1 Abordagem fisioterapêutica em pacientes no pós-operatório de ressecção de bolha enfisematosa: uma revisão de literatura Adrianny Pinheiro da Silva 1 e-mail: [email protected] Dayana Priscila Maia Mejia 2 Pós-Graduação em Terapia Intensiva – Faculdade Ávila Resumo Este trabalho teve por objetivo investigar a atuação e a eficácia do tratamento fisioterapêutico no pós-operatório de bolhas enfisematos. Realizou-se uma revisão a partir de uma pesquisa atualizada dos principais livros e artigos relacionados ao tema nas bases de dados online Scielo, MedLine, Lilacs e Jornal Brasileiro de Pneumologia, no período de 2000 a 2012. Os critérios de inclusão foram artigos originais sobre a patologia pouco abordada na literatura brasileira. Foram identificados recursos utilizados pela fisioterapia na reabilitação pulmonar: cinesioterapia respiratória, espirometria de incentivo, treinamento específico da musculatura respiratória. Com isso, pelas evidências encontradas nas literaturas, concebe-se que estas técnicas e manobras possuem seu caráter de eficácia, principalmente pelo fato de se dirigirem a segmentos específicos do sistema respiratório. Palavras-chave: Enfisema bolhoso; Pós-operatório; Conduta fisioterapêutica. 1. Introdução Bolhas de enfisema são oriundas de processos broncoespásticos e obstrutivos dos bronquíolos terminais que se formam a partir de rupturas dos septos interalveolares, fundindo um número maior ou menor de alvéolos e sacos alveolares. São vesículas cheias de ar, com parede externa muito fina, translúcida ou opalescente e constituídas principalmente pela pleura visceral. São uni ou bilaterais e funcionalmente inertes, ocupando um grande espaço vital nas cavidades torácicas. Embora o enfisema acometa os pulmões de forma generalizada, existem porções ainda funcionantes, porém malventiladas, colabadas pela distensão das bolhas inertes, roubando espaço vital para a dinâmica das partes menos comprometidas (GIANNINI et. Al, 2007 As bolhas enfisematosas correspondem a uma alteração subpleural ou intraparenquimatosa do espaço aéreo pulmonar que quando atinge dimensões consideráveis, influencia negativamente a funcionalidade do tecido pulmonar, devido ao jogo de forças/pressão não equilibrado entre a bolha e as regiões pulmonares adjacentes. As bolhas podem sofrer aumento de tamanho, complicações como infecções e hemorragias ou originar pneumotórax (BOTTER et. al, 2007). O enfisema bolhoso é decorrente da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), e segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) até 2020 passará de 12ª para 5ª doença mais prevalente no mundo e da 6ª para a 3ª principal causa de morte (II Consenso de DPOC, 2004). 1 Pós-Graduanda em Terapia Intensiva. Orientadora, Fisioterapeuta especialista em Metodologia do Ensino Superior, Mestranda em Bioética e Direito em Saúde. 2 2 Por se tratar de uma patologia que, assim como o tradicional enfisema difuso, não é totalmente reversível, sua principal forma de tratamento é o procedimento cirúrgico. Segundo Sanchez & Rigonatto (2004) a fisioterapia em pacientes submetidos a qualquer cirurgia é de extrema importância, pois tem como objetivo constante, no pré-operatório, intra e pós-operatório, evitar complicações pulmonares, através de medidas profiláticas. Os cuidados no pós-operatório são imprescindíveis, visto que as complicações podem contribuir significativamente para o aumento da morbidade e mortalidade. Algumas complicações podem ser citadas, tais como: alterações metabólicas; insuficiência respiratória; hipovolemia; hemopneumotórax; dor; atelectasia e empiema. O tratamento fisioterapêutico precede-se de uma avaliação criteriosa, que necessita de um conhecimento prévio da anatomia do sistema respiratório, sua fisiologia, bem como, da fisiopatologia da doença, para que se possa traçar um plano de tratamento que dependerá das condições individuais de cada paciente, além disso, deve haver uma reavaliação constante no decorrer do tratamento, visando uma melhor evolução. Considerando que existem raros dados na literatura sobre tratamento fisioterapêutico no enfisema bolhoso, tornou-se o objetivo deste trabalho investigar a atuação e a eficácia do tratamento fisioterapêutico no pós- operatório de bolha enfisematosa. Para a elaboração deste trabalho utilizou-se uma revisão a partir de uma pesquisa atualizada dos principais artigos relacionados ao tema nas bases de dados Scileo, Lilacs, Medline, assim como livros consagrados de fisioterapia respiratória e Jornal Brasileiro de Pneumologia. 2. Enfisema Bolhoso e Bolhas Enfisematosas O termo enfisema, que em grego significa insuflar, soprar (em = dentro; physan = soprar), foi pela primeira vez empregado por Laennec (1824) para descrever o pulmão com quantidade excessiva de ar. Antes dele, Bailie (1793) referiu-se ao pulmão cujas características eram semelhantes, isto é, com volume aumentado, alvéolos dilatados e extravasamento de ar subpleural, considerando cada um desses achados como afecção autônoma. E desde então se define o enfisema, em termos anatômicos, como a dilatação anormal e permanente dos espaços aéreos distais ao bronquíolo terminal com destruição de suas paredes (MENÉNDEZ, 2006). O enfisema bolhoso, se caracteriza pela presença de bolhas no pulmão, reduzindo a oxigenação sanguínea e, em caso de ruptura, pode colocar ar na cavidade subpleural. Estas formações podem ser únicas ou múltiplas( QUEIROZ,2009). Quando as lesões atingem dimensões consideráveis influenciam negativamente a funcionalidade do tecido pulmonar adjacente, devido ao jogo de forças/pressão não equilibrado entre a bolha essas regiões. As bolhas podem sofrer aumento de tamanho, complicações como infecções e hemorragias ou originar pneumotórax (SILVA, 2002) Para Botter et. al (2007) as bolhas enfisematosas correspondem a uma alteração subpleural ou intraparenquimatosa do espaço aéreo pulmonar, de diâmetro maior que um centímetro, são circundadas por uma parede externa fibrosa, constituída por pleura visceral, resto de septos alveolares, vasos sanguíneos e pigmento antracótico, quando ocupam um terço ou mais do volume de um hemitórax recebem a denominação de bolhas enfisematosas gigantes. Bethlem (2002) descreve que de acordo com sua localização, o enfisema pode ser classificado de duas formas: 1) quando na parte central do acino, correspondendo também ao centro do lóbulo e interessando bronquíolos respiratórios e átrios, é chamado enfisema centriacinar ou centrilobular (ECA); 2) quando o processo destrutivo e maior ou menor grau acomete todo o acino, constitui o enfisema panacinar ou panlobular (EPA). Esse mesmo autor refere ainda que no ECA as alterações nos centros dos acinos são apreciadas ao lado da integridade da periferia dessas estruturas, onde estão localizados os 3 canais e sacos alveolares. No curso evolutivo do processo patológico, os espaços parecem aumentar suas dimensões, até atingir grandes proporções pela confluência com outras lesões, disso resultando a formação de bolhas. Não há conhecimento da prevalência real do Enfisema Bolhoso no Brasil. No entanto, estimativas mencionados no II Consenso de DPOC (2004) relata que esse grupo de doenças, no qual se enquadra o enfisema, em 2003, foi a quinta maior causa de internamento no sistema público de saúde do Brasil, em maiores de 40 anos, com 196.698 internações e gasto aproximado de 72 milhões de reais. E que a taxa de mortalidade da década de 1980 para 1990, alcançou um crescimento de 340%, ocupando da 4ª a 7ª posição entre as principais causas de morte no Brasil nos últimos anos. A incidência é maior entre os homens que em mulheres e aumenta acentuadamente com a idade, no entanto, com o aumento do tabagismo entre as mulheres, esses dados podem vir a modificar-se em futuro próximo. A OMS prevê que em 2020, a DPOC passará de 12ª para 5ª doença mais prevalente no mundo e da 6ª para a 3ª causa de morte. Dentre as razões para esse aumento, incluem a redução da mortalidade por outras doenças e o aumento do número de fumantes e da poluição ambiental (GAMBAROTO, 2006). O tabagismo é a principal causa de DPOC, e portanto do enfisema. Os tabagistas têm 10 vezes maior risco de desenvolver a doença. Entre outras causas podem-se citar a exposição à fumaça de lenha e ocupacional prolongado e a deficiência de α 1-antitripsina, enzima antielastase que impede a degradação da elastina (DWEIR & CAHALIN, 2000). Geralmente, as bolhas pulmonares são associadas à DPOC, entretanto, podem ser consequentes a tuberculose, sarcoidose, inalação de cocaína, trauma das vias aéreas e outros. Outros autores admitem ainda que, em alguns casos, as bolhas enfisematosas possam ter natureza congênita (BOTTER et. al, 2007). O enfisema pode ser gerado pelo mecanismo obstrutivo e pelo desequilíbrio dos sistemas enzimáticos, como mencionados abaixo: O primeiro (modelo mecânico) resulta da bronquite, mais propriamente da bronquiolite, acompanhada de angústia da luz dos bronquíolos membranosos, periférico, da maior produção de muco, pela hipertrofia das glândulas mucíparas e dificuldade de seu transporte para o exterior pela diminuição dos cílios. Na inspiração, a luz brônquica se dilata e o ar consegue penetrar nos alvéolos. Na expiração, o bronquíolo se estreita, reduzindo ainda mais a luz que já é precária, caracterizando a denominada “limitação persistente do fluxo aéreo expiratório”. Esse processo faz com que o ar entre nos alvéolos, mais encontre dificuldade em sair. O aumento da pressão intra-alveolar alarga os espaços dos alvéolos, cujos septos terminam por se romper, surgindo o enfisema. O segundo é em resumo, um processo de desequilíbrio enzimático onde ocorre: 1) aumento da elastase no pulmão pela ativação dos macrófagos que por quimiotaxia atraem maior número de neutrófilos contendo a referida enzima em seu citoplasma, liberando-a no lóbulo; 2) produção de uma avalanche de oxidantes que vão oxidar o núcleo ativo da alfa1- antiprotease, tornando-o inativo, portanto incapaz de bloquear a elastase; 3) neutralização da lisil- oxidase, impedindo a ressíntese da elastina (TARANTINO, 2002:157). A tosse é o sintoma mais encontrado, pode ser diária ou intermitente e pode preceder a dispnéia ou aparecer simultaneamente a ela, que é o principal sintoma associado à incapacidade, redução da qualidade de vida e pior prognóstico, é geralmente progressiva com a evolução da doença. Muitos pacientes só referem a dispnéia numa fase mais avançada da doença, pois atribuem parte da incapacidade física ao envelhecimento e à falta de condicionamento físico. Gambaroto (2006) descreve o indivíduo enfisematoso, conhecido como pink puffers ou “sopradores róseos” de modo geral é idoso, emagrecido, com fáceis angustiada, lábios e pele corados. A dispnéia é progressiva e intensa, e a tosse, na maioria das vezes, é seca 4 (exceto nas exacerbações ocasionadas por infecção pulmonar). O radiograma convencional de tórax foi, por muitos anos, utilizado na investigação de pacientes enfisematosos. Porém, o único sinal direto de enfisema no radiograma de tórax é a presença de bolhas contendo ar. Sinais indiretos incluem a retificação e o rebaixamento do diafragma, a redução focal da vasculatura pulmonar e o aumento do espaço claro retroesternal. Na população geral, a sensibilidade do radiograma de tórax na detecção de enfisema é de apenas 40%. Em enfisema grave, contudo, a sensibilidade do conjunto das duas imagens de radiogramas de tórax, de frente e de perfil, pode ser de até 90%, como sugerem alguns pesquisadores. Na presença de enfisema grave, porém, a importância do radiograma de tórax limita-se à identificação de complicações, como a presença de consolidação, atelectasia ou pneumotórax (IRION et. al, 2009). Os testes de função pulmonar são indiscutivelmente fundamentais para o diagnóstico e o acompanhamento das DPOC. Esses testes funcionais têm várias vantagens sobre os métodos de diagnóstico por imagem, principalmente a ausência de uso de radiações ionizantes, o baixo custo, a bem estabelecida correlação com o quadro clínico, a reprodutibilidade de resultados e a capacidade de predição prognóstica. A alteração na forma da curva de fluxovolume na inspiração é um dos achados importantes e mais precoces na investigação desse grupo de pacientes (IRION et. al, 2009). A Comissão de Imagem da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (2010) descreve na Tomografia Computadorizada (TC), a bolha como uma área hipodensa focal que apresenta paredes bem definidas e suaves que não excedam 1 mm de espessura. Segundo Gambaroto (2006), o tratamento do enfisema divide-se em: 1) farmacológico que objetiva amenizar e prevenir sintomas, reduzindo a frequência e severidade das exacerbações, melhorando a qualidade vida e tolerância ao exercício (broncodilatadores, antibióticos, corticóides); e 2) não-farmacológico (oxigenoterapia, reabilitação pulmonar, cirurgia pulmonar) No enfisema, como na maioria das doenças degenerativas, o tratamento geralmente é paliativo, que visa melhorar a qualidade de vida do paciente, sem, no entanto, ter qualquer efeito substancial sobre o curso natural da doença. Nos casos específicos de enfisema bolhoso, o tratamento cirúrgico é a escolha óbvia, assumindo que o paciente preenche os critérios de seleção funcional (CAMARGO, 2009). Até a década de 80, o procedimento mais realizado e aceito pelos cirurgiões torácicos para o tratamento da bolha enfisematosa consistia na sua ressecção, tendo como via de acesso a toracotomia convencional, uni ou bilateral, ou ainda a esternotomia, na eventualidade de tratamento simultâneo de bolhas bilaterais (SAAD et. al., 2000). A via de acesso por videotoracoscopia tem a vantagem de evitar grandes incisões no tórax, o que reduz drasticamente a mortalidade da operação; no entanto, os malefícios da aplicação da anestesia geral e das suturas pulmonares manuais ou mecânicas ainda estão presentes (SAAD et. al., 2000). Um método menos invasivo, consiste basicamente em drenagem das bolhas de enfisema e utilizando-se anestesia local (SAAD et. al., 2000). A fisioterapia em pacientes submetidos a qualquer cirurgia tem por objetivo no pré, intra e pós-operatório, evitar complicações pulmonares através de medidas profiláticas. Os cuidados no pós-operatório são cruciais e as complicações podem contribuir significativamente para a morbidade e mortalidade. Algumas complicações podem ser citadas, tais como: alterações metabólicas; insuficiência respiratória; hipovolemia; hemopneumotórax; dor; atelectasia e empiema (SANCHEZ & RIGONATTO, 2004). 3. Abordagem fisioterapêutica no enfisema bolhoso 5 A maioria dos doentes submetidos a tratamento cirúrgico das bolhas enfisematosas apresentam bons resultados clínicos e funcionais no longo prazo, além de elevada sobrevida em cinco anos (BOTTER et. al, 2007). A fisioterapia é de grande importância na prevenção e tratamento de complicações pósoperatórias e segundo Tarantino (2002), qualquer procedimento cirúrgico se acompanha de algum grau de disfunção pulmonar, mesmo quando os pulmões não se encontram diretamente envolvidos. Bethlem (2002) descreve que para o sucesso do tratamento é necessária a participação ativa do paciente, que pode ser obtida ao informar-lhe sobre significância desta terapêutica. O plano fisioterapêutico visa oferecer o melhor comportamento funcional do paciente, sendo útil o seu início o mais precocemente possível. Portanto, a cuidadosa preparação deve ter início no pré-operatório (principalmente no paciente portador de DPOC) começando por uma avaliação, que leva em consideração as principais áreas de risco que costumam coexistir, que são segundo Tarantino (2002): 1) Infecção Respiratória; 2) Obesidade; 3) Desnutrição; 4) Broncoespasmo e 5) Abandono do tabagismo. Os principais fatores envolvidos na fisiopatologia das complicações respiratórias no pósoperatório são: a) Dor pós-operatória: principalmente por limitar a ventilação e a tosse. b) A anestesia geral e os analgésicos: A manipulação das vias aéreas pode propiciar contaminação e as drogas anestésicas, assim como a manipulação das vias aéreas superiores, podem interferir com a produção de muco e movimentação ciliar (mecanismos de defesa). Ademais, os anestésicos, os analgésicos e os relaxantes musculares, sobretudos os de ação mais prolongada, interferem com a consciência e a força muscular, respectivamente, diminuindo a ventilação e o reflexo da tosse. A ventilação com alta fração inspirada de oxigênio durante o período perioperatório propicia maior reabsorção do ar alveolar e pode ser responsável por lesão pulmonar. c) As incisões, sobretudo toracotomias e abdominais alta, além da dor, rompem a integridade muscular, resultando em disfunção da musculatura respiratória. d) No pós-operatório ocorre demanda aumentada de oxigênio, o que pode precipitar a insuficiência respiratória em pacientes com reserva pulmonar limitada por disfunção pré-existente, decorrente de doença pulmonar, ou adquirida no perioperatório (atelectasia, por exemplo), ou mesmo em decorrência das alterações inerentes ao envelhecimento. e) A disfunção cardíaca pré-existente, ou devido a eventos perioperatórios tais como infarto e/ou depressão por drogas, ou mesmo como efeito da resposta inflamatória sistêmica perioperatória, podem precipitar congestão pulmonar e baixo débito cardíaco. f) A resposta inflamatória sistêmica, basicamente a liberação de diversos fatores inflamatórios, como citocininas e leucotrienos, com a ativação de leucócitos e plaquetas, em resposta ao trauma cirúrgico, podem resultar em lesão orgânica pulmonar inclusive (RODRIGUES et. al. 2002: 469 – 470). Desta maneira os cuidados no pós-operatório devem compreender: a manutenção da via aérea, oxigenoterapia, tratamento da dor, profilaxia do tromboembolismo, remoção de secreções brônquicas, aspiração de secreções e técnicas reexpansivas (TARANTINO, 2002). De forma geral a fisioterapia tanto no pré como pós-operatório imediato (enfermaria) ou tardio (ambulatório) do enfisema bolhoso, compreende recursos que irão melhorar, manter ou restabelecer a função pulmonar dos pacientes. Para Bethlem (2002) a abordagem terapêutica visando estes objetivos consta de exercícios respiratórios, exercícios de tosse, drenagem postural de todos segmentos pulmonares, técnicas de percussão torácica associadas à drenagem postural, prática de exercícios destinados a coordenar a atividade com a respiração, movimentação ativa e passiva dos 6 membros superiores e inferiores, inclusive em pacientes hospitalizados, associação com a terapêutica inalatória, podendo as sessões de fisioterapia ser realizadas, após nebulizações de broncodilatadores ou simultaneamente à inalação de oxigênio. Os exercícios respiratórios e a drenagem postural podem ser praticados até em pacientes submetidos ao tratamento de descompensações ventilatórias, inclusive simultaneamente ao uso de respiradores. Porém em estudo realizado por Botter et. al, (2007) no caso específico de bolhas enfisematosas a ventilação mecânica com pressão positiva pode aumentar a tensão no interior da bolha determinando colapso de áreas funcionantes ou, em caso de sua ruptura, consequente pneumotórax hipertensivo. A seguir serão descritas técnicas fisioterapêuticas utilizadas no enfisema bolhoso: Cinesioterapia respiratória ou exercícios respiratórios: São nomes genéricos, usados comumente para descrever os vários tipos de respirações controladas e voluntárias, visando muito mais o controle respiratório e não o aumento do trabalho respiratório, como seria esperado efeito do exercício. Assim em outros termos têm sido ainda propostos como “controle respiratório”, “retreinamento respiratório” e “respiração controlada” (BRITTO, 2009). Os exercícios respiratórios irão aumentar a ventilação alveolar em ambos os lobos inferiores e estimularão um controle mais eficiente da respiração. A respiração com os lábios quase fechados, ênfase no relaxamento dos músculos acessórios e maior foco no diafragma melhoram o controle da respiração (MOFFAT, 2008). Os exercícios respiratórios e o treino de ventilação são intervenções fundamentais para a prevenção ou tratamento abrangente de comprometimentos ligados a distúrbios pulmonares agudos ou crônicos. Esses exercícios são aspectos do tratamento para a melhora do estado pulmonar e aumento da rsistência geral e função do paciente durante as atividades diárias (KISNER, 2009). Controle ou conscientização diafragmática: A respiração diafragmática ou controle respiratório é o exercício mais comumente utilizado. A técnica consiste em posicionar o paciente confortavelmente, sentado no leito ou em decúbito lateral, então pede-se que ele realize uma inspiração utilizando a parte inferior do tórax, ou seja uma expansão abdominal, sendo orientado a relaxar a parte superior do tórax, ombros e braços. O fisioterapeuta pode aplicar um leve estímulo manual sobre o abdome, explicando, que durante a inspiração a mão deve se elevar e durante a expiração a mão deve abaixar ( GAMBAROTO, 2006). Estimulação ou propriocepção diafragmática: Semelhante a técnica anteriormente descrita, segundo Presto (2003), esta técnica consiste em dar um estímulo, que pode ser realizado com a própria mão do fisioterapeuta, que realizará uma leve pressão para dentro e para baixo na região epigástrica, ou com um peso de aproximadamente 1kg (variando de acordo com o paciente), com o objetivo de estimular por meio de uma propriocepção, o diafragma, de forma a favorecer o padrão ventilatório diafragmático. Suspiros inspiratórios: Os suspiros inspiratórios consistem em realizar inspirações nasais sucessivas e curtas, até atingir a capacidade pulmonar total e, a seguir, realizar a expiração bucal de forma suave e prolongada (GAMBAROTO, 2006). Esta técnica prolonga o tempo inspiratório, e que favorece o aumento do volume inspirado e melhora a distribuição da ventilação. As inspirações são breves para que não haja grande variação pressórica intrapulmonar e, com isto, seja possível ventilar unidades alveolares com constante de tempo elevada. Este exercício também favorece o recrutamento alveolar e, por conseguinte, o aumento da complacência pulmonar, além de ser útil para aumentar a força muscular diafragmática e contribuir para maior ventilação (BRITTO, 2009). Inspiração fracionada ou inspiração em tempos: Semelhante aos suspiros inspiratórios a inspiração fracionada se difere por uma pausa (apnéia) após cada inspiração curta, ou seja, segundo Britto (2009), consiste em uma inspiração nasal, suave e curta, fracionando o 7 tempo inspiratório total com pausas intermediárias, seguidas de expiração lenta e suave. Inspiração sustentada máxima: Este exercício está indicado para aumentar o volume pulmonar em indivíduos com dor e desvantagem mecânica por redução na complacência pulmonar e/ ou de caixa torácica ou aumento da resistência resultando em desequilíbrio na relação V/Q (BRITTO, 2009). Deve-se fazer uma inspiração nasal profunda, lenta e uniforme, seguida de uma apnéia pós-inspiratória para, logo após realizar-se uma expiração pela boca, sem que se atinja o volume residual (figura 1). O motivo da apnéia pósinspiratória é para que se possa obter uma melhor distribuição do ar inspirado, a fim de melhorar as trocas gasosas ( TARANTINO, 2002). Descompressão abrupta localizada: Consiste na realização de pressão manual na região torácica acometida, em geral, a região torácica inferior (figura 3). Solicita-se a realização de uma expiração prolongada e, em seguida, uma inspiração nasal profunda. No início da fase inspiratória, realiza-se uma resistência com as mãos, a qual é retirada abruptamente, promovendo uma descompressão local. Este procedimento busca a negativação da pressão pleural com conseqüente direcionamento de fluxo de ar para esta aérea ( BRITTO, 2009). Direcionamento de fluxo ou ventilação seletiva: Uma das técnicas mais controversas da fisioterapia respiratória, por não possuir total comprovação científica, consiste segundo Presto (2003), em posicionar a cabeça do paciente em rotação e lateralização contralateral ao hemitórax a que se deseja expandir e realizar uma compressão no hemitórax, também, contralateral ao que se deseja direcionar o fluxo durante o ato inspiratório. Freno labial: Esta técnica tem o objetivo de retardar a expiração e desta forma aumentar o período de tempo que o ar permanece nos pulmões (aumentando o tempo expiratório). Na sua realização o fisioterapeuta deve pedir ao paciente, que o paciente expire lentamente, retardando a saída do ar com a boca como se fosse assoviar (figura 4). Espirometria de Incentivo: É uma técnica que tem a função de promover a insuflação pulmonar, aumentar a pressão transpulmonar e o volumes pulmonares, melhorar a força muscular, o mecanismo de tosse e performance clínica do indivíduo em sua atividades de vida diária. Ela fornece um feedback visual aos indivíduos fazendo com que se inspire um volume desejado, sustentando a inspiração por períodos progressivos de tempo (AZEREDO, 2002). Existem basicamente, dois tipos de espirômetros de incentivos: espirômetros orientados a volume, nos quais um volume pré-determinado deve ser atingido, os espirômetros orientados a fluxo, nos quais um fluxo pré-determinado deve ser atingido Os espirômetros de incentivo a volume têm indicadores da qualidade do fluxo inspiratório, portanto durante a utilização deste aparelho a volume, deve-se prescrever o volume alcançado e orientar quanto ao fluxo inspiratório. Portanto, durante o uso de aparelhos a volume, deve-se prescrever o volume a ser alcançado e orientar quanto ao fluxo inspiratório (BRITTO, 2009). Os espirômetros de incentivo ou incentivadores ventilatórios como se refere Presto (2003), ciclados a fluxo (CC/seg.), cujo exemplo mais comum é o respiron, durante sua utilização a tendência é que ocorra um fluxo turbilhonar, o que pode gerar mais trabalho ventilatório para o paciente. Enquanto os incentivadores ciclados a volume (ml), sendo o mais comum o voldyne (figura 5), apresentam um fluxo menos turbilhonar, o que gera menos trabalho ventilatório e altera menos a biomecânica do paciente. Quando se trabalha com espirômetro a volume, deve ser feita a prescrição do volume a ser inspirado. Há a recomendação de que ele deva corresponder a duas ou três vezes o volume corrente do paciente, para que a espirometria de incentivo seja eficaz. Os incentivadores, de forma geral, devem ser realizados com o paciente sentado numa posição o mais confortável possível, com seu tórax ereto. A traqueia do incentivador deve estar reta para facilitar a passagem do fluxo aéreo (PRESTO, 2003). 8 Conforme Britto (2009), o paciente deve ser motivado a fazer inspirações máximas imitando o suspiro e instruído a: envolver o bocal do aparelho com os lábios, de forma que evite a entrada de ar externamente a ele, o que comprometeria o volume ou fluxo a serem atingidos; segurar o espirômetro de incentivo na posição vertical, dentro do seu campo de visão; inspirar profunda e lentamente, tentando manter o fluxo inspiratório constante até atingir o volume ou fluxo prescritos. Essa inspiração deve ser iniciada a partir da capacidade residual funcional, ponto de equilíbrio do sistema respiratório; retirar os lábios do bocal; realizar uma pausa pós-inspiratória de 3 a 5 segundos; e expirar até a capacidade residual funcional, de maneira “suave”, sem realizar expiração forçada. Repetir as inspirações de 5 a 10 vezes, podendo haver pausa para evitar ocorrência de hiperventilação. Treinamento específico da musculatura respiratória: A força e endurance dos músculos respiratórios estão reduzidos em algumas condições, pois a função muscular respiratória parece ser resultado de mudanças geométricas do tórax devido ao aumento do volume pulmonar e ao encurtamento das fibras do diafragma, que são causada pela hiperinsuflação, colocando os músculos respiratórios em posição anatômica que dificulta a ação. Por essa razão é justificável o treinamento muscular respiratório nessa patologia (BRITTO, 2009). Threshold: O Threshold é um aparelho que produz uma resistência a inspiração (IMT) ou a expiração (PEP) por meio de um sistema de mola com uma válvula unidirecional e utilização de um clipe nasal (figura 6). No threshold IMT durante o ato expiratório não há resistência pois a válvula unidirecional abre-se, enquanto na inspiração a válvula torna-se “endurecida” pela resistência da mola; enquanto com a utilização do threshold PEP ocorre o inverso. Quanto mais comprimida estiver a mola, maior será a resistência, que tem como unidade de medida cmH2O. Para definirmos a resistência a ser aplicada, deve-se realizar, em primeiro lugar uma manovacuometria (PRESTO, 2003). Exercícios para melhora do condicionamento aeróbico: Treinamento com exercícios aeróbicos, ou condicionamento, é o aumento da utilização de energia do músculo por meio de um programa de exercícios. A melhora da habilidade muscular para usar a energia é decorrente da existência de níveis elevados de enzimas oxidativas nos músculos, aumentando a densidade e o tamanho das mitocôndrias, bem como o elevando o suprimento de fibras musculares (KISNER, 2009). Qualquer tipo de exercício aeróbico sustentado é recomendado para a reabilitação pulmonar. Atividade com membros inferiores (MMII), como andar, correr, remar, andar de bicicleta (figura 7) e nadar são recomendável para aumentar a tolerância ao exercício. Exercícios aeróbicos com membros superiores (MMSS), ergômetro de braços ou pesos livres também devem ser incluídos, a fim de melhorar o desempenho nos exercícios com braços. A combinação do treino de MMSS e MMII no programa de reabilitação têm obtidos bons resultado e um estado funcional melhor do participante desse programa. (O’SULLIVAN, 2004). Para a maioria dos pacientes, uma frequência cardíaca alvo inicial é estabelecida utilizandose a fórmula de Karvonen ou estimada como 20 batimentos/min acima da frequência cardíaca de repouso. No entanto, em razão da severidade de seus distúrbios ventilatórios, alguns pacientes começam o recondicionamento físico sem uma frequência cardíaca prescrita (STOLLER, 2000). Alongamento da musculatura respiratória: Os pacientes portadores de DPOC possuem várias anormalidades relacionadas ao movimento da parede torácica. Os músculos respiratórios encontram-se encurtados em razão do deslocamento do equilíbrio do sistema respiratório, havendo má diminuição do ar expirado e alterações na habilidade de gerar mudanças de volume, encontrando-se assim menor volume de ar efetivo para as trocas gasosas. O alongamento de áreas-alvo é vital para facilitar o movimento da parede torácica. Os 9 músculos proximais dos membros superiores e inferiores, assim como a musculatura do tronco, tem um papel importante na inibição do movimento da parede torácica se caso ocorrer um encurtamento muscular devido a má postura, músculos fracos, desequilibrio muscular e incisão cirúrgica. É importante estabilizar os segmentos proximais para avaliar o encurtamento dos músculos que cruzam as articulações e influenciam no movimento da caixa torácica ( WILKINS, 2009). O alongamento da musculatura respiratória promove uma maior expansibilidade torácica e diminuição da atividade da musculatura acessória refletindo melhora da mecânica respiratória desses pacientes possibilitando um aumento da mobilidade torácica e a força muscular respiratória, assim como reduz a tensão dos músculos acessórios, sendo uma técnica que pode ser utilizada em programas de reabilitação pulmonar. Em estudo realizado por Cunha et. al. (2005), onde foram obtidos resultados positivos da utilização da técnica no programa de reabilitação pulmonar, os alongamentos foram realizados da seguinte forma: Trapézio superior: paciente posicionado, o terapeuta apoia uma mão na região occipital, realizando a flexão da cabeça para o lado oposto ao que será alongado, e, com a outra mão, desloca o ombro no sentido crânio-caudal; Esternocleidomastóideo: paciente posicionado, o terapeuta realiza a flexão com rotação lateral da cabeça para o lado oposto ao que será alongado. Promove o alongamento com uma das mãos na região occipital e a outra na região superior do tórax, deslocando-a no sentido crânio-caudal; Escaleno: paciente posicionado, o terapeuta apoia uma mão na região occipital e a outra na região superior do tórax, promovendo o deslocamento dos dois pontos de apoio, sendo o primeiro no sentido superior e o segundo no sentido inferior; Peitoral maior: paciente posicionado, com o braço a ser alongado abduzido, o antebraço fletido e a mão na região occipital, o terapeuta apoia uma mão no terço superior do braço e a outra na região lateral do tórax superior, deslocando-a no sentido crânio-caudal, seguindo a orientação das fibras musculares.” Esses recursos são considerados eficazes para diminuir os desconfortos respiratórios, proporcionar uma melhor qualidade de vida do paciente, fortalecer a musculatura respiratória, e aumentar a tolerância ao exercício de cada paciente. 4. Metodologia O estudo foi realizado a partir de uma revisão de literatura atualizada dos principais livros e artigos relacionados ao tema nas bases de dados online Scielo, Medline, Lilacs, Pubmed e Jornal Brasileiro de Pneumologia. Para a seleção dos artigos foram utilizadas palavras chaves como: Enfisema bolhoso, ressecção de bolhas enfisematosas, cinesioterapia respiratória, treinamento de musculatura, pós-operatório, conduta fisioterapêutica. Como critérios de inclusão dos artigos que foram selecionados publicados de 2000 à 2012, foram revisados somente aqueles com descrição de enfisema bolhoso, outras técnicas utilizadas no tratamento cirúgico e conservador, a atuação da fisioterapia no pós-operatório na ressecção de bolhas enfisematosas. 5. Resultados e discussões Foram encontrados apenas 6 artigos relacionados ao enfisema bolhoso. Observou se que a utilização dos recursos fisioterapêuticos tem a sua eficácia na reabilitação pulmonar, melhorando a qualidade de vida dos pacientes submetidos a ressecção de bolhas enfisematosas. Os exercícios respiratórios aumentam a coordenação e eficiência dos músculos respiratórios e mobilizam a caixa torácica. São realizados na forma ativa, com a orientação e o auxílio do 10 fisioterapeuta na execução(J. PNEUMOL, 2000). Sanchez & Rigonatto (2004) observam a sustentação máxima da inspiração, mediante a utilização desses mesmos incentivadores ajudando a reduzir complicações, por aumento da ventilação das regiões dependentes dos pulmões. Brito (2009) completam, que o uso do controle respiratório e exercício de expansão torácicas associados a inspiração sustentada, e quando combinamos com a deambulação podem ser mais eficazes na prevenção dessas complicações pulmonares pós-operatórias. Com o objetivo de determinar a carga a ser utilizada durante o tratamento é necessário avaliar a força através de um manovacuômetro a PImáx e PEmáx e trabalhar com valores entre 30 e 50% da força muscular inspiratória e expiratória máxima do indivíduo. O treinamento deve ser feito, em média, durante 30 minutos diários em indivíduos com estabilidade clínica, sendo esse tempo limitado em pacientes críticos ou em fadiga muscular respiratória importante (AZEREDO, 2002). O treinamento da musculatura respiratória tem como função habilitar músculos específicos a realizarem com maior facilidade a função para qual são destinados, objetivando tanto força muscular quanto endurance. Sendo assim, é necessário que esses músculos apresentem mínimas condições fisiológicas como a integridade da condução nervosa e circulação adequada (PRESTO, 2003). O treinamento muscular inspiratório é uma intervenção que vem sendo adotada para melhorar a força e a resistência à fadiga dos músculos inspiratórios em pacientes com alteração da função respiratória e cardíaca (CUNHA, 2005). Segundo Kisner (2005) o alongamento é um termo geral usado para descrever qualquer manobra fisioterapêutica elaborada para aumentar a mobilidade dos tecidos moles e subsequentemente melhorar a amplitude de movimento por meio do alongamento (aumento do comprimento) de estruturas que tiveram encurtamento adaptativo e tornaram se hipomoveis com o tempo. 6. Conclusão Com bases nas pesquisas realizadas em artigos científicos e acervos literários conclui-se que o enfisema bolhoso é uma doença caracterizada pela presença de bolhas de ar distribuídas pelos pulmões, que podem ser únicas ou múltiplas e que sofrem alterações no seu tamanho ocupando até um terço ou mais do volume de um hemitórax, o qual traz sérias complicações devido a compressão de áreas adjacentes, levando o paciente a intensas crises de dispnéia, que de início ocorrem aos grandes esforços, e evoluem rapidamente para médios e pequenos esforços podendo levar se não operados, a morte no espaço de alguns meses. A fisioterapia respiratória tem sido coadjuvante e eficaz no tratamento tanto no pré como no pós-operatório imediato ou tardio, compreendendo recursos que irão melhorar ou restabelecer a função pulmonar dos pacientes. Da diversidade de técnicas e manobras apontadas pela literatura a pesquisa recaiu sobre as mais citadas - exercícios respiratórios como conscientização diafragmática, suspiros inspiratórios, inspiração fracionada, inspiração sustentada máxima, manobras reexpansivas: descompensação abrupta localizada, direcionamento de fluxo, freno labial, e o uso dos espirômetros de incentivo voldyne e respiron, treinamento específico da musculatura respiratória através do Thereshold e até exercícios para melhora do condicionamento físico e alongamento da musculatura respiratória. Pelas evidências encontradas nas literaturas, concebe-se que estas técnicas e manobras possuem seu caráter de eficácia, principalmente pelo fato de se dirigirem a segmentos específicos do sistema respiratório. Espera-se que esta pesquisa possa servir de estímulo a todos os fisioterapeutas para que em trabalhos posteriores possa ampliar o debate sobre esse tratamento. 11 Referências AZEREDO, C. A. C. 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