavam estabilidade hemodinâmica
e ausência de sinais maiores de lesão vascular cervical à admissão
(sangram ento ativo ou hematoma em expansão). Resultados: A idade média
dos pacientes foi de 26,7 anos, sendo 21 pacientes do sexo mas culino (91,30
%) e 2 do sexo feminino (8,7%). O traum a foi causado por arma de fogo em
16 casos (69,56%), arma branca em 5 casos (21,73%) e objeto cortante (vidro)
em 2 casos (8,69%). Todos os ferimentos ultrapassaram o platisma, sendo
localizados na zona II em 18 casos (78,26%), na transição entre as zonas II-III
em 3 casos (13,04%), na transição entre as zonas I-II em 1 caso (4,34%) e nas
zonas II e III em 1 caso (4,34%). Os achados do duplex foram normais em 18
casos (78,26%), pequeno hem atoma em 2 casos (8,69%), lesão de carótida
interna em 2 casos (8,69%) e lesão de veia jugular interna em 1 caso (4,34%).
Realizaram-se 3 cervicotomias para reparo vascul ar (13,04%), 2 drenagens
torácicas e uma traqueotomia por incisão especí fica. O tratamento nãooperatório foi utilizado em 17 casos (73,91%). Conclusão: O duplex-scan
cervical pode ser utilizado como alternativa à exploração cirúrgica de rotina
nos pacient es com t rauma penetrante em Zona II cervi cal que se apresent am
hemodinamicamente estáveis e sem sinais maiores de lesão vascular.
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21 a 23 de outubro de 2004
P051
TRAUMA DE VASOS ILÍACOS
Mantovani M, Fraga GP, Rojas CEB, Meirelles GV, Guillaumon AT
Disciplina de Cirurgia do Trauma. FCM - Unicamp. Campinas, SP.
Introdução: Lesões de vasos ilíacos (VI), seja por traum a fechado ou por
ferimentos penetrantes, constituem uma entidade grave e potencialment e fatal.
É uma lesão pouco freqüente e apresenta elevada mortalidade. Objetivo:
Analisar a experiência do serviço no tratamento do trauma de vasos ilíacos.
Método: Durante o período de janeiro/1994 a dezembro/2004 foram
acompanhados e tratados 33 pacientes com lesão de VI, considerando a artéria
e veia comuns, interna e externa. A incidência desta les ão em laparotomias foi
de 2,9% em traumas penet rantes e 0,2% em traumas contusos. Resultados:
Nos 33 casos houve predomínio de lesões caus adas por proj éteis de arm a de
fogo (27 casos - 81,8%) e apenas um caso (3%) foi decorrent e de trauma
contuso. Na admissão destes pacient es, 51,5% (17 casos) apresentavam PAS
< 90 mmHg e o RTS teve uma média geral de 5,54. Na laparotomia foi
observado grande hem atoma de retroperitônio em 29 casos (87,9%) e em 22
casos (66,7%) havia sangramento ativo. Em 27,3% dos pacientes (9 casos)
havia associação de lesão arterial e venosa associ adas e em apenas 9% dos
pacientes (3 casos ) a lesão era bilateral. A freqüência de lesões arteriais foi de:
24,2% de comum, 12,1% de externa e 3% de interna. O trat amento instituído
para estas lesões foi sutura (41,6%), enxerto (25%) ou ligadura (16,7%), e
16,7% dos casos evoluíram a óbito ant es do tratamento definitivo. Com
relação a freqüência de lesões venosas obs ervou-s e: 54,4% de comum, 30,3%
de externa e 27,3% de interna. O tratamento instituído para estas lesões foi a
ligadura na maioria dos casos (66,7%). Em 93,9% dos casos haviam lesões
abdominais associadas a este tipo de trauma, sendo que o ATI teve uma média
de 31,1. Hemotrans fusão foi necess ária em 87,9% dos casos e, conforme a
gravidade do caso, foi indicado l aparotomia abreviada em 30,3% deles. A
mortalidade foi de 42,4% (14 casos), com taxas de 28,6% em les ão exclusiva
venosa, 50% em lesão de artéri as, 66,7% quando associadas (vei a e artéri a) e
100% quando bilateral. Conclusão: O trauma de VI exige experi ência da
equipe cirúrgi ca para rápido controle da hemorragia, curs ando com elevada
mortalidade, principalment e quando há associação de les ão arterial e venosa,
ou lesão bilateral.
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VI SBAIT
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21 a 23 de outubro de 2004
P052
TRANSPORTE AEROMÉDICO COM ANESTESIA DISSOCIATIVA
Belezia BF, Antunes AP, Souza SD, Miranda FGG
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU, Hospital Municipal
Odilon Behrens e CORPAER-PM MG
Introdução: A anestesi a dissociativa com Ketamina associada ao Midazolan
é um método seguro de analgesia e sedação em pacient es na s ala de
emergência ou bloco cirúrgico. A principal contra-indicação para o s eu uso é
a presença de trauma cranioencefálico devido ao aum ento da pressão
intracraniana que a Ketamina pode ocasionar. O transporte aeromédico com
helicóptero esquilo adaptado, além de expor o paci ente às alterações
fisiológicas do vôo, também pode comprom eter a s egurança da aeronave e da
equipe devido a proximidade do pacient e com os equipamentos de navegação
e o piloto.A agitação, ansiedade, choro, pânico ou movimentação excessiva do
paciente dentro da aeronave pode comprometer a tranqüilidade do piloto e do
vôo. Objetivo: Relatar um caso de uso de anestesia dissociativa em transporte
aeromédi co com helicóptero. Método: Relato de caso. Revisão da literatura.
Resultado: Criança de 4 anos, sexo feminino, vítima de atropelamento em
zona rural distante cerca de 1 hora de serviço de trauma. Acionado transporte
aeromédi co em helicóptero modelo esquilo adaptado para tal função. Chegada
ao local cerca de 20 minutos após. Criança em escala de coma de Glasgow 14,
com fratura fechada de membro superior esquerdo, freqüência cardíaca (FC)
em 155 bpm e saturação de oxigênio em 98% ar ambiente. Após avaliação
inicial, criança com choro irritado e dor em local de fratura. Foi administrado
20 mg de Ketamina associado com 1 mg de Midazolan com boa resposta e
melhora da FC para 120 bpm. Fornecido oxigênio por máscara facial. Durante
os 20 minutos de transporte aeromédi co não ocorreram intercorrências ou
quedas na saturação, sendo que a criança permaneceu inconscient e. Cerca de
30 minutos após o início da sedação, na unidade de suport e avançado, iniciou
resposta a estímulos doloros profundos. Na sal a de emergência iniciou
emissão de sons e despert ar tranqüilo. Na avaliação por métodos de imagem:
ultrassom abdominal, radiografia de pelve e tórax e tomografia de crânio
encontram -se normais. Houve fratura de antebraço esquerdo. Conclusão: A
anestesia dissociativa mostrou-s e segura e eficaz para analgesia e sedação em
transporte aeromédico. A segurança do vôo e a tranqüilidade do piloto de
helicópteros tipo esquilo adaptados para tal fim pode ser melhorada com o seu
uso criterioso evitando incidentes em espaço aéreo.
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21 a 23 de outubro de 2004
P053
ANESTESIA
DISSOCIATIVA
NO
ALINHAMENTO
E
IMOBILIZAÇÃO PRÉ-HOSPITALAR DE FRATURA EXPOSTA
GRAU 3 DE MEMBRO INFERIOR
Belezia BF, Souza SD, Borges LMM, Duarte T, Gonzaga WL, Torres LG
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU - Belo Horizonte –MG
Introdução: Anestesia dissoci ativa com Ket amina e Midazolan é s egura
quando realizada em ambiente hospitalar: bloco cirúrgi co e sala de
emergência, devido a estabilidade respiratóri a e hemodinâmica que
proporciona. O pacient e com fratura exposta apresenta-se com dor e
apreensivo com relação ao aspecto estético da sua lesão. O transport e nas
grandes cidades é prolongado e em vias de trânsito com condições pouco
adequadas de conservação, o que favorece à movimentação excessiva da
fratura. O alinhamento e a imobilização são fundam entais para melhoria da
dor e no tratamento inicial destas fraturas. Objetivo: Relatar três
alinhamentos e imobilização pré-hospitalar de fratura expost a de membro
inferior grau 3 em que a anestesia dissociativa foi administrada. Método:
Relato de caso. Revisão da literatura. Resultado: Três paci entes com fratura
exposta grau 3 de membro inferior, sendo duas de fêmur e uma de perna, após
dois acidentes de moto e um atropelamento. Encontravam-se com es cala de
coma de Glasgow 14 e 15 e RTS em 10,11 e 12. Atendidos por unidade de
suporte avançado composta por médico, enferm eira, auxiliar de enfermagem e
motorista socorrista. A dose média de Ketamina usada foi de 183,3 m (150
mg a 250 mg). O Midazolan foi administrado nos 3 pacientes com dose média
de 4 mg. Foi relatado vômitos na chegada ao hospital, taquicardia sinusal e
aumento da secreção em vias aéreas em um m esmo paciente, que foi tratada
por atropina. Não houveram complicações respiratórias ou óbitos devido ao
uso da anestesia. O despert ar foi tranqüilo nos 3 pacientes. A anestesia foi
administrada por ci rurgião geral. Conclusão: A anestesia dissociativa é uma
opção s egura para o alinhamento, imobilização e transporte do paci ente com
fratura exposta grau 3, com objetivo de minimizar a dor e o sofrimento. Pode
ser realizada por médicos não anestesistas em unidade de suporte avançado.
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P054
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO COM SINTOMATOLOGIA
ATÍPICA NO IDOSO SEGUIDO DE DESFIBRILAÇÃO PRECOCE
Belezia BF, Neves LFM, Borges LMM, Duarte T, Torres LG, Mendonça WL
Serviço de Assistência Móvel de Urgência - SAMU - Belo Horizonte - MG
Introdução: O infarto agudo do miocárdio (IAM) pode apresent ar-s e de
forma atípica, principalment e no idoso, podendo ser difícil o seu
reconhecimento, principalmente via telemedi cina. Objetivo: Relatar caso de
paciente confuso em ambiente doméstico que apresentou fibrilação ventricular
durante a sua avaliação inicial na residênci a, tendo sido des fibrilado
imediatamente após. Apresentou boa evolução. Método: Relato de caso.
Resultado: Paciente sexo feminino, 75 anos, que apresentava um quadro
confusional agudo à triagem médica pelo telefone. À chegada da equipe
apres entava-se gemente, sem manter cont ato verbal e com movimentos
repetidos de ambas as mãos es fregando-as pela face. Alguns minutos após,
durante a avaliação inicial, apres entou piora súbita da consciência e do padrão
respiratório. Foi então monitorizada com as pás, que demonstraram fibrilação
ventricular. Respondeu à des fibrilação com 200J. Evoluiu imediatamente após
com melhora do quadro clínico, sendo que na ambulância apresentava-se com
escala de coma de Glasgow em 15, t endo inclusive mastigado o ácido acetil
salicílico e colocado o nitrato sublingual. Apresentou boa evolução.
Conclusão: A apresentação atípica da síndrome coronari ana aguda no idoso
deve ser lembrada na telemedicina. A des fibrilação precoce está relacionada
com um prognóstico favorável da fibrilação vent ricular, independent e da
idade.
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P055
CONHECIMENTO SOBRE APH EM ACADÊMI COS DA ÁREA DA
SAÚDE
Cordeiro FL, Junior LCZ, Pimentel MRS, Maksud DFO, Nascimento FJ,
Silva LT
Projeto Vidas/USS – Vassouras – RJ
O Trabalho procura avaliar as noções sobre APH/SBV em acadêmicos da área
de saúde Avaliar o grau de conhecimento sobre Suporte Básico de Vida em
acadêmicos da área de saúde at ravés de um teste proposto antes e após um
curso de 40 horas sobre o assunto, no qual foram abordados os t emas não
apenas para acadêmicos de medicina sobre Suporte Básico de Vida (Primeiros
Socorros) e obs ervar suas deficiências Foi aplicado um pré-t este individual
para 96 acadêmicos, com 25 questões de múltipla escolha, sendo todas
baseadas no BLS e/ou PHTLS de 3 cursos da área de s aúde, estando todos
devidamente matriculados na Universidade Severino Sombra distribuídos da
seguinte maneira: medi cina (65 alunos 1º ao 10º período), enfermagem (17
alunos 1º ao 8º período) , fisioterapia (14 alunos 1º ao 10º período). Os alunos
tiveram um tempo de 20 minutos para a realização de cada um dos 2
testes,sendo estes realizados em um mesmo local. O curso de 40 horas
abordou noções elementares em Suporte Bási co de Vida (análise primária,
cinemática e psicologia do trauma), sendo este ministrado por uma ONG
(Projeto Vidas), composta por 38 acadêmicos da área de saúde. O pré-teste
indicou que das 25 questões a média de acertos foi de 9,5 questões, ou s eja,
38% do teste, enquanto no pós-teste a médi a de acertos foi de 16,6 questões,
ou seja, 66,4% , revelando um aumento de 74% no aproveitamento no
aproveitamento dos acadêmicos Podemos notar com os resultados obtidos que
a defasagem no conhecimento do APH e SBV dos acadêmicos dessa
instituição revelando que um simples e objetivo trabalho e/ou curso e/ou
disciplina sobre o Atendimento Pré-hospitalar ou Suporte Básico de Vida
pode trazer melhorias t anto no conhecimento como na conduta e manejo dos
pacientes dess es futuros profissionais, tendo em vista que o trauma é hoje a 2ª
maior causa de óbitos no mundo.
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21 a 23 de outubro de 2004
P056
ATENDIMENTO
PRÉ-HOSPITALAR
DE
GESTANTE
NO
TERCEIRO TRIMESTRE DE GESTAÇÃO. RELATO DE CASOS
Porta RMP, Molla Neto OL
Resgate/SAMU-193 - Corpo de Bombeiros de São Paulo - São Paulo
A maioria das publicações sobre trauma na gestante t em como objetivo
mostrar a ressuscitação e os probl emas fetais de teratogênese. Os estudos de
trauma no terceiro trimestre de gestação, incluindo os resultados de cesariana
postmortem, mostram que o sucesso da ces ariana de urgênci a está
inversamente relacionado com o intervalo de tempo decorrido entre a morte
materna e o nascimento do feto. Relatamos um caso de gestante de 18 anos de
idade, no terceiro t rimestre de gestação que foi vítima de atropelam ento
enquanto atravessava via pública carregando filho de cinco anos no colo.
Realizado atendimento pré-hospitalar das vítimas e constatado que a mulher
encontrava-s e em parada cardiorrespiratória. Iniciou-s e ressuscitação e
conduzida vítima para o hospital. Foi realizada cesariana de urgência após 25
minutos do trauma com ressuscitação do feto e óbito materno. O segundo caso
trata-se de gestante de 37 anos de idade, aproximadamente 38 semanas de
gestação que foi encont rada em parada cardiorrespiratória no domicílio.
Realizado atendimento pré-hospitalar e vítima conduzida ao hospital. Foi
realizada cesariana de urgência após aproximadam ente 30 minutos de
ocorrência sem sucesso na reanimação materna e do feto.
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TORACOTOMIA DE REANIMAÇÃO NO PRÉ-HOSPITALAR
Faria RC, Siebert M, Foernges L, Gomes LCD, Schneider R
Introdução: A toracotomia de em ergência é um procedimento que tem sido
cada vez mais utilizado pelos centros de trauma no atendimento ao
traumatizado grave, principalmente após o aperfeiçoam ento dos serviços de
atendimento pré-hospitalar. Toracotomia de Reanimação é um procedimento
indicado para pacientes com ferimento penetrante em região torácica précordial que se encontre em estado de choque grave com agonia. Trata-s e de
uma conduta que exige compet ência dos profissionais principalmente se
realizado no pré-hospitalar. A pres ença de sinal de vida com ferimento
cardíaco no cenário do trauma aument a a possibilidade de bons resultados
com a toracotomia ness es cenários. Apes ar de ainda não existir um consenso
entre os cirurgiões em relação às indicações para a realizar a toracotomia no
pré-hospitalar, este procedimento pode s er uma medida salvadora ou tentativa
de ressuscitação. Objetivo: Descrever o relato de uma toracotomia de
reanimação no pré-hospitalar em um paci ente que sofreu um ferimento por
arma branca na região toráci ca na região anterior esquerda. Relato de Caso:
I.M.C, 26 anos, masculino, moreno, operário, apresent a ferimento por arma
branca em tórax anterior esquerdo. No pré-hospitalar estava com quadro de
agonia, com sinais vitais: pulso carotídeo pres ente, mucosas descoradas, FC:
43bpm, FR: 48mpm, TA: 60/30mmHg, tórax assimétrico, AP: MV diminuído,
realizado assim drenagem de tórax à esquerda s endo negativa. Paciente
evoluiu para Parada cardiorrespiratória-PCR, iniciou-se medidas de RCP IOT, toracotomia à esquerda em posto ambulatorial, ao chegar no pericárdio
encontra-se grande quantidade de sangue compatível com tamponamento
cardíaco, drenado este tamponamento se localiza uma lesão em ventrículo
direito, sendo realizado tamponamento digital sobre a lesão no miocárdio,
conseguindo reverter a PCR com massagem interna. Paciente é encaminhado
para Hospital de Pronto Socorro onde se realizou a miocardiorafi a (ventrículo)
na sala de emergênci a e após foi para revisão de parede torácica e fecham ento
definitivo do tórax. Após 48 horas do evento paciente recebe alta da UTI.
Conclusão: Mesmo que Toracotomia de reanimação não seja um
procedimento us ado rotineiramente em pacientes com ferimentos no préhospitalar, este caso acima rel atado teve um ótimo resultado, entre outros
aspectos porque, durante o atendimento estava pres ente um Cirurgião do
Trauma realizando a primeira abordagem do procedimento.
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P058
DE UM RESGATE A MÚLTIPLAS VÍTIMAS AO PLANO DE
ATENÇÃO A CATÁSTROFE DO MUNICÍPIO DE ARACAJU /
BRASIL
Costa MCM, França CR, Barretto M, Augusto IF, Alves FS
SAMU 192 Aracaju
Introdução: Com 04 (quatro) meses de funcionamento o SAMU 192 Aracaju,
atendeu a duas catástrofes em rodovia federal durant e colisões
automobilísticas envolvendo 84 vítimas. A característica desses at endimentos
foi à participação de múltiplas instituições individualmente e de forma
desorganizada entre si. Objetivo: Formar aliança entre os diversos órgãos
objetivando a criação do plano municipal de atenção às urgências no
município de Aracaju. Método: Pesquisa nos arquivos do Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência - SAMU 192 Aracaju, nas fichas de
atendimentos médicos e relatório dos obs ervadores do Serviço, que se
encontravam nos locais dos eventos. Resultados: Diante dessa ineficiente
abordagem, surgiu a necessidade de se construi r um documento normativo,
tendo como alicerce o Protocolo de Resposta a C atástrofes, ADM IR
(Advanced Disaster Medical Response) e START. Foi criado um protocolo
interno de atenção às catástrofes. Divulgamos esse protocolo às instituições,
porém as mesmas continuavam trabalhando sem sincronia, surgiu então a
necessidade de agrupamento através do Comitê de Gerenciam ento de Atenção
às Catástrofes. Conclusão: A formação do Comitê de Gerenci amento de
Atenção às Urgências, possibilitou criação do Plano Municipal de Atenção às
Urgênci as e Emergências de Aracaju, composto pelos atendimentos pré e
intra-hospitalar, conseguindo uma linguagem única nas ações.
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ABORDAGEM SOBRE O TRANSPORTE NO ATENDIMENTO PRÉHOSPITALAR AO PACIENTE POLITRAUMATI ZADO
Lopes PGF, Faria CGPP, Arruda RD, Soares PD, Borlot PEW, Molinaro A
Liga de Trauma de Teresópolis, Fundação Educacional Serra dos Órgãos
(FESO) - Teresópolis-RJ
Objetivo: Discutir os principais tipos de transportes utilizados no atendimento
pré-hospitalar ao paciente politraumatizado, abordando suas caract erísticas,
indicações, vantagens e desvantagens. Metodologia: Revisão de literatura
referent e ao t ema. Resultados: Para ter acesso ao transporte, um observador,
deve acessar o sistema (t elefones 192 e 193) para ativar os Serviços Médicos
de Emergência. Na maioria dos sistemas regionais de transporte, existem duas
opções já organizadas: transporte terrestre (ambulância) e aéreo (helicóptero).
O transporte terrestre é utilizado quando o número de vítimas é pequeno,
como nos acidentes de trânsito, agressões ou emergência clínica. As
ambulâncias de socorro de emergência (ASE) são cl assifi cadas em básicas e
avançadas. As ASE avançadas tem sua equipe chefiada por um médico e
dispõem, além dos equipamentos de suporte básico de vida e de imobilização,
de equipamentos de suport e avançado de vida. As ASE básicas são tripuladas
por um TEM (técnico de enferm agem em emergênci a médica) e um
socorrista, e só possuem equipamentos de suporte básico de vida e
imobilização. Todo o sistema é controlado através do centro de Operações do
Corpo de Bombeiros. As principais vantagens do transport e terrestre s ão:
resposta rápida; permite carregar grande quantidade de equipamentos e
monitorar o doente; operação econômica, disponibilidade de viaturas. Por
outro lado as principais desvantagens são: ris co de colisão com outros
veículos; exige cuidados com a s egurança do paci ente, equipe e populares;
procedimentos invasivos fi cam prejudicados. No transporte aéreo são
utilizados helicópteros do tipo HB_350. Este serviço dispõe de duas
configurações: uma básica e uma avançada As indicações do uso de
helicópteros são: socorro pré-hospitalar, remoção inter-hospitalar, transporte
de recursos materiais ou equipes para o atendimento aos paci entes graves
cujos riscos possam ser reduzidos com at endimento e transporte rápidos;
cobrir distâncias de 80 a 320 Km. As principais vantagens são: transporte
rápido para longas distâncias e lugares de di fícil acesso. Conclusão: O
conhecimento da existênci a de diferent es tipos de transporte para o paciente
politraumatizado, é importante para um atendimento efici ente, qualifi cado e
adequado, podendo resultar em um menor número de seqüel as físicas e
emocionais, além do aumento na sobrevida da vitima.
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VI SBAIT
VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
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ANESTESIA DISSOCIATIVA NO TRANSPORTE DO PACIENTE
COM CORPO ESTRANHO EMPALADO
Belezia BF, Cavalieri IM, Castro BL, Souza SD, Dutra CC
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - SAMU; Serviço de Cirurgia
Geral de Emergênci a - Hospital Municipal Odilon Behrens - Belo HorizonteMinas Gerais
Introdução: Anestesia dissoci ativa com Ket amina e Midazolan é s egura
quando realizada em ambiente hospitalar: bloco cirúrgi co e sala de
emergência, devido à estabilidade respiratóri a e hemodinâmica que
proporciona. O paciente com corpo estranho emp alado deve s er transportado
do modo mais seguro possível, sendo que este somente deve ser retirado em
ambiente de bloco cirúrgi co. A sens ação de medo, dor e movimentação
excessiva do paci ente podem ocorrer. Objetivo: Relatar três casos de
transporte pré-hospitalar de corpo estranho empalado em que a anestesia
dissociativa foi administrada. Método: Relato de caso. Revisão da literatura.
Resultado: Três pacientes com corpo estranho empalado: faca em hemitórax,
guidon de biciclet a e barra de ferro todos em es cala de com a de Glasgow 14
ou 15 e RTS em 11 ou 12 atendidos por unidade de suporte avançado
composta por médico, enfermeira, auxiliar de enfermagem e motorista
socorrista. A dos e média de Ketamina usada foi de 75 mg (25 a 150 mg). O
benzodiazepínico foi administrado nos 3 pacientes. Em um dos pacientes
houve necessidade de uma segunda dos e de 50 mg de Ketamina devido ao
transporte prolongado. Não houveram complicações respiratórias ou óbitos
devido ao uso da anestesia. Todos os três médicos não eram anestesistas.
Conclusão: A anestesia dissociativa é uma opção segura para o transporte do
paciente com corpo estranho empalado, com objetivo de minimizar a dor e o
sofrimento. Pode ser realizada por médicos não anestesistas em unidade de
suporte avançado.
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VI SBAIT
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P061
INTUBAÇÃO NASOTRAQ UEAL EM PACIENTE SENTADO: UMA
OPÇÃO PARA O PACIENTE PRESO EM FERRAGENS
Belezia BF, Dutra CC, Souza SD, Torres LG, Mendonça WL, Duarte T
Serviço de Assistência Móvel de Urgência - SAMU - Belo Horizonte - MG
Introdução: O paciente preso em ferragens pode apresentar-se com múltiplas
lesões, que determinarão o rebaixamento do grau de consci ência e os
trabalhos de desencarceramento poderão prolongar-se por horas. A presença
de mútiplas vítimas pode di ficultar o trabalho de toda a equipe. O acesso
restrito ao paciente implica em soluções não convencionais para a obtenção da
via aérea definitiva, já que ele pode pass ar a sua "hora de ouro" em ambiente
pré-ospitalar. Um dos critérios para intubação nasotraqueal é a presença de
respiração espontânea. Objetivo: Relatar caso de paciente preso em ferragem
com trauma cranioencefálico grave que foi submetido a intubação
nasotraqueal, quando ainda encontrava-se sentado no banco de passageiros do
veículo. Método: Relato de caso. Resultado: Paciente sexo m asculino, 30
anos, vítima de colisão fronta com caminhão. Apres entava-se preso pelo
membro inferior, com escala de coma de Glasgow em 06, com difícil acesso e
com outras duas vítimas. Respirava espontaneament e e foi submetido a
intubação nasotraqueal por tentativas. Após intubação foi sedado e
desencarcerado. Faleceu na sala de emergência. Conclusão: A intubação
nasotraqueal às cegas, em doent e com indicação de via aérea definitiva e que
respira espontaneam ente, pode ser indicada em situações de acesso restrito ao
paciente.
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VI SBAIT
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P062
KETAMINA PARA AGITAÇÃO PSICOMOTORA EM AMBIENTE
CONFINADO = FERRAGENS
Belezia BF, Duarte T, Mendonça WL, Torres Jr LG, Souza SD, Dutra CC
Serviço de Assistência Móvel de Urgência – SAMU – Belo Horizonte – MG
Introdução: O paci ente confinado em ambiente hostil e confinado pode
apres entar-s e agitado devido a dor, perda da orient ação espacial e medo de
morrer.A hipóxia e o t rauma cranioencefálico devem ser excluídos como
causas primárias. Objetivo: Relatar caso de paciente agitado, que encontravase preso em ferragens e foi sedado com Ket amina. Método: Relato de caso.
Resultado: Paciente sexo masculino, 40 anos, que foi vítima de um
capotamento de caminhão em estrada tendo ficado preso por cerca de 1 hora
antes da chegada do socorro. Durante a avaliação primária apres entava um
quadro confusional agudo, desorientado, segurando violentamente a equipe de
atendimento, desejando desesperadamente s er retirado e impedindo a
realização de qualquer procedimento. Excluídos hipoxemia e trauma
cranioencefálico, foi sedado com 200 mg de Ketamina intramuscul ar.
Administrado oxigênio por máscara faci al, colocado colar cervi cal e realizado
acesso venoso, Administrado duas doses de 50 mg de Ketamina, endovenoso,
para manutenção da sedação, paral ela às atividades de desencarceramento,
que prolongaram-se por 1 hora e 30 minutos. Apresentava fratura fechada de
fêmur, tracionada sem dor com dispositivo apropriado após a sua retirada.
Apresentou boa evolução durante o transporte aeromédi co e na sala de
emergência. Conclusão: Agitação psicomotora em paci ente confinado, após
exclusão de hipoxemia e traum a cranioencefálico, pode ser tratada com
Ketamina, permitindo conforto para o paciente e para equipe de socorro.
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P063
INVESTIGANDO OS CONHECIMENTOS SOBRE PRIMEIROS
SOCORROS DOS ACADÊMICOS DA ÁREA DE SAÚDE
Andrade LM, Queiroz DR, Lima NMC, Silva VD, Rodrigues AMU
A explosão demográfica, o cres cimento populacional, o des envolvimento
industrial e a violência que crescem nas grandes cidades, vêm expondo os
cidadãos a risco cada vez m aiores. Qualquer pessoa poderá ser surpreendida
por uma situação de emergência, que envolva a integridade física de um
amigo, parente, vizinho, ou mesmo um desconhecido na rua. Os primeiro
socorros são atendimentos básicos e simples à vítima no local do acidente ou
próximo ao mesmo. Este estudo teve como objetivo avaliar os conhecimentos
sobre primeiros socorros junto a comunidade acadêmica da área de saúde.
Desenvolveu-se um estudo de carát er exploratório des critivo com abordagem
quantitativa em uma universidade de grande porte, situada no município de
Fortaleza-Ce; como amostra tivemos 100 acadêmicos selecionados de forma
aleatória que pertenci am ao Centro de Ciências da Saúde. Depois de coletados
os dados, estes foram expostos em gráfi cos e tabelas para posterior análise
auto-explicativa. Como resultado tivemos que a maioria dos entrevistados
tinha 21 a 30 anos (54,0%), e tendo predominância o sexo feminino. Quanto a
experiência em em ergência (58,0%) não tem nenhum a experiênci a, (58,0%)
não sabem proceder frent e a uma pessoa caída e não sabem como atuar ,
(66,0%) parari a e veria s e a vítima está consciente; (96,0%) acham que a
disciplina de Primeiros Socorros não deve s er ofertada somente para
acadêmicos da área de s aúde. Concluímos que a maioria das pessoas não sabe
atuar em situação de emergência, o que nos deixou muito preocupadas, pois se
os acadêmicos da área de saúde não sabem atuar em emergência, imaginemos
como a popul ação em geral está despreparada para essa situação, precisando
ser feito trabalhos de educação e saúde para que essa situação se modifique.
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EXPERIÊNCIA DO ESTÁGIO PARA ACADÊ MICOS DE MEDICINA
E ENFERMAGEM NO SAMU 192 ARACAJU
Alves FS, Marinho RCH, Gois MCS, Brasileiro FF, Costa MCM, França CR
Samu 192 – Aracaju-SE
Introdução: O SAMU 192 Aracaju iniciou no, ano de 2002, uma experiência
inovadora em todo o país com a cri ação de um estágio extracurricular para
acadêmicos dos cursos de Medicina e Enferm agem da Universidade Federal
de Sergipe, com o intuito de proporcionar a estes acadêmicos um aprendizado
em atendimento pré-hospitalar. Através deste estágio os estudantes têm a
oportunidade de participar ativament e nos atendimentos de urgências clínicas
ou traumáticas ocorridos na cidade de Aracaju, além de assistir aulas, e
participar de treinamentos e simulações de acidentes, atividades estas
organizadas pelo NEP (Núcleo de Educação Permanente). Objetivo:
Demonstrar a experiência vivida pelos estagiários no Serviço de At endimento
Móvel de Urgênci as de Aracaju. Ma terial e Métodos: Estudo quantitativo
baseado em rel atórios e estatísticas feitos pelos estagiários da primeira e
segunda turma do estágio extracurri cular do SAMU 192 Aracaju. Foram
priorizados os dados a respeito do tipo de ocorrência (clínica, traumática,
obstétrica ou trans ferência inter-hospitalar), as causas dos at endimentos
traumáticos e a prevalência dos sexos nos atendimentos realizados por estes
estagiários. Resultados: Foi inclusa nesta apresentação uma amostra de 732
atendimentos, destes 51% foram de causa traumática, 39% de caus a clínica,
3% de causa obstétrica e 7% foram trans ferências inter-hospitalares. As
urgências traum áticas tiveram a seguinte proporção etiológica: 26,5%
acidentes
automobilísticos, 21% atropelamentos, 17% acidentes
motociclísticos, 10,5% ferimentos por arma de fogo, 10% ferimentos por
arma branca, 5,5% queda de altura e 9,5% outras etiologias. Observou-se
ainda uma prevalência maior do sexo mas culino no total das ocorrências
estudadas. Conclusão: Esta apresentação exibiu um pouco da experi ência
vivenciada pelos acadêmicos de Medi cina e Enferm agem no estágio, onde
eles tiveram a chance de participar de di ferentes tipos de atendimentos de
urgência. Adqui rindo conhecimentos em atendimento pré-hospitalar, além de
estimular a prática do trabalho em equipe. Demonstrando importância desta
iniciativa pioneira criada pelo SAMU 192 Aracaju, a qual poderá s ervir de
modelo para outros serviços de pré-hospitalar do país.
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VI SBAIT
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P065
APRESENTAÇÃO DA LIGA DO TRAUMA DA FMUPF
Hoppen R, Palma D, Casalli JJ, Foiatto JC, Menegussi S, Possamai V
Universidade de Passo Fundo – Rio Grande do Sul
As concepções dos cuidados e a profilaxi a das doenças se enquadram no
contexto de saúde pública e certamente deverão ser revistas com a emergência
e o contínuo crescimento do trauma. A maioria dos traumas são preveníveis, e
a agressão externa acontece, geralmente em pacient e jovem, com potenci al
altamente produtivo, podendo caus ar grande prejuízo à soci edade. Assim, é
preciso, um centro de referência ao atendimento com pessoas quali fi cadas e
treinadas que participem desse processo realizando um atendimento inici al
adequado. Nesse cont exto, surge a Liga do Trauma da Faculdade de Medicina
da UPF, com o objetivo de capacitar estudantes na prevenção, tratam ento
inicial e reabilitação dos pacientes, vítimas de traum a, bem como, orientar a
sociedade em geral, sobre a importância da prevenção ao traum a e de como
proceder em casos de traumatismo. Fundada em 04 de Abril de 2003, a Liga
do Trauma da FMUPF é composta por uma coordenação de três médicos
orientadores, uma diretoria de seis acadêmicos e cento e vinte alunos ligantes.
Foi estruturada em três áreas: Estudo Teórico, Estudo Simulado e Estágio em
Emergência Hospitalar. A proposta está embasada nas diretrizes do Advanced
Trauma Li fe Support (ATLS) e Pre Hospital Trauma Li fe Support (PHTLS).
A criação, efetivação e atuação da Liga do Trauma da FMUPF representa uma
ferramenta importante de capacitação de estudantes e de cons cientização da
comunidade e dos poderes constituídos frente à doença trauma.
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VI SBAIT
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P066
A LIGA DE TRAUMA DE TERESÓPOLIS
Soares PD, Quintella FR, Mendes JMR, Morales WB, Molinaro A,
Filgueiras M
Fundação Educacional Serra dos Órgãos – Teresópolis/RJ
Objetivo: Incentivar o surgimento de novas ligas, a partir da divulgação desse
movimento em nossa instituição. Materiais e métodos: Para realização do
presente trabalho, foi realizado um levant amento do histórico da Liga de
Trauma de Teresópolis e de textos de apoio que abordam o tema ligas
acadêmicas. Resultados: A história da Liga de Trauma de Teresópolis
iniciou-se em Maio de 2001, no Congresso Cirurgia 2001 a odisséia do
Cirurgião. No momento estavam presentes diversos acadêmicos da Faculdade
de Medicina de Teresópolis que ficaram realment e encantados com o tema.
Posteriormente, em Junho, no 1° congresso de Trauma do Rio de janeiro,
alguns acadêmicos decidiram cri ar o Grupo de Trauma de Teresópolis. O
grupo de Trauma de Teresópolis iniciou suas atividades no di a 07 de agosto
de 2001, foram organizadas reuniões mensais com o objetivo de discutir os
assuntos referentes ao trauma. A Liga de Trauma de Teresópolis foi criada em
Maio de 2002 por acadêmicos juntamente com professores da Faculdade de
Medicina de Teresópolis num momento em que finalmente resolveu-se abrir
os olhos para essa doença endêmica que acomete principalmente os jovens,
independente de condições sócio-econômicas. Posteriormente, as atividades
da Liga de Trauma de Teresópolis centraram-se principalment e em três ações:
Encontros Cientí ficos, trabalhos cientí fi cos e a participação em congressos
externos. Atualmente temos como atividade oficial o Clube de Revista, que
tem como objetivo principal à atualização priorizando o estudo de artigos
publicados em revistas de renome mundial, enfatizando o tema Trauma e
Cirurgia. Dentre noss as maiores di ficuldades estão a implantação dos índices
de trauma em nosso hospital (HCTCO) e a criação de um ambulatório
direcionado somente ao acompanhamento dos pacientes do pós-operatório
vitimas de Trauma. Conclusão: A Liga de Trauma de Teresópolis, nos seus
dois anos, tem se demonstrado uma ótima form a de se aprimorar o
conhecimento, aliando atualização através de pesquisas, ensino através dos
encontros e discussões e extens ão. Continuando o trabalho, temos a
perspectiva de que o futuro nos reserva o espaço para nos tornarmos um
centro de referência para as Ligas de todo o Brasil, e para todos aqueles que
gostam e que querem discutir sobre o assunto trauma.
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VI SBAIT
VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
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P067
IMPORTÂNCIA DO ENSINO E DA PADRONIZAÇÃO DE
CONDUTAS EM CIRURGIA DO TRAUMA NA UNIDADE
REGIONAL DE EMERGÊNCIA DO CONJUNTO HOSPITALAR DE
SOROCABA
Costa DH, Inácio Jr. W, Hasimoto EN, Almeida CA, Rodrigues JMS
Liga de Emergência e Trauma da Faculdade de M edicina de Sorocaba –
CCMB - PUC/SP.
Dentro das emergênci as, o trauma é uma das mais graves doenças. Na área
cirúrgica, o trauma representa 30% a 40% de todas as cirurgias de
emergência. O objetivo do trabalho foi avaliar a oportunidade e a qualidade da
indicação cirúrgica e da conduta intra-operatória adotada, para as vítimas de
acidentes e violência interpessoal, classi ficadas como causa ext erna de
morbidade ou mortalidade e atendidas na URE-CHS. Os pacient es foram
classi ficados, at ravés da aplicação do TRISS, índice prognóstico para as
vítimas do trauma. Dos 58 prontuários avaliados, foram aproveitados no
estudo, 31 prontuários: 29 prontuários de vítimas de trauma abdominal e 2 de
vítimas de trauma torácico. A média de idade encontrada, foi de 27,3 anos. 25
vítimas (80,6%) eram do sexo masculino e 6 vítimas (19,4%) do sexo
feminino. Quanto ao tipo de acident e, encontramos 14 vítimas (45,2%) de
acidentes de transporte e 17 (54,8%) resultantes de violência interpessoal.
Todos os pacientes vítimas de trauma contuso (12 vítimas – 38,7%) com
suspeita de lesão intra-abdominal, foram submetidos ao lavado peritoneal
diagnóstico (LPD) na s ala de emergência, s endo que dest es lavados, 11
(96,6%) foram positivos e foram encaminhados para laparotomia exploradora.
Com relação à qualidade do atendimento prestado observou-se que 28 vítimas
possuíam um TRISS maior ou igual a 97% e 3 vítimas com índice menor ou
igual a 93%. De todos os pacientes avaliados, ocorreram: 1 óbito (3,2%), 1
trans ferênci a inter-hospital ar (3,2%) e 29 altas (93,6%). Sendo que o óbito
correspondeu a um paciente cujo TRISS era de 89%. Concluímos que o
atendimento inicial e a indicação do trat amento cirúrgico, para as vítimas de
trauma, atendidas na URE-CHS, foram oportunos e realizados segundo os
princípios padronizados e aceitos internacionalment e como os mais
adequados. Além disso, as condutas técnicas adotadas nos procedimentos
cirúrgicos estão padronizadas e alcançando os resultados esperados pela
aplicação dos índices prognósticos estudados.
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VI SBAIT
VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
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P068
PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DA LIGA DO TRAUMA Q UANTO À
INTERDISCIPLINARIDADE NA EMERGÊNCIA
Lima MS, Canalli AC, Ribeiro RCHM
Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto / SP
Objetivo: O estudo teve como objetivo caracterizar os acadêmicos dos cursos
de graduação de M edicina e Enfermagem, integrantes da Liga do Trauma, e
avaliar a percepção que os mesmo possuem acerca do tema
interdisciplinaridade, bem como suas vant agens e desvant agens.
Metodologia: Trata-se de um estudo qualitativo de caráter exploratório, em
que se utilizou o questionário como procedimento para obter informações dos
sujeitos. Resultados: Foram respondidos 46 (92%) dos 50 questionários
aplicados sendo 30 (65,2%) respondidos por acadêmicos da Medi cina e 16
(34,8%) por acadêmicos da enferm agem. Os dados de caracterização do curso
de graduação em Medicina foram: em relação ao sexo, 17 (36,9%) sexo
masculino e 29 (63,1%) do s exo feminino; em relação à idade a m édia foi de
19 a 27 anos, numa predominância de 9 (30%) da faixa etária 23 anos para a
Medicina e 9 (56,2%) com 22 anos para a Enfermagem, 19 (41,3%) são
membros da Liga do Trauma, 39 (84,8%) percebem que há um
relacionamento interdisciplinar na Unidade de Emergênci a e Trauma do
Hospital de Base (HB), 35 (76,1%) percebem que há um bom relacionam ento
entre as equipes médicas, 26 (56,5%) percebem que há um rel acionam ento
interdisciplinar entre a medi cina e a enferm agem, 23 (50%) notam um bom
relacionamento entre a equipe de enferm agem, 26 (56,5%) relataram que há
um relacionamento interdisciplinar entre as equipes multiprofissionais, 37
(80,4%) pensam que há vantagens em trabalhar com equipe interdisciplinar
em Unidades de Em ergência, 29 (63%) não encont ram di ficuldades durante o
atendimento de emergênci a e 22 (47,8%) não encontram di ficuldades de
relacionamento interdisciplinar no cotidiano. Conclusão: O crescimento
contínuo entre as equipes através da educação continuada possibilita melhorar
a assistência prestada ao paciente de forma integral. A comunicação também é
um fator importante para o des envolvimento do trabalho interdisciplinar, pois
dela depende a form a de abordar os membros para o trabalho transcorra de
forma produtiva.. As di ficuldades para esta comunicação foram relatadas
como falta de interação profissional e pessoal e na indefinição de papéis e
responsabilidades, além disso, o Hospital de Base é um hospital de ensino em
que grande parte do trabalho do setor de emergência é executado por
profissionais recém-formados e acadêmicos de Medicina e Enfermagem.
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VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P069
TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO COMO FATOR DE RISCO PARA
A DOENÇA DE ALZHEIMER: ESTUDO DE META-ANÁLISE
Fontelles MJ, Araujo RS, Nogueira RN, Barros VJ
Disciplina de Bas es Anatomofisiológica do Comportamento da Universidade
da Amazônia (Unama) - Belém, PA.
Introdução: A doença de Alzheimer tem sido referida como a mais comum
causa de dem ência em idosos. De etiologia ainda pouco conhecida, seus
diversos fatores de risco vêm sendo estudados, entre eles o t rauma de crânio,
o qual é citado em vários estudos caso-cont role. Porém, nestes estudos, os
resultados são ainda pouco conclusivos. Objetivo: Estudar, em pacientes
idosos, o traumatismo cranioencefálico como fator de risco para a ocorrência
tardia da doença de Alzheimer. Método: Utilizando-se o modelo estatístico de
meta-análise, os autores avaliaram 21 trabalhos ci entí ficos, do tipo casocontrole, publicados pela medline no período de 1990 a 2004, os quais
investigaram a associação entre o trauma craniano e a doença. A odds ratio
(OR) e o intervalo de confi ança de 95% foram calcul ados segundo o m étodo
de Mantel-Haenszel. Os valores de p foram obtidos com o programa Epi Info,
versão 6.04c. Considerou-se o nível alfa igual a 0,05. Resultados: do total dos
estudos avaliados, veri fi cou-se a influência do traum a cranioencefálico como
fator de risco para o des envolvimento tardio da doença de Alzheimer, com
OR = 3,09; IC95% = 3,04 - 3,82 e p-valor < 0,0001. Conclusão: em pacientes
com história pregressa de trauma cranioencefálico, a ocorrência tardia da
doença de Al zheimer foi cerca de três vezes maior quando comparada aos
pacientes sem história deste tipo de trauma.
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VI SBAIT
VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
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P070
RISCO DE Q UEDA NO IDOSO
Bento MRA, Pinto JMS, Marcolino CE, Paranhos WY
Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas - Curso de
Enfermagem
Introdução: No ultimo censo do Instituto Brasileiro de Geografi a e
Estatística (IBGE, 2001) mostrou que os idosos no Brasil correspondem a
9,1% da população brasileira. Projetando-se para 2025, 16 bilhões de idosos
no mundo, onde o Brasil ocupa a 6º lugar no mundo em numero de idosos.
Devido ao aumento signi ficativo desta população abrimos caminho para uma
questão que caus a inquietude e tem se tornado um problema de Saúde Publica
e Social que é a queda do idoso e suas conseqüências. Nas últimas décadas, o
número de lesões resultante de queda dos idosos aumenta em todo o mundo,
uma vez que são tímidos os programas de intervenções que visam prevenir
eventos danosos. Queda e imobilizações s ão resultado simplesmente do
processo de envelhecimento e s ão proporcionais ao grau de incapacidade
funcional onde quanto mais debilitado e dependente, maior a incidência de
quedas. As complicações mais comuns das quedas vão desde lesões de pele
até fraturas levando ao risco de complicações que podem evoluir para morte.
Objetivos: Conhecer os fatores de risco para quedas domiciliares do idoso.
Discutir a importância do familiar/cuidador na prevenção das quedas do
idoso. Método: Pesquisa exploratóri a, prospectiva, através de instrumento de
coleta de dados com 100 alunos do curso de graduação em enfermagem que
eram familiares/cuidadores de pessoas idosas. Resultados: 30% dos idosos
são cuidados pelos próprios familiares, 40% dos familiares consideraram que
os ambientes de maior risco para queda eram a cozinha e o banhei ro, 55%
relacionou o risco com o piso escorregadio, em 17% dos idosos que caíram
tinham um certo grau de dependênci a e dos idosos que caíram 51%eram do
sexo feminino. Conclusão: Através destes resultados pudemos concluir que
os idosos caem muito em suas residênci as e que apesar dos cuidadores
reconhecerem os riscos domiciliares para est es eventos não fazem
modificações nestes ambientes e o numero de quedas ainda continua muito
elevado. Assim a parceri a da enfermagem com os familiares nas modificações
do ambiente e comportamento de risco podem garantir a diminuição das
quedas que acontecem no domicilio apenas com modificações simples.
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VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P071
AVALIANDO O ESTADO VACINAL CONTRA O TÉTANO DAS
VÍTIMAS DE TRAUMAS E FATORES INTERVENIENTES À
PROFILAXIA
Andrade LM, Nogueira PDS, Ramalho FMC
Introdução: As pessoas vítimas de acidentes e violências podem ser
consideradas como necessitadas de vigilância constante, pois podem ser
portadores de probl emas, por vezes, ainda não identi ficados em razão do seu
quadro atual estar aparentemente estável. Dentre os problem as ocultos que
podem acometer as vítimas de traumas, devemos salientar que existe a
possibilidade da ocorrência do t étano acidental naquel es pacientes com
esquema de vacina contra o tétano incompleto ou inexistente. Objetivo:
Resolvemos identifi car o perfil das vítimas de traumas quanto a cobertura
vacinal contra o tét ano e investigar os possíveis fatores que poss am ter
dificultado a imunização. Trata-se de um estudo exploratório descritivo,
desenvolvido em um hospital de emergências situado na cidade de Fortaleza,
no período de agosto a setembro de 2003. Os resultados foram expostos em
gráficos para posterior análise. Resultados: Os resultados encontrados neste
estudo revelaram os principais aspectos referentes ao perfil das vítimas de
acidentes ou violências no cont exto da profilaxia do tétano acidental, os quais
são: sexo masculino encontra-se em maior evidência quanto aos riscos de
adquirir o tét ano acidental, por não apresent arem cobertura vacinal adequada
comparando-se com o s exo feminino, e tanto para os homens quanto para as
mulheres a faixa etári a predominante que não apresentava imunização
adequada é a de 15 a 49 anos. No tocante ao conhecimento sobre o tétano
certi ficamos que a nossa popul ação precisa ser melhor esclarecida acerca
deste agravo à s aúde, com a finalidade de se obter uma redução de sua
incidência em nossas estatísticas epidemiológicas, principalmente pelo fato de
ser uma doença que se pode prevenir através da imunização adequada.
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P072
ERROS NO ATENDIMENTO AO TRAUMATIZADO
Moreno DG, Herbella FAM, Wajnsztejn A, Abib SCV, Delmonte C
Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina (UNIFESPEMP) e Instituto Médico Legal (IML) Sede de São Paulo
Introdução: Poucos são os trabalhos que tent am identi ficar possíveis erros
médicos, em atendimento de emergência, por meio de necropsias. No entanto,
é fato que erros de condut a acontecem, diminuindo o prognóstico de alguns
pacientes. Objetivo: Identi ficar no exame necroscópi co erros médicos no
atendimento ao traumatizado. Método: De 400 cadáveres consecutivos
estudados prospectivament e no período de jan/2004 a jul/2004 vítimas de
trauma, necropsiados no IML sede de São Paulo, 302 foram socorridos.
Foram estudados os erros m édicos no atendimento destes casos. Resultados:
Foram identificados 13 (4,35%) casos de erro médico no atendimento ao
traumatizado: 6 hemotórax não drenados, 2 hematomas extra-durais não
drenados, 2 lesões de fígado não tratadas, 1 pneumotórax não drenado, 1
úlcera gástri ca perfurada não tratada e 1 lesão iatrogênica de artéria pulmonar.
Conclusões: Erros médicos foram identi ficados em 4,35% dos atendimentos.
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21 a 23 de outubro de 2004
P073
DE Q UE ESTÃO MORRENDO NOSSAS CRIANÇAS? PERFIL DOS
ÓBITOS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA CIDADE DE SÃO
PAULO
Wajnsztejn A, Herbella FAM, Moreno DG, Abib SCV, Delmonte C
Escola Paulista de Medicina
Introdução: O traum a é a causa líder de mort e em crianças e adultos no
Brasil. De acordo com o governo Brasileiro, mais de 4 bilhões de dólares são
gastos anualmente no tratamento do traum a. Objetivo: Caract erizar as causas
de morte em crianças para nortear prevenção e treinamento de atendimento.
Método: Foram estudados prospectivamente 400 cadáveres cons ecutivos, no
período de janeiro de 2004 a julho de 2004 vítimas de t rauma, necropsiados
no IML sede de São Paulo, segundo as s eguintes variáveis: idade, sexo, tipo
de trauma, socorro à vítima, existência de tratamento operatório prévio, tipo
de lesão, causa mortis e se houve morte súbita ou não. Consideramos crianças
e adolescentes, as vítimas com idade menor ou igual a 18 anos. Resultado:
Dentro da amostra total de 400 cadáveres, foram encontradas 28 crianças e
adolescent es, com idades que vari aram entre 5 e 18 anos (idade médi a de
15,14 anos), com predomínio do sexo masculino (89,3%). Em relação ao
mecanismo de traum a: 12 (42,8%) cri anças foram vítimas de FAF, sendo que
em um destes casos foi veri ficado suicídio; 9 (32,1%) cri anças morreram por
ferimentos de transport e; 3 (10,7%) crianças morreram devido a quedas e 2
(7,1%) devido a queimaduras. Não foi possível determinar a caus a de morte
em 1 caso. Do total de crianças, 22 foram socorridas (78,6%), sendo 11
operados (39,3%). 14 (50%) casos sofreram traumatismo crânio-encefálico, 8
casos tiveram lesões pulmonares (28,6%), 4 casos tiveram lesões cardí acas
(14,3%), 9 casos com lesões hepáticas (31%), 4 casos de lesões esplênicas
(14,3%), 1 caso com lesão de intestino delgado assim como 1 caso de lesão
renal (3,6%), além de 11 casos com lesões de extremidades (39,3%). Em
metade dos casos, os ferimentos atingiram 2 ou m ais segmentos do corpo.
Conclusões: As principais caus as de mort e veri ficadas ness as cri anças foram
causadas por armas de fogo, acidentes de transport e e quedas. Vê-s e a nítida
diferença quanto à ocorrênci a de mortes por ferimentos penetrantes em
crianças e adolescentes numa metrópole, quando comparado ao predomínio de
traumatismos fechados na literatura. Estima-se que pelo menos, 90 % dessas
lesões poderi am ter sido prevenidas através da combinação de educação,
modificações no meio ambiente e de engenharia. Resumindo-se em uma
palavra: Prevenção.
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P074
INFÂNCIA: Q UAIS OS ACIDENTES MAIS PREVALENTES?
Andrade LM, Fé MCM, Lima NMC, Monteiro JA, Silva VD, Sampaio JD
Segundo a organização Mundi al de Saúde (OMS), o acident e é um
acontecimento independente da vontade humana, desencadeada pel a ação
repentina e rápida de uma externa, produtora ou não de lesão corporal e/ou
mental (SCHIMIL,2000). As circunstâncias que envolvem o acidente
instintivamente relacionadas ao crescimento normal e aos comportam entos
próprios do desenvolvimento. (WONG,1989). Nosso objetivo foi identificar o
perfil epidemiológico dos acidentes na infânci a e investigar os fatores
predisponentes e suas conseqüências. Trata-s e de um estudo prospectivo,
descritivo-exploratório, com abordagem quantitativa. Foi realizado no período
fevereiro a junho de 2004, em um hospital público de referênci a em
emergências cínicas e traumáticas situado em Fort aleza-CE. A amostra foi
constituída de 69 crianças de 0 a 12 anos que se encontravam internadas nesse
referido hospital. A coleta de dados foi feita através de uma fi cha de
investigação epidemiológica dos acidentes e violências elaborada pela
unidade de vigilância epidemiológica do hospital. Os dados foram analisados
quantitativamente através de gráficos e tabelas. Constatamos que a faixaetária m ais predominante encontra-s e entre 6 a 10 anos (49,3%), sendo no
sexo masculino (68,1%). A maioria das vitimas eram procedentes da capital
(58,0%) e estavam acompanhadas (61,0%) durante o acidente. Os tipos de
acidentes mais freqüentes foram quedas (24,7%), atropelam ento (10,1%) e
acidentes dom ésticos(5,8%), com período médio de internamento com até 10
dias (47,8%), Os tipos de traumatismo mais prevalentes foram trauma de
extremidades (41,05%), seguido pelo politraumatismo (29,0%). A abordagem
sobre prevenção de acidentes deve ser um fator intrínseco na educação da
criança, devendo-se iniciar precocem ente, desde a fase pré-es colar. Vale
ressaltar a importância desde não só para as crianças, mas também a educação
em saúde para os pais, sobre a promoção de um ambiente.
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P075
A ULTRASSONOGRAFIA NO DIAGNÓSTICO DO PNEUMOTÓRAX
Soares PD, Quintella FR, Mendes JMR, Marins CEG, Filgueiras M,
Molinaro A, Arruda RD
Fundação Educacional Serra dos Órgãos – Teresópolis/RJ
Objetivo: Fazer uma revisão da literatura mundial, visando observar a atual
situação da utilização do ultra-som no diagnóstico do pneumotórax.
Materiais e métodos: Para a realização deste trabalho, foi feita uma revisão
bibliográfi ca utilizando bibliografias relacionadas ao tema. Dentre elas, uma
busca de artigos cientí ficos foi feita acessando a bas e de dados do MEDLINE.
Foram analisados os dados da série temporal referentes ao período de 1996 a
2004, utilizando pneumothorax, ultrasound, comet-tail e lung-sliding com
palavras chave. Resultado: Estudos recentes mostraram que o ultra-som é um
método rápido e não invasivo na detecção do pneumotórax. Tem como
vantagens à segurança do procedimento, que não utiliza radi ação ionizante, a
possibilidade de ser utilizado em qualquer plano requerido para exibir a região
anatômica a s er investigada, a sua portatibilidade e ainda fornecer a imagem
em tempo real. Estudos têm document ado que os sinais ultra-sonográficos
incluem a ausência dos sinais normais do deslizamento (lung slidingvisualização das pleuras deslizando uma sobre a outra na respiração) e o da
cauda de com eta (comet tail-imagem hiperecóica produzida pela pl eura
visceral). A sensibilidade e especi ficidade do ultra-som no diagnóstico do
pneumotórax parece exceder 90%. O uso do ultra-som por cirurgiões e na
emergência tem diminuído o tempo para obtenção do diagnóstico, mesmo
quando há um equipamento de radiografi a disponível. Porém ainda há
algumas limitações ao seu uso, como a sua inexistência na emergência e a
falta de um profissional apto a interpret ar seus resultados. Conclusão: O
ultra-som de tórax, embora ainda não tenha substituído a radiografia, é uma
valiosa alternativa no diagnóstico rápido do pneumotórax. Os estudos indicam
que o ultra-som oferece excelente especi fi cidade e sensibilidade. A tendência
é que seja útil em qualquer circunstância, evitando o uso imediato da
radiografi a para o diagnóstico do pneumotórax. A continuação de
investigações é importante para assegurar a eficácia do ultra-som de tórax
para otimizar o cenário do trauma.
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AR NO CANAL VERTEBRAL APÓS FRATURAR ISOLADA DO
MASTÓIDE
Freitas OAP, Rezende-Neto JB, Drumond DAF, Oliveira RG, Babo PR
Hospital João XXIII FHEMIG Belo Horizonte, MG
Introdução: O encontro de ar no canal vertebral, também denominado
pneumorraque, pneumocele intra-espinhal ou aerorraqui a, é pouco freqüente.
No espaço subaracnóide a presença de ar se deve, na maiori a das vezes, a
procedimentos diagnósticos invasivos ou anestésicos envolvendo punções
lombares. Objetivo: Relatar um caso de pneumorraque traum ático por fratura
isolada do mastóide. Relato de caso: Paciente mas culino, 19 anos, foi
atingido por pedaço de m adeira na região mastóidea esquerda. Imediatamente
após o impacto apresentou sensação de “ entupimento” do ouvido ipsilateral.
Realizou manobra de Valsalva, ocluindo as narinas, com intuito de aliviar o
sintoma e notou alteração expansiva na região cervical. Ao exame notaram-se
vias aéreas patentes, voz anasal ada, coluna cervical indolor e murmúrio
vesicular fisiológico bilateral. Nas regiões cervical e toráci ca observou-se
enfisema do subcut âneo estendendo bilateralmente aos ombros. Radiografia
de tórax demonstrou pneumomediastino e pneumotórax apical à esquerda.
Tomografia do encéfalo demonstrou fratura do mastóide esquerdo. À
tomografia do tórax notaram-se as mesmas alterações da radiografia
acrescidas de penumorraque. A investigação radiológica incluiu esofagografia
e exame otorrinolaringológico normais. O paciente recebeu alta 48 horas após
a internação com enfisem a subcutâneo residual. Retornou sete dias após a alta
assintomático. (RTS=7,84; ISS=9). Conclusão: No adulto, o processo
mastóide contém numerosos espaços aéreos denominados células mastóideas,
as quais, comunicam com o ouvido médio. Pneumorraque após fratura isolada
do mastóide, sem traumatismo torácico, otorragia, otorréia ou rinorréia é de
ocorrência extrem amente rara. Os casos de pneumorraque pós-trauma,
descritos na literatura, apresentam algum tipo de lesão associada para explicar
a passagem de ar até o canal espinhal. Nos casos de penumorraque causados
por fratura da base do crânio e traumatismo de face há com freqüência
penumoencéfalo e o ar alcança o canal espinhal a parti de lesões da dura máter
acometendo o s eguimento cervical. Apes ar do ar no canal espinhal, por si só,
não caus ar complicações graves, esse achado deve levantar fortes suspeitas
para possível traumatismo raquimedular e fratura da base do crânio.
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P077
LESÕES
RAQ UIMEDULARES
POR TRAUMA FECHADO:
PROPOSTA DE PROTOCOLO DE ATENDIMENTO
Billó L, Winkler AM, Borges GA, Cecílio WAC, Nasr A, Zaninelli EM,
Grael XS
Hospital Do Trabalhador - Universidade Federal Do Paraná - Curitiba – PR
Introdução: Os ferimentos por arma de fogo corresponde à 35% dos
mecanismos que causam lesões raquimedulares no Hospital do Trabalhador.
Devido ao crescent e potencial lesivo de seus agentes causais, os ferimentos
provocados por acidentes veículo motor geram lesões associadas em diversos
segmentos do corpo humano. Faz-se então necess ário a padronização do
atendimento inicial dos doentes com esses ferimentos. Objetivo: Propor
modelo de protocolo para at endimento inicial das vítimas de trauma
raquimedular fechado atendidas em centro de referência de trauma. Método:
Foram revisados prontuários de pacientes que apres entaram lesões
raquimedulares atendidos no Hospital do Trabalhador e que permaneceram no
Hospital até a dat a da alta médica ou óbito no período de julho de 1999 a
julho de 2004, totalizando 60 pacient es. Foram excluídos os paci entes que
entraram em óbito ainda na sal a de emergência e os que foram trans feridos a
outro serviço ant es da alta médi ca. Esses dados foram confrontados com
extensa revis ão de literatura. Conclusão: Propor organograma de at endimento
inicial ao portador de lesão raquimedular por trauma fechado.
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NUTRIÇÃO ENTERAL PRECOCE EM TRAUMA DE ESÔFAGO
Lucena OCFN, Rueda F, Mayumi C, Macedo S, Couto D, Cavalcante T
Serviço de Cirurgia Geral e do Trauma – Hospital da Restauração, Reci fe–PE
Introdução: As lesões traumáticas do esôfago têm se constituído em assunto
de crescente preocupação, seja pel a el evada morbimortalidade encontrada
nesses paci entes seja pelo expressivo aumento da violência urbana que t em
proporcionado um verdadeiro estado de guerra civil. Dentro das opções
oferecidas para o melhor manejo das complicações do traum a esofágico
encontramos o diagnóstico precoce e o suporte nutricional. A instituição de
terapia nut ricional precoce s e responsabilizará pel a diminuição das
complicações infecciosas e met abólicas t ão freqüent es nesses pacientes.
Objetivos: Demonstrar a utilização de suporte nut ricional precoce (primeiras
36 horas) em pacientes com trauma esofágico complexo. Método: Estudo
prospectivo de 5 pacientes avaliados de acordo com RTS até a alta ou óbito. O
intervalo entre o momento do trauma e a abordagem cirúrgica também foi
analisada. A presença de lesões associadas e o início da di eta (no final da
cirurgia, 12hs, 24hs ou 36hs) foi relacionada com o aparecimento de
complicações. Resultados: Todos os pacientes eram do sexo masculino e com
idade vari ando de 15 à 65 anos (M = 35 anos ). Não houve óbito. O índice de
trauma revisado variou de 1,96 à 5,7 (probabilidade de sobrevida de 7% à
80%). Apenas 20% não apres entava les ão de traquéia. O tempo médio entre o
trauma e a cirurgia foi de 180 min. O acesso nutricional de escolha foi a SNE
(60%). Quando a opção foi a estomia o estômago foi a s ede escolhida (40%).
Não houve complicações nos estomas. Um paciente tracionou a SNE e foi
necess ário convert er em gastrostomia no 2º dia de pós-operatório. Apenas 1
(20%) não iniciou a dieta dentro das primeiras 12 horas (o que apres entava
RTS 1,96) devido a preocupação pela ressuscitação inicial. As complicações
infeccios as foram as mais freqüentes (40%): infecção da ferida do estoma.
Conclusão: A utilização da nut rição enteral precoce pode proporcionar
melhor manejo no pós-operatório de pacientes traumatizados s everamente
mesmo sendo o tracto digestório o alvo das lesões.
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CONDUTA INVASIVA NO ACIDENTE CÁUSTICO
Cabral Jr. A, Campolina D, Drumond DAF, Pablo, Starling SV,
Versiane Filho TA, Pires LJS
Hospital João XXIII
Introdução: O trabalho consiste na des crição de caso de ingestão de álcali
(soda cáustica) em quantidade indeterminada, sendo atendida em Unidade de
Pronto atendimento com cerca de um a hora após a ingesta, sendo sondado
(com sonda naso-gástrica) e encaminhado ao Pronto Socorro Dr. Rubens
Guimarães (HPSJXXIII), dando entrada neste nosocômio com cerca de uma
hora e trinta minutos pós-ingesta. O paciente, hipertenso, obeso e com doença
psiquiátrica, apres entava si alorréi a, dor abdominal e vômitos saguinolentos;
freqüência respiratória de 46 irpm, murmúrios vesiculares diminuídos em
base esquerda com crepitações e roncos di fusos bilaterais, além de abdome
doloroso. Solicitados exames complementares e a radiografi a de tórax
apres entou um pneumomediastino e alargamento mediastinal. Indicada
endoscopia digestiva alta de urgência, revelando les ão grau III de Zargar,
sendo o estômago não visualizado devido a grande quantidade de s angue e
coágulos. Paciente permaneceu no bloco cirúrgico, sendo submetido a
esofagogastrectomia total, esofagostomia cervical e jejunostomia (6 horas de
cirurgia após apenas 2 horas de entrada no hospital), sendo encaminhado ao
Centro de Terapia Intensiva (CTI). Onze dias após internação, paciente
necessitou de traqueostomia, sendo retirado de ventilação mecânica 4 dias
após procedimento. Alta do CTI após 21 dias de internação e hospital ar após
48 dias com traqueostomia, jejunostomia e esofagostomia cervi cal.
Objetivos: Mostrar a necessidade de conhecimento sobre acident es cáusticos
graves e a importância de abordagem efetiva para m elhor prognóstico para
esses pacientes. Necessidade de melhor conhecimento sobre abordagem
inicial. Método: Relato de caso e revisão bibliográfi ca. Resultados: Paciente
com prognóstico reservado teve sua vida preservada por condut a rápida e
invasiva em acidente cáustico, método pouco descrito e pouco realizado,
porém de grande eficácia. Programada reconstrução de trânsito
gastrointestinal por esofagocoloplastia. Conclusão: O método, apesar de
pouco divulgado, mostrou satisfatório na sobrevida de pacientes, tanto no
caso descrito quanto na revisão bibliográfica.
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P080
AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE PROFILAXIA DO
TÉTANO NOS INTERNOS DA FACULDADE DE MEDICINA DE
TERESÓPOLIS
Ângelo PDC, Tiago SB, Alexandre M, Walter T, Paulo EWB, Polibio GFL
Liga de cirurgia e trauma , Liga de Infectologia, Serviço de Cirurgia geral do
Hospital das Clinicas Costantino Otaviano Teresópolis, Rio de Janeiro.
Introdução: O tétano é uma doença infecciosa não contagiosa causada pelo
bastonete gram positivo Clostridium tetani e de caráter imunoprevinível.
Portanto, fazem-s e necess árias medidas adequadas de controle através de
educação e vacinação da população. Objetivo: Avaliar o conhecimento dos
acadêmicos de medicina acerca da profilaxia anti-Tétano. Metodologia: Foi
aplicado um questionário referente à profilaxia do tétano. As respostas foram
avaliadas conforme a Fundação Nacional de Saúde – Ministério da Saúde e os
resultados foram analisados através do program a Excel. Não houve
identificação dos voluntários na pesquisa. Resultados: Obtivemos uma
amostra de 71 internos caracterizada por 32% de alunos do 10º período, 42%
do 11º, 24% do 12º e 1% que não informou o período. Sobre a história
vacinal, 71,8% dos internos apresent aram esquema vacinal completo. A
indicação do soro antitetânico gerou uma m édia de acertos de 38% e sobre a
conduta frente à hipers ensibilidade ao soro a média foi de 77%. Com relação à
instituição da vacina dupla dT em detrimento a DPT a média de acertos foi de
52%. Sobre a indicação da vacina antitetânica em ferimentos leves a média de
acertos foi de 59,5% e quanto aos ferimentos não leves à média foi de
52,25%. A média geral de acertos do questionário foi de 59,3%. Conclusão:
Os resultados nos mostraram que os internos sabem proceder à frent e a
hipersensibilidade ao soro, porém não sabem a indicação deste, s endo que
somente metade soube indicar corretamente a vacina. É importante ressaltar
que a maioria dos internos possui esquema vacinal completo.
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P081
UTILIZAÇÃO DE INSTRUMENTOS PARA A AVALIAÇÃO DA DOR
NO SETOR DE EMERGÊNCIA: ASSISTÊNCIA BASEADA EM
EVIDÊNCIAS
Calil AM, Pimenta CAM
Escola de Enferm agem da USP - São Paulo – SP
Introdução: A intensidade dolorosa é componente de grande express ão da
experiência dolorosa e o mais aferido na prática clínica e de pesquisa, sendo
indispensável para o planejamento da t erapia antálgica e veri fi cação da
adequação do esquema proposto. Para aferição da intensidade dolorosa, têm
sido recomendadas escalas numéricas e para aferi ção do local da dor o uso de
diagramas corporais. Acredita-s e que a utilização da es cala numéri ca e do
diagrama corporal no setor de emergência sejam viáveis pela facilidade de uso
e compreensão do paciente, rapidez da aplicação e possibilidade de avaliações
contínuas do quadro álgico. Objetivo: Avaliar a adequação de dois
instrumentos para a mensuração da dor no setor de emergênci a. Método:
Foram utilizados dois instrumentos para a mensuração da dor: o Diagrama
Corporal e a Escal a Analógica Visual (numérica ou EAV). Nos dois
instrumentos o doente deve fazer uma cruz ou apontar ou mesmo dizer a casa
ou local que repres enta melhor a sua dor. Foram entrevistados 100 pacientes
vítimas de acidente de transporte, com Escala de Coma de Glasgow igual a 15
e idade maior ou igual a 16 anos, admitidos para tratamento em um prontosocorro centro de referencia para o atendimento ao traumatizado no Município
de São Paulo, no ano de 2003. Resultados: Em 90,0% dos casos, os pacientes
conseguiram compreender e apontar, nos dois instrumentos, o local de dor de
maior intensidade, tendo sido realizadas duas avaliações em momentos
distintos, com intervalo de 3 horas entre as m esmas. 80,0% das vítimas
relacionaram a dor de maior intensidade à existênci a de lesão no mesmo local.
Uma das principais causas apontadas na literatura em relação ao não controle
e não alívio da dor é a falta de objetividade e não utilização de instrumentos
adequados para a sua aferi ção e a não valorização do alívio da dor ao
politraumatizado. Conclusão: A utilização desses dois instrumentos mostrouse útil e eficaz na mensuração da dor inclusive para pacientes anal fabetos, e
sugere-s e a sua implementação no serviço de emergência para a avaliação
contínua da dor visando objetividade do controle álgico, adequação analgésica
e qualidade da assistência prestada ao traumatizado.
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P082
TRIAGEM DE ENFERMAGEM DO PRONTO SOCORRO DO
INSTITUTO CENTRAL DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA
FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
(ICHCFMUSP)
Origassa CM, Paranhos WY, Brito NR
Divisão de Enfermagem do Instituto Central do Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medi cina da Universidade de São Paulo (ICHCFMUSP) – São
Paulo – SP
Este estudo teve por objetivo identi ficar os critérios que o enfermeiro utiliza
para triar e quanti ficar, através das fichas do pronto socorro, a validade destes
critérios. O mesmo foi des envolvido durant e o curso de Especialização de
Enfermagem em Pronto Socorro do Instituto Central do Hospital das Clínicas
da Faculdade de M edicina da Universidade de São Paulo (ICHC-FMUSP).
Após a percepção de que o enfermeiro da triagem recebe um número muito
grande de paci entes que procuram o Pronto Socorro. O questionário foi
aplicado a 12 enferm eiros e foram acompanhadas as fichas de 943 pacientes.
Os resultados obtidos mostraram que apesar de algumas di fi culdades
encontradas pelos enferm eiros da triagem, os critérios utilizados e o processo
de triagem s e mostraram satis fatórios. O resultado só não é melhor, pois este
serviço foi implantado à pouco tempo no Brasil e conseqüent emente os
enfermeiros possuem pouca experiência nesta atividade. Palavras-chave:
Triagem de enfermagem em Pronto Socorro; Critérios de triagem.
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P083
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA
SALA DE TRAUMA EM UNIDADE DE PRONTO-SOCORRO:
ELABORAÇÃO E AVALIAÇÃO DE UM INSTRUMENTO
Espadaro RF
Objetivos: Elaborar um instrumento de Histórico de Enfermagem para coleta
de dados na sala de trauma em unidade de Pronto-Socorro e avaliar o
instrumento de Histórico de Enfermagem com enfermeiros especi alistas em
Pronto-Socorro ou com experiênci a em Unidade de Emergência. Material e
Método: Trata-se de um estudo exploratório de abordagem quantitativa,
realizado no Conjunto Hospitalar do Mandaqui, Zona Norte da Cidade de São
Paulo. A população foi constituída por quinze enfermeiros especi alistas ou
com experiência em Unidades de Pronto-Socorro. Resultado: 1 - Adequação
do conteúdo do Instrumento de Histórico de Enfermagem: Veri fica – se que a
maior part e dos enfermeiros entrevistados, declararam “ boa” a adequação do
conteúdo do Instrumento de Histórico de Enfermagem para paci entes que se
encontram na Sala de Trauma em Unidades de Pronto – Socorro. Entretanto,
os demais entrevistados que o qualificaram como regular, sugeriram
mudanças em s eu conteúdo, uma del as é a implantação de balanço hídrico na
estrutura Controle de Enferm agem do Instrumento de Histórico de
Enfermagem. 2 - Clareza e Obj etivo do Instrumento de Histórico de
Enfermagem: Dos resultados avaliados, nota–se que houve pouca di ferença
entre “ excelente” e “ bom”, as opiniões dos enfermeiros, levaram a ent ender
que o Histórico, o tem clareza e obj etividade visível, ou seja, permite
agilidade no processo de at endimento do cliente. Existem outras avaliações
sugerindo melhorias na estrutura Controles de Enfermagem (hora e data) do
Instrumento Histórico de Enfermagem. 3 - A estrutura do Instrumento de
Histórico de Enfermagem. Discussão: Os resultados obtidos indicaram que o
Histórico de Enfermagem elaborado foi de boa clareza e objetividade, mas
necessitava de uma redução na sua extensão, em rel ação ao seu conteúdo e
estrutura, classi ficaram como ótimo e bom, estavam de acordo com as
necessidades dos clientes da unidade. Conclusão: Concluímos que é de
fundamental importânci a que o profissional de enfermagem, na Unidade de
Pronto–Socorro, tenha conhecimento amplo na Sistematização da Assistência
de Enfermagem prestada ao cliente vítima de traumas. Avaliando o cont exto
geral, conseguimos concluir nossos objetivos e tivemos a percepção de quanto
é importante a Sistematização da Assistência de Enfermagem não só em
Unidades de Pronto-Socorro, mas em todas as Unidades Hospitalares.
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21 a 23 de outubro de 2004
P084
CIÊNCIA DA SAÚDE – ENFERMAGEM HOMICÍDIO – UM
PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA
Bento MRA, Amorim AS, Endo C, Silva CM, Ramos ES, Pinto JMS
UniFMU – SP/SP
Introdução: Homicídio é um produto da violência que tem assolado o
mundo. Definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como “ lesões
infligidas por out ra pessoa, empregando qualquer meio, com a intenção de
lesar ou matar”. Estudos recentes demonstram que a violência que gera
homicídios tem por base a estratificação soci al, desemprego, a
competitividade pela sobrevivência nas grandes cidades, conflitos familiares,
interesses pessoais, divergênci as políticas e religiosas, tornando-se um
problema de Saúde Pública Mundial , pois tem matado mais que as guerras
civis de muitos paises. Entretanto, considerando-se que a violência não e
inerente ao ser humano e sim algo aprendido no decorrer da sua existênci a e
que hoje tem sido banalizada pela freqüência com que ocorre e pela
divulgação e exploração rotineira dos m eios de comunicação. Tamanha
violência tem despert ado a preocupação e atenção de muitos seguimentos da
sociedade, inclusive da área de saúde. Objetivo: Conhecer o perfil
epidemiológico do homicídio no Brasil de 2001 a 2003 e suas causas.
Método: Trata-se de uma pesquisa bibliográfi ca ent re autores nacionais e
internacionais nas bibliotecas “ UniFMU e USP”, com dados atualizados do
Depart amento de Homicídios da Polícia (D.H.P.P) e Museu do crime (USP),
dando bas e e sustentação para a elaboração deste trabalho. Resultado e
Conclusão: No mundo ocorre 1 assassinato a cada 2 minutos e no Brasil são
registrados cerca de 39 homicídios / dia. Encontramos no Brasil os seguintes
dados: as regiões mais violentas são sudeste e nordeste (53% dos casos), a
primeira pela grande concentração de massa e falta de infra-estrutura, na
segunda pel a miséria, fome e falta de oportunidade de t rabalho. Morrem e
matam mais pessoas do sexo masculino (95%), solteiro (53%) e da faixa
etária entre 18 e 25 anos (33,9%). Tendo como motivo do crime: drogas
(11%), vingança (5,8%), roubo (3,3%), briga de trânsito (1,8%), entre outros.
Acreditamos que violência e algo que se aprende e como profissionais de
saúde sentimos a necessidade de trabalhar extra-muro, levando educação onde
a população está em parceria com outros seguimentos da sociedade e do
governo para diminuir a taxa de violência que vêm disseminando vidas.
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VI SBAIT
VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P085
AVALIAÇÃO INICIAL DE ENFERMAGEM NA AMBULÂNCIA
Mota CA, Cristina JA, Pereira LAC, Dalri MCB, Cyrillo RMZ, Fernandes RJ
SAMU – Secretaria Municipal de Saúde Ribeirão Preto – SP
A falta de referências para o processo de enfermagem a vítimas de trauma no
Atendimento Pré-Hospitalar Móvel nos motivou a construção de um
instrumento de coleta de dados como fas e inicial do processo de enferm agem.
Assim, conseguiremos a obtenção de um registro ético e l egal para
identificação dos diagnósticos de enfermagem segundo Taxonomia II da
NANDA, planej amento e implementação da assistência de enferm agem.
Caract eriza-se como um estudo qualitativo, descritivo. O instrumento de
coleta de dados foi baseado no modelo conceitual proposto por Horta (1979) e
o método mnemônico do ATLS para hierarquizar as prioridades de
assistência. Foram realizados levantam entos bibliográficos em livros textos e
artigos cientí ficos para a construção do instrumento de col eta de dados com o
propósito de identi ficar os sinais e sintomas e dem ais dados signi ficativos
para enfermagem, que caract erizariam os diagnósticos de enfermagem. A
construção do instrumento foi em formulário check-list, a s er aplicada em
banco de dados, no programa Microsoft Access. A validação deste
instrumento foi realizada por especialistas na área e após análise algumas
alterações foram sugeridas e realizadas adequando-o para utilização prática.
Para a validação de aparência e conteúdo, o instrumento de coleta de dados foi
submetida a apreci ação de cinco enferm eiras, com experiência em urgência e
emergência, mediante construção e entrega de um questionário adaptado de
GALDEANO (2001). Os profissionais que validaram o instrumento proposto
na sua aparênci a e conteúdo expressaram que o instrumento de coleta de
dados contém informações de relevânci a para a identifi cação dos diagnósticos
de enfermagem em pacientes adultos, vítimas de trauma, atendidos no APH
móvel. Contudo esperamos dar condições de documentar e quali ficar a
assistência de enfermagem e conduzir os enfermeiros à identidade e ao
respeito profissional.
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VI SBAIT
VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P086
ADEQ UAÇÃO DA ANALGESIA EM VÍTIMAS DE ACIDENTE DE
TRANSPORTE
Calil AM, Pimenta CAM
Escola de Enferm agem da USP – São Paulo - SP
Objetivo: Identi ficar a adequação analgésica em vítimas de acidentes de
transporte atendidas em um pronto-socorro. Método: Trata-se de um estudo
prospectivo, realizado num hospital geral governament al (Centro de
referência para o atendimento ao trauma), no período de Março a Maio de
2002. Critérios de inclusão: os pacientes serem provenientes da cena do
evento, vítimas de acidentes de transporte, Escal a de Coma de Glasgow = 15,
idade igual ou superior a 16 anos. Os pacientes foram entrevistados em dois
momentos distintos, a saber: 1ª pergunta após a avaliação inicial do ATLS
e/ou estabilização do quadro, ou da chegada da pesquisadora e a segunda
pergunta após 1 hora da intervenção analgésica ou 3 horas sem intervenção
analgésica. A avaliação da dor se fez por meio da Escal a Analógica Visual
(EAV) de dor (0 – 10). A adequação da analgesia seguiu modelo proposto por
Cleeland, 1989, por m eio do Índice de Manejo da Dor (IM D). Os esquemas
analgésicos, seguindo sua potência foram classi ficados em: 0 – ausência de
analgesia; 1 – analgési cos AINH; 2 – opióide fraco (codeína, tram adol); 3 –
opióide forte (morfina, meperidina). A intensidade da dor em 4 níveis: 0 –
sem dor; 1 para dor de 1 – 4; 2 para dor de 5 – 7 e 3 para dor intens a de 8 –
10. Resultados: O IMD1 foi negativo, indicativo de analgesia inadequada
(potência analgésica insuficiente para a dor referida) para 69,0% dos
pacientes. O IMD2 foi negativo para 42,9%. A permanência da dor ou a
diminuta redução da mesma em alguns casos pode estar relacionada à
indicação esporádica de medicamentos ou apenas quando solicitados e não de
forma regular (horário) e em esquema “ se necessário” o que permite uma dose
a mais quando solicitado. Dos 42 pacientes medicados apenas 18 receberam
medicação em dois momentos, esse dado é de extrem a importância, pois
atesta que a dor, assim como outros parâm etros vitais, deve ser avaliada com
freqüência e de forma padroni zada. Conclusão: Foi identificada inadequação
analgésica em 69,0% dos pacientes num primeiro momento, e 42,9% num
segundo, o que indica um problema real no pronto-socorro relacionado a
analgesia, baixa utilização de opióides frente à dor moderada e intensa, e
necessidade urgente de novas investigações. Cabe coment ar que o IMD é um
índice bastante conservador, pois leva em conta apenas o grupo farmacológico
do analgésico e não a dose e via.
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VI SBAIT
VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P087
APRIMORAMENTO DE ENFERMAGEM EM PRONTO-SOCORRO
NO HCFMUSP: PRODUÇÃO CIENTÍFICA E CONTRIBUIÇÕES
PARA A INSTITUIÇÃO
Carvalho AO, Oya T, Picone CM, Saleh CMR
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo São Paulo / SP
Introdução: O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo, o maior complexo hospitalar da Améri ca Latina,
com finalidades didáticas, pesquisa e ext ensão, e assistencial realiza
programas de aprimoram ento para profissionais não-médi cos. Neste contexto,
o curso de aprimoramento de enfermagem em Pronto-Socorro, objetiva a
complementação teórico prática da assistência intra e extra-hospital ar,
baseada em evidências, em situações de urgência, emergência e cal amidades,
envolvendo at endimentos clínicos e traumáticos; al ém da contribuição para a
instituição através da iniciação cientí fi ca por meio das monografias,
apres entadas como critério de avaliação para a conclus ão do curso de
especialização. Objetivo: Classificar a produção ci entífi ca des envolvida pelos
aprimorandos em Pronto-Socorro quanto ao assunto abordado e nível de
atenção à saúde. Método: Estudo descritivo e exploratório, não-experimental,
retrospectivo, com abordagem do tipo quantitativa. Resultados: 75% dos
trabalhos são voltados para a área assistencial e, apenas 25% relacionados a
área administrativa. Dentre todas as monografi as 16,7% estão relacionadas às
áreas da Triagem e Processo de Enfermagem, seguidas de Saúde Mental,
Dermatologia e Ética, ambas com 8,3%. Relacionando a produção com
núcleos de atenção à s aúde, 95,8% está voltada à Saúde do Adulto e 4,2% à
Saúde do Idoso. Conclusão: Os programas de aprimoramento promovem
melhor atuação do profissional nas áreas de conhecimento especí fi co, além de
contribuir para a instituição e para a profissão com produção cientí fica,
referent e às monografias apres entadas, trazendo melhoras operacionais,
norteadoras e preventivas de atendimento.
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VI SBAIT
VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P088
A IMPORTÂNCIA DA LIMPE ZA DE ARTIGOS NA PREVENÇÃO DE
INFECÇÕES
Matos FGOA, Lima ASP, Gimenez K, Martins RM
Escola de Enferm agem da USP/SP
Introdução: O processo do limpeza tem a finalidade de evitar a propagação
de infecções e ass egurar o processo de desinfecção e esterilização dos artigos,
para tanto, a sua execução deve segui r alguns cuidados imprescindíveis.
Objetivo: Realizar uma analise bibliográfi ca a uma refl exão sobre o processo
de limpeza de artigos utilizados na assistência ao paciente. Metodologia: O
presente estudo consiste em urna pesquisa bibliográfica com as seguintes
fases: determinação do objetivo, elaboração do pl ano de trabalho.
identificação das fontes, localização a obt enção e l eitura do m aterial, tomada
de apont amento, confecção do fichas e redação do trabalho. Resultados: De
acordo com Graziano (2003), o processo de limpeza garante a desinfecção a
esterilização, o reuso de artigos não críticos, preserva o material, previne
deteriorização, remove a reduz a carga microbiana present e nos artigos. O
processo de limpeza pode ser feito de forma m anual ou mecânica. De acordo
com as recomendações do guia elaborado por enfermeiros brasileiros (2000),
a limpeza mecâni ca consiste em um procedimento automatizado que remove a
sujidade através de lavadoras com ação física e química (lavadoras
ultrassônicas, descontaminadoras, desinfectadoras a esterilizadoras). Assim
como a forma manual, o processo de limpeza mecânica também exige o use
de EPIs. De forma geral, para a execução do processo de limpeza, deve ser
tornados a1guns cuidados essenciais. Conclusão: Segundo a Sociedade
Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Pós Anestésica e
Centro de Mat erial a Esterilização - SOBECC (2001), o processo de limpeza
visa reduzir o m aior numero de microorganismos existentes na superfície dos
artigos a fim de diminuir o risco de infecção. Diant e dos resultados obtidos,
consideramos que o processo de limpeza tem a finalidade de garantir o
processo de desinfecção a esterilização dos artigos a evitar a propagação de
infecções. Para tanto, a sua execução deve ser feita de form a criteriosa
seguindo alguns passos fundamentais: uso de EPIs por pane dos funcionários,
limpeza imediata dos artigos após o uso, secagem rigoros a após a limpeza,
lubrificação com produtos não-tóxicos e anticorrosivos (quando indicado),
seleção do método de limpeza de acordo com o tipo de artigo a inspeção
visual rigorosa. Tais medidas visam prevenir possíveis infecções decorrentes
do processamento inadequado dos materiais que serão utilizados no paciente.
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VI SBAIT
VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P089
A HUMANIZAÇÃO NA VISÃO DO ENFERMEIRO QUE ATUA NO
PRONTO-SOCORRO
Flores ASS,Celemim CP, Borges GC, Teixeira IS, Amâncio MM, Calil AM
Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas - São Paulo – SP
Objetivos: O estudo tem como objetivos identi ficar a visão de humanização
para os enfermeiros que atuam em Pronto Socorro e identi fi car aspectos
favoráveis e des favoráveis para o processo de humanização. Metodologia:
Trata-se de um estudo prospectivo, realizado durante o curso de Pósgraduação (l ato-sensu) na Área de Pronto Socorro, para obtenção do título de
especialista. O estudo foi realizado no ano corrente, sendo respeitados todos
os preceitos ético-legais impostos pela instituição e sob a orient ação da
docente responsável. O instrumento de coleta de dados consistiu em um
questionário semi-estruturado, com pergunt as abertas e fechadas relacionadas
ao tema. As respostas foram agrupadas por similaridade e testes estatísticos
apropriados foram realizados. Resultados: Os dados obtidos neste estudo
permitem chegar aos seguintes resultados: 1.Perfil do enfermeiro entrevistado:
Foram entrevistados 10 enferm eiros que trabalham atualmente no Pronto
Socorro. A faixa etária preval ente foi de 35 a 44 anos. A maioria (80%) atua
em instituição privada tendo 20% atuando em instituição pública. 2. Visão do
enfermeiro entrevistado sobre humanização: Prestar uma assistência
individualizada teve 28,5% das respostas, seguida com 19,0% trat ar o
paciente com respeito e 14,2% prestar um tratamento digno. 3. Fatores
favoráveis para uma assistência humanizada: Pacient es e familiares satisfeitos
com o atendimento (18,1%), equipe consciente e colaboradora com o
programa de humanização (13,5%) e reconhecimento profissional (9,0%). 4.
Fatores des favoráveis para uma assistência humanizada: Despreparo da
equipe (16,0%), desmotivação da equipe (8,0%), líder desmotivado (8,0%) e
sobrecarga de trabalho (8,0%). 5. Sugestões para uma assistência humanizada:
Manter equipe multiprofissional preparada (30,4%), valorização profissional
(8,8%) e prestar uma assistência com conhecimento técnico e cientí fico
(8,8%). Conclusão: Humanização aparece fortement e relacionada a
individualização da assistência, ao respeito e dignidade. Como fatores
favoráveis mais citados obteve-se satis fação do atendimento; equipe
consciente e integrada ao programa de humanização e como fatores
des favoráveis, despreparo e desmotivação da equipe e do líder e sobrecarga de
trabalho.
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VI SBAIT
VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P090
A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO NO PRÉ-HOSPITALAR
NOS CURSOS JÁ NO INÍCIO DA GRADUAÇÃO
Melo BO, Martins RM, Amaral EM, Lima ASP, Celoso CJ, Lima NE
Acadêmicos de Enfermagem da UNIOESTE – Cascavel/PR
Objetivo: Demonstrar através da pesquisa realizada a necessidade de se
implementar já no início da graduação principalment e nos cursos da saúde,
mas não soment e, instrução sobre o suporte básico de vida, para assim atuar
na prevenção e na educação para diminuir através do atendimento adequado o
risco de seqüelas irreversíveis relacionadas ao trauma e aument ar a sobrevida
ao mesmo. Metodologia: Realizado um estudo na população de acadêmicos
de diferentes cursos e períodos, ambos os sexos, sobre o conhecimento dos
protocolos de suporte básico de vida, valores referenciais normais e sinais
vitais, conhecimento sobre o acionam ento dos serviços de urgência e
emergência, se pres enciaram situações que requeressem atendimento de
primeiros socorros e se os entrevistados se sentiam preparados para at ender
situações de emergênci a. A pesquisa consultou 365 acadêmicos dos curso de
medicina, odontologia, ciências biológicas, farmácia, enfermagem, educação
física, nutrição, psicologia, direito e engenharia civil, do primeiro ao último
período dos referidos cursos, com idades entre 17 e 53 anos. As primei ras 8
questões eram referent es a situações de emergência, as 4 questões seguintes
eram sobre sinais vitais e anatomia básica, e as 3 últimas referiam sobre se o
acadêmico já havia presenciado situações que exigissem socorro, e se sentiase preparado para prestar este socorro, e uma última questão referente ao
número telefônico para acionar o socorro. Resultados: Nas 8 primeiras
questões sobre situações de emergência a média de acerto foi de 4,2 questões,
nas 4 questões s eguintes sobre sinais vitais e anatomia básica a m édia de
acerto foi de 1,4 questões. Somente 185 entrevistados do total de 365
responderam corretament e o telefone do serviço de urgênci a do corpo de
bombeiros, o que corresponde a 50,6%, dos 365 entrevistados 38,9% já
presenciaram alguma situação que requeresse atendimento de primeiros
socorros, e 86,9% não s entiam-se preparados para atender a tal situação.
Conclusão: Na avaliação final da pesquisa confi rmou-se o despreparo
referent e ao atendimento ao trauma, durant e a mesma através de rel atos
verbais foi intenso o interesse pelo suporte imediato, o que nos mostra quantas
oportunidades foram perdidas de no momento do traum a aument ar a
sobrevida e a diminuição estatística de s eqüelas irreversíveis pelo trauma ou
atendimento indevido, bastando apenas capacitar os interessados, sabendo que
aquele que for bem instruído será multiplicador deste conhecimento.
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VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P091
TAMPONAMENTO PERICÁRDICO E TRAUMA CONTUSO DE
MEMBRO SUPERIOR ESQ UERDO: UM ALERTA PARA EQ UIPE DE
TRAUMA
Belezia BF, Cavalieri IM, Dutra CC, Navarro LA, Castro KPP,
Dellandréa IR
Serviço de Cirurgi a Geral de Emergênci a - Hospital Municipal Odilon
Behrens - Belo Horizonte – Minas Gerais
Introdução: O tamponamento pericárdico é mais comum após o trauma
penetrant e. No trauma contuso ocorre mais freqüentement e após acidentes
automobilísticos de alta velocidade devido ao impacto direto na região ou
aumento da pressão intra-abdominal. O local mais freqüent e de sangram ento é
a esquerda, paralelo ao nervo frênico, em 64% dos pacient es. Objetivo:
Relatar caso de tamponamento peri cárdico e traum a contuso proximal de
membro superior esquerdo s ecundário a atropelamento, que evoluiu com
parada cardiorrespiratóri a, toracotomia de emergência e evolução satis fatória,
com intuito de alerta a equipe de trauma sobre a importânci a da cinemática no
diagnóstico das lesões. Método: Relato de caso. Revisão da literatura.
Resultado: Paciente sexo feminino, anos, que foi vítima de atropelamento em
avenida. Foi socorrida pelo veículo at ropelador (ambulância). Admitida na
sala de em ergência em escal a de com a de Glasgow 15, hemodinamicamente
estável. Apresentava crepitação em região de úmero proximal. Evoluiu
subitamente com parada cardiorrespiratória na sala de emergência. Submetida
a suporte avançado, pericardiocentese e lavado peritoneal. Pericardiocentese
positiva. Realizada toracotomia de emergência onde foi evidenciado 50 ml de
líquido sero-hemorrágico após peri cardiotomia. Evoluiu com quadro de
choque grave em pós-operatório. Reabertura do tórax sem evidência de
sangramento ativo. Evoluiu com síndrome de compartimento abdominal,
tendo sido laparostomizada. Recebeu alta com escal a de evolução neurológica
de Glasgow em 5 (1 a 5). Conclusão: Em paciente com trauma contuso de
alta produção de energia, à esquerda (úmero proximal, articulação escapuloumeral, escápula e hemitórax esquerdo), o tamponamento pericárdico deve ser
excluído na etiologia da parada cardiorrespiratória. O diagnóstico imediato e a
realização de toracotomia de em ergência favorecem a evolução satis fatóri a do
paciente.
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VI SBAIT
VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P092
TRAUMA CARDÍACO FECHADO - RELATO DE CASO
Rocha DCM, Costa-Val R, Ferreira LSG, Drumond DAF
Hospital de Pronto Socorro João/XXIII - FHEMIG. Belo Horizonte / MG.
Introdução: As lesões cardíacas contusas são as que mais, freqüentem ente,
passam despercebidas em vítimas politraumatizadas, e são responsáveis por
até 25% das mort es neste grupo de pacientes. Possuem como causa principal,
os acident es automobilísticos. As difi culdades diagnósticas s e devem em
parte, à associação de outras lesões graves, mas também pel a aus ência, na
grande maioria das vezes, de sinais clínicos sugestivos. Descrição do Caso:
Paciente masculino com 39 anos de idade, trazido à unidade de emergência
com relato de ter sido atingido por pedra, seguido de perda da consciência,
durante a direção de ônibus. Admitido taquidispnéico (FR 20-30 irpm),
coluna cervical livre, expansibilidade toráci ca adequada e sons respiratórios
normais, bilateralmente, PAS de 80 mmHg, sem ingurgitamento jugular, ECG
14, agitado, com cianose central, e tatuagem traumática na regi ão medial ao
mamilo esquerdo, sem enfisema subcutâneo ou crepitações ósseas, abdômen
livre, pelve estável (RTS-6,37). Realizado, inicialmente, reposição volêmica
com 2500mL de NaCl 0,9%, com permanência da PAS entre 80 a 90 mmHg.
Propedêutica: RX tórax - alargamento do mediastino; TC de tórax infiltração da gordura do mediastino superior e derrame peri cárdi co;
eletrocardiograma - bloqueio de ramo direito; US do saco pericárdico volumoso derrame peri cárdi co. Piora hemodinâmica com queda da PAS para
50 mmHg. Medida pressão venosa central, que se revelou 29 cmH2O.
Terapêutica: Encaminhado ao bloco cirúrgico, à indução anest ésica, já sob
ventilação mecânica, apres entou parada cardíaca, sendo realizada toracotomia
esquerda; constatado tamponamento cardíaco após abertura do saco
pericárdio; massagem cardíaca interna com retorno, imediato, da atividade
elétrica e batimentos cardíacos; esternotomia pela impossibilidade de
abordagem de lesão por toracotomia; rafi a de laceração do ápice do ventrículo
direito de ± 0,7cm de extens ão, com fio prol ene® 3-0; drenagem bilateral do
tórax. Tempo de adinamia circu latória de cerca de 02 minutos. Evolução
clínica: internado 14 dias na UTI devido à pneumonia, mas com melhora
progressiva, recebendo alta no 23º dia de internação hospitalar, sem seqüelas.
Conclusão: O trauma cardíaco contuso, quando diagnosticado, manifesta-se
quase s empre com lesões críticas, que demandam abordagem e tratam ento
eficientes. Neste caso inusitado de trauma cardí aco contuso isolado, destacase o fato de o ônibus, no qual estavam 18 passageiros, ter sido controlado por
dois deles, o que evitou acidente de maiores proporções.
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VI SBAIT
VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P093
HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA ESQ UERDA TARDIA
Dagher R, Quintas ML, Teixeira Jr. FJR, Duarte AAB, Gerace ES,
Gonçalves VJ
Serviço de Cirurgia Geral e do Trauma do Hospital Geral de Pedreira. ACSC.
São Paulo. SP
Introdução: A ruptura diafragmática ocorre em 0,8% dos pacientes vítimas
de acidentes automobilísticos, com cerca de 3 a 5% no trauma abdominal
fechado, e de 13 a 19% nos ferimentos penetrantes, evidenciados na
laparotomia exploradora, com lesão diafragmática ao redor de 46% nos
ferimentos por arm a de fogo e 15% por arma branca. Método: Relato de caso
de trauma há 9 mes es, homem branco, 36 anos, vítima de colisão auto x auto,
motorista, com cinto de segurança, admitido em nosso Serviço com trauma
torácico com fratura de 3 arcos costais e hemotórax à esquerda, sendo
submetido a drenagem de 400 mililitros de sangue. Permaneceu internado por
5 dias com boa evolução, sem qualquer alteração radiológica. Há 3 meses
iniciou com dor epigástrica, dispepsia, plenitude gástrica que pioravam com
alimentação e melhoravam logo após estimular e apresentar vômitos
alimentares. Na última semana pré-internação, durante atividade esportiva de
jogo de futebol foi acometido de dor epigástrica intens a, insuportável,
recorrendo a atendimento médico. Realizado raio X de tórax evidenciou fundo
gástrico na base do hemitórax esquerdo melhor evidenciado com sonda
nasogástrica com contraste. Realizado tomografia de tórax e abdome que
evidenciou hérnia diafragmática esquerda com estômago, baço e epiplon
ocupando o espaço pleural. Submetido a toracotomia antero-lat eral esquerda
no sexto espaço intercostal com redução do conteúdo herniado que
correspondia ao baço, estômago e epiplon, identifi cada lesão do diafragma
com sua posterior sutura. A classi ficação da les ão diafragmática pela “ Organ
Injury Scalling”da Associação Ameri cana de Cirurgia do Trauma
correspondeu a lesão grau III (laceração de 2 a 10 cm) com índice
“ Abreviated Injury Scale” (AIS) igual a 3. Conclusão: A ruptura
diafragm ática pode passar despercebida na fase aguda do trauma quando a
vítima não apresenta alteração hemodinâmica ou sinais de sangramento, vindo
a apresentar sintomas tardios ou complicações decorrent es principalment e de
obstrução e estrangulamento intestinal. Optamos pel a toracotomia esquerda
pois o paci ente não apresentava sinais de abdome agudo obtendo-se boas,
exposição da cúpul a frênica e exposição da região. Quando diagnosticada na
fase aguda optamos pela laparotomia exploradora, pois permite também
inventário dos demais órgãos abdominais.
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VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
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P094
HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA POR TRAUMA FECHADO - RELATO
DE CASO
Santos FL, Silva FE
Hospital Municipal Souza Aguiar. Rio de Janeiro – RJ
Introdução. As lesões traumáticas do diafragma ocorrem em cerca de 3% dos
traumas toracoabdominais fechados sendo muitas vezes causados por
ocorrência de trânsito. As lesões diafragmáticas no trauma fechado, por sua
intensidade, favorece o aparecimento de lesões de vísceras abdominais, como
também lesões de extremidades. Relato do Caso: Homem de cor branca, 39
anos, caminhoneiro, trazido a emergência do Hospital Municipal Souza
Aguiar vitima de colisão. Ao exame inicial apresent ava-s e estável
hemodinamicamente, Escala de Coma de Glasgow 15, e ao exame do
aparelho respiratório murmúrio vesicul ar diminuído à esquerda. Fratura
exposta de ant ebraço direito. Exame de Rio X de tórax mostrava imagem
sugestiva de hérnia diafragm ática, que foi confirmado na Tomografia
computadorizada de Tórax e abdome. Laparotomia exploradora, encontramos
ferida de cúpul a diafragm ática fesquerda com heniação para o tórax do
estomago, baço e parte do intestino delgado, hemoperitôneo de 500ml. Foi
realizada frenorrafia, esplenectomia e drenagem torácica esquerda. Pela
cirurgia vascul ar foi realizada um by pass braquio-ulnar por lesão da artéria
braquial direita, e pela ortopedia osteossíntese com parafuso em osso úmero
direito. O paciente evoluiu com alta hospitalar em 6 dias.
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VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P095
RELATO DE CASO CLÍNICO – HÉRNIA DE MORGAGNI
Romel FLA, Silva Jr. VV, Sobral JB, Campos Jr. MM
As hérnias diafragmáticas podem se apres entar em quatro tipos: as hérnias de
Bochdalek, as hérnias de Morgagni, as hérnias hiatais e as paraesofágicas. A
hérnia de Morgagni é uma desordem rara que se define como um defeito na
implantação do diafragma ao est erno e costelas. A herniação do conteúdo
abdominal para o tórax por ori fício para-esternal, quase sempre apresent a-se
com saco herniário e mais comumente do lado direito. Usualmente
assintomática, pode-se apres entar associada a sintomas respiratórios e
gastrointestinais. Freqüentemente diagnosticada na idade adulta, repres enta 2
a 4% das hérni as diafragm áticas não traumáticas e pode estar associada a
outras anomalias congênitas. O caso clínico é de uma paci ente de 66 anos de
idade que procurou a em ergência do Instituto Doutor José Frota com queixas
de dor abdominal forte. A história clínica relatava que há um ano iniciara um
quadro de constipação intestinal e empachamento pós-prandi al, que só
melhorava após vômitos precoces, além de dor no peito e dispnéia leve.
Referiu, ainda, dispnéia de decúbito. Na emergência suspeitou-se de um
quadro cardí aco. Na admissão, ela apresentou estado geral regul ar,
hipocorada, desidratada, eupnéica, consci ente, orientada, cooperativa. O tórax
era simétrico e sem frêmito. A ausculta cardíaca revelou ritmo cardíaco
irregular, em 2 tempos, com bulhas normofonéticas, sem sopros. A ausculta
pulmonar revelou murmúrio vesicular universal, sem ruídos adventícios. O
abdômen era globoso, flácido, doloroso à palpação profunda em epigástrio e
hipocôndrio direito, sem massas ou visceromegalias palpáveis, e com ruídos
hidroaéreos um pouco diminuídos. O Raio-X de tórax realizado na
emergência deste hospital revelou imagem sugestiva de al ça em hemitórax
direito. O Ultrassom abdominal e o ECG realizados não revelaram alterações.
Sete dias após a internação, uma endoscopia digestiva alta revelou estômago
com dilatação importante, com anatomia deformada por herniação de part e do
fundo e do corpo para o tórax sugerindo uma hérnia hiatal de grande
proporção e ectasia gástri ca. No oitavo dia de internação hospitalar, a paciente
foi submetida a um a ci rurgia para correção da ectasia gástrica, quando foi
dado o diagnóstico de hérnia de Morgagni. Corrigida a hérnia via abdominal e
via torácica combinada, a pacient e evoluiu dispnéica no primeiro e segundo
dia de pós-operatório, mas evoluiu bem até a sua alta.
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VI SBAIT
VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P096
TRAUMATISMO ABDOMINAL CONTUSO SEGUIDO DE LESÃO
COMPLEXA DA VIA BILIAR
Soares FB, Nardi D, Rodrigues JB, Drumond DAF, Santos MAM
Hospital João XXIII – FHEMIG Belo Horizonte; Minas Gerais
Introdução: Com a organização dos serviços pré-hospitalares é cada vez mais
freqüente a admissão de paci entes em estado crítico, portadores de lesões
abdominais complexas que constituem um verdadei ro desafio para as equipes
que lidam com atendimento ao traumatizado. Objetivo: Apresentar o caso do
paciente M. A. L., sexo feminino, 35 anos, apres entando traumatismo
abdominal contuso. A paciente foi vítima de acidente automobilístico cujo
mecanismo envolveu grande trans ferência de energi a cinética. Método: A
paciente foi trans ferida ao Hospital João XXIII após o atendimento inicial em
outra instituição. Apresentava estabilidade ventilatória e hemodinâmica, mas
uma extensa equimose traumática envolvendo a parede do abdome com
evisceração de alças intestinais. Foram tomadas as medidas usuais para
reanimação, obtidos exames radiológicos e a paciente foi conduzida ao centro
cirúrgico. Dentre os achados per-operatórios se apresentavam: hemoperitôneo,
lesões hepática, esplêni ca e pancreática, lesões do mes entério do íleo e do
colon sigmóide, lesão vas cular na confluência das vei as ileocólica e
mesentérica superior, com s angramento ativo e por fim coleperitôneo com
avulsão complet a da via biliar principal distalmente ao cístico. A paciente
passou a apresentar instabilidade hemodinâmica sendo optado pel a ligadura
distal do colédoco, abrevi ando o ato cirúrgico e admissão no CTI. A paciente
foi reoperada após 4 dias sendo confeccionada anastomose colecistojejunal
seguida por outra jejuno-jejunal latero-l ateral. O procedimento foi completado
com drenagem sub-hepática e síntese do defeito na parede abdominal.
Resultados: A paci ente apresentou complicações durante o período de
internação apes ar dos cuidados em regime de terapia intensiva. Permaneceu
em ventilação assistida por período prolongado, evoluindo com SARA e
Sepse. Obteve uma melhora rel ativa com o tratamento m as ocorreu um novo
quadro séptico com instabilidade hemodinâmica, falênci a respiratória e renal.
A paciente veio a falecer após 60 dias da admissão. Conculsão: Como
apres entado na literatura as lesões complexas da via biliar principal são
incomuns no traum atismo contuso e costumam estar associadas a outras
lesões abdominais. A ligadura distalmente a implantação do ducto cístico e
anastomose jejunal com a vesícula biliar podem constituir uma alternativa
para o tratam ento dessa l esão no trauma, diante de um canal biliar de calibre
normal.
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21 a 23 de outubro de 2004
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LESÃO ISOLADA DE VESÍCULA BILIAR EM TRAUMA
ABDOMINAL CONTUSO – APRESENTAÇÃO TARDIA E
DIAGNÓSTICO POR MÉTODO DE IMAGEM
Castro KPP, Belezia BF, Miranda FGG, Amado LR, Cardoso JC, Abdallah L
Serviço de Cirurgia Geral e do Trauma do Hospital Municipal Odilon
Behrens-Bel o Horizonte - MG
Introdução: Os traumas de vesícula biliar isolados são raros, principalmente
os contusos. Objetivo: Relato de caso de um episódio de trauma contuso de
vesícula biliar com apres entação tardia e com diagnóstico radiológico.
Método: Relato de caso. Conclusão: Paciente jovem, sexo mas culino, vítima
de agressão há três dias, deu entrada na s ala de emergênci a com dor
abdominal. Submetido a tomografia computadorizada(TC) que evidenciou
líquido peri-vesicular e solução de continuidade na parede vesicular. Na
laparotomia foi constatada lesão de vesícula biliar isolada e realizada
colecistectomia com boa evolução pós-operatória. Conclusão: Apesar de raro,
a contusão de vesícula biliar deve ser lembrada em abdome agudo traumático
de apresent ação tardia.
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21 a 23 de outubro de 2004
P098
TRAUMA HEPÁTICO EM PACIENTE TRANSPLANTADO DE
FÍGADO
Lucena OCFN; Mayumi C; Macedo S; Amorim J; Couto D, Lacerda CM
Serviço de Cirurgia Geral e Transplante de Fígado do Hospital Universitário
Oswaldo Cruz, Recife – PE
Introdução: Com o aumento dos transplantes em geral, e, principalmente do
fígado ess es pacientes retornam a soci edade e naturalmente estão expostos a
violência cres cente urbana. Objetivo: Relatar caso inusitado na literatura de
trauma de fígado por projétil de arma de fogo em paciente transplantado há 2
anos. Método: Estudo retrospectivo. Foi analisado o comportamento do
imunossuprimido frent e ao traum a hepático e colônico. Realizado revis ão da
literatura. Resultados: O paciente J. I. F. L. sexo masculino, 30 anos,
transplantado de fígado no HUOC há 2 anos por cirros e biliar secundária a
lesão de via biliar por arma branca há 8 anos do transpl ante. O pacient e deu
entrada na emergência vítima de agressão por PAF – chocado (PA =
inaudível). Foi encontrado l esão trans fixante em abdom e. Indicado
laparotomia exploradora onde foi identi ficado hemoperitôneo de ± 3 l, lesão
em segmento VI e VII do fígado “ novo” e lesão transfixante do colon
transverso. Optado por hepatorrafias e sutura primária colônica e drenagem
cavitária. Evolui sem intercorrências no pós -operatório e em nenhum
momento apresentou critérios de rejeição celular aguda ou infecção.
Conclusão: O retorno à soci edade e a boa qualidade de vida é o objetivo
principal dentro dos programas de transplant es. No entanto, a revolução social
e o cres cimento da violência pode colocar em risco os benefícios cons eguidos
pela medicina moderna.
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P099
APRESENTAÇÃO TARDIA DE CISTO HEPÁTICO PÓS-TRAUMA
ABDOMINAL FECHADO EM ADULTO. RELATO DE CASO
Motta DC, Scarpelini S, Cardoso JB, Stracieri LDS, Camperoni LRR,
Mercês RL
Unidade de Emergência do HCFMRP-USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil.
Introdução: O cisto hepático é uma complicação rara do trauma abdominal
fechado. Ocorre em menos de 0,5% dos casos das lesões do fígado, sobretudo
em cri anças. Pode se m ani festar mes es ou anos após o evento traumático,
sendo que as opções terapêuticas comportam desde a simples observação e
resolução espontânea, a cirurgi a convencional, a cirurgi a laparoscópi ca e a
drenagem percutânea. Objetivo: Apresent ar um caso de cisto hepático póstrauma abdominal fechado em adulto. Método: Revisão de prontuário.
Revisão de literatura. Docum entação fotográfica. Relato do caso: paci ente de
23 anos, sexo feminino, atendida com história de traum a abdominal fechado
por agress ão interpessoal há 9 meses. Na ocasi ão foi submetida à laparotomia
exploradora, em outro serviço, na qual não foram encontradas l esões (si c).
Três meses após a cirurgia, apres entou dor abdominal e abaulamento em
hipocôndrio direito (HD) associados a queda do estado geral. Ao exame
apres entava-se anictérica, afebril, com massa palpável e dolorosa no HD. A
única anormalidade bioquímica detect ada foi um discreto aum ento dos níveis
de transaminases e fos fatas e alcalina. A tomografi a computadorizada de
abdômen revelou volumosa massa em lobo hepático esquerdo ocupando todo
epigástrio. Após drenagem percutânea evoluiu com fístula biliar que regrediu
apenas com trat amento clínico. Houve melhora progressiva recebendo alta em
boas condições após 10 dias. Conclusão: O cisto hepático pós-trauma, apesar
de incomum, deve ser lembrado no diagnóstico di ferenci al das patologias
císticas do fígado e, após diagnosticado por exam e de imagem, pode ser
tratado com sucesso por drenagem percutânea.
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P100
TRAUMA HEPÁTICO GRAU V OCASIONADO POR COICE
EQ ÜINO NO MUNICÍPIO DE VALENÇA – RJ
Cipriano CO
Relato de Caso: MFS, sexo masculino, 40 anos deu entrada no PS do
Hospital Escola Luiz Giuseppi Januzzi (HELGJ), no dia 01 de julho de 2002,
com quadro de dor abdominal importante ocasionado por coice eqüino. Ao
exame clínico, paciente se encontrava corado, eupnéico, lúcido, hidratado.
ACV: RCR 2T BNF, FC: 90bpm, PA: 130X80mmHg. AR: MVUA sem ruído
adventícios, FR: 18 IRPM. Abdômen: dor a palpação superfi cial e profunda
com maior intensidade no hipocôndrio direito, peristalse presente, ausência de
massas palpáveis. Após exam e físico, paciente se mant eve em observação.
Horas depois se encontrava descompensado, foi atendido na sal a de
ressuscitação. Foi indicada laparotomia mediana exploradora. A laparotomia
mostrou lesões em mais de três segmentos do lobo direito do fígado
(classi ficação grau V da escala de lesão hepática de 1994). Os segm entos
lesados foram tamponados, fez-se a Manobra de Pringle e sucessivas
hepatorrafias com desbridamento do lobo direito hepático. Procedeu-se
aspiração de sangue da cavidade abdominal, lavagem da cavidade peritoneal,
tamponamento com compressas e síntese da cavidade peritoneal com
drenagem da área hepática. No CTI, entrou novamente em descompensação
hemodinâmica, sendo, então, relaparatomizado com ligadura da artéria
hepática direita (tipo seletiva). Evoluiu com abscesso hepático, sepse. Ficou
em laparostomia, procedendo-se mais duas lavagens da cavidade peritoneal.
Recebeu alta, três s emanas depois. Discussão: Em uma hemorragia vultuosa,
o primeiro procedimento a ser realizado é a manobra de Pringle, a qual nos
indica a fonte do sangramento. Diante de um novo quadro de desestabilização
hemodinâmica, fez-s e necessária uma nova laparotomia com ligadura da
artéri a hepática direita tipo sel etiva, por se tratar de apenas um lobo atingido,
apesar de vários segmentos lesados. O trauma hepático na maioria das vezes é
de tratamento simples. Nos casos de politraumatismo, com dano hepático
determinando instabilidade hemodinâmica, o prognóstico dos pacientes
dependerá da agilidade do atendimento inicial feito por profissionais treinados
na assistênci a ao traum a e na abordagem cirúrgi ca adequada realizada por
cirurgião com experiência em cirurgia do trauma, familiarizado com a
anatomia hepática e técnica operatória.
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LESÃO DUODENAL TRANSFIXANTE POR TRAUMA FECHADO
DO ABDOME (TFA). RELATO DE CASO
Starling SV, Oliveira AM, Drumond DAF, Alves Filho V
Hospital João XXIII (FHEMIG) Belo Horizonte. Minas Gerais.
Introdução: A lesão duodenal isolada em pacientes com TFA é rara, de
diagnóstico difícil e tratamento tardio. Quando tratadas tardiamente as
condições locais são, muitas vezes, inadequadas para um tratam ento cirúrgico
seguro. A deiscência de sutura e fístula são complicações freqüent es exigindo
que o cirurgi ão realize o tratam ento já prevenindo esta possível complicação.
Objetivo: Relatar caso com lesão trans fixante mostrando as alterações
radiológicas, o tratamento instituído e as possíveis alternativas técni cas.
Relato do Caso: Paciente de 18 anos vítima de queda de motocicleta, batendo
o guidon no hipocôndrio direito. Procurou assistência médi ca em posto de
peri feria ficando liberado para domicílio. Após 30 hs de evolução procurou o
HJXXIII com quadro de dor abdominal e vômitos. Ao exame; desidratado,
facies sofrimento e com sinais de irritação peritoneal em todo lado direito do
abdome. RX simples de abdom e: retropneumoperitônio. Após preparo
adequado paciente foi encaminhado ao bloco cirúrgico. Realizada laparotomia
mediana que revelou ext enso enfisema retroperitoneal. Explorado e
mobilizado a 2ª porção duodenal com manobra de Kocher revelou extensa
lesão duodenal longitudinal trans fixante com bordas com bom aspecto e
pouco inflamadas. Optou-se pela realização de duodenorafi a em 2 planos e
drenagem da cavidade associ ada a exclusão pilórica. Paciente evoluiu bem no
pós-operatório recebendo alta no décimo dia. Conclusão: As lesões duodenais
operadas precocemente a sutura primária é o t ratamento de escolha. Nos
pacientes operados tardi amente a técnica a s er utilizada para o trat amento da
perfuração vai depender de vários fatores ent re eles as condi ções clínicas do
paciente e do aspecto local da ferida traumática. Se existe ambiente propí cio
para realizar a rafia primária com segurança esta pode e deve ser realizada.
Nos casos duvidosos ou naqueles casos que as condições locais são
inadequadas devido a bordas friáveis, paredes espessadas com reação
inflam atória important e e intensa contaminação do retroperitônio a sutura da
perfuração duodenal deve ser protegida pela técni ca de exclusão pilórica:
cerclagem do piloro com gastrojejunostomia (Cirurgia de Jordan). Outra
opção técnica usada no Hospital João XXIII é a técnica das 3 sondas:
duodenostomia com dreno em T (Kher), gastrostomia e jejunostomia. Esta
técnica tem como objetivo superdirecionar uma fístula que certamente
ocorrerá evitando a contaminação da cavidade peritoneal.
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P102
TRAUMA DUODENAL: CO MPARAÇÃO ENTRE TRAUMAS
PENETRANTES E TRAUMAS FECHADOS
Figueiredo MRA, Scarpelini S, Pinho VF, Rolo JG, Marinho JL,
Hernandes MA
Unidade de Emergência do HCFRMP-USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil.
Introdução: A lesão duodenal no trauma fechado é pouco freqüente, e
portanto, pela sua situação anatômica, o diagnóstico se torna di fí cil, muitas
vezes retardando o tratamento definitivo. Objetivo: Delinear as principais
diferenças, clínicas e epidemiológicas, entre as vítimas de traum a duodenal
penetrant e e fechado. Método: Foi realizada uma análise ret rospectiva de 15
casos de traum a duodenal penetrante (grupo A) e 6 casos de trauma duodenal
fechado (grupo B), at endidos na Unidade de Emergência (UE) do HCFMRPUSP, entre os anos de 1998 a 2002. Procurou-se caracterizar as di ferenças
epidemiológicas, clínicas, de gravidade (ISS), mortalidade e complicações.
Resultados: A distribuição por sexo foi, grupos A e B respectivament e:
masculino 86,7% e 100% e feminino 13,3% e 0%. A média das idades foi de:
Grupo A 23,3 anos e grupo B 15,3 anos. As médias dos ISS foram: 23 e 18,8,
respectivamente grupos A e B. Os ferimentos por arm a de fogo foram
responsáveis por 73,3% das lesões do grupo A. Todos os pacientes foram
submetidos a tratamento cirúrgico. A permanência hospitalar foi de 23,7 dias
(grupo A) e 15,7 dias (grupo B). 46,7% das vítimas do Grupo A tiveram
complicações, sendo a m ais freqüente a pneumonia (17,6% das
complicações); no grupo B 50% apresentou complicações. Houve 3 (20%)
óbitos no grupo A e 1 (16,7%) óbito no grupo B. Conclusão: Nesta série, as
vítimas de trauma duodenal fechado apres entaram-se com menor gravidade, e
conseqüente menor tempo de internação, complicações e letalidade.
Possivelmente o grande índice de lesões associadas nos ferimentos por arma
de fogo tenham sido responsáveis por estas diferenças.
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P103
IMPORTÂNCIA DO MECANISMO DE TRAUMA E DO TEMPO DE
TRATAMENTO DA LESÃO DO INTESTINO DELGADO NO
TRAUMA FECHADO DO ABDOME (TFA)
Starling SV, Rocha FF, Drumond DAF, Cristino MAB
Hospital João XXIII (FHEMIG) - Belo Horizonte, Minas Gerais.
Objetivo: Estudar fatores que podem aumentar a morbi-mort alidade da lesão
isolada do intestino delgado no TAF. Método: Análise retrospectiva dos
pacientes operados por trauma contuso com lesão do intestino delgado no
Hospital João XXIII no período de jul/02 a dez/03. Os pacientes foram
divididos em 2 grupos: com lesão isolada e com lesão associada intraabdominal. Foi estudado as características de cada grupo em rel ação ao
mecanismo de traum a e o intervalo de tempo trauma-tratam ento. Resultados:
No período estudado foram admitidos 1010 pacientes com trauma abdominal,
destes 36 tinham lesão do intestino delgado ocasionada por TAF (3,6%); 21
ptes apresentavam lesão isolada (58,3%). Neste grupo de ptes 13 (61,9%)
formam vítimas de politraumatismos e 8 (38%) de t rauma localizado apenas
no abdome. Dos 13 ptes politraumatizados, nove (75%) procuram assistência
médica nas 6 primeiras horas pós-traum a e foram operados nas primeiras 12
hs de trauma. Dos oito ptes com trauma apenas no abdome, apenas quatro
(50%) apresentaram as mesmas características. Nos ptes operados com mais
de 12 hs de trauma, um (4,7%) fal eceu e quatro (19%) complicaram. No
grupo dos 15 ptes (41.7%) com lesão associ ada intra-abdominal, as mais
comuns foram as lesões colônicas e hepáticas. Todos os ptes procuram
assistência médica nas primeiras 6 horas de trauma e 13 (86,7%) foram
operados nas primeiras 12 hs de trauma. Apenas um (6.7%) pte apresentava
trauma localizado no abdome. Óbito ocorreu em quatro ptes (26,7%) sendo
três deles conseqüent es à lesão associada intra-abdominal. Ocorreram
complicações em oito ptes (53,4%). Conclusão: Ptes com lesão de intestino
delgado cons eqüente a trauma localizado apenas no abdome raramente
apres entam lesões associ adas intra-abdominal e procuram assistência m édica
mais tardiamente que os ptes politraum atizados. O intervalo de tempo entre o
trauma e o trat amento é fator importante no aumento da morbi -mortalidade
independente da caus a do trauma. Ptes com l esão associada intra-abdominal,
apesar de procurarem assistência médi ca mais precocemente, têm uma morbimortalidade mais elevada denotando uma gravidade maior do trauma.
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P104
SINAIS TOMOGRÁFICOS EM LESÕES DE DELGADO POR
TRAUMA ABDOMINAL FECHADO
Almeida NA, Fraga GP, Baracat J, Tavares YS, Souza e Silva FHB,
Mantovani M
Disciplina de Cirurgia do Trauma. FCM - Unicamp. Campinas, SP.
Introdução: Lesão de intestino delgado por traum a abdominal fechado ainda
apres enta grande di ficuldade diagnóstica. Isto se torna perigoso a medida que
se difunde o tratam ento não-operatório de vísceras maciças, e um diagnóstico
tardio de lesão de víscera oca pode resultar em elevada morbi-mortalidade. A
tomografia computadorizada t em sido utilizada como método auxiliar no
diagnóstico destas lesões. Objetivo: Avaliar sinais tomográficos como
indicativos de lesão de jejuno e/ou íleo em vítimas de trauma abdominal
fechado. Método: No período de janei ro/1994 a agosto/2004, foram
cadastrados 414 casos de lesão de jejuno e/ou íleo em protocolo Epi-Info. Em
90 pacientes o mecanismo de les ão foi trauma fechado, com incidência de
16,3% de lesão de intestino delgado entre o total de traumas contusos tratados
por laparotomia. No diagnóstico pré-operatório, a tomografia
computadorizada foi realizada em 19 casos (21,1%), com administração de
contraste intra-venoso e oral, constituindo a casuística do presente estudo.
Todos os exames foram realizados por radiologista experiente que adotou um
protocolo para registro de sinais de lesão de delgado, já sabendo que o caso
era positivo para este tipo de lesão. Resultados: Das 19 tomografias
computadorizadas reavaliadas, 11 (57,9%) apres entavam espess amento de
alça, 7 (36,8%) pneumoperitônio, 3 (15,7%) extravas amento de contraste, 12
(63,1%) borramento de gordura mesent érica, uma (5,2%) evidenciou lesão de
cólon e apenas em um paciente (5,2%) não foi observada pres ença de líquido
livre em cavidade. Todos os casos apresent aram alterações tomográfi cas.
Conclusão: A tomografia computadori zada deve s er utilizada de maneira
cuidadosa na conduta do paciente vítima de t rauma abdominal fechado por
não excluir a existência de lesões de intestino delgado. Sinais tomográficos
devem ser considerados como indicadores indiretos de possíveis lesões em
intestino delgado, sendo elevada a incidência destes sinais, desde que o exame
seja realizado com técnica adequado e interpretado por equipe experi ente.
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P105
LESÃO DE VÍSCERA OCA EM TRAUMA FECHADO DE ABDOME.
LESÃO POR CINTO DE SEGURANÇA. RELATO DE CASO
Freire EF, Antonacci Jr. E, Queiroz LGA
Casa de Saúde Imaculada Conceição (CSIC) Patos de Minas MG.
Relato de Caso: Paciente RDP, masculino, 62 anos. Acidente automobilístico
dia 01/05/04, estava no banco t raseiro de um gol, com cinto de s egurança
apenas abdominal. Colisão front al. Os passageiros da frente não sofreram
lesões graves. Deu entrada na CSIC, poucos minutos após o acidente, em
carro particular. Apres entava quadro de dor abdominal e ferimento em região
frontal direita. Hemodinamicament e estável e quadro neurológico s em
alterações importantes (Gl asgow 15). Foram realizados exames de rx de tórax
que foi norm al e us abdominal que mostrou líquido na cavidade. Foi
submetido a laparotomia medi ana supra e infra umbilical (xi fo-púbica).
Laceração de 40 cm de íleo proximal, com perda da vascularização de toda
esta área (Grau V AAST). Lesão completa do sigmóide com les ão de artéria
mesentérica inferior (Grau IV AAST). Realizado enterectomia dos 40 cm de
íleo proximal e 05 cm de jejuno distal com anastomose término terminal.
Rafi a da lesão no jejuno proximal. Fechamento de coto distal e exteriorização
do coto proximal (Harttmann). Foram utilizados gentamicina, metronidazol e
cefalotina. CTI 2 dias. No oitavo DPO, distensão abdominal. No décimo
DPO, houve piora do quadro, com sinais evidentes de irritação peritonial
sendo indicado cirurgia, onde foi encontrado peritonite e múltiplas aderências,
com pequena fístula na borda antimesent érica do íleo terminal. Recebeu alta
em bom estado geral após 30 dias de internação. Conclusão: Conforme teria
afirmado Aristóteles “ Um golpe por mais brando que seja, pode causar
ruptura de intestino sem caus ar l esão na pele”. Por m enor que s eja o trauma
abdominal fechado, a suspeita do diagnóstico de les ão de víscera oca é
imperativa para que se chegue a um diagnóstico seguro e confiável. A dor é o
mais importante sinal. Nos casos de diagnóstico duvidoso, esgotados todos os
recursos para confi rmá-lo, a cirurgi a é a melhor opção, mesmo que ela seja
negativa. Com o uso rotineiro do cinto de segurança, houve um aumento na
freqüência das lesões de vísceras ocas, isoladas ou associadas a outras lesões.
O uso de cinto diminuiu a incidência de traumas graves e fatais. O cinto subabdominal ou de dois pontos ou o seu mau posicionamento são fatores que
favorecem este tipo de lesão. Com o cinto de 3 pontos esta ocorrência é
menos observada.
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P106
ESPLENECTOMIA TARDIA EM TRAUMA DE BAÇO: RELATO DE
CASO
Giovannini AC, Andrade AF, Campolina BMV, Neto CSA, Vieira JC,
Pádua R
Faculdade de Medicina de Itajubá-MG
Introdução: O baço é um dos órgãos abdominais mais afetados em um
politraumatizado e se associa a uma morbiletalidade que pode ser
significativa. A ruptura t ardia do baço é uma conseqüência incomum do
trauma abdominal fechado, já que representa um a pequena porcentagem do
total das injúrias traumáticas do baço. Objetivo: Demonstrar que a ruptura
traumática do baço após traum a abdominal fechado pode ocorrer tardiamente
em até 45 dias após o traum a. Método: Foi analisado o prontuário de um
paciente que deu entrada no Servi ço de Em ergência do Hospital Es cola de
Itajubá com queixa de dor abdominal em hipocôndrio e fossa ilíaca esquerda
há 6 horas e com instabilidade hemodinâmica. O paciente referiu história
pregressa de espancam ento há 45 dias com 2 episódios anteriores de dor
abdominal de fort e intensidade durante este período sem sinais e sintomas de
instabilidade hemodinâmica. Ao exame físico o paciente apresentou palidez
cutâneo mucosa, hipotensão arterial, sudorese, taquicardia e dor abdominal
difusa de forte intensidade. O paciente foi submetido a avaliação laboratori al e
por imagens, sendo observado uma anemia normocrômica e normocítica. A
ultrassom de abdômen revelou presença de líquido livre na cavidade
abdominal e baço com diâmetro longitudinal no limite máximo da
normalidade e apres entando um a imagem hiperecogêni ca. O paci ente foi
avaliado pelo Servi ço de Cirurgia Geral do Hospital Escola e foi submetido a
laparotomia exploradora. Resultado: O paci ente foi então submetido a
laparotomia exploradora com incisão xi fo-púbi ca e observou-se grande
quantidade de sangue, aproximadament e 1000 ml na cavidade peritoneal. O
baço foi encontrado apres entando inúmeras lacerações confluentes na
superfície convexa com hilo íntegro e demais vísceras abdominais sem
alterações. Foi realizada esplenectomia total e terapi a infusional com 3 bolsas
de concentrado de hemácias. O pacient e evolui no pós-operatório s em
complicações com vacinação anti-pneumocócica e recebeu alta hospitalar com
uso de sul fato ferroso. Após alta hospitalar foi acompanhado no ambulatório
de Cirurgia Geral, recebendo alta definitiva. Conclusão: Apesar do baço ser o
órgão mais comumente l esado no trauma abdominal fechado, a ruptura tardia
deste órgão é rara, podendo o pacient e apresentá-la em até 45 dias após o
trauma.
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P107
PSEUDOCISTO DE
ESTUDO DE CASO
Hasimoto EN, Bertolli
Rodrigues JMS
Pontifícia Universidade
Hospitalar de Sorocaba –
PÂNCREAS
APÓS
ESPLENECTOMIA
–
E, Costa ALC, Schleinstein HP, Simoneti CAM,
Católica de São Paulo (PUC – SP) Conjunto
Sorocaba/SP
Os pacientes vítimas de trauma abdominal fechado podem ser submetidos a
tratamento cirúrgico ou não operatório. No entanto, deve-s e ress altar que
cerca de 5 a 8% dos pacientes vítimas de trauma abdominal fechado
apres entam lesões não diagnosticadas pelos métodos de imagem não
invasivos utilizados. Dentre elas, destaca-se as lesões pancreáticas devido à
alta morbi-mortalidade associada ao quadro. O objetivo deste trabalho é o
estudo de um caso de pseudocisto de pâncreas após trauma abdominal
fechado. PVM, 56 anos, masculino, portador de válvula metálica mitral vítima
de agressão físi ca que deu entrada no pronto-socorro do Conjunto Hospitalar
de Sorocaba (SP). Após avaliação inicial evoluiu com piora da dor abdominal.
Realizada laporatomia exploradora de urgência com achado intra-abdominal
de trauma esplênico. Procedida esplenectomia sem outros achados intraoperatórios. No nono dia pós-operatório (DPO) apresentou dor abdominal
moderada, mass a palpável em hipocôndrio esquerdo e hiperamilasemia.
Exames de imagem revelaram lesão cística em topografi a da cauda do
pâncreas. Foi feita a suspeita diagnostica de pseudocisto de pâncreas optado
por tratamento cons ervador considerando a boa resposta clinica. No 13° DPO
houve piora do est ado geral sugerindo infecção da lesão sendo indicada
drenagem externa percutânea. Dando saída a cerca de 1500ml de liquido
escuro sem debris. Posteriormente, o paciente cursou com piora súbita do
estado geral evoluindo a óbito no 15° DPO. As lesões de pâncreas são
incomuns, porém devido a mortalidade em torno de 50% devem ter um alto
grau de suspeição naqueles que evoluam de modo insatis fatório após trauma
abdominal fechado.
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P108
TRAUMA DUODENO-PACREÁTICO ISOLADO
DIAGNÓSTICO RELATO DE CASO
Mattos AC, Lopes ER, Bicalho PRR
Hospital Municipal de Governador Valadares
UM DESAFIO
Objetivos: Mostrar a s eqüência diagnóstica e t erapêutica de um caso de
trauma duodeno-pancreático e sua evolução clinica. Material e Métodos:
Relatamos o caso de um paciente, masculino, 19 anos, leucoderma, solteiro,
natural e procedente de It abirinha-MG, que chegou à unidade de urgência do
hospital municipal de Governador Valadares no quarto di a pós-trauma,
queixando dolorimento discreto no HCD e rel atando vômitos pós-alimentares
desde o dia do trauma. Ao exame físico apresent ava massa palpável no HCD e
ictérico (+/4). Foi submetido à ultra-sonografia e a tomografia
computadorizada que mostraram grande hematoma retroperitoneal com
aumento do volume pancreático s em dilatação das vias biliares. O paciente
manteve os vômitos e aumentou a icterí cia. No tercei ro dia de internação ele
foi subm etido a l aparotomia. Identi ficado o hem atoma realizou-se o controle
vascular do abdom e e exploração do mesmo, com identificação de um
hematoma na parede duodenal e uma laceração pancreática à direita dos vasos
mesentéricos. A colangiopacreatografia per-operatória demonstrou
integridade das vias biliares e do Wirsung. Realizou-se então uma
colecistectomia com drenagem biliar pelo cístico e drenagem da loja
pancreática. O paciente apresentou boa evolução. Resultados e Conclusão: A
propedêutica não invasiva foi incapaz de determinar a gravidade da lesão
pancreática e a pancreatografia per-operatóri a com integridade do Wirsung foi
determinante na conduta mais conservadora.
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VI SBAIT
VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P109
APENDICITE AGUDA PÓS-TRAUMA ABDOMINAL FECHADO:
COINCIDÊNCIA OU ETIOLOGIA? – RELATO DE CASO
Suman M, Espada PC, Souza BB, Pessutti D, Meirelles Jr. RF, Yagi RK,
Baitello AL
Faculdade de M edicina de São José do Rio Preto – SP. FAMERP /
FUNFARME
Objetivos: Relatar um caso de apendicite aguda e discutir a possibilidade do
trauma abdominal fechado ser uma possível etiologia. Relato de Caso: C. L.
G., masculino, 25 anos, solteiro, vítima de acidente automobilístico ha’1 dia,
com perda de consciência no local. A palpação abdominal era dolorosa
difusam ente, porém sem sinais de irritação peritoneal. Os exames, na
admissão, foram: Raio X cervical normal; Raio X de tórax com contusão
pulmonar bilateral; Raio X de quadril com fratura de ramo ísquio-púbico
direito; Raio X de membro inferior esquerdo com fratura de tíbia esquerda.
Diante da perda de consciência e da dor abdominal, foram solicitados
Tomografia Computadorizada de crânio e abdome respectivam ente. a
tomografia de crânio mostrou edema sub-galeal esquerdo, sem lesões no
parênquima craniano ou lesões expansivas. A tomografia de abdome
evidenciou discreto derrame pleural à direita e fratura de quadril, sem outras
alterações. No segundo dia de internação houve piora do quadro pulmonar,
tendo que ser submetido a entubação orot raqueal. No terceiro dia de
internação o pacient e encontrava-se febril, com distensão abdominal e alto
débito de drenagem na sonda nasogástrica. Leucometria de 18.230,
hematócrito de 34%, hemoglobina de 11,3g/dl, plaquetas de 173.000 e
amilase de 36. Submetido a Lavado Peritonial Diagnóstico, apres entou
contagem de hemáceas: 32.000/mm3 , contamem de leucócitos: 6.400/mm3 ; a
bacterios copia evidenciou presença de raras bactéri as gram-negativas, sendo
então indicada laparotomia exploradora. Recebeu alta após 60 dias de
internação. Discussão: O espasmo intestinal localizado, resultante da
transmissão da força do trauma, pode ser o gatilho para o des envolvimento da
apendicite pós-traumática, uma vez que a hiperemia e a tumescência
conseqüente ao relaxamento do espasmo podem resultar em oclusão luminal.
Ademais o trauma pode impedir os mecanismos de defesa do tecido
periapendi cular contra as bact érias intraluminais que s e encontram na
cavidade peritoneal. Conclusão: Acreditamos que o relato deste caso reforça
a hipótese de que o trauma abdominal fechado pode ser uma das causas de
apendicite aguda.
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VI SBAIT
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21 a 23 de outubro de 2004
P110
FÍSTULA COLOCUTÂNEA 15 DIAS APÓS TRAUMA ABDOMINAL
FECHADO: RELATO DE CASO
Raphe R, Borges AM, Felicio OSC, Ratti R, Landini AS, Silveira VN
Serviço de Residência Médi ca de Cirurgia Geral do Hospital Municipal do
Campo Limpo – São Paulo – SP
Objetivo: Relatar um caso de traum a abdominal fechado envolvendo o
intestino grosso, de evolução tardia, com aparecimento de fístula colocutânea.
Relato de Caso: Paciente D.A.M, 48 anos, masculino, pintor, natural e
procedente de São Paulo, deu entrada no Pronto Socorro vítima de queda de
altura, com aproximadamente 3 m etros, há 15 dias. Na ocasião, o paciente
procurou out ro serviço sendo medicado com analgésico. Passado 7 di as, o
paciente observou abaul amento em região de transição tóraco-abdominal
direita, que o fez procurar o servi ço médico após 15 dias do ocorrido. Ao
exame, encontrava-se em m al estado geral, toxemiado, desidratado +/4+,
descorado ++/4+, ictérico +/4+, febril – 39ºC, eupneico e orientado, PA:
68X43mmHg, FC: 136bpm. Toque retal normal. Com esses dados, foram
solicitados exames como raio-X de tórax com pulmões expandidos, cúpula
diafragm ática à direita elevada e enfis ema de subcutâneo à direita, tomografia
computadorizada de tórax e abdome com presença de coleção em partes
moles com enfisema de subcut âneo. Os exames laboratoriais const avam de
anemia (Hb: 9,7 g/dl e Ht: 27%), 16.500 leucócitos sem desvio, porém com
granulações tóxicas, amilase de 36 U/L, bilirrubina total de 7,36 mg/dl, com
predomínio da fração indireta (BI: 5,76 mg/dl) e TGO/TGP nos valores da
normalidade. Mediante ao quadro clínico, foi optado por drenagem da região,
sendo observado presença de fezes e contigüidade com a cavidade abdominal.
A conduta realizada foi l aparotomia exploradora, sendo encontrado 500ml de
pús e bloqueio de alças em cólon direito na região de fl exura hepática. Com
esses achados, realizou-s e colostomia em al ça na fl exura hepática, limpeza e
drenagem de cavidade e maturação da colostomia. A cultura do abscesso
intra-abdominal evidenciou E. coli, considerada sensível a todos os
antibióticos. O paciente recebeu alta no 23º dia de pós – operatório. Após 6
meses, foi realizado o fechamento da colostomia sem intercorrências.
Conclusão: O trauma abdominal fechado associ ado a lesões de vísceras ocas
é pouco freqüente e de di fícil diagnóstico. Portanto, necessita de maior
investigação para diminuir o retardo no diagnóstico e tratamento.
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21 a 23 de outubro de 2004
P111
TRAUMA NO IDOSO EM ACIDENTES DE TRÂNSITO: ANÁLISE
DE 495 CASOS
Rodrigues Jr. JB, Bistene NL, Oliveira ACMB, Temponi EF, Ferreira CEF,
Lavall Jr. FJC
Instituto Médico Legal de Belo Horizonte / Hospital João XXIII
Introdução: O indivíduo traumatizado com idade acima de 65 anos
representa um grupo especial com rel ação a suas reservas fisiológicas e
respostas endócrino-met abólicas à agressão. Os acidentes automobilísticos
constituem uma importante caus a de morbidade e mortalidade neste grupo
etário. Objetivo: Com o propósito de conhecer mais acerca das lesões sofridas
por idosos, vítimas fatais de t rânsito, busca se analisar necropsias desta
natureza realizadas no Instituto Médico Legal de Belo Horizonte. Método:
Trabalho descritivo, transversal, retrospectivo, por m eio de análise de laudos
de necrópsias de janei ro de 1997 a dezembro de 2001. Foram recuperados 495
laudos deste tipo a idade variando de 65 a 107 anos, com média de 73,7 anos.
O sexo mas culino perfez 64,4%. A m édia de altura foi de 161,7 cm e 54,7%
eram leucoderm as. Havia sinais de atendimento médico em 70,7% dos casos.
O trauma craniencefálico (TCE) esteve present e em 87,9% dos casos, o
torácico em 85,3%, o abdominal em 66%, o de membros inferiores em 79,1%
e o de membros superiores em 73,1%. Em 12,5% dos casos houve diagnóstico
de trauma pélvico e em 5,3% de l esão da coluna vertebral, sendo que 69,2%
destas acometeram o segmento cervical. A caus a de óbito foi choque
hipovolêmico em 24,2%, TCE em 30,9%, politraumatismo em 28,5% e
infecções em 13,9%. Nos laudos onde a causa do acidente foi recuperada,
90,2% foi devido a atropelam ento. Conclusão: Este trabalho reforça o
conceito de que o trauma devido a acidentes de trânsito no idoso possui
tendência de acometimento global e destaca a importância do TCE como
causa de óbito nesta faixa etária.
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VI SBAIT
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P112
TRAUMA TORÁCICO EM VÍTIMAS DE TRÂNSITO: ANÁLISE DE
3680 CASOS
Rodrigues Jr. JB, Temponi EF, Bordoni LS, Quintão VC, Bistene NL,
Lavall Jr. FJC
Instituto Médico Legal de Belo Horizonte / Hospital João XXIII
Introdução: O trauma torácico em acidentes automobilísticos representa
sempre um des afio para os profissionais envolvidos em seu atendimento pela
possibilidade de envolvimento de múltiplas vísceras. Objetivo: Buscas-se
neste estudo analisar as necropsias de vítimas de acidentes de trânsito com
relação ao trauma torácico com o objetivo de melhor conhecer est e tipo de
trauma. Método: Trabalho descritivo, transversal, ret rospectivo, por meio de
análise de laudos de necropsias de janeiro de 1997 a dezembro de 2001.
Resultados: Foram analisadas 5037 laudos de necropsias, estando o trauma
torácico presente em 3680, constituindo este o grupo de estudo. A idade
variou de 0 a 107 anos, com média de 37,1 anos e 77,9% pertenciam ao sexo
masculino. Receberam algum tipo de atendimento médico, 2158 pacientes
(58,6%). Houve lesão cardíaca em 594 casos (16,14%), lesão pulmonar em
1835 casos (49,9%). Em 450 casos (12,22%) houve les ão combinada de
pulmão e coração. Fratura de costel as esteve presente em 1026 casos (27,9%)
e fratura de esterno esteve pres ente em 346 casos (9,4%). Foi realizado
procedimento cirúrgico em 331 casos (8,9%). O politraumatismo repres entou
o maior grupo de causa mortis, com 1250 casos (34,0%), seguido por choque
hipovolêmico com 892 casos (24,2%). Nos casos em que a causa jurídica do
óbito foi recuperada (20,3%), o atropelamento foi responsável por 76,3% dos
mesmos. Conclusão: Este estudo ressalta o acom etimento de múltiplas
vísceras torácicas em vítimas de acidentes de trânsito e a signi ficância do
politraumatismo como causa de óbito neste grupo de pacientes.
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P113
TEOR ALCOÓLICO EM VÍTIMAS FATAIS DE TRÂNSITO NO IML
DE BELO HORIZONTE: ANÁLISE DE 1997/2001
Rodrigues Jr. JB, Bistene NL, Quintão VC, Ferreira CEF, Temponi EF,
Oliveira ACMB
Instituto Médico Legal de Belo Horizonte / Hospital João XXIII
Introdução: A relação entre o uso de álcool e os traumas já é bem
estabelecida. Nos acidentes automobilísticos existem diversas explicações
para corroborar esta relação. Conhecendo tal rel ação, é de suma importância
que medidas de prevenção sejam implement adas e colocadas em prática,
principalmente no que t ange ao consumo de ál cool. Objetivo: Busca-se neste
estudo analisar as necropsi as de vítimas de acidentes de trânsito com relação
ao teor alcoólico sanguíneo (TAS) e traçar o perfil destas. Método: Trabalho
descritivo, transvers al, retrospectivo, por meio de análise de laudos de
necropsias de j aneiro de 1997 a dezembro de 2001. Resultados: Foram
analisados 5037 laudos de necropsi as de vítimas de acidentes de trânsito
realizadas no IML de Belo Horizonte quanto à pesquisa de TAS. Foram
solicitados exames para TAS em 21,5% do total de perícias, dos quais 63,9%
foram positivos, 36,1% negativos. Dos positivos, 63,6% estavam acima do
permitido por lei (APL), já corrigidos os valores aceitos pelo Código Nacional
de Trânsito antigo e pelo atual. Dos negativos, 80,1% pertenciam ao sexo
masculino e 19,9% ao feminino. A média do TAS dos resultados positivos foi
13,15dg/L, sendo que a mesma nos periciados do sexo feminino foi de
10,1dg/L e nos do sexo masculino de 13,5dg/L. A média de idade nos casos
positivos do sexo masculino foi de 35,4 anos e nos do sexo feminino de 41,2
anos. Nos casos com teor APL, 92,1% eram homens e 7,9% mulheres, com
média de TAS de 18,8dg/L e de idade de 35,9 anos. Foram solicitados 325
exames toxicológicos, destes 22 foram positivos, sendo todos do sexo
masculino. Um dado interessante encontrado na amostra é a queda de 40,6
para 29,3% dos resultados de teor alcoólico APL quando considerados os
pacientes provenientes de at endimento hospitalar, sugerindo que este interfere
na dosagem de TAS. Conclusão: O perfil das vítimas com consumo de álcool
positivo é adulto, com média de idade de 35,4 anos, do sexo masculino e que
tiveram influência na alcoolemia os que tiveram algum atendimento hospitalar
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VI SBAIT
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21 a 23 de outubro de 2004
P114
COMPARAÇÃO DO TEOR ALCOÓLICO EM VÍTIMAS FATAIS DE
HOMICÍDIO E SUICÍDIO POR ARMA DE FOGO
Rodrigues Jr. JB, Buzatti M, Buzatti Filho DR, Rodrigues KCL,
Lavall Jr. FJC, Ribeiro CEO
Instituto Médico Legal de Belo Horizonte / Hospital João XXIII
Introdução: O aumento no número de homicídios e suicídios é uma realidade
documentada nos principais cent ros urbanos do país. Objetivo: Busca-se
neste estudo pesquisar a existência ou não de associ ação entre alcoolemia e a
causa jurídica de morte. Método: Foram analisados 4834 laudos de necrópsias
realizadas no IML-BH no período de janeiro de 1997 à dezembro de 2001,
exclusivamente de casos de l esão por arma de fogo. Resultados: Do total,
4436 foram determinados com suspeita de homicídio e 283 com suspeita de
suicídio. Entre os suspeitos de homicídio, foram realizados 1655 exames de
teor al coólico: 537 negativos (32,4%), e 1055 positivos (63,7%), com média
de 12,4 dg/L. Entre os suspeitos de suicídio, dos 82 exames realizados, 21
foram negativos (25,6%) e 56, positivos (68,3%), com uma média de 8,65
dg/L. Conclusão: Na amostra estudada não foi observada a relação estatística
entre positividade do exame e teor alcoólico com a causa jurídica de morte.
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P115
ELEVAÇÃO DA MÉDIA DE DISPAROS POR VÍTIMAS DE
HOMICÍDIO EM BH-MG: ANÁLISE DE 4436 CASOS
Rodrigues Jr. JB, Buzatti M, Pacheco MA, Rodrigues KCL, Lavall Jr. FJC,
Ribeiro CEO
Instituto Médico Legal de Belo Horizonte / Hospital João XXIII
Introdução: O aumento do número de homicídios é uma realidade já
documentada nos principais centros urbanos do País. Várias hipóteses t êm
sido levantadas para tentar explicar este evento, que tanto preocupa a nossa
sociedade. Objetivo: Nest e trabalho, foi observada uma caract erística das
vítimas de homicídio por arma de fogo - o número de ori fí cios de entrada
(OE), e detectado um cres cente aum ento na média de número de OE com o
passar dos anos. Método: Foram analisados 4436 casos de necropsia do
Instituto Médico Legal de Belo Horizonte, Minas Gerais, de 1 de janeiro de
1997 à 31 de dezembro de 2001, cuj a a suspeita de causa de morte constante
da guia de requisição de exame foi homicídio. Os laudos foram cadastrados
em um banco de dados e analisados no programa EpiInfo. Resultados:
Encontramos uma média de 2,80 OE/indivíduo em 1997, 3,02 OE/indivíduo
em 1998, 3,58 OE/indivíduo em 1999, 3,8 OE/indivíduo em 2000 e 4,2
OE/indivíduo em 2001. Conclusão: Estes dados sugerem uma mudança no
perfil dos crimes de homicídio em Belo Horizonte, sinalizando um maior
empenho do agressor em "executar" sua vítima.
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P116
NECROPSIAS DE VÍTIMAS DE TRÂNSITO ABAIXO DE 10 ANOS
NO IML DE BELO HORIZONTE: 1997/2001
Rodrigues Jr. JB, Quintão VC, Oliveira ACMB, Temponi EF, Ferreira CEF,
Lavall Jr. FJC
Instituto Médico Legal de Belo Horizonte / Hospital João XXIII
Introdução: As causas externas constituem importante grupo de causa mortis
na faixa etária de 0 a 10 anos de idade. As crianças representam grupo
especial entre os pacient es vítimas de acidentes de trânsito. Objetivo: Com o
propósito de conhecer mais acerca dos acidentes de trânsito com vítimas fatais
envolvendo cri anças, busca-se analisar necropsias de vítimas com idade
abaixo de 10 anos realizadas no IML de Belo Horizonte. Método: Trabalho
descritivo, transvers al, retrospectivo, por meio de análise de laudos de
necropsias de janeiro de 1997 a dezembro de 2001. Resultados: Dos 5037
laudos de necropsias de acidentes de trânsito em 1997 e 2001 recuperados,
257 (5,1%) eram indivíduos abaixo de 10 anos de idade. O sexo masculino
perfez 56,0% dos casos e o feminino, 44,0%. A média etária foi de 5 anos, a
de altura de 107,4 cm. Receberam algum tipo de atendimento hospitalar
58,8% dos casos. Nos casos onde os respectivos segmentos corporais foram
mencionados, os traumas craniencefálicos (TCE) estiveram present es em
92,6% dos casos, os torácicos em 64,6%, os abdominais em 58,8%, os de
membros inferiores em 67,0% e os de membros superiores em 65,8%. Em
7,0% dos casos houve di agnóstico de trauma pélvico e em 7,0% de les ão de
coluna vert ebral, sendo que 88,9% destas acometeram a coluna cervical. A
causa do óbito foi TCE em 48,2% e politraumatismos em 31,9%. Nos laudos
onde a caus a do acidente foi recuperada, 87,7% foi devido a atropelamentos.
Conclusão: Confirmando o preconizado pela literatura especí fi ca, o trauma na
criança é global, com tendência clara a envolver múltiplos segmentos
corporais.
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21 a 23 de outubro de 2004
P117
NECROPSIAS DE VÍTIMAS DO TRÂNSITO DO IML DE BELO
HORIZONTE: PROCEDÊNCIA E MOTIVO DO ACIDENTE
Rodrigues Jr. JB, Temponi EF, Oliveira ACMB, Ferreira CEF,
Lavall Jr. FJC, Quintão VC
Instituto Médico Legal de Belo Horizonte / Hospital João XXIII
Introdução: O Brasil é um dos países onde os acidentes com veículos
automotores trazem maiores prejuízos tanto do ponto vista humano quanto do
ponto de vista financeiro. Com relação ao tipo, o acidente pode ser de
natureza diversa, como colisão de veículos, motocicletas, atropelamentos,
dentre outros. De maneira geral, os atropelamentos ocasionarão lesões mais
graves, pois a vítima não possui a relativa prot eção de que dispõem os
ocupantes de veí culos. Objetivo: Busca-se neste estudo analisar as necropsias
de trânsito do IML de Belo Horizont e de 1997 a 2001 quanto à procedência
do cadáver e o tipo de acident e com o objetivo de m elhor conhecimento dos
acidentes automobilísticos. Método: Trabalho descritivo, transversal,
retrospectivo, por meio de análise de l audos de necropsias de janeiro de 1997
a dezembro de 2001. Foram examinados 5037 laudos de necropsias deste tipo.
Dos casos recuperados, 57,8% receberam atendimento médico (hospitais ou
unidades de pronto atendimento), 21,6% foram procedentes de vias públicas
(rodovias estaduais, federais e ruas ) e em 20,6% não foi possível a
recuperação desta inform ação. Dos casos em que a causa foi especi ficada
(20% do total), 74,8% foram atropelamentos, 12,7% acidentes com
automóvel, 6,7% acidentes com motocicleta e 5,8% acidentes com bicicleta.
Conclusão: Os atropelamentos foram responsáveis pelo maior número de
óbitos com motivo registrado e a m aioria das vítimas recebeu algum tipo de
atendimento médico previamente à constatação do óbito.
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P118
INCIDÊNCIA DE EMPIEMA PLEURAL NOS FERIMENTOS
TORACO-ABDOMINAIS:
ESTUDO
DOS
FATORES
DETERMINANTES
Fontelles MJ, Mantovani M, Ajub JR, Pinto FS
Trabalho realizado pela disciplina de cirurgia do trauma do depart amento de
cirurgia da faculdade de ciências médicas da UNICAMP - Campinas, SP.
Introdução: Os ferimentos penetrantes com comprometimento simultâneo
das cavidades torácica e abdominal (FTA), além da dificuldade diagnóstica,
merecem especial atenção em relação à conduta adotada para o tratam ento do
espaço pleural. Objetivo: Identi ficar os principais fatores de risco
relacionados à incidência de empiema pleural em pacient es com ferimentos
penetrant es localizados na transição toracoabdominal. Método: Utilizando-se
o modelo estatístico de regressão logística múltipla, os autores analisaram 110
pacientes com ferida toracoabdominal penetrante, submetidos à drenagem
pleural fechada e laparotomia. A complicação empiem a pleural foi estudada
quanto à incidência e fatores envolvidos. Considerou-se o nível alfa igual a
0,05. Resultados: Do total dos pacientes estudados, 91 (82,7%) pacientes
eram do sexo masculino e 19 (17,3%) do feminino. A faixa etári a situou-se
entre 13 e 63 anos. Os FTA foram caus ados por projétil de arma de fogo em
60 casos (54,5%) e por arma branca em 50 casos (45,5%). O empiema pleural
incidiu em quatro (3,6%) dos pacientes estudados. Na análise est atística a
incidência de empiema pleural esteve relacionada com: lesão de víscera oca
(OR=3,1386; p=0,4005); lesão do lado esquerdo do di afragma (OR=12,98;
p=0,1178) e choque hemorrágico à admissão (OR=23,9639; p=0,0250).
Conclusão: A chance da ocorrência de empiem a pleural foi cerca de três
vezes m aior em pacientes com lesão de víscera oca e, 13 vezes maior s e esta
lesão estava associada à l esão do lado esquerdo do diafragm a; aumentando
para 24 vezes s e estes pacientes apres entavam, concomitantemente, estado de
choque hemorrágico à admissão.
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P119
TORACOTOMIA DE REANIMAÇÃO
Fraga GP, Cortinas LGO, Genghini EB, Prandi Filho W, Mantovani M
Disciplina de Cirurgia do Trauma. FCM - Unicamp. Campinas, SP.
Introdução: Apesar dos inúmeros estudos envolvendo a toracotomia de
reanimação (TR), este ainda é um tema polêmico na literatura. Objetivo:
Avaliar a indicação deste procedimento no serviço e o ris co-benefício de
realizá-lo. Método: Estudo retrospectivo envolvendo 123 casos de TR
realizadas no período de janeiro/1995 até junho/2004. Resultados: Dos 123
pacientes, 109 (88,6%) eram do sexo m asculino. A idade variou de 1 a 76
anos, sendo predominante a faixa etária dos 20 aos 39 anos (67,5%). Os
traumatismos penetrantes prevaleceram em relação aos fechados: 79 (64,2%)
versus 44 (35,8%), respectivam ente. Em relação à classi ficação dos doentes
quanto aos sinais vitais na admissão, 27 (22%) foram considerados mortos ao
chegar, 33 (26,8%) fatais, 33 (26,8%) agônicos e 30 (24,4%) em choque
profundo. Todos os pacientes admitidos em choque profundo evoluíram para
parada cardio-respiratória (PCR), sendo ent ão indicada a TR. Apenas 31
(25,2%) dos pacient es já foram admitidos com intubação orotraqueal. Dos
123 pacientes estudados, 121 (98,4%) foram a óbito. O intervalo de t empo
entre a admissão e o óbito, em 75 casos (61%) foi m enor que um a hora.
Quanto ao local do óbito, 60 (49,6%) foram reanimados e decl arados mortos
no pronto socorro, 54 (44,6%) no centro cirúrgico e 7 (5,8%) em outros
setores. O estudo da causa mortis revelou que 116 mortes (95,9%) foram
decorrentes de choque hemorrágico, estando 14 destas (11,6%) associadas à
TCE ou trauma raquimedular. A sobrevida foi de 1,6% (2 casos ). A primeira
paciente sobrevivente foi uma gestante de oito meses, vítima de acidente
automobilístico, admitida com sinais de choque profundo. O segundo foi
vítima de ferimento por projétil de arma de fogo e recebeu o at endimento
inicial em outro serviço onde foi realizada a TR. Encaminhado à Unicamp foi
submetido à toracotomia e laparotomia, com les ão 80% da artéria axilar E. e
lesão da vei a subclávia E. Conclusão: Houve uma indicação liberal de TR
dada a incidência com que esta foi realizada em pacientes com traumatismo
contuso e TCE. Atualmente, costuma-se contra-indicar a TR nestas situações,
além daquelas em que o paci ente está morto ao chegar ou quando há sinais
vitais que possibilitem o encaminhamento imediato para o centro cirúrgico.
Apesar dos riscos e custos da TR, o procedimento foi efetivo apenas para dois
pacientes (1,6%).
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TORACOTOMIA RESSUSCITADORA NO TRAUMA
Rezende-Neto JB, Nogueira BD, Vitor BM, Oliveira RG, Drumond DAF
Hospital João XXIII FHEMIG Belo Horizonte, MG
Introdução:Toracotomia ressuscitadora (TR) no trauma pode ser medida
salvadora em alguns pacient es. A mortalidade, no geral, é extremamente
elevada. No ent anto, há relatos de 50% de sobrevida em pacientes com
traumatismos penetrant es no tórax ou tamponamento cardí aco com sinais
vitais presentes e tratados em protocolos especí ficos. Objetivos: Estudar a
evolução dos paci entes submetidos a TR no Hospital João XXIII e determinar
fatores prognósticos. Método: Estudo retrospectivo, revis ão de prontuários,
de pacient es submetidos à TR no Hospital João XXIII catalogados no registro
de traum a da clínica cirúrgi ca. Resultados: Entre 1994 e 2001, exceto 1997,
71 (n=71) pacientes foram submetidos a TR; 90,1% eram homens (idade
média 25,5 anos). A TR foi realizada com mais freqüência no bloco cirúrgico
(BC) 81,7% das vezes, em segundo lugar na sala de emergênci a (SE) 16,9% e
em um caso no setor de RX. Somente 28,6% dos casos houve relato de
transporte por ambulância, resgate ou polícia. Nenhum exame complementar
foi realizado em 71,8% dos pacientes. O abdome foi o principal foco da lesão
(60,6%), seguido de tórax (31%). Arm a de fogo foi a causa do trauma em
59,2% dos casos, seguido de arma branca (11,3%), em 29,5% o trauma foi
contuso. Houve 68 mortes (95,8%); 85,29%, morreram logo após a TR.
Somente 5 pacientes (7,35%) sobreviveram 48 horas. O local do óbito foi o
bloco cirúrgico em 85,3%, o CTI em 8,5% e a sala pós-anestesia em 5,9%. O
tempo médio de internação dos 3 sobreviventes foi 88,6 dias. Em dois dos
pacientes a lesão era abdominal, e todos tiveram a toracotomia feita no BC.
Analisou-se os gastos financeiros de 45 pacient es, a média foi de R$ 2255,50
(variando de R$ 1000,00 a R$ 19,204,00). Conclusões: A TR apres enta alto
índice de mortalidade. A sobrevida da TR, mesmo por traumatismo penetrante
no tórax, está muito baixa no nosso Hospital. A maioria dos casos foram
tratados no BC incluindo os três sobreviventes. O abdome foi o principal foco
de lesão, inclusive nos sobreviventes. Naqueles que não sobrevivem à TR, a
morte foi precoce. Novos estudos, com protocolos especí ficos, deverão ser
realizados sel ecionando somente paci entes com traum atismos penetrantes no
tórax ou abdome para avaliação da efi cáci a dos mesmos.
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VI SBAIT
VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P121
TRAUMA CARDÍACO PENETRANTE – ESTUDO DE CASO
Hasimoto EN, Bertolli E, Costa ALC, Schleinstein HP, Sampaio JAF, Oliveira
SPC, Hasimoto HK
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC – SP) Conjunto
Hospitalar de Sorocaba – Sorocaba/SP
O trauma constitui-se num problema mundial de saúde pública não só pelos
custos anuais com hospitalização, mas também pela redução da produtividade.
Além disso, é a principal causa de óbito entre os indivíduos abaixo de 45 anos
de idade. Dentre os diversos tipos de trauma, destaca-se o traumatismo
torácico. Este é respons ável por cerca de 50% das mortes decorrentes de
trauma. O objetivo deste estudo é o relato de caso do pacient e ABS, 33 anos,
masculino, que deu entrada no Pronto-Socorro do Conjunto Hospitalar de
Sorocaba após tentativa de suicídio. Durante avaliação inicial observou-se
faca na transição tóraco-abdominal cerca de 03 cm abaixo da linha
intermamilar encravada até o cabo em posição transversa mediana. Sem
evidências
de outras
lesões.
Paciente
apresentava-se
estável
hemodinamicamente (PA 110x70 mmHg; FC = 96bpm, porém com bulhas
arrítmicas, MV diminuído em hemitórax direito, com saturação de oxigênio =
89%). Submetido a toracotomia de urgênci a em centro cirúrgico que
evidenciou sangramento ativo em ventrículo direito (VD), mediastino
posterior e parede anterior de veia cava inferior (VCI) na altura do hiato
diafragm ático. Apresentou parada cardiorrespiratória no intra-operatório por
20 segundos, revertida com sucesso após manobras de ressuscitação
cardiorrespiratória e uso de drogas vasoativas. Realizado controle de
hemorragi a com rafi a de VD e VCI al ém de drenagem torácica bilateral.
Evoluiu com infecção respiratóri a grave e mediastinite permanecendo
internado por cerca de 03 meses. No momento, o paciente encontra-se bem
recuperando progressivament e o ganho ponderal após 01 ano de realizada
cirurgia. O trauma penetrant e cardíaco repres enta cerca de 8% de todos os
traumas toráci cos e geralmente tende a ser m ais grave e letal que as lesões
contusas. Outrossim, a associação com outras lesões aument a a mortalidade.
Neste caso, observou-se o benefício da relação proposta por Davidson et al
(2001) que preconi za toracotomia em centro cirúrgico para os pacientes
vítimas de lesão por arma branca que se encontram estáveis na sal a de
emergência.
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VI SBAIT
VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P122
LESÃO DIAFRAGMÁTICA TRAUMÁTICA À DIREITA ASSOCIADA
À LESÃO COMPLEXA DE FÍGADO. UTILIZAÇÃO DO CONTROLE
DE DANOS COMO OPÇÃO TÁTICA NO TRATAMENTO DA
HEMORRAGIA GRAVE
Quintas ML, Teixeira Jr. FJR, Duarte AAB, Gerace ES, Gonçalves VJ,
Watanabe PD
Serviço de Cirurgia Geral e do Trauma do Hospital Geral de Pedreira. ACSC.
São Paulo. SP
Introdução: Apesar dos avanços no atendimento ao trauma, a hemorragia
ainda é responsável pela maioria das mortes. O control e de danos tem por
finalidade interromper a ci rurgia ant es que o choque hemorrágico alcance a
fase irreversível. Objetivo: Os autores relatam um caso de paci ente com 12
anos de idade, vítima de at ropelamento por motociclet a, admitido no ProntoSocorro em choque, 20 minutos pós-trauma, com murmúrio vesicular ausente
em terço médio e inferior do hemitórax direito, pressão arterial inaudível,
agitado, com Glasgow de 14, refl exo pupilar fotomotor presente, "Revised
Trauma Score" (RTS) = 5.6430, sem sangramento externo visível,
apres entando extenso abrasão em região toráci ca posterior e lombar à direita,
com dor intensa a palpação abdominal. Evidenciado na drenagem torácica
direita ruptura diafragm ática. Encaminhado ao centro cirúrgico 40 minutos
pós-trauma sendo expandido com 2000 ml de solução salina de ringer lact ato
no atendimento inicial m antendo-se com PA 90x50 mmHg, FC de 170 bpm,
FR de 35 ipm, RTS = 7.8678 e diurese de 100 ml. A laparotomia exploradora
evidenciou ext ensa ruptura diafragmática direita, lesão hepática extensa em
segmentos IV, VII e VIII, hemoperitônio. Coibida a hemorragia com
colocação de compressas, procedeu-s e a sutura da l esão diafragm ática com
posterior empacotamento da l esão hepática com compress as, sendo
encaminhado a Unidade de Terapia Intensiva para estabilização do quadro
clínico, sendo a parede abdominal fechada apenas na pele, em caráter
temporário, com pinças de " Backlaus" . Conclusão: Os autores dão ênfase ao
controle de perdas e danos ("damage control") que permitiu o sucesso no
tratamento definitivo trinta horas após o atendimento inicial, com
estabilização do quadro hemodinâmico, sendo realizado controle tomográfico
abdominal e encaminhado ao cent ro cirúrgico com retirada das compressas,
revisão das lesões abdominais, drenagem dos espaços retro e subhepáticos, e
fechamento definitivo da cavidade abdominal. Alta hospitalar no vigésimo
tercei ro dia. Aceita-se o valor da técnica utilizada baseado na experi ência
clínica e no resultado.
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VI SBAIT
VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P123
LAPAROTOMIA
ABREVIADA.
UMA
ESTRATÉGIA
NO
TRATAMENTO DO PACIENTE CRÍTICO
Quintas ML, Teixeira Jr. FJR, Duarte AAB, Paiva Neto A, Bacalhau F,
Dagher R
Serviço de Cirurgia Geral e do Trauma do Hospital Geral de Pedreira. ACSC.
São Paulo – SP
Introdução: Com o aumento do número de vítimas de trauma e da gravidade
das lesões, a laparotomia abreviada tem se mostrado eficaz como tática no
tratamento e na diminuição dos índices de mortalidade e morbidade nos
pacientes críticos.
Objetivo: Avaliar as indicações de laparotomia abreviada e os índices de
trauma nos pacientes politraumatizados. Casuística e método: Analisados em
série histórica os pacientes submetidos a laparotomia abreviada no período de
janeiro de 2003 a set embro de 2004. Resultados: Total de 20 pacient es; 6
(30%), vítimas de ferimento úni co por arm a de fogo; 9 (45%), vítimas de
múltiplos ferimentos por arma de fogo; 1 (5%), vítima de ferimento único por
arma branca; 3 (15%), vítimas de acidente automobilísticos; 1 (5%), vítima de
queda de altura. O RTS ("Revised Trauma Score") variou de 7,6 à 4,502 na
admissão do pacient e na s ala de emergência. O ISS ("Injury Severity Score")
variou de 25 à 48. Sendo o TRISS máximo de 97,8% e o mínimo de 23,4%.
Dos paci entes analisados 13 (65%) receberam alta hospitalar e 7 (35%)
evoluíram para o óbito. Conclusão: A cirurgia abrevi ada está indicada em
pacientes com choque hemorrágico grave e falência metabólica peroperatóri a. É dividido em três fas es. A fase do rápido controle das
hemorragi as e da contaminação, a compens ação do pacient e em unidade de
terapia intensiva e a reoperação para o reparo definitivo das lesões. Sendo
assim podemos diminuir os índices de mortalidade e de morbidade nos
pacientes críticos.
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VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P124
TRATAMENTO DE TRAUMA PENETRANTE DE CABEÇA DE
PÂNCREAS COM DRENAGEM: RELATO DE CASO
Mesquita HV, Fraga GP, Nogueira AFN, Pelaquim H, Pierro AC,
Zaidan MSR
Grupo de Urgênci as Cirúrgicas e Trauma do Hospital Municipal “ Dr. Mário
Gatti”. Campinas, SP.
Introdução: O principal determinante do prognóstico de pacientes com
trauma em cabeça de pâncreas é a lesão do ducto maior e o tratam ento
definitivo das lesões severas da cabeça do pâncreas é ainda controverso.
Objetivo: Apresentar caso com secção do ducto (lesão pancreática grau IV)
tratado com sucesso através de drenagem no momento do procedimento
cirúrgico. Relato de caso: Paci ente masculino, 25 anos de idade, foi admitido
na sala de emergência apresentando dois ori fícios de projétil de arm a de fogo
em abdome. Apresentava pressão art erial de 80x60 mmHg e RTS de 7,1. O
abdome apres entava-se tenso à palpação e a radiografi a evidenciou dois
projéteis em região lombar. Foi realizada laparotomia exploradora. No
inventário da cavidade obs ervou-s e lesão hepática grau II em segmento III,
lesão gástrica trans fixante grau II, lesão de veia gonadal e lesão pancreática
grau IV, com transecção da cabeça do pâncreas, com mínima evidência de
desvitalização. Foi considerado e não indicado o acesso intra-operatório ao
ducto, visto que est a inform ação não modi ficaria a escolha do procedimento
operatório. A lesão foi tratada com drenagem externa at ravés de dois drenos
de sucção fechados locados ao longo das margens superior e inferior do
pâncreas. O paciente desenvolveu fístula pancreática com débito diário de
300-400 ml. Utilizou-se nutri ção parenteral como método inicial para aporte
nutricional e oct reotide foi utilizado desde o sexto dia pós-operatório. O
débito dos drenos diminuiu rapidamente e introduziu-s e dieta via oral vinte
dias após o procedimento ci rúrgico. O paciente apresentou como
intercorrênci a pneumonia. No trigésimo pós-operatório o último dreno foi
sacado. O paciente recebeu alta hospitalar quarenta e cinco dias após o trauma
e permaneceu assintomático após um ano, sem restrições diet éticas.
Conclusão: No trauma complexo de pâncreas o tipo de procedimento é
determinado pel a localização da lesão relacionada com os vasos mesentéricos
superiores, a pres ença ou aus ência de lesão ductal, o estado hemodinâmico do
paciente e a gravidade de lesões associadas. Neste caso, a lesão foi tratada por
drenagem externa, considerando que o procedimento de Whipple e a
pancreatectomia distal possuem alta morbi-mortalidade.
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VI SBAIT
VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P125
ANÁLISE DA EPIDEMIOLOGIA E DA GRAVI DADE DAS VÍTIMAS
DE LESÕES PENETRANTES DE INTESTINO DELGADO EM UM
HOSPITAL TERCIÁRIO DE URGÊNCIAS
Hernandes MA, Scarpelini S, Figueiredo MRA, Pinho VF, Rolo JG,
Marinho JL
Unidade de Emergência do HCFRMP-USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil.
Introdução: Por ser uma víscera de m ais de 6 metros de comprimento, o
intestino delgado ocupa grande parte da cavidade abdominal, sendo
freqüentemente atingido nas lesões penetrantes da parede abdominal.
Objetivos: Analisar a epidemiologia, a gravidade e o tipo de at endimento
prestado aos pacientes com l esões penetrantes de intestino delgado at endidos
na Unidade de Emergência (UE) do HCFMRP/USP. Métodos: Foi realizada
uma revisão, retrospectiva, de todos os pacientes com lesões penet rantes de
intestino delgado atendidos na UE de 1998 a 2002, totalizando 122 casos.
Foram pesquisados dados referentes ao s exo, idade, mecanismo da l esão,
tratamento, complicações e índices de trauma. Resultados: Os homens foram
as principais vítimas correspondendo a 90,2% do total e a média de idades foi
de 27,8 anos. As lesões foram causadas por arma de fogo em 70,5% dos casos
e por arma branca em 28,7%. Apenas um caso foi cons eqüênci a de queda
(0,8%). Todos os pacientes foram submetidos a procedimento cirúrgico e 32%
apres entaram complicações, dentre estas 25% apres entaram deiscência e
evisceração e 15,8% sepse. Ocorreram 10 óbitos (8,2%). O RTS apresentou
uma média de 6,85 com máximo de 7,84 e mínimo de 0. O ISS médio foi de
15,08, com valor máximo de 54 e mínimo de 4. O TRISS apresentou valores
médio de 0,83, máximo de 0,99 e mínimo de 0,01. Conclusão: A lesão
penetrant e do abdome freqüentemente atinge o intestino delgado. A
mortalidade de 8,2%, embora signi ficativa, é muitas vezes associada a outras
lesões concomitantes, e ainda é menor do que a mortalidade no trauma
fechado, como apresentado em outros trabalhos.
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VI SBAIT
VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P126
LESÕES ABDOMINAIS ASSOCIADAS AO TRAUMA DE INTESTINO
DELGADO
Figueiredo MRA, Scarpelini S, Pinho VF, Rolo JG, Marinho JL,
Hernandes MA
Unidade de Emergência do HCFRMP-USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil.
Introdução: O intestino delgado é freqüentemente lesado no trauma
abdominal, sobretudo quando há perfuração da parede abdominal. A
gravidade de uma vítima de traum a de delgado é, em geral, determinada por
sua associ ação com lesões de outras estruturas abdominais. Objetivos:
Determinar os órgãos lesados mais freqüentemente associadas ao trauma de
delgado, em uma casuística de cinco anos na Unidade de Emergência (UE) do
HCFMRP-USP. Método: Foi realizada uma análise retrospectiva dos 151
casos de trauma de intestino delgado atendidos na UE, entre os anos de 1998 a
2002. Foram analisados aspectos epidemiológicos, clínicos e de gravidade.
Resultados: Dentre os 151 casos, 16 (10,6%) evoluíram a óbito e 135
(89,4%) obtiveram alta hospitalar. 11 vítimas fatais (68,75%) tinham lesão de
outra estrutura abdominal contra 94 vítimas sobreviventes (69,63%), na
mesma condição. Os principais órgãos les ados foram, respectivamente para
óbitos e sobreviventes: fígado 2 (10%) e 21 (11,47%); porção distal do tubo
digestivo (sigmóide, reto e ânus), 3 (15%) e 30 (16,39%); vasos de m édio e
grosso calibre, 2 (10%) e 22 (12,02%); diafragma, 1 (5%) e 9 (4,92%); baço,
0 e 10 (5,46%); rim 0 e 6 (3,28%); bexiga, 0 e 6 (3,28%); ureter 0 e 2
(1,09%); cólon, 3 (15%) e 41 (22,4%); pâncreas 2 (10%) e 5 (2,73%);
estômago, 5 (25%) e 23 (12,57%). As médias dos índices de trauma foram,
respectivamente para óbitos e sobreviventes: TRISS, 0,79 e 0,82; RTS, 7,21 e
6,63; ISS, 15 e 15,29. O escore mais freqüente do OIS para intestino delgado
foi, nos dois grupos, igual a III. Conclusão: A análise dos resultados permitiu
a det erminação das estruturas abdominais mais freqüentemente lesadas em
associação ao trauma de intestino delgado. Nest a série, as lesões de pâncreas,
intestino grosso e estômago tiveram maior relação com a let alidade que os
demais órgãos.
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VI SBAIT
VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P127
LESÕES DO INTESTINO DELGADO NO TRAUMA ABDOMINAL:
ANÁLISE DE 151 CASOS ATENDIDOS EM 5 ANOS
CONSECUTIVOS NA UNIDADE DE EMERGÊNCIA (UE) DO
HCFMRP/USP
Pinho VF, Scarpelini S, Figueiredo MRA, Rolo JG, Marinho JL,
Hernandes MA
Unidade de Emergência do HCFRMP-USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil.
Introdução: O aumento da violência nos grandes centros urbanos causa
aumento direto da vari edade e núm ero de traumatizados at endidos nos
hospitais. A lesão de intestino delgado freqüentemente está associada ao
trauma abdominal penetrante. Objetivos: Analisar as principais características
epidemiológicas e de gravidade das vítimas de trauma de intestino delgado
atendidas na UE no período de 1998 a 2002. Métodos: Revisão ret rospectiva
de todos os casos de trauma de intestino delgado admitidos na UE do
HCFMRP/USP no período de 1998 a 2002; foram identi ficados os dados
epidemiológicos, mecanismo de trauma, tipo de les ão, tipo de tratamento e
calculados os índices de gravidade ISS, RTS e TRISS. Resultados: Dos 151
casos, 89,4% eram do sexo masculino (135) e 10,6% do s exo feminino (16),
sendo a médi a das idades de 27,9 anos. Os principais m ecanismos de trauma
foram os ferimentos por arma de fogo (57,6%), seguidos por ferimento por
arma branca (23,2%) e quedas (3,3%). O trauma penetrant e foi o mais
freqüente (80,8%). Todos os pacientes foram submetidos a tratamento
cirúrgico (laparotomia exploradora) e houve 16 óbitos (10,6%). 35,1% dos
pacientes apresent aram complicações, sendo deiscência e evisceração a
principal delas (22,4%). As médias dos índices de gravidade foram: RTS
=6,69, ISS=de 15,25 e TRISS=de 0,82. Conclusão: A análise retrospectiva
dos casos de trauma de intestino delgado atendidos na UE permitiu identifi car
as agressões interpessoais como a principal causa desse tipo de lesão, sendo
característica de centros urbanos com alto índice de violênci a. Embora a
mortalidade tenha sido alta para trauma de delgado, o ISS acima de 15 sugere
grande número de lesões associ adas.
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VI SBAIT
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21 a 23 de outubro de 2004
P128
FERIMENTOS PENETRANTES EM ABDOME
Melo GVR, Morioka RY, Luporini RL, Espada P, Yagi RK, Baitelo AL
Depart amento de Cirurgia do Hospital de Base da FAMERP - Faculdade de
Medicina de São Jose do Rio Preto-SP
Objetivos: O presente estudo realizou um levantamento estatístico e
epidemiológico dos traumas abdominais penetrantes por armas de fogo e
armas brancas atendidos no serviço de emergênci a do Hospital de Bas e (HB)
de São José do Rio Preto - SP. Métodos: Foram revisados os prontuários de
174 pacientes com trauma abdominal penetrante atendidos no serviço de
emergência do HB incluídos em um protocolo previ amente est abelecido no
período de maio de 1998 a abril de 2001. Foi utilizado o índice de trauma
abdominal penetrante, P.A.T.I. (Penetrating Abdominal Trauma Index),
especí fi co para lesões intra-abdominais. Este índice é importante para
avaliarmos o prognóstico do pacient e, a gravidade das lesões e a qualidade de
atendimento inicial ao politraumatizado. Resultados: De um total de 174
casos, 125 (72%) foram ferimentos por arma branca (FAB) e 49 (28%) por
arma de fogo (FAF). Dentre os FAB, 113 (90%) ocorreram em hom ens e 12
(10%) em mulheres; a média de idade foi de 29,4 anos; 68 pacientes (54,4%)
eram procedent es de S.J.Rio Preto. Cento e dois pacientes (81%) chegaram
hemodinamicamente est áveis; em 62 casos (50%) não houve
comprometimento de qualquer órgão, 35 (28%) apresentaram um órgão
acometido, 19 (15%) tiveram 2 órgãos lesados e 8 (7%) tiveram 3 ou mais
órgãos atingidos. Os órgãos mais acometidos foram o intestino delgado
(43,5%), fígado (30,6%) e intestino grosso (20,6%). Noventa pacient es (72%)
foram submetidos a laparotomia exploradora (LE). Os órgãos m ais
acometidos foram o intestino grosso (53,1%), intestino delgado (34,4%) e o
fígado (25,0%). Trinta e oito paci entes (77,6%) foram submetidos à LE.
Dezenove pacientes (42%) tiveram P.A.T.I. entre 1 e 10; a média do P.A.T.I.
foi de 16,23 sendo que nos pacientes que evoluíram para óbito, a média foi de
29,0 enquanto nos pacientes que sobreviveram a mesma foi de 15,29.
Conclusão: A maioria dos pacientes atendidos era composta por adultos
jovens, brancos e procedentes de S.J.Rio Preto. Verificamos que os FAF,
apesar de menos prevalentes, foram mais graves que os FAB, apresentando
P.A.T.I. médio maior. Os órgãos mais atingidos foram o intestino delgado, o
intestino grosso e o fígado.
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P129
TRATAMENTO NÃO OPERATÓRIO DE TRAUMA HEPÁTICO POR
ARMA DE FOGO COM INSTABILIDADE HEMODINÂMICA
Belezia BF, Cotta FP, Bichara DG, Andrade MMA, Dellandréa IR,
Castro KPP
Serviço de Cirurgi a Geral de Emergênci a - Hospital Municipal Odilon
Behrens - Belo Horizonte – Minas Gerais
Introdução: O tratamento não operatório do t rauma hepático contuso tem as
suas bases bem estabelecidas. O trauma hepático por arma de fogo pode ser
conduzido sem cirurgia em casos sel ecionados, que apres entem-se
inicialmente hemodinamicamente estáveis e em centros que disponham de
tomografia computadorizada para definição do trajeto do projétil e grau da
lesão. Na presença de instabilidade a conduta operatória é a mais adotada.
Objetivo: Relatar caso de trauma hepático por arma de fogo que evoluiu com
instabilidade hemodinâmica e foi subm etido a tratamento não operatório.
Método: relato de caso. Resultado: Paciente sexo masculino, 37 anos, que foi
vítima de agressão por arma de fogo no hipocôndrio direito. Admitido com
estabilidade hemodinâmica e em escala de coma de Gl asgow de 15.
Submetido a tomografia computadori zada que revelou lesão em segm entos
5,6,7 e 8 (AIS 90 = 5). A hemoglobina inicial foi de 12,4 e o hem atócrito de
37,2. Evoluiu com instabilidade hemodinâmica 12 horas após (PAS 70
mmHg), mas mantendo o mesmo Glasgow inicial e respondeu a infusão de
2000 ml de cristalóide. Recebeu 600 ml de concentrado de hemácias. Evoluiu
com febre no 6o dia de internação. Recebeu alta no 14o dia em boas
condições, após tomografia de control e. A hemoglobina de alta era 12 e o
hematócrito 36,6%. Conclusão: Em paciente com trauma por arma de fogo de
média velocidade, associado a instabilidade hemodinâmica tardia, em paciente
com escala de coma de Glasgow em 15, a conduta não operatória é possível
em casos selecionados e em servi ços de urgência que disponham de
tomografia e equipe treinada.
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P130
PSEUDO-ANEURISMA INTRA-HEPÁTICO APÓS FERIMENTO POR
PROJÉTIL DE ARMA DE FOGO. ESTUDO DE CASO
Hasimoto EN, Bertolli E, Costa ALC, Schleinstein HP, Afonso RC,
Ferraz Neto BH
Universidade Católica de São Paulo – Sorocaba/SP
O objetivo deste trabalho é relatar o caso de um paciente com
pseudoaneurisma intra-hepático após ferimento por projétil de arma de fogo.
JEF, 18 anos, masculino, admitido no pronto-socorro do Conjunto Hospitalar
de Sorocaba (CHS), após sofrer ferimento por projétil de arm a de fogo em
transição tóraco-abdominal à direita. Submetido a laparotomia exploradora
(LE) de urgência que identifi cou lesão de diafragm a de cerca de 1,0cm a
direita, e lesão grau II em transição dos s egmentos VII e VIII e drenagem
torácica em selo d'água. Recebeu alta hospitalar no 10° di a pós-operatório
(PO). No entanto, retornou ao CHS após 03 dias com queixa de febre, dor em
hipocôndrio direito e anorexia. A tomografia computadorizada de abdômen
evidenciou coleção intra-abdominal (provável abscesso) localizada em espaço
sub-frêni co direito. Nova LE foi realizada, identi ficando hem atoma nesta
localização, porém sem sinais de sangramento ativo, sendo drenado o
hematoma. No 6° PO cursou novam ente, com os mesmos sintomas e
instabilidade hemodinâmica. Realizada LE com drenagem de hematoma s em
sangramento ativo, sem evidênci as de coleção purul enta. Apresentou boa
evolução, recebendo alta hospitalar no 12° PO desta última intervenção.
Posteriormente, devido a um novo episódio de dor abdominal seguido de
palidez cutâneo mucos a, sem instabilidade hemodinâmica, foi mais uma vez
internado no 26° PO. Os achados tomográfi cos foram semelhantes, sendo
então realizada arteriografi a do tronco celíaco, que evidenciou
pseudoaneurisma em ramo terminal de artéria hepática direita, cujo tratamento
não foi possível pela radiologia intervencionista. Assim, o paciente foi subme
tido a segment ectomia hepática não regrada, de aproximadam ente 5 cm,
evoluindo sem intercorrências e recebendo alta no 5° PO. No momento,
encontra-se em acompanhamento ambulatorial s em evidências de
complicações, 06 meses após a última cirurgia. Desse modo, deve-se ressaltar
que a ressecção hepática pode s er indicada nos casos em que não se obtenha
controle do sangramento quer s eja através da radiologia intervencionista ou
terapêutica cirúrgica.
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21 a 23 de outubro de 2004
P131
TRATAMENTO NÃO OPERATÓRIO DO TRAUMA HEPÁTICO POR
ARMA DE FOGO
Belezia BF, Cotta FP, Castro EL, Miranda FGG, Ferreira FPM, Martias DB
Serviço de Cirurgi a Geral de Emergênci a - Hospital Municipal Odilon
Behrens - Belo Horizonte-Minas Gerais
Introdução: O tratamento não operatório do t rauma hepático contuso tem as
suas bases bem estabelecidas. O trauma hepático por arma de fogo pode ser
conduzido sem cirurgia em casos sel ecionados, que apres entem-se
inicialmente hemodinamicamente estáveis e em centros que disponham de
tomografia computadorizada para definição do trajeto do projétil e grau da
lesão. Objetivo: relat ar 7 casos de trauma hepático isolado por arma de fogo
de média energia conduzidos sem cirurgia e após tomografia
computadorizada. Método: série de casos. Revisão da literatura. Resultado:
Sete pacientes do sexo m asculino vítimas de agressão por arma de fogo de
média velocidade. Todos apresentavam-s e inicialmente hemodinamicamente
estáveis na sala de emergênci a e com es cala de coma de Glasgow em 15. Um
dos pacientes apresentou instabilidade hemodinâmica 12 horas após o trauma,
mas foi mantido o tratamento conservador devido a rápida resposta a infusão
de 2000 ml de cristalóide e a manutenção da es cala de coma de Glasgow em
15. Recebeu 600 ml de concentrado de hemáci as. O AIS/90 foi de: 2 (um
caso), 3 (três casos), 4 (dois casos) e 5 (um caso).Em dois casos houve
contusão pulmonar associada. Em nenhum caso houve lesão abdominal
associada desapercebida. Todos os pacientes evoluíram bem, recebendo alta
hospitalar sem laparotomia. Os maiores valores de enzimas hepáticas foram
observados nos casos com AIS 4 e 5. Conclusão: o trauma hepático isolado
por arma de fogo de média energi a pode ser conduzido sem cirurgia desde que
se apres entem na sala de emergência hemodinamicam ete estáveis, com escala
de coma de Gl asgow em 15 e em centros que disponham de tomografia
computadorizada para definição do trajeto e do grau da lesão.Possivelmente o
valor das enzimas hepáticas correlaciona-s e proporcionalmente com o grau da
lesão.
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VI SBAIT
VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P132
TRAUMA HEPÁTICO POR ARMA DE FOGO DE MÉDIA
VELOCIDADE: POR Q UE SER SELETIVO NA INDICAÇÃO
CIRÚRGICA ?
Belezia BF, Leite EF, Paula MV, Ferreira FPM, Martias DB, Miranda FGG
Serviço de Cirurgia Geral de Emergênci a – Hospital Municipal Odilon
Behrens – Belo Horizonte – Minas Gerais
Introdução: O trauma abdominal por arma de fogo tradicionalmente é tratado
com laparotomia exploradora na maioria dos servi ços de cirurgia. No trauma
hepático por arma de fogo, em casos s eletivos de pacientes
hemodinamicamente estáveis e em servi ços que disponham de tomografia
computadorizada a condut a não operatória pode ser adot ada. A laparotomia
não terapêutica pode aumentar a morbidade do tratam ento.Objetivo: relatar
dois casos de trauma hepático por arma de fogo que apresentavam-se
hemodinamicamente estáveis e que a l aparotomia revelou-se não terapêutica.
Método: relato de caso.Revisão da literatura. Resultado: Dois pacientes do
sexo masculino admitidos com estabilidade hemodinâmica e em escala de
coma de Glasgow de 15. Submetidos a tomografia computadorizada
observou-se lesão hepática nos segmentos 6 e 7. Apesar da estabilidade
hemodinâmica um dos pacientes foi operado 12 horas após. O segundo
paciente foi operado devido a pres ença de projétil na pelve e a
impossibilidade de exclusão de les ão associ ada. Ambas laparotomias foram
não terapêuticas. Conclusão: Em paciente com trauma por arma de fogo de
média velocidade com estabilidade hemodinâmica e escala de coma de
Glasgow em 15, a conduta não operatória é possível em casos selecionados,
pois a possibilidade de laparotomia não terapêutica é real. A tomografia
computadorizada é imprescindível para delinear o trajeto do projétil e
quantifi car a gravidade das lesões.
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VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P133
HABILIDADE
DO
CIRURGIÃO
NO
DIAGNÓSTICO
TOMOGRÁFICO DE LESÕES TRAUMÁTICAS ABDOMINAIS
Luporini RL, Sivieri T, Marques CCB, Silva CAE, Baitello AL, Espada PC
Faculdade de Medi cina e Enfermagem de São José do Rio Preto (FAMERP)
São José do Rio Preto – SP
Introdução: No atendimento a pacientes traumatizados é necess ário o
diagnóstico rápido das l esões apresent adas. Em algumas ocasiões são
necess ários exames complem entares, e a tomografia computadorizada (TC) é
de fundament al importância, sendo que a avaliação de seus resultados é,
muitas vezes, realizada pelo cirurgi ão do trauma, sem a avaliação prévia de
um radiologista, o que torna mais provável a ocorrência de falhas
diagnósticas. Objetivo: Avaliar a habilidade dos cirurgiões plantonistas do
trauma em detectar alterações em tomografias abdominais obtidas de
pacientes traumatizados. Material e Métodos: Foram selecionadas
aleatoriam ente tomografias abdominais obtidas de 10 pacientes vítimas de
trauma, atendidos na Emergência do Hospital de Bas e de São Jos é do Rio
Preto (HB). Foram selecionados 10 médicos com formação em cirurgia geral
e atuação na área de ci rurgia do trauma do HB. Esses médicos não tinham
conhecimento dos dados clínicos dos pacient es para avaliação das
tomografias. As tomografias foram avaliadas por dois radiologistas
experient es que, após discussão, apresent aram laudos concordant es que foram
considerados padrão-ouro (Gold Standard) para posterior comparação. Um
protocolo para avaliação das tomografias foi previam ente formulado e
aplicado aos 10 médicos para cada uma das 10 tomografias. Os resultados
foram comparados e avaliados segundo a taxa de acerto para cada tipo
especí fi co de lesão apresent ada nas tomografi as abdominais. Resultados: A
habilidade do cirurgião em detectar ou não lesões foi avaliada tomando-se
como base a taxa de acerto para cada tipo especí fico de lesão, que foram:
pneumoperitônio (77%), líquido livre em cavidade peritoneal (55%), lesão
hepática (67%), lesão esplêni ca (78%), lesão renal (93%), lesão pancreática
(95%), fratura de baci a (94%). Conclusão: Apesar do pequeno número de
cirurgiões incluídos no trabalho (n=10), obs ervamos na maioria das lesões
uma taxa de acerto global acima de 75% e uma taxa de acerto mínima de 55%
(para observação de líquido livre em cavidade peritoneal ). Baseado nisso,
consideramos que o cirurgião que atue na área de trauma deva m elhorar sua
habilidade com program as de capacitação para interpretação de TC de
abdome, já que este é um exame de fundament al importância para
diagnosticar lesões que podem por em risco a vida do paciente.
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21 a 23 de outubro de 2004
P134
ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DAS INTOXICAÇÕES EXÓGENAS
CAUSADAS POR CARBAMATO
Andrade LM, Araujo JM, Barbosa IV, Fé MCM, Lima NMC, Silva VD
A intoxicação pode ser definida como um conjunto de sinais e sintomas que
demonstra o desequilíbrio orgânico promovido pela ação de uma substância
orgânica, que é cham ada de toxóide. A toxicidade da droga depende da dose
da substância, vias de administração, tempo e freqüênci a de exposição,
propriedades físico-químicas do toxicante e sus ceptibilidade do organismo.
Os carbam atos são conhecidos popularm ente como "chumbinho", estes
afetam o funcionamento das gl ândulas, músculos, sistema nervoso e cérebro,
sendo considerado como maior causador de óbitos. A partir de nossa
experiência em um hospital referência em at endimento de intoxicações
exógenas em Fortaleza, sentimos a necessidade de desenvolver uma análise
epidemiológica e investigar os fatores predisponentes das intoxicações
causadas por carbamato em 2003, no referido hospital. O estudo é do tipo
retrospectivo, descritivo-exploratório, com abordagem quantitativa, realizado
no período entre janeiro a dezembro de 2003. A coleta de dados foi feita com
base no banco de dados do Centro de Assistência Toxicológica (CEATOX),
do hospital mencionado. Foram examinadas 659 fichas de noti ficações de
pessoas admitidas com quadro de intoxicação por carbamato. A análise dos
dados se deu através de gráfi cos e tabelas. Os dados mostram que houve uma
maior predominância de casos entre a faixa etária de 20 a 49 anos (54,48%),
seguida por 10 a 19 anos (31,41%). Val e ress altar as circunstâncias nas quais
foram causadas as intoxicações, como a tentativa de suicídio (85,28%) e
acidental (13,50%), sendo que destes, (70,26%) evoluíram para a cura e
(3,34%) para o óbito. Podemos concluir que a maioria dos casos de
intoxicação por carbamato se deram através do uso indiscriminado do raticida,
gerando um problem a de Saúde Pública. Cabe ao governo e profissionais de
saúde proporcionarem ações educativas acerca da prevenção e
conscientização da população, sobre o uso indiscriminado do produto.
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VI SBAIT
VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P135
CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS DAS VÍTIMAS
AGRESSÃO POR ARMA DE FOGO
Andrade LM, Barbosa IV, Nogueira SMB, Vasconcelos HLM
DE
As agressões interpessoais vem cres cendo de forma assustadora, abrangendo
pessoas dos mais variados níveis sociais e econômicos. As agressões por arma
de fogo dão ênfase a uma violência urbana, onde encontramos os "marginais"
por vezes mais bem equipados que a policia, cuja finalidade é prestar
segurança à comunidade de uma forma geral. Diante dest a problemática,
sentimos interesse em des envolver um estudo com o objetivo de caracteri zar
as vítimas de agressões por arm a de fogo. Trata-se de um estudo exploratório,
desenvolvido em um hospital público de emergênci as, situado na cidade de
Fortaleza. Utilizamos como amostra 43 pacientes internos no período de
junho a outubro de 2003. Os resultados nos apontaram que: a maioria das
vítimas pertence ao sexo m asculino (88,5%), na faixa etária de 21 a 30 anos
(46,6%), a ocorrência foi predominantem ente no sábado (42,2%), no horário
de 18 às 24 horas (32,6%), s ão procedentes de cidades do interior (53,5%) e
foram socorridos por leigos (48,9%), os principais traumas sofridos foram
politraumatismo e trauma de face, ambos com 23.3% cada. Apenas em 51,2%
dos casos a vítima não havia ingerido bebida alcoólica e em 60,5% a situação
foi provocada. O agressor em sua maioria foi uma pessoa desconhecida
(46,5%) e o período de permanênci a hospitalar foi de 11 a 20 dias (39,6%).
Percebemos mediante os resultados encontrados, da importância de uma
educação em saúde voltada a prevenção deste tipo de ocorrência, que
geralmente vem acompanhado de consumo de bebida alcoólica. Os
profissionais devem manter vigilância constante destas ocorrências com a
finalidade de um monitoramento adequado e el aboração de estratégi as que
busquem a redução destas.
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P136
IMPLANTAÇÃO DE GRUPO DE URGÊNCIAS CIRÚRGICAS E
TRAUMA EM HOSPITAL PÚBLICO DE CAMPINAS
Fraga GP, Zaidan MSR, Fernandes Neto FA, Tourinho R, Bortoto JB,
Mesquita HV
Depart amento de Cirurgia do Hospital Municipal "Dr. Mário Gatti".
Campinas, SP
Objetivo: Apresentar a reestruturação realizada no Departamento de Cirurgia,
com subdivisão em grupos de acordo com a especialização, afinidade e
experiência dos cirurgiões do HMMG, a fim de otimizar o atendimento à
nossa população. Método: A implantação dos grupos ocorreu em 01/10/2002
e foi cri ado o Grupo de Urgênci as Cirúrgicas e Trauma. Desta forma, este
grupo passou a ser constituído por 14 cirurgiões que opt aram por esta área a
fim de prestar atendimento aos pacientes com afecções cirúrgicas de urgência
traumática e não-traum ática. Diariam ente há dois plantonistas, além dos
residentes em esquem a de rodízio, que acompanham os pacientes desde a sala
de urgênci a no pronto-socorro, passando eventualmente pelo centro cirúrgico,
unidade de terapia intensiva e posteriormente enfermaria. Foi criado o
ambulatório de Cirurgia do Trauma para seguimento a longo prazo, al ém de
haver discussão de casos e visitas didáticas diariam ente. Houve estímulo para
registro da qualidade da assistênci a, além de implemento em ensino e
pesquisa, com parceria com a Disciplina de Cirurgia do Trauma da Uni camp.
Resultados: Um ano após sua implantação, o grupo já havia realizado 578
cirurgias, sendo 77,3% dos casos urgênci as não traumáticas. Foram operados
131 casos novos (22,7%) de traum atismos, a maioria deles causados por
projétil de arma de fogo (44,3%). Destes procedimentos em trauma
realizados, foram mais freqüentes as laparotomias (74 casos) e toracotomias
(13 casos). Em 11 meses foram realizadas 887 consultas ambulatoriais, com
média de 9,3 consultas por ambulatório. Ocorreram 37 reuniões cientí ficas em
um ano e vários preceptores e resident es participaram de eventos ligados a
trauma. Em 2004 foi realizado o II Curso de Urgências Cirúrgicas e Trauma
do HMMG, contando com professores de diversas universidades. Como meta
futura está a implantação da residência em Cirurgia do Trauma. Conclusão: A
experiência adquirida até o momento nos evidencia que os hospitais públicos
devem se preparar para m elhorar o atendimento às vítimas da doença trauma.
A identificação de cirurgiões com esta área extremamente desprestigiada na
sociedade, cans ativa, estress ante e de baixa remuneração cria esperança para
que profissionais como estes não precisem s er chamados de heróis, mas
simplesmente de especialistas em Urgências Cirúrgicas e Trauma.
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P137
ANÁLISE DA TRIAGEM DE RISCO NA EMERGÊNCIA DE UM
HOSPITAL TERCIÁRIO – PERSPECTIVAS DE MUDANÇAS COM A
REGULAÇÃO MÉDICA
Chiareli FC, Fontana RS, Magnabosco WJ, Baitello AL, Espada PC, Yagi RK
Serviço de Cirurgia do Trauma do Hospital de Base de São José do Rio
Preto/Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP) – SP
Introdução: O Plano Nacional de Atenção às Urgências, em implantação pelo
Ministério da Saúde, tem como uma de suas metas melhorar a qualidade do
atendimento de emergências, des afogando os hospitais e pronto-socorros e
melhorando a resolutividade das Unidades Básicas de Saúde. O Hospital de
Base de São José do Rio Preto é o hospital de referênci a para área de 2
milhões de pessoas da região de noroest e de São Paulo. Objetivo: Analisar o
tipo de paci entes no setor de emergência desse hospital quanto a
complexidade do caso, local de origem, diagnóstico mais freqüente, horário
de atendimento, pacient es encaminhados ou com procura espontânea, e a
necessidades de internação desses paci entes. Métodos: Análise retrospectiva
dos prontuários de 2060 pacientes atendidos no setor de emergência durant e 1
mês (agosto/2003). Resultados: Os resultados da triagem de risco no setor de
emergência mostram que cerca de 60% dos paci entes são do próprio
município, 28% dos municípios circunvizinhos (micro - região) e 2% s ão de
outras regiões do Est ado e do país. Somente 53% desses pacientes vêm com
encaminham ento de referência (1066) e destes 58% foram considerados com
doenças de complexidade secundária e terciária ou já são acompanhados no
serviço (devidamente encaminhados). Do total de pacientes, 10% foram
internados. Conclusão: Existe uma grande demanda de paci entes de forma
espontânea do próprio município e da regi ão com doenças de baixa
complexidade levando a um baixo índice de internação e a sobrecarga no
atendimento. É fundamental que o município de São José do Rio Preto e as
cidades circunvi zinhas( micro - região) melhorem a resolutividade dos casos
nos centros primários e s ecundários. A regulação médi ca eficaz do município
(não existente) e da região (existente) parece ser a saída mais adequada para
dar início à resolução dessa questão.
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VI SBAIT
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21 a 23 de outubro de 2004
P138
ESTUDO DA PREVALÊNCIA DE ACIDENTES DE TRÂNSITO COM
CRIANÇAS EM CASCAVEL
Souza V, Marques DS, Shiomi AY, Filho NN, Toyama G, Acosta LR,
Kawakami CY
Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Cascavel, Paraná
Objetivo: Identi ficar a incidência os acidentes em crianças de zero a doze
anos de idade, bem como suas características. Metodologia: Realizou-se um
estudo longitudinal com uma revisão de 1213 prontuários no período de
agosto de 1998 a julho de 2002 no Serviço de Atendimento ao trauma e
Emergência (SIATE-PR) em Cascavel. Analisaram-se di ferentes faixas etárias
em cri anças recém nascidas e bebês (m enor que 1 ano), pré-escol ares (1 a 6
anos) e es colares de 7 a 12 anos, relacionando-os com o tipo de acidente
(atropel amento, colisão e outras caus as, como queimadura, agressão, quedas,
acidentes domésticos...), local da lesão, horário e Escala de Coma de Glasgow
no momento do atendimento. Resultados: Com resultado foram encont radas
435 colisões (38,8%), 226 atropelamentos (18,6%) e 552 foram relacionadas a
outras causas (45,5%). A faixa etári a com maior número de acidentes foi entre
10 e 12 anos (226 no total), sendo que as colisões foram as mais prevalentes
neste grupo. Em crianças abaixo de 3 anos a maior prevalênci a foi de
acidentes relacionados a outras caus as, tendo as quedas como fator
preponderante. Quanto à Escal a de Coma de Glasgow, 90% receberam nota
15 no atendimento inicial. As lesões ocorreram principalment e na cabeça (558
ou 32,72%), membros superiores (356 ou 20,87%), membros inferiores (319
ou 18,70%), tronco (268 ou 15,71%) e 204 ou 11,96% não apresentavam
lesões aparentes. O horário mais freqüente dos acident es foi de 12 às 14 horas
e das 18 às 20 horas, sendo que em at[e um ano de idade houve predomínio
dos acidentes após as 20 horas (28,3% em relação aos dem ais horários do
dia), de 1 a 6 anos os acidentes ocorreram mais entre 16 e 18 horas (22,36%),
e dos 7 aos 12 anos ent re 12 e 14 horas (20,75%). Conclusão: Os resultados
encontrados são equivalentes aos da literatura mundial, demonstrando que as
causas dos acidentes em crianças nos desenvolvidos são equivalentes aos que
estão em desenvolvimento. Os acidentes em crianças menores (até 3 anos)
normalmente são acidentes domésticos e as crianças em idade escolar são
expostas aos riscos durant e os deslocamentos para a escola ou atividades
recreativas. A gravidade das lesões aumentou de acordo com o aumento da
faixa etári a, porém dos óbitos no local foram de crianças abaixo de 4 anos.
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21 a 23 de outubro de 2004
P139
MONITORAMENTO DAS OCORRÊNCIAS DE ACIDENTES DE
TRÂNSITO DOS PACIENTES ADMITIDOS NA UNIDADE DE
EMERGÊNCIA DE UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA
Andrade LM, Barreira KS, Citó MCO, Moura LM, Peixoto LFS,
Rodrigues AMU
Universidade Federal do Ceará – Fortaleza/CE
A elevada mortalidade por acidentes de trânsito repres enta um problema de
saúde pública tanto no Brasil como em diversos países. As vítimas destes
acidentes buscam atendimento em servi ços de emergênci as onde, dependendo
da gravidade do traum a, podem evoluir para alta hospitalar, internamento ou
óbito. Devido ao grande número de vítimas de acident es automobilísticos
atendidas na emergência de um hospital, despertou-nos o interesse em analisar
a evolução destes clientes. Foi realizado um estudo retrospectivo de caráter
exploratório-descritivo com abordagem quantitativa desenvolvido em um
hospital de referência Nort e/Nordeste em traumatologia. A amostra constou
de 14.756 vítimas de atropelamento, colisão, acidente de moto, queda de
bicicleta e queda de carro ocorridos no ano de 2003. A coleta de dados foi
mediante relatórios do Serviço de Arquivo Médico (SAME) da referida
instituição. Diante da análise constatou-se que das vítimas de atropelamento,
72,5% receberam alta, 1,5% vieram à óbito e 26% fi caram internados. Das
colisões, 75,4% tiveram alta hospitalar, 1,0% morreram e 23,6%
permaneceram internados. Veri fi cou-se que a maior parte das vítimas de
acidentes de moto tiveram alta (76,6%), assim como na queda de bi cicleta
(90,7%) e na queda de carro (74,5%). Concluímos que felizmente o número
de óbitos é insignifi cante di ante das demais evoluções, no ent anto
questionamos os índices de morbidades em relação a estes agravos. Deve-se,
portanto, manter contínua vigilânci a e monitoramento da ocorrênci a destes
eventos com finalidade de estabelecer estrat égias junto a outros órgãos
competentes, com o objetivo maior de reduzir mais drasticamente os atuais
índices de morbi-mortalidade.
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VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
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P140
ESTUDO COMPARATIVO ENTRE VÍTIMAS FATAIS DE
ATROPELAMENTO E DE ACIDENTE MOTOCICLÍSTICO
ATENDIDOS NA UNIDADE DE EMERGÊNCIA DO HCFMRP/USP
Pinho VF, Scarpelini S, Figueiredo MRA, Andrade JI
Unidade de Emergência do HCFRMP-USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil.
Introdução: As mortes por atropelamento e por acidentes motociclísticos são
mais freqüentes nos países subdes envolvidos, onde as leis de trânsito são
deficientes ou pouco obs ervadas. No Brasil, existem poucos trabalhos
cientí ficos estudando as principais caract erísticas deste tipo evento. Objetivo:
Comparar as vítimas fat ais de atropelamento e de acidente motociclístico
atendidas na Unidade de Emergência (UE) do HCFMRP nos anos de 2001 e
2002 quanto ao tipo de tratamento, ao período entre a admissão e o óbito, a
localização e gravidade das lesões, por meio do cálculo dos índices de trauma:
RTS, ISS e TRISS. Método: Análise retrospectiva dos prontuários médicos
das vítimas fatais de atropelamento (grupo A) e acidente motociclístico (grupo
B) atendidas nos anos de 2001 e 2002 na UE do HCFMRP/USP. Foram
utilizados os testes t de student e qui-quadrado para as comparações
estatísticas. Resultados: Nos dois anos analisados houve 20 vítimas fatais de
atropelamento e 22 de acidente motociclístico. Quanto ao s exo e raça
predominaram, em ambos os grupos o sexo masculino, 85,0% e 86,4 %, e a
raça branca 80% e 81,8%, respectivamente grupos A e B. As médias das
idades foram de 45,3 e 30,8 anos (p<0,05), grupos A e B. 75% dos pacientes
do grupo A e 81,8% do grupo B, foram submetidos a procedimentos
cirúrgicos, enquanto 25% das vítimas do grupo A e 13,6% do grupo B
receberam tratam ento conservador. 9 pacientes do grupo A (45,0%) e 6 do
grupo B (27,3%) foram a óbito nas primeiras 24 horas de admissão (p>0,05).
A distribuição das lesões para os grupos A e B foram, respectivament e:
cabeça 70,0% e 86,3%; face 35,0% e 40,9%; tórax 35,0% e 54,5%; abdome
30% e 31,8%; e extremidades 55% e 54,5%. As médias de RTS, ISS e TRISS
foram, respectivamente, grupos A e B: 5,41 e 4,51 (p>0,05), 26,25 e 31,77
(p>0,05) e 0,65 e 0,50 (p>0,05). Conclusão: Na casuística estudada, não
encontramos di ferenças estatísticas entre a distribuição por sexo, gravidade ou
momento dos óbitos. Contudo foi possível afirmar que as vítimas de
atropelamento s ão mais idosas, provavelmente, por este motivo, mais
suscetíveis à violência no trânsito da Cidade.
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VI SBAIT
VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P141
EPIDEMIOLOGIA
DOS
ACIDENTES
DE
TRANSPORTE
ATENDIDOS NA UNIDADE DE EMERGÊNCIA (UE) DO HCFMRPUSP POR 6 ANOS CONSECUTIVOS
Silva DP, Scarpelini S, Lago T, Passos ADC
Unidade de Emergência do HCFMRP-USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil.
Introdução: Os acidentes de transportes são responsáveis por pelo menos 40
mil óbitos por ano no Brasil. Por motivos históricos, os serviços de vigilância
epidemiológica não têm dedicado atenção a esta epidemia que atinge quase
todos os países. Na UE, desde o ano de 1996, os acidentes de transporte
passaram a ter sua noti ficação obrigatória. Objetivo: Analisar as principais
características epidemiológicas dos acidentes de transporte at endidas na UE
ao longo de 6 anos. Método: Foram coletados dados, prospectivamente, dos
atendimentos a vítimas de acidentes de transporte, realizados na UE entre
fevereiro de 1996 e dezembro de 2002; foram identi ficadas as características
epidemiológicas: idade, sexo, hora de entrada no hospital, dia da semana e
óbito. Resultados: Em 1996, o número de vítimas de acidentes de trânsito
representou 57,5% (1.874 vítimas) de todas as notificações/investigações
realizadas pelo Núcleo de Vigilânci a Epidemiológica do HCFMRP. Entre os
anos de 1996 e 2002, foram at endidas 14.365 vítimas de acidentes de
transporte. A distribuição entre os anos foi assimétrica, ocorreu grande
aumento de atendimento entre 1996 e 1997 (65,6%), decrés cimo entre 1997 e
1999 (cerca de 11,6% ao ano), grande queda do at endimento entre 1999 e
2000 (35,5%) e relativo platô entre 2000 e 2002. Ocorreu predomínio do sexo
masculino em toda a casuística (76,4%) bem como em qualquer faixa etária
analisada isoladam ente. Na faixa etária entre 15 e 24 anos, foi observada a
maior incidência de acidentes, tanto para o sexo masculino quanto para o
feminino. Houve predomínio de ocorrências em finais de semana, com
aumento da incidência no princípio da noite, por volta das 19 horas. 503
vítimas (3,5% do total) evoluíram para óbito, com predomínio do sexo
masculino (83,9%). Conclusão: Os acidentes de trânsito são porcentagem
expressiva das caus as externas de morbi-mortalidade. A análise desses
acidentes atendidos na UE promoveu a identifi cação de aspectos
demográfi cos importantes para o desenvolvimento de medidas preventivas.
Assim como mostrou a influência de medidas de administração de saúde na
evolução dess es acidentes, pela diminuição progressiva do número de
atendimentos.
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P142
ASPECTOS EPIDEMILÓGICOS RELACIONADOS A VÍTIMAS DE
Q UEDAS
Andrade LM, Fé MCM, Monteiro JA, Mourão EB, Sampaio JD
Universidade Federal do Ceará – Fortaleza/CE
O trauma é uma das principais caus as de morte na faixa et ária de até 45 anos,
perdendo apenas para doenças cardíacas e câncer. Segundo Moura (1999),
queda pode s er definida como um evento não intencional que tem como
resultado a mudança de posição do indivíduo para um nível mais baixo, em
relação a sua posição inicial. Objetivou-se identi ficar o perfil epidemiológico
das vítimas de quedas admitidas em um hospital de emergência. O estudo tem
caráter prospectivo, descritivo, exploratório, com abordagem quantitativa,
caracterizado como transversal-obs ervacional. Foi realizado, em um hospital
público de emergência, referência em traumas, no período entre Janeiro a
Junho de 2004.A amostra constituiu-se de 103 vítimas de quedas admitidas no
referido hospital. A análise dos dados foi feito através de gráfi cos e tabelas.
Para o desenvolvimento deste estudo foram respeitados os aspectos éticos
determinados pela resolução n.º 196/96, que aborda pesquisas com s eres
humanos. Como resultado, constatamos que a maioria das vítimas pertenci am
ao sexo masculino (83,5%), com a faixa etária de 0 a 10 anos (21,4%), e o
sexo feminino (45,0%), com a faixa etária maior que 60 anos. O fator
predisponente mais freqüente foi a queda da própria altura (21,4%), no
ambiente extradomiciliar (70,9%). Os principais traumas apres entados pelas
vítimas foram: Trauma de extremidades (42,7%) e politraumatismo (21,4%), e
a maioria foram socorridos por leigos e por el es trazidos para o hospital
(75,0%). Um número elevado de pacient es apresent aram-s e conscientes
(70,9%) após o acident e e obtiveram trauma de extremidades (43,5%) e não
fi zeram uso de bebida alcoólica (63,1%).Este estudo nos possibilitou uma
reflexão acerca de poucos estudos relacionados aos acidentes decorrentes de
quedas, e da complexidade que envolve este grupo. Val e ress altar a
importância da Enfermagem nas ações de educação em saúde sobre a
prevenção de acidentes.
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CARACTERI ZAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DAS VÍTIMAS
Q UEIMADURAS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA
Andrade LM, Nogueira PDS, Ramalho FMC, Sampaio JD
Universidade Federal do Ceará – Fortaleza/CE
DE
As vítimas de queimaduras possuem um perfil singular, pela subtaneidade das
agressões, que não respeitam limites anatômicos, pelo caráter multissistêmico
das lesões, pelas condições nas quais est as ocorrem, por suas complicações e
principalmente, por ter métodos preventivos, tanto do trauma em si, como de
suas potenci alidades. Observamos que as campanhas desenvolvidas pelas
instituições públicas ocorrem de forma bast ante esporádica e, na maiori a das
vezes, não atinge o objetivo previsto, pois não chegam a todos os que podem
ser considerados vítimas potenciais, como a população peri férica que
necessita de uma s ensibilização maior acerca do assunto, com ênfas e na
profilaxia que constitui o maior fator para a obtenção de resultados efetivos,
diminuindo assim as ocorrências, incapacidades e morte. Este estudo teve
como objetivo caracterizar as vítimas de queimaduras. Trata-se de um estudo
de carát er exploratório e descritivo, desenvolvido em um hospital público de
referência no at endimento aos traumas, situado na cidade de Fortal eza. Como
resultados encontramos que: a maiori a do grupo pertence ao s exo mas culino
(64%), na faixa etária de 0 a 5 anos (37%), com ocorrência equivalente t anto
para a capital (50%) quanto para o interior (50%); o agent e envolvido foi
líquido quente (38,6%), ocasionando queimadura de 2º grau (70%). Estes
resultados nos alert am sobre o processo de educação em saúde quanto a
prevenção de queimaduras, visto que, apesar de ocorrerem campanhas
educativas para prevenção das mesmas predominantemente na capital,
encontramos aqui o maior índice de ocorrências. Questionamos sobre a real
abrangência das campanhas de prevenção e da periodicidade das mesmas.
Acreditamos que uma maior constância nas campanhas esclarecedoras, de
caráter preventivo, seria uma forma de l evar até a população conhecimento
acerca das queimaduras, de forma que acident es possam ser evitados.
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VI SBAIT
VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P144
PERFIL DAS VÍTIMAS DE TRAUMA ATENDIDAS PELO SERVIÇO
DE ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR - SAMU/SP
Carvalho AO, Bez Jr. A
Instituto de Ensino e Pesquisa Albert Einstein Universidade Israelita da Saúde
São Paulo / SP
Introdução: Trauma é uma doença de etiologia variada e de carát er endêmico
na sociedade moderna. Os indivíduos politraumatizados diferem muito entre
si no que se refere a natureza e severidade das lesões. Objetivo: Identi fi car o
perfil das vítimas de traum a, atendidas pelo Servi ço de At endimento
Municipal de Urgências de São Paulo (SAMU/SP) segundo sexo, idade, tipos
de ferimento e mecanismos de traum a. Método: Estudo descritivo e
exploratório, ret rospectivo e aplicado com abordagem quantitativa. Os dados
foram obtidos através das fichas de atendimento de enfermagem, no período
de 10 a 25 de dezembro de 2002, nos centros de suporte avançado do
município de São Paulo, totalizando 60 elementos. Resultados: Os dados
foram estatisticamente analisados e discutidos e, obtivemos os seguintes
resultados: 65% das vítimas eram do sexo masculino, com idade
predominantemente entre 31 a 40 anos (22%). O mecanismo de t rauma m ais
prevalent e foi a colisão (27%), seguida de queda (18%) e atropelam ento
(15%). Dentre os ferimentos mais comuns estão: escoriações (65%), fraturas
(52%) e ferimentos corto contusos (20%). Conclusão: As conseqüências
socioeconômicas advindas do trauma se revestem de importânci a pois, além
de ocasionar morte ou incapacidade, promovem um alto custo com a
recuperação e declínio da qualidade de vida, fatores estes que impact am
socialmente. Por isso é de importância elaborar o perfil desses eventos, afim
de promover medidas operacionais e preventivas de atendimento.
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VI SBAIT
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21 a 23 de outubro de 2004
P145
PERFIL DAS OCORRÊNCIAS DO SERVIÇO DE ATENDIMENTO
MÓVEL DE URGÊNCIA DE ARACAJU – SAMU 192 ARACAJU
Brasileiro FF, Alves FS, Chagas TA, Azevedo AF, Costa MCM,
Barretto MXA, França CR
SAMU 192 Aracaju – SE
Introdução: O Serviço De Atendimento Móvel De Urgência – SAMU 192
Aracaju É Uma Estrutura De Atendimento Pré-Hospitalar Que Atende
Aproximadamente 500.000 Habitantes De Aracaju. Implantado Há Cerca De
Dois Anos ,O SAMU 192 Aracaju É Composto Por 42 Médi cos, 24
Enfermei ras , 52 Auxiliares E Técnicos De Enfermagem E 51 Condutores.
Sua Frota É Composta Por 6 Usbs E 4 Usa E 2 Viaturas Sociais. Objetivos: O
Objetivo Do Presente Trabalho É Traçar Um Perfil Do Atendimento Do
SAMU 192 Aracaju No Ano De 2003. Metodologia: Para Realizar O
Trabalho, Foi Feito Um Estudo Retrospectivo Analisando- Se As Fichas De
Atendimento Preenchidas Pelos Funcionários Do SAMU Quando Feita A
Solicitação Telefônica Através Do Número 192 No Ano De 2003.
Resultados: Como Resultados Do Trabalho Constatamos Que Dos
Atendimentos Realizados Pelo SAMU 18% Eram Traumas Em Adultos, 57%
Eram Clínicos Em Adultos, 9% Eram Atendimentos Obstétricos , 4% Era
Trauma Pediátrico E 12 % Clínico Pediátrico.Numa Média De 2362
Atendimentos Por Mês. Conclusão: Apesar De Se Vincul ar O Serviço De
Atendimento Pré- Hospitalar Ao Atendimento De Trauma ,Na Realidade A
Assistência Ao Pacient e Com Patologias Clínicas Constitui A Maior Parcela
Do Serviço Prestado Pelo SAMU.
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VI SBAIT
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21 a 23 de outubro de 2004
P146
DISTRIBUIÇÃO HORÁRIA DOS ACIDENTES DE TRÂNSITO NO
MUNICÍPIO
DE
VOLTA
REDONDA/RJ
–
ESTUDO
RETROSPECTIVO DE 1127 OCORRÊNCIAS
Barbarisi LGGJ, Braga RP, Oliveira APQ
Faculdade de Medicina de Volta Redonda/RJ
Objetivo: Demonstrar o perfil horário dos acident es de trânsito no Município
de Volta Redonda/RJ atendidos pelo serviço de Resgate da Guarda municipal.
Método: Estudo retrospectivo de 26 meses (abril 2002 - junho de 2004).
Foram examinados os registros de 1127 pacientes vítimas de acident es de
trânsito. Coleta de dados baseado no preenchimento do boletim de
atendimento, com sel eção dos horários de acionam ento da unidade de
Resgate. Foram excluídas vítimas de mal súbito e de lesões por arm a de fogo
e arma branca, bem como boletins com dados incompletos que não constavam
hora do evento. Resultado: Foram atendidos 1127 pacientes vítimas de
acidentes de trânsito pelo resgat e da guarda municipal de Volta Redonda
(dados de abril 2002- junho 2004). Através da seleção dos horários de
acionamento foi observado um pico de ocorrências entre 18h00min 18h59min num total de 91 ocorrências seguido de 71 ocorrências entre
12h00min e 12h59min. O menor índice de ocorrências ocorreu entre
03h00min - 03h59min totalizando 16 ocorrências, seguido de 19 ocorrências
atendidas entre 02h00min - 02h59min. No ano de 2003 foram computados
dados de Janeiro a Dezembro, sendo totalizados 497 chamadas. O maior
índice ocorreu no intervalo entre 18h00min - 18h59min, totalizando 37
chamadas, seguido de 35 acident es ocorridos entre 12h00min - 12h59min.
Entretanto, os menores índices ocorreram nos períodos entre 02h00min 02h59min e 08h00min - 08h59min empatados com 07 ocorrências. Durante o
ano de 2004, os dados foram contabilizados até o m ês de junho, sendo
computados 294 acidentes. O horário de maior índice de acidentes seguindo a
tendência dos dois anos anteriores foi no intervalo entre 18h00min 18h59min, totalizando 20 acidentes. Seguido também por 11h00min 11h59min, 12h00min - 12h59min e 21h00min - 21h59min empatados com 19
chamados cada um. Já o intervalo de hora com menor índice de acidentes de
trânsito foi entre 02h00min e 02h59min totalizando 02 ocorrências.
Conclusão: Deve-se atentar que horários de maior índice de acidentes de
trânsito coincidem com o fim do expediente de trabalho e retorno da
população as suas residênci as.
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VI SBAIT
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21 a 23 de outubro de 2004
P147
ATENDIMENTO AO PACIENTE PEDIÁTRICO VÍTIMA DE
TRAUMA
Brasileiro FF, Alves FS, Chagas TA, Azevedo AF, Costa MCM,
Barretto
MXA, França CR
SAMU 192 Aracaju – SE
Introdução: O trauma pediátri co é um evento de grande importância no
Serviço pré-hospitalar pela sua grande incidênci a apesar da possibilidade de
prevenção.Tal evento poderia, muitas vezes, ser evitado pela simples atenção
dos pais ou responsáveis. Os mecanismos de trauma e as l esões ocorridas
mudam e se diversifi cam devido à rapidez com que ocorrem mudanças físicas
e comportamentais na criança através das di ferentes fases de seu
desenvolvimento. Objetivo: Esse trabalho visa estudar o paciente
traumatizado infantil em número, sexo, gravidade e mecanismo de trauma
atendido pelo SAMU 192 Aracaju no ano de 2003. Metodologia: Nesse
trabalho foram analisadas as fi chas de atendimento do SAMU 192 Aracaju no
período de 2003 fazendo um estudo detalhado a respeito do paciente
pediátrico traumatizado (pacientes abaixo de 12 anos), colhendo dados como
sexo, idade, mecanismo de trauma , destino do paciente e tipo de viatura
utilizada. Resultados: O trauma pediátrico corresponde a 24 % do
atendimento a indivíduos menores de 12 anos e 12% do total de atendimentos
realizado pelo SAMU 192 Aracaju em 2003. Quanto ao mecanismo de trauma
as quedas constituíram 45% do atendimento.
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P148
A VIOLÊNCIA URBANA TRANSFORMA O PERFIL DO
ATENDIMENTO DE URGÊNCIA EM MATERNIDADE PÚBLICA DA
ZO NA OESTE DA CIDADE DE SÃO PAULO
Candido M, Nobumoto CT, Zambone GC, Abdo D, Taciro RE, Birolini D
Introdução:Em virtude da violênci a urbana cres cente e s em controle
adequados, hoje em todos os hospitais são atendidos pacientes vítimas de
trauma. Em nossa Maternidade, em virtude do atendimento cres cente destes
pacientes, houve necessidade de adequação e treinamento das equipes
médicas, enfermagem e administrativa para melhorar os atendimentos de
urgência e emergência das vítimas de trauma. Objetivo: Avaliar e comparar o
tempo do atendimento na sala de emergência, assim como o tratam ento
definitivo das lesões, com base nos critérios est abelecidos pelo A. T. L. S. –
Advanced Trauma Li fe Support, antes e após o treinamento das equipes
envolvidas. Material e Método: Foram avaliados 15.438 atendimentos
realizados no período de novembro de 2003 a junho de 2004, sendo que 758
pacientes foram vítimas de traum a e receberam o primeiro atendimento em
nossa Maternidade. Foram analisados os mecanismos de trauma, sexo e idade,
tipo de lesões tratam ento cirúrgico, necessidade de trans ferênci a e taxa de
mortalidade dentro da primei ra hora pós-trauma. Resultados: Em nosso
trabalho constatamos que o tipo de trauma mais comum foi queda acidental,
resultando em sua maiori a lesões de natureza leve, tendo sido o at endimento
restrito área de emergência. Nas vítimas cujos ferimentos impuseram risco de
vida, com necessidade internação, cirurgia e suporte de t erapi a intensiva, o
mecanismo de trauma mais freqüente foi ferimento por arma branca (FAB),
seguido de acident es automotivos e ferimento por arma de fogo (FAF), A
necessidade de trans ferênci a imediata para hospitais terci ários e quat ernários
fi cou restrita às lesões pólo cefálico com predomínio de TCE. Houve melhora
do atendimento aos pacientes, veri ficado na análise dos prontuários que
evidenciaram que o atendimento definitivo ocorreu dentro da primeira hora
pós-trauma para os pacientes tratados em nossa Maternidade. Conclusão: O
treinamento das equipes e a aquisição de mat eriais e equipam entos adequados
ao atendimento do pacient e traumatizado é uma conduta que deve ser adotada
por todas as instituições públicas que façam atendimento de emergência, pois
isto implica em rapidez no at endimento e direcionamento adequados para o
tratamento definitivo. Todos os esforços direcionados para agilizar e adequar
o atendimento ao traumatizado são justifi cáveis, independent es das dimensões
e características do hospital.
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PARTICIPAÇÃO DO SAMU 192 ARACAJU NA CORRIDA CIDADE
DE ARACAJU
Alves FS, Gonçalves MSS, Ramos B, Brasileiro FF, Costa MCM,
Barretto MXA
SAMU 192 Aracaju – SE
Introdução: A corrida Cidade de Aracaju é realizada anualmente em
comemoração ao aniversário da cidade.São percorridos 25 Km por corredores
de di ferentes faixas etárias e de várias localidades do Brasil.O SAMU 192
Aracaju (Servi ço de Atendimento Móvel de Urgência) foi responsável pelo
atendimento médico e de enfermagem prestado durante o evento. Objetivo:
Mostrar a importância de se montar uma infra-estrutura voltada à prestação de
Assistência Médica e de Enferm agem nas Urgências e Emergências durante
todo o tempo de duração da corrida. Metodologia: O s erviço m édico contou
com um quantitativo de 04 (quatro) viaturas, sendo 02 (duas) de Suporte
Avançado, 01 (uma) de Suporte Básico e 01 (um) carro rápido. RECURSOS
HUMANOS: 01 Médico; 01 Médico Coordenador; 02 Enfermeiros; 01
Enfermei ro Coordenador; 05 Auxiliares de enferm agem; 03 Estagiários (2
acadêmicos de medicina e 1 de enfermagem ), 01 Zeladora, 03 Motoristas
(ambulância), 01 Motorista (carro rápido), 01 Secret aria; Total de
Profissionais no Evento: 16. Resultados: Foram realizados 23 atendimentos
durante toda a corrida. Um desses foi efetuado pela USA (Unidade de suporte
Avançado) que acompanhava os corredores,enquanto os demais ficaram a
cargo da bas e avançada des centralizada Causa da procura pelo
atendimento:Hipotermia, Hipoglicemia, Desidratação, Outros (náuseas,
vômitos, tontura,etc.). Conclusão: Foi indiscutível a importância da presença
da base avançada no evento citado, pois lá os pacientes resolveram os
problemas que os acom etiam sem a necessidade de procurar hospitais,
diminuindo a sobrecarga, especialment e nos hospitais da rede publica,como
também proporcionando segurança e conforto a pessoas que estavam
participando ou assistindo ao evento.
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EU, CRIANÇA Q UEIMADA
Brito FPG, Araujo PVR, Lima DM
Universidade Federal De Sergipe - Aracaju/SE
O trabalho teve como participant es as crianças que se encontravam
hospitalizadas durante o período da coleta de dados e que se encaixass em
dentro dos seguintes critérios: tivessem sido vítimas de queimaduras;
estivessem incluídas nas faixas etári as compreendidas entre 4 a 12 anos e
apres entassem verbalização capaz de manter um diálogo. Foi desenvolvido
dentro de uma abordagem qualitativa, por se considerar que os conhecimentos
sobre os indivíduos só são possíveis a partir de sua própri a descrição de uma
experiência vivida. A pesquisa qualitativa preocupa-s e com os indivíduos e
com seu ambiente, sem que haja qualquer limitação ou controle imposto ao
pesquisador. O trabalho foi fundament ado dentro da perspectiva das
Representações Sociais que são esquemas organizadores das interpretações e
comunicações que possibilitam a compreensão do mundo soci al e orient am
nossas ações. Os dados foram coletados através de uma técni ca facilitadora de
expressão - o Desenho-Estória com Tema - que ao ser aplicado necessita de
diálogo entre o aplicador e o aplicando, fato que possibilitou que as cri anças
expressass em seus sentimentos em relação à queimadura, fornecendo
subsídios para se chegar as Repres entações que elas fizeram sobre essa
injúria. Foram trabalhados através da análise de Enunciação, pois este tipo de
análise possibilita perceber-se a dinâmica própri a de cada produção, ficando
esta livre de qualquer hipótese interpretativa antes de seu estudo intensivo.
Como resultado, constatou-se que existe na criança, a preocupação com sua
aparência física; que ela nega as lesões existentes em seu corpo; que teme e se
angustia durante a realização do procedimento curativo e que mantém viva, a
lembrança do ocorrido. Pode-se concluir que existe uma grande necessidade
da criança queimada de ser es cutada em sua dor e em sua preocupação por sua
aparência física atual, pela equipe de saúde, o que é pouco valorizado por
estes profissionais. Que o longo período de hospitalização geralmente
necess ário à recuperação das lesões priva a criança das suas atividades
normais a seu desenvolvimento, como brincar, correr, pular, escrever, etc, fato
que não encontra resposta dado ao baixo número de funcionários que
trabalham no setor e a carência de pessoas quali fi cadas para des envolver estas
atividades. E por fim, a satis fação de ter realizado esta pesquisa por se
acreditar que ela sej a um instrumento capaz de subsidiar um a melhor
qualidade na assistência a criança queimada.
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HIPOTERMIA ACIDENTAL POR SUBMERSÃO EM
RELATO DE 2 CASOS
Guiraldo RPA, Oliveira TB, Silva CAE, Baitello AL
Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto Hospital de Base
GELO:
Introdução: Hipotermia acidental é definida como uma diminuição não
intencional abaixo de 35°C. É considerada profunda quando a temperatura
atinge valores menores que 28°C, caus ando distúrbios circulatórios e
neurológicos, com alta mortalidade. A grande m aioria dos casos ocorre em
regiões frias, com idosos ou aventureiros em locais distantes. Objetivo:
Relatar 2 casos de hipotermia acidental relacionados a atividade profissional
ocorridos na cidade de São José do Rio Preto, noroeste do estado de São
Paulo, conhecida por suas altas temperaturas e que foram abordados com
técnicas di ferentes de reaquecimento interno Relato dos Casos: Caso: 1:
Paciente de 19 anos, sexo masculino, com história de queda em silo de gelo
no local de trabalho (peixaria), usando roupa isolante t érmica, permanecendo
por cerca de 5 horas. Chegou ao hospital consciente, com Glasgow de 14 e
temperatura esofágica de 28°C. Submetido a intubação traqueal e
encaminhado ao centro cirúrgi co para infusão peritoneal de soro aquecido.
Encaminhado à UTI com temperatura de 31,2°C evoluiu com extubação após
2 dias e alta hospitalar após 7 di as CASO 2: Paciente de 38 anos, masculino,
com história de queda no mesmo silo na tentativa de resgate do outro
paciente, sem uso de roupa isolante. Deu ent rada no hospital em parada
cardiorrespiratória, com temperatura esofágica de 17°C. Após manobras de
reanimação na emergência foi encaminhado para o centro cirúrgico para
realização de circulação extracórporea. Após manobras de reanimação por 6
horas e temperatura corporal de 36°C foi declarado o óbito. Conclusão: A
gravidade crescente da hipotermia produz um estado previsível de dis função
orgânica sistêmica e mani fest ações clínicas associadas. O manejo desses
pacientes di fere em diversos aspectos dos paci entes eutérmicos, desde o
atendimento inicial até as técni cas de reaquecimento externa e interna, com
indicações de acordo com a gravidade do quadro. Portanto conhecimento
avançado sobre hipotermia é pré-requisito para o atendimento otimizado.
Mesmo em localidades onde esse tipo de acidente é incomum, e
principalmente em hospitais de referência, é necessário que os profissionais
de saúde estejam familiarizados e prontos a lidar com o paciente hipotérmico.
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Q UEIMADURA POR BRONZEADORES “NATURAIS”
Samuel JTS, Tiago SB, Saturnino R, Alexandre M, Marcos F, Eduardo SSL
Liga de cirurgi a e traum a , Serviço de Cirurgia geral do Hospital das Clinicas
Costantino Otaviano Teresópolis, Rio de Janeiro.
Introdução: As queimaduras podem ser cl assi ficadas em quatro tipos
segundo os agentes causadores: queimaduras térmicas, químicas, elétricas e
por radiação. Destas as térmicas são as mais comuns, principalmente
causadas por líquidos aquecidos, em ambiente doméstico. As chamas por
combustão de álcool constituem outro subtipo das queimaduras térmicas,
assim como o contato com corpos aquecidos As queimaduras elétricas
também são muito freqüentes. As correntes de alta voltagem e amperagem da
rede de distribuição dos postes elétricos, caixas de força e outros costumam
atingir indivíduos jovens do sexo masculino, em sua fas e mais produtiva, e
constituem, na sua maioria, acidentes de trabalho. As queimaduras químicas
também atingem pessoas adultas na sua maioria, lidando com substâncias
químicas (ácidos ou bases fortes) s em o devido conhecimento ou m edidas de
precaução. A maioria dos acidentes envolvendo plantas acontece com cri anças
ou pessoas leigas que se dizem conhecedoras de sua atividade terapêutica.
Objetivo: Alertar dos perigos que det erminados agentes “ fototerápicos”
podem trazer aos usuários. Método: Relato de caso acontecido no hospital
municipal Duque de Caxias Resultados: Paciente feminina 25 anos deu
entrada na em ergência do HM DQ com quadro de queimaduras de segundo
grau em aproximadamente 70 % da superfí cie corpórea (regra dos 9),
poupando apenas face e área do biquíni. Relatava história de ter usado
bronzeador natural à base de óleo de figo, fi cando exposta ao sol por cerca de
3 horas. Ao exame físico apres entava -se agitada acianotica, anicterica
hipocorada, pulso de 130 bpm, PA 90 por 60 mmhg, anúrica. Foi estabelecido
dói acessos venosos peri féricos de grosso calibre com infus ão de 7.000 ml
(primeiras 8 horas) Cristalóide mais 7.000 nas 24 horas restant es(regra de
Parkland). Foi feita analgésica com morfina para lavagem e retirada do
“bronzeador”. Paciente evolui hemodicament e estável sem intercorrências,
tendo alta hospitalar 2 s emanas após sua internação. Conclusão: Atualmente,
o número de pessoas que se utilizam da fitoterapia como tratamento cresceu
bastante, devido ao relativo baixo custo destes produtos comparando-s e com
os demais. Muitas vezes as pessoas não são informadas dos riscos que estão
submetidas a usarem produtos sem orientação médica.
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UM CASO DE TÉTANO
Ângelo PDC, Tiago SB, Douglas TF, Alexandre M, Marcos F, Saturnino RN
Liga de cirurgi a e traum a , Serviço de Cirurgia geral do Hospital das Clinicas
Costantino Otaviano Teresópolis, Rio de Janeiro.
Introdução: O tétano, do grego contratura, é uma doença infecciosa aguda,
não contagiosa, causada pela ação das neurotoxinas produzidas pelo bastonete
gram-positivo Clostridium tetani, uma bactéria anaeróbica e formadora de
esporos, o que permite sua maior sobrevivência no meio ambiente. Sua
multiplicação é coadjuvada pela ação de substâncias oxirredutoras, podendo
assim contaminar feridas e em condições ideais passar da form a de esporo à
forma veget ativa, que é a produtora de exotoxina caus adora da doença: a
tetanospasmina. Objetivo: Relatar a falha em um atendimento que resultou
em um caso de Tétano. Método: Análise de literatura e relato de caso.
Resultado: SMT, Pardo, masculino, 49 anos, casado, pintor, natural e
residente em Teresópolis RJ. Em 18 de Janeiro de 2004 ele foi admitido no
Serviço de Emergência do Hospital de Clínicas de Teresópolis Costantino
Ottaviano (HCTCO) com trismo, rigidez da musculatura cervical e dis fagia
(sic). O paciente também apres entava hipertonia da musculatura paravertebral,
vindo a ocorrer opistótomo após punção lombar (Líquor claro). Segundo os
familiares este quadro de contratura evoluiu nas últimas 24 horas. Após
algumas horas de sua chegada naquele servi ço, começou a apres entar sinais de
disautonomia como taquicardia, hipertensão arterial, sudorese profusa e
hiperpirexia. Este pacient e apresentava ferida em face m edial de perna
esquerda por ferimento com fogos de arti fício, ocorrido nas festas de fim de
ano. A família também informou que ele fora atendido neste mesmo s erviço
para cuidar daquela ferida. Diagnosticado t étano generalizado gravíssimo,
cujo período de incubação foi longo. Foi internado no setor de Doenças
Infecto- Parasitárias, de onde foi trans ferido para a Unidade de Tratam ento
Intensivo devido ao quadro de insuficiência respiratória aguda. Apres entou
durante sua internação várias complicações como infecção s ecundária e
insuficiência renal aguda. No entanto evoluiu bem tendo alta hospitalar com
seqüela de est enose de traquéia. Conclusão: O tétano teve sua incidência
bastante diminuída após a segunda guerra mundial devido às campanhas de
vacinação. Com isso imaginava-se que seria extinta esta moléstia. No ent anto
nos países em desenvolvimento isto não é uma verdade. Desta maneira o
médico deve sempre est ar atento para esta patologia grave e potencialmente
fatal.
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21 a 23 de outubro de 2004
P154
DERMATITE BOLHOSA E NECROSE DE PELE POR USO DE
COLAR CERVICAL
Costa DH, Inácio Jr. W, Consani H, Amâncio Jr. M, Schleinstein HP,
Costa AL
Unidade Regional de Emergênci a – Conjunto Hospitalar de Sorocaba
A proteção da coluna cervi cal é indicada em todos pacientes
politraumatizados. A utilização de colar cervical semi-rígido é o método mais
comum de proteção cervical, devendo ser iniciada no local do trauma e durar
até serem excluídas quaisquer lesões da coluna cervical. A utilização
prolongada deste aparelho pode levar a necros e de pele por pressão, entret anto
o uso criterioso e at ento previne esta complicação. Apresentamos uma
paciente vítima de acidente automobilístico apresentando fratura de fêmur à
esquerda, lesão axonal difus a e suspeita inicial de lesão cervical. Na avaliação
inicial o Rx de coluna cervical foi indefinido, manteve - se então o colar e os
exames foram repetidos com resultado normal, proposto então a retirada do
colar e após 8 horas de uso apres entou eritema em toda região de contato do
colar com bolhas e algumas áreas de necrose de pele. Foi proposto o uso de
pomada a base de corticódes com regressão das lesões no 4º dia e cura no 31º
dia. O aparecimento de necrose por uso de colar cervical está associado com o
uso prolongado e a excessiva press ão deste na pele ainda como agravantes as
diversas caus as de hipovolemia no trauma, é em geral limitada à uma pequena
região. Neste pacient e o di agnóstico de dermatite bolhosa é proposto pelo
envolvimento de toda área em contato com o col ar e pelo curto período de
utilização. Esse tipo de lesão de contato é mais comum a processos reacionais
alérgicos da pele. O tratamento desse tipo de lesão pode ser tópico ou
sistêmico dependendo da extensão e gravidade das lesões, o uso de corticóides
é a principal arma para este fim.
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21 a 23 de outubro de 2004
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CHOQ UE ELÉTRICO – PROPOSTA DE PROTOCOLO DE
ATENDIMENTO EM CENTRO DE REFERÊNCIA EM TRAUMA
Flor VR, Collaço IA, Nasr A, Traya RH, Piechnik J, Futigami AY
Hospital do Trabalhador, Curitiba – Paraná
Introdução: No Brasil, segundo estatísticas de 1979 a 1993, ocorrem cerca de
mil mortes por ano em decorrência de acidentes provocados por correntes
elétricas1. Vítimas de choque elétrico possuem um a grande variedade de
manifestações clínicas devido à possibilidade de envolvimento de múltiplos
órgãos, variando desde lesões cutâneas leves até a morte1,2.. Objetivos:
Propor um protocolo de atendimento ao paci ente vítima de choque el étrico.
Materiais e Método: Foram analisados todos os prontuários de pacientes
admitidos no Hospital do Trabalhador no período de janeiro de 2002 a
dezembro de 2003. Coletaram -se dados referentes à idade, sexo, voltagem da
corrente, lesões associadas, exames complementares e evolução. Além disso,
foi realizada uma revisão da literatura e idealizado um protocolo de
atendimento ao paciente vítima de choque el étrico no Pronto Socorro do
Hospital do Trabalhador. Foram excluídos pacientes com idade inferior a 12
anos e pacientes que não tiveram abertos prontuários de internação.
Resultados: Foram identificados 9 pacientes com choque elét rico, sendo que
todos eram do sexo mas culino, com idades variando entre 13 e 39 anos
(média de 28,44 anos). O RTS variou entre 6,37 e 7,84. O ECG foi realizado
em todos os pacientes na admissão, sendo 88,9 % normais e 11,1 % alterados
(onda T invertida). Foi repetido em 33,3% dos pacientes, não sendo observada
alteração no padrão do ECG em relação ao da admissão. O CK-MB mostrouse alterado em todas as dosagens iniciais. Vinte e dois por cento dos pacientes
tiveram suas dosagens repetidas em 12 horas e 24 horas, com persistência das
alterações. O parcial de urina foi coletado em 66,7 % pacientes, não
apres entando alteração tanto na admissão como na evolução. Conclusão: Em
nosso serviço, apes ar de dispor de exam es complementares, muitos pacientes
poderiam apresent ar lesões causadas por choque elétri co que passari am
despercebidas devido à falta de padronização no at endimento dessas vítimas.
De acordo com a revis ão de literatura, sugerimos um protocolo de
atendimento.
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VI SBAIT
VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
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EMBOLIA GORDUROSA COMO COMPLICAÇÃO DO PACIENTE
POLITRAUMATI ZADO
Cardoso RG, Robson MC, Carneiro JLC
Universidade Severino Sombra- Vassouras, RJ
Introdução: Em politraumatizados e cirurgias ósseas de grande porte,
veri ficou-s e que 90% dos paci entes des envolvem embolia gordurosa
subclínica, que só é detectada na pesquisa de gotículas de gordura no sangue
e/ ou na urina.Cerca de 20% dos casos surgem no final do primeiro dia pós trauma e os 80% restant es a partir de 48 horas após o trauma. É observado no
prognóstico que há recuperação total dos doentes em 77% a 82% dos casos,
em rel ação das s eqüelas são obs ervados por ocasião de alta 3% a 7% e a
mortalidade hospitalar é de cerca de 16 % , dos quais somente 8% a 10 % são
atribuídos à síndrome e o restante é considerado em decorrência dos
traumatismos. Objetivos: Relatar caso clinico de um paciente vítima de
politrauma grave com múltiplas fraturas, em conseqüência de acidente
motociclistico com alto grau de violência , tendo com o complicação embolia
gordurosa . Método: Foi feita análise do caso do pacient e JRG do prontuário
152638 do Hospital Universitário Sul Fluminense de cidade de Vassouras - RJ
, juntamente com revisão bibliográfica , e com base no Conselho Federal de
Medicina por meio da resolução número 1480 de 8 de agosto de 1997.
Resultado: Paciente JRG,58 anos ,natural e residente em Engenheiro Paulo
de Frontin deu entrada no dia 14 do ano de 2004 , no pronto -socorro vítima
de acident e motociclístico trazido por ambulância ao Hospital Universitário
Sul Fluminense, na à admissão paciente estava lúcido orientado no tempo e no
espaço , glasgow 15/15 , pressão arterial 80/60 mmhg, apresentando fratura
exposta grau III de Gustilo e Anderson em perna esquerda e braço esquerdo
com perda óssea e fratura fechada de fêmur . Ao exame físico do aparelho
respiratório apres entava murmúrio vesicul ar positivo à direita e abolido à
esquerda. Foi realizada drenagem torácica, lavada peritoneal diagnóstico.
Após 6 horas pacient e foi submetido à cirurgia ortopédica corretiva, sendo
encaminhado logo após para o Centro de Terapia Intensiva. No segundo dia o
glasgow era de 10/15 e o paciente apresentava insufici ência renal aguda e
franca dispnéi a. No Terceiro dia o paciente m anteve o quadro e progrediu
para parada cardiorespiratória resultando em óbito no dia 17 de agosto de
2004. Realizado a necropsia foi constatado embolia pulmonar gordurosa.
Conclusão: O quadro típico da Síndrome da Embolia Gordurosa é encontrado
nos pacientes com grande transtorno que produziu múltiplas fraturas de ossos
longos.
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VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P157
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DOS CLIENTES ADMITIDOS NA
UTI DE UM HOSPITAL DE TRAUMAS
Comaru JL, Barreira KS, Rodrigues AMU, Andrade LM
Instituto Dr José Frota, Fortaleza – Ceará
Culturalmente a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é vista como uma
unidade para a qual são enviados os pacientes com maior gravidade com
chance mínima de recuperação. No entanto, esta visão não corresponde a
realidade na qual está inserida este s etor, pois um dos critérios atualmente
utilizados para trans ferência de clientes são as condi ções clínicas com
possibilidade de recuperação mediant e cuidados intensivos médi cos e de
enfermagem. A partir de nossa experiênci a em um hospital de emergência
referência no atendimento às vítimas de traumas, sentimos interesse em
desenvolver um estudos através do qual pudéssemos identi fi car os principais
aspectos epidemiológicos relacionados aos clientes admitidos neste s etor.
Trata-se de um estudo de caráter exploratório, retrospectivo com análise
quantitativa, realizado na UTI de um hospital público de emergênci as situado
na cidade de Fortaleza - Ceará, no período de junho e julho de 2004; como
amostra tivemos um total de 115 clientes admitidos no setor no período da
pesquisa. Após coleta os dados foram analisados a partir de tabelas e gráficos.
Os resultados nos apontaram que a maioria dos paci entes admitidos são do
sexo masculino (75,7%), nas faixas etári as de 21 a 30 anos (27%) e maiores
de 60 anos (26,1%), procedentes da capital (57,4%). O tempo de internamento
médio foi de 08 a 15 dias (25,2%); os principais motivos de internam ento
foram: Acidente vas cular cerebral (29,6%), politraumatismo (22,6%) e trauma
craniano (20%). Em relação às condições de alta, tivemos que a maioria
(54,8%) saiu por trans ferência para unidades de internação, no entanto 41,7%
evoluíram para óbito. Tais resultados nos fazem refletir da complexidade que
acompanha estes clientes e da responsabilidade dos profissionais que atuam
neste setor na assistência direta. Cabe a enferm agem uma atenção contínua e
sistemática com a finalidade maior de monitorar est es client es de form a a
evitar possíveis complicações (conseqüentes muitas vezes da circunstânci a do
internamento) e promover uma satis fatória recuperação e reintegração dos
indivíduos ao meio.
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VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P158
ANÁLISE DOS DISTÚRBIOS DE COAGULAÇÃO EM PACIENTES
PEDIÁTRICOS COM TRAUMATISMO CRANIENCEFÁLICO
ATENDIDOS EM UMA UTI DE REFERÊNCIA EM TRAUMA
Guerra SD, Temponi EF, Quintão VC, Lavall Jr. FJC, Ferreira CEF,
Andrade LFC
Hospital João XXIII - FHEMIG / Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil
Introdução: Traumatismo craniencefálico grave pode levar a distúrbios de
coagulação. Estes são decorrentes da liberação de tromboplastina parcial pelo
tecido encefálico lesado (des encadeando CIVD), ou de uma coagulopatia
dilucional pela reposição vol êmica maciça ou de hipotermia que inativa os
fatores de coagulação. Objetivo: Analisar a ocorrência de distúrbios de
coagulação em paci entes pediát ricos com traumatismo cranioencefálico
atendidos em uma UTI pediátrica. Material e Métodos: Estudo transversal,
descritivo, por meio de análise de prontuários de set embro de 1998 a agosto
de 2003. Resultados: 315 pacientes, sendo 219 (69,5%) do sexo masculino,
com média e mediana de idade de 7,8 anos. O tipo de trauma mais prevalente
foi o atropel amento com 141 (44,8%), seguido de acidente com motocicleta
com uso de capacete de 48 (15,2%). Duzentos e trinta e nove (75,9%) tiveram
distúrbios de coagulação. Foram realizados 182 (76,2%) exam es de tempo de
protrombina com médi a de 43,4 s egundos e m ediana de 44 s egundos. Foram
realizados 147 (61,5%) exames de t empo de tromboplastina parcial ativado
com média de 49,7 segundos e mediana de 38 segundos. Conclusão:
Distúrbios de coagulação são freqüent es pós TCE. Os médicos assistentes
devem pesquisá-los como objetivo de prevenir dano secundário ao encéfalo.
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P159
ANÁLISE DE DISTÚRBIOS GLICÊMICOS EM PACIENTES
PEDIÁTRICOS COM TRAUMATISMO CRANIENCEFÁLICO
ATENDIDOS EM UMA UTI DE REFERÊNCIA EM TRAUMA
Guerra SD, Temponi EF, Quintão VC, Lavall Jr. FJC, Ferreira CEF,
Ferreira AR
Hospital João XXIII - FHEMIG / Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil
Introdução: Distúrbios glicêmicos são causa conhecida de dano secundário e
lesões neurológicas agudas. No traum a, os pacientes podem apres entar
hiperglicemia devido a resposta neuro-endócrina-metabólica. Esta leva a
glicólise anaeróbica, com conseqüent e acidose l ática e agravamento do dano
cerebral. Há uma preocupação com os pacientes pediátri cos também quanto
aos riscos de hipoglicemia devido a escassez de substratos nessa faixa etári a.
Objetivo: Analisar a ocorrência e tipo de distúrbios glicêmicos em pacientes
pediátricos com traumatismo crani encefálico (TCE) atendidos em uma UTI.
Material E Métodos: Estudo transversal, descritivo, por meio de análise de
prontuários de setembro de 1998 a agosto de 2003. Resultados: 315
pacientes, sendo 219 (69,5%) do sexo mas culino, com média e mediana de
idade de 7,8 anos. O tipo de trauma m ais preval ente foi o atropelamento com
141 (44,8%), seguido de acidente com motocicleta com uso de capacet e de 48
(15,2%). Duzentos e nove (66,3%) pacientes apresent aram hiperglicemia. A
gravidade de TCE (escala de com a de Glasgow entre 3 e 8 – 144 pacientes)
correlacionou-s e diret amente com a ocorrência de hiperglicemia (p =
0,00001710). Conclusão: O trabalho reforça a importância do início de
infusões sem glicos e para paci entes vítimas de TCE seguido de monitoração
cuidadosa da glicemia capilar. Demonstra ainda uma complicação, com
significância estatística, entre a gravidade do TCE e a ocorrência de
hiperglicemia.
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21 a 23 de outubro de 2004
P160
PROTOCOLO BÁSICO DE ATENDIMENTO AO
Q UEIMADO EM HOSPITAIS GERAIS
Corral EZ, Cazado FP, Rocha NAV, Silva SS, Paranhos WY
Uni FMU, São Paulo, SP
GRANDE
Objetivo: Apresentar um protocolo básico de Atendimento ao Grande
Queimado para os pacientes atendidos em Hospitais Gerais e Pronto
Atendimento. Método: A pesquisa foi descritiva e bibliográfica, tendo como
campo a Biblioteca Regional de Medicina. A coleta de dados foi idealizada
em banco de dados LILACS e BDENF, onde foram utilizadas as seguintes
palavras chaves: Grande Queimado e Assistência de enfermagem ao grande
Queimado. Foram utilizados artigos nacionais dos últimos 15 anos.
Resultados: Protocolo: 1. Identificar sinais de obstrução de Vias Aéreas
Superiores, para que se possam inici ar as medidas de suporte ventilatório:
Oxigenoterapi a por máscara, entubação endot raqueal e suporte ventilatório
mecânico; 2. Cess ar o processo de queimaduras, removendo toda a roupa do
paciente com cuidado; 3. Acesso venoso calibroso. A presença de uma
superfície queimada, não deve impedir o cateterismo venoso, deve-se utilizar
de preferência, gelco de número 16 em uma veia peri férica e
preferencialmente em membros superiores, para evitar fl ebites e at é mesmo
trombose venosa. 4. Realizar sondagem Nasogástri ca, caso o paciente
apres ente náuseas, vômitos e /ou distens ão abdominal para drenagem de
conteúdo gástrico; 5. Lavar a área atingida com água corrent e ou soro
fisiológico pré-aquecido, evitando assim que o paciente perca calor; 6.
Remover as flict emas rompidas, mantendo íntegras as demais; realizar
curativo oclusivo com gaze embebida em vas elina líquida, envolvendo com
compressa estéril e atadura de crepe, tendo o cuidado para não comprimir o
local; 7. Realizar profilaxia contra o tétano e analgesia endovenos a, quando
houver estabilidade hemodinâmica e /ou quando houver indicação; 8. Os
exames complementares como radiografi as e el etrocardiogram a, devem ser
realizados quando solicitados; 9. Ao finalizar a assistênci a básica ao paci ente,
deve-s e realizar relatório de admissão, que deve ser encaminhado juntamente
com o mesmo para o hospital de referência de atendimento ao Grande
Queimado. Conclusão: Conclui-se que, com a elaboração do protocolo,
haverá um primeiro atendimento em hospital geral, de qualidade, diminuindo
as taxas de infecção e as seqüel as deixadas por conta das queimaduras, al ém
de proporcionar a equipe de enfermagem, menos habituada a assistir esse tipo
de paciente, uma maior segurança na realização das técnicas.
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21 a 23 de outubro de 2004
P161
CHOQ UE ELÉTRICO DE BAIXA VOLTAGEM: INCIDENTE DE
NEGLIGÊNCIA PESSOAL
Belezia BF, Dutra CC, Souza SD, Borges LMM, Duarte T, Mendonça WL
Serviço de Assistênci a Móvel de Urgênci a – SAMU; Hospital Municipal
Odilon Behrens Belo Horizonte/MG
Introdução: O paciente vítima de choque el étrico de baixa voltagem pode
evoluir com parada cardiorrespiratóri a em assistolia ou fibrilação ventricul ar.
A queda secundária nos obrigar a tratá-lo como politraumatizado.. A parada
cardiorrespiratória por choque elétrico é relacionada com melhor prognóstico
das manobras de reanimação. A maioria dos acidentes ocorre em domicílio ou
local de trabalho devido a negligência no manuseio da rede el étrica. Objetivo:
relatar 3 casos de acidentes com choque el étrico de baixa voltagem devido a
negligência no manuseio da rede elétrica. Método: rel ato de caso. Revisão de
literatura. Resultado: Três paci entes do s exo masculino vítimas de choque
elétrico de baixa voltagem, sendo dois deles no local de trabalho e um em
domicílio.Todos devido a negligência no manuseio da rede elétrica. O três
apres entavam-s e em assistolia e um deles com tamponam ento pericárdico
secundário ao trauma. Evoluíram para óbito apesar da manobras de
reanimação. Conclusão: em caso de choque elétrico de baixa voltagem,
desligar rede el étrica antes de manuseá-la é fundamental para sua prevenção.
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VI SBAIT
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P162
ÓRTESES E ADAPTAÇÕES EM CADEIRA DE RODAS NO
TRATAMENTO DE ÚLCERAS DE PRESSÃO
Lopes AJ, Martins MAA
ProFuncional - Fisioterapia, Órteses e Adaptações. Belo Horizonte – MG
Objetivo: Contextualizar a indicação e os benefí cios da utilização de órteses e
adaptações em CR como recursos para o tratamento de UP. Método: Revisão
bibliográfi ca. Resultados: Pacientes com dis função neurológica apresent am
risco aumentado de desenvolvimento de UP. Posicionamento inadequado,
déficit nos mecanismos de proteção e incapacidade de corrigir ativamente a
postura, favorecem sobrecarga em áreas de apoio. Acredita-se que o alívio de
pressão permita melhor circulação local, reduza a isquemia e favoreça
cicatrização da ferida. Outra vant agem da utilização desses recursos é manter
o indivíduo funcionalmente ativo e permitir a m anutenção do seu nível de
independência, inclusive para locomoção. Dessa forma, conseguimos evitar os
efeitos deletérios da imobilidade e evitar a restri ção de suas atividades sociais.
Em pacient es usuários de CR, as UP geralmente ocorrem em áreas de apoio
no assento e encosto. Adaptações confeccionadas em espuma que permitem
melhor distribuição de carga e com áreas de alívio de pressão nas adjacências
da ferida contribuem no tratamento de UP em regiões de apoio no ass ento e
encosto da CR em pacientes não-deambuladores. Deformidades estruturadas
ou dinâmicas no complexo tornozelo-pé, que são alterações freqüentes em
pacientes com seqüelas neurológicas, deslocam ou exarcebam os pontos
normais de pressão na planta dos pés durante a marcha. Assim, o uso de
palmilhas ou órtes es tornozelo-pé (tutor curto) com estribo confeccionadas
sob molde individualizado pode favorecer a recuperação de pacientes
deambuladores com UP. Além do molde correto, a escolha do material
adequado e o conhecimento da biomecânica da marcha são fatores essenci ais
para conseguirmos aliviar a pressão sobre o local da ferida e suas adjacências
e redistribuir a descarga de peso. Esta intervenção fisioterapêutica é
respaldada teori camente e, por sua relevância clínica, estudos são necessários
para m elhor avaliação da efi cácia desses recursos. Conclusão: Órteses e
adaptações em CR são recursos viáveis em reabilitação, que podem acelerar a
cicatrização de úlceras de pressão, reduzir recidivas e minimizar o impacto
negativo na funcionalidade e qualidade de vida do paciente com seqüela de
neurotraum a.
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21 a 23 de outubro de 2004
P163
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
APLICADA EM PACIENTES COM TRAUMATISMO CRÂNIOENCEFÁLICO
Lima MS, Canalli AC, Oliveira RR, Espada PC
Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto/SP
Objetivo: O objetivo deste t rabalho é identi ficar os di agnósticos de
enfermagem mais freqüentes do cliente portador de TCE, com suas
respectivas prescrições de enfermagem. Metodologia: O presente estudo
trata-se de u ma revisão de três artigos publicados em periódicos nacionais e
sites indexados na Internet além da revisão de dois livros. Os artigos e livros
revisados foram: Diagnósticos de enfermagem em cliente com (TCE) e em
seu familiar e/ou pessoa signifi cativa (R. Brás. Enferm. Brasília, v.49, n.4,
1996); Sistematização da Assistência de Enfermagem em uma Unidade de
Internação: desenvolvimento e implementação de rotei ro direcionador rel ato
de experi ência (Acta Paul. Enf. São Paulo, v. 9, n. 1,1996); Morbimortalidade
por traumatismo crânio-encefálico no município de São Paulo, 1997 (Arq
Neuropsiquiatr;58(1):81-89, 2000); Manual de diagnósticos de Enfermagem
(Carpenito) e Tratado de enfermagem médico-cirúrgico (Brunner&Suddarth).
Resultados: Dentre os artigos revisados podemos obter através de um estudo
de caso realizado que os principais diagnósticos de enfermagem encontrados
dentre a seriedade dos problemas enfrentados pelos clientes com TCE, vítimas
de acident es de trânsito foram: Eliminação tráqueo-brônquica ineficaz,
Potencial para aspiração, Mobilidade física prejudicada, Potencial para
infecção, Integridade tissular prejudicada e Ansiedade todas encont radas
caracterizadas por sinais e sintomas comuns dentre os pacientes com TCE. Os
problemas e dúvidas levantados dentre os enfermeiros, técni cos e auxiliares
de enfermagem revelaram no hospital que já implantou a SAE para
atendimento de pacient es com TCE, principalmente deficiências na realização
de exame-físico o que possibilitou a criação de um roteiro contendo os
principais tópicos a serem observados na realização desta atividade, bem
como itens que direcionavam a elaboração da evolução e prescrição de
enfermagem. Conclusão: Este estudo possibilitou uma visão mais ampla do
contexto que envolve o pacient e com TCE, bem como o destaque de
diagnósticos de enfermagem m ais comuns dentre os esses paci entes e de um
roteiro direcionador para facilitar o cotidiano do profissional de enfermagem
que lida com esse tipo de paciente.
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VI SBAIT
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21 a 23 de outubro de 2004
P164
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM TRAUMA
RAQ UIMEDULAR
Lima SM, Calicchio LCN, Crisol FC, Espada PC, Peres GRP
Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto – São José do Rio Preto/ SP
Objetivo: Através de uma revisão bibliográfica levant ar os principais
diagnósticos de enferm agem aplicados aos pacientes com trauma
raquimedular e as principais condutas implementadas. Método: O estudo teve
como referencial m etodológico a pesquisa bibliográfi ca descritiva, onde
foram feitas análises dos conteúdos pesquisados, a fim de obter um melhor
entendimento a respeito do assunto. Resultados: Constatou-se que os
pacientes com les ão medular fi cam realmente susceptíveis às complicações,
como infecções, bexiga neurogênica, íleo paralítico, priaprismo, trombose
venosa profunda, dis função sexual e outros. Foram encontrados os seguintes
diagnósticos de enfermagem para o client e com TRM: 1) Padrão Respiratório
ineficaz, rel acionado à fraqueza ou paralisia dos músculos abdominais e
intercostais e à incapacidade de depurar secreções; 2) Incapacidade para
manter a respiração espontânea, relacionado com a fraqueza dos músculos
intercostais; 3) Mobilidade física prejudicada, rel acionada ao
comprometimento motor e sensorial; 4) Alterações sensori ais perceptivas,
relacionadas ao comprometimento motor e s ensorial; 5) Risco de integridade
da pele prejudicada, relacionada a imobilidade e perda s ensorial; 6) Retenção
urinária, rel acionado à incapacidade de urinar espontaneament e;
7) Constipação intestinal, relacionado à pres ença de intestino atônico em
conseqüência da ruptura autonômica; 8) Dor e des conforto relacionados ao
tratamento e a imobilidade prolongada; 9) Disreflexia, relacionado a distenção
vesical e/ou intestinal; 10) Dis função sexual, relacionado á dis função
neurológica; 11) Adaptação prejudicada, relacionado ao impacto da disfunção
sobre a vida cotidiana; 12) Défi cit no auto-cuidado, ao prejuízo
neuromuscular. Conclusão: A realização deste estudo possibilitou-nos uma
visão mais ampla do contexto que envolve o cuidado ao paciente com lesão
medular. Acredita-se ser importante um programa de educação continuada em
enfermagem, de modo a garantir a atualização do conhecimento para toda a
equipe, das necessidades de cada pacient e e etapa pela qual está passando.
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VI SBAIT
VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P165
CONHECIMENTO
TEÓRICO
DOS
GRADUANDOS
DE
ENFERMAGEM: AVALIAÇÃO PRIMÁRIA NO A.P.H.
Paula RA, Faria FJ, Olcerenko DR
Hospital Santa Helena / UNIMED Paulistana.; Faculdade de Enfermagem
UNISANTOS – Santos/SP; Faculade de Enfermagem UNISA São Paulo/SP
Numa situação de urgência e emergência, a vítima não poderá receber os
cuidados adequados, se seus problemas não forem corretamente identi fi cados,
portanto, a avaliação do paciente é um procedimento utilizado por socorristas
para identi ficar possíveis lesões (traumas) e doenças (emergênci as médicas)
ou ambas. O presente estudo teve como objetivo identificar o conhecimento
teórico dos alunos de graduação de Enfermagem, a cerca da avaliação
primária no atendimento pré-hospitalar. Participaram do estudo alunos do 5º
semestre de graduação, que haviam tido a dis ciplina Atendimento PréHospitalar no 1º semestre do curso de uma Universidade privada da Cidade de
Santos. Trata-se de um estudo descritivo e exploratório, de método
quantitativo, realizado por meio de um questionário estruturado. Os dados
foram analisados utilizando-se da estatística descritiva os resultados obtidos
demonstraram que no geral os alunos dominam o conhecimento teórico sobre
a avaliação primária no atendimento pré-hospitalar fixo, mas necessitam de
maior conhecimento em rel ação à avaliação primária no atendimento préhospitalar móvel. Palavras chaves: Pré-Hospitalar Móvel; Avaliação primári a;
Graduandos de Enfermagem.
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VI SBAIT
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21 a 23 de outubro de 2004
P165e1
TRAUMA CERVICAL PENETRANTE ZONA II – ATUAÇÃO DO
SETOR DE FONOAUDIOLOGIA DO HOSPITAL JOÃO XXIII
Pereira RA, Paula EB, Drumond DAF
Hospital João XXIII
Objetivo: Avaliar a prevalência de dis foni a e dis fagia, bem como, seus sinais
e sintomas em pacientes com diagnóstico clínico de Trauma Cervical
Penetrante Zona II; Correlacionar a severidade do trauma ao grau de
comprometimento da dis fagia e dis fonia. Materiais e Métodos: Estudo
retrospectivo, descritivo, realizado no período de janeiro a outubro de 2003.
Amostra: 12 pacientes de ambos os s exos, com traum a cervical penetrante
Zona II (lesões que s e estendem da cartilagem cricóide ao ângulo da
mandíbula), encaminhados pel a Clínica de Cirurgia Geral e Trauma do
Hospital João XXIII – Rede FHEMIG. A intervenção fonoaudiológica
consistiu de anamnese, avaliação perceptivo-auditiva vocal, avaliação
funcional da deglutição segundo protocolo do setor de fonoaudiologia e
acompanhamento durant e o período de internação. Resultados: Dos 12
pacientes acompanhados pelo serviço de fonoaudiologia, 83,3% (n=10) foram
vítimas de lesão penetrante por projétil de arma de fogo (PAF) e 16,6% (n=2)
por perfuração por arma branca (PAB). Foram detectadas intercorrências de
vias aéreas em 8 pacientes, sendo que 87,5% destas acometeram hipofaringe,
seguida por 50% na laringe e 37,5% na traquéia. O sintoma de disfagia foi
constatado em 75% da amostra (n=9), configurando-se na m aioria,
comprometimento moderado (44,4%). A penetração laríngea e a aspiração
traqueal de diet a foi identi fi cada em 5 paci entes (41,6%). Já o sintoma de
disfonia foi evidenci ado em 83% da amostra (n=10). A intervenção
fonoaudiológica apresentou o número médio de 6 sessões e o tempo médio
necess ário para liberação da dieta, incluindo o tempo de dieta oral suspensa e
nutrição enteral, foi de 9 dias. Foi possível a liberação das consistências
líquida e pastosa para todos os pacientes até o momento da alta hospitalar. A
consistência sólida não foi liberada em 42% dos casos, fato justifi cado por
fratura de mandíbula que impossibilitava os movimentos mastigatórios e/ou
inadaptação funcional da deglutição. Conclusão: Haja vista a relevância dos
dados apresent ados, a fonoterapia pode ser indicada em pacient es que
apres entam trauma cervical penetrant e Zona II, com o objetivo de reduzir o
risco de intercorrências clínicas associadas à dis fagi a e dis fonia, tais como a
pneumonia aspirativa. É evidenciada a importância de pesquisas na área
descrita para validação cientí fica dos resultados.
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21 a 23 de outubro de 2004
P165e2
PERFIL DOS PACIENTES ATENDIDOS NA TRIAGEM DE
ENFERMAGEM DO PRONTO SOCORRO DO INSTITUTO
CENTRAL DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS
Manhães LS, Saleh CMR, Oya T
Divisão de enfermagem do HC -FMUSP
A triagem de enfermagem do Pronto Socorro do Instituto Central do Hospital
das Clínicas (PS-ICHC) foi cri ada para organizar a demanda espontânea que
procura atendimento médico, com intuito de favorecer as reais emergências. O
objetivo deste estudo foi conhecer o perfil dos paci entes at endidos pelos
enfermeiros na triagem de enfermagem deste serviço. Foram entrevistados
577 pacient es durante o mês de julho de 2002. Os resultados mostraram que
há um desvio no perfil dos pacientes que procuraram o serviço de emergência,
visto que aproximadamente 50% das queixas apresentadas foram classi fi cadas
como não agudas. Este resultado, transparece a situação política de saúde,
fazendo com que a população venha a procurar os servi ços de emergência,
como meio mais rápido para obtenção de atendimento médico especializado.
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VI SBAIT
VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P166
RESULTADOS
DO
TRATAMENTO
CONSERVADOR
DE
TRAUMATISMO ESPLÊNICO CONTUSO CONDUZIDO POR
PROTOCOLO EM SETOR HOSPITALAR DIFERENCIADO
Rezende-Neto JB, Nogueira B, Mello B, Marques C, Oliveira RG,
Drumond DAF
Introdução: O índice de sucesso do tratamento não operatório dos
traumatismos esplênicos contusos é próximo de 90%. Além dos fatores
inerentes às condi ções clínicas do pacientes, o grau da les ão esplêni ca e a
utilização de protocolos especí ficos influenci am o êxito do tratamento.
Objetivo: Demonstrar a evolução de pacientes com traumatismo esplênico
contuso tratados conservadoramente segundo protocolo pré-estabel ecido.
Método: Pacientes est áveis, de qualquer idade, com traumatismo esplênico
contuso, admitidos na sala de apoio ao traumatizado (SAT) foram conduzidos
de acordo com protocolo especí fico para les ão esplênci a. Resultados:
Quarent a pacientes (n=40) entre um de 67 anos (med. 23,5) foram admitidos
na SAT, com lesão esplênica entre dezembro de 2002 a dezembro de 2003.
Acidente de moto ocorreu mais freqüent emente 22,5%. O RTS médio foi
7,53. A maioria dos pacientes, 82,4%, apresentou lesão graus III e IV. A
média de internação destes foi de 6 dias. A pressão arterial sistólica média foi
120mmHg (min 90 e max 160 mmHg). Não houve diferença entre as pressões
e o grau da lesão. Febre (TAX 37,8ºC) ocorreu em 45,7% dos pacientes sem
relação com o grau da lesão. A temperatura axilar mais alta ocorreu em média
no sexto dia de internação. Lesões associadas ocorreram em 55,5% dos
pacientes s endo fratura em m embros e de costela à esquerda as m ais
freqüentes 22,5%. Hemotrans fusão ocorreu em 2 pacient es ambos com lesão
grau III. O valor médio da hemoglobina foi 11,4g/dl. O valor médio da análise
sérica foi 56U. Cinco pacientes falharam o tratamento conservador (FTC) e
foram operados (RTS médio 7,60); 2 com lesão grau III e 3 com lesão grau
IV, sendo que um dos pacientes com lesão grau IV foi a óbito (2,5%). O grau
que apresentou maior incidênci a de FTC foi o IV (27,3%). A m édia de
internação dos paci entes que FTC foi de 3 dias. Conclusões: O tratam ento
não operatório orient ado pelo protocolo proporcionou índice de sucesso de
97,5%, apesar da maioria dos pacientes apres entarem lesões graus III e IV. No
entanto, estes mesmos graus de l esão foram responsáveis pela maioria dos
casos de FTC. O período de internação de 6 dias foi menor do que a literatura.
As FTC ocorreram em média com 3 dias. Lesões associadas não contribuíram
para o insucesso do tratamento conservador, nem mesmo a press ão sistólica.
A SAT proporcionou ambiente seguro para a condução dos casos.
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VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P167
TRATAMENTO DO TRAUMA RENAL: CONSERVADOR NÃO
CIRÚRGICO VERSUS CIRÚRGICO
Motta DC, Scarpelini S, Matias CCMS, Marinho JL, Teixeira VM,
Moraes GAS
Unidade de Emergência do HCFMRP-USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil.
Introdução: A literatura apres enta um grande número de trabalhos acerca das
opções terapêuticas para o trauma renal. As comparações entre o tratamento
conservador não operatório e o cirúrgi co, muitas vezes demonstram as
vantagens da primeira opção. A dúvida que permanece é quais as condições
para se estabel ecer o melhor trat amento. Objetivo: Analisar as principais
características epidemiológicas e de gravidade dos traum atismos renais
atendidos na Unidade de Em ergência (UE) e submetidos a tratam entos
distintos em cinco anos consecutivos. Método: Foram analisados,
retrospectivamente, os prontuários de 120 paci entes que apres entaram
traumatismo renal, atendidos na UE, de 1998 a 2002, os quais permitiam a
identificação de características demográfi cas, tipo de trauma, etiologia, tempo
de hospitalização, mortalidade e complicações, além da avaliação da
gravidade bas eada no OIS, RTS, ISS e TRISS. Os casos foram divididos em 2
grupos: tratamento cirúrgico (grupo A) e trat amento cons ervador não
operatório (grupo B). Resultados: Nos dois grupos prevaleceu o sexo
masculino, 91,5% (A) e 85,7% (B) e a média de idade foi de 22,9 e 25,5 anos,
respectivamente grupos A e B. No grupo A, 35,2% correspondiam a
traumatismos fechados e 64,8% a penetrant es, enquanto no grupo B, 83,7% a
fechados e 16,3% a penetrant es. A etiologia mais freqüent e de lesões foi: para
o grupo A: ferimentos por arma de fogo (FAF) e arm a branca (FAB) 63,3%,
para o grupo B: acidentes automobilísticos com 51,5%. A permanência
hospitalar foi, em média, 11,2 e 5,4, respectivam ente grupos A e B. As
complicações atingiram 49,3% dos pacient es do grupo A, sendo pneumonia e
abscessos intra-abdominais os principais, e 10,2% dos pacientes do grupo B,
sendo bacteremia a principal. A classi ficação do grau de l esão renal baseada
no OIS foi, respectivament e grupos A e B: graus I a III 54,9 e 81,6%; graus
IV a V 45,1 e 18,3%. A média dos demais índices de gravidade foi,
respectivamente grupos A e B: RTS 6,42 e 7,16; ISS 25,33 e 13,89; TRISS
0,83 e 0,97. A letalida de foi de 20% para o grupo A e 0% para o grupo B.
Conclusão: Os índices de gravidade apont aram, em sua maioria, para maior
gravidade dos casos do grupo A, justificando a opção ci rúrgica. Contudo o
menor número de complicações e a baixa letalidade sugere que o tratam ento
conservador deva ser sempre cogitado como primeira opção terapêutica.
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VI SBAIT
VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P168
RUPTURA TRAUMÁTICA DA JUNÇÃO URETEROPÉLVICA APÓS
TRAUMA ABDOMINAL CONTUSO
Azevedo -Filho TV, Starling SV, Rezende-Neto JB, Leal PAON, Alves-Filho V,
Oliveira RG
Hospital João XXIII FHEMIG Belo Horizonte, MG
Introdução: Lesão renal ocorre em aproximadamente 10% dos pacient es com
traumatismo abdominal. Obtém-se êxito com o tratamento conservador da
maioria das lesões renais. O acometimento da região ureteropélvia causando
pequenos extravasam entos de contraste podem regredir espontaneament e ou
necessitarem de técni cas minimamente invasivas. Lesões complexas
necessitam de tratamento cirúrgico reconstrutor. Objetivo: R elatar caso de
ruptura traumática da junção ureteropélvica e revis ar métodos de tratamento.
Relato do Caso: Paciente 19 anos, masculino, vítima de queda de
motocicleta, atendido 30 horas após trauma com dor abdominal e
hemodinamicamente normal. Abdome distendido, doloroso à palpação no
dimídio direito e hematúria. US demonstrou líquido livre no espaço
hepatorrenal direito e hematoma peri-renal ipsilateral. A TC revelou lesão
grau IV do rim direito com extravas amento no nível da pelve renal e
hematoma peri-renal ipsilateral. A laparotomia notou-s e col eção de urina nas
zonas II di reita e I, parênquima renal preservado e desinserção da pelve renal
direita. Realizou-s e pieloplastia e nefrostomia m ais drenagem do
retroperitônio peri-renal. Pielografia no 21º DPO demonstrou passagem do
contratste pel a regi ão uret eropélvica sem extravas amento. Retirou-se a
nefrostomia no 30º DPO. Conclusão: A apresentação e o diagnóstico das
lesões urológicas são, com freqüênci a, tardios; mais de 50% delas sofrem
atraso de pelo menos 36 horas no diagnóstico. Apes ar disso, a maioria pode
ser tratada conservadoramente cont ribuindo para a redução do número de
nefrectomias por trauma. As l esões da região ureteropélvica, no traumatismo
contuso, ocorrem devido à tensão exagerada no pedí culo renal caus ada por
desaceleração do rim, relativamente móvel, em relação uret er, fixo no
retoperitôneo. Hematúria ocorre em apenas 60% dos pacientes, mas, a
combinação de hematúria e mecanismo de desaceleração denunciam lesão
ureteropélvica em 90% dos casos. A TC é o método usual para diagnóstico. A
maioria das lesões ureteropélvicas são parciais, sendo tratadas com o
posicionamento de stents por 6 a 8 s emanas. Rupturas complet as requerem
anastomose e colocação de stent na pelve renal e no ureter. Nefrostomia,
como no presente caso, ou a ureterocalicostomia, embora sejam utilizadas
com menor freqüência, são valiosas diante de lesões de difícil reconstrução.
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21 a 23 de outubro de 2004
P169
CORRELAÇÕES
ENTRE
A
INDICAÇÃO
DE
ESTUDO
RADIOLÓGICO E A GRAVIDADE DO TRAUMA RENAL CONTUSO
Nadai TR, Nunes MCM, Bezerra IM, Carvalho JB, Per eira Jr GA,
Scarpelini S
Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina
de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo - Ribeirão Preto - São Paulo
Introdução: A hematúria microscópica é um pobre indicador de lesão renal
significant e e que a investigação radiológica do trauma renal é recomendada
para todos os pacientes que apres entam hematúria macroscópica ou hematúria
microscópica com choque circul atório. O grau de hematúria não se
correlaciona com a gravidade da les ão renal e, principalmente, em l esões do
pedículo renal pode não haver hematúria macros cópica. A TC é o método de
imagem que melhor define a lesão renal e sua extensão. Objetivo: Nos
pacientes com suspeita de trauma renal submetidos a tomografia
computadorizada, avaliar a presença ou ausênci a de hem atúria m acros cópica
como indicador de estudo radiológico, correlacionando-os com a gravidade da
lesão renal. Metodologia: No levant amento retrospectivo dos 256 casos de
trauma renal contuso atendidos nos últimos 15 anos (1989-2003) na Unidade
de Emergência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medi cina de
Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo foram pesquisadas as indicações
de estudo radiológico nos pacientes que realizaram tomografia
computadorizada e o estadiamento da les ão renal pela Organ Injury Scaling
(lesões minor = graus I a III e l esões major = graus IV e V). Resultado: Nos
256 casos de trauma renal contuso atendidos, 164 deles (64,1%) apresentavam
hematúria macroscópica. Destes, 89 casos (54,3%) foram submetidos a TC. O
estadiamento da Organ Injury Scaling mostrou a seguinte distribuição: grau I 23, grau II - 20, grau III - 16, grau IV - 24 e grau V - 6, ou seja, 59 lesões
minor e 30 l esões major. Nos 256 casos de traum a renal contusos atendidos,
92 deles (35,9%) não apresent avam hematúri a macros cópica, sendo que
destes, 24 (26,1%) realizaram a tomografia computadorizada. O estadiam ento
mostrou a seguinte distribuição: grau I - 14, grau II - 8, grau III - 1 e grau V 1, ou seja, 23 lesões minor e 1 lesões major. Conclusão: A presença de
hematúria m acros cópica é o principal indício de trauma renal. Nos pacientes
com estabilidade hemodinâmica que não apresent am hematúria m acros cópica
e cujo mecanismo de trauma não sugere grande desaceleração é seguro que
não se faça a investigação radiológica destes paci entes na suspeita de trauma
renal.
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VI SBAIT
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21 a 23 de outubro de 2004
P170
EPIDEMIOLOGIA DOS TRAUMAS RENAIS ATENDIDOS NA
UNIDADE DE EMERGÊNCIA DO HCFMRP-USP
Matias CCMS, Scarpelini S, Marinho JL, Teixeria VM
Unidade de Emergência do HCFMRP-USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil
Introdução: O traum a renal é freqüentement e associado a quedas, acidentes
de transporte e ferimentos penetrantes. Nos últimos anos a sua abordagem tem
sido modificada, passando, cada vez mais, a ser embasada no tratam ento
conservador. Objetivo: Analisar as principais características epidemiológicas
e de gravidade dos t raumatismos renais atendidos na Unidade de Emergência
(UE) ao longo de 5 anos consecutivos. Método: Foram analisados,
retrospectivamente, os prontuários de 120 paci entes que apres entaram
traumatismo renal no período de 1998 a 2002. Foram identi ficadas as
características demográfi cas, etiologia (s egundo o CID Capítulo XX) e
gravidade (OIS, RTS, ISS E TRISS). Resultados: Dos 120 pacientes
atendidos no período, 89,2% eram do sexo mas culino e a média de idade foi
de 24 anos. 55% dos casos foram decorrentes de traumatismos fechados e
45% a traumatismos penetrantes. Os acidentes de transporte foram
responsáveis por 40% dos casos, enquanto 38,3% foram decorrent es de armas
de fogo. O tratamento ci rúrgico foi o mais empregado, 58,3%, enquanto o
conservador (não cirúrgico) correspondeu a 40,8% dos casos. A permanência
hospitalar foi em média 8,8 dias. As lesões do órgão foram classi ficadas (OIS)
entre os graus I a III em 65,9%, e entre os graus IV e V em 34,1%. As médias
dos outros índices de gravidade foram: RTS=6,71; ISS=20,66 e
TRISS=0,883. Conclusão: A análise retrospectiva dos traumatismos renais
atendidos na UE permitiu a identi ficação do sexo masculino e da faixa etária
precoce como população mais atingida, bem como a predominância de
traumatismos fechados em relação a penetrant es e da opção pelo tratam ento
cirúrgico em relação a conservador.
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VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P171
MORTALIDADE NO TRAUMA RENAL: CASUÍSTICA DE CINCO
ANOS DA UNIDADE DE EMERGÊNCIA DO HCFMRP-USP
Marinho JL, Scarpelini S, Teixeira VM, Matias CCMS
Unidade de Emergência do HCFMRP-USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil.
Introdução: A avaliação da qualidade do atendimento ao t rauma t em sido
muito debatida, sobretudo na literatura internacional. A análise crítica dos
óbitos ocorridos em cada serviço é parte fundamental da busca desta
qualidade. Objetivo: Avaliar as características clínicas e epidemiológicas das
vítimas fatais, com diagnóstico de trauma renal, atendidas na Unidade de
Emergência (UE) durante 5 anos cons ecutivos. Método: Foram analisados,
retrospectivamente, prontuários de pacient es que evoluíram com óbito e que
apres entaram trauma renal, atendidos na UE entre 1998 e 2002, identi ficando
características epidemiológicas, clínicas, da lesão renal (OIS) e da gravidade
do trauma (ISS, RTS e TRISS). Resultados: Do total de 120 casos de trauma
renal, foram observados 14 óbitos (11,7%). Destes, 50% foram decorrentes de
trauma fechado (todos por acidentes de transporte) e 50% de trauma
penetrant e (todos por arma de fogo). A média das idades dos óbitos foi de
21,8 anos e 85,7% dos paci entes eram do sexo m asculino. As médias dos
índices de gravidade foram: RTS de 4,45, ISS de 28,07 e TRISS de 56,86%.
Todos os 14 óbitos receberam trat amento cirúrgico na UE. A classi ficação
OIS para trauma renal foi: nenhum caso com grau I; 35,7% (5) dos casos grau
II; 35,7% (5) dos casos grau III; 7,1% (1) dos casos grau IV, e 21,4% (3) dos
casos grau V. Quatro pacient es (28,6%) foram internados em CTI, com uma
média de permanência at é o óbito de 16,2 dias. Cinco óbitos (35,7%)
ocorreram no Centro Cirúrgico, poucas horas após a admissão. O volume
médio de trans fusões sangüíneas foi de 3.562,5ml. O intervalo de tempo
médio entre a admissão e a cirurgi a foi de 53 min, e a permanência hospitalar
de 6,6 dias. Conclusão: A análise dos índices de gravidade e da etiologia
demonstra a grande complexidade dos casos, assim como a relação com a
violência urbana. O ISS acima de 28 sugere um grande número de lesões
associadas, não permitindo afirmar a respons abilização do trauma renal como
o único causador dos óbitos.
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VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P172
TRAUMA RENAL FECHADO: A EXPERIÊNCIA NO TRATAMENTO
CONSERVADOR NÃO OPERATÓRIO EM CINCO ANOS DE
CASUÍSTICA
Marinho JL, Scarpelini S, Teixeira VM, Matias CCMS
Unidade de Emergência do HCFMRP-USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil.
Introdução: Atualmente, a abordagem conservadora não operatória t em sido
indicada principalmente para as lesões renais de graus I a III (OIS), seguindo
a avaliação clínica e tomográfica. Porém, ainda há controvérsias quanto ao
tratamento das lesões graves. Objetivo: Apres entar a experiência da Unidade
de Emergência (UE) do HCFMRP-USP no tratamento conservador nãooperatório dos traumas renais fechados em 5 anos cons ecutivos. Casuística e
Método: Analisamos, retrospectivamente, pacientes com trauma renal
fechado, atendidos na UE entre 1998 e 2002 e tratados de maneira
conservadora não operatória. Foram identi ficadas as características
epidemiológicas, clínicas, gravidade da lesão renal (pelo OIS), da gravidade
do trauma (ISS, RTS e TRISS) e complicações. Resultados: Dos 66 traumas
renais fechados identi ficados, 41 casos foram trat ados de modo conservador
não operatório (62,1%). Destes, 85,4% eram do sexo mas culino. A média das
idades foi de 26 ± 15,1 anos (máximo de 80 e mínimo de 7 anos). A etiologia
seguiu a distribuição: 9 (22,0%) motociclistas, 9 (22%) por golpes, 8 casos
(19,5%) por atropelamento, 7 (17,1%) ocorreram por quedas, 4 (9,8%)
ciclistas e 4 (9,8%) por colisão entre veículos. As médias dos índices de
gravidade foram: RTS de 7,16, ISS de 14,17, e TRISS de 95,0%. A
classi ficação OIS para traum a renal foi: 12 casos (29,3%) grau I; 11 (26,8%)
grau II; 10 (24,4%) grau III; 8 (19,5%) grau IV, e nenhum caso grau V. Não
ocorreram óbitos no grupo estudado. 90,2% (37) dos casos não apres entaram
quaisquer complicações clínicas. A média de permanência hospital ar foi de
5,4 dias, variando de 0 a 27 dias. Conclusão: A experiência da UE demonstra
a eficáci a do tratamento conservador não operatório em traum as renais
fechados, principalmente em l esões de graus I a III. Embora em menor
número, obtive-se sucesso, também, em casos de lesões grau IV. As lesões
grau V, em nossa casuística, não foram passíveis de abordagem conservadora.
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VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P173
TRAUMA RENAL: ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE TRAUMAS
FECHADOS E PENETRANTES
Teixeira VM, Scarpelini S, Marinho JL, Matias CCMS
Unidade de Emergência do HCFMRP-USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil.
Introdução: As diferenças clínicas e anatômicas entre o trauma renal fechado
e penetrante têm sus citado propostas distintas de tratamento. O tratam ento
conservador est á bem est abelecido para as lesões fechadas e é questionado
para o ferimento penetrante. Objetivo: Comparar as principais características
epidemiológicas, gravidade de les ão, opções terapêuticas e complicações do
trauma renal fechado e penetrante, atendidos na Unidade de Emergênci a (UE)
em cinco anos consecutivos. Método: Foram analisados, retrospectivam ente,
todos os prontuários de trauma renal, atendidos na UE, no período de 1998 a
2002. Foram criados 2 grupos para análise: trauma fechado (grupo A) e
trauma penetrante (grupo B). Resultados: Houve predomínio do sexo
masculino nos dois grupos com 81,8% e 98,1%, grupos A e B
respectivamente. A média das idades foi de 24,9 (grupo A) e 22,8 (grupo B).
A gravidade da lesão renal (OIS) teve a seguinte distribuição: para o grupo A
I (21,2%), II (31,8%), III (19, 7%), IV (16,7%) e V (10,6%), e para o grupo B
I (7,4%), II (20,4%), III (29,6%), IV (31,5%), V (11,1%). As médias dos
índices de gravidade foram, respectivam ente grupos A e B: RTS 6,55 e 6,92;
ISS 18,82 e 22,92; TRISS 0,88 e 0,88 e OIS 2,63 e 3,18. A letalidade foi de
10,6% para o grupo A e de 13% para o grupo B. As complicações mais
freqüentes foram: a pneumonia (17,1%) no grupo A e a sepse (21,7%) no
grupo B. O tratamento cirúrgico foi instituído em 37,9% dos casos no grupo A
e 83,3% no grupo B. A média de permanência hospitalar foi de 8,7 e 9 dias,
respectivamente grupos A e B. Conclusão: Em ambos os grupos o adulto
jovem prevaleceu como principal vítima, contudo os índices de gravidade
mais elevados nos ferimentos penetrantes, possivelmente justifiquem a maior
letalidade e a adoção de tratamento ci rúrgico como principal terapêutica para
este tipo de lesão.
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VI SBAIT
VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P174
IMPACTO
DAS
LESÕES
TRAUMÁTICAS
ASSOCIADAS
DIAGNOSTICADAS NA TOMOGRAFIA COMPUTADORI ZADA NO
TRATAMENTO DO TRAUMA RENAL
Nunes MCM, Nadai TR, Bezerra IM, Malzone DA, Per eira Jr GA,
Scarpelini S
Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina
de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo - Ribeirão Preto - São Paulo
Introdução: A TC é um exame que permite melhor definição e estadiam ento
da lesão renal, podendo ainda, identi fi car lesões associadas. Possui acurácia
de 98%, sendo um exame muito sensível para indicar a presença de pequenos
extravas amentos, lesões vasculares, lacerações do parênquima e segm entos
avasculares. Objetivo: avaliar a pres ença e localização das lesões traumáticas
associadas nos casos de paci entes com suspeita de trauma renal que foram
submetidos ao estadiamento tomográfico, di ferenci ando os traumas renais
minor e major e o impacto na definição do tratamento cons ervador ou
cirúrgico. Metodologia: No levantam ento retrospectivo dos 127 casos de
trauma renal atendidos e submetidos ao estadiamento tomográfico nos últimos
15 anos (1989-2003) na Unidade de Emergênci a do Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo
foram pesquisadas a presença ou não e a localização das lesões traumáticas
associadas di agnosticadas na tomografi a computadorizada, comparando as
lesões minor (graus I a III) e lesões major (graus IV e V) e o tipo de
tratamento utilizado. Resultado: Nos 127 casos de trauma renal atendidos e
submetidos ao estadiamento tomográfi co, 58 (62,4%) das lesões minor e 15
(44,1%) das l esões major foram lesões renais isoladas. Destes, 8 pacientes
(11%), sendo 3 lesões minor e 5 lesões major, foram submetidos ao
tratamento cirúrgi co, sendo realizadas 5 nefrectomias totais (62,5%). Foram
diagnosticadas lesões associ adas em 35 pacient es (37,6%) com lesões minor e
19 (55,9%) com lesões major. Destes, 9 pacientes (16,7%), sendo 6 lesões
minor e 3 lesões major foram submetidos a cirurgia devido às lesões
associadas, sendo realizado também 2 nefrectomias totais. Os órgãos intraabdominais com lesões associadas m ais freqüentes foram o baço (45,3%) e o
fígado (32,15%). Conclusão: A presença de lesões intra-abdominais
diagnosticadas na tomografi a computadori zada durant e o est adiamento da
lesão renal é m ais comum em lesões renais m ajor. A presença dess as lesões
associadas podem influenciar na decisão terapêutica, no entanto, a grande
maioria dos casos pode ser tratada sem a necessidade de cirurgia.
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21 a 23 de outubro de 2004
P175
HEMATOMA
RETROPERITONEAL
POR
TRAUMATISMO
ABDOMINAL FECHADO. RELATO DE CASO
Motta DC, Scarpelini S, Cardoso JB, Stracieri LDS, Gomes MA
Unidade de emergência do HC FMRP - USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil.
Introdução: As lesões retroperitoneais geralmente agravam o prognóstico em
politraumatizados e seu diagnóstico deve ser cogitado em pacientes com
trauma fechado e sobretudo em ferimentos penetrantes. A conduta frente aos
hematomas retroperitoneais di fere consideravelment e, na dependência dos
mecanismos do trauma, estado hemodinâmico, localização e lesões
associadas. Objetivos: Relatar um caso de hematoma retroperitoneal por
traumatismo fechado de abdom e com apresent ação t ardia. Material e
Métodos: Revisão de prontuário, revisão bibliográfi ca, documentação
fotográfica. Relato do caso: Paciente de 29 anos, masculino, com dor
abdominal localizada no mesogástrio, anorexia, náuseas e vômitos. Relato de
agressão há 2 meses, com vários golpes em região abdominal, evoluindo
desde então com os sintomas descritos, que se agravaram progressivam ente.
Ao exame, mostrava-se pálido, hemodinamicament e compens ado, fácies de
dor intensa, emagrecido, desidratado (+++/4), ictérico (+++/4), sem febre.
Presença de edema frio e indolor de membros inferiores at é coxas. O abdome
era tenso, voluntariament e, doloroso à palpação profunda em meso e
epigástrio, ruídos hidroaéreos present es, sem sinais evidentes de irritação
peritoneal. Referia eliminação de gases e fezes. Exames l aboratori ais
alterados: Hb = 7,2; Ht =15%; Bilirrubinas totais = 14 (com predomínio de
diretas). A TC revelou volumosa lesão expansiva peri pancreática com
preservação do contorno do pâncreas, rechaçando vísceras adjacentes e a US
com Doppler demonstrou compressão da veia cava. Foi indicada laparotomia
sendo encontrado hematoma retroperitoneal organizado em zona 1 (central
superior) o qual foi explorado, com saída de grande quantidade de coágulos.
Sem outras lesões. O paciente evoluiu com normalização dos níveis de
bilirrubina, remissão do edema de membros inferiores, persistindo apenas
com íleo prolongado. Alta hospitalar no 12º dia de pós-operatório. Discussão:
Comprometimento retroperitoneal rel acionado a traum atismos pode
evidenciar-se pela presença de hematoma de evolução lent a, levando a
sintomas compressivos, exigindo exploração cirúrgica. Esta pode não
evidenciar sangramento ativo e uma das causas do sangramento inicial pode
estar relacionada com a ruptura traumática do músculo Psoas. A evolução
pós-operatória pode cursar com íleo prolongado. Deve-se est ar atento a
possíveis complicações como abscessos e ressangramento no pós-operatório.
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21 a 23 de outubro de 2004
P176
FRATURA DO PÊNIS COM LESÃO URETRAL – RELATO DE CASO
E REVISÃO DE LITERATURA
Guerra FAT, Custódio DS, Camilo TA, Lorenzini AM, Ramos MF
Serviço de Urologia do Hospital Felício Rocho – Belo Horizonte – MG
Introdução: Apesar de ser uma entidade relativament e freqüente apenas cerca
de 300 casos de fratura peniana são descritos na literatura. Apres entamos um
caso de fratura peniana durante coito com lesão de uretra associada e
realizamos extensa revisão da literatura acerca do tema. Discussão: Durante a
relação sexual a espessura da túnica vaginal reduz- se consideravelmente, o
que favorece s eu rompimento após traumas relativam ente simples. A lesão
associada de uretra constitui-se em entidade pouco comum, acomet endo cerca
de 10% das fraturas peni anas. Conclusão: O tratamento da fratura peniana
realizado precocemente está associ ado a menores índices de dis função erétil.
A lesão uretral deve ser lembrada como entidade associada a ess e tipo de
trauma.
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21 a 23 de outubro de 2004
P177
TRATAMENTO DO PSEUDOCISTO DE MOREL-LAVALLÉE APÓS
TRAUMATISMO CONTUSO – RELATO DE CASO
Rezende-Neto JB, Neves FAC, Cançado RH, Oliveira RG
Equipe Trauma-One Hospital Mater Dei, Belo Horizonte, MG
Introdução:Lesões dos tecidos moles são comuns em pacientes
politraumatizados e podem resultar na formação de col eções do tipo
pseudocisto de Morel -Lavallée. Objetivo: Relatar um caso de pseudocisto de
Morel-Lavallée e conduta adotada. Relato do Caso: Paciente do sexo
feminino, 62 anos, vítima de acidente automobilístico (capotamento) quatro
meses antes do di agnóstico. O acidente provocou fraturas do ísquio esquerdo
e do quarto ao sétimo arcos costais ipsilateral, com contusão pulmonar e
hemotórax. Houve lesões corto contusas na região frontal e pé esquerdo, além
de hematoma na região trocant érica esquerda (RTS = 7,47; ISS = 22; TRISS
=.92). A paciente evoluiu com formação de coleção líquida (350 cm3 ),
dolorosa, na topografia do trocânter mairo esquerdo. Foi realizado um total de
seis punções (a primeira guiada por ultra-sonografi a), a cada sete dias, com
intuito de esvaziar completamente a coleção. Obterve-se inicalmente líquido
sero-hemorrági co e em seguida s eroso sem bactéri as. Não havendo êxito com
punções repetidas optou-se pela intervenção cirúrgica onde notou-se necroso
focal do tecido adiposo adj acent e às paredes laterais do pseudocisto, as quais
foram dissecadas do tecido adiposo normal circunjacente. Não havia plano de
clivagem entre o assoalho do ps eudocisto e a aponeuros e do músculo tensor
da fascia lata, portanto, a região foi es cari fi cada com bisturi. Em seguida,
suturou-se o tecido adiposo norm al remanes cente sobre a área escari fi cada e
procedeu-se à drenagem por aspiração contínua. O exam e histológico da peça
cirúrgica demonstrou parede fibrosa com proli feração vascular e infiltrado
inflam atório crônico. A superfí cie interna era revestida por substância
fibrinóide, firbinoleucocitária e sangue. Não havia sinais de neoplasia.
Conclusão: Morel-Lavallée descreveu a form ação de pseudocisto póstraumático no tecido subcutâneo pela primeira vez em 1853. A incidência do
pseudocisto de Morel -Lavallée é maior no sexo feminino, talvez porque as
mulheres acumulam mais tecido adiposo na região da nádega e raiz da coxa.
O mecanismo fisiopatológico envolve a ruptura dos septos do tecido adiposo
dani ficando a ancoragem deste à pel e. Assim, forma-se uma cavitação na qual
a migração de gordura, s angue e linfa são encapsulados. Pelo fato de não
haver plano de clivagem entre o assoalho do pseudocisto e o tecido
subjacente, é fundamental a es cari fi cação deste, visando criar superfície
absortiva mais efi caz.
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VI SBAIT
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21 a 23 de outubro de 2004
P178
ESTRANGULAMENTO PENIANO POR ANEL DE AÇO: COMO
TRATAR?
Melo GVR, Fáscio Jr. FN, Paiva CS, Bernardo PLA, Luporini RL, Portes TA
Depto. de Cirurgia e Serviço de Urologia do Hospital de Base da FAMERP
Introdução: Relatamos um caso de encarceram ento peniano por anel
metálico, necessitando da utilização de alicate pneumático para sua retirada.
Relato de Caso: Um homem de 44 anos de idade, cas ado, deu entrada no
serviço de Urologia do Hospital de Base com história de, há três dias, ter
colocado um anel de rolamento metálico na base do pênis, sem ter conseguido
retirá-lo. O pênis apresentava-s e extremament e edemaciado, acianótico, com
anel metálico em sua bas e promovendo presença de es caras, não havia dor e
urinava sem di ficuldades. Para retirada do anel, o paciente foi submetido a
raquianest esia e sedação, sendo utilizado alicat e pneumático de alta pressão
cuja intensidade foi control ada por al avanca manual de alta precisão,
resultando na fragmentação do rol amento em três partes e sem haver lesão do
órgão, num tempo inferior a 1 minuto. Discussão: Em seu artigo de revisão
van Ophoven e de Kernion (2000), mostraram que a inserção de corpo
estranho aplicado no pênis foi rel atada pela primeira vez em 1755 por Gautier,
e isso desafia a imaginação e inclui todo o tipo de objeto. Michel Mooreville e
Menachem Meller referem que o material pres ente no encarceram ento
peniano geralment e é espesso requerendo ferrament as industriais para
removê-los. O caso em questão se tratava de uma les ão em grau 2 em que se
encontrou lesão de pele sem evidênci a de lesão de uretra. Hoje vári as técnicas
são utilizadas para a retirada de corpo estranho do pênis, como serrar o anel
metálico, utilizando-se de furadeira de alta rotação com broca diam antada ou
serras denteadas, e esqueletização do pênis com retirada do anel. Em nosso
serviço, após rever essa literatura e certi fi car-se que dispúnhamos de todas
esses recursos, foi primeiro tent ado a utilização de alicat e pneumático de alta
pressão, sendo efetivo no tratamento em questão e mostrando-se como uma
boa solução para o problema, pressuposto que o material do anel não deforma,
mas sim quebra (fragment a) quando submetido a grandes pressões.
Conclusão: Após classificação do tipo de lesão apres entada pelo paciente e
reconhecimento do tipo de anel metálico responsável pelo estrangulam ento
peniano, concluímos que a retirada do mesmo com a utilização de alicate
pneumático é uma boa alternativa para o trat amento da injúria em questão,
visto que é de rápida execução, evita intervenções ci rúrgicas agressivas e
conseqüentem ente diminui o risco de morbidades e previne complicações
inerentes às cirurgi as penianas.
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21 a 23 de outubro de 2004
P179
LESÃO POR EMPALAMENTO – RELATO DE CASO
Rezende-Neto JB, Lopes RLC, Barroso MB, Oliveira RG, Babo PR,
Drumond DAF
Hospital João XXIII FHEMIG Belo Horizonte, MG
Introdução:Lesões por empalamento ocorrem quando objetos alongados
atravess am cavidades corporais ou as extremidades, permanecendo muitas
vezes, in situ até o atendimento médico. O tipo de lesão produzida assemelhase tanto aos traumatismos penetrantes como os contusos, tal a intensidade da
energia necessárias para produzir as lesões. A literatura médica sobre o
assunto é escassa, com métodos de tratamento baseado em experiências
individuais. Objetivo: Relatar um caso de empalamento e revis ar as
particularidades do tratamento. Relato do Caso: Paciente masculino, 45 anos,
trabalhava es cavando cisterna com ferramenta de met al, cilíndrica,
pontiaguda, de 2,5 m de comprimento e 7 cm de espessura, sofreu queda de
aproximadament e 3 m sobre a ferram enta, que se encontrava fincada no fundo
da cisterna. Devido ao tamanho e a localização do objeto, o paciente foi
transportado ao hospital em decúbito ventral, com colar cervical e oxigênio
por máscara facial. (RTS=7,83; ISS=29;TRISS=98). À retossigmoidoscopia,
observou-se lesão trasnmural do reto, de aproximadamente 3 cm, que à
laparotomia medi ana, acometia somente a porção extra-peritoneal. Realizouse sigmoidostomia em alça com lavagem do coto dista. Alta hospilar ocorreu
no 10º dia. Conclusão: Os empalamentos são divididos em 2 tipos: Tipo I:
resulta do impacto do corpo contra um objeto imóvel. São freqüent es em
indivíduos que sofrem quedas em “ canteiros de obras”. Não é raro ocorrer
também em acidentes automobilísticos quando há ejeção de ocupant es do
veículo, os quais são empalados por objetos à beira da via. Tipo II: resulta do
impacto de um objeto em movimento contra o corpo estacionário. A maioria
destas lesões ocorre na região anogenital como resultado de pervers ão sexual
ou estupro. Medias específicas devem ser tomadas nas várias etapas do
tratamento de pacientes de empalamento. O objeto causador deve ser
manipulado o mínimo possível, caso seja muito grande, poderá ser seccionado
próximo do nível da pele para facilitar o transporte do paciente. A retirada do
objeto no local não deve s er feita e exames de imagem pré e per-operatórios
servem para orientar a t ática cirúrgica. A realização de incis ão tipo
“ fistulotomia”, conectando os locais de entrada e saída do objeto, pode ser
empregada. São fundamentais os cuidados com a ferida caus ada pelo objeto,
incluindo desbridamento e lavagem rigorosos além de trocas diárias de
curativos e antibióticos.
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21 a 23 de outubro de 2004
P180
ABORDAGEM NUTRICIONAL NA PANCREATITE TRAUMÁTICA
Lucena OCFN, Macedo S, Amorim J, Calou E, Gomes B, Melo B, Mayumi C
Serviço de Cirurgia Geral e do Trauma – Hospital da Restauração, Reci fe–PE
Introdução: A pancreatite traum ática é uma entidade distinta, bem definida,
que se origina após lesão localizada da glândula provocada por manus eio
cirúrgico, traumas contusos ou abertos que não provocam solução de
continuidade no parênquima. Não apres enta exteriorização imediata ao trauma
e com o diagnóstico retardado pode evoluir para complicações. A utilização
da CPER parece está contribuindo com o aumento das pancreatites
traumáticas. A preocupação nutricional faz parte na conduta desses pacientes
já que muitos apresentaram vários dias para a normalidade enzimática da
glândula lesada. A evolução para a desnutrição é mandatória quando não
utilizado o suporte nutricional. Objetivo: Avaliar o início da nutrição nos
pacientes com pancreatite traumática rel acionando com a forma do acesso
nutricional e a gravidade da doença. Método: Método ret rospectivo. Foram
avaliados os prontuários dos pacient es com diagnóstico de pancreatite
traumática tratados por um dos autores entre janeiro 2002 e janeiro 2004.
Teve como objetivo a correlação etiológica, idade, índice de gravidade
(RANSON, APACHE e RTSI), acesso nutricional e o início da diet a. A
morbimortalidade foi inferida com os índices e rati ficada na observação.
Resultados: O estudo demonstrou 6 pacientes (3masc / 3 fem) com a idade
variando de 22 a 72 anos (m édia – 46,6). Quanto a etiologia: pós-CPER (1),
pós-operatório (3), trauma contuso (2). Todos apresentavam Glasgow > 3 e
APACHE > 8 (pancreatite aguda severa). OCTSI (CT severity index) também
foi utilizado e apresentou valores que variou de 2 a 9 (média = 6), isto é, com
a morbimortalidade média de 35%. A nutrição parenteral foi mandatóri a em
todos (100%), No entanto, o acesso ao trato digestório ocorreu
simultaneamente em 90% dos casos. A jejunostomia (2 casos) e a SNE (2
casos) foram utilizadas. Em apenas 1 caso a NPT foi exclusiva. Não foi
utilizado octreotídeo em nenhum caso. O óbito ocorreu em 2 casos (pósCPER e um dos casos do pós-operatório: 72 a e CTSI de 9). Conclusão: A
preocupação nutricional naqueles pacientes que sabidamente apres entaram
grande gasto energético (trauma, infecção) deve fazer parte do pens amento do
cirurgião que aborda as l esões traum áticas do pâncreas para tentar diminuir a
complicações metabólicas – nutricionais tão comum nesses pacientes
complexos.
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VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P181
LESÃO URETERAL BILATERAL POR PROJÉTIL DE ARMA DE
FOGO
Felicio OSC, Borges AM, Raphe R, Felicio HSC, Costa RR, Lopes JB
Divisão de Cirurgi a do Trauma e Emergência Hospital Municipal do C ampo
Limpo, São Paulo-SP
As lesões de ureter por proj étil de arm a de fogo(PAF) são raras, acometem o
ureter unilateralmente em 2,2 a 5% dos casos. A les ão ureteral bilateral
geralmente é iatrogênica e não é relatada na literatura secundári a a PAF.
Relatar um caso de lesão ureteral bilat eral por PAF de diagnóstico tardio.
Paciente EAS, 22 anos, masculino. Deu entrada no pronto socorro vítima de
múltiplos ferimentos por PAF em dorso. Foi atendido conforme os conceitos
do ATLS e submetido a exploração cirúrgica do abdômen. Durant e ato
cirúrgico foi encontrada lesão seromuscular na transição reto-sigmóide. O
retroperitônio não foi explorado devido a ausênci a de hematomas ou col eções
visíveis. Evoluiu com anúria, distensão abdominal e elevação dos níveis de
uréia e creatinina. Foi realizada tomografia computadorizada evidenciou a
presença de contraste livre na cavidade peritoneal através da análise de
densidades. Indicada nova laparotomia com identifi cação de lesão ureteral
distal bilateral. Realizado reimplante direto ureteral bilateral com molde. O
paciente evoluiu com queda progressiva dos níveis de uréia e creatinina. O
trauma ureteral é de di fícil reconhecimento e 50% dos casos tem diagnóstico
tardio. O reimplante ureteral direto representa uma adequada solução. Obs:
este resumo deverá substituir o ant erior, conforme ori entação recebida por email.
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VI SBAIT
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P182
A ASSOCIAÇÃO DE LESÃO DO TRATO URINÁRIO COM LESÕES
COLOPROCTOLÓGICAS POR PROJÉTIL DE ARMA DE FOGO
INFLUENCIA NO TRATAMENTO CIRÚRGICO? EXPERIÊNCIA DE
142 CASOS
Spagnul SJT, Filho DR, Cavalcante AG, Dantas FP, Mendes JMR
Fundação Educacional Serra dos Órgãos – Teresópolis/RJ
Objetivo: Analisar se a pres ença de lesões associadas influencia na decisão
do reparo primário das estruturas do aparelho urinário nas lesões penetrantes
de abdome por PAF. Método: Estudo retrospectivo, com 142 casos de trauma
abdominal por PAF com envolvimento do trato urinário, no período de
janeiro/95 a dezembro/00. Os doentes foram separados em 2 (dois) grupos,
aqueles com les ão colorretal associada (G 1) e sem les ão colorretal associada
(G 2). A idade variou de 10 a 57 anos. Resultados: No G1 houve 53 pacientes
(37,3%), sendo que 31 apres entaram lesão renal (37,3% de todas as lesões
renais), 16 lesão vesical (37% de todas as lesões de bexiga) e 6 lesão de ureter
(33,3% de todas as lesões ureterais). As lesões renais foram tratadas com
nefrectomia total em 45,2% dos casos, nefrectomia parcial em 6,3% dos casos
e apenas rafi a da les ão em 48,4% dos casos. Nas lesões ureterais 2 casos
foram tratados com uret eroneocistostomia e 4 casos com anastomose términoterminal. Todas as lesões vesicais tiveram apenas reparo com rafi a primária.
As lesões de intestino grosso foram t ratadas com rafi a primária em 47% dos
casos e com colostomia proximal em 49% dos casos. Quando comparado com
G2, onde as lesões renais foram tratadas com nefrectomia total em 41,9%,
nefrectomia parcial em 6,3% e rafia da les ão em 51,8% não houve di ferença
estatística significativa (p > 0,05). Discussão: A reconstrução do trato urinário
quando associado a lesões colorretais é controversa e raramente se encontram
lesões isoladas. A presença de fístula Reno-colônica complicando o pósoperatório de reparo primário do intestino grosso após lesão abdominal por
PAF foi descrita por Melvim3. Velmahos defende que quando há lesão
ureteral associada a traumatismo abdominal com les ão de intestino grosso, a
anastomose primária não deve ser realizada1. A lesão ureteral é uma
importante causa de necros e e fístula complicando o trauma geniturinário. Em
nosso estudo não foi observada di ferença signifi cativa de G1 com G2, no que
tange às complicações imediatas. Conclusão: Nosso estudo demonstrou não
haver di ferenças signi ficativas nas t axas de complicações quando avaliados
pacientes com trauma geniturinário acompanhados ou não de l esão colorret al
e concluímos que o reparo adequado das estruturas do trato urinário não deve
ser alterado pel a presença de lesão colorretal associadas.
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VI SBAIT
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P183
SUCESSO
NO
TRATAMENTO
CONSERVADOR
NÃO
OPERATÓRIO DO TRAUMA RENAL PENETRANTE: 12 CASOS
Nunes MCM, Nadai TR, Bezerra IM, Malzone DA, Per eira Jr. GA,
Scarpelini S
Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina
de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo - Ribeirão Preto - São Paulo
Introdução: O tratamento não-operatório para lesões de órgãos
parenquimatosos em casos de trauma abdominal contuso e para casos
selecionados de ferimentos por arm a branca, encorajou a mesma conduta em
pacientes com ferimentos por arma de fogo. Apes ar do risco de lesão
associada em mais de 95% dos casos, tal condut a passou a s er adotada no
subgrupo de pacientes sem penetração da cavidade peritoneal, que algumas
vezes pode ser clinicam ente óbvia e, outras vezes, requer a confirmação
através de exames de imagem, particularmente, a tomografia
computadorizada. Objetivo: Avaliar os casos de pacientes com trauma renal
penetrant e que foram submetidos a estadi amento tomográfico e tratados s em
cirurgia. Metodologia: No levantamento retrospectivo dos 118 casos de
trauma renal penetrant e atendidos nos últimos 15 anos (1989-2003) na
Unidade de Emergênci a do HC da FMRP-USP foram pesquisados os
pacientes com lesões penetrantes que realizaram TC, tiveram as lesões renais
estadiadas pela Organ Injury Scaling (l esões minor = graus I a III e lesões
major = graus IV e V) e foram tratados sem cirurgia. Resultado: Nos 118
casos de traum a renal penetrante, 12 deles (10,2%), igualmente divididos
entre ferimentos por arm a branca e arma de fogo, foram submetidos a TC
devido a falta de sinais óbvios de peritonismo, proximidade da loja renal e
presença concomitante de hematúria macros cópica (66,7%). O estadiam ento
da Organ Injury Scaling mostrou a seguinte distribuição: grau I - 1, grau II - 3,
grau III - 6, grau IV - 2, ou sej a, 10 lesões minor e 2 lesões m ajor. Todos os
pacientes foram submetidos, com sucesso, ao tratamento conservador não
operatório com t empo médio de internação de 3,5 di as. Conclusão: No
tratamento não operatório em casos selecionados de traum a renal penetrante,
o adequado est adiamento tomográfico da extens ão da lesão renal e a exclusão
de outras l esões intra-abdominais associadas têm papel fundam ental na
segurança para a condução dos casos. Embora esta modalidade de tratam ento
tenha sido mais comumente adotada em casos de ferimentos por arma branca,
por haver menos lesões intra-abdominais associadas e menor necessidade
trans fusional, é também s egura em casos sel ecionados de traum a renal por
arma de fogo.
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P184
TRAUMA RENAL PENETRANTE: ANÁLISE DE 5 ANOS DE
ATENDIMENTO
NA
UNIDADE
DE
EMERGÊNCIA
DO
HCFMRP-USP
Teixeira VM, Scarpelini S, Marinho JL, Matias CCMS
Unidade de Emergência do HCFMRP-USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil.
Introdução: A lesões penetrantes do abdome tem aumentado
proporcionalment e ao cres cimento da violência urbana no Brasil. Em Ribeirão
Preto, as agressões interpessoais, em especial ferimento por arma de fogo, se
tornaram a principal causa de óbito no ano de 1995. Objetivo: Descrever as
principais características epidemiológicas, tratamentos realizados e
complicações decorrentes do trauma renal penetrante em vítimas atendidas na
Unidade de Emergênci a (UE), em 5 anos consecutivos. Método: Análise,
retrospectiva, dos casos de trauma renal penetrante, atendidos na UE no
período de 1998 a 2002, em bus ca de dados demográfi cos, procedimentos
realizados, complexidade das lesões (OIS), gravidade do traum a (ISS, RTS e
TRISS) e complicações. Resultados: Dos 54 casos analisados, houve evidente
predomínio do sexo masculino, com 98,1% dos casos. A média de idades foi
de 22,8 anos. As lesões decorrentes de ferimentos por arma de fogo
contabilizaram 85,2% e ferimento por arma branca, 13%. As lesões renais,
segundo o OIS, seguiram a distribuição: I (7,4%), II (20,4%), III (29,6%), IV
(31,5%) e V (11,1%). As médias dos índices de gravidade foram: RTS=6,92,
ISS=22 e TRISS 0,88. Houve 13% de óbitos. As complicações ocorreram em
39,9% dos casos, sendo a sepse a m ais freqüente (21,7% das complicações).
O tratamento cirúrgico foi instituído em 83,3% dos casos. A média de
permanência hospitalar foi de 9 dias. Conclusão: A análise retrospectiva dos
casos de trauma renal penetrante permitiu caracterizar o homem jovem como
o mais afet ado. O predomínio das agressões interpessoais denot a a relação
com a violência da Cidade. O t ratamento cirúrgico preval eceu, certamente
pela complexidade dos casos, e possivelmente por lesões abdominais
associadas.
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VI SBAIT
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21 a 23 de outubro de 2004
P185
TRATAMENTO CONSERVADOR NÃO OPERATÓRIO DO TRAUMA
RENAL PENETRANTE: A EXPERIÊNCIA DA UNIDADE DE
EMERGÊNCIA DO HCFMRP-USP EM CINCO ANOS
Marinho JL, Scarpelini S, Teixeira VM, Matias CCMS
Unidade de Emergência do HCFMRP-USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil.
Introdução: O tratamento conservador não operatório para ferimentos
penetrant es pode s er adotado com sucesso, auxiliado pela tomografia
computadorizada e outros exam es complem entares. Contudo ainda existem
controvérsias quanto à seleção dos casos passíveis deste tipo de tratamento.
Objetivo: Apres entar a experiência da Unidade de Emergência (UE) do
HCFMRP-USP no tratamento conservador não-operatório dos traumas renais
penetrant es em 5 anos cons ecutivos. Método: Foram analisados,
retrospectivamente, pacientes com trauma renal penetrante, atendidos na UE
entre 1998 e 2002, os quais foram submetidos a t ratamento conservador não
operatório. Foram identi ficadas características epidemiológicas, clínicas, grau
de lesão do órgão (OIS) e da gravidade do trauma (ISS, RTS e TRISS).
Resultados: Do total de 54 casos de traum as renais penetrantes, apenas 8
receberam tratamento cons ervador não operatório (14,8%). A média das
idades foi de 23 anos (máximo de 30 e mínimo de 17 anos). Cinco casos
(62,5%) foram decorrentes de ferimento por arm a de fogo e 3 (37,5%) por
arma branca. As médias dos índices de gravidade foram: RTS de 7,17, ISS de
12,5 e TRISS de 99,1%. A classificação OIS de lesão renal, realizada at ravés
do exame tomográfi co, foi: 2 casos (25%) grau I; 2 casos (25%) grau II; 3
casos (37,5%) grau III; nenhum caso de grau IV e 1 caso era grau V. Não
ocorreram óbitos no grupo estudado e nenhum paciente necessitou internação
em CTI. Apenas um paciente apresentou complicações clínicas (pneumonia e
bacteremia). Também apenas um caso exigiu trans fusão sangüínea de
6.596ml. A média de permanênci a hospitalar foi de 5,4 dias, variando de 1 a
27 dias. Conclusão: Apesar da necessidade de novas análises, este trabalho
demonstra a eficácia do tratamento cons ervador não operatório para casos
selecionados de trauma renal penetrante, principalmente em lesões de graus I
a III. Existe ainda a possibilidade deste tipo de tratamento em traumas mais
graves, quando bem estudados e monitorados.
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21 a 23 de outubro de 2004
P186
TRAUMA RENAL: ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DAS VÍTIMAS
SUBMETIDAS A TRATAMENTO CIRÚRGICO NA UNIDADE DE
EMERGÊNCIA DO HCFMRP-USP
Matias CCMS, Scarpelini S, Marinho JL, Teixeira VM
Unidade de Emergência do HCFMRP-USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil
Introdução: Embora o tratamento cons ervador tenha s e estabelecido, nos
últimos anos, como um padrão para o trat amento do trauma renal, em
inúmeras situações a cirurgia ainda é a opção mais segura, sobretudo na
instabilidade hemodinâmica e nos ferimentos penetrantes. Objetivo: Analisar
os principais aspectos epidemiológicos e a gravidade dos paci entes com
traumatismo renal que foram submetidos a tratamento cirúrgi co na Unidade
de Emergência (UE), ao longo de cinco anos consecutivos. Método: Foram
analisados, retrospectivamente, os prontuários de 71 pacient es atendidos na
UE, de 1998 a 2002. Observou-se o gênero, faixa etária, tipo de trauma,
etiologia segundo CID (capítulo XX), perm anência hospitalar, mortalidade e
complicações, além da avaliação da gravidade baseada no OIS, RTS, ISS e
TRISS. Resultados: Foi observada uma prevalênci a do sexo mas culino
(91,5%) sobre o feminino (8,5%). A média das idades foi de 22,9 anos. Os
traumas penet rantes (64,8%) foram mais freqüentes que os fechados (35,2%),
e predominaram os ferimentos por arma de fogo (FAF) e arma branca (FAB)
com 63,3%, sobre acidentes de transporte (35,3%) e golpes ou pancadas
(2,8%). Os pacientes permaneceram em média 11,2 dias hospitalizados. As
complicações ocorreram em 49,3% dos pacientes, sendo pneumonia e
abscessos intra-abdominais as mais freqüentes. As lesões do órgão foram
classi ficadas (OIS) entre os graus I a III em 54,9%, e entre os graus IV e V em
45,1%. As médias dos demais índices de gravidade foram: RTS (6,42); ISS
(25,33) e TRISS (0,83). Por fim a mortalidade apresent ada foi de 20%.
Conclusão: Na indicação do trat amento cirúrgico predominaram vítimas de
traumas penetrantes, principalmente FAF e FAB. A mortalidade observada foi
de 20% e cerca de metade dos pacientes apresentaram algum tipo de
complicação pós-cirúrgica, provavelmente decorrente da complexidade dos
casos demonstrado pelos altos índices de gravidade.
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21 a 23 de outubro de 2004
P187
LESÕES RENAIS EM FERIMENTOS PENETRANTES TORACOABDOMINAIS: EXPERIÊNCIA DE 2 ANOS EM HOSPITAL
SECUNDÁRIO
Quintas ML , Teixeira FJR, Gerace ES, Gonçalves VJ, Ferro FRC
Serviço de Cirurgia Geral e do Trauma do Hospital Geral de Pedreira. ACSC.
São Paulo. SP
Introdução: Os ferimentos toraco-abdominais representam uma grande
preocupação ao cirurgi ão de emergênci a e geralmente não é possível a
avaliação pré-operatória adequada das lesões renais que podem levar à
formação de fístulas e a hemorragia por necrose tissular tardia. Objetivo:
Estudo epidemiológico das vítimas de ferimento penetrante tóraco-abdominal
que apres entaram no intra-operatório lesões renais. Métodos: Estudo histórico
de 09 vítimas de ferimentos penet rantes tóraco-abdominais atendidas no
Serviço de Cirurgia Geral e do Trauma do Hospital Geral de Pedreira no
período entre janeiro de 2.002 a dezembro de 2.003 e que possuíam no intraoperatório l esões renais isoladas ou associadas. Tal estudo levou em conta
análise univariável de fatores: Sexo, idade, atendimento pré-hospital ar,
mecanismo de trauma, índices de t rauma (RTS, ISS, TRISS), tempo de
internação, a classi ficação quanto ao grau das lesões e o tratam ento realizado.
Resultados: Predominaram vítimas do sexo masculino (n= 8), 88,8 %, com
idade entre 17e 35 anos, na sua maioria das vezes trazidas ao pronto socorro
por populares (55,5%). O principal mecanismo de trauma foi arma de fogo
(77,7%), seguido por arma branca (22,2%) e nenhum por trauma fechado. Ao
exame físico no at endimento inicial (56,1%) apresentavam sinais de irritação
peritonial e (100%) apres entavam hematúria macros cópica. O RTS (Revised
Trauma Score) variou ent re 7.841 e 6.904, o ISS (Injury Severity Score) entre
4 e 16 e o TRISS (Trauma Revised Score - Injury Severity Score) entre 99.3%
e 97.4%. O tempo médio de internação foi de 4,1 dias. No inventário da
cavidade evidenciou-s e hemoperitônio em 88,2 % das vítimas e múltiplas
lesões (68 %) sendo identificadas as lesões de grau I em 11,1%, grau II em
22,2 % , grau III em 55,6 % e grau IV em 11,1% Em relação ao tipo de
tratamento optou-s e predominantemente por nefrectomia polar, s endo o polo
inferior o mais acometido 44,4%, nefrectomia total em 33, 4% seguida de
drenagem da cavidade abdominal em 76,6 %. Conclusão: Poucas vezes a
conduta, em caso de paciente com lesão penetrante renal, é conservadora. Os
ferimentos toraco-abdominais associ ados à l esão renal s ão um des afio para o
cirurgião de emergênci a tal a complexidade das lesões, sendo evidenciados
em nosso serviço e confirmados quando comparados com a literatura mundial.
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21 a 23 de outubro de 2004
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TRAUMA DE GENITÁLIA EXTERNA MASCULINA POR ARMA DE
FOGO: RECONSTRUÇÃO IMEDIATA
Belezia BF, Lopes LG, Miranda FGG, Silvério RCS, Gualberto RJC
Serviço de Cirurgia Geral de Emergênci a – Hospital Municipal Odilon
Behrens – Belo Horizonte - Minas Gerais
Introdução: Os traumas isolados de genitália ext erna masculina por arma de
fogo são pouco comuns e podem caus ar morbidade elevada, apesar da baixa
mortalidade. Objetivo: Relat ar 2 casos de t rauma de genitália mas culina por
arma de fogo. Método: Relato de 2 casos. Resultado: Dois pacientes do sexo
masculino, vitimas de agressão por arma de fogo, hemodinamicamente
estáveis e sem outras lesões associadas. O primeiro apresentou lesão de uretra
peniana que foi reconstruída imediat amente após a avaliação primári a. O
segundo apres entou lesão testicular também reconstruída em seguida e de
uretra posterior tratada por cistostomia supra púbica. Ambos evoluíram sem
intercorrênci as. Conclusão: o trauma por arma de fogo de genitália masculina
deve ser abordado imediat amente após o seu acontecimento a fim de se evitar
morbidade elevada.
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21 a 23 de outubro de 2004
P189
LESÃO PENETRANTE EM PERÍNEO POR CHIFRADA DE
BOVINOS EM RODEIOS
Magnabosco WJ, Fernandes G, Guiraldo RPA, Luporini RL, Baitello AL,
Espada PC
Serviço de Cirurgia do Trauma do Hospital de Base de São José do Rio Preto
Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP) - SP
Introdução: Acidentes traumáticos envolvendo bovinos/eqüinos são comuns
em nossa região, principalment e nos meses de junho a setembro, época em
que a prática de rodeios é freqüente. Entre estes se encontra a lesão penetrante
em períneo provocada por chi frada de bovinos, tema es cassam ente abordado
na literatura m édica até o momento. Propósito: Relatar a ocorrência de 3
casos de lesão penetrante em períneo por chi frada de boi em rodeios num
período de 5 meses. Métodos: Foram analisados retrospectivamente os
prontuários de 3 pacientes atendidos devido a chi fradas de boi em região
perineal na emergência do Hospital de Base (HB) de São José do Rio Preto no
período de março a julho de 2003. Estes prontuários foram avaliados quanto
aos dados epidemiológicos, condição hemodinâmica, exame físico na
admissão, procedimento cirúrgico e tratamento clínico utilizados na
terapêutica, evolução clínica e complicações. Resultados: O paciente do caso
3 no qual não foi realizado a ostomia, não evoluiu com infecção local. O
paciente do caso 1, foi submetido a uma transversostomia de proteção,
evoluindo com boa cicatrização da ferida, com reconstrução do trânsito após 2
meses. Em contrapartida, o paciente do caso 2 evoluiu com fístula colônica
após a reconstituição do trânsito, o que levou a des agradável morbidade.
Seqüelas tardias também podem ocorrer devido a essas lesões, como
incontinência anal ou a estenos e ano-ret al ou até m esmo a impotênci a sexual
em homens, o que não ocorreu em nossos pacientes. É acons elhável a
realização da manometria ano-retal para se veri ficar a continência antes de um
a reconstituição do trânsito. Conclusão: A literatura recente sugere uma
avaliação individual no trat amento de lesões anorret ais, devido à
complexidade das mesmas. Assim, o compartilhamento da experiência entre
os serviços de casos pouco comuns como a lesão períneo para a chi frada de
boi favorece a decisão terapêutica dos profissionais de saúde, principalmente
daqueles que t rabalham em regiões nas quais a agropecuária e a prática de
rodeios são atividades habituais.
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21 a 23 de outubro de 2004
P190
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE CRIANÇAS ATENDIDAS POR
Q UEIMADURA EM HOSPITAL DE PRONTO SOCORRO DE BELO
HORIZONTE
Caires VV, Leme NP, Ribeiro LA, Sander FH, Zocrato JRM
Hospital João XXIII – Belo Horizonte – MG
Introdução: Queimaduras constituem alguns dos traumas mais graves que
podem ocorrer em cri anças. Mesmo com a sobrevivência física, as cicatri zes,
as contraturas e a distorção da imagem culminam na “ morte social”.
Conseqüentemente, uma agressão física dess as proporções representa um
problema merecedor da atenção de toda a sociedade. Devido à importância
social e à escass ez de estudos brasileiros sobre o tema, é relevant e um estudo
no Hospital João XXIII, FHEMIG, Belo Horizont e, centro de referência para
o tratamento de queimaduras em Minas Gerais. Objetivo: Des crever o perfil
das crianças atendidas por queimaduras no período de janei ro a junho de
2003. Métodos: Estudo de corte transversal, em que os dados foram coletados
no arquivo do hospital. Foram consideradas apenas as crianças com idade
entre 0 e 15 anos incompletos. As variáveis analisadas foram idade, sexo,
procedência, local da ocorrênci a do trauma, trat amento antes do at endimento
no HPS, atendimento prévio em serviço de s aúde, suspeita de agressão,
regiões queimadas, dia/hora do trauma, dia/hora de entrada no HPS, tempo de
trauma, grau da queimadura, agente causador, superfí cie corporal queimada e
conduta após o atendimento inicial no HPS. Resultados: A maioria das 387
crianças atendidas era do sexo m asculino, menor de 6 anos de idade e
proveniente da região metropolitana de Belo Horizonte. Os líquidos aquecidos
foram os principais agentes responsáveis pelas lesões. As queimaduras de 2o
grau foram as mais comuns e as regiões mais afetadas foram os membros
superiores, o tórax/abdome e os membros inferiores. O ambiente
intradomiciliar foi o local mais freqüente. Conclusão: A maioria das
queimaduras poderia ser prevenida. Entretanto, no Brasil, programas de
prevenção de acident es são escassos. Os temas enfocados nesse estudo são os
meios que podem s er us ados no planejamento de estratégias de mudanças,
tendo em vista as circunstâncias nas quais as queimaduras ocorreram.
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P191
ÍNDICES DE GRAVIDADE E M TRAUMA: DIFERENÇA ENTRE ISS
E NISS
Whitaker IY, Gennari TD
Depto. de Enfermagem – Universidade Federal de São Paulo/SP; Centro
Universitário das Faculdades Metropolitanas Univdas – São Paulo/SP
O Injury Severity Score (ISS) tem sido o índice mais utilizado para avaliar a
gravidade do traum a de paci entes com múltiplas lesões. Apesar da ampla
utilização do ISS, observam-s e algumas limitações que podem resultar em
subestimação da gravidade do trauma. Com o surgimento do New Injury
Severity Score (NISS), observaram-se dis crepâncias importante na gravidade
do trauma, ou sej a, entre os escores ISS e NISS, de um mesmo paciente, em
razão da metodologia utilizada. Assim, o objetivo deste estudo foi det erminar
a diferença entre os escores ISS e NISS de pacientes de trauma internados em
um hospital universitário. A população do estudo foi constituída de 1533
pacientes de trauma admitidos consecutivamente no Pronto-Socorro do
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo (HCFMUSP), no ano de 1998. Tratava-s e, predominant emente, de
adultos jovens do sexo masculina (80,24%) e média de idade 30 anos (DP=
14,48). O trauma contuso foi o mais freqüente(67,06%), seguida de trauma
penetrant e (26,81%). A mortalidade hospitalar foi 14,48%.Tendo como fonte
de dados, o prontuário do paciente e o laudo de necropsia daqueles que
morreram, para cada um foi calculado o ISS e o NISS com base no manual
Abbreviated Injury Scale 1990 revision - update 98. Para veri ficar a
magnitude das di ferenças entre o ISS e o NISS, comparou-se os es cores
conforme o tipo de trauma e entre sobrevivent es e não sobreviventes. A média
do ISS foi 12,49 (DP= 12,72) e a m édia do NISS foi 16,99 (DP=17,60). Os
escores foram idênticos em 47,75% dos pacientes e discrepant es em 52,25%.
Em todos os casos com os escores discrepantes, o NISS foi mais el evado que
o ISS. O NISS identificou 42,47% de pacientes com trauma importante,
enquanto o ISS identificou 34,18%. De acordo com o tipo de trauma,
veri ficou-s e que a médi a do ISS e do NISS em trauma contuso foi 13,08 e
17,66, respectivamente. Em trauma penet rante a média do ISS foi 11,98 e do
NISS 17,26. O escores ISS e NISS dos sobrevivent es foi 9,01 e 11,91, e dos
não sobreviventes 33 ,06 e 47,02, respectivamente. Os resultados permitiram
concluir que, aplicando-se o NISS foi possível identificar um maior número
de paci entes com trauma importante, independente do tipo. A limitação deste
estudo relaciona-se ao fato de ter sido analisada a população de, somente, um
hospital brasileiro.
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P192
VIGILÂNCIA
EPIDEMIOLÓGICA
DOS
VIOLÊNCIAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Andrade LM, Andrade FMM, Rodrigues AMU
ACIDENTES
E
A partir de nossa experiência em uma unidade de vigilância epidemiológica
de um hospital público t erci ário de em ergência referência no atendimento às
vítimas de acidentes e violências, situado na cidade de Fortaleza - Ceará,
encontramos nas unidades de emergência e unidades de internação, um
número elevado de clientes vítimas de acident es e violências e, por
conseguinte, sentimos interesse em investigar os aspectos epidemiológicos
referent es a este grupo. Trata-se de um estudo de caráter descritivo,
desenvolvido em um hospital de emergências, junto a equipe de vigilância
epidemiológica. Primeiramente foi elaborada uma fi cha de investigação
epidemiológica para acidentes de trânsito no ano de 2002, no ano seguinte
elaborou-s e outra fi cha para monitoramento dos outros tipos de acidentes e
violências (Ex. agressão por arma branca, espancamento, etc.), no ano de
2004, ampliamos a fi cha de investigação de acidentes e violências
consolidando as duas anteriores em uma única. A partir de cada uma destas
fi chas tivemos condições técnicas para avaliarmos as características
epidemiológicas dos clientes que buscam nosso serviço. Com os resultados
das pesquisas desenvolvidas mediante a ficha de investigação expomos estes a
outros serviços, os quais, como o que estamos inseridos também se
preocupam com estas ocorrências. Dest a forma m antemos um elo com a
finalidade de redução dos atuais índices de acident es e violências em nosso
estado. Concluímos que, a proporção de mortes evitáveis no Brasil é, com
toda probabilidade, muito elevada, em grande parte tal panorama deve-se à
precariedade das estruturas disponíveis para promover a prevenção, o
atendimento e a reabilitação do traumatizado, pois acreditamos que se as
várias instituições relacionadas à problemática em questão (hospitais, escolas,
órgãos gerenciadores do trânsito, secretarias de saúde estadual e municipais,
entidades de classe, etc.), se unissem a repercussão em massa seria muito mais
eficaz.
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P193
O IMPACTO DO TRAUMA EM VÍTIMAS DE ACIDENTE DE
MOTOCICLETA
Andrade LM, Fernandes EAM
A partir de nossa experi ência de trabalho em um hospital de traumas,
observamos um número elevado de vítimas de acidentes de motocicl etas e
sentimos interesse em investigar o impacto psicológico ocasionado pelo
acidente de motocicl eta e identi ficar as principais características
epidemiológicas deste grupo. Para realização desta pesquisa desenvolveu-se
um estudo de caráter exploratório-descritivo desenvolvido em um hospital de
traumas localizado na cidade de Fortaleza. Tivemos amostra de 100 pacientes
internos na Instituição que foram vítimas de acidentes de motoci cletas,
escolhidos aleatori amente, no período de janei ro a março de 2003. Os
resultados apontaram que: houve predominânci a do sexo masculino (98%), na
faixa etária entre 14 e 51 anos, com maior intensidade ent re 21 a 30 anos
(45%). Os acident es tiveram maior ocorrênci a no interior de nosso Estado
(75%). O período da noite e da tarde foram marcados por maior entrada destes
pacientes no hospital com picos no final da tarde (entre 17 e 18h) e final da
noite (22 e 23h). Os dias da semana de maior ocorrência foram domingo
(30%) e sábado (27%). Quanto ao mecanismo do acidente 68% dos casos
foram ocasionados por colisão. Dos entrevistados 45% já haviam se
acidentado de motociclet a antes. 40% não eram habilitados. A maioria foram
socorridos por leigos e as áreas mais atingidas forma os membros inferiores
(43%). Em relação ao impacto do trauma a maioria dos pacientes referiram
sentimentos de culpa 32%, medo de apresent ar incapacidade física 19%.
Mudança interior foram percebidos por 80% enquanto 20% relataram que o
acidente não trouxe modi ficação. Diant e da gravidade da situação revelada
com as vítimas de acidentes de motocicletas que caract eriza um sério
problema de saúde pública, com altos custos para a soci edade, o estudo
conclui enfatizando a necessidade do Est ado implementar políticas
consistentes e medidas especí ficas de prevenção a fim de se poder controlar o
problema.
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P194
AVALIAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DOS IDOSOS VÍTIMAS DE
TRAUMAS
Andrade LM, Andrade FMM, Evangelista RL, Rodrigues AMU
Mediante nossa experi ência de trabalho em um hospital referência no
atendimento às vítimas de traumas, percebemos um número significativo de
idosos que eram admitidos em decorrênci a de acidentes ou violências,
portanto sentimos interesse em desenvolver um estudo com o objetivo de
investigar características epidemiológicas dos idosos admitidos em
decorrênci a de traum as. Trata-se de um estudo de caráter quantitativo. A
amostra consistiu de 26 idosos. A coleta de dados foi realizada por
formulário. Os resultados mostraram que os idosos entre 60 a 70 anos do sexo
masculino são as maiores vítimas com 46,3%. A m aioria das ocorrências foi
no interior do estado, com 61,5%. O grupo, em sua maioria, era de
aposentados (73%) e viviam com renda familiar m édia mensal entre 2 e 3
salários mínimos, ambos com 30,8%. Os achados mostraram que 92,4%
moram acompanhados de algum familiar e 100% ajudam na manutenção da
família. 65,4% não é portador de nenhuma doença e 53,8% faz visitas
periódicas ao médico. As principais ocorrências foram os acidentes de trânsito
com 46,2%. Quanto ao impacto psicológico apresentado logo após o acidente,
apres entou medo, no entanto referiu que no momento atual se encontra
tranqüilo e que agora também está m ais religioso e pode contar com o apoio
de sua família. A partir do presente estudo concluímos da importânci a de se
desenvolver estratégias educativas voltadas à prevenção de acidentes com
idosos, visto que estes, por sua fragilidade física e às vezes psicológica requer
um maior acompanhamento por seus familiares sem, no entanto, restringi-lo
ao seu domicílio.
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P195
PROPOSTA DE UM PROTOCOLO PARA DOCUMENTAÇÃO DA
MORBIDADE DAS VÍTIMAS DE ACIDENTES DE TRÂNSITO
Vituri R, Pinto AFA, Neto RM, Fenato RR, Oliveira AL, Marinho JN,
Sommer DM
Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Cascavel, Paraná
Introdução: Os acidentes de trânsito represent am, no Brasil, entre as
ocorrências ext ernas, umas das maiores caus as de internação hospitalar,
ocasionando grande sofrimento para as vítimas e seus familiares, geram altos
custos e despesas previdenciárias. Constituem um rel evante problema de
saúde pública com forte impacto na morbi-mortalidade da população.
Objetivo: Propor a utilização de um protocolo de avaliação e documentação
intra-hospitalar da morbi-mort alidade de pacientes vitimados no trânsito.
Metodologia: O protocolo é composto de: dia e horário de entrada do
paciente; identi ficação da vítima; caracteri zação do acidente de trânsito,
relacionando o tipo de acident e, posição da vítima, tipo de veículo, segurança
da vítima; e encaminhamento pré-hospitalar. Os próximos itens identi ficarão
as lesões decorrentes do t rauma, o tipo de tratamento realizado, cirúrgico ou
conservador. Será avaliado t ambém o destino do paci ente após a alta
hospitalar, sendo este óbito, trans ferência, alta curado ou ambulatorial; e
finalmente o custo hospitalar. Este protocolo foi el aborado e aplicado no
Hospital Universitário do Oeste do Paraná por um período de seis meses,
tendo sido avaliado a morbi-mort alidade de 70 pacient es. Resultados: Com a
elaboração do protocolo haveria uma melhoria da qualidade das inform ações
sobre eventos relacionados os acidentes de trânsito, que iria auxiliar no
planejamento e execução de políticas de atualização t écnico-profissional, pré
e intra-hospitalares, assim como a hierarqui zação da unidade hospitalar,
baseado na docum entação de lesões mais freqüentes. Um banco de dados
poderia ser construído e várias instituições, como serviços de resgate,
hospitais, ambulatórios e segurança pública teriam acesso. Conclusão: Com a
elaboração do protocolo, gestões municipais e estaduais de saúde teri am
dados para construir políticas visando redução de morbi-mortalidade. A
sociedade poderia s er mobilizada em rel ação a medidas preventivas no
trânsito; e políticas intra-hospitalares poderiam ser reajustadas de acordo com
os dados coletados.
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P196
TRAUMATISMO EM IDOSOS – AVALIAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA
Inácio Jr. W, Costa DH, Consani H, Amâncio Jr. M, Schleinstein HP,
Costa AL
Unidade Regional de Emergência – Conjunto Hospitalar de Sorocaba –
Sorocaba - São Paulo
O trauma em idosos vem assumindo importante lugar no cenário do
atendimento ao politraumatizado. Com objetivo de identi ficar as principais
causas e suas características, avaliou – se perspectivamente os atendimentos a
pessoas com mais de 65 anos no período de janeiro de 2002 a abril de 2003.
Foi avaliada idade, sexo, mortalidade, causas, horário, local do trauma,
doenças associ adas, utilização de medicação e evolução. Durant e este o
período foram atendidos 335 pacientes sendo 92 homens e 243 mulheres, 63%
dos pacientes tinham entre 65 e 70 anos. Quanto às causas e horário, 64%
foram devido à queda da própria altura sendo que 41% aconteceram entre as 7
e 10 horas sendo que 187 pacient es caíram na sua própria cas a. O uso de
medicação cardiovas cular foi o mais encontrado neste pacientes. Como
resultados temos que as queda são a causa mais comum de traumatismo em
idosos, sendo mais comum nas mulheres e associados com o uso de
medicação. Frente a esses dados foi criada na cidade de Sorocaba uma ONG –
PROJETO PASSOS, para introduzir um program a de prevenção à quedas em
idosos.
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21 a 23 de outubro de 2004
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TREINAMENTO PARA O ATENDIMENTO AO TRAUMA, E
EDUCAÇÃO PARA SUA PREVENÇÃO: ATIVIDADES DO NÚCLEO
DO TRAUMA DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
Baptista AL, Vanni GF, Espinel JO, Peterson GE, Alves TR, Gavazzola LT,
Macedo Neto AV
Núcleo do Trauma da Faculdade de Medicina da UFRGS, Porto Alegre, Rio
Grande do Sul.
Introdução: A importância do trauma para a saúde pública justi fica tanto seu
ensino pelas faculdades de medi cina quanto o es forço pelo amplo
esclarecimento da população a seu respeito. O Núcleo do Trauma da
Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
oferece cursos de treinamento no manejo do trauma, para estudantes e
profissionais de área da saúde, e cursos de caráter mais básico e palestras
sobre prevenção de acidentes, para um público mais amplo. Objetivos:
Complementar, nas diversas áreas da saúde, o ensino a respeito de trauma.
Educar a população para a prevenção de acidentes e para o correto agir frente
a eles. Método: Atividades teórico-práticas fundam entadas especialment e nos
princípios do PHTLS e do ATLS. Médicos, enfermeiros, bombei ros e
estudantes de medicina e de enfermagem estão envolvidos na execução destas
atividades, dando a elas um enfoque multidisciplinar. Resultados: 450 alunos
já passaram pelos cursos do Núcleo do Trauma. Entre eles estavam:
estudantes e profissionais dos cursos de medicina e de enferm agem, técnicos
de enfermagem, bombeiros, professores e alunos de es colas de Porto Alegre.
A comparação entre os resultados dos testes t eóricos e práticos realizados no
início e no fim dos cursos demonstra um grande aproveitamento do conteúdo
ministrado. Conclusão: Existe uma grande demanda por escl arecimentos a
respeito desta epidemia chamada trauma. Ao ajudar a suprir as necessidades
de conhecimento de estudant es e profissionais da área da s aúde, e ao l evar
conhecimento adquirido na universidade para o resto da sociedade, as
atividades do Núcleo do Trauma da Faculdade de Medi cina da UFRGS
mostram
- se rel evantes. Torna-se necessário que t ais ações sejam aprimoradas
e multiplicadas.
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O COMPORTAMENTO DAS VÍTIMAS DE ACIDENTES DE
MOTOCICLETAS COM RELAÇÃO AO USO DE MEDIDAS DE
SEGURANÇA
Andrade LM, Barbosa IV, Barreira KS, Santos APM
O interesse em realizar, o presente estudo, surgiu em virtude do alto índice de
vítimas de acidentes com motociclet as que está present e em nossa população,
tornando-se assim um grande probl ema de saúde pública. Sabendo-se que a
incidência e a gravidade destes acident es podem ser determinados por alguns
fatores como o crescimento da frota de veículos, problemas nas vias públicas,
mas também problemas relacionados com a falha humana (condutores s em
cartei ra de habilitação, o não uso de equipamentos de segurança, a ingestão de
bebida alcoólica e o próprio des cuido humano). Nest a perspectiva, tivemos
como objetivo investigar o uso das medidas de segurança no trânsito, pelas
vítimas de acidentes de motociclet as, assistidas num Hospital de referência
em Traumas. A pesquisa trata-se de um estudo descritivo exploratório, com
abordagem quantitativa. A amostra constou de 130 participantes, selecionados
aleatoriam ente. A coleta realizou-s e através de uma entrevista e do
preenchimento de um formulário, elaborado pela equipe da Unidade de
Vigilância Epidemiológica de um Hospital de referência em Traumatologia,
no período de Junho à Outubro de 2003, em Fortaleza-CE. Os dados foram
analisados após selecionarmos os critérios de tabulação dos mesmos. Os
resultados obtidos foram: 56.15% não possuíam porte de habilitação,
enquanto que 43.85% eram habilitados; 63.08% não us avam equipamento de
proteção individual (EPI), no momento do acidente sendo que, apenas 36.92%
faziam uso do capacete; 57.70% tinham ingerido bebida alcoólica. A
ocorrência dos acidentes de trânsito tornam-s e mais numerosos e de maior
gravidade devido ao comportamento da população, a qual transita em via
pública, sem habilitação, a gravando a situação pelo não uso do EPI e a
ingestão de bebida alcoólica.
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OCORRÊNCIA DE ANEURISMA DE TRONCO TIBIOPERONEIRO
ROTO PÓS-TRAUMÁTICO
Souza-Júnior AJ, Mendes JMR, Spagnul SJT, Molinaro A, Filgueiras M,
Medeiros RR, Costa-Neto WG
Clínica Cirúrgica do Hospital das Clínicas de Teresópolis Costantino
Ottaviano (HCTCO) e Liga de Trauma de Teresópolis – Teresópolis - RJ
Introdução: Dentre os aneurismas peri féri cos (AP), o de tronco
tibioperoneiro encontra-se numa situação rara de di fícil obs ervação. Tem
incidência m aior em homens e ocorre, na m aioria dos casos, como resultado
de trauma. Objetivos: Descrever um caso de aneurisma de tronco
tibioperoneiro, pós-traumático, com rotura contida. Método: MPS, 46 anos,
branco, com tumoração em panturrilha direita (PD), crescente, de evolução há
oito meses, após trauma local. Cardiopata com cirurgia prévia de colocação de
prótese valvar aórtica, há cinco anos e em uso de Marevan. Há dois meses
com dor e parestesia em MID. Na internação apres entava PD edemaciada,
tumoração pulsátil, sinais de compressão nervosa, dor acentuada e pé D em
eqüino. USG, compatível com tumoração cística em trajeto vascul ar,
Ecocolordoppler evidenciando tumoração vas cular de 6,82x4cm nos sentidos
AP e laterolateral, respectivamente, com trombos intra-aneurismáticos.
Arteriografia com visualização do contraste intra-aneurismáticos, No ato
operatório observou-se rotura posterior do aneurisma contido por musculatura
da panturrilha. Optou-s e por realizar aneurismectomia, com confecção de
ponte poplíteo distal-tibial posterior com s afena revers a homolateral. Não foi
encontrado s egmento lateral da artéria fibular. O paci ente obteve alta
hospitalar no 8oDPO com melhora. Arteriografia de controle com
visualização do contraste ultrapassando o enxerto e desaguando na tibial
posterior. Conclusão: Os AP têm como complicação mais freqüent e a
trombose e embolização. A rotura é rara, pois a mass a muscular exerce certa
proteção. A evolução silenciosa dos AP impede que suas complicações m ais
freqüentes possam s er evitadas, pois não raram ente exteriori zação da doença
ocorre através de suas complicações. A situação topográfi ca dos AP favorece
evolução silenciosa de suas lesões pari etais que condizem com formação de
aneurisma cujo diagnóstico inicial s e trans forma num desafio para o m édico.
A utilização de exam es não invasivos para diagnóstico de aneurisma
assintomático é justificável diante de suspeita clínica, de sua existência pelo
exame físico ou pres ença de aneurisma em outra localização. O tratam ento
cirúrgico além de evitar complicações, que são acompanhadas de elevados
índices de amputações, traz ao pacient e melhor qualidade de vida.
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LESÃO
BILATERAL
DE
ARTÉRIA
CARÓTIDA
POR
TRAUMATISMO CONTUSO - RELATO DE CASO
Luporini RL, Gaia FPG, Oliveira TB, Yagi RK, Baitello AL, Espada PC
Faculdade de Medi cina de São José do Rio Preto / Funfarme, São José do Rio
Preto, São Paulo
Introdução: A lesão da artéria carótida por mecanismo contuso é rara. Os
mecanismos de l esão podem ser por forças de tração, estiram ento ou rotação
(tipo 1), compressão da artéria carótida interna entre o ângulo da mandíbula e
os processos transversos cervicais superiores (tipo 2) e traum a direto no
pescoço l evando a esmagamento da artéria (tipo 3). Ma terial e Métodos: Os
autores rel atam um caso de trombose bilateral de carótidas por traumatismo
contuso. Relato do Caso: Paciente D.E.C., 24 anos, sexo feminino, admitido
no pronto atendimento do Hospital de Base com história de acidente
motociclístico (usando capacete), hemodinamicam ente estável, freqüência
respiratóri a de 32 incursões por minuto, diminuição do murmúrio vesicular à
esquerda, escala de coma de Gl asgow de sete e múltiplos ferimentos com
perda de t ecido em cotovelo, joelho e coxa esquerdos. Foi submetida a
intubação orotraqueal com ventilação mecânica, drenagem toráci ca em s elo
d’água a esquerda e acesso venoso. Realizou-se inicialmente tomografia
computadorizada de crânio e de abdome que não evidenciaram alterações. A
paciente permaneceu com s edação até o sexto dia de internação na UTI. No
sétimo dia de internação evoluiu com hemiplegia à esquerda e discreta
anisocoria. Foi realizada ressonância magnética que evidenciou lesão
isquêmica aguda no hemis fério cerebral direito. Portanto, foi solicitada
arteriografia cerebral que demonstrou lesão parietal com aspecto dissecante
em artéri a carótida interna direita e les ão pariet al com aspecto
dissecante/estenótico na artéria carótida interna esquerda. Conclusão: A lesão
de carótida por traum a fechado é rara, correspondendo por som ente 3 a 15%
de todas as lesões de artéri a carótida. Apenas 10% dos pacientes possuem
sintomas neurológicos focais precoces, 55% têm sintomas nas primeiras 24
horas e em alguns casos podem ocorrer at é 6 m eses após o t rauma. O
tratamento é controverso e inclui desde a observação até o tratam ento
cirúrgico.
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DISSECÇÃO DE ARTÉRIA CARÓTIDA INTERNA APÓS TRAUMA
CONTUSO: RELATO DE CASO
Mesquita HV, Fraga GP, Barros RF, Pacheco Filho C, Cintra BB,
Zaidan MSR
Grupo de Urgênci as Cirúrgicas e Trauma do Hospital Municipal “ Dr. Mário
Gatti”. Campinas, SP
Introdução: A dissecção de artéria carótida é fenômeno documentado na
literatura médica, porém relativam ente raro quando cons eqüênci a de trauma.
Objetivo: Descrever caso de traum atizado que evoluiu com dissecção de
artéri a carótida interna após trauma contuso, apresentando sintomas
isquêmicos e défi cit neurológico. Relato de caso: Masculino, 16 anos,
admitido no PS após acidente de trânsito. Referia amnésia lacunar e
apres entou um episódio de vômito. RTS = 7,84, escoriações em face, tórax e
abdome, edem a em topografi a da articul ação temporo-m andibular direita,
além de dor a palpação abdominal, principalmente em hipocôndrio direito.
Radiograficamente evidenciou-s e fratura de mandíbula direita, com luxação
de côndilo e desvio do mesmo. TC abdominal identifi cou edema pancreático
discreto e lesão hepática grau I, tratado de modo não-operatório. Após trinta e
seis horas de internação, evoluiu com hemiparesia completa de predomínio
braquial à esquerda, sem desvio do olhar. TC crânio-encefálica evidenciou
isquemia cerebral em território da artéria cerebral médi a direita. Exame de
dopplerfluxometria de artéri as carótidas foi considerado norm al. A
angiografi a mostrou oclusão da artéria cerebral média direita com
revas cularização evidente. Feita hipótese diagnóstica de fratura de côndilo
mandibular direito ocasionando dissecção pós-traumática de art éria carótida
interna direita com acidente vas cular cerebral isquêmico por embolização
artério-arterial do território de artéria cerebral média direita. Iniciou-se
tratamento com anticoagulação, apresentando m elhora parci al, recebendo alta
hospitalar após 24 dias de internação. Realizado t ratamento cirúrgi co eletivo
pela equipe de bucomaxilofacial, após quarenta e cinco dias, com sucesso.
Porém neurologicam ente mant ém seqüela, apres entando hemiparesia
completa à esquerda grau IV, com refl exos exaltados e hipoestesia esquerda.
Conclusão: Défi cit neurológico permanente pode ser um a cons eqüência da
dissecção de artéri a carótida, cujo tratamento engloba observação,
anticoagulação, stent endovascular em casos selecionados ou quando indicado
tratamento cirúrgico. Neste caso o di agnóstico já na evidênci a de isquemia
cerebral foi determinante para o tratamento conservador.
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VI SBAIT
VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P202
REIMPLANTE DO MEMBRO SUPERIOR APÓS AMPUTAÇÃO
SEMITOTAL - RELATO DE CASO
Kruel NF, Souza JM, Mandelli M, Shüller CA, Câmara PC, RUSSI DP
Hospital Regional Dr. Homero de Miranda Gomes - São José – SC
Introdução: O trauma arterial apres enta-se como relevante caus a de morte na
faixa etária até os 40 anos. Aproximadam ente 80% das lesões arteri ais
ocorrem nas extremidades. Despende-se especial interesse nas lesões dos
membros superiores devido sua complexidade anatômica e funcional.
Objetivo: Relatar caso de vi abilização de m embro superior semi-amputado
realizado em nosso serviço. Paciente: LGS, 59 anos, sexo masculino com
lesão traumática por s erra circular elétrica em membro superior direito
(MSD). Na admissão, estável, Glasgow 15, amputação semitotal de MSD,
integridade apenas 6cm de pele na porção ânt ero-l ateral do antebraço, lesão
nervosa completa, fratura exposta grau IIIC de Gustilo e Anderson, secção
vascular total, ferimento alinhado, retilíneo, com pequena perda de substância.
Método: Realizou-se cirurgi a de fixação de fratura do antebraço, seguida de
reparo da artéri a e vei a radi al, fasciotomia profilática, aproximação de planos
musculares e síntese de pele. Após 24 dias, realizou-se microcirurgia de
nervos peri féricos, tenorrafi a e miorrafia. Resultado: Reimplante do MSD
com viabilização do mesmo, recuperação do pulso radial e de movimentação
voluntária. Conclusão: Os traumatismos complexos de membro superior
continuam sendo um desafio aos cirurgiões, porém, passível de sucesso
quando a lesão, bem como as condições gerais do paciente apres entam-se
propícias.
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VI SBAIT
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21 a 23 de outubro de 2004
P203
OCLUSÃO ARTERIAL AGUDA DE ARTÉRIA POPLÍTEA APÓS
TRAUMA CONTUSO DE FOSSA POPLÍTEA
Castro KPP, Costa LCA, Soares DJ, Sanches MC, Miranda FGG, Okuhara A
Serviço de Cirurgia Vas cular do Hospital Municipal Odilon Behrens - B elo
Horizonte – MG
Introdução: A oclusão aguda de artéria poplítea após trauma contuso é
evento raro e pouco des crito na literatura, além de constituir um desafio para a
cirurgia do trauma. Objetivo: Rel ato de um caso de traum a contuso de fossa
poplítea que evoluiu com oclusão arterial aguda que após tratamento não
necessitou de amputação. Método: Relato de caso. Caso: Paciente jovem,
sexo masculino, vítima de trauma contuso fossa poplítea com isquemia
arteri al infragenicular comprovada em arteriografi a. Foi tratado com
fasciotomia e com necessidade de revascul arização em ponte s afena.
Conclusão: A oclusão arterial aguda no trauma é desafio para o ci rurgião por
ser evento raro e freqüent emente evoluir para necessidade de amputação.
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P204
TRAUMA NA CRI ANÇA – ESTUDO RETROSPECTIVO DE 58
ATENDIMENTOS REALIZADOS PELA USA
Masella CA, Cristina JA, Dalri MCB, Cyrillo RMZ, Fernandes RJ,
Lopes SLB
SAMU – Secretaria Municipal de Saúde Ribeirão Preto – SP
Estudos tem verifi cado que os traumas pediátricos em sua maioria são
passíveis de prevenção devendo existir mecanismos e campanhas para esta
finalidade.Este estudo é retrospectivo descritivo e objetivou mostrar a
estimativa da incidência de traumas pedi átricos nos di ferentes Distritos
Sanitários da cidade de Ribeirão Preto. Tais informações foram demonstradas
com a compilação de dados do banco de dados do Sistema de Atendimento
Móvel Urgência - SAMU, da Secretari a Municipal de Ribeirão Preto,
atendidos por sua Unidade de Suporte Avançado – USA no período de
01/01/2001 a 31/12/2001, o qual revelou um índice maior de ocorrências
deste tipo de agravo a saúde no período da infância é entre 1 a 4 anos de
idade, sendo os atropelam entos e afogamentos que apresentaram maior
incidência e a preval ência da regionalização desses traumas em crianças foi
no Distrital de Saúde do Sumarezinho. Tal fato nos indica a necessidade de
atuação dos profissionais do SAMU, Programa de Saúde da Família, demais
profissionais da saúde junto as entidades de bairro, escolas públicas, grupos
religiosos e demais equipamentos sociais ligados a infância na
conscientização quanto a prevenção de acidentes nessa faixa etári a.
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21 a 23 de outubro de 2004
P205
TEMPO-RESPOSTA DO ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR PARA
VÍTIMAS DE ACIDENTES DE TRÂNSITO ATENDIDAS PELO
SAMU 192 ARACAJU
Alves FS, Prado RS, Brasileiro FF, Costa MCM, Barretto MXA, França CR
SAMU 192 Aracaju – SE
Esta pesquisa é um estudo de análise quantitativa com corte transversal que
tem como objetivos gerais e especí fi cos, respectivam ente, investigar o temporesposta de um servi ço de Atendimento Pré-hospitalar de Aracaju-Se (SAMU
192 Aracaju) no atendimento às vítimas de acident es de trânsito; Veri ficar o
tempo utilizado desde o chamado até a conclusão da col eta dos dados feita
pelo Técnico Auxiliar de Regulação M édica - TARM; identi ficar o t empo
utilizado para trans ferência da ligação do TARM para o médico regulador;
identificar o tempo utilizado pela regulação médica na avaliação do caso e
definição do tipo de viatura; identi ficar o tempo utilizado para o despacho do
caso pelo rádio operador; aferir o t empo utilizado no deslocam ento da equipe
até o acesso da vítima e; Identi ficar os fatores que influenciam o temporesposta do APH. O referenci al teórico abordou, entre outros, como o trauma
vem se tornando uma doença em crescimento, o APH no Brasil, a importância
do tempo-resposta no APH e como se encontram os acidentes de trânsitos e
suas vítimas no Brasil. A população estudada foi constituída pela equipe de
APH. Foram investigados 14 plantões no período de Junho à Agosto de 2004,
onde se registraram 16 ocorrências de acident es de trânsito. Em 87,5 % dos
casos a coleta dos dados realizada pelo TARM foi feita em um intervalo de 30
à 60 segundos, 93,75 % das solicitações foram trans feridas do TARM para o
médico regulador dentro de 30 segundos, a regulação médica definiu o caso e
o tipo de viatura em 50% dos casos em intervalo de 30 à 60 s, 43,75% dos
despachos dos casos realizados pelo rádio operador sucederam-se entre 30 à
60 s. A equipe de APH apresentou um tempo de deslocamento em 62,5% dos
eventos em intervalo de 5 à 10 min. Foram identi ficados os seguintes fatores
que influenciaram o tempo-resposta do servi ço de APH: Equipe fora de
posicionamento (28,57%), ausência de segurança na cena (6.25%), vítimas
presa às ferragens (12,5%), demora na definição do tipo de viatura (6,25%),
horário de alto tráfego (18,75%), estresse do solicitante (12,5%), dentre
outros.
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VI SBAIT
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21 a 23 de outubro de 2004
P206
INTEGRAÇÃO DE EMPRESAS PÚBLICAS E PRIVADAS DE
ARACAJU
NA
PREVENÇÃO
AO
TRAUMA
APÓS
O
FUNCIONAMENTO DO SAMU 192 ARACAJU
Costa MCM, França CR, Barretto M, Rodrigues SFL, Dias GS
SAMU 192 Aracaju
Introdução: O SAMU 192 Aracaju, em dois anos de funcionamento, realizou
um trabalho criterioso de registro e análise de dados estatísticos de
atendimentos, cujo impacto gerado pela divulgação contínua dos resultados
associado a uma meta m aior de promoção de trabalhos preventivos,
proporcionou um relacionamento estreito com empresas públicas e privadas
através do seu núcleo de capacitação, para proferi r palestras educativas,
prevenção de acidentes e simulações, tornando o Serviço referência para
estabelecer condut as na prevenção da injúria. Objetivo: Proporcionar uma
maior integração entre o Serviço de At endimento Móvel de Urgência, SAMU
192 Aracaju, e as empresas públicas e privadas objetivando redução e
prevenção do Trauma. Método: Equipe com 03 médicos, 02 enfermeiros e 02
condutores definiu um Plano de Trabalho Educativo e Preventivo no período
de dezembro de 2002 a junho de 2004. Resultado: A redução do número de
acidentes de trabalho, doméstico e traumas foram bastante signi ficativos após
atuação educativa e preventiva do SAMU 192 Aracaju. Conclusão: O SAMU
192 Aracaju com seu trabalho educativo e preventivo é um importante e
grande instrumento de Saúde Pública, gerando assim uma interação entre o
Serviço de Pré-Hospitalar e as empresas públicas e privadas da cidade de
Aracaju.
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VI SBAIT
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21 a 23 de outubro de 2004
P207
SAMU 192 ARACAJU: IMPORTANTE OBSERVATÓRIO
MELHORIA DA Q UALIDADE DE VIDA DA POPULAÇÃO
Costa MDM, França CR, Barretto M, Rodrigues SFL, Dias GS
SAMU 192 Aracaju
NA
Introdução: O Trauma constitui-se de um grande problema de Saúde Pública
no mundo, cujo desafio maior consiste na sua prevenção. Nesse contexto, o
SAMU 192 Aracaju, com base na análise de dados estatísticos, detectou "in
loco" ruas e avenidas da cidade com uma maior incidência de atropelam entos
x colisões. Com o objetivo de reduzir quantitativamente e qualitativamente
estes acidentes, sensibilizamos os órgãos e serviços responsáveis a adotarem
metas de prevenção no Trauma. Objetivo: Apresent ar, analisar e avaliar as
ruas e avenidas da cidade de Aracaju que apres entam a maior incidência de
acidentes de t rânsito. Método: Análise quantitativa e qualitativa dos casos
obtidos através de Fichas de Regulação Médi ca no período de janei ro de 2003
a junho de 2004. Resultados: Os dados analisados foram encaminhados aos
órgãos respons áveis pela m elhoria das ruas e avenidas (iluminação, ciclovias,
lombadas eletrôni cas), sensibilizando-os a adotarem metas de prevenção às
injúrias. Conclusão: Através da observação contínua do problema de saúde
pública, o SAMU 192 Aracaju at ravés de parceria com os órgãos
responsáveis, cons eguiu diminuir o índice de acidentes de trânsito nas ruas e
avenidas consideradas "campeãs" de acidentes.
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VI SBAIT
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P208
PERFIL DO PACIENTE PEDIÁTRICO CLÍNICO ASSISTIDO PELO
SAMU 192 ARACAJU
Brasileiro FF, Alves FS, Chagas TA, Azevedo AF, Costa MCM,
Barretto MXA, França CR
SAMU 192 Aracaju – SE
Introdução: Apesar de se associ ar o Serviço de Atendimento Móvel de
Urgênci a (SAMU) a prestação de s erviço a vítimas de acidentes de trânsito e
eventos traumáticos, a participação do SAMU no atendimento de vítimas
infantis com afecções clínicas é bastant e representativo. Objetivos: Esse
trabalho buscou mostrar o atendimento do SAMU 192 Aracaju ao paciente
pediátrico buscando enfatizar sua import ância no atendimento infantil.
Metodologia: Foram analisadas as fi chas de atendimento do SAMU 192
Aracaju, durante o ano de 2003 e estudadas as fichas de at endimento
pediátrico enfatizando-se o paciente pediátrico clínico, foi considerado
atendimento pediátrico o atendimento prestado a pacientes menores de 12
anos de idade. Resultados: Setenta e seis por centos dos atendimentos
pediátricos são clínicos o que corresponde a 12% do total de at endimentos
realizados pelo SAMU 192 Aracaju no ano de 2003. O núm ero de pacientes
clínicos é sempre maior que o de pacientes traumatizados em ambos os sexos
e todas as faixas etárias estudadas. De zero a dois anos de idade o núm ero de
casos clínicos chega a 88% em ambos os sexos e essa proporção vai caindo
até 56% no sexo masculino e 69 % no sexo feminino na faixa etária dos 6 aos
12 anos. Noventa e três por cento dos atendimentos clínicos são efetuados por
viaturas de suporte básico (USBs) e 7% por viaturas de suporte avançado
(USAs). Conclusão: O paciente pediátrico representa uma grande parcela
assistida pelo serviço pré-hospitalar de urgência do município de Aracaju.
Quanto menor a faixa etária do paciente maior o número e percentual de casos
clínicos sendo o sexo feminino o mais afetado a medida que aument a a faixa
etária.
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21 a 23 de outubro de 2004
P209
PERFIL DOS ÓBITOS DECORRENTES DE ACIDENTES DE
TRANSPORTE ATENDIDOS NA UNIDADE DE EMERGÊNCIA DO
HCFMRP-USP
Silva DP, Scarpelini S, Lago T, Passos ADC
Unidade de Emergência do HCFMRP-USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil
Introdução: Em Ribeirão Preto os acidentes de transport e ocupam o segundo
lugar entre os óbitos por caus as externas e em 2000 ocorreram 28 óbitos por
acidentes de transporte por 100.000hab. Objetivo: Analisar os principais
aspectos epidemiológicos das vítimas fat ais de acidente de transporte
notificados no HCFMRP-USP. Método: Foram analisados os acidentes de
transporte no período de 1996 a 2002 quanto às condi ções de alta. Dos óbitos
notificados foram estudadas as seguintes características epidemiológicas: sexo
e idade. Comparou-se o número de óbitos por acidente de transporte em
Ribeirão Preto e na Unidade de Em ergência entre 1996 e 2001. Resultados:
Ocorreram 14.365 notificações compulsórias de acidente de transport e na UE.
Nas condições de alta, 11.142 (77,6%) estavam em boa recuperação, 1.981
(13,8%) com limitações moderadas, 331 (2,3%) com limitações graves e 503
(3,5%) em óbito. Dos óbitos, 422 (83,90%) eram do s exo mas culino e 81
(16,10%) do s exo feminino. O coefi ciente de l etalidade foi maior no sexo
masculino sendo 3,84 (10.972 atendimentos) contra 2,39 no sexo feminino
(3.393 atendimentos). Segundo o grupo etário, o número de óbitos assim se
distribuiu: 17 (3,4%) dos 0-4 anos, 9 (1,8%) dos 5-9 anos, 15 (2,9%) dos 1014 anos, 142 (28,2%) dos 15-24 anos, 112 (22,3%) dos 25-34 anos, 70
(13,9%) dos 35-44 anos, 55 (10,9%) dos 45-54 anos, 40 (8,0%) dos 55-64
anos, 39 (7,8%) com 65 anos ou mais, 4 (0,8%) com idade ignorada. Na
distribuição dos óbitos segundo sexo por faixa etária: entre 0-14 anos, 27
(6,4%) eram do s exo mas culino e 14 (17,3%) do sexo feminino; entre 15-44
anos, 283 (67,0%) eram do sexo m asculino e 41 (50,4%) eram do sexo
feminino; com 45 anos ou mais, 112 (25,8%) eram do sexo masculino e 26
(30,9%) do sexo feminino. No período de 1996 a 2001 foram noti ficados 423
óbitos na UE e 991 óbitos em Ribeirão Preto. Em 1996, ocorreram 210 óbitos
em Ribeirão Preto e 59 óbitos na UE (28,0%). Em 2001, foram 110 óbitos em
Ribeirão e 52 óbitos na UE (47,2%). Conclusão: A maioria dos óbitos atingiu
homens na idade produtiva (15-44 anos ). Uma porcentagem considerável
(3,5%) das vítimas permaneceu com limitações graves. A evolução da
organização do sistema de saúde, possivelmente tenha concentrado os casos
mais graves para atendimento na UE, como evidenci a a evolução das
proporções de mortos dentro e fora da UE ao longo dos anos.
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21 a 23 de outubro de 2004
P210
REVISED TRAUMA SCORE (RTS) – PREDITOR DE SOBREVIDA E
DE RESOLUBILIDADE EM UM SERVIÇO DE ATENDIMENTO PRÉHOSPITALAR – SAMU/SP
Carvalho AO, Bez Jr. A
Instituto de Ensino e Pesquisa Albert Einstein Universidade Israelita da Saúde
São Paulo / SP
Introdução: A aplicação de um índice de avaliação permite mensurar o
estado clínico, quanti ficar lesões, uni formizar linguagem, promover estudos
epidemiológicos, orientar campanhas preventivas e triagem que, se feita
adequadamente, torna-se um importante aspecto do at endimento préhospitalar. Objetivo: Identi ficar o perfil dos at endimentos de trauma,
realizados pelo Serviço de Atendimento Municipal de Urgências de São Paulo
(SAMU/SP), correlacionando o com a m édia ponderada dos RTS´s dessas
unidades. Método: Estudo descritivo e exploratório, retrospectivo e aplicado,
com abordagem quantitativa. Os dados foram obtidos através das fi chas de
atendimento de enfermagem, no período de 10 a 25 de dezembro de 2002, nas
unidades de suporte avançado do município de São Paulo, totalizando 60
elementos. Resultados: Após análise e discussão, percebemos que acidentes
automobilísticos, incluindo atropelamentos e colisões, são os mecanismos de
trauma mais prevalent es. Frente aos resultados, é importante ressaltar que
estas unidades cobrem vias de alto fluxo automobilístico, como Raposo
Tavares, Radial Leste e Marginal Tietê. Outro importante aspecto relaciona-se
à média ponderada dos RTS´s encontrados: Casa Verde (6,93), Butantã
(6,67), Itaquera (5,53) e Cambuci (5,46) demonstrando maior probabilidade
de sobrevida e resolubilidade nas unidades Casa Verde e Butantã. Conclusão:
Elaborar o perfil dos eventos traumáticos é fundament al para promoção de
medidas operacionais e preventivas de atendimento, orientando a equipe e
favorecendo a otimização de recursos de acordo com as caract erísticas do
atendimento e gravidade do trauma.
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ACIDENTES DE TRANSPORTE: RELAÇÃO ENTRE VÍTIMAS
FATAIS E O TRAUMATISMO CRÂNIO-ENCEFÁLICO (TCE)
Figueiredo MRA, Scarpelini S, Pinho VF, Andrade JI
Unidade de Emergência do HCFMRP-USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil.
Introdução: Existe grande relação entre trauma fat al e les ão encefálica, bem
como o agravamento do quadro geral pela presença deste tipo de ferimento.
Objetivos: Comparar a epidemiologia e a gravidade das lesões em vítimas
fatais de acidentes de transport e que sofreram TCE (Grupo A) com aquelas
que não sofreram TCE (Grupo B), definido como AIS para cabeça e pescoço
maior que 2. Método: Foi realizada análise retrospectiva de 79 prontuários de
vítimas fatais de acidentes de transporte, atendidas na Unidade de Emergência
do HCFMRP/USP nos anos de 2001 e 2002, observando aspectos clínicos,
índices de gravidade e momento do óbito. Foram utilizados os testes t de
student e qui-quadrado para as comparações estatísticas. Resultados: Dos 79
prontuários analisados, 61 (77,2%) foram classi ficados como do grupo A e 18
(22,8%) do grupo B. No grupo B os segmentos m ais freqüentement e lesados
foram extremidades, abdome e tórax, respectivamente 34,9%, 25,9% e 20,9%
das lesões. Em ambos os grupos houve predomínio do sexo masculino, sendo,
respectivamente, grupos A e B: homens 52 (85,2%) e 15 (83,3%) e mulheres
9 (14,8%) e 3 (16,7%). As médias das idades foram 35,78 e 38,06 anos
(p>0,05), respectivamente, grupos A e B. A distribuição etiológica dos
traumas foi para o grupo A: motociclístico 18 (29,5%), automobilístico 16
(26,2%), pedestres 13 (21,3%), ciclistas 11 (18,0%), veículos pesados 3
(4,9%). Para o grupo B: pedestres 7 (38,9%), motociclístico 4 (22,2%),
automobilístico 4 (22,2%) e veículos pes ados 1 (11,2%) e ciclistas 1 (5,6%).
As médias dos índices de trauma foram, respectivament e, para os grupos A e
B: RTS 4,6234 e 5,4258 (p>0,05); ISS 33,56 e 16,89 (p<0,01); e TRISS
0,4817 e 0,7651 (p<0,01). 44 vítimas (72,1%) do grupo A e 15 (83,3%) do
grupo B, foram submetidas a procedimentos ci rúrgicos. A sepsis foi a
complicação mais freqüente em ambos os grupos atingindo 23 pacientes
(31,5% das complicações) e 8 pacientes (50% das complicações),
respectivamente grupos A e B. O óbito ocorreu em menos de 24 horas em 17
vítimas do grupo A (27,8%) e 10 vítimas do grupo B (55,5%) (p<0,05).
Conclusão: Não houve diferenças signifi cativas entre sexo e idade. Os índices
de gravidade mostraram-se, com signi ficância est atística, maiores nas vítimas
com TCE. Paradoxalmente, a morte nas primeiras horas foi,
significativam ente mais freqüente nas vítimas s em TCE, onde os
atropelamentos prevaleceram.
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AÇÕES EDUCATIVAS NA PREVENÇÃO DE Q UEDA DO IDOSO – O
Q UE TEM SIDO FEITO?
Prado C, Silva AA, Leite AL, Domingues AM
Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas de Graduação em
Enfermagem
Introdução: Os dados epidemiológicos sobre a mortalidade dos idosos,
mostra que as quedas constituem a primeira causa de acidentes em pessoas
acima de 60 anos. A incidência de quedas em cas a é de 1 queda por ano em
indivíduos acima de 75 anos. Dois terços dessas quedas resultam em dano
físico. No ano subseqüent e à queda, os pacient es apres entam um excesso de
mortalidade em rel ação a idosos que não caíram. Em pacientes hospitalizados
devido à queda, apenas 50% estarão vivos 1 ano depois. As quedas
freqüentemente têm repercussões psicológicas que são t ão ou m ais
importantes que as conseqüências físicas. Objetivo: Este estudo tem por
finalidade identi fi car as ações educativas que tem sido realizadas quanto à
prevenção de queda do idoso. Material e Método: A metodologia escolhida
foi a pesquisa bibliográfica a bancos de dados eletrônicos. A estratégi a de
busca baseou-s e nas seguintes palavras chaves: Idoso, quedas, trauma,
processo de envelhecimento, qualidade de vida, incidência população idosa,
fatores de risco, assistência geriátri ca, hospitalização, conseqüências das
quedas, mortalidade, papel do cuidador. Resultados: Na maioria dos artigos
publicados, verifi cou-se a preocupação dos autores em destacar o perfil dos
idosos, as causas que levaram à queda, as patologias associadas a essa
população, ações e efeitos colaterais dos medicamentos nos idosos como fator
de queda enquanto outros apontaram a inadaptação do ambiente domiciliar do
idoso. Entretanto, notou-se que não apontavam soluções, davam dicas,
sugestões de intervenções para reduzi rem a incidência de queda. Observou-se
que poucos artigos tinham uma preocupação concreta quanto à adaptação do
ambiente domiciliar do idoso dent ro de uma realidade social na qual estão
inseridos. Conclusão: Por ter sido identifi cada uma grande lacuna nas
publicações analisadas quanto a orient ações relacionadas à prevenção de
quedas nos idosos e por estarem distantes da realidade soci al do idoso
brasileiro sugere-s e: educar a população; realizar campanhas de prevenção;
fiscalização dos asilos; que os idosos tenham consulta de enfermagem pós
consulta médica para orientações corretas e de fácil entendimento para
ingestão de medicamentos, pois os efeitos colaterais e a ingestão incorreta faz
com que aumente a incidência de quedas.
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ANÁLISE CUSTO X BENEFÍCIOS DA INTERVENÇÃO DO SAMU
192 ARACAJU EM CASOS DE TRAUMA
Costa MCM
Os custos gerados pelo Trauma s ão de grande impacto financeiro gerando
segundo dados estatísticos em torno de U$ 400 bilhões por ano, tais custos
perspassam todo o processo de atendimento pós-evento, podendo di ferenci arse de acordo com as seqüelas resultantes e assistência necessári a. Nesse
contexto, o SAMU 192 Aracaju realizou um trabalho comparativo com custos
simulados de casos de traum a, considerando-se os custos estimados para
atendimento com a Unidade de Suporte Avançado – USA objetivando
analisar as vant agens financeiras de custo e benefí cio dess e at endimento, em
relação a perm anênci a de internamento e lesões apresentadas, quando há
intervenção imediata por equipe do SAMU 192 Aracaju.
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ANÁLISE DA GRAVIDADE DAS LESÕES, TRATAMENTO E HORA
DO ÓBITO DE 78 VÍTIMAS FATAIS DE ACIDENTES DE
TRANSPORTE ATENDIDAS NA UNIDADE DE EMERGÊNCIA DO
HCFMRP/USP
Pinho VF, Scarpelini S, figueiredo MRA
Unidade de Emergência do HCFRMP-USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil.
Introdução: Os acidentes de transporte são responsáveis por cerca de 50 mil
mortes anuais no Brasil. Os custos sociais e financeiros são incal culáveis.
Ainda pouco se conhece sobre as características clínicas, em especi al os
índices de gravidade destas vítimas fatais no nosso meio. Objetivo: Analisar a
etiologia e a gravidade das lesões através do cál culo dos índices de trauma
RTS, ISS e TRISS; o tipo de tratamento, complicações e t empo entre
admissão e óbito de 78 vítimas fatais de acidentes de transporte at endidas na
Unidade de Emergência (UE) do HCFMRP/USP, em 2001 e 2002. Método:
Os dados foram obtidos através da análise retrospectiva dos prontuários
médicos das vítimas fatais de acidente de transport e atendidas nos anos de
2001 e 2002 na UE do HCFMRP/USP. Resultados: A distribuição da
etiologia do trauma das vítimas fatais de acidentes de transporte foi: 28,2%
motociclistas (22 casos), 25,6% pedestres (20 casos), 25,6 % automóvel (20
casos), 15,4% ciclistas (12 casos) e 5,1% veículo pesado (4 casos). 58
pacientes foram submetidos a tratamento ci rúrgico (74,4%) e 14 a tratam ento
conservador não operatório (17,9%). A principal complicação apres entada foi
sepsis em 34,1% dos pacientes, seguida por pneumonia em 15,9% e parada
cardíaca em 13,6%. O período ent re a admissão no hospital e o óbito foi
menor ou igual a 24 horas em 34,62% (27 casos). Dos 51 casos restantes, 20
óbitos ocorreram entre o 1º e o 5º dia e 31 acima de 5 dias de admissão. A
média de permanência hospitalar foi de 9,2 dias. Os índices de trauma
calculados apresentaram as s eguintes médias: RTS 4,82; ISS 29,80 e TRISS
0,55. Conclusão: A análise dos resultados permitiu a caracterização dos
acidentes motoci clísticos como maior causa de óbitos. Também os altíssimos
índices de gravidade, foram compatíveis com o des fecho fatal das vítimas.
Finalmente, caracteri zou a maior incidência de mortes após 24 horas de
admissão, sugerindo um adequado sistema de atendimento ao trauma.
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21 a 23 de outubro de 2004
P215
TRAUMA CRÂNIO-ENCEFÁLICO EM PRÉ-ESCOLAR APÓS
ACIDENTE DOMICILIAR
Araújo CXN, Guimarães RC, Castro VT, Figueiredo IS, Bhering CA,
Tonzar NS
Introdução: Crianças com trauma crânio-encefálico fechado apres entam alta
taxa de mortalidade e quando ocorrem em menores de 3 anos têm pior
prognóstico comparado aos adultos. Nos pré-es colares as principais causas de
traumatismo crânio-encefálico são: acident es automobilísticos, de bicicleta e
quedas não relacionadas a esportes. Com relação às quedas, na faixa etária
citada, há uma preval ência de 1,5 a 2 vezes superior a das crianças com mais
de 5 anos de idade, sendo que 1 em cada 12 cri anças menores de 6 anos
necessita de tratam ento hospitalar. Objetivo: Relatar um caso clínico de um
paciente pré-escolar que sofreu TCE grave após acident e domiciliar. Método:
Foi feito a revisão de prontuário de VLTS nascida em 3 de junho do ano de
2001, sexo feminino, natural de Volta R edonda e residente em Barra M ansa,
juntamente com uma revisão bibliográfica, e com base no Conselho Federal
de Medicina por meio da resolução número 1480 de 8 de agosto de 1997.
Resultado: A paciente referida chegou na unidade de Terapia Intensiva no dia
27 de agosto de 2003 acompanhada da mãe que relatou queda de
churrasqueira de ferro no l ado esquerdo da cabeça da criança.Paciente
apres entava otoliquorréia, sinorragia, sangramento na cavidade oral e perda da
consciênci a com Glasgow 4/15. Realizada tomografi a computadorizada de
crânio 2 horas após o trauma, revelou hematoma subgaleal temporo-parietal à
esquerda, fratura temporo-parietal à esquerda, hemorragia subaracnóidea com
hemoventrículo bilateral, além de múltiplas áreas de pneumoencéfalo. No
sexto dia o Glasgow era de 3/15 e uma nova tomografi a computadorizada de
crânio revelou infarto isquêmico de todo hemisfério esquerdo e também em
região frontal, parieto-occipital á direita. Justi ficando no décimo dia a
evolução para morte encefálica, a qual foi confirmada com
eletroencefalogram a, mapeamento cerebral e potencial evocado auditivo de
tronco encefálico, evidenciando abolição de respostas dos II , III e V pares
cranianos bilat eralment e.Resultando em óbito no décimo primeiro dia.
Conclusão: Habilidades motoras imaturas e inexperiênci a em como explorar
o ambiente aumentam a chance de quedas e as fixia durant e a infância. Para
que isso não acont eça, os pais devem conhecer os riscos que cercam seus
filhos e adapt ar a cas a, para que se torne segura.As providências são simples e
de baixo custo. É importante ressaltar que a maioria dos acidentes com
crianças na fase de pré -escolar ocorrem no ambiente doméstico.
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21 a 23 de outubro de 2004
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ATENDIMENTO À VÍTIMA COM TRAUMA RAQ UIMEDULAR
(TRM): CONHECIMENTO X Q UALIDADE
Santos MDLC, Val LF
Docentes do Curso de Enferm agem da Universidade de Ribeirão PretoCampus Guarujá (UNAERP)-SP
Introdução: O presente trabalho aprofunda o conhecimento das técnicas de
imobilização, realizado por profissionais do at endimento pré-hospitalar
(APH) e sua influência na qualidade do atendimento de emergênci a à vítima
com trauma raquimedular (TRM). Objetivo: Identi fi car o perfil e o nível de
conhecimento dos profissionais que atuam no atendimento à vítima com
TRM. Metodologia: Foi realizada uma pesquisa quantitativa, exploratória e
descritiva, através de questionários com 22 profissionais envolvidos no APH,
no mês de m aio de 2004. Resultados: A maioria é do s exo mas culino 14
(63,3%) e 8 (38,3%) do s exo feminino. Foi observada entre os suj eitos, a
igualdade da participação dos profissionais: enfermeiros e auxiliares de
enfermagem 7(31,8%), médicos e resgatistas 2(2,1%) para cada item,
respectivamente; condutores de ambulância 3(13,6%) e técnico de
enfermagem 1(4,5%). A média de idade é de 32 anos e a maioria 9 (50%) têm
entre 2 à 6 anos de formado. Quanto ao conhecimento do objetivo do colar
cervical, apenas 5 (22,7%) responderam certo. Observamos que 14 (63,6%)
acertaram quatro sinais e sintomas do trauma raquimedular. Foi pedido que
descrevessem a seqüência da imobilização da vítima de TRM na prancha
longa, 15 (68,1%) responderam errado. Sobre quando é interrompido,
imediatamente, o alinhamento da cabeça, na posição neutra, em uma vítima de
TRM, 14 (63,3%) acertaram. Responderam quanto a correta imobilização com
colar cervical 10 (45,4%) certo e 12 (54,5%) errado. Quando pedido que
citassem quatro eventos que pudess e provocar suposto TRM, 18 (81,8%)
responderam quatro eventos e acertaram, 2 (2,1%) responderam três eventos e
erraram, 2 (2,1%) responderam dois eventos e erraram. Também foi
questionado, se é permitido acolchoamento na parte posterior do pescoço da
vítima com suspeita de TRM e 20 (90,9%) acertaram e 2 (9,0%) erraram.
Sobre se a aceleração e desaceleração súbita da ambulância pode permitir
alteração do quadro de TRM da vítima 19 (86,3%) acertaram e 3 (13,6%)
erraram. Conclusão: Concluímos que os profissionais pesquisados são a
maioria do sexo masculino, a média de idade é de 32 anos, com mais de 5
anos de formado. Quanto ao conhecimento, houve um a grande incidênci a de
erros nas respostas.
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P217
ANÁLISE COMPARATIVA DOS RESULTADOS DE VÍTIMAS COM
E SEM TCE SEGUNDO O REVISED TRAUMA SCORE DA FASE
PRÉ-HOSPITALAR
Malvestio MAA, Sousa RMC
Escola de Enferm agem da Universidade de São Paulo. São Paulo-SP
ABRAMET – Associação Brasileira de Medicina do Tráfego
Introdução: O Revised Trauma Score -RTS é uma ferram enta na avaliação
da gravidade e na decisão para triagem de vítimas de trauma e seu uso têm-se
expandido na fas e de atendimento pré-hospitalar-APH. Objetivo: Analisar
comparativam ente os resultados obtidos por vítimas de acidente de trânsito
com e sem TCE considerando o valor total e parcial do RTS (triagem) medido
por equipes de suporte avançado a vida -SAV durante a fase de APH móvel.
Método: Análise dos dados de 178 vítimas, com RTS <11 e idades entre 12 e
65 anos, desde a fase de APH até a internação, alta ou óbito. Resultados: O
sexo masculino (88,8%) e a faixa etária de 21 a 30 anos (39,9%) foram
predominantes. Os pedestres atropelados (44,4%) e os condutores ou
passageiros de moto (33,1%) foram os mais freqüentes envolvidos. Nas
vítimas com TCE (46,1%) o óbito prevaleceu em 52,4% resultando em uma
Odds Ratio-OR a favor do óbito destas vítimas em relação as que não
possuíam TCE de 3,94(p<0,0000) sendo que para este grupo, o RTS mais
freqüente na cena do acidente foi o < 10, 90,7% (p<0,0000). As alterações na
Escala de Coma de Gl asgow (p<0,0000) e na freqüência respiratória
(p<0,005) foram os parâmetros do RTS mais relacionados a presença de TCE.
Durante a fas e de APH o RTS manteve-se inalterado em 44,9% do total das
vítimas e flutuou positivamente em 40,4% delas. A ausência de flutuação
evidenciou uma OR de 2,61 (p=0,006) em favor dos óbitos com TCE e uma
OR de 3,14 em favor das altas para as vítimas sem TCE. Conclusão: O RTS
demonstrou ser important e ferramenta na avaliação comparativa de vítimas
com e sem TCE ainda na fas e de APH. Compreender como se dá a
repercussão fisiológica precoce e sua rel ação com os resultados obtidos pelas
vítimas, pode refl etir na melhora do cuidado bem como, na adequação de
políticas públicas na esfera da saúde e da educação no trânsito.
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21 a 23 de outubro de 2004
P218
TRAUMA EM OBESOS – UMA NOVA REALIDADE
Colaço IA, Nasr A, Christiano AB, Cruz DS, Ehrlich SN, Fontana R,
Mello FY
Universidade Federal do Paraná - Hospital do Trabalhador - Curitiba/PR
Introdução: A obesidade é um a enfermidade crônica que provoca ou acel era
o desenvolvimento de muitas doenças e que causa a morte precoce. Pacientes
obesos apresentam limitação de movimento e divers as complicações que
levam à impressão de que estão mais sujeitos a sofrerem t raumatismos. A
prevalência de obesidade (IMC >= 30 kg/m2) em adultos no Brasil é de 7,0%
para homens e de 12,4% para mulheres. Objetivos: Analisar a incidênci a de
trauma na população rel acionando com o IMC. Material e Método: Foram
analisados os dados ant ropométricos, vitais e Glasgow, mecanismo e índices
de trauma nos pacientes que deram entrada no Pronto Socorro do Hospital do
Trabalhador entre os dias 13 de julho a 3 de Agosto do ano de 2004.
Excluíram-se as vítimas de trauma grave atendidos pelo serviço de
emergência pré-hospitar da cidade de Curitiba (SIATE). Os dados foram
analisados pelo programa estatístico StatGraph. Resultados: Os 1196
pacientes analisados apresent aram: idade média de 30,7 (+/- 18,7) anos,
61,63% homens e 38,37% mulheres. Dentre os pacientes atendidos 37,26%
apres entavam IMC>25 e 10,56% apresentavam IMC>30 sendo considerados
obesos. No grupo mulheres o IMC médio foi de 23,01 com 31,99%
apres entando IMC>25 e 15,31% com IMC>30. No grupo homens o IMC
médio é de 24,37 sendo 40,63% IMC>25 com 8,15% com IMC>30.
Conclusão: Mais homens que mulheres com IMC>25 foram atendidos no
serviço (p < 0,001). Podemos afirmar que a prevalência de mulheres obesas
encontrada no estudo é maior que a do Brasil (p = 0,042) enquanto a
proporção de hom ens obesos é igual à proporção brasileira (p = 0,126).
Conclui-se então que, na popul ação estudada, mulheres com IMC>30
apres entam maior incidência de trauma.
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21 a 23 de outubro de 2004
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TRAUMA EM OBESOS –Q UEDA DE NÍVEL
Colaço IA, Nasr A, Christiano AB, Cruz DS, Ehrlich SN, Fontana R,
Melo FY
Universidade Federal do Paraná - Hospital do Trabalhador - Curitiba/PR
Introdução: A obesidade é um a enfermidade crônica que provoca ou acel era
o desenvolvimento de muitas doenças e que causa a morte precoce. Pacientes
obesos apresentam limitação de movimento e divers as complicações que
levam à impressão de que estão mais sujeitos a sofrerem t raumatismos. A
prevalência de obesidade (IMC >= 30 kg/m2) em adultos no Brasil é de 7,0%
para homens e de 12,4% para mulheres. Objetivos: Analisar a incidênci a de
queda do mesmo nível, na população atendida no Pronto Socorro do Hospital
do Trabalhador, relacionando com o IMC. Material e Método: Foram
analisados os dados ant ropométricos, vitais e Glasgow, mecanismo e índices
de trauma nos pacientes que deram entrada no Pronto Socorro do Hospital do
Trabalhador entre os dias 13 de julho a 3 de Agosto do ano de 2004.
Excluíram-se as vítimas de trauma grave atendidos pelo serviço de
emergência pré-hospitalar da cidade de Curitiba (SIATE). Os dados foram
analisados pelo programa est atístico StatGraph. Resultados: Dos 1196
pacientes analisados, 132 sofreram queda de nível. Destes, 92 são do sexo
masculino e 40 do feminino. Observou-se que 40,15% dos pacientes tinham
IMC>25,00 e 59,85% IMC<25,00 (p=0,015). Entre os homens, 57,61%
apres entaram IMC<25,00 e 42,39% IMC>25,00. E no grupo mulheres
65,00% possuíam IMC<25,00 e 35,00% IMC>25,00. Conclusão: No Pronto
Socorro do Hospital do Trabalhador, foram atendidos por queda de nível mais
pacientes com IMC<25,00, quando comparados com IMC>25,00. E não
pudemos afirmar estatisticam ente que o sexo influenciou no IMC para os
acidentados (p=0,511).
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21 a 23 de outubro de 2004
P220
RESSUSCITAÇÃO CÁRDIO-PULMONAR
Cordeiro FL, Junior LCZ, Pimentel MRS, Maksud DFO, Nascimento FJ,
Silva LT
Projeto Vidas/Uss – Vassouras -RJ
O trabalho teve como objetivo avaliar o grau de conhecimento de acadêmicos
da área da saúde sobre Ressuscitação Cardio-Pulmonar com questões
baseadas no Suporte Básico de Vida Foram realizados pré e pós-testes com 56
alunos da área de saúde com 20 questões que abordavam o tema
(Ressuscitação Cárdio-Pulmonar), sendo todas ela baseadas no BLS. Estes
testes foram aplicados antes e depois de dois cursos sobre o assunto realizados
pela ONG (Proj eto Vidas) onde os alunos foram divididos em quatro
diferent es postos o 1º com programa de computador com desfibrilador externo
automático , o 2º com aul as de desobstrução de vi as aéreas obstruídas por
corpo estranho em adultos e crianças e os outros dois postos com treinamento
em manequins de RCP adulto e pediátrico . O primeiro curso foi o IX Curso
de RCP do Projeto Vidas realizado no di a 27/03/2003 das 18:00 às 22:00 hs
na Universidade Severino Sombra e o 2º foi o X Curso de RCP do Projeto
Vidas, realizado no dia 28 de abril de 2003 das 18:00 às 22:00 hs também
realizado na Universidade Severino Sombra. Os alunos tiveram 15 minutos
para conclusão de cada um dos dois t estes. Os pré-test es mostraram que das
20 questões aplicadas os alunos obtiveram média de acerto de 7,8 questões,
ou seja, 39% , já os pós-testes mostraram uma médi a de acerto de 15,6
questões o que representou 78%. A análise dos resultados nos leva a
conclusão de que a aplicação de cursos práticos e objetivos que abordem
temas voltados para o Suporte Básico de Vida como Cursos de Ressuscitação
Cárdio-Pulmonar são capazes de melhorar o conhecimento prático e teórico
sobre os temas abordados, já que a melhora nos resultados foi de
aproximadament e 100%.
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21 a 23 de outubro de 2004
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MUDANÇA DE COMPORTAMENTO FRENTE A EMERGÊNCIAS
EM UMA PENITENCIÁRIA MODELO NO INTERIOR DO PR
Borba E
Após a capacitação dos agent es de disciplina. Com a idéia de mudar o
comportamento dos agent es de disciplina da penitenciária industrial de
Guarapuava, houve a capacitação destes agentes com resultados
surpreendentes na redução de acidentes internos e pronto atendimento destes
detentos pelos próprios agentes nos sentido de oferecer o primeiro socorro.
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VI SBAIT
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P222
IMPLANTAÇÃO
DO
SISTEMA DE
ATENDIMENTO DE
EMERGÊNCIA
E
PRIMEIROS
SOCORROS
EM
UMA
PENITENCIÁRIA MODELO NO INTERIOR DO PARANÁ
Borba E, Gomes MHT
Penitenciária Industri al de Guarapuava (PIG) e Universidade do Centro Oeste
do Paraná (UNICENTRO)
Introdução: Pela alta periculosidade do trabalho desenvolvido no interior de
uma penitenci ária s entimos a necessidade de padroni zar algumas ações
emergenciais em forma de protocolo para facilitar as intervenções dos agentes
de disciplina e funcionários do ambulatório em caso de necessidade (pane).
Sabemos que há somente alguns tipos de emergência que ocorrerão no interior
de uma penitenciária, devido ao confinamento e delimitação da área de
convívio desta população , diante disto resolvemos selecionar situações que
podem vir a ser reais e montamos um curso de capacitação e ao término
implantamos uma cartilha própria de emergênci as no sistema penitenciário.
Objetivos: Capacitar os funcionários da segurança e do ambulatório em atuar
com efi ciência em situações de emergênci as. Criar protocolos de
atendimentos em caso de emergências. Diminuir a ansiedade destes
profissionais com o conhecimento de técni cas especí ficas que podem salvar
vidas. Atuar de forma efi ciente garantindo a qualidade do socorro prestado a
vitima. Estabelecer entre os funcionários da segurança e ambulatório da PIG
um senso lógico dos protocolos existentes para o atendimento de emergência
dentro e fora das paredes da Penitenci ária. Métodos: Através de aulas teóricas
e exercícios práticos ocorreu o curso, e todos tiveram o compromisso de
serem multiplicadores destas informações lembrando do cuidado e da
responsabilidade de atuar em em ergência. Resultados: Este trabalho foi
implantado em todas as penitenciárias terceirizadas pela empres a, com a
adoção das cartilhas para todos os ambulatórios. Sentimos já nos primeiros
dias após a capacitação uma postura mais efi ciente no primeiro atendimento,
observamos uma redução de complicações pós-traum as e um cuidado maior
ao transport ar as vitimas. Houve ainda a mudança de comportamento perante
a abordagem nos casos de acidentes com a utilização de EPIs adequados.
Conclusão: É possível abordar o assunto “ Primeiros Socorros” e trans formálo em tema de grande interesse já que em qualquer lugar que estivermos, o
conhecimento destas técnicas e protocolos podem ser aplicados com o
objetivo de reduzir complicações e salvar vidas. Neste segundo momento
trabalhos no sentido de formar todos os internos desta penitenciária
trans formando em matéri a curricul ar o assunto “Primeiros Socorros”.
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21 a 23 de outubro de 2004
P223
TRAQ UEOSTOMIA EM HOSPITAL
TRAUMA
Filho FEA, César JMS, Silva FL
Hospital João XXIII – FHEMIG
DE
REFERÊNCIA PARA
Introdução: Traqueostomia é um dos procedimentos cirúrgicos mais
realizados em centros de tratam ento intensivo (CTI). Pacientes vítimas de
trauma, tratados nesses centros apresentam suas peculiaridades, assim como a
indicação e realização dess a cirurgia. Objetivo: Conhecer a realidade da
traqueostomia em CTI de hospital de referência para pacientes traumatizados.
Método: Foram analisados os prontuários de 62 pacientes submetidos a
traqueostomia Cirúrgica tradicional, no CTI, durante o período de janeiro a
agosto de 2004. Estudados quanto a idade, sexo, tempo de entubação prévia,
insucesso em tentativas de extubação, tipos de incisão cutânea e traqueal,
complicações per-operatórias, presença de Traumatismo cranio-encefálico
(TCE) e traumatismo raqui-medular (TRM). Resultados: A maior parte dos
pacientes foram do sexo mas culino, 51 (82%), sendo 26 (53%) com idades
entre 19 a 35 anos, cinco (8%) entre 0 a 14 anos e quatro (7%) acima de 65
anos. Identificou-se uma tendência em realização precoce da traqueostomia,
antes de 14 dias de entubação oro-traqueal, em 40 pacientes (66%). Ocorreu
insucesso em tentativa de extubação em 12 casos (19%). Entre os pacientes
submentidos à traqueostomia, eram vítimas de TCE 12 pacient es (19%) e de
TRM, nove indivíduos (15%). Apresentaram limitações para a hiperextensão
cervical 14 pacientes (23%). A incisão cutânea preferida foi a longitudional
em 60 pacientes (97%), como também a abertura traqueal mais empregada foi
a longitudinal em 60 indivíduos (98%). Complicações per-operatórias foram
registradas em 14 procedimentos (23%), dos quais 3 (5%) foram:
sangramento, les ão de tireóide em 4 (6%), di ficuldade de canulação em 1
(2%), e escape aéreo em volta da cânula em 1 (2%). Não houve nenhuma
reintervenção e não ocorreu óbito durante o período per-operatório.
Conclusões: Ocorreu uma tendênci a em realização precoce da traqueostomia,
provavelmente devido à gravidade dos casos clínicos e pres ença de TCE. As
limitações de posicionam ento cervical não inviabilizaram a realização do
procedimento. Não houve complicações per-operatóri as graves.
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21 a 23 de outubro de 2004
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EPIDEMIOLOGIA E CARACTERIZAÇÃO DA EVISCERAÇÃO NO
PACIENTE VÍTIMA DE TRAUMA
Campos EM, Marra AC, Costa FF, Bruno RC, Toledo FV, Dair IV
Serviço de Cirurgia Geral do Hospital Municipal Dr. José de Carvalho
Florence de São José dos Campos - SP
Introdução: Evisceração é uma das divers as classi fi cações correlacionadas à
deiscênci a da ferida operatória. Deiscência é a s eparação dos tecidos em
cicatrização, especialmente das camadas aponeuróticas, no período pósoperatório. Nas situações em que ocorre a deis cênci a do t ecido aponeurótico
mas não a da pel e denominamos eventração, em outras situações quando
ocorre a deiscência de todas as camadas da parede abdominal permitindo a
protusão das vísceras abdominais para fora da cavidade abdominal,
denominamos evisceração. Objetivo: Caract erizar as situações de
predisposição a ocorrência e principais fatores de risco para deiscência no
pós-operatório de laparotomia pós-trauma, ou seja, num paci ente que a priori
é considerado hígido. Método: No período de janeiro de 2001 a junho de
2003 foram analisados 8 casos aos quais foi realizada a análise ret rospectiva
de prontuários, evidenciando os seguintes dados: idade, sexo, mecanismo de
trauma, horário da realização da cirurgi a, técnica de fechamento da parede
abdominal, tempo de internação, complicações e tempo decorrido ent re a
cirurgia e a evisceração. Resultados: Dos 8 pacientes analisados, todos são do
sexo masculino, com idade média de 50 anos. O acident e automobilístico foi
o mecanismo de trauma m ais freqüente, e o tempo médio de ocorrência de
evisceração foi de 8,2 dias. Em 5 casos a laparotomia pós-trauma que
precedeu a evisceração foi realizada durante o plantão noturno, enquanto em
apenas 3 casos a laparotomia foi realizada no plantão diurno. Conclusão: O
perfil dos pacient es analisados neste trabalho mostrou homens vítimas de
trauma que necessitaram de laparotomia exploradora e evoluíram com
evisceração. O estudo em concordânci a com outros mostrou que a incidência
da evisceração depende principalmente de fatores ditos locais, como
fechamento inadequado da parede abdominal, aumento da pressão intraabdominal e defici ência da cicat rização da parede, principalmente por
desnutrição.
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21 a 23 de outubro de 2004
P225
HEMATOMA RETROPERITONEAL PÓS-PARTO NORMAL
Belezia BF, Antunes AP, Castro EL, Oliveira JM, Castro BL, Bichara DG
Serviço de Cirurgi a Geral de Emergênci a - Hospital Municipal Odilon
Behrens - Belo Horizonte-Minas Gerais
Introdução: O hematoma retroperitoneal secundário ao trauma contuso
normalmente é diagnosticado pela tomografi a computadorizada (TC)e é de
tratamento conservador. A sua abertura pode resultar em hemorragia de di fícil
controle.O uso inadequado do fórceps ou manobras de compressão abdominal
durante o trabalho de parto podem resultar em lesões intra-abdominais ou
retroperitoneais desastros as. Objetivo: Relatar um caso de hematoma
retroperitoneal como complicação de trabalho de parto normal. Método:
Relato de caso. Revisão da literatura. Resultado: Pacient e com a história de
trabalho de parto norm al evoluindo com dor abdominal e anemia em período
puerperal. A ultrassonografia revelou col eção abdominal. A laparotomia
revelou coleção retroperitoneal de sangue que foi evacuada e drenada.
Continuou evoluindo com dor abdominal, febre, anemia, tendo sido
hemotrans fundida com 4 unidades de concentrado de hemácias. Transferida
ao serviço de cirurgia geral clinicamente estável. A TC de abdômen que
revelou coleção ret roperitoneal com parede que capta contraste venoso.
Leucócitos totais de 8.600 e proteína C reativa (PCR) de 192 mg/dl. Iniciado
antibioticoterapia com Ceftriaxona + metronidazol. A segunda TC de controle
revelou diminuição da coleção. Paci ente evoluiu com estabilidade clínica e
normalização dos valores da PCR. Terceira TC revelou desaparecimento da
coleção. Conclusão: Hematoma ret roperitoneal como complicação de
trabalho de parto normal é de ocorrência rara, normalmente i atrogênica,
secundária a manobras de compressão abdominal. Deve ser tratado
conservadoram ente, após diagnóstico por TC. No caso de laparotomia, não
deve ser explorado ou drenado para se evitar infecção e ressangramento.
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ANÁLISE DOS DISTÚRBIOS DE COAGULAÇÃO EM PACIENTES
PEDIÁTRICOS COM TRAUMATISMO CRANIENCEFÁLICO
ATENDIDOS EM UMA UTI DE REFERÊNCIA EM TRAUMA
Guerra SD, Temponi EF, Quintão VC, Lavall Jr. FJC, Ferreira CEF,
Andrade LFC
Hospital João XXIII - FHEMIG / Belo Horizonte – MG, Brasil
Introdução: Traumatismo craniencefálico grave pode levar a distúrbios de
coagulação. Estes são decorrentes da liberação de tromboplastina parcial pelo
tecido encefálico lesado (des encadeando CIVD), ou de uma coagulopatia
dilucional pela reposição vol êmica maciça ou de hipotermia que inativa os
fatores de coagulação. Objetivo: Analisar a ocorrência de distúrbios de
coagulação em paci entes pediát ricos com traumatismo cranioencefálico
atendidos em uma UTI pediátrica. Material e Métodos: Estudo transversal,
descritivo, por meio de análise de prontuários de set embro de 1998 a agosto
de 2003. Resultados: 315 pacientes, sendo 219 (69,5%) do sexo masculino,
com média e mediana de idade de 7,8 anos. O tipo de trauma mais prevalente
foi o atropel amento com 141 (44,8%), seguido de acidente com motocicleta
com uso de capacete de 48 (15,2%). Duzentos e trinta e nove (75,9%) tiveram
distúrbios de coagulação. Foram realizados 182 (76,2%) exam es de tempo de
protrombina com médi a de 43,4 s egundos e m ediana de 44 s egundos. Foram
realizados 147 (61,5%) exames de t empo de tromboplastina parcial ativado
com média de 49,7 segundos e mediana de 38 segundos. Conclusão:
Distúrbios de coagulação são freqüent es pós TCE. Os médicos assistentes
devem pesquisá-los como objetivo de prevenir dano secundário ao encéfalo.
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21 a 23 de outubro de 2004
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ANÁLISE DO TRAUMA RAQ UIMEDULAR EM PACIENTES
PEDIÁTRICOS COM TRAUMATISMO CRANIENCEFÁLICO
ATENDIDOS EM UMA UTI DE REFERÊNCIA EM TRAUMA
Guerra SD, Temponi EF, Quintão VC, Lavall Jr. FJC, Ferreira CEF,
Andrade LFC
Hospital João XXIII - FHEMIG / Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil.
Introdução: As conseqüências de uma coluna instável sem anormalidades
radiológicas podem ser catastrófi cas em vítimas de traumatismo
craniencefálico (TCE). A literatura descreve que entre 6 e 10% dos pacientes
com TCE têm traumatismo raquimedular (TRM) associado. Descreve ainda
que apenas 6% de todas as lesões m edulares ocorrem no grupo pedi átrico.
Entretanto, há relato de que 60% das lesões medulares cervicais ocorrem sem
alterações radiológicas (SCIWORA). Objetivo: Avaliar a ocorrênci a de TRM
cervical em pacientes pediátri cos com traumatismo craniencefálico e a
presença de SCIWORA neste grupo. Material e Métodos: Estudo transversal,
descritivo, por meio de análise de prontuários de setembro de 1998 a fevereiro
de 2002. Resultados: 260 pacientes, sendo 168 (64,6%) do sexo masculino,
com média de idade de 7,8 anos. O tipo de trauma m ais prevalente foi o
atropelamento com 113 (43,5%), seguido de acidente automobilístico com 44
(16,9%). Cento e quarenta e nove pacientes (57,3%) fi zeram exame
radiológico de coluna cervical. Destes, set e (4,7%) pacientes tiveram trauma
raquimedular cervical e nenhum sem alteração radiológica. Conclusão:
Houve baixo percentual de lesões medulares e nenhum caso de SCIWORA,
contrapondo os achados da literatura internacional
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VI SBAIT
VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P228
LESÕES
RAQ UIMEDULARES
CERVICAIS:
ANÁLISE
EPIDEMIOLÓGICA DAS LESÕES ASSOCIADAS
Cecílio WAC, Winkler AM, Borges GA, Billó L, Nasr A, Zaninelli EM,
Grael XS
Hospital do Trabalhador - Universidade Federal do Paraná - Curitiba - PR
Introdução: O trauma que provoca lesão raquimedul ar no s egmento cervical
da coluna vertebral é potenci almente lesivo por freqüent emente ocasionar
lesões associadas que são incapacitantes. A análise dos pacient es com trauma
raquimedular no Hospital do Trabalhador permite concluir que 25% dos
pacientes com múltiplos traumatismos apresentam l esões no segm ento
cervical da coluna. Objetivo: Analisar a freqüênci a das lesões associ adas em
trauma raquimedular em centro de referência de trauma. Método: Foram
revisados prontuários de pacientes que apres entaram lesões raquimedul ares
atendidos no Hospital do Trabalhador e que perm aneceram no Hospital at é a
data da alta médica ou óbito no período de julho de 1999 a julho de 2004,
totalizando 60 pacientes. Foram excluídos os pacientes que entraram em óbito
ainda na sal a de em ergência e os que foram trans feridos a outro serviço antes
da alta médica. Resultados: No período analisado, maioria dos pacientes
atendidos com trauma raquimedular torácico foi do sexo masculino (73.3%)
com a idade média de 35,4±12,99 anos. As principais causas das lesões foram
acidentes automobilísticos (53,3%), ferimentos por arma de fogo (20,0%) e
atropelamentos (20,0%). Houve lesões abdominais associadas em 33,3% dos
pacientes, dos quais 80% foram submetidos a algum tipo de procedimento
cirúrgico invasivo. Da m esma forma 60% dos paci entes apres entaram lesões
torácicas associadas, dos quais 55.6% foram submetidos a algum tipo de
procedimento cirúrgico invasivo. As lesões associadas mais freqüentes foram
crânioencefálicas (53,3%), de m embros inferiores (40,0%), de membros
superiores (33,3%), hemotórax simples (20,0%), lesões de pelve (20%). As
lesões de coluna foram tratadas cirurgicamente em 26,7% dos casos. O
período médio de internamento foi de 14,86±11,39 dias. Conclusões: Em
pacientes com múltiplos traumatismos associados a lesões raquimedulares,
25% apresentam lesão no s egmento cervical da coluna, com maior incidência
em pacientes homens na faixa dos 35 anos. Entre tais pacientes, 1/3
apres entou lesão abdominal associ ada e praticamente 2/3 apresentaram lesões
torácicas, sendo que em 80% daqueles e em 55,6% destes casos foi realizado
algum tipo de procedimento cirúrgico invasivo. As lesões de coluna, por sua
vez, foram submetidas a trat amento cirúrgico em 26,7% dos pacientes
estudados.
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VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P229
CHOQ UE ELÉTRICO DE ALTA VOLTAGEM COM RESPOSTA A
DESFIBRILAÇÃO TARDIA
Belezia BF, Souza SD, Dutra CC, Duarte T, Mendonça WL, Torres LG
Serviço de Assistência Móvel de Urgência – SAMU – Belo Horizonte – MG
Introdução: O paciente vítima de choque elétrico de alta voltagem pode
evoluir com parada cardiorrespiratóri a em assistolia ou fibrilação ventricul ar.
A queda s ecundária nos obrigar a trata-lo como politraumatizado. A
des fibrilação precoce efetuada em menos de 10 minutos é relacionada com
uma melhor resposta. Em parada cardiorrespiratória por choque elétrico é
relacionada com melhor prognóstico das manobras de reanimação. Objetivo:
Relatar caso de vítima de choque elétrico de alta voltagem que foi des fibrilado
tardiamente e respondeu rapidament e no terceiro choque de 360 J monofásico.
Método: Relato de caso.Revisão de literatura. Resultado: Paciente sexo
masculino, 29 anos, vítima de choque elétrico por alta voltagem (rede el étrica
de rua) durante corte de árvore. À chegada da unidade de suporte avançado
encontrava-s e sem qualquer tipo de movimento e preso em fiação e árvore.
Impossibilitado de prestar o primeiro atendimento, aguardou-se por cerca de 5
minutos até a chegada do veículo de s alvamento. Após desligam ento da rede
pela companhia elétrica, iniciou-se a retirada pelos Bombeiros. A avaliação
médica foi iniciada cerca de 20 minutos após o início da ocorrência e mostrou
fibrilação ventri cular. Submetido a três descargas monofási cas crescent es com
200, 300 e 360 J retornou com pulso peri féri co radial, taquicardia sinusal,
pressão arteri al de 100X60, incursões respiratórias, saturação de oxigênio em
98%, boa perfusão capilar e melhora da midríase durant e o transporte. Não
necessitou de uso de vasopressores. Conclusão: Em caso de choque elétrico
de alta voltagem, a monitorização do ritmo cardíaco deve ser feita
independente do tempo de parada cardiorrespiratória e a des fibrilação
realizada imediatamente após o diagnóstico de fibrilação ventricul ar.
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21 a 23 de outubro de 2004
P230
ANÁLISE DA DISAUTONOMIA SIMPÁTICA EM PACIENTES
PEDIÁTRICOS COM TRAUMATISMO CRANIENCEFÁLICO
ATENDIDOS EM UMA UTI DE REFERÊNCIA EM TRAUMA
Guerra SD, Temponi EF, Quintão VC, Lavall Jr. FJC, Ferreira CEF,
Ferreira AR
Hospital João XXIII - FHEMIG / Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil
Introdução: Pacientes com lesão axonal di fusa podem apres entar
disautonomia simpática. A presença de episódios de hipertermia , sudorese,
hipertonia, taquicardia e hipertens ão arterial sistêmica requer diagnóstico
diferencial de síndromes convulsivas e de processo infecciosos. Requer ainda
tratamento especí fico para minimizar as perdas nutricionais, o atraso na
retirada de ventilação mecânica e o desconforto do paciente. Objetivo:
Analisar a ocorrência e as caract erísticas da disautonomia simpática em
pacientes pediát ricos com traumatismo craniencefálico atendidos em uma UTI
pediátrica. Material e Métodos: Estudo transversal, descritivo, por meio de
análise de prontuários de s etembro de 1998 a agosto de 2003. Resultados:
315 pacient es, sendo 219 (69,5%) do sexo m asculino, com média e m ediana
de idade de 7,8 anos. O tipo de trauma mais prevalente foi o atropelam ento
com 141 (44,8%), seguido de acidente com motocicl eta com uso de capacete
de 48 (15,2%). Quarenta e dois (13,3%) pacientes tiveram dis autonomia
simpática e 272 (86,3%) pacient es não tiveram disautonomia simpática. As
medicações mais utilizadas foram clonidina, diazepam e clorpromazina com
resolução ou at enuação das crises em todos os casos. Conclusão: A
disautonomia é um diagnóstico a s er l embrado durante a evolução de
pacientes com traum a crani encefálico. No entanto, a exclusão de outras
causas, para os sinais e sintomas apresentados, pode restringir o diagnóstico e
a abordagem farm acológica especí fi ca a uma minoria dos pacientes,
minimizando interações farm acológicas e efeitos adversos das drogas.
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VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P231
TRAUMA EM MÃO POR ACIDENTE DE TRABALHO
Oliveira VDC, Oliveira AL, Angelini JF
Faculdade de M edicina de São José do Rio Preto (FAMERP) – São José do
Rio Preto, SP
A mão é um órgão de fundament al importância em todas as categorias de
trabalho, um trauma que a afete influenci ará e prejudicará diretam ente no
desempenho profissional. Uma vez que participa da m aioria das atividades
diárias, no trauma é a parte do corpo mais les ada (responsáveis por at é 30%
dos traumas gerais em um servi ço de emergência) pois quando somos
expostos a qualquer situação que compromet e nossa integridade física, a
primeira tendência é nos defendermos coma as mãos. Assim o registro da alta
incidência de fraturas e lesões em geral em trabalhos com atividades manuais.
Alguns autores rel acionam a incidência de l esões nas mãos ao uso freqüente
das mesmas e à di ficuldade do t rabalhador em protegê-las sem acarretar
comprometimento na habilidade e impedir a diminuição da produtividade. As
lesões envolvendo a mão possuem extrema importância devido à incapacidade
física e psíquica que pode acarretar ao indivíduo acometido. O acidente de
trabalho continua sendo um problema grave e freqüent e, provocando lesão
corporal ou perturbação funcional que causa morte, perda ou redução
permanent e ou temporári a da capacidade para o trabalho. Diante destas
considerações, o objetivo deste estudo é levantar na Literatura Latino
Americana, a abordagem das l esões de mão e a relação dessas lesões com o
trabalho (ocupação), no período e 1999 a 2003. Para o alcance de tais
objetivos propostos, foi realizado bus ca aos sites da Biblioteca Virtual em
Saúde BIREME (Centro de Document ação Latino-Americana e do Caribe em
Ciências da Saúde), nas bases de dados LILACS (Literatura LatinoAmericana e do Caribe em Ciências ), que é uma das bas es gerais da Área de
Saúde, e levantam ento bibliográfico manual em revistas e livros de ortopedia
na biblioteca da Faculdade de M edicina de São José do Rio Preto, publicados
no período de 1999 a 2003. Os resultados verificaram que a maioria dos
trabalhos publicados nesta área, diz respeito a tratamentos, diagnósticos,
reabilitação de doenças da mão, assim como, acident es de trabalhos
envolvendo a mão. Tendo em visto tais resultados, pode-se concluir que há
um déficit em publicações na área de prevenção, havendo assim, uma
necessidade de maiores estudos na área do mesmo, para uma melhor
colaboração na diminuição da alta incidência de traumas de mãos.
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VI SBAIT
VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P232
EXPLORAÇÃO DE LESÕES CORTO-CONTUSAS: ALERTA AO
PLANTONISTA GERAL
Castro KPP, Belezia BF, Amado LR, Matias DB, Pacheco F, Castro BL
Serviço de Cirurgia Geral e do Trauma do Hospital Municipal Odilon Behrens
– Belo Horizonte – MG
Introdução: A exploração da ferida corto-contusa é etapa inicial e
determinante do sucesso terapêutico: suturar ou avançar a propedêutica?
Relato de Caso: Paciente 31 anos com relato de agress ão por arma branca em
couro cabeludo. Ao exame clínico, mostra-s e consciente, ativa, verbalizando
sem sinais de confus ão mental e com uma lesão corto-contusa retroauri cular à
direita. A ferida foi submetida a anestesia locorregional e exploração
demonstrando apenas hem atoma local. A história do traum a motivou a
solicitação de uma radiografia de crânio que surprendeu a ponta da arma
branca como corpo estranho. Foi solicitada uma Tomografi a de Crânio que
confirmou pneumoencéfalo que motivou o encaminhamento ao Serviço de
Neuroci rurgia. Conclusão: Uma lesão que seria apenas suturada determinaria
uma evolução possivelmente fatal se não foss e explorada.
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VI SBAIT
VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P233
EPIDEMIOLOGIA DA VIOLÊNCIA OBSERVADA EM HOSPITAL
DA REGIÃO SUL DE SÃO PAULO
Raphe R, Borges AM, Felicio OSC, Pelegrinelli RS, Hachul DM, Landini AS
Serviço de Residência Médi ca de Cirurgia Geral do Hospital Municipal do
Campo Limpo – São Paulo – SP
Introdução: A violência tem sido descrita como a maior epidemia dos
últimos tempos. Os índices de violência têm apres entado alta incidência e
prevalência em todo o Mundo e são fatores de grande preocupação, pois estão
relacionados à desestruturação sócio-econômica dos paises. Vítimas de
ferimentos por armas brancas e projéteis de armas de fogo apresent am um
custo importante tanto para o sistema de saúde quanto para a economia. A
região Sul de São Paulo t em como características sua numerosa popul ação e
elevados índices de violência. Objetivo: Estrati ficar o número de
atendimentos realizados em vítimas de ferimentos de arm as brancas e
projéteis de armas de fogo no Hospital Municipal do Campo Limpo.
Metodologia: Foi realizado um levantamento do número de pacientes vítimas
de projéteis de arma fogo e arma branca atendidos no Hospital Municipal do
Campo Limpo, no período de Dezembro de 2002 a Junho de 2004, através da
base de dados do serviço de gerenciamento de informática do hospital.
Resultados: O Hospital Municipal do C ampo Limpo é respons ável pelo
atendimento de um a área de 98,8Km2 com, aproximadamente, 991.033
habitantes, ou seja, 30,8% da população residente na região Sul, sendo
considerado referênci a de trauma da região. Pode-s e observar que foram
atendidos 2.100 pacient es vítimas de ferimentos de armas brancas e projét eis
de armas de fogo. Dest es, 1510 (71,9%) pacientes apresent avam ferimentos
por projétil de arma de fogo e 590 (28,1%) pacient es apres entavam ferimentos
por arma branca, sendo que o primeiro foi 2,55 vezes mais freqüente nesta
região. A média de pacientes atendidos por lesões violentas por mês foi de
110,5, mostrando que 79,4 foram vítimas de projétil de arma de fogo e 31,5
por arma branca. A principal caus a de óbito nas regiões at endidas pelo
Hospital do Campo Limpo foi o homicídio, apresentando índices de 12% a
26% do total de óbitos, segundo o PRO-AIM/CEInfo – SMS. Conclusão:
Tendo em vista os resultados acima, conclui-se que o Hospital Municipal do
Campo Limpo está localizado em uma regi ão com altos índices de violência,
apres entando como principal causa de óbitos o homicídio e que a arma de
fogo é o objeto principal desta violência.
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VI SBAIT
VI Congresso da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
21 a 23 de outubro de 2004
P234
ANÁLISE
DO
TRATAMENTO
DA
HIPERTENSÃO
INTRACRANIANA EM PACIENTES
PEDIÁTRICOS
COM
TRAUMATISMO CRANIENCEFÁLICO ATENDIDOS EM UMA UTI
DE REFERÊNCIA EM TRAUMA
Guerra SD, Temponi EF, Quintão VC, Lavall Jr. FJC, Ferreira CEF,
Andrade LFC
Hospital João XXIII - FHEMIG / Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil
Introdução: A monitoração da pressão intracrani ana (PIC) é indicada para
pacientes com risco de sua elevação, visando a ori entação de seu tratamento.
Todos os tratamentos para elevação da pressão intracraniana têm riscos,
portanto, devem ser instituídos quando bem indicados. Objetivo: Analisar o
tratamento da hipertens ão intracraniana em pacientes pediátri cos com
traumatismo craniencefálico at endidos em uma UTI. Material e Métodos:
Estudo transversal, descritivo, por meio de análise de prontuários de setembro
de 1998 a agosto de 2003. Resultados: 315 pacient es, sendo 219 (69,5%) do
sexo masculino, com média e mediana de idade de 7,8 anos. O tipo de trauma
mais prevalente foi o atropel amento com 141 (44,8%), seguido de acidente
com motocicleta com uso de capacete de 48 (15,2%). O tratamento foi
sedação para oito (6,3%) pacientes, hiperventilação um (0,8%), sedação e
hiperventilação 13 (10,3%), sedação e manitol 5 (4%), hiperventilação mais
manitol um (0,8%), sedação mais hiperventilação e m anitol em 30 (23,8%)
pacientes, sedação mais hiperventilação e coma barbitúrico em um (0,8%) e
sedação mais hiperventilação e manitol e coma barbitúrico em 67 (53,2%)
pacientes. Conclusão: Mais da metade dos pacientes necessitaram de
tratamento da hipertensão intracraniana (HIC) com todos os recursos não
cirúrgicos des critos atualmente na literatura. Isto reforça a alta freqüência de
HIC no grupo pediátrico e a necessidade de monitoração para gui ar a
terapêutica.
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21 a 23 de outubro de 2004
P235
AVALIAÇÃO DO BALANÇO NITROGENADO NOS PACIENTES
CRÍTICOS SUBMETIDOS À TERAPIA NUTRICIONAL
Curi JCM, Brito S, Trajano AD, Gonsaga RAT, Mantovani M
Disciplina de Cirurgia do Trauma do Departamento de Cirurgia F.C.M UNICAMP. Campinas/ SP, Brasil
Introdução: O Balanço Nitrogenado (BN) é a medida da ingestão de
nitrogênio, presente nas proteínas, menos o nitrogênio excretado ou perdido
pelo organismo durante um determinado tempo, geralment e um período de 24
horas. No indivíduo adulto e em condições normais, o BN é zero, já que o
organismo não armazena proteínas. No estresse orgânico, o BN negativo
decorre tanto da ingestão deficiente de prot eínas como da excreção excessiva
de nitrogênio, decorrente do aumento do catabolismo protéi co (trauma,
infecção, infl amação, neoplasias, etc). Objetivo: Mostrar que as necessidades
calórico-protéicas inicialmente calculadas pela equação de Harris-Benedi ct
corrigida pelos fatores de Long ou através da fórmula simplificada devem ser
acompanhadas e modi ficadas de acordo com o balanço nitrogenado periódico,
pelo menos uma vez por semana. Método: Foram analisados
retrospectivamente, no período de janeiro de 2002 a dezembro de 2003, 44
pacientes críticos (urgênci as cirúrgicas traumáticas e não-traumáticas) cuja
evolução necessitou de terapia nutricional (nutrição enteral e/ou parenteral).
Resultados: A idade média dos pacientes foi de 52,38 ± 20,72 anos, variando
de 15 a 86 anos, com predomínio do s exo mas culino (25 casos – 56,8%). A
média do nitrogênio infundido (proteína prescrita) foi de 14,38 ± 3,25 g e a
média do nitrogênio excretado foi de 16,68 ± 8,22 g. A média dos balanços
nitrogenados foi de – 2,56 ± 7,31 g/dia, sendo o menor balanço de – 28 g/dia e
o maior de + 7 g/dia. Segundo a classificação do grau de catabolismo
protéico, 27 casos (61,3%) tiveram BN normal (0 até –5) e 17 casos (38,7%)
tiveram BN negativo, sendo que 11 casos (25%) tiveram catabolismo leve (-5
até –10), 4 casos (9%) catabolismo moderado (-10 até –15) e 2 casos (4,7%)
catabolismo severo (> -15). Conclusão: Nesta amostragem, cerca de 40% do
pacientes, ficou patente a insuficiência de pres crição da quantidade apropriada
de proteínas. Portanto, nos pacient es críticos é fundam ental a utilização do
balanço nitrogenado periódico para correção das necessidades protéicas.
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