Atendimento Pré-hospitalar ao Paciente com Agravo Mental Enf. Adriana Monteiro Quando me falam de psiquiatria, eu imagino... A psiquiatria no Brasil • • • • • • • • • • • 1543: Primeiras Santas Casas; 1841: Os primeiros Hospitais; 1890: A República e a psiquiatria; 1900: A tecnologia do século XX; 1901: A institucionalização e o Juquery; 1903: Legalização da reclusão; 1950: Novos serviços de atendimento psiquiátrico; 1965: Ampliação do atendimento através da rede privada; 1970: Profissionais da saúde denunciam a indústria da loucura; 1992: Primeira reforma psiquiátrica estadual no RS; 1992: Portarias do MS regulamentam a reforma psiquiátrica nacional e a criação dos CAPS e NAPS; • 2000: Criação das residências terapêuticas. CAPS • Serviços abertos de atenção diária; • Acolhimento da crise; • Ordenador da porta de entrada da rede de saúde mental; • Atenção diária que possa promover a redução das internações em hospitais psiquiátricos; • Articulador dos recursos do território: criação de redes (sócio-sanitárias, jurídicas, sociais e educacionais) • Suporte e Apoio às ações de SM na atenção básica Transtornos mais comuns Depressão Distúrbios de ansiedade Esquizofrenia Distúrbios do pânico Usuários de drogas e álcool A família do paciente Considerar: • Herança genética; • Avaliar a cena com cautela; • Descontrole emocional; • Ameaças; • Gatilhos; • Trata-se realmente de uma emergência psiquiátrica? Emergências Psiquiátricas São quaisquer alterações nos pensamentos, sentimentos ou comportamentos para as quais se faz necessária intervenção imediata por representar risco significativo para si ou para terceiros. Quando a confusão mental não tem causa psiquiátrica • • • • • • • • Hipoglicemia; Hiperglicemia; Senilidade; Infecções no idoso; AVE; Desidratação; Hipotensão; Anemias. Aspectos legais Aspectos legais • Cabe ao enfermeiro avaliar as condições do paciente e prescrever a contenção física ou mecânica quando necessário mediante a aplicação do processo de enfermagem; • Na ausência do enfermeiro no local da ocorrência cabe ao médico regulador prescrever a contenção via telemedicina; • Todo o atendimento deve ser registrado de forma clara e objetiva. Atuação do Suporte Básico • Protocolo assistencial; • Importância do registro; • Contato com a Regulação Médica; • Aguardar conduta do Médico Regulador; • Zelar pela segurança do paciente. O atendimento Pré-hospitalar Situações de risco • Passo 1: Manter-se em local seguro • Passo 2: Solicitar o apoio necessário • Passo 3: Aguardar em local seguro ATENÇÃO! Antes do contato com a vítima: Avaliar o local Segurança Evitar atitudes ameaçadoras Solicitar apoio s/n Tempo de manifestação Como deve ser a abordagem Abordagem Verbal Identificar-se Informar que deseja ajudá-lo Falar brevemente Manter distância Afastar “platéias” Explicar procedimento Acalmá-lo Contenção Física X Contenção Mecânica Contenção Química • Realizada pelo enfermeiro na unidade de suporte avançado; • Pode ser realizada por via EV ou IM; • É uma situação de risco para o profissional; • Atentar para o uso de benzodiazepínicos em pacientes etilizados ou sob efeito de entorpecentes; • Atentar para o uso de haloperidol em pacientes portadores de epilepsia Contenção Mecânica • • • • • • • Deve ser realizada com a técnica adequada; Solicitar apoio antes de abordar a vítima; Preparar o material necessário; Senha; Atenção ao risco de lesões; Registro do procedimento; Reavaliação periódica. Técnica de contenção de membros: Técnica de contenção de membros: Considerações especiais • A contenção deve ser considerada apenas quando todas as demais alternativas falharam; • A contenção visa a segurança do paciente, dos familiares e da equipe, jamais utilizar como forma de punição; • A contenção deve ser feita na técnica correta para evitar lesões ao pacientes e aos profissionais. Referências • Carvalho, MB. Psiquiatria para a enfermagem. São Paulo: Rideel; 2012. • Fonseca AS, Peterlini FL, Cardoso MLAP, Lopes LLA, Diegues SRS. Enfermagem em Emergência. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011; • Peterlini FL, Sartori MRA, Fonseca AS. Emergências Clínicas. São Paulo: Martinari, 2014. • Bortolotti F. Manual do Socorrista. Porto Alegre: Expansão Editorial, 2008; • Prefeitura da Cidade de São Paulo – Secretaria Municipal de Saúde. Protocolos de atendimento pré-hospitalar – Suporte Básico de Vida para Enfermeiros. São Paulo; 2009. “Nossos doentes não nos escolheram. Nós é que os escolhemos. Nós poderíamos ter escolhido outra profissão, mas não o fizemos. Nós aceitamos a responsabilidade de cuidar de cada doente nas piores situações(...)” (NAEMT – PHTLS) Enf. Adriana Monteiro E-mail: [email protected] [email protected] Aula disponível em: www.cetecmed.com.br