ISSN 0004-2730 ENDORECIFE JUNHO 2010 10 A 12 DE JUNHO DE 2010 PORTO DE GALINHAS, PERNAMBUCO 54 SUPLEMENTO 4 Assistente editorial e financeira: Roselaine Monteiro Rua Botucatu, 572 – conjunto 83 – 04023-062 – São Paulo, SP Telefax: (11) 5575-0311 / 5082-4788 [email protected] Submissão on-line / Divulgação eletrônica www.sbem.org. br • www.scielo.br/abem Rua Anseriz, 27, Campo Belo 04618-050 – São Paulo, SP. Fone: 11 3093-3300 www.segmentofarma.com.br • [email protected] Diretor-geral: Idelcio D. Patricio Diretor executivo: Jorge Rangel Diretor médico: Marcello Pedreira CRM 65377 Gerente financeira: Andréa Rangel Gerente comercial: Rodrigo Mourão Diretor de criação: Eduardo Magno Assistente comercial: Andrea Figueiro Coordenadora editorial: Sandra Regina Santana Diretora de arte: Renata Variso Revisoras: Glair Picolo Coimbra e Sandra Gasques Diagramação: Flávio Santana Produtor gráfico: Fabio Rangel Cód. da publicação: 10381.6.10 Rua Alvorada, 631 – Vila Olímpia – 04550-003 – São Paulo – SP Tel.: (11) 3849-0099/3044-1339 [email protected] • growup-eventos.com.br Assessoria Comercial: Reginaldo Ramos Tiragem desta edição: 4.000 exemplares Preço da Assinatura: R$ 450,00/ano – Fascículo Avulso: R$ 55,00 Indexada por Biological Abstracts, Index Medicus, Latindex, Lilacs, MedLine, SciELO, Scopus, ISI-Web of Science ARQUIVOS BRASILEIROS DE ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA. Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. – São Paulo, SP: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, v. 5, 1955Nove edições/ano Continuação de: Arquivos Brasileiros de Endocrinologia (v. 1-4), 1951-1955 Título em inglês: Brazilian Archives of Endocrinology and Metabolism ISSN 0004-2730 (versões impressas) ISSN 1677-9487 (versões on-line) 1. Endocrinologia – Periódicos 2. Metabolismo-Periódicos I. Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia II. Associação Médica Brasileira. CDU 612.43 Endocrinologia CDU 612.015.3 Metabolismo Apoio: Órgão oficial de divulgação científica da SBEM – Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Departamento da Associação Médica Brasileira), SBD – Sociedade Brasileira de Diabetes, ABESO – Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica e SOBEMOM – Sociedade Brasileira de Estudos do Metabolismo Ósseo e Mineral 2009-2010 EDITORa-CHEFE Comissão Editorial Nacional Márcia Nery (SP) Edna T. Kimura (SP) Adriana Costa e Forti (CE) Márcio Faleiros Vendramini (SP) COEDITORES Amélio F. Godoy Matos (RJ) Margaret Boguszewski (PR) Alexander A. L. Jorge (SP) Ana Claudia Latronico (SP) Margaret de Castro (SP) Evandro S. Portes (SP) Ana Luiza Silva Maia (RS) Maria Honorina Cordeiro Lopes (MA) Magnus R. Dias da Silva (SP) André Fernandes Reis (SP) Renan M. Montenegro Jr. (CE) Antonio Carlos Lerario (SP) Editor associado internacional Antonio C. Bianco (EUA) EDITORES ASSOCIADOS Antônio Roberto Chacra (SP) Ayrton Custódio Moreira (SP) Berenice B. Mendonça (SP) Bruno Geloneze Neto (SP) Carlos Alberto Longui (SP) Presidentes dos departamentos da SBEM Carmen C. Pazos de Moura (RJ) Maria Marta Sarquis Soares (MG) Mário José A. Saad (SP) Mário Vaisman (RJ) Marise Lazaretti Castro (SP) Mauro A. Czepielewski (RS) Mônica Gabbay (SP) Osmar Monte (SP) Pedro Weslley S. do Rosário (MG) Regina Célia S. Moisés (SP) Célia Regina Nogueira (SP) Ricardo M. R. Meirelles (RJ) Milena F. Caldato (PA) César L. Boguszewski (PR) Rui M. de Barros Maciel (SP) Diabetes Melito Claudio E. Kater (SP) Ruth Clapauch (RJ) Denise Pires de Carvalho (RJ) Sandra R. G. Ferreira (SP) Eder Carlos R. Quintão (SP) Sandra Mara Ferreira Villares (SP) Adrenal e Hipertensão Saulo Cavalcanti da Silva (MG) Dislipidemia e Aterosclerose Maria Teresa Zanella (SP) Fábio Fernando Lima Silva (RJ) Sérgio Atala Dib (SP) Vânia M. Corrêa da Costa (RJ) Francisco de Assis Rocha Neves (DF) Sonir Roberto R. Antonini (SP) Waldemar Berardinelli (RJ) EndoCRINOLOGIA Feminina e Geraldo Medeiros Neto (SP) Tânia A. S. Bachega (SP) EDITORES e CHEFES DE REDAÇÃO* Poli Mara Spritzer (RS) Gil Guerra Jr. (SP) Thaís Della Manna (SP) Gisah M. do Amaral (PR) Ubiratan Fabres Machado (SP) Endocrinologia Básica FUNDADOR 1951-1955 Waldemar Berardinelli (RJ) Thales Martins (RJ) Andrologia Endocrinologia Pediátrica Ângela M. Spinola de Castro (SP) Hans Graf (PR) Metabolismo Ósseo e Mineral Helena Schimid (RS) 1957-1972 Clementino Fraga Filho (RJ) Victória Z. Cochenski Borba (PR) Henrique de Lacerda Suplicy (PR) 1964-1966* Luiz Carlos Lobo (RJ) Neuroendocrinologia Ieda T. N. Verreschi (SP) Mônica Roberto Gadelha (RJ) Charis Eng (EUA) Jorge Luiz Gross (RS) Décio Eizirik (Bélgica) 1966-1968* Pedro Collett-Solberg (RJ) 1969-1972* João Gabriel H. Cordeiro (RJ) Obesidade Marcio C. Mancini (SP) Tireoide José Gilberto Henriques Vieira (SP) Júlio Abucham (SP) Comissão Editorial Internacional Carol Fuzeti Elias (EUA) Efisio Puxeddu (Itália) Fernando Cassorla (Chile) Franco Mantero (Itália) Edna T. Kimura (SP) Laércio Joel Franco (SP) 1978-1982 Armando de Aguiar Pupo (SP) Representantes das Sociedades Colaboradoras Laura S. Ward (SP) Gilberto Jorge da Paz Filho (Austrália) Lucio Vilar (PE) Gilberto Velho (França) 1983-1990 Antônio Roberto Chacra (SP) SBD Luís Eduardo P. Calliari (SP) James A. Fagin (EUA) Luiz Armando de Marco (MG) John P. Bilezikian (EUA) Luiz Augusto Casulari R. da Motta (DF) Norisato Mitsutake (Japão) Luiz Henrique Canani (RS) Patrice Rodien (França) Marcello Delano Bronstein (SP) Peter Kopp (EUA) 1991-1994 Rui M. de Barros Maciel (SP) 1995-2006 Claudio Elias Kater (SP) Marilia de Brito Gomes (RJ) ABESO João Eduardo Nunes Salles (SP) SOBEMOM Francisco Bandeira (PE) Fredric E. Wondisford (EUA) SBEM – Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Diretoria Nacional da SBEM 2009-2011 Presidente: Vice-Presidente: Secretário Executivo: Secretário Adjunto: Tesoureiro Geral: Tesoureira Adjunto: Ricardo M. R. Meirelles Airton Golbert Josivan Gomes de Lima Eduardo Pimentel Dias Ronaldo Rocha Sidney Neves Adriana Costa e Forti Rua Humaitá, 85, cj. 501 22261-000 – Rio de Janeiro, RJ Fone/Fax: (21) 2579-0312/2266-0170 www.sbem.org.br Secretária executiva: Julia Maria C. L. Gonçalves [email protected] Departamentos Científicos - 2009/2011 Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Adrenal e Hipertensão Diabetes Mellitus Presidente Milena Caldato Vice-Presidente Sonir R. Antonini Presidente Saulo Cavalcanti da Silva Diretores Ana Claudia Latronico Vice-Presidente Luiz Alberto Andreotti Turatti Claudio Kater Secretário Antônio Carlos Pires Lucila L. K. Elias Margaret de Castro Diretores Adriana Costa e Forti Rodrigo Lamounier Rua dos Tamoios, 1.474, ap. 101, Batista Campos 66025-125 – Belém, PA Fone: (91) 3223-5359/Fax: (91) 3223-8560 [email protected] Balduino Tschiedel Suplentes Sérgio Alala Hermelinda Pedrosa TesoureiroIvan Ferraz Rua Tomé de Souza, 830, 10o andar, cj. 1005, Savassi 30140-131 – Belo Horizonte, MG Fone: (31) 3261-2927 www.diabetes.org.br [email protected] Dislipidemia e Aterosclerose Presidente Maria Teresa Zanella Vice-Presidente Bruno Geloneze Neto Secretário Fernando Flexa Ribeiro Filho Tesoureira Sandra Roberta Gouvea Ferreira Diretores Fernando Giufrida Helena Schimidt Luciana Bahia Marcelo Costa Batista Gláucia Carneiro Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Rua Leandro Dupret, 365, Vila Clementino 04025-011 – São Paulo, SP Fone: (11) 5904-0400/Fax: (11) 5904-0401 [email protected] Endocrinologia Básica Presidente Vânia Maria Corrêa da Costa Vice-Presidente Magnus R. Dias da Silva Secretário Celso Rodrigues Franci Diretores Maria Tereza Nunes Doris Rosenthal Catarina Segreti Porto Suplentes Ubiratan Fabres Machado Tânia Maria Ortiga Carvalho Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho Universidade Federal do Rio de Janeiro Rua Carlos Chagas Filho, 373, Cidade Universitária, Ilha do Fundão, CCS, Bloco G, sala G1060 21941-902 – Rio de Janeiro, RJ Fone: (21) 2562-6552 / Fax: (21) 2280-8193 [email protected] Departamentos Científicos - 2009/2011 Endocrinologia Feminina e Andrologia Endocrinologia Pediátrica Presidente Ângela Maria Spinola e Castro Presidente Poli Mara Spritzer Vice-Presidente Paulo César Alves da Silva Vice-Presidente Ruth Clapauch Diretores Aline Mota da Rocha Diretores Alexandre Hohl Carlos Alberto Longui Amanda Valéria Luna de Athayde Julienne Ângela Ramires de Carvalho Carmen Regina Leal de Assumpção Maria Alice Neves Bordallo Dolores Perovano Pardini Marília Martins Guimarães Suplentes Claudia Braga Abadesso Cardoso Maria Tereza Matias Baptista Serviço de Endocrinologia, Hospital de Clínicas de Porto Alegre, UFRGS, Rua Ramiro Barcelos, 2350, 4o andar 90035-003 – Porto Alegre, RS Fone: (51) 2101-8127/Fax: (51) 2101-8777 www.feminina.org.br • www.andrologia.org.br [email protected] Rua Pedro de Toledo, 980, cj. 52, Vila Clementino 04039-002 – São Paulo, SP Fone: (11) 5579-9409/8259-8277 [email protected]/[email protected] Metabolismo Ósseo e Mineral Departamento de Neuroendocrinologia Presidente Victória Zeghbi Cochenski Borba Presidente Mônica Roberto Gadelha Vice-Presidente Marise Lazaretti Castro Vice-Presidente Manuel Faria Diretores João Lindolfo C. Borges Diretores Antônio Ribeiro Luiz Gregório César L. Boguszewski Cynthia Brandão Luciana Naves Luis Russo, Luiz Griz Luiz Antônio de Araújo Rua Cândido Xavier, 575, Água Verde 80240-280 – Curitiba, PR Fone: (41) 3024-1415 ramal 217/Fax: (41) 3342-8889 www.sobemom.org.br [email protected] Obesidade Marcello Bronstein Suplentes Leonardo Vieira Neto Raquel Jallad Rua Visconde de Pirajá, 351, sala 1113, Ipanema 22410-003 – Rio de Janeiro, RJ Fone/Fax: (21) 2267-2555 [email protected] Tireoide Presidente Marcio C. Mancini Presidente Edna T. Kimura Vice-Presidente Bruno Geloneze Neto Vice-Presidente Laura S. Ward Primeiro Secretário João Eduardo Nunes Salles Secretária Carmen Cabanelas Pazos de Moura Segundo Secretário Josivan Gomes de Lima Diretores Ana Luiza Silva Maia Tesoureiro Mario Kehdi Carra Célia Regina Nogueira Representantes da SBEM Alfredo Halpern Gisah Amaral de Carvalho Henrique de Lacerda Suplicy Mário Vaisman Suplentes Pedro Weslley S. do Rosário Rosa Paula Melo Biscolla Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade Rua Mato Grosso, 306, cj. 1711 01239-040 – São Paulo, SP Fone: (11) 3079-2298/Fax: (11) 3079-1732 www.abeso.org.br Rua Botucatu, 572, cj. 81, Vila Clementino 04023-061 – São Paulo, SP Fone/Fax: (11) 5575-0311 www.tireoide.org.br [email protected] Comissões Permanentes - 2009/2011 Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Comunicação Social Presidente Ruy Lyra [email protected] Editora ABEM Edna T. Kimura Membros Ricardo M. R. Meirelles, Marisa Helena Cesar Coral, Balduino Tschiedel, Severino Farias Ética e Defesa Profissional Acompanhamento do Planejamento Estratégico Presidente Ricardo M. R. Meirelles [email protected] Membros Ruy Lyra, Valéria Guimarães, Marisa Helena Cesar Coral, Amélio F. Godoy Matos Corregedor Teiichi Oikawa Projeto Diretrizes [email protected] Coordenador Vice-CorregedorNey Cavalcanti 1º vogal Amaro Gusmão 2º vogal Victor Gervásio e Silva 3º vogalIvana Maria Netto Victória 4º vogalItairan de Silva Terres 5º vogal Maite Chimeno Suplentes Diana Viegas, Joaquim José de Melo, Auxiliadora Brito de Lima, Josivan Gomes da Silva, Paulo Roberto Prata Mendonça História da Endocrinologia Presidente Luiz César Povoa [email protected] Membros Rui M. de Barros Maciel, Thomaz Cruz Comitê de Campanhas em Endocrinologia Presidente Helena Schimid [email protected] Membros Luiz Antônio Araújo, Vívian Ellinger Título de Especialista em Endocrinologia e Metabologia Claudio Kater [email protected] Adrenal e Hipertensão Milena Caldato Dislipidemia e Aterosclerose Maria Teresa Zanella Diabetes Mellitus Saulo Cavalcanti da Silva Endocrinologia Básica Vânia Maria Corrêa da Costa Endocrinologia Feminina e Andrologia Poli Mara Spritzer Endocrinologia Pediátrica Ângela Maria Spinola e Castro Metabolismo Ósseo e Mineral Victória Zeghbi Cochenski Borba Neuroendocrinologia Mônica Roberto Gadelha Obesidade Márcio C. Mancini Tireoide Edna T. Kimura Científica Presidente Airton Golbert [email protected] Membros Presidentes Regionais, Presidentes dos Departamentos Científicos Indicados pelas Diretorias Francisco Bandeira, Adriana Costa e Forti, Laura S. Ward, Luiz Griz, Ana Claudia Latronico Valorização de Novas Lideranças Presidente Rodrigo O. Moreira [email protected] Vice-Presidente Mônica Oliveira Presidente: Francisco Bandeira Representantes dos Departamentos Alexandre Hohl Vice-Presidente: Osmar Monte Ana Rosa Quidute Membros: Adelaide Rodrigues, Carlos Alberto Longui, César Boguszewski, Lucio Vilar, Marisa Helena César Coral André G. Daher Vianna Andréa Glezer Carolina G. S. Leões Daniel Lins Érico H. Carvalho Comitê Internacional Presidente Amélio F. Godoy Matos Érika Paniago [email protected] Fabíola Y. Miasaki Membros César Boguszewski, Cláudio Kater, Thomaz Cruz, Valéria Guimarães Luciana Bahia Vânia M. C. Costa Suplentes João Lindolfo Borges, Marcelo Bronstein Educação Médica Continuada Eleitoral Presidente Pedro Weslley S. do Rosário [email protected] Membros Mauro Czepielewski, Victor Gervásio e Silva, Milena F. Caldato Paritária – CAAEP Membros Ângela Maria Spínola de Castro [email protected] Paulo César Alves da Silva, Maria Alice Neves Bordallo, Rômulo Sandrini, Luiz Eduardo Calliare, Marilza Leal Nascimento Presidente Laura S. Ward [email protected] Membros Luiz Susin, Ruth Clapauch, João Modesto, Dalisbor Marcelo Weber Silva Estatutos, Regimentos e Normas Presidente Marisa Helena Cesar Coral [email protected] Membros Luiz Carlos Espíndola, Osmar Monte, Luiz Cesar Povoa, João Modesto Representante da Diretoria Nacional Ricardo M. R. Meirelles Sociedades e Associações Brasileiras na Área de Endocrinologia e Metabologia SBD – Sociedade Brasileira de Diabetes Diretoria Nacional da SBD (2010/2011) Presidente Saulo Cavalcanti da Silva Vice-Presidentes Balduino Tschiedel Ivan dos Santos Ferraz Nelson Rassi Ruy Lyra da Silva Filho Walter José Minicucci Secretário Geral Domingos Augusto Malerbi 2a Secretária Reine Marie Chaves Fonseca 1o Tesoureiro Antonio Carlos Lerario 2o Tesoureiro João Modesto Filho Conselho Fiscal Leão Zagury Maria Regina Calsolari Silmara A. Oliveira Leite Suplente Perseu Seixas de Carvalho Rua Afonso Brás, 579, cj. 72/74 04511-011– São Paulo, SP Fone/Fax: (11) 3842-4931 [email protected] www.diabetes.org.br Secretária Executiva: Kariane Krinas Davison Gerente Administrativa: Anna Maria Ferreira ABESO – Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica Diretoria Nacional da ABESO (2010-2011) Presidente Vice-Presidente 1o Secretário Geral 2a Secretária Geral Tesoureira Rosana Radominski Leila Araujo Alexandre Koglin Benchimol Mônica Beyruti Cláudia Cozer Rua Mato Grosso, 306, cj. 1711 01239-040 – São Paulo, SP Fone: (11) 3079-2298/Fax: (11) 3079-1732 Secretária: Luciana Bastos [email protected] www.abeso.org.br SOBEMOM – Sociedade Brasileira de Estudos do Metabolismo Ósseo e Mineral Diretoria Nacional da SOBEMOM (2009-2011) Presidente Vice-Presidente Secretária Executiva Secretário Executivo Adjunto 2o Secretário Executivo Adjunto Tesoureiro Geral Tesoureiro Geral Adjunto Diretor Científico Victória Zeghbi Cochenski Borba Dalisbor Marcelo Weber Silva Carolina Aguiar Moreira Kulak Jaime Kulak Junior Sérgio Setsuo Maeda Gleyne Biaggini Roberto Antonio Carneiro Almir Urbanetz Rua Cândido Xavier, 575, Água Verde 80240-280 – Curitiba, PR Fone: (41) 3024-1415 ramal 217/Fax: (41) 3342-8889 www.sobemom.org.br [email protected] Secretária Operacional: Dione Pires da Silva Mensagem do Presidente Prezados Colegas, Chegou o momento de nos reunirmos para participar de mais um Endorecife! Como já é tradicional, a Comissão Organizadora se empenha para preparar um programa científico de alto nível, com palestras apresentadas por renomados especialistas do Brasil e do exterior, propiciando um forte intercâmbio de conhecimentos. O Endorecife é também uma oportunidade para fortalecer vínculos e renovar amizades, com convivência agradável entre os colegas e suas famílias, no paradisíaco cenário de Porto de Galinhas. Sejam bem-vindos! Recebemos vocês de braços abertos. Cordialmente, Luiz Griz Presidente do ENDORECIFE 2010 Promoção diretoria da sBeM-Pe Presidente: Luiz Griz Primeiro Vice-Presidente: Amaro Gusmão Segundo Vice-Presidente: Francisco Bandeira Primeiro Secretário: Lucio Vilar Segundo Secretário: Ruy Lyra Primeiro Tesoureiro: Gustavo Caldas Segunda Tesoureira: Maria Amazonas Comissão Científica Francisco Bandeira (Presidente) Ney Cavalcanti Luiz Griz Amaro Gusmão Ruy Lyra Lucio Vilar Gustavo Caldas Maria Amazonas Professores Homenageados Regional: Dr. Luciano Almeida Nacional: Dr. Luiz Cesar Póvoa Dr. Renan Montenegro Informações Gerais Local do Congresso Summerville Beach Resort Rodovia PE – 09, Acesso Muro Alto, s/n – Praia do Muro Alto Porto de Galinhas, Ipojuca – PE, CEP: 55592-000 Secretaria Executiva Assessor – Assessoria e Marketing Ltda. Av. Visconde de Suassuna, 140, Boa Vista Recife – PE, CEP: 50050-540 Fone/Fax: (81) 3423-1300 [email protected] www.assessor-pe.com.br Horário de Funcionamento da Secretaria Inscrições/Entrega de material Dia 10 de junho – 10h00 às 19h00 Dia 11 de junho – 07h30 às 17h00 Dia 12 de junho – 08h00 às 16h00 Consultoria Comercial Grow-Up Rua Alvorada, 631, Vila Olímpia São Paulo – SP, CEP: 04555-603 Fone/Fax: (11) 3849-0099 [email protected] www.growup-eventos.com.br Agência Oficial de Turismo Luck Viagens e Turismo Rua Jorn. Paulo Bittencourt, 163, Derby Recife – PE, CEP: 52010-260 Fone: (81) 3366-6222 [email protected] www.luckviagens.com.br Montadora Oficial Linear Stands Av. Brasília, 810 Olinda – PE Fone: (81) 3427-0136 [email protected] www.linearstands.com.br Crachá O uso de crachá é obrigatório na área interna do Centro de Convenções do Summerville e para utilização do transporte oficial do congresso. A detecção de seu uso por terceiros implicará o cancelamento da inscrição. Não será permitida a entrada de acompanhantes nas atividades científicas. Em caso de perda do crachá, o congressista deverá pagar o valor correspondente a 50% do valor vigente da inscrição. O que a inscrição garante A taxa de inscrição do congressista inclui: material didático, acesso à programação científica, translado entre os hotéis conveniados e o Summerville. Tradução simultânea Haverá tradução simultânea (inglês/português e português/inglês) sempre que houver um palestrante estrangeiro na atividade científica. Alteração no programa A Comissão Científica e a Comissão Organizadora do ENDORECIFE 2010 reservam-se o direito de realizar quaisquer mudanças necessárias no programa para atender a razões técnicas e/ou científicas. Disposições gerais Os horários destinados a cada sessão são individuais. A ocasional disponibilidade de tempo decorrente de uma atividade encerrada antes do horário previsto não deve implicar a antecipação da programação subsequente. Os horários programados serão rigorosamente cumpridos. A Comissão Científica pode, eventualmente, alterar o programa em caso de ausência de algum dos palestrantes nele indicado. Mídia Desk Os palestrantes dispõem de completo serviço de Mídia Desk, aberto a partir das 10 horas do dia 10 de junho de 2010. O CD-ROM ou pen-drive deverá ser apresentado no Mídia Desk pelo menos seis horas antes do início de sua apresentação, para que haja tempo de fazer modificações e solucionar possíveis problemas. As apresentações serão copiadas para um computador central, que enviará para a respectiva sala e fará a projeção. Não será aceito CD ou pen-drive entregue diretamente nas salas. Em virtude da exiguidade do tempo das sessões, não será permitida a utilização de laptop do apresentador, a fim de otimizar o tempo de apresentação. Dispensa de ponto A partir da publicação do Decreto nº 1.648, de 27/9/1995, Seção l (Diário Oficial), e de acordo com a Instrução Normativa nº 9, de 27/11/1995, do Ministério da Saúde, os funcionários públicos federais, estaduais e municipais deverão solicitar a dispensa de ponto diretamente aos chefes de serviços aos quais se encontram vinculados. Certificados Serão conferidos certificados: – de participação na programação científica – imediatamente após a apresentação; – no congresso – a partir das 10 horas do dia 12 de junho, de acordo com o § 9º do CFM nº 1.772/2005: “Os certificados dos eventos somente poderão ser entregues aos participantes ao final dos trabalhos, ficando a comprovação de participação sob a responsabilidade das instituições promotoras, com possibilidade de auditoria in loco determinada pela CNA”; – para pôster – no momento da apresentação. Será conferido um certificado para o autor apresentador e apenas UM certificado por trabalho, com título e autores como consta no resumo aprovado (não haverá alteração, inclusão ou retirada de nomes). Não será emitida segunda via de certificados. Os certificados que não forem retirados na Secretaria do congresso não serão enviados posteriormente pelo correio. Sessão de pôster Os trabalhos em forma de pôsteres serão expostos a partir das 14 horas do dia 10 e retirados no dia 12 de junho, a partir das 13 horas. Os autores são responsáveis pela colocação e pela retirada dos pôsteres. A Secretaria não se responsabiliza pela guarda dos trabalhos não recolhidos pelos autores. Exposição paralela da indústria Haverá uma feira de exposição de produtos. Só será permitido o acesso com crachá. Voltagem: em Pernambuco – 220 v. Índice A AVALIAÇÃO CIENTÍFICA DOS RESUMOS FOI REALIZADA PELA COMISSÃO CIENTÍFICA DESTE EVENTO. ÍNDICE P001 Úlcera de pé diabético associada À miíase.................................................................................................................... 256 Dantas D, Chagas F, Bandeira C, Fontenelle T, Bandeira F P002EVOLUÇÃO DA MASSA ÓSSEA PÓS-PARATIREOIDECTOMIA EM UM PACIENTE COM HIPERPARATIREOIDISMO PRIMÁRIO SEVERO SUBMETIDO AO USO PRÉ-OPERATÓRIO DE IBANDRONATO ORAL.............................................................................. 256 Magalhães K, Carvalho E, Ribeiro S, Moraes M, Asano N, Bandeira F P003Infarto Agudo de Miocárdio em paciente jovem com HIV positivo em uso de terapia antiRretroviral associada à falência poliglandular autoimune ........................................................................................................ 256 Cavalcanti TB, Pereira I, Viégas MA, Bandeira F P004BÓCIO GIGANTE E DE LONGA DURAÇÃO POR CISTO TIREOGLOSSO..................................................................................... 257 Gondim F, Dias L, Brito P, Griz L, Bandeira F P005TUMOR PITUITÁRIO PRODUTOR DE GONADOTROFINAS E OCTREOSCAN POSITIVO............................................................... 257 Costa S, Rego D, Calafell J, Bandeira F P006Intenso espessamento da díploe em uma paciente com Doença de Paget e Acromegalia.................................. 257 Aleixo A, Bandeira C, Nunes A, Bandeira F P007DOENÇA DE ADDISON POR TUBERCULOSE ADRENAL.............................................................................................................. 258 Miranda AK, Barros B, Griz L, Bandeira F P008DOENÇA DE GRAVES ASSOCIADA À MIASTENIA GRAVIS FORMA OCULAR: DIFICULDADES NO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL.................................................................................................................................................... 258 Belfort P, Carvalho E, Griz L, Diniz E, Nunes A, Bandeira F P009DISLIPIDEMIA TIPO III EM UMA MULHER MENOPAUSADA COM IAM........................................................................................ 258 Miranda AK, Oliveira S, Medeiros L, Neves AP, Costa R, Bandeira F P010 HIPOGONADISMO CENTRAL ISOLADO NO SEXO FEMININO................................................................................................... 258 Holanda N, Martins C, Griz L, Belfort P, Bandeira F P011Evolução da Densidade Mineral Óssea com suplemento de Cálcio e Vitamina D em uma Paciente Jovem com Osteoporose Gestacional.......................................................................................................................... 259 Neves AP, Monteiro A, Salgado C, Diniz E, Bandeira F P012 UVEÍTE E CATARATA ASSOCIADAS À OFTALMOPATIA DE GRAVES............................................................................................ 259 Voss LA, Vitorino A, Viégas M, Bandeira F P013Síndrome de Berardinelli-Seip com alta massa óssea.................................................................................................. 259 Fontan D, Gondim S, Freitas C, Reis R, Bandeira F P014 Hiperparatireoidismo terciário por adenoma de paratireoide ectópica em mediastino.................................... 260 Almeida M, Magalhães K, Saldanha L, Griz L, Bandeira F P015Oftalmopatia de Graves associada à Acromegalia: resposta ao Octreotide...................................................... 260 Aleixo A, Bandeira E, Belfort P, Bandeira F P016 HIPERPARATIREOIDISMO TERCIÁRIO POR ADENOMA INTRATIREOIDEO DE GRANDES PROPORÇÕES..................................... 260 Santos LL, Rabelo G, Saldanha L, Salgado C, Bandeira F P017 Hirsutismo severo em pacientes com doença de cushing ........................................................................................ 260 Fontan D, Marques T, Griz L, Silva A, Bandeira F P018Resposta do PTH sérico e tamanho nodular à reposição de altas doses de colecalciferol no Hiperparatireoidismo Normocalcêmico........................................................................................................................ 261 Holanda N, Martins C, Neves AP, Griz L, Bandeira F P019Regressão espontânea de massa selar em um paciente com pan-hipopituitarismo.............................................. 261 Dantas D, Lopes J, Almeida M, Bandeira F P020CONSERVAÇÃO DA ESTATURA FINAL EM PACIENTE COM CRANIOFARINGIOMA DE GRANDES PROPORÇÕES E PAN-HIPOPITUITARISMO......................................................................................................................................................... 261 Gondim F, Saldanha L, Bandeira E, Pancell M, Bandeira F P021EVOLUÇÃO DA SAÚDE ÓSSEA EM 20 ANOS DE TRATAMENTO PARA OSTEOPOROSE PÓS-MENOPAUSA................................. 262 Diógenes L, Barros B, Voss L, Bandeira F P022 S248 Polineuropatia hipotireoidea em um paciente com Síndrome Poliglandular Autoimune tipo 2: relato de caso..................................................................................................................................................................... 262 Pascoal AG, Moreira EL, Faria AG, Leite SFB, Pinto IHGP, Braga DL, Magalhães JE, Januario AMS, Diniz ET ÍNDICE P023 HIPERTIREOIDISMO ASSOCIADO A CARCINOMA PAPILAR DE TIREOIDE.................................................................................. 262 Barboza Filho R, Castro LF, Corrêa EC, Darvenne F, Gonzaga MF, Domingues L, Casulari LA P024SÍNDROME METABÓLICA E SEUS CRITÉRIOS: RELAÇÃO COM A PRESSÃO INTRASSELAR EM PACIENTES COM ADENOMA HIPOFISÁRIO................................................................................................................................................ 263 Borba AM, Pereira Neto A, Naves LA, Casulari LA P025 POLICITEMIA VERA ASSOCIADA A ALTERAÇÕES NAS DOSAGENS SANGUÍNEAS DE TESTOSTERONA E HORMÔNIOS TIREOIDIANOS.................................................................................................................................................... 263 Darvenne F, Barboza Filho R, Castro LF, Corrêa EC, Gonzaga MF, Domingues L, Casulari LA P026SÍNDROME DE BERARDINELLI-SEIP – ACOMPANHAMENTO ATÉ A IDADE ADULTA..................................................................... 263 Barboza Filho R, Castro LF, Corrêa EC, Darvenne F, Gonzaga MF, Domingues L, Casulari LA P027 PREVALÊNCIA DA SÍNDROME METABÓLICA NA POPULAÇÃO INDÍGENA, ENTRE 18 E 69 ANOS DE IDADE, DA ALDEIA JAGUAPIRU, DOURADOS (MS), BRASIL................................................................................................................... 264 Oliveira GF, Oliveira TRR, Rodrigues FF, Corrêa LF, Arruda TB, Casulari LA P028 PREVALÊNCIA DE DIABETES MELITO E TOLERÂNCIA DIMINUÍDA À GLICOSE NA POPULAÇÃO INDÍGENA DA ALDEIA JAGUAPIRU, BRASIL................................................................................................................................................. 264 Oliveira GF, Oliveira TRR, Rodrigues FF, Corrêa LF, Arruda TB, Casulari LA P029METÁSTASE CEREBRAL ISOLADA DE CÂNCER DE TIREOIDE ..................................................................................................... 264 Barboza Filho R, Castro LF, Corrêa EC, Darvenne F, Gonzaga MF, Domingues L, Casulari LA P030 EFFECTS OF METFORMIN AND SHORT-TERM LIFESTYLE MODIFICATION ON THE IMPROVEMENT OF MALE HYPOGONADISM ASSOCIATED WITH METABOLIC SYNDROME..................................................................................... 264 Casulari LA, Caldas ADA, Motta LDC, Lofrano-Porto A P031 HIPOPITUITARISMO, HIPERPROLACTINEMIA E PRESSÃO INTRASSELAR EM PACIENTES COM ADENOMA DE HIPÓFISE............. 265 Borba AM, Pereira Neto A, Naves LA, Casulari LA P033SINTOMAS VESTIBULARES EM PACIENTES PORTADORES DE ALTERAÇÕES METABÓLICAS........................................................ 265 Mota LAA, Queiroz RB, Oliveira LM, Barbosa KMF, Nascimento Neto JR P034EVOLUÇÃO LABORATORIAL E CLÍNICA DAS CRIANÇAS COM ALTERAÇÃO DO TESTE DE TRIAGEM NEONATAL, COM TSH NEONATAL ENTRE 5, 2 E 10, 0 μU/mL, NO ESTADO DE SERGIPE................................................................................................ 265 Silveira LC, Neves UD, Fiuza CM, Carvalho AP, Santos EG P035ANÁLISE QUANTITATIVA DOS NÍVEIS GLICÊMICOS ENCONTRADOS EM INDIVÍDUOS HIPERTENSOS NÃO DIABÉTICOS DE UMA USF – ESTUDO TRANSVERSAL...................................................................................................................................... 265 Marques PO, Santos EC, Cruz CG, Guimarães MA P036AVALIAÇÃO DO PERFIL CLÍNICO E DA MUDANÇA DOS PARÂMETROS ANTROPOMÉTRICOS E LABORATORIAIS DOS PACIENTES OBESOS SUBMETIDOS À CIRURGIA DE FOBI-CAPELLA................................................................................... 266 Assunção LF, Ferreira Júnior JAA, Melo GCMP, Lacerda DFM, Cajueiro SEF, Rodrigues AFA, Evangelista Neto J, Almeida NCN, Ferreira MNL P037 A OBESIDADE NA ADOLESCÊNCIA, SUAS CAUSAS, FATORES DE RISCO, TRATAMENTO E A IMPORTÂNCIA DE BONS HÁBITOS ALIMENTARES PARA A MANUTENÇÃO DA SAÚDE........................................................................................... 266 Braga KS, Andrade MC P038THE ROLE OF COMBINED THERAPY FOR ACROMEGALIC PATIENTS RESISTANT TO LONGTERM THERAPY WITH OCTREOTIDE LAR ............................................................................................................................................................ 267 Vilar L, Naves LA, Montenegro RM, Azevedo MF, Casulari LA, Montenegro Jr RM, Figueiredo P, Albuquerque JL, Pontes L, Montenegro L, Silva SP, Ibiapina GR, Alves GS, Cunha RA, Cortês G, Faria MS P039DIETA DE MUITO BAIXA CALORIA: PERDA DE PESO SUBSTANCIAL E SUSTENTADA EM PACIENTE HOSPITALIZADO.................. 267 Carvalho AP, Silveira LC, Fiuza CM, Alcântara MRS, Rezende KF P040ESTUDO COMPARATIVO DOS NÍVEIS GLICÊMICOS ENTRE HIPERTENSOS PRATICANTES E NÃO PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA REGULAR – ESTUDO DE CORTE TRANSVERSAL....................................................................................... 267 Cruz CG, Guimarães MA, Marques PO, Santos EC P041 HIPERPARATIREOIDISMO NORMOCALCÊMICO NA PRÁTICA CLÍNICA: UMA CONDIÇÃO INDOLENTE OU UMA AMEAÇA SILENCIOSA...................................................................................................................................................... 267 Marques TF, Diniz ET, Rego D, Vasconcelos RS, Viturino MGM, Ugulino L, Macedo LF, Bezerra IMA, Griz L, Bandeira F P042 TINNITUS EM DIABETES MELITO................................................................................................................................................. 268 Barbosa KMF, Nascimento Neto JR, Oliveira LM, Queiroz RB, Mota LAA P043TIREOIDOPATIAS SECUNDÁRIAS AO TRATAMENTO DOS CÂNCERES PEDIÁTRICOS EM PACIENTES ACOMPANHADOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO......................................................................................................................................................... 268 Silva MRM, Nogueira MCL, Santos LAV, Ortolan M, Morais VLL, Almeida NCN S249 ÍNDICE P044 HIPERPARATIREOIDISMO PRIMÁRIO ASSOCIADO COM NÍVEIS MUITO ELEVADOS DE CÁLCIO E PTH SUGESTIVOS DE CARCINOMA PARATIREOIDEO ................................................................................................................................................ 268 Vilar L, Pontes L, Montenegro L, Pontes S, Ibiapina GR, Montenegro JL, Carvalho MFL, Melo ATB, Canadas V, Ferreira VS, Campos R, Teixeira L, Moura E, Falcão DM, Cunha RA, Alves GS, Gusmão A P045 USO DE CABERGOLINA NO TRATAMENTO DE TUMORES HIPOFISÁRIOS CLINICAMENTE NÃO FUNCIONANTES: RELATO DE TRÊS CASOS . ......................................................................................................................................................... 269 Barreto RGO, Almeida FP, Moura FF, Souza APTC P046SAZONALIDADE DE LIPÍDIOS SÉRICOS...................................................................................................................................... 269 Lima JG, Nóbrega LHC, Nóbrega MLC, Sousa AGP, Oliveira MA, Baracho MFP, Nunes A, Gomes LS, Freitas YGPC, Santos JR AC, Souza AB P047LINFOMA DE CÉLULAS B MARGINAL (LINFOMA MALT) DA TIREOIDE – RELATO DE CASO ...................................................... 269 Ferreira VS, Vilar L, Gusmão A, Pontes L, Montenegro L, Silva SP, Ibiapina GR, Montenegro JL, Carvalho MFL, Melo ATB, Canadas V, Ferreira VS, Campos R, Teixeira L, Falcão DM, Cunha RA, Alves GS, Moura E P048 A REALIDADE DO HIPERDIA NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA EM CAMPINA GRANDE/PB................................... 269 Araújo CQB, Bruno ELA, Couto JP, Teixeira JVM, Coutinho LQCM, Sá RMN P049A REALIDADE SOBRE O CONHECIMENTO DE MÉDICOS RECÉM-FORMADOS NO TRATAMENTO DO DIABETES MELITO NA CIDADE DE CAMPINA GRANDE/PB.................................................................................................................................... 270 Teixeira JVM, Silva AT, Araújo CQB, Medeiros Jr PF P050 PREVALÊNCIA DE DIABETES MELITO ENTRE UMA POPULAÇÃO DE HIPERTENSOS ATENDIDA EM UM SERVIÇO BÁSICO DE SAÚDE NO AGRESTE PARAIBANO.......................................................................................................................... 270 Cruz CG, Guimarães MA, Marques PO, Santos EC P051ALTERAÇÕES METABÓLICAS EM PACIENTES POLITRAUMATIZADOS......................................................................................... 270 Fonseca Neto OCL, Vilaça TG, Montenegro RP, Souza RN, Câmara PRA, Pinheiro LS P052LINFOMA PRIMÁRIO DE TIREOIDE – RELATO DE CASO............................................................................................................. 271 Campos R, Vilar L, Gusmão A, Pontes L, Montenegro L, Pontes S, Ibiapina GR, Montenegro L, Melo ATB, Carvalho MFL, Canadas V, Gusmão A, Ferreira VS, Falcão DM, Teixeira L, Cunha RA, Alves GS, Moura E P053ANÁLISE DA IDADE DO RECEBIMENTO DO DIAGNÓSTICO DO DIABETES MELITO E DA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA NA CIDADE DE CAMPINA GRANDE/PB.................................................................................................. 271 Peixoto SHP, Machado LCA, Parízio ITS, Maurício V, Pontes AAN P054AVALIAÇÃO DA INCIDÊNCIA DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM MULHERES DIABÉTICAS TIPO 2 NO PERÍODO PÓS-MENOPAUSA NA CIDADE DE CAMPINA GRANDE/PB...................................................................................... 271 Peixoto SHP, Machado LCA, Parízio ITS, Maurício V, Pontes AAN P055AVALIAÇÃO DA INCIDÊNCIA DE OBESIDADE GLOBAL EM MULHERES DIABÉTICAS TIPO 2 NO PERÍODO PÓS-MENOPAUSA NA CIDADE DE CAMPINA GRANDE/PB...................................................................................................... 272 Peixoto SHP, Machado LCA, Parízio ITS, Maurício V, Pontes AAN P056AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DE ATIVIDADE FÍSICA NO DESENVOLVIMENTO DE HIPERTENSÃO EM MULHERES DIABÉTICAS TIPO 2 NO PERÍODO PÓS-MENOPAUSA NA CIDADE DE CAMPINA GRANDE/PB................................................. 272 Peixoto SHP, Machado LCA, Parízio ITS, Maurício V, Pontes AAN P057AVALIAÇÃO DA MÉDIA DE TEMPO DE INSTALAÇÃO DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA EM MULHERES DIABÉTICAS E MENOPAUSADAS NA CIDADE DE CAMPINA GRANDE/PB................................................................................. 272 Peixoto SHP, Machado LCA, Parízio ITS, Maurício V, Pontes AAN P058EVOLUÇÃO DA DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA NÃO ALCOÓLICA EM PACIENTES OBESOS MÓRBIDOS SUBMETIDOS À CIRURGIA DE FOBI-CAPELLA........................................................................................................................... 273 França MM, Bolfi F, Santos AB, Hirosawa RM, Moura RP, Bianchi LA, Mendes AL, Yamashiro FS, Souza GL P059CARCINOMA OU METÁSTASE ADRENAL: UM ACHADO RADIOLÓGICO.................................................................................. 273 Araújo CQB, Bruno ELA, Couto JP, Teixeira JVM, Magalhães LB, Coutinho LCQM, Medeiros Jr PF, Sá RMN P060 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E NÍVEIS PRESSÓRICOS MÉDIOS ENTRE INDIVÍDUOS HIPERTENSOS DIABÉTICOS E NÃO DIABÉTICOS ASSISTIDOS EM UMA USF DE CAMPINA GRANDE/PB................................................................................. 273 Santos EC, Cruz CG, Guimarães MA, Marques PO P062 PREVALÊNCIA DE HÁBITOS TABAGISTAS EM MULHERES DIABÉTICAS TIPO 2 PÓS-MENOPAUSA NA CIDADE DE CAMPINA GRANDE/PB....................................................................................................................................................... 274 Peixoto SHP, Machado LCA, Parízio ITS, Maurício V, Pontes AAN P063RELAÇÃO ENTRE O ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA E A PRÁTICA REGULAR DE ATIVIDADE FÍSICA ENTRE INDIVÍDUOS HIPERTENSOS DE UMA USF DE CAMPINA GRANDE/PB............................................................................................................ 274 Santos EC, Cruz CG, Guimarães MA, Marques PO S250 ÍNDICE P065CRIANÇAS OBESAS: UMA REALIDADE ATUAL........................................................................................................................... 274 Teixeira JVM, Silva AT, Araújo CQB, Bruno ELA, Couto JP, Coutinho LCQM, Sá RMN P066DISNATREMIAS EM PACIENTES CIRÚRGICOS............................................................................................................................ 275 Fonseca Neto OCL, Vilaça TG, Montenegro RP, Silva JTD, Bruno JPB, Lacerda CM P067ESTADO HIPEROSMOLAR HIPERGLICÊMICO NÃO CETÓTICO EM CIRRÓTICOS....................................................................... 275 Fonseca Neto OCL, Vilaça TG, Montenegro RP, Pinheiro LS, Silva JTD, Lacerda CM P069EXPERIÊNCIA COM ÁCIDO TIÓCTICO EM PACIENTES COM NEUROPATIA DIABÉTICA............................................................. 275 Alves D, Araújo E, Arruda J, Ramos T, Nunes V, Moura F P070MARCADORES NUTRICIONAIS EM RECEPTORES DE TRANSPLANTE DE FÍGADO....................................................................... 275 Fonseca Neto OCL, Vilaça TG, Montenegro RP, Bruno JPB, Souza RN, Lacerda CM P071MIELOPATIA APÓS SHUNT PORTO-SISTÊMICO EM CIRRÓTICOS............................................................................................... 276 Fonseca Neto OCL, Vilaça TG, Montenegro RP, Câmara PRA, Silva JTD, Pinheiro LS P072 PERFIL HEMATOLÓGICO EM PACIENTES COM DOENÇA TIREOIDIANA.................................................................................... 276 Ramos AJS, Mota AM, Ramos ALC, Nóbrega MP, Lucena RMB, Ramos AJC, Kim IC, Pordeus ACB, Vasconcelos GRC, Queiroz UC, Bernardes LP, Alencar AEF P073IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PRECOCE DA DISFUNÇÃO TIREOIDIANA NO CRESCIMENTO DOS PACIENTES COM DIABETES MELITO TIPO 1............................................................................................................................... 276 Ramos AJS, Mota AM, Nóbrega MP, Lucena RMB, Ramos AJC, Kim IC, Pordeus ACB, Vasconcelos GRC, Queiroz UC, Bernardes LP, Alencar AEF P074ALTERAÇÕES GLICÍDICAS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM EXCESSO DE PESO........................................................... 277 Noronha JAF, Ramos ALC, Gonzaga NC, Cardoso AS, Melo MMA, Cardoso MAA, Ramos AT, Medeiros CCM P075AVALIAÇÃO DOS FATORES CLÍNICOS PRÉ E PÓS-OPERATÓRIOS QUE INFLUENCIAM O REGANHO DE PESO EM PACIENTES DIABÉTICOS E PORTADORES DE OBESIDADE GRAUS II E III SUBMETIDOS A DGYR........................................... 277 Durão SF, Lins DC, Chalegre KP, Carvalho TF, Pedrosa IA, Ferraz AA, Campos JM P076AVALIAÇÃO RADIOLÓGICA PULMONAR E SUA RELAÇÃO COM A TROCA GASOSA EM PACIENTES COM ACROMEGALIA............................................................................................................................................................... 278 Rodrigues MP, Naves LA, Casulari LA, Silva CAM, Paula WD, Cabral MT, Araújo RR, Viegas CAA P077ANÁLISE DA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA EM PACIENTES OBESOS ASSISTIDOS NO SERVIÇO DE SOBREPESO E OBESIDADE DO INSTITUTO DE SAÚDE ELPÍDIO DE ALMEIDA (ISEA), CAMPINA GRANDE – PARAÍBA..................................... 278 Barbosa PEA, Barbosa ACN, Costa ID, Fernandes IC, Sá RMN, Lacerda SG, Souza TAO, Freitas VC, Ferreira MFL. P078ANÁLISE DA PREVALÊNCIA DE DIABETES MELITO E FATORES ASSOCIADOS ENTRE INDIVÍDUOS ABORDADOS DURANTE CAMPANHA DE COMBATE AO FUMO...................................................................................................................... 278 Sales LM, Almeida MKC, Cruz CG, Silva GF, Guimarães MA, Góis LCP, Araújo IG P079ANÁLISE DO PERFIL EDUCACIONAL QUANTO AO RISCO DE OBESIDADE NOS PACIENTES DO SEXO FEMININO ASSISTIDOS NO SERVIÇO DE SOBREPESO E DO INSTITUTO DE SAÚDE ELPÍDIO DE ALMEIDA (ISEA), CAMPINA GRANDE – PARAÍBA................................................................................................................................................. 278 Barbosa PEA, Barbosa ACN, Costa ID, Fernandes IC, Souza PB, Sá RMN, Lacerda SG, Souza TAO, Ferreira MFL P080ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA MORTALIDADE POR DIABETES MELITO NO NORDESTE ENTRE OS ANOS DE 2004 E 2007....... 279 Sales LM, Almeida MKC, Cruz CG, Guimarães MA, Moraes FL, Marques PO P081ASSOCIAÇÃO ENTRE PESO AO NASCIMENTO E RESISTÊNCIA À INSULINA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES OBESOS E COM SOBREPESO.................................................................................................................................................... 279 Amorim SD, Santiago JS, Leal AAF, Werner RPB, Albuquerque FCL, Ramos ALC, Cardoso AS, Ramos AT, Medeiros CCM P082AVALIAÇÃO DA ADESÃO TERAPÊUTICA NOS PORTADORES DE DIABETES MELITO ATENDIDOS NA REDE PRIMÁRIA DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE FORTALEZA................................................................................................................................ 280 Araújo ST, Penaforte KL, Santos DMC, Fernandes VO, Aragão ML, Sales APAM, Quidute ARP, Montenegro APDR, Montenegro RM, Carvalho SL, Montenegro Jr RM P083AVALIAÇÃO DA OCORRÊNCIA DE DISLIPIDEMIA EM UMA AMOSTRA NÃO PROBABILÍSTICA ABORDADA DURANTE CAMPANHA DO DIA MUNDIAL DE COMBATE AO FUMO......................................................................................... 280 Góis LCP, Almeida MKC, Sales LM, Cruz CG, Silva GF, Guimarães MA, Moraes FL, Araújo IG P084AVALIAÇÃO DO IMPACTO DO TRATAMENTO COM SITAGLIPTINA SOBRE POTENCIAIS EVOCADOS SOMATOSSENSITIVOS E CONTROLE METABÓLICO EM PORTADORES DE DIABETES MELITO TIPO 2......................................... 280 Tagliapietra JI, Montenegro Jr RM, Fernandes VO, Vale OC, Jamacaru FVF, Souza MHLP, Montenegro RM, Mota MV, Moraes MO, Moraes MEA S251 ÍNDICE P086CARCINOMA MISTO DE TIREOIDE: RELATO DE DOIS CASOS.................................................................................................... 281 Torres MRS, Ramos AJS, Rocha AM, Nóbrega MP, Lucena RMB, Costa GJF, Bernardes LP, Brito FLM P087COLECISTECTOMIA NOS PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA BARIÁTRICA NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ NO PERÍODO DE 2006 A 2009...................................................................................................................... 281 Montarroyos D, Almeida N, Novaes M, Cavalcanti P, Fernandez F, Evangelista Neto J, França W, Moura F, Burle C, Lamour S, Almeida R, Novaes F P088COMPARAÇÃO ENTRE OBESOS DIABÉTICOS (OD) E OBESOS NÃO DIABÉTICOS (OND) QUANTO AO IMC E À CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL, ASSISTIDOS NO AMBULATÓRIO DO SERVIÇO DE SOBREPESO E OBESIDADE DO INSTITUTO DE SAÚDE ELPÍDIO DE ALMEIDA (ISEA), NA CIDADE DE CAMPINA GRANDE – PARAÍBA.................................. 282 Fernandes IC, Barbosa PEA, Barbosa ACN, Costa ID, Lacerda SG, Souza TAO, Ferreira MFL P089DETERMINANTES DE RISCO CARDIOVASCULAR EM FREQUENTADORES DE UM PARQUE NA CIDADE DE CAMPINA GRANDE.................................................................................................................................................................. 282 Bruno ELA, Couto JP, Teixeira JVM, Andrade JSO, Magalhães LB, Sá RMN P090Diabetes melitO tipo 2 e obesidade grau I: Avaliação do controle glicêmico de acordo com o tempo de seguimento pós-cirúrgico em pacientes submetidos À Gastroplastia redutora com reconstituição em Y de Roux ........................................................................................................................................... 282 Lins DC, Pedrosa IA, Lins DC, Campos JM, Sa VC, Chalegre KPA, Durão SF P091BALÕES GÁSTRICOS EM OBESOS – UMA TÉCNICA MAIS SEGURA, RÁPIDA E ECONÔMICA PARA OS PROCEDIMENTOS DE COLOCAÇÃO E REMOÇÃO................................................................................................................... 283 Vilaça TG, Carvalho GL, Novaes ML, Moura FF, Rocha FG, Cruz CRC, Lima DL, Chaves EFC P092BALÕES INTRAGÁSTRICOS SÃO EFETIVOS PARA CONTROLE DE PESO EM PACIENTES NÃO OBESOS...................................... 283 Rocha RG, Carvalho GL, Moraes CE, Barros CB, Vilaça TG, Albuquerque PPC, Silva JSN, Fernandes Jr JAM P093EFEITO DA SITAGLIPTINA SOBRE AS ALTERAÇÕES VISUAIS DIAGNOSTICADAS POR POTENCIAL EVOCADO VISUAL NO DIABETES MELITO TIPO 2........................................................................................................................................ 283 Tagliapietra JI, Montenegro Jr RM, Fernandes VO, Vale OC, Jamacaru FVF, Souza MHLP, Montenegro RM, Mota MV, Moraes MO, Moraes MEA P094EFEITO DOS ESTEROIDES ANABOLIZANTES SOBRE A FUNÇÃO TIREOIDIANA ........................................................................... 284 Lacerda SG, Barbosa ACN, Costa DA, Fernandes IC, Barbosa PEA, Ferreira MFL P095ESÔFAGO NEGRO ASSOCIADO À INFECÇÃO POR CANDIDA SP. EM PACIENTE DIABÉTICO................................................... 284 Baião AH, Tasso PS, Carvalho EH P097ESTUDO BAROPODOMÉTRICO DE PACIENTES COM DIABETES MELITO TIPO 2 PARA A DETECÇÃO PRECOCE DO PÉ DE RISCO...................................................................................................................................................... 285 Castro FM, Aragão ML, Fernandes VO, Santos PJS, Souza MR, Sales APAM, Quidute ARP, Montenegro APDR, Monteiro LZ, Montenegro RM, Carvalho SL, Montenegro Jr RM P098ESTUDO DA ASSOCIAÇÃO ENTRE DISLIPIDEMIA E OBESIDADE EM UMA AMOSTRA POPULACIONAL DO INTERIOR DO NORDESTE – ESTUDO TRANSVERSAL................................................................................................................... 285 Araújo IG, Almeida MKC, Sales LM, Cruz CG, Silva GF, Guimarães MA, Marques PO, Góis LCP P099ESTUDO DO ALEITAMENTO MATERNO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES PORTADORES DE SOBREPESO OU OBESIDADE E SUA ASSOCIAÇÃO COM OS NÍVEIS DE LEPTINA.......................................................................................... 285 Azevedo LB, Gonzaga NC, Cardoso AS, Clementino ELC, Mariz LS, Alburquerque FCL, Cardoso MAA, Ramos AT, Medeiros CCM P100EVOLUÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE O DIABETES MELITO DOS ACADÊMICOS DO CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ................................................................................................................. 286 Freitas AV, Damasceno Neto PN, Melo IP, Dantas NP, Menezes Dantas AM P101 GRAU DE INFORMAÇÃO EM RELAÇÃO À HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS) EM PACIENTES ATENDIDOS NO AMBULATÓRIO DE SOBREPESO E OBESIDADE DO INSTITUTO DE SAÚDE ELPÍDIO DE ALMEIDA (ISEA), CAMPINA GRANDE/PB............................................................................................................................................................ 286 Barbosa ACN, Costa ID, Fernandes IC, Barbosa PEA, Lacerda SG, Souza TAO, Ferreira MFL P102IDENTIFICAÇÃO DE PESSOAS COM CRITÉRIOS PARA SÍNDROME METABÓLICA SUBMETIDOS À REVASCULARIZAÇÃO EM SERVIÇO DE CARDIOLOGIA DE CAMPINA GRANDE/PB.................................................................................................... 287 Araújo CQB, Bruno ELA, Medeiros FP, Couto JP, Teixeira JVM, Coutinho LCQM, Medeiros MO, Sá RMN P106INCIDÊNCIA DE ALTERAÇÕES OCULARES EM PACIENTES DIABÉTICOS DE UM SERVIÇO DE SAÚDE DA CIDADE DE PAULO AFONSO/BA............................................................................................................................................... 287 Silva MVA, Santos DA, Silva AA, Dourado DAO, Santos AFA P107 S252 INCIDENTALOMA SUPRARRENAL NA ADOLESCÊNCIA............................................................................................................. 287 Oliveira VG, Queiroz ADM, Rocha AM, Bernardes LP, Nogueira AA, Ramos RA, Lucena RMB, Nóbrega MP ÍNDICE P108INFLUÊNCIA DA RENDA NA DETERMINAÇÃO DA OBESIDADE: UMA AVALIAÇÃO REALIZADA EM MULHERES NO AMBULATÓRIO DE SOBREPESO E OBESIDADE DO INSTITUTO DE SAÚDE ELPÍDIO DE ALMEIDA (ISEA), CAMPINA GRANDE/PB....................... 288 Barbosa ACN, Costa ID, Fernandes IC, Barbosa PEA, Lacerda SG, Souza TAO, Ferreira MFL P110LIPIDOGRAMA E DISLIPIDEMIAS: ANÁLISE E PREVALÊNCIA EM UMA UNIDADE DE SAÚDE....................................................... 288 Silva MVA, Santos DA, Queiroz MSR, Pequeno AS, Vieira JPL, Dourado DAO P113OBESIDADE SECUNDÁRIA AO TRATAMENTO DOS CÂNCERES PEDIÁTRICOS EM PACIENTES ACOMPANHADOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO......................................................................................................................................................... 289 Silva MRM, Nogueira MCL, Santos LAV, Ortolan M, Morais VLL, Almeida NCN P114OFTALMOPATIA DE GRAVES – SEGUIMENTO EM DOIS ANOS APÓS EVISCERAÇÃO OCULAR POR OFTALMOPATIA GRAU VI.. 289 Torres MRS, Ramos AJS, Oliveira VG, Nóbrega MP, Lucena RMB, Queiroz ADM, Costa GJF, Bernardes LP, Santos RG P115 PARALISIA PERIÓDICA HIPOCALÊMICA TIREOTÓXICA: RELATO DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA..................................... 289 Dia INB, Lauria MW, Brandão JB, Lages MV, Dias APG P116 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES ASSISTIDOS NO AMBULATÓRIO DO SERVIÇO DE SOBREPESO E OBESIDADE DO INSTITUTO DE SAÚDE ELPÍDIO DE ALMEIDA NA CIDADE DE CAMPINA GRANDE – PARAÍBA.................................................... 289 Fernandes IC, Barbosa PEA, Barbosa ACN, Costa ID, Lacerda SG, Souza TAO, Ferreira MFL P118 PERFIL HEPÁTICO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM EXCESSO DE PESO......................................................................... 290 Ramos ALC, Noronha JF, Ramos AT, Cardoso MAA, Werner RPB, Leal AAF, Santiago JS, Medeiros CCM P119 PERFIL LIPÍDICO E ADIPOSIDADE CORPORAL: ASSOCIAÇÃO PARA PACIENTES DE DIFERENTES FAIXAS ETÁRIAS.................... 290 Silva MVA, Santos DA, Queiroz MSR, Pequeno AS, Vieira JPL, Dourado DAO P120 PERFIL LIPÍDICO EM ADOLESCENTES COM EXCESSO DE PESO................................................................................................ 290 Noronha JAF, Gonzaga NC, Cardoso AS, Melo MMA, Leal AAF, Cardoso MAA, Ramos AT, Medeiros CCM P121 PREVALÊNCIA DE RETINOPATIA DIABÉTICA DE POPULAÇÃO ASSISTIDA POR UM INSTITUTO EM MUNICÍPIO DA PARAÍBA...... 291 Araújo CQB, Bruno ELA, Couto JP, Teixeira JVM, Andrade JSO, Medeiros MO, Sá RMN, Lacerda SG P122 PREVALÊNCIA DE SINTOMAS DISPÉPTICOS EM DIABÉTICOS TIPO 2 . ...................................................................................... 291 Mesquita SS, Feitosa AML, Fernandes VO, Sales APAM, Souza MAN, Gurgel MHC, Mota MV, Quidute ARP, Montenegro APDR, Montenegro RM, Vale OC, Montenegro Jr RM P123 PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS A DISTÚRBIOS METABÓLICOS EM PACIENTES COM INFECÇÃO PELO HIV/AIDS...... 292 Ponte CMM, Takeda CFV, Ponte GA, Mendes PP, Mesquita CEC, Gurgel MHC, Pires Neto RJ, Colares JKB, Ramos Jr AN, Fernandes VO, Montenegro Jr RM P124REDUÇÃO DOS NÍVEIS DE ÓXIDO NÍTRICO APÓS INTERVENÇÃO COM SITAGLIPTINA EM DIABÉTICOS TIPO 2....................... 292 Tagliapietra JI, Montenegro Jr RM, Fernandes VO, Souza MHLP, Vale OC, Jamacaru FVF, Montenegro RM, Mota MV, Moraes MO, Moraes MEA P125RELATO DE CASOS: INTOXICAÇÃO POR VITAMINA D, UM DESAFIO DIAGNÓSTICO................................................................ 293 Brandao JB, Dias INB, Dias APG, Silva RVD, Rezende MS, Soares MMS P126DÉFICIT DE VITAMINA D NO PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA BARIÁTRICA.............................................................................. 293 Cruz DTS, Ferraz SEJ, Kuroki TMC, Mello PFLSO, Oliveira MG, Moura F P127FATOR SOCIOECONÔMICO COMO DETERMINANTE PARA O DESENVOLVIMENTO DO SOBREPESO OU OBESIDADE EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES................................................................................................................................................... 293 Amorim SD, Azevedo LB, Mariz LS, Santiago JS, Santos ZM, Cardoso MAA, Gomes AT, Medeiros CCM P128AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE O SEDENTARISMO E A OBESIDADE COM O DIABETES MELITO............................................ 294 Araújo CQB, Bruno ELA, Couto JP, Teixeira JVM, Andrade JSO, Lima LS, Medeiros MUF, Sá RMN P129SÍNDROME DA RESISTÊNCIA AOS HORMÔNIOS TIREOIDIANOS............................................................................................... 294 Lacerda SG, Barbosa ACN, Costa DA, Fernandes IC, Barbosa PEA, Sá RMN, Ferreira MFL P130SÍNDROME DE KLINEFELTER SE APRESENTANDO COM DIABETES TIPO 2 E ÚLCERAS DE PERNA – RELATO DE CASO............... 294 Nóbrega MBM, Ramos AJS, Nóbrega MP, Ramos RA, Lucena RMB, Colares VNQ, Bernardes LP P132A SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS TEM EFEITO INDEPENDENTE NOS NÍVEIS DA PROTEÍNA 4 LIGADORA DO RETINOL (RBP4), MAS NÃO NOS NÍVEIS DA ADIPONECTINA.................................................................................................................. 295 Caldas G, Vasconcelos A, Cerqueira J, Catão D, Geloneze B, Tambascia A, Calixto A, Costa L P134Tempo de diagnóstico de diabetes melitO tipo 2 e influência no controle glicêmico em pacientes com obesidade grau I submetidos À Gastroplastia redutora com reconstituição em Y de Roux................... 295 Lins DC, Pedrosa IA, Lins DC, Ferraz AA, Sa VC, Durão SF S253 ÍNDICE P135TERATOMA IMATURO DE OVÁRIO: RELATO DE CASO............................................................................................................... 295 Magalhães LB, Araújo CQB, Bruno ELA, Couto JP, Teixeira JVM, Magalhães MAF, Sá RMN P136TRATAMENTO MULTIPROFISSIONAL A CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM SOBREPESO OU OBESIDADE: UMA ESTRATÉGIA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE . ........................................................................................................................ 296 Azevedo LB, Amorim SD, Gonzaga NC, Mariz LS, Cardoso MAA, Gomes AT, Medeiros CCM P137 Uso de medicações hipoglicemiantes no pré-operatório de pacientes com diabetes melitO tipo 2 e obesidade grau I submetidos a bypass gástrico em Y de Roux e sua influência no controle glicêmico .......................................................................................................................................................... 296 Lins DC, Sa VC, Ferraz AA, Lins DC, Durão SF, Carvalho THF, Chalegre KP P138 VARIAÇÃO DO ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA EM CRIANÇAS ATENDIDAS EM UM AMBULATÓRIO DE OBESIDADE............... 297 Azevedo LB, Amorim SD, Mariz LS, Alburquerque FCL, Werner RPB, Cardoso MAA, Ramos AT, Medeiros CCM P139FRATURAS SUBTROCANTÉRICAS COM O USO PROLONGADO DE BISFOSFONATO: RESPOSTA AO RANELATO DE ESTRÔNCIO......................................................................................................................................................................... 297 Carvalho NNC, Camelo C, Bandeira F P140MACROPROLACTINOMA MANIFESTANDO-SE COMO AMENORREIA PRIMÁRIA . ................................................................... 297 Vilar L, Gusmão A, Pontes L, Montenegro L, Pontes S, Ibiapina GR, Montenegro JL, Carvalho MFL, Melo ATB, Canadas V, Gusmão A, Ferreira VS, Cunha RA, Alves GS, Campos R S254 Temas Livres TEMAS LIVRES P001 Úlcera de pé diabético associada À miíase Dantas D1, Chagas F1, Bandeira C1, Fontenelle T1, Bandeira F1 1 Unidade de Endocrinologia e Diabetes, Hospital Agamenon Magalhães, Sistema Único de Saúde (SUS), Universidade de Pernambuco (UPE), Recife, PE, Brasil Introdução: Miíase significa infestação de tecidos ou cavidades por larvas de moscas. Ocorre com maior frequência em diabéticos, idosos, desnutridos, imunocomprometidos, baixo nível socioeconômico e baixas condições de higiene. As larvas infestam úlceras preexistentes, se alimentando de restos de tecidos necróticos, sendo por esse motivo também usadas como tratamento de feridas crônicas, apresentando efeito benéfico no tratamento do pé diabético. Há relatos na literatura da infestação em orifício de traqueostomia em paciente em estado vegetativo persistente, em lesões de pele neoplásicas e em local de inserção de pinos de fixadores externos em pacientes diabéticos, não havendo relatos sobre infecção em pé diabético. Relato de caso de pé diabético com miíase. Relato de caso: Paciente, 47 anos, etilista crônico (1 l de destilados/dia), diabético tipo 1 há 30 anos, em tratamento irregular, com vários internamentos por diabetes descompensada, frequentemente fugia de casa e passava a morar na rua. Há oito anos apresentava ulceração em dorso do pé, surgida após trauma local, sem cicatrização e com aumento progressivo. Chegou ao hospital, após uma semana como morador de rua, queixando-se de poliúria e dor em pé esquerdo. Ao exame estava em mal estado geral, desnutrido, desidratado, extremidades com úlcera em pé esquerdo com exposição de musculatura, tecido necrótico e presença de miíase. Leucograma: 14.400 (73% seg. 0% bas.). Glicemia de jejum: 205 mg/dl. HgA1C: 10,8. Creatinina: 0,5. Rx abdômen: sem calcificações sugestivas de pancreatite. Gasometria arterial: sem alterações no equilíbrio ácido-básico. Após discussão com CCIH, foi iniciado esquema antimicrobiano com ciprofloxacina + clindamicina por 14 dias e curativo local com solução fisiológica. Avaliação da cirurgia vascular orientou banhos de imersão com hipoclorito de sódio para retirada das larvas e posterior desbridamento cirúrgico. Após cinco dias de tratamento, o paciente apresentava lesão com hiperemia difusa, áreas de granulação e fibrose, sem a presença de larvas; sendo suspenso o desbridamento cirúrgico, visto a boa resposta ao tratamento clínico. Após 14 dias, houve melhora importante da lesão que apresentava tecido granulação em toda extensão, sem necrose. Orientada alta hospitalar com acompanhamento no ambulatório de pé diabético. Conclusão: Esse caso ilustra uma apresentação incomum de úlcera em pé diabético. P002 EVOLUÇÃO DA MASSA ÓSSEA PÓS-PARATIREOIDECTOMIA EM UM PACIENTE COM HIPERPARATIREOIDISMO PRIMÁRIO SEVERO SUBMETIDO AO USO PRÉ-OPERATÓRIO DE IBANDRONATO ORAL Magalhães K1, Carvalho E1, Ribeiro S1, Moraes M1, Asano N1, Bandeira F1 Unidade de Endocrinologia e Diabetes, Hospital Agamenon Magalhães, Sistema Único de Saúde (SUS), Universidade de Pernambuco (UPE), Recife, PE, Brasil 1 Introdução: A osteíte fibrosa cística é uma manifestação grave do hiperparatireoidismo primário (HPTP), caracterizada por perda intensa de massa óssea, reabsorção óssea subperiosteal, lesões “em sal e pimenta” no crânio e formação de osteoclastomas. Os pacientes com essa manifestação apresentam maior risco de desenvolver a chamada “síndrome da fome óssea” (SFO) após o tratamento cirúrgico. Os bisfosfonatos têm sido utilizados no período pré-operatório desses pacientes, com o intuito de diminuir o turnover ósseo e, assim, prevenir o rápido fluxo de cálcio para o tecido ósseo no pós-operatório S256 imediato. Relato de caso: WQT, masculino, 26 anos, com diagnóstico de HPTP por adenoma de paratireoide inferior direita em 2008, com quadro de osteíte fibrosa cística e nefrolitíase. Exames laboratoriais: PTH = 2498 pg/mL; Ca = 13,2 mg/dL; CTX = 1669 pg/mL; FA = 1333 U/L; 25(OH)D = 10,4 ng/mL; radiografias evidenciavam aspecto em “sal e pimenta” na calota craniana e osteoclastoma em região distal de fêmur esquerdo. Na densitometria o T-score foi de -4,2 em colo de fêmur; -3,9 em coluna lombar e -6,03 em rádio distal. O paciente foi submetido à paratireoidectomia inferior direita, 10 dias após o uso oral de 150 mg de ibandronato. Evoluiu no pósoperatório imediato com normalização do PTH (11,07 pd/mL) e dos níveis calcêmicos (8,8 mg/dL). Iniciou, em seguida, o uso de carbonato de cálcio 2 g/dia e vitamina D 1.800 UI/dia. Dois meses após a cirurgia, o paciente foi reinternado com um quadro sugestivo de SFO: PTH elevado (230 pg/mL), hipocalcemia assintomática (7,7 mg/dL) e deficiência de vitamina D (21 ng/mL), sendo a dose de vitamina D aumentada para 14.000 UI/semana. Nos meses subsequentes, diante de dosagens persistentemente baixas de 25OHD, a dose de colecalciferol foi aumentada para 50.000 UI semanais. Seis meses após a paratireoidectomia, já foi evidenciado substancial ganho de massa óssea em rádio distal (38,75%), coluna lombar (27,2%) e colo do fêmur (35,2%). Na ocasião, a dosagem de cálcio era de 9,2 mg/dL e 250HD de 33 ng/mL. Com um ano de tratamento, o ganho mineral ósseo foi de 36,1% em coluna lombar e 52% em colo do fêmur. Realizada nova densitometria de rádio distal, cerca de dois anos após o procedimento, que revelou ganho de massa óssea de 53,1%. Conclusões: Esse caso demonstra o expressivo ganho de massa óssea após a paratireoidectomia em um paciente portador de osteíte fibrosa cística mesmo com o uso pré-operatório de ibandronato oral. O uso pré-operatório de ibandronato oral provavelmente preveniu hipocalcemia severa por fome óssea no pós-operatório imediato. P003 Infarto Agudo de Miocárdio em paciente jovem com HIV positivo em uso de terapia antiRretroviral associada à falência poliglandular autoimune Cavalcanti TB1, Pereira I1, Viégas MA1, Bandeira F1 Unidade de Endocrinologia e Diabetes, Hospital Agamenon Magalhães, Sistema Único de Saúde (SUS), Universidade de Pernambuco (UPE), Recife, PE, Brasil 1 Introdução: O uso de inibidores da protease (indinavir, lopinavirritonavir, didanosina e abacavir) e a duração da terapia antirretroviral (TARV) em indivíduos HIV positivo (+) podem aumentar o risco de doenças cardiovasculares, pois estão associados à maior incidência dos fatores de risco como dislipidemia, hipertensão arterial sistêmica, aumento da resistência insulínica e/ou diabetes melito, disfunção endotelial e obesidade central. Materiais e métodos: Apresenta-se o caso de um paciente adulto jovem com HIV+ que já fazia uso de TARV há cinco anos (incluindo o inibidor da protease – lopinavirritonavir) e portador de diabetes melito tipo 1 (DM tipo1) e hipertireoidismo secundário a doença de Graves, que desenvolveu um episódio de infarto agudo de miocárdio (IAM) em paredes anterior e lateral. Relato de caso: Paciente, 26 anos, solteiro, sexo masculino, tabagista, hipertenso descoberto há menos de um ano, DM tipo 1 há 10 anos e portador do vírus HIV há cinco anos, queixando-se de aumento do volume cervical, proptose ocular, polifagia, perda de peso não intencional, irritabilidade, nervosismo e insônia há oito meses e ao exame físico apresentava-se com aumento da circunferência cervical (36 cm) e lid-lag positivo. Há um mês apresentou episódio de dor torácica típica associada a sudorese profusa com diagnóstico de IAM com supraST anterolateral, sendo realizada trombólise química com estreptoquinase em serviço de referência. Fazia uso regular de insulina NPH + regular, captopril, AAS, propranolol, atorvastatina e TARV (lamivudina + zidovudina + lopinavir-ritonavir) há cinco anos. TEMAS LIVRES Dosagem de função tireoidiana evidenciou hipertireoidismo (TSH < 0,005 µU/ml e T4l = 6,520 ng/dl; antiTPO: 12,1 U/ml); USG de tireoide: sem anormalidades; perfil lipídico à admissão: CT = 110 mg/dL; TG = 113 mg/dL; HDL = 37 mg/dL; LDL = 53 mg/dL; VLDL = 17 mg/dL; ecocardiograma transtorácico: aumento de VE, AE, disfunção sistólica leve VE, disfunção diastólica importante, alteração da contratilidade segmentar VE, FE 57%; teste ergométrico: 13,5 MET – não apresentou alterações eletrocardiográficas ou clínicas sugestivas de isquemia até FC atingida (foi considerado ineficaz, pois paciente não atingiu 85% da FC máxima prevista). Foi iniciado tratamento com rosuvastatina 2,5 mg/dia para dislipidemia e propiltiouracil 600 mg/dia por uma semana, seguido de tratamento definitivo da tireoidopatia com 20 mCi de I131. Conclusão: Esse caso ilustra uma apresentação incomum da doença coronariana. P004 BÓCIO GIGANTE E DE LONGA DURAÇÃO POR CISTO TIREOGLOSSO Gondim F1, Dias L1, Brito P1, Griz L1, Bandeira F1 Divisão de Endocrinologia e Diabetes, Hospital Agamenon Magalhães, Sistema Único de Saúde (SUS), Universidade de Pernambuco (UPE), Recife, PE, Brasil 1 Introdução: O bócio representa o aumento da glândula tireoide e possui etiologia multifatorial. A deficiência nutricional de iodo é a causa mais frequente de bócio no mundo, sendo um problema de saúde pública em 130 países, afetando 1,5 bilhão de pessoas ou 13% da população mundial. A história natural do bócio simples é de um aumento progressivo da glândula com o desenvolvimento de múltiplos nódulos. O cisto tireoglosso é uma patologia congênita que ocorre por falha no fechamento do ducto tireoglosso e produção de muco pelas células da sua mucosa. A principal manifestação clínica é o aparecimento de nódulo cervical anterior em linha média dificilmente atingindo grandes proporções. Relato de caso: MBSS, sexo feminino, 58 anos, admitida com história de aumento do volume cervical progressivo há 15 anos. Negava dispneia, disfagia ou sintomas compressivos. Ao exame evidenciava-se aumento cervical de grandes proporções sem linfonodomegalias palpáveis. Função tireoidiana estava sem alterações (TSH: 2,01 niU/ml; T4 livre: 1,81 ng/dl) e tomografia computadorizada de região cervical mostrou volumosa formação expansiva, predominantemente cística com septações de permeio deslocando hipofaringe e laringe à esquerda, assim como tireoide e estruturas vasculares medindo 16 x 13,5 x 14,2 cm. Foi submetida à ressecção de massa com histopatológico evidenciando cisto de parede fibrosa destituído de revestimento epitelial com conteúdo necrótico (cisto tireoglosso), depósito de cristais de colesterol e ausência de tecido tireoidiano. A paciente evoluiu satisfatoriamente e recebeu alta para acompanhamento ambulatorial. Conclusão: Esse caso demonstra apresentação incomum de bócio. P005 TUMOR PITUITÁRIO PRODUTOR DE GONADOTROFINAS E OCTREOSCAN POSITIVO Costa S1, Rego D1, Calafell J1, Bandeira F1 Unidade de Endocrinologia e Diabetes, Hospital Agamenon Magalhães, Sistema Único de Saúde (SUS), Universidade de Pernambuco (UPE), Recife, PE, Brasil 1 Introdução: Algumas observações demonstram que 80%-90% dos adenomas hipofisários clinicamente não funcionantes são derivados da proliferação de células gonadotrófica,s o que propõe até sua reclassificação como gonadotrofinomas. Somente 5,13% dos adenomas funcionantes são gonadotrofinomas. Estudos de material in vitro também evidencia que uma proporção significante de adenomas sintetiza hormônio folículo-estimulante (FSH) isoladamente (23%). Uma menor parte sintetiza FSH e sua subunidade alfa concomitantemente (15%). Relato de caso: A paciente, 18 anos, foi encaminhada por apresentar acne, pele oleosa, cabelos muito oleosos, mastodínia importante no período pré-menstrual, ciclos menstruais irregulares, oligomenorreia e padrão laboratorial: FSH = 120 UI/L; LH = 98 UI/L; estradiol = 40 pg/mL; testosterona = 36 ng/dL; TSH = 3,6 mUI/L; FT4 = 1,4 ng/dl; ultrassonografia abdominal = ovários com folículos e discreta redução do ovário direito. Como não havia clínica de hipoestrogenismo, foi considerada a possibilidade de tumor produtor de gonadotrofinas. Ressonância nuclear magnética evidenciou aumento difuso da hipófise sugestivo de adenoma 1,2 x 0,9 cm. Após teste do TRH, foram observados: TSH = 17,7 mUI/L; FT3 = 0,36 ng/dl; FT4 = 1,4 ng/dl; estradiol = 1,3 pg/mL; prolactina: 4,9 ng/mL; subunidade alfa do FSH = 3.380 UI/L (80-604 UI/L). Octreoscan (pantotreotide marcado com iodo 111) mostrou hipercaptação em topografia hipofisária no local previamente evidenciado pela ressonância. Foi tratada com octreotide LAR 20 mg a cada 40 dias.Na primeira dose, apresentou melhora clínica importante, voltando a ter ciclos menstruais normais. Exames após um mês da primeira injeção: FSH = 128,8 UI/L; LH: 99,4 UI/L. Após 40 dias da segunda injeção: glicemia de jejum: 111 mg/dL; HbA1c = 6,1%; TSH = 1,1 mUl/L; T4 = 6,9 ng/dl; testosterona = 32 ng/dL; androstenediona = 138 mg/dL (30-330 mg/dL); FSH = 101 UI/L; LH = 85 UI/L; estradiol: 0,7 mg/dL (1,3-21 mg/dL); subunidade alfa do FSH = 2350 mg/dL (80-604 mg/dL). Conclusão: Este caso ilustra uma apresentação rara dos adenomas hipofisários. P006 Intenso espessamento da díploe em uma paciente com Doença de Paget e Acromegalia Aleixo A1, Bandeira C1, Nunes A1, Bandeira F1 Unidade de Endocrinologia e Diabetes, Hospital Agamenon Magalhães, Sistema Único de Saúde (SUS), Universidade de Pernambuco (UPE), Recife, PE, Brasil 1 Introdução: A doença de Paget é caracterizada por reabsorção óssea excessiva localizada, associada à formação acelerada de osso de pobre qualidade, mais propenso a deformidades. O envolvimento do crânio nessa patologia se inicia com osteoporose circunscrita (lesão osteolítica), seguida anos mais tarde pelo espessamento cortical, geralmente nas áreas frontal e occipital. A acromegalia também é causa de deformidades esqueléticas tais como espessamento dos ossos do crânio. A associação entre essas duas doenças muito raramente tem sido relatada, ambas podendo causar alterações ósseas cranianas que se superpõem. Relato de caso: Paciente com 57 anos, sexo feminino, com passado de acromegalia (macroadenoma hipofisário) há 27 anos, tratada com cirurgia e radioterapia e atualmente curada, evoluiu há cerca de um ano com queixa de cefaleia holocraniana opressiva e persistente, fazendo-a procurar assistência médica, quando então foi diagnosticada doença de Paget em crânio em virtude do achado ao raio x de intenso espessamento heterogêneo da díploe em praticamente todos os ossos da calota craniana, restringindo seu volume, além de lesões líticas frontal e occipital compatíveis com osteoporose circunscrita. Ao exame clínico, paciente apresentava aumento da proeminência frontal, com elevações e depressões caracterizando crânio corrugado. Exames laboratoriais evidenciaram CTX sérico: 460 pg/mL e fosfatase alcalina sérica 1,5 vez o valor normal. Cintilografia óssea mostrou acentuada hipercaptação difusa na díploe. Há cinco meses paciente está em tratamento com ibandronato mensal, com melhora da cefaleia, normalização da fosfatase alcalina sérica e melhora radiológica significativa, principalmente da esclerose da díploe. Conclusões: Este caso ilustra um raro achado radiológico em uma paciente com doença de Paget e acromegalia. Tratamento com ibandronato resultou em melhora significativa das alterações cranianas. S257 TEMAS LIVRES P007 DOENÇA DE ADDISON POR TUBERCULOSE ADRENAL Miranda AK1, Barros B1, Griz L1, Bandeira F1 Divisão de Endocrinologia e Diabetes, Hospital Agamenon Magalhães, Sistema Único de Saúde (SUS), Universidade de Pernambuco (UPE), Recife, PE, Brasil 1 Introdução: A doença de Addison ou insuficiência adrenal crônica primária é uma entidade rara e resulta em produção subnormal de cortisol, aldosterona e esteroides sexuais. Após a introdução de terapia antituberculosa eficaz, a autoimunidade se tornou a principal causa de DA. No entanto, a adrenalite de causa granulomatosa (póstuberculose e paracoccidioidomicose) ainda é bastante frequente em vários países. No Brasil, a etiologia autoimune é responsável por cerca de 39% dos casos, seguida de paracoccidioidomicose (28%) e da tuberculose (11%). O trofismo pela adrenal é decorrente da supressão da imunidade celular na adrenal. Caso clínico: JIS, 31 anos, sexo masculino, encaminhado do HOF com quadro de tosse produtiva, febre vespertina, perda de peso importante há quatro meses; os exames laboratoriais mostravam eosinofilia (leucograma = 4.220, eosinófilos = 650), hiponatremia (Na = 130 mmol/L) e hiperpotassemia (K = 5,3 mmol/L). Foi iniciada investigação para tuberculose, porém com baciloscopias negativas. Contudo, por causa do quadro sugestivo, foi iniciado tratamento para TB, com boa resposta. Após 13 dias do início do tratamento, o paciente evolui com hipotensão e hipoglicemia, sendo levantada a hipótese de insuficiência adrenal, respondendo ao uso de hidrocortisona. Os exames de imagem (TC e RNM) revelaram lesões hipodensas em adrenais, medindo 6,5 x 3,5 cm à direita e 5,0 x 3,0 cm à esquerda. Durante internamento, foi realizado o desmame de corticoide e o paciente apresentou hipotensão seis dias após suspensão da hidrocortisona, com cortisol sérico na crise de 0,1 mcg/dL. Foi reiniciada hidrocortisona 15 mg/dia, com melhora clínica, e paciente recebeu alta hospitalar em uso da medicação via oral. Realizada nova TC que identificou as mesmas lesões sem alteração no tamanho destas. O paciente foi submetido a PAAF das lesões e seu material enviado para histopatológico que revelou necrose do material; a cultura para BK do aspirado da PAAF foi negativa. O paciente apresentou náuseas, astenia e hipotensão na presença de quadro gripal dois meses após alta hospitalar, sendo novamente internado. Apresentou melhora dos sintomas com uso da hidrocortisona venosa e evidenciado cortisol sérico de 3,23 mcg/dL. Recebeu alta após quatro dias em uso de hidrocortisona 20 mg/dia e fludrocortisona 0,05 mg/dia. Conclusão: Este caso ilustra uma apresentação incomum da insuficiência adrenal. P008 DOENÇA DE GRAVES ASSOCIADA À MIASTENIA GRAVIS FORMA OCULAR: DIFICULDADES NO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Belfort P1, Carvalho E1, Griz L1, Diniz E1, Nunes A1, Bandeira F1 Unidade de Endocrinologia e Diabetes, Hospital Agamenon Magalhães, Sistema Único de Saúde (SUS), Universidade de Pernambuco (UPE), Recife, PE, Brasil 1 Introdução: Doença de Graves e miastenia gravis são doenças autoimunes cuja associação é rara, porém bem reconhecida. Estudos epidemiológicos mostram que doenças tireoidianas autoimunes (DTA) ocorrem em 5% a 10% dos casos de miastenia gravis (MG), enquanto MG é relatada numa frequência baixa (0,2%) dos pacientes com DTA. As manifestações típicas da oftalmopatia de Graves (OG) são exoftalmia, edema periorbital, quemose e hiperemia conjuntival. A ptose palpebral é uma manifestação rara da OG, sendo comum na forma ocular da miastenia gravis. A ressonância nuclear magnética e a tomografia computadorizada (TC) são úteis na demonstração das manifestações clássicas da OG. Relato de caso: JAC, 34 anos, portadora de doença de Graves há 10 anos, iniciou tratamento irregular com metimazol, droga que permaneceu em uso apenas por três S258 anos. Há seis meses, a paciente evoluiu com exacerbação dos sinais e sintomas clínicos do hipertireoidismo associado a ptose palpebral bilateral, predominantemente à direita, com piora progressiva ao longo do dia e sem sinais inflamatórios. Ao exame clínico apresentava motilidade ocular prejudicada e sem redução de força muscular proximal ou de membros superiores e inferiores. Exames laboratoriais: TSH < 0,004 μUI/mL; T3 162 ng/mL; T4l 2,11 ng/mL. Realizou TC de órbita, que não evidenciou sinais sugestivos de oftalmopatia de Graves. A TC de tórax não mostrou alterações. Iniciou-se teste diagnóstico com 60 mg de piridostigmina oral de 6/6h e 15 mg de prednisona com aumento gradual da dose até 60 mg/dia com resposta clínica importante. Realizado tratamento do hipertireoidismo com radioiodo (20 mCi). Paciente recebe alta em uso de prednisona e piridostigmina nas doses descritas. Conclusão: A coexistência de miastenia gravis deve ser considerada no manejo dos pacientes com doenças tireoidianas autoimunes e oftalmopatia. P009 DISLIPIDEMIA TIPO III EM UMA MULHER MENOPAUSADA COM IAM Miranda AK1, Oliveira S1, Medeiros L1, Neves AP1, Costa R1, Bandeira F1 Divisão de Endocrinologia e Diabetes, Hospital Agamenon Magalhães, Sistema Único de Saúde (SUS), Universidade de Pernambuco (UPE), Recife, PE, Brasil 1 Introdução: A hiperlipoproteinemia tipo III ou disbetalipoproteinemia familiar é um distúrbio pouco frequente do metabolismo lipídico caracterizada por hipertrigliceridemia moderada a grave, associada à hipercolesterolemia. A maioria dos casos resulta de mutações na apo-E, ocasionando acúmulo de VLDL, IDL e quilomícrons. É uma entidade multifatorial em que, além da alteração genética, parece ser necessária a ocorrência de um fator secundário, como obesidade, diabetes, hipotireoidismo ou consumo de álcool. É mais frequente em homens, nos quais é comum o aparecimento de doença arterial precoce; nas mulheres, os eventos macrovasculares ocorrem, em geral, após a menopausa. Na eletroforese de proteínas, observa-se a presença de uma banda beta alargada. Caso clínico: MLS, 61 anos, sexo feminino, acompanhada no serviço de Endocrinologia do HAM por diabetes e hipotireoidismo. Durante consulta ambulatorial, foi observada a elevação dos níveis lipídicos (colesterol total de 607 mg/dL e triglicerídeos de 1.383 mg) nos exames laboratoriais. Ao exame físico, observou-se a presença de xantoma palmar, xantoma tuberoso em região maxilar e xantelasma em pálpebras superiores. Pôde-se identificar ainda a presença de diabetes e hipotireoidismo como fatores secundários, além de história familiar de DAC precoce e história pessoal de IAM após a menopausa. Realizada a centrifugação do soro, evidenciando-se ausência de quilomícrons, porém o plasma apresentou-se turvo por causa da presença de IDL. Foi iniciado tratamento com sinvastatina 40 mg/dia e ácido nicotínico 500 mg/ dia. A paciente não apresentou efeitos adversos à medicação, sendo realizada progressão da dose para 1 g/dia com melhora do perfil lipídico (colesterol total: 288 mg/dL e triglicerídeos: 522 mg/dL). A paciente recebeu alta hospitalar e manteve tratamento e acompanhamento ambulatorial, com melhora progressiva dos níveis lipídicos (colesterol total: 206 mg/dL e triglicerídeos: 304 mg/dL). Conclusão: Este caso ilustra a ocorrência incomum da dislipidemia mista. P010 HIPOGONADISMO CENTRAL ISOLADO NO SEXO FEMININO Holanda N1, Martins C1, Griz L1, Belfort P1, Bandeira F1 1 Unidade de Endocrinologia e Diabetes, Hospital Agamenon Magalhães, Sistema Único de Saúde (SUS), Universidade de Pernambuco (UPE), Recife, PE, Brasil Introdução: O hipogonadismo hipogonadotrófico isolado é um distúrbio raro, com prevalência estimada de 1:100.000 na popula- TEMAS LIVRES ção geral, mais comum no sexo masculino, com proporção de cinco homens para cada uma mulher acometida. Caracteriza-se por retardo do desenvolvimento sexual devido a baixos níveis de gonadotrofinas e esteroides sexuais, na ausência de anormalidades funcionais ou anatômicas no eixo hipotálamo-pituitária. Uma variedade de defeitos genéticos podem resultar em diferentes graus de hipogonadismo hipogonadotrófico associado ou não à hiposmia/anosmia, sendo as mutações mais frequentemente observadas nos genes KAL, FGFR1, FGF8, DAX1, leptina, GPR54, GnRHR, KISS1/KISS1R e PROKR2/PROK2. Material e métodos: Apresenta-se um caso de hipogonadismo hipogonadotrófico idiopático em uma paciente do sexo feminino. Resultado: Paciente, 17 anos, com quadro de escassez de pelos pubianos e axilares, associada a hipodesenvolvimento mamário, atrofia vaginal e amenorreia primária. Altura: 1,55 m; peso: 42,5 kg; IMC: 17,6 kg/m2, envergadura: 1,67 m, Tanner: M2P3. Dosagens séricas de FSH: 1,32 mIU/ml; LH: 0,27 mIU/ ml; estradiol < 20 pg/ml; TSH: 0,732 mcU/ml; T4l: 1,54 ng/ml; T3t: 147 ng/dl; prolactina: 4,06 ng/ml. A ultrassonografia pélvica mostrou útero infantil e os ovários não foram visualizados. Imagem de ressonância nuclear magnética de hipófise não mostrou lesão expansiva pituitária. O exame de cariótipo revelou 46, XX. Realizada videolaparoscopia, na qual foi visualizado útero normal e ovários com aspecto rudimentar. O exame histopatológico de fragmentos ovarianos direito e esquerdo evidenciou vários folículos primordiais. Teste de sensibilidade olfatória normal. A paciente foi submetida à reposição hormonal com estrogênio conjugado 0,625 mg/dia associado a medroxiprogesterona 5 mg/dia entre o 11º e 21º dias do ciclo menstrual. Após dois anos de reposição, evoluiu com surgimento de pelos pubianos (Tanner: P4) e axilares, sangramentos menstruais regulares, melhora da atrofia vaginal, ganho de peso (IMC: 19 kg/m2) e desenvolvimento mamário satisfatório (Tanner: M4). Conclusão: Este caso ilustra uma rara apresentação de hipogonadismo central isolado em mulher. P011 Evolução da Densidade Mineral Óssea com suplemento de Cálcio e Vitamina D em uma Paciente Jovem com Osteoporose Gestacional Neves AP1, Monteiro A1, Salgado C1, Diniz E1, Bandeira F1 Unidade de Endocrinologia e Diabetes, Hospital Agamenon Magalhães, Sistema Único de Saúde (SUS), Universidade de Pernambuco (UPE), Recife, PE, Brasil 1 Introdução: A osteoporose associada à gravidez é uma patologia rara. Caracteriza-se pelo decréscimo da densidade mineral óssea, cuja hipótese fisiopatológica é baseada em estudos acerca do déficit no suprimento nutricional materno, e aumento da demanda de cálcio, no período gestacional, de acordo com a necessidade fetal. A falta de dados epidemiológicos se deve à raridade do problema e à dificuldade de aplicação de testes comprobatórios durante a gestação. Caso clínico: SBS, sexo feminino, 22 anos, com história de fratura espontânea de coluna torácica em nível de T3, no final de 2004, durante a gestação, com consequente compressão medular e paraplegia. Na época, a ressonância nuclear magnética (RNM) de coluna torácica mostrava invasão de canal medular por partes moles adjacentes. Realizou-se biópsia que evidenciou cisto ósseo aneurismático, descartando a possibilidade de neoplasia. Em 2007, foi internada no Hospital Agamenon Magalhães para investigação da causa da fratura. Foi submetida à densitometria mineral óssea (DMO), que evidenciou osteoporose em coluna lombar (T-score: -2,9) e osteopenia em colo do fêmur (T-score: -1,9) e a uma nova RNM que mostrou melhora importante da invasão do canal medular. Cálcio sérico: 9,4 mg/dl, 25OHD sérica: 15,6 ng/ml, CTX sérico: 254,9 pg/ml, PTH sérico: 19,86 pg/ml, CR: 0,6 mg/dl. Desde então começou tratamento com suplementação de 1500 mg de cálcio e 1000 UI de vitamina D ao dia. E passou a ser acompanhada com DMO anualmente. Após oito meses de tratamento, houve ganho de densidade óssea de 7% em coluna lombar e de 2,1% em colo de fêmur, além de aumento da 25OHD D sérica para 54,6 ng/ml. Após um ano e três meses de tratamento, houve ganho de 18,47% em coluna lombar e 10,1% em colo do fêmur. Conclusão: Este caso clínico Ilustra o ganho de massa óssea expressivo pós-gestacional na osteoporose induzida pela gravidez. P012 UVEÍTE E CATARATA ASSOCIADAS À OFTALMOPATIA DE GRAVES VOSS LA1, VITORINO A1, VIÉGAS M1, BANDEIRA F1 1 Unidade de Endocrinologia e Diabetes, Hospital Agamenon Magalhães, Sistema Único de Saúde (SUS), Universidade de Pernambuco (UPE), Recife, PE, Brasil Introdução: Uveíte pode ser manifestação de doenças infecciosas, reumáticas ou ter causa indeterminada. Entre as uveítes infecciosas, 7,6% são por citomegalovírus (CMV). Doença de Graves foi encontrada em 2,3% dos pacientes portadores de uveíte, sendo a maioria com função tireoidiana não controlada antes do início do quadro. Alguns relatos de uveíte associada à HTLV-1 em pacientes com Graves existem na literatura, mas não há dados de uveíte por CMV em pacientes com doença de Graves. Relato de caso: ANNL, sexo feminino, 26 anos, portadora de hipertireoidismo por doença de Graves diagnosticado há seis meses, evoluindo com cefaleia fronto-occiptal, tontura e dor ocular associada à redução da acuidade visual em olho direito (OD) há dois meses. Apresentava edema bipalpebral, sinais inflamatórios e redução de acuidade visual, sem distinção de cores, em OD. Ressonância nuclear magnética de órbita evidenciou leve hipersinal nas sequências ponderadas de T1 do globo ocular direito, sugerindo material hemático. USG de órbita revelando exsotropia e redução de globo ocular, precipitados cerativos compatíveis com catarata subcapsular anterior e posterior, presença de imagem sugestiva de descolamento temporal de retina e líquido subretiniano em OD. Olho esquerdo com achado de pontilhado cristalino compatível com catarata incipiente. Sorologia para citomegalovírus IgM negativo e IgG positivo. Foram diagnosticados edema de córnea inferior, uveíte e catarata subcapsular de OD, sendo mais provável o diagnóstico de uveíte e catarata secundária à uveíte. Conclusão: Este caso ilustra uma apresentação incomum de oftalmopatia de Graves. P013 Síndrome de Berardinelli-Seip com alta massa óssea Fontan D1, Gondim S1, Freitas C1, Reis R1, Bandeira F1 Unidade de Endocrinologia e Diabetes, Hospital Agamenon Magalhães, Sistema Único de Saúde (SUS), Universidade de Pernambuco (UPE). Departamento de Clínica Médica do Hospital Getúlio Vargas, Recife, PE, Brasil 1 Introdução: A síndrome de Berardinelli-Seip é uma lipodistrofia congênita generalizada de prevalência estimada de 1 caso a cada 10 milhões de nascidos vivos. É caracterizada por uma profunda deficiên­ cia de tecido adiposo, sendo comumente associada com extrema hiperinsulinemia, hipertrigliceridemia e esteatose hepática. Em geral, ocorre redução da massa óssea pela resistência insulínica, assim como ocorre nos diabéticos tipo 1. Alguns relatos de casos têm mostrado alta densidade mineral óssea, sugerindo resistência insulínica seletiva. Relato do caso: Paciente de 15 anos admitida no departamento de emergência do Hospital Getúlio Vargas, com quadro sugestivo de pancreatite por hipertrigliceridemia. Apresentava TG: 2464 mg/dl, colesterol total: 541 mg/dl, HDL: 19 mg/dl, glicemia de jejum: 277 mg/dl, Cr: 0,6 mg/dl, amilase: 59 U/L, TGO: 131 U/L, TGP: 204 U/L, cálcio: 9,2 mg/dl, albumina: 2,6 g/dl. Chamava a atenção a aparência acromegálica, com discreto aumento das mãos e pés e S259 TEMAS LIVRES ausência generalizada de tecido celular subcutâneo. Havia história de consanguinidade entre os genitores. Paciente foi encaminhada para o serviço de endocrinologia do Hospital Agamenon Magalhães para melhor investigação do seu quadro clínico. Diante dos achados fenotípicos e laboratoriais, foi feito o diagnóstico de lipodistrofia corporal (DXA), revelando 2,6 kg de massa adiposa (5% do peso corporal), a qual foi menor do que a massa óssea (2,70 kg de mineral ósseo, o que equivale a 5,23% do peso corpóreo). Conclusão: Este caso ilustra uma apresentação atípica da lipodistrofia generalizada congênita. P014 Hiperparatireoidismo terciário por adenoma de paratireoide ectópica em mediastino Almeida M1, Magalhães K1, Saldanha L1, Griz L1, Bandeira F1 1 Unidade de Endocrinologia e Diabetes, Hospital Agamenon Magalhães, Sistema Único de Saúde (SUS), Universidade de Pernambuco (UPE), Recife, PE, Brasil Introdução: Hiperparatireoidismo terciário ocorre quando as glândulas hiperplasiadas em consequência de uma hipocalcemia persistente tornam-se autônomas, continuando a produzir elevadas quantidades de paratormônio (PTH). Em alguns casos, isso pode ocorrer por autonomização adenomatosa de uma ou mais glândulas hiperplasiadas, geralmente na sua localização habitual. Em virtude da hipersecreção hormonal ocorre elevação dos níveis de cálcio plasmático por meio da atividade osteoclástica aumentada, gerando intensa fragilidade óssea e podendo ocorrer fraturas patológicas. Caso clínico: Paciente masculino, 53 anos, com diagnóstico de insuficiência renal crônica e em tratamento clínico há dois anos, apresentou dor intensa em região de articulação coxofemoral esquerda e procurou assistência médica, quando foi diagnosticada fratura completa de colo de fêmur esquerdo. Em exames pré-operatórios apresentou ureia: 60 mg/dL; creatinina: 2,2 mg/dL; Ca 15,0 mg/dL e P: 5,6 mg/dL; prosseguiu a investigação com PTH: > 2500 pg/mL; cintilografia óssea: hipercaptação focal acentuada em terço proximal de fêmur esquerdo, hipercaptação difusa e heterogênea no esqueleto axial e apendicular; 25OH-D: 23,6 ng/ml; Ca: 16,6 mg/dL; albumina: 2,97 g/dL; CTX: 4900 ng/mL; ultrassonografia (USG) de abdome: nefrolitíase à direita (cálculo de 1 cm de diâmetro); USG de tireoide: tireoide aumentada de volume com cistos de 0,5 cm em lobo direito (LD) e 0,8 cm em lobo esquerdo (LE); nódulos hipoecoicos medindo 0,6 cm em LD e 0,5 cm entre LD e istmo; cintilografia de paratireoides: área focal de hipercaptação no mediastino superior. Iniciou tratamento com ibandronato e após um mês houve redução na calcemia de 19,9 para 12,0 mg/dL. O paciente foi encaminhado para cirurgia torácica para retirada da lesão – adenoma de paratireoide ectópica. Conclusão: Este caso ilustra uma localização incomum do adenoma responsável pelo hiperparatireoidismo terciário. P015 Oftalmopatia de Graves associada à Acromegalia: resposta ao Octreotide Aleixo A1, Bandeira E1, Belfort P1, Bandeira F1 Unidade de Endocrinologia e Diabetes, Hospital Agamenon Magalhães, Sistema Único de Saúde (SUS), Universidade de Pernambuco (UPE), Recife, PE, Brasil 1 Introdução: A oftalmopatia de Graves (OG) é uma patologia autoimune que pode resultar em comprometimento visual. A associação com acromegalia é uma condição infrequente. Nos casos moderados a graves da OG, são propostas terapêuticas a imunossupressão, cirurgia e/ou irradiação da órbita, porém com resultados não totalmente satisfatórios e relacionados a diversos efeitos colaterais. O uso de octreotide é uma opção atraente por seu efeito imunomodulador. Dessa forma, diante de uma apresentação conjunta de OG e acromegalia, esse análogo da somatostatina proporcionaria benefícios S260 para ambas as doenças. Descrição do caso: Paciente 54 anos, sexo masculino, com diagnóstico de doença de Graves desde 2002, procurou o Serviço de Endocrinologia em virtude de recrudescência do hipertireoidismo. Fez uso de metimazol 10 mg/dia durante 10 meses e chegou usando 40 mg/dia há dois meses, sem melhora. Trazia exames TSH: 0,05 μUI/mL, T3: 206 ng/dL e T4 livre: 2,2 ng/dL. Ao exame clínico, foram evidenciados exoftalmia à direita sem inflamação e bócio difuso, além de estigmas de acromegalia, tais como: espessamento da pele (5 mm), prognatismo e aumento dos sulcos faciais e de extremidades. Foi administrado radioido 20 mCi e solicitados GH basal e pós-dextrosol, cujos resultados foram respectivamente 5,66 ng/mL e 10,3 ng/mL, com IGF-1 sérico de 843 ng/mL. Ressonância magnética de sela túrcica mostrou microadenoma hipofisário. Paciente retornou com piora da oftalmopatia, apresentando exoftalmia bilateral com intensa inflamação e TSH: 0,01 μUI/mL, T3: 173 ng/dL e T4 livre: 2,3 ng/dL, quando foi iniciado octreotide LAR mensal. Após quatro meses de uso, houve melhora significativa da oftalmopatia e da tireotoxicose, além da redução dos níveis séricos de IGF-1, apesar de uma dose menor de metimazol (20 mg/dia). Conclusões: Este caso ilustra uma rara apresentação da oftalmopatia de Graves. O uso de octreotide LAR teve efeito benéfico na secreção de GH/IGF-1 e na doença de Graves. P016 HIPERPARATIREOIDISMO TERCIÁRIO POR ADENOMA INTRATIREOIDEO DE GRANDES PROPORÇÕES Santos LL1, Rabelo G1, Saldanha L1, Salgado C1, Bandeira F1 Unidade de Endocrinologia e Diabetes, Hospital Agamenon Magalhães, Sistema Único de Saúde (SUS), Universidade de Pernambuco (UPE), Recife, PE, Brasil 1 Introdução: O hiperparatireoidismo terciário (HPT) é uma complicação possível dos pacientes urêmicos e ocorre quando as glândulas paratireoides, diante de um estado hipocalcêmico persistente, tornamse autônomas em relação à produção de paratormônio (PTH). Na maioria dos casos, é decorrente da hiperplasia das glândulas, sendo o adenoma uma etiologia pouco frequente. Descrição do caso: Paciente, sexo feminino, 53 anos, internada no Serviço para investigação de hipercalcemia dependente de PTH (cálcio: 12,2 mg/dL e PTH: 385 pg/mL). Portadora de HAS e insuficiência renal crônica, em tratamento dialítico por cinco anos, até a realização do transplante renal há cerca de um ano. Antes do procedimento já tinha o diagnóstico de hiperparatireoidismo secundário (PTH: 771 pg/mL). Alguns exames admissionais realizados foram: CTX: 0,259 ng/mL, 25-hidroxi vitamina D: 31 ng/mL, fósforo: 2 mg/dL, albumina: 4 mg/dL, ureia: 40 mg/dL, creatinina: 0,9 mg/dL, TSH:1,1 mUI/mL e T4l: 1,05 µg/dL. Os escores T na densitometria foram: colo de fêmur (-1,7); coluna lombar (-0,1); rádio distal (-3). Apresentava ainda nódulo tireoidiano descoberto há três anos, com USG revelando nódulo sólido, com áreas císticas de 4,4 x 2,3 cm em lobo direito. O USG não relatava aumento de paratireoides, entretanto a cintilografia com Sestamibi mostrava área focal de maior captação no polo inferior do lobo direito. Foi, então, submetida à dosagem de PTH por punção aspirativa por agulha fina do nódulo, com níveis superiores a 5000 pg/mL, confirmando ser o adenoma a etiologia do HPT. Conclusão: Esse caso ilustra uma apresentação incomum de hiperparatireoidismo terciário. P017 Hirsutismo severo em pacientes com doença de cushing Fontan D1, Marques T1, Griz L1, Silva A1, Bandeira F1 Unidade de Endocrinologia e Diabetes, Hospital Agamenon Magalhães, Sistema Único de Saúde (SUS), Universidade de Pernambuco (UPE), Recife, PE, Brasil 1 Introdução: O hirsutismo, que é definido como a presença de pelos terminais na mulher em áreas anatômicas de distribuição masculina, TEMAS LIVRES afeta 5% a 10% das mulheres na idade reprodutiva. Sabe-se que a síndrome dos ovários policísticos está entre as causas mais frequentes de hirsutismo e que outras causas de superprodução androgênica são infrequentes. O hirsutismo é encontrado em aproximadamente 70% dos casos de síndrome de Cushing, porém geralmente se apresenta de forma leve a moderada. Hirsutismo severo é raro e está normalmente associado a carcinomas. Descrição do caso: Paciente admitida na enfermaria de endocrinologia do Hospital Agamenon Magalhães com história de hirsutismo progressivo e exuberante (Ferriman = 33), ganho ponderal (> 20 kg) e irregularidade menstrual (hipermenorreia durante 1,5 ano seguida por amenorreia) com evolução de mais ou menos dois anos. Foram realizados dosagem de SDHEA (basal: 320 microg/dl e após 5 dias de dexametasona 0,5 mg de 06/06 horas: 190 microg/dl) e testosterona (basal: 156 ng/ dl e pós-dexametasona: 92,8 ng/dl) para afastar tumor virilizante. Essa hipótese foi afastada diante da supressão hormonal. Os exames realizados confirmaram hipercortisolismo ACTH dependente (cortisol basal: 18,7 ug/dl, cortisol plasmático da meia-noite: 15,7 ug/dl, pós-dexametasona 0,5 mg de 6/6 horas durante 2 dias: 7,24 ug/dl, cortisol salivar: 8,9 nmol/L e ACTH: 45 pg/ml) e a RNM da sela túrcica evidenciou lesão de 0,5 cm, situada na linha mediana, promovendo lobulação nos contornos da glândula hipofisária. Outros exames realizados foram: FSH (5,57 mUI/ml), estradiol (60,3 pg/ ml), TSH (0,466 uUI/ml), T4L (0,875 ng/dl) e USG de abdômen: esteatose hepática moderada a acentuada. Conclusão: Este caso ilustra uma apresentação incomum da síndrome de Cushing. P018 Resposta do PTH sérico e tamanho nodular à reposição de altas doses de colecalciferol no Hiperparatireoidismo Normocalcêmico Holanda N1, Martins C1, Neves AP1, Griz L1, Bandeira F1 1 Unidade de Endocrinologia e Diabetes, Hospital Agamenon Magalhães, Sistema Único de Saúde (SUS), Universidade de Pernambuco (UPE), Recife, PE, Brasil Introdução: O hiperparatireoidismo primário (HPTP) normocalcêmico é uma distúrbio caracterizado por elevações dos níveis séricos de paratormônio (PTH) associado à normocalcemia, na ausência de outras condições que elevem o PTH. Progressos na compreensão de sua história natural e consequências têm sido pouco evidentes. A reposição de vitamina D no HPTP é um tema controverso na literatura atual, embora alguns estudos tenham demonstrado segurança nessa prática. Pouco se sabe sobre a supressibilidade do PTH no HPTP normocalcêmico, considerado um estádio inicial da doença. Materiais e métodos: Descreve-se um caso de HPTP normocalcêmico responsivo à reposição de altas doses de colecalciferol. Resultado: Paciente feminino, 35 anos, assintomática, procurou serviço de endocrinologia em março/2009 com USG de tireoide mostrando imagem sugestiva de nódulo em paratireoide inferior D (1,3 x 0,5 x 0,7 cm). Apresentava PTH sérico: 85 pg/ml; Ca sérico: 10,3 mg/dl; Cai: 1,24 mmol/L; fósforo sérico: 2,7 mg/dl; TSH: 2,2 mcU/ml; T4l: 1,2 ng/dl. Realizada PAAF de nódulo, sendo estudo citológico inconclusivo. O PTH do aspirado foi de 2.500 pg/ml. A cintilografia com sestamibi evidenciou hipercaptação em paratireoide inferior direita. A densitometria óssea (incluindo rádio distal), realizada no mesmo período, mostrou-se dentro da normalidade. Dosagem de 25 OHD: 19,5 ng/ml; cálcio urinário: 246 mg/24 horas e ClCr (MDRD): > 60 ml/min. Após reposição de colecalciferol 14.000 UI por semana, retornou com PTH sérico: 98 pg/ml; 25 OH-D: 22,5 ng/ ml e C- telopeptídeo: 242 pg/ml. Aumentada dose de colecalciferol para 28.000 UI por semana e após dois meses o PTH sérico caiu para 75 pg/ml e 25OH-D foi de 28,8 ng/ml. Em julho/2009, dose de colecalciferol de 40.000 UI por semana foi administrada, o que resultou, após 6 meses, em PTH sérico: 53 pg/ml; 25OH-D: 32 ng/ml e redução do tamanho do nódulo paratireoidiano (0,9 x 0,4 x 0,6 cm) à nova ultrassonografia. Conclusão: Este caso ilustra uma resposta atípica à reposição de vitamina D no HPTP leve, com supressibilidade do adenoma de paratireoide tratado com altas doses de colecalciferol. P019 Regressão espontânea de massa selar em um paciente com pan-hipopituitarismo Dantas D1, Lopes J1, Almeida M1, Bandeira F1 1 Unidade de Endocrinologia e Diabetes, Hospital Agamenon Magalhães, Sistema Único de Saúde (SUS), Universidade de Pernambuco (UPE), Recife, PE, Brasil Introdução: O aumento difuso da glândula pituitária associado à deficiência da produção hormonal, total ou parcial, da hipófise é característico da hipofisite linfocítica, uma lesão inflamatória rara de etiologia desconhecida, sendo sugerido fortemente o envolvimento de mecanismos autoimunes. Os relatos na literatura referemse geralmente a mulheres e associados a gestação e pós-parto; inicialmente os sintomas mais comuns são cefaleia e distúrbios visuais, devidos ao aumento da massa selar, havendo descrição de quadro inicial com síndrome da secreção inapropriada do ADH (SIADH), seguido do desenvolvimento de diabetes insipidus central. Relato de caso de reversão espontânea do hipopituitarismo e regressão de massa selar em paciente com pan-hipopituitarismo. Relato de caso: RMS, 47 anos, sexo masculino, acompanhado no ambulatório de endocrinologia por causa de osteoporose, em tratamento com risendronato com ganho progressivo de massa óssea. Apresentou quadro súbito de cefaleia e confusão mental, sendo levado à emergência, onde foi diagnosticada massa selar, associada a hipopituitarismo e SIADH. Exames: Na: 132 mEq/L; creatinina:1,0 mg/dl, TSH: 0,8 µg/ml, T4 livre: 0,82 µg/ml, testosterona: 236 ng/dl, prolactina: 3,3 ng/ml; LH:2,7 UI/L IGF-1: 53,9 µg/l (normal: 81-225), cortisol: basal: 9 mcg/dl; 30 min: 26 mcg/dl; 60 min: 29 mcg/dl; RNM de sela túrcica: lesão hipofisária, globosa, bem definida, medindo 1,2 x 1,2 x 0,9 cm, sem compressão de quiasma óptico. Avaliado ambulatorialmente quando foi decidido por observação do quadro, iniciado reposição de levotiroxina 25 mcg/dia e solicitado nova RNM em três meses. No retorno apresentava-se com resolução dos sintomas, sem queixas; RNM: diminuição significativa de lesão pituitária. Foi suspenso reposição de levotiroxina e solicitado novos exames. Reavaliado em 45 dias ocorreu recuperação da função hormonal hipofisária: testosterona: 693 ng/ml, TSH: 3,1 µg/ml, T4 livre: 1,1 µg/ml. Sendo mantido em seguimento para avaliar necessidade de reposição hormonal. Conclusão: Este relato ilustra um caso incomum de pan-hipopituitarismo invasivo. P020 CONSERVAÇÃO DA ESTATURA FINAL EM PACIENTE COM CRANIOFARINGIOMA DE GRANDES PROPORÇÕES E PANHIPOPITUITARISMO Gondim F1, Saldanha L1, Bandeira E1, Pancell M1, Bandeira F1 Unidade de Endocrinologia e Diabetes, Hospital Agamenon Magalhães, Sistema Único de Saúde (SUS), Universidade de Pernambuco (UPE), Recife, PE, Brasil 1 Introdução: Craniofaringiomas são tumores suprasselares benignos que surgem a partir do endotélio remanescente da bolsa de Rathke, com incidência de 0,5 a 2 casos por milhão de pessoas. Essa neoplasia está associada a uma significante disfunção pituitária, havendo 88% de probabilidade cumulativa de deficiência de GH em 10 anos. Tal redução acarreta importante prejuízo na obtenção da altura final nesses pacientes. Apresentar-se o caso de uma paciente que, apesar da deficiência de GH, conseguiu atingir o alvo esperado para a estatura familiar. Relato de caso: ICFS, sexo feminino, 21 anos, com diagnós- S261 TEMAS LIVRES tico de craniofaringioma aos 7 anos de idade após apresentar quadro de hipotireoidismo associado a diabetes insipidus. Foi submetida a três cirurgias para ressecção tumoral aos 9, 12 e 17 anos e radioterapia aos 16 anos. Em seu internamento na enfermaria de endocrinologia, exame físico evidenciava infantilismo sexual (EP: M1P1) e sua estatura de 1,55 m já havia atingido alvo familiar (1,56 m). Exames laboratoriais demonstraram pan-hipopituitarismo (T4 livre: 0,73 ng/dl; estradiol: 27,8 pg/ml; LH: 0,13 miU/ml; FSH < 0,1 miU/ml; PRL: 0,861 ng/ml; cortisol basal < 1,00 ug/dl). Dosagem sérica de GH pósestímulo com glucagon demonstrou-se suprimida (< 0,02 mcg/l). Densitometria óssea (DXA) constatou osteoporose (T-score de -3,6 em coluna lombar) e RNM demonstrou lesão de 3,5 x 3,0 x 2,5 cm com extensão até assoalho do 3° ventrículo. Foi iniciada reposição hormonal estrogênica, e a paciente recebeu alta para acompanhamento ambulatorial. Conclusão: Este caso demonstra uma apresentação incomum de pan-hipopituitarismo na infância e adolescência. P021 EVOLUÇÃO DA SAÚDE ÓSSEA EM 20 ANOS DE TRATAMENTO PARA OSTEOPOROSE PÓS-MENOPAUSA Diógenes L1, Barros B1, Voss L1, Bandeira F1 Divisão de Endocrinologia e Diabetes, Hospital Agamenon Magalhães, Sistema Único de Saúde (SUS), Universidade de Pernambuco (UPE), Recife, PE, Brasil 1 Introdução: A osteoporose é uma doença esquelética sistêmica progressiva, caracterizada por diminuição da massa óssea e deterioração da microarquitetura, com consequente aumento da fragilidade óssea e maior suscetibilidade às fraturas. Na menopausa aumenta a reabsorção e diminui a formação óssea em cada unidade de remodelação, o que conduz a uma perda de massa óssea. O tratamento é baseado em drogas que efetivamente elevam a densidade mineral óssea e reduzem a frequência de novas fraturas. Os medicamentos mais utilizados na atualidade para o tratamento da osteoporose pósmenopausa são os bisfosfonatos. Pouco se sabe sobre os efeitos no longo prazo das várias modalidades farmacológicas utilizadas, em sequência, no tratamento da osteoporose. Relato de caso: Paciente com 82 anos, sexo feminino, acompanhada desde os 62 anos de idade (1989) com diagnóstico de osteoporose pós-menopausa, com densidade mineral óssea (escore t) em coluna lombar (CL) de -3.2 e colo do fêmur (CF) -3, associada a fraturas vertebrais assintomáticas em T10 e T12. Tratada inicialmente com calcitonina 0,25 mg SC, três vezes por semana, durante um ano, porém apresentou efeitos colaterais como flushing. Após isso calcitonina foi suspensa e o etidronato oral foi introduzido na dose de 400 mg/dia, por 15 dias, 3/3 meses. Após quatro anos houve incremento considerável da DMO em coluna lombar (de 0,779 g/cm para 0,830 g/cm2), e a DMO do colo do fêmur teve um aumento menos significativo (de 0,669 g/cm2 para 0,674 g/cm2). Após a interrupção da terapia com etidronato, a paciente permaneceu sem tratamento durante um ano. Em seguida, o alendronato foi introduzido na dose de 70 mg/semana e foi utilizado por 10 anos. No meio desse período o raloxifeno foi introduzido em uso concomitante com o alendronato durante dois anos, porém foi suspenso, porque a paciente apresentava risco de eventos tromboembólicos venosos. Seis anos após o início da terapia com alendronato, o C-telopeptídeo (CTX) foi dosado e variou de 60,5 a 78 pg/ml (normal até 450). Atualmente, quatro anos após a suspensão do alendronato oral, a paciente segue uma dieta rica em cálcio e faz suplemento de vitamina D, mantendo níveis séricos de 25OHD em 34 ng/ml e do CTX sérico em 67 pg/ml. Nesse período, a DMO da CL variou de 0,835 g/cm2 a 0,832 g/cm2 e do CF, de 0,642 g/cm2 a 0,739 g/cm2. O ganho da DMO acumulado em 20 anos foi: +12.7% em CL e +17.6% em CF. Conclusão: Esse caso ilustra o efeito benéfico no longo prazo da terapia múltipla e sequencial para osteoporose pós-menopausa. O ganho exuberante S262 da DMO em 20 anos de tratamento, como também a ausência de novas fraturas, sugere um efeito aditivo das várias modalidades terapêuticas utilizadas. P022 Polineuropatia hipotireoidea em um paciente com Síndrome Poliglandular Autoimune tipo 2: relato de caso Pascoal AG1, Moreira EL1, Faria AG1, Leite SFB1, Pinto IHGP1, Braga DL1, Magalhães JE1, Januario AMS1, Diniz ET1 1 Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Campina Grande, PB, Brasil Introdução: A incidência de polineuropatia em indivíduos com hipotireoidismo não é precisamente conhecida, mas alguns estudos relatam que cerca de 25% a 42% dos pacientes podem apresentar sinais clínicos neuropáticos. A seguir, relataremos um caso de síndrome poligandular autoimune tipo 2 (SPA2), cuja apresentação inicial foi uma polineuropatia hipotireoidea. Relato do caso: PRCS, homem de 41 anos, foi avaliado inicialmente por neurologista por queixa de parestesias e fraqueza lentamente progressiva acometendo os quatro membros. Referia sonolência frequente, astenia, intolerância ao frio, vertigens, náuseas e avidez por sal. No exame físico geral notava-se hiperpigmentação de pele e mucosas, além de hipotensão. O exame neurológico demonstrou apenas hiporreflexia profunda global e simétrica com discretos sinais de hipoestesia superficial em extremidades dos membros. Os exames laboratoriais mostraram hipercalemia severa (K: 7,6 mEq/L), hiponatremia (Na: 124 mEq/L) e acidose metabólica (pH: 7,1). A ressonância magnética de encéfalo e coluna cervical, além do estudo do líquido cefalorraquidiano, não demonstrou anormalidades. O estudo eletroneuromiográfico (ENMG) revelou sinais de uma polineuropatia desmielinizante sensitivo-motora moderada. Outros exames revelaram: TSH de 94 uUI/ml, T4 livre de 0,3 ng/dl, cortisol basal (das 8h) de 1,0 µg/dL, ACTH de 753 pg/ml, glicemia de jejum de 89 mg/dl, anticorpos antiTPO de 7700 UI/ml, anti-ilhota não reagente, anti-insulina de 1,0 U/ml e antiGAD de 4,1 U/ml, USG de tireoide mostrava sinais de tireoidopatia difusa. O paciente recebeu diagnóstico de polineuropatia atribuída ao hipotireoidismo, secundário a tireoidite de Hashimoto. Havia associação com doença de Addison, caracterizando a SPA2. Foi iniciada hidrocortisona 15 mg/dia e, 48 horas após, levotiroxina 50 mcg/dia. Como não houve melhora da hipercalemia e outras causas para ela foram afastadas, o paciente iniciou uso de fludrocortisona 0,05 mg/dia, com normalização do potássio. A dose de levotiroxina foi mantida em 100 mcg/dia, com normalização dos hormônios tireoidianos. O paciente apresentou resolução gradual e completa das queixas e das alterações encontradas nos exames físico geral e neurológico. A ENMG, repetida após seis meses, evidenciou resolução completa do quadro neuropático. Conclusão: Este relato mostra um caso raro de SPA2 apresentando-se como uma polineuropatia hipotireoidea e reforça a relevância da dosagem de hormônios tireoidianos em síndromes polineuropáticas. A reposição de levotiroxina mostrouse efetiva em reverter o quadro clínico e eletrofisiológico da neuropatia. P023 HIPERTIREOIDISMO ASSOCIADO A CARCINOMA PAPILAR DE TIREOIDE Barboza Filho R1, Castro LF1, Corrêa EC1, Darvenne F1, Gonzaga MF1, Domingues L1, Casulari LA1 1 Clinen Centro Médico, Brasília, DF, Brasil Introdução: Hipertireoidismo constitui uma condição clínica resultante do efeito do excesso de hormônios tireoidianos circulantes. A causa mais comum de hipertireoidismo é a doença de Graves. Apresenta maior frequência no sexo feminino, geralmente na faixa entre os 20 e os 40 anos. Apresenta-se um caso de doença de Gra- TEMAS LIVRES ves associado a carcinoma de tireoide. Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 45 anos, procurou atendimento ambulatorial com quadro de perda ponderal, tremores em extremidades, agitação e irritabilidade. Exames iniciais evidenciavam: TSH 0,01 µUI/ml (VR = 0,35 a 5,50 µUI/ml); T3 235 ng/dl (VR = 60 a 181 ng/dl); T4 livre 5,4 ng/dl (VR = 0,7-1,8 ng/dl); anticorpo antiperoxidase 685 U/ml; anticorpo antitireoglobulina 389,8 U/ml; TRAB 65 U/l (VR < 10 U/l). A ultrassonografia de tireoide apresentava nódulo em lobo direito, com bordas irregulares e vascularização periférica. A cintilografia com captação de iodo de 2 h foi 6,5% e de 24 h, de 11,2%. Realizada PAAF e a citologia obtida foi compatível com carcinoma de tireoide. Paciente foi submetida à tireoidectomia total, com resultado de anatomopatológico compatível com carcinoma papilar, variante predominantemente folicular. A pesquisa de corpo inteiro de metástases não apresentou evidências delas. A paciente está em acompanhamento ambulatorial, com reposição de L-tiroxina na dose de 150 µg/dia. Conclusão: A associação entre hipertireoidismo (doença de Graves) e carcinoma de tireoide constitui um evento raro. A presença de nódulo tireoidiano nesses pacientes deve ser cuidadosamente investigada para afastar a ocorrência de malignidade. P024 SÍNDROME METABÓLICA E SEUS CRITÉRIOS: RELAÇÃO COM A PRESSÃO INTRASSELAR EM PACIENTES COM ADENOMA HIPOFISÁRIO Borba AM1, Pereira Neto A1, Naves LA2, Casulari LA2 1 Serviço de Neurocirurgia. 2 Serviço de Endocrinologia. Hospital Universitário de Brasília (HUB), Brasília, DF, Brasil Introdução: O estudo da obesidade, resistência insulínica e síndrome metabólica tem grande importância por causa da alta prevalência e gravidade das comorbidades. Na população com adenomas hipofisários, essas patologias têm sido pouco abordadas. A alteração da pressão intrasselar média (PIM) está relacionada a alterações que podem estar associadas aos distúrbios metabólicos mencionados, associação pouco explorada na literatura. Objetivos: Avaliar a relação entre a pressão intrasselar média (PIM) e a ocorrência de síndrome metabólica (SM) e de seus critérios no pré-operatório e em reavaliação tardia. Métodos: A PIM foi medida com cateter de fibra óptica e definida pela média dos valores a cada 20 segundos por 10 minutos em portadores de adenoma hipofisário submetidos à cirurgia transesfenoidal via sublabial. Exames físicos e laboratoriais avaliaram os critérios para SM no pré-operatório e em seguimento tardio. Resultados: Foram estudados 25 pacientes com 48 ± 11,6 meses de intervalo entre a primeira e a segunda reavaliação. A PIM foi de 33,3 ± 12,1 mmHg e esteve acima de 30 mmHg em 56% dos casos. A SM esteve presente em 67% das vezes no pré-operatório e em 61% ao seguimento. A medida da circunferência abdominal pré-operatória em mulheres apresentou forte correlação com a PIM (rs = 0,829; ρ = 0,04). O grupo com obesidade ou sobrepeso apresentou PIM significativamente maior (36,7 versus 21,7 mmHg, ρ = 0,01). Conclusões: A circunferência abdominal pré-operatória em mulheres correlacionou-se direta e fortemente com a PIM. O grupo com obesidade ou sobrepeso também mostrou média de PIM mais elevada. P025 POLICITEMIA VERA ASSOCIADA A ALTERAÇÕES NAS DOSAGENS SANGUÍNEAS DE TESTOSTERONA E HORMÔNIOS TIREOIDIANOS Darvenne F1, Barboza Filho R1, Castro LF1, Corrêa EC1, Gonzaga MF1, Domingues L1, Casulari LA1 1 Clinen Centro Médico, Brasília, DF, Brasil A policitemia vera (PV) é distúrbio mieloproliferativo raro, resultante da expansão clonal de uma célula-tronco hematopoética multipo- tente. É rara e é mais comum em homens, negros e judeus. Menos de 1% dos casos são diagnosticados em indivíduos com menos de 20 anos de idade. Apresenta-se um caso de PV em paciente de 17 anos de idade evoluindo com alterações hormonais. Relato de caso: Homem de 17 anos foi avaliado porque desejava crescer apesar da puberdade já finalizada. Contudo, queixava-se de cansaço, astenia, tonturas e dificuldade de concentração. Tinha peso de 60,5 kg; altura de 1,71 m; IMC de 20,6 kg/m2; pressão arterial de 120/80 mmHg; encontrava-se na fase V do estadiamento de Tanner. Os exames laboratoriais evidenciaram poliglobulia com 9.300.000/mm³; hemoglobina de 22 g/dl; hematócrito de 65,1%; volume corpuscular médio de 70 fL; concentração de hemoglobina corpuscular média de 33,0%; variação da distribuição do tamanho eritrocitário de 25,4%; leucócitos de 9600/mm³; 204.000 plaquetas/mm³. O ferro sérico foi de 130 µg/dl (VR = 60 a 160 µg/dl), a ferritina foi de 108 ng/dl (VR = 29 a 300 ng/dl) e a eletroforese de hemoglobina foi normal. As dosagens hormonais foram: TSH = 4,6 µUI/ml (VR = 0,35 a 5,50 µUI/ml); T3 = 457,4 ng/dl (VR = 60 a 181 ng/dl); T4 livre = 8 ng/dl (VR = 0,7-1,8 ng/dl); prolactina = 25,7 ng/ml (VR = 1,58 a 23,12 ng/ml); testosterona total = 2620 ng/dl (VR = 270 a 1734 ng/dl). A idade óssea foi de 19 anos. As avaliações por imagens foram normais: ultrassonografias de abdome total e de tireoide, tomografia computadorizada de rins e vias urinárias e ressonância nuclear magnética da sela turca. A avaliação hematológica mostrou a mutação JAK2/V617F, confirmando o diagnóstico de policitemia vera. O tratamento consistiu de sangria e uso de hidroxiureia oral, três comprimidos ao dia, evoluindo com melhora da poliglobulia e dos níveis hormonais. Conclusão: As alterações hormonais observadas nesse paciente portador de PV são devidas aos altos níveis de proteínas circulantes, responsáveis pela ligação aos hormônios. P026 SÍNDROME DE BERARDINELLI-SEIP – ACOMPANHAMENTO ATÉ A IDADE ADULTA Barboza Filho R1, Castro LF1, Corrêa EC1, Darvenne F1, Gonzaga MF1, Domingues L1, Casulari LA1 1 Clinen Centro Médico, Brasília, DF, Brasil A síndrome de Berardinelli-Seip ou lipodistrofia generalizada congênita é uma rara desordem metabólica de herança autossômica recessiva, cujo principal mecanismo fisiopatológico consiste na resistência à insulina. É caracterizada por escassez de tecido adiposo e distúrbios do metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas. Pode se apresentar desde o nascimento ou no início da infância, com evolução progressiva. Apresenta maior prevalência no sexo feminino. Pode ser causada por mutações no gene que codifica a 1-acilglicerol3-fosfato 0-aciltransferase2 (AGPAT2), localizado no 9q34 ou no gene BSCL2, que codifica a seipina (provavelmente uma proteína transmembrana) no 11q13. Mutações alterando a AGPAT2 resultam em adipócitos pobres em triglicérides. Relato de caso: Mulher de 26 anos, com diminuição do tecido celular subcutâneo generalizado (exceto mamas, onde havia depósito aumentado de tecido gorduroso), fácies típica, hipertrofia muscular, acantose nigricans na axila e pescoço e hepato-esplenomegalia. Altura: 163 cm, peso: 49 kg e IMC: 18,4 kg/m2; cintura: 76 cm e quadril: 84 cm. Tratada com metformina (850 mg 2 vezes ao dia) e fenofibrato (200 mg), obtendo-se os seguintes resultados: regressão da hepatoesplenomegalia, apesar de ainda persistir pequeno grau de esteatose hepática (evidência ultrassonográfica); melhora significativa dos níveis de apolipoproteína A1 (inicial: 88,4 mg/dl; final: 131 mg/dl), de HDL-colesterol (inicial: 24 mg/dl; final: 33 mg/dl), de VLDL (inicial: 65 mg/dl; final: 47 mg/dl) e de trigliceridemia (inicial: 327 mg/dl; final: 188 mg/dl). Apolipoproteína B, lipoproteína (a), LDL-colesterol, colesterol e medidas da cintura e quadril não se modificaram, signi- S263 TEMAS LIVRES ficativamente. Mantém acompanhamento ambulatorial, atualmente em uso de pioglitazona 30 mg ao dia e fenofibrato 100 mg ao dia, apresentando discreta elevação em níveis de colesterol, glicemia e insulina durante o TTGO. Conclusão: É importante o diagnóstico e o acompanhamento desses pacientes para ser alcançado o melhor controle metabólico possível e, assim, retardar o desenvolvimento de complicações inerentes a essa condição. P027 PREVALÊNCIA DA SÍNDROME METABÓLICA NA POPULAÇÃO INDÍGENA, ENTRE 18 E 69 ANOS DE IDADE, DA ALDEIA JAGUAPIRU, DOURADOS (MS), BRASIL Oliveira GF1, Oliveira TRR1, Rodrigues FF2, Corrêa LF2,Arruda TB2, Casulari LA3 1 Departamento de Clínica Médica, Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Dourados, MS. 2 Curso de Medicina. 3 Serviço de Endocrinologia, Hospital Universitário de Brasília (HUB), Brasília, DF, Brasil Objetivo: Avaliar a prevalência da síndrome metabólica em indígenas. Métodos: Foram analisados índios com idade entre 18 e 69 anos, da aldeia Jaguapiru, em Dourados, MS. A amostra aleatória simples foi obtida tomando-se os primeiros 349 números das casas, retirados de uma urna que continha os números oficiais de todas as 1.255 casas da aldeia. Avaliou-se a circunferência abdominal e considerou-se normal < 80 cm para mulher e 90 cm para homem. Foram realizadas dosagens da glicemia capilar com glicosímetro e teste de tolerância oral à glicose, quando necessário, e de colesterol total, HDL-colesterol e triglicerídeos. Resultados: Foram selecionados 606 índios (36 ± 1 anos), sendo 338 mulheres (55,8%) e 268 homens (44,2%). Entre os fatores de risco cardiometabólico, observou-se que o aumento da circunferência abdominal foi o mais prevalente (n = 369; 60,9%) e mais frequente nas mulheres (76,6%). Seguiram-se a hipertensão arterial (40,3%) e o sobrepeso (39,6%), igualmente distribuídos entre os sexos. A obesidade (23,4%) foi mais frequente nas mulheres em relação aos homens (p < 0,05). Pessoas com glicemia de jejum alterada (11,4%) ou tolerância diminuída à glicose (2,1%) tiveram distribuição semelhante entre os sexos. Contudo, os portadores de diabetes melito (4,5%) foram mais frequentes entre as mulheres (p < 0,05). Desses 606 indígenas selecionados inicialmente, 82 foram retirados por vários motivos e, por isso, a amostra populacional foi de 524 indígenas, com 290 mulheres (55,3%) e 234 homens (44,7%). Após avaliação da associação da circunferência abdominal aumentada e a presença de dois ou mais fatores para o diagnóstico, constatou-se que 187 indígenas (35,7%) eram portadores da síndrome metabólica, com prevalência maior no sexo feminino (126 de 290 mulheres; 43,4%) em relação ao masculino (61 de 234 homens; 26,1%). Conclusão: É frequente a síndrome metabólica entre indígenas da aldeia Jaguapiru. P028 PREVALÊNCIA DE DIABETES MELITO E TOLERÂNCIA DIMINUÍDA À GLICOSE NA POPULAÇÃO INDÍGENA DA ALDEIA JAGUAPIRU, BRASIL aldeia. Excluíram-se as mulheres grávidas, indivíduos não indígenas, seus descendentes moradores na aldeia e usuários de glicocorticoide. A amostra incluiu 606 indígenas, com 268 homens e 338 mulheres, que representam 10,5% da população da aldeia. Realizaram-se dosagens da glicemia capilar com glicosímetro e teste de tolerância oral à glicose, quando necessários. Resultados: A prevalência de diabetes foi de 4,5% e a de tolerância diminuída à glicose foi de 2,2%, com maior frequência entre as mulheres. A obesidade esteve presente em 14,2% dos homens e em 30,8% das mulheres. A prevalência da hipertensão foi de 29,7% entre todos os sujeitos participantes e de 67,5% entre os diabéticos e os indivíduos com tolerância diminuída à glicose. Conclusões: Em relação à população brasileira, as prevalências de diabete melito e de tolerância diminuída à glicose foram inferiores, a de obesidade foi maior e a de hipertensão arterial foi semelhante. P029 METÁSTASE CEREBRAL ISOLADA DE CÂNCER DE TIREOIDE Barboza Filho R1, Castro LF1, Corrêa EC1, Darvenne F1, Gonzaga MF1, Domingues L1, Casulari LA1 1 Clinen Centro Médico, Brasília, DF, Brasil A metástase cerebral isolada de carcinoma diferenciado da tireoide constitui evento raro, sendo a cirurgia o tratamento preconizado. Apresenta-se um paciente com metástase cerebral isolada, tratado com radiocirurgia estereotáxica. Apresentação do caso: Homem, 55 anos, submetido à tireoidectomia total em dezembro de 2002 para tratamento de carcinoma diferenciado da tireoide de predomínio insular. Em janeiro de 2003, recebeu dose terapêutica com 122 mCi de I131. Desde então foi mantido com dose supressiva de Ltiroxina de 175 µg/dia. Fez revisões anuais com pesquisa de corpo inteiro, estimulada por Thyrogen, que não demonstraram captação anômala. As dosagens de tireoglobulina e anticorpo antitireoglobulina se mantiveram indetectáveis. Em janeiro de 2006, apresentou níveis detectáveis de tireoglobulina, em duas ocasiões: 2,08 ng/ml (recuperação de 77%) e 1,6 ng/ml. O TSH era de 0,08 mUI/ml e o T4 livre, de 1,7 ng/ml. Realizada ressonância magnética cerebral que mostrou pequena lesão nodular, no lobo occipital esquerdo, captante de contraste, com discreto halo de edema, compatível com mestástase cerebral. O exame foi repetido em março de 2006, evidenciando aumento da lesão (10 mm). Pela suspensão da reposição de L-tiroxina, apresentava TSH de 135 mUI/ml e tireoglobulina de 8,1 ng/ml. Realizada radiocirurgia com gamma-knife em maio de 2006: dose colimada 14 mm, 22’67 Gy. Em novembro de 2006 fez nova ressonância, que mostrou redução de 50% no tamanho da lesão: 5 mm. O paciente mantinha dose supressiva de L-tiroxina (175 ou 200 µg, em dias alternados) até a ultima avaliação, em 2007. Apesar de não ter sido realizada biópsia da lesão, é possível que seja de origem do carcinoma da tireoide, porque a tireoglobulina tornou-se detectável apesar da supressão do TSH e não se encontrou metástase em outro local. Conclusão: É possível que o uso de radioterapia localizada possa favorecer o melhor prognóstico de pacientes com metástase cerebral de câncer de tireoide, evitando-se, assim, a abordagem cirúrgica. Oliveira GF1, Oliveira TRR2, Rodrigues FF2, Corrêa LF2, Arruda TB2, Casulari LA3 P030 Departamento de Clínica Médica, Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Dourados, MS. 2 Curso de medicina. 3 Serviço de Endocrinologia, Hospital Universitário de Brasília (HUB), Brasília, DF, Brasil EFFECTS OF METFORMIN AND SHORT-TERM LIFESTYLE MODIFICATION ON THE IMPROVEMENT OF MALE HYPOGONADISM ASSOCIATED WITH METABOLIC SYNDROME 1 Objetivo: Avaliar a prevalência de diabetes melito e de tolerância diminuída à glicose em indígenas. Métodos: Foram analisados índios com idade de 18 a 69 anos, da aldeia Jaguapiru, em Dourados, MS. A amostra aleatória simples foi obtida tomando-se os primeiros 349 números das casas, retirados de uma urna que continha pedaços de papel com os números oficiais de todas as 1.255 casas da S264 Casulari LA1, Caldas ADA1, Motta LDC1, Lofrano-Porto A1 Seção de Endocrinologia, Hospital Universitário de Brasília (HUB), Faculdade de Medicina, Universidade de Brasília (UnB), Brasília, DF, Brasil 1 Background: Metabolic syndrome is associated with male hypogonadism, but specific studies about the mechanisms and treatment of the testosterone deficit are scanty. Aims: To evaluate the effects of metfor- TEMAS LIVRES min combined with diet and physical activity on the testicular function of men with metabolic syndrome. Methods: Thirty-five men (40.4 ± 13.3 years old) with metabolic syndrome were evaluated before and after a four-month period of therapy with metformin 850 mg twice daily, associated with a balanced normocaloric diet and subtle improvement in physical activity. The subjects were divided in two groups: 21 men with normal plasma testosterone levels (≥ 300 ng/dL) and 14 patients with low plasma testosterone levels (< 300 ng/dL). Results: There was a significant decrease in fasting insulin levels and HOMA-IR after treatment (p = 0.01 and p = 0.06), which was more pronounced in the hypogonadic group (for the effect of absence or presence of hypogonadism, p = 0.04). The mean total and free testosterone levels increased significantly after treatment in both groups, similarly. The increase in FSH levels was more pronounced in the hypogonadic group than in the eugonadic group. Conclusion: In this series of men with metabolic syndrome, treatment with metformin associated with healthy dietary modifications and a mild physical activity increment resulted in significant improvement of insulin sensitivity and increase in total and free testosterone levels, regardless of the presence of hypogonadism. P031 HIPOPITUITARISMO, HIPERPROLACTINEMIA E PRESSÃO INTRASSELAR EM PACIENTES COM ADENOMA DE HIPÓFISE Borba AM1, Pereira Neto A1, Naves LA2, Casulari LA2 Serviço de Neurocirurgia, Hospital Universitário de Brasília (HUB). 2 Serviço de Endocrinologia, HUB, Brasília, DF, Brasil 1 Introdução: A pressão intrasselar média (PIM) pode ter relação direta com a presença de hipopituitarismo e a hiperprolactinemia. Os valores elevados da PIM são incompatíveis com o suprimento exclusivamente venoso da glândula. O tratamento cirúrgico do tumor pode melhorar essas alterações. Objetivo: Avaliar a relação entre a pressão intrasselar média (PIM), a prolactinemia e o hipopituitarismo no pré-operatório e em reavaliação tardia de pacientes com adenoma hipofisário. Métodos: A PIM foi medida com cateter de fibra óptica e definida pela média dos valores a cada 20 segundos por 10 minutos em portadores de adenoma hipofisário submetidos à cirurgia transesfenoidal, via sublabial. Exames físicos e laboratoriais definiram o status endócrino no pré-operatório e em seguimento tardio. Resultados: Foram estudados 25 pacientes com média de 48 ± 11,6 meses de intervalo entre a primeira e a segunda reavaliação. A PIM foi de 33,3 ± 12,1 mmHg e esteve acima de 30 mmHg em 56% dos casos. Exceto pelo nível de tiroxina livre (T4L) pré-operatório, com relação inversa e moderada (rs = -0,552; ρ = 0,03) com a PIM, os demais hormônios não apresentaram correlação significativa. A presença ou a gravidade do hipopituitarismo não se relacionou à PIM em nenhum momento avaliado. A média de prolactina pré-operatória foi maior, porém não significativa, no grupo com hipertensão intrasselar, o que não ocorreu no seguimento. Conclusões: A técnica de mensuração da PIM mostrou valores homogêneos e confiáveis para cada paciente. Apenas as medidas de T4L pré-operatórios correlacionaram-se com a PIM. P033 SINTOMAS VESTIBULARES EM PACIENTES PORTADORES DE ALTERAÇÕES METABÓLICAS Mota LAA1, Queiroz RB1, Oliveira LM1, Barbosa KMF1, Nascimento Neto JR1 Faculdade de Ciências Médicas, Universidade de Pernambuco (UPE), Recife, PE, Brasil 1 Introdução: O aparelho vestibular ou labiríntico é um órgão que é composto pela cóclea, responsável pela audição, e pelo aparelho vestibular, que coordena o equilíbrio postural. É um órgão que apresenta alta taxa metabólica, necessitando, assim, de um adequado aporte de oxigênio e energia. São descritas várias causas relacionadas com o surgimento dos distúrbios do aparelho vestibular. Dentre essas causas estão os distúrbios metabólicos, tais como disfunção metabólica da glicose e da glândula tireoide, problemas relacionados ao metabolismo lipídico e às variações hormonais da mulher. A principal alteração vestibular encontrada nos distúrbios metabólicos é a tontura. O mau funcionamento do labirinto humano pode ser considerado como indicador da existência de problemas orgânicos sistêmicos. Este estudo tem como objetivo alertar o médico para a associação entre os distúrbios metabólicos e possíveis sintomas vestibulares. Material e métodos: Estudo do tipo revisão de literatura com bibliografia obtida por meio da pesquisa de artigos pelas bases de dados PubMed, LILACS, Bireme e Scielo, sendo usados os artigos publicados durante os perío­ dos de 1990 e 2010. Os descritores usados foram tontura, tireoide, glicose, hiperlipidemia e doenças vestibulares que foram retirados dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). Resultados: As desordens no metabolismo da glicose (diabetes melito), no metabolismo dos lipídios (hiperlipidemia), no metabolismo dos hormônios tireoidianos (hipotireoidismo) e alterações dos níveis de estrógenos e progesteronas, tanto endógenos quanto exógenos, podem estar associadas com o surgimento de sintomas vestibulares. A tontura foi a principal queixa apresentada por pacientes com sintomas vestibulares. Notouse que as mulheres são mais suscetíveis às alterações otoneurológicas. Conclusão: É importante o devido controle das alterações metabólicas para que não haja o surgimento dos sintomas vestibulares, uma vez que a existência desses sintomas pode comprometer em diferentes graus a habilidade de comunicação, o comportamento psicológico, o desempenho social e profissional desses pacientes. Também deve se atentar para a possibilidade dos sintomas vestibulares serem um indicativo da existência de alterações sistêmicas. P034 EVOLUÇÃO LABORATORIAL E CLÍNICA DAS CRIANÇAS COM ALTERAÇÃO DO TESTE DE TRIAGEM NEONATAL, COM TSH NEONATAL ENTRE 5,2 E 10,0 μU/mL, NO ESTADO DE SERGIPE Silveira LC1, Neves UD1, Fiuza CM1, Carvalho AP1, Santos EG1 1 Serviço de Endocrinologia, Universidade Federal de Sergipe (UFS), SE, Brasil Objetivo: Identificar a frequência de hipotireoidismo congênito (HC) em crianças convocadas pelo programa nacional de triagem neonatal de Sergipe (PNTN-SE), entre janeiro de 2005 e agosto de 2006, por apresentarem TSH neonatal entre 5,2 e 10,0 μU/mL. Métodos: Classificou-se essa casuística de acordo com a confirmação sérica (TSH e T4 livre) em: HC descartado, quando TSH < 4,2 μU/mL, e HC confirmado, quando TSH > 9,0 μU/mL. Para o grupo HC suspeito (TSH entre 4,2 e 9,0 μU/mL), realizaram-se revisão de prontuário e nova coleta sérica, quando necessário. Resultados: Analisam-se os dados de 212 crianças e 25 (11,8%) tiveram o diagnóstico de HC confirmado. Dessas, 23 crianças só tiveram seu diagnóstico confirmado no seguimento ambulatorial e não seriam identificadas caso o ponto de corte fosse de 10,0 μU/mL. Conclusões: Sabe-se que um percentual dessas crianças terá seus exames normalizados (hipotireoidismo transitório), mas o objetivo é prevenir alterações neuropsicomotoras e seguir adequadamente aquelas que terão hipotireoidismo permanente. P035 ANÁLISE QUANTITATIVA DOS NÍVEIS GLICÊMICOS ENCONTRADOS EM INDIVÍDUOS HIPERTENSOS NÃO DIABÉTICOS DE UMA USF – ESTUDO TRANSVERSAL Marques PO1, Santos EC2, Cruz CG1, Guimarães MA1 1 2 Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Campina Grande, PB. Especialista em Saúde da Família, PB, Brasil Introdução: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) e o diabetes melito (DM) são comorbidades inter-relacionadas que, quando não S265 TEMAS LIVRES tratadas, aumentam o risco tanto de micro quanto de macroangiopatias. A HAS é duas vezes mais prevalente entre indivíduos diabéticos e, no momento do diagnóstico do DM, o quadro hipertensivo já está presente em cerca de 40% dos pacientes. Estudos como o DCCT e o UKPDS concluíram que o risco de complicações em pacientes diabéticos tem associação direta com o não controle adequado da glicemia. O desconhecimento do diagnóstico de diabetes entre os indivíduos hipertensos contribui, consideravelmente, para ocorrência ainda mais precoce de complicações, já que, nesses casos, os níveis glicêmicos não são o alvo da atenção primária. Objetivos: Identificar níveis glicêmicos alterados em pacientes hipertensos não diabéticos de uma Unidade de Saúde da Família (USF) no município de Campina Grande – PB. Métodos: Estudo de corte transversal com 92 hipertensos não diabéticos, cadastrados e acompanhados na USF. Durante a distribuição mensal de medicamentos da unidade, foram realizadas aferições de glicemia capilar com glicosímetro TrackEASE, sem se observar o intervalo de tempo desde a última refeição. Sabendo-se que uma glicemia casual maior que 200 mg/dL, na presença de sintomatologia sugestiva de diabetes, fecha o diagnóstico da doença, esse valor foi o ponto de corte entre as medidas glicêmicas obtidas. A pesquisa foi realizada após obtenção de parecer favorável do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual da Paraíba (CEPUEPB). Os dados foram digitados e submetidos à análise estatística no programa EPI-INFO 3.5.1. e Microsoft Excel 2007. Resultados: Na população de hipertensos não diabéticos estudada (N = 92), encontram-se 86% dos pacientes (N = 79) com glicemia capilar casual com um valor inferior a 200 mg/dL e 14% (N = 13) desses com glicemia capilar casual com um valor superior a 200 mg/dL. Conclusão: O estudo na USF apresentou valores glicêmicos casuais alterados em um percentual significativo de hipertensos não diabéticos, corroborando com os achados na literatura que apontam uma inter-relação entre HAS e DM. Deve-se, portanto, rastrear continuamente os níveis de glicemia em pacientes hipertensos, mesmo na ausência de diagnóstico prévio de DM, objetivando o início do tratamento precoce da segunda patologia e, retardando, assim, o aparecimento e a progressão de complicações micro e macrovasculares associadas a essas duas doenças. P036 AVALIAÇÃO DO PERFIL CLÍNICO E DA MUDANÇA DOS PARÂMETROS ANTROPOMÉTRICOS E LABORATORIAIS DOS PACIENTES OBESOS SUBMETIDOS À CIRURGIA DE FOBICAPELLA Assunção LF1, Ferreira Júnior JAA1, Melo GCMP1, Lacerda DFM1, Cajueiro SEF1, Rodrigues AFA1, Evangelista Neto J1, Almeida NCN1, Ferreira MNL1 1 Programa de Cirurgia Bariátrica Introdução: O Brasil tem cerca de 18 milhões de pessoas consideradas obesas. A falha dos tratamentos clínicos para a obesidade mórbida é superior a 90,0%, o que estimulou a busca por alternativas de tratamento desses pacientes. A técnica da derivação gástrica a FobiCapella é a mais utilizada para tratamento cirúrgico da obesidade mórbida. Material e métodos: Estudo retrospectivo longitudinal no qual foram analisados 197 prontuários de pacientes do Programa de Cirurgia Bariátrica (PCB), de um grande hospital de Recife, submetidos à cirurgia bariátrica, de janeiro de 2005 a março de 2008. Para a coleta de dados foi utilizado um formulário padronizado com informações sobre a identificação de cada paciente e dados quanto a sexo, antecedentes pessoais e índice de massa corporal (IMC) antes e após a cirurgia e níveis dos perfis lipídico e glicêmico no préoperatório e com 6 e 12 meses após. Resultados: Encontrou-se a frequência de 74,6% de pacientes do sexo feminino. Em relação S266 aos antecedentes pessoais, foi encontrada a frequência de 18,9% de pacientes diabéticos; 76,2% hipertensos; 21,7% com refluxo gastroesofágico; 81,1% com osteopatia; 79,0% com distúrbios do sono e 2,8% com diagnóstico de hipotireoidismo. Apenas 109 pacientes apresentavam descritos no prontuário o peso no pré-operatório e com um ano de pós-operatório; as médias do IMC desses pacientes foram, respectivamente, 47,58 e 31,46. Ao comparar as médias de IMC antes e depois do procedimento, percebe-se diminuição de, aproximadamente, 33,88% no IMC desses pacientes. Por fim, em relação aos exames laboratoriais registrados pelos médicos do PCB, foi encontrado que a glicose de jejum no pré-operatório teve média de 114,85; com 6 meses de pós-operatório a média foi de 88,87; com 12 meses de pós-operatório a média foi de 81,78. As médias de colesterol HDL no pré-operatório e no pós-operatório com 6 e 12 meses foram, respectivamente, 44,50, 50,11 e 51,08. As médias de colesterol LDL no pré-operatório e no pós-operatório com 6 e 12 meses foram, respectivamente, 111,13, 95,90 e 98,36. As médias de triglicerídeo no pré-operatório e no pós-operatório com 6 e 12 meses foram, respectivamente, 167,81, 107,64 e 88,08. Conclusão: Percebe-se, claramente, ao analisar os dados, a diminuição do IMC na grande maioria dos pacientes com um ano de pós-operatório, o que demonstra a real efetividade dessa linha de tratamento no combate à doença da obesidade. Associada à queda significativa dos parâmetros antropométricos, pode-se observar, também, uma melhora importante do perfil laboratorial dos pacientes, os quais apresentaram quedas apreciáveis nos níveis glicêmicos, de colesterol LDL e de triglicerídeos, bem como elevação das taxas de colesterol HDL durante o acompanhamento. Diante das comorbidades apresentadas pelos integrantes do projeto, salienta-se a importância de alterações menstruais em mulheres, distúrbios do sono e osteopatia com elevada frequência no pré-operatório, sendo esses fatores sabidamente modificáveis apenas com a redução da adiposidade corporal. P037 A OBESIDADE NA ADOLESCÊNCIA, SUAS CAUSAS, FATORES DE RISCO, TRATAMENTO E A IMPORTÂNCIA DE BONS HÁBITOS ALIMENTARES PARA A MANUTENÇÃO DA SAÚDE Braga KS1, Andrade MC1 1 Nutricionistas Este trabalho tem o objetivo de contribuir para o conhecimento sobre a obesidade na fase da adolescência. Visto que por meio de estudos observa-se a alta prevalência nessa faixa etária, que apresenta rápido crescimento nas últimas décadas, sendo caracterizada como epidemia mundial. Por isso, observa-se a importância do estudo e da compreensão a respeito dessa doença multifatorial, que envolve, além de fatores nutricionais, aspectos genéticos, psicossociais, metabólicos, entre outros. Visto que a obesidade representa grande risco para a saúde. Dentre os fatores de riscos, os ambientais são de grande relevância na gênese da obesidade, o hábito alimentar da criança e da família e o tipo de alimentação instituída no primeiro ano de vida. Sabe-se que adoção de hábitos alimentares adequados e estilo de vida saudável na infância e na adolescência contribuem para a prevenção de problemas comuns no adulto, tais como doenças cardiovasculares, hipertensão, dislipidemias, diabetes e obesidade. A prevenção é a melhor solução, pois mudança de hábitos alimentares deve ser acompanhada pela família, já que a família é responsável pela compra e preparo dos alimentos em casa, transmitindo seus hábitos alimentares aos adolescentes. E também é importante fazer acompanhamento nutricional, procurando uma equipe de saúde para prevenção e tratamento da obesidade. TEMAS LIVRES P038 THE ROLE OF COMBINED THERAPY FOR ACROMEGALIC PATIENTS RESISTANT TO LONGTERM THERAPY WITH OCTREOTIDE LAR Vilar L, Naves LA, Montenegro RM, Azevedo MF, Casulari LA, Montenegro Jr RM, Figueiredo P, Albuquerque JL, Pontes L, Montenegro L, Silva SP, Ibiapina GR, Alves GS, Cunha RA, Cortês G, Faria MS Background: Among the drugs commercially available in Brazil, the long-acting somatostatin analog octreotide LAR (OCT-LAR) is the most effective. However, even at high doses, longterm treatment with this drug fails to achieve adequate control of GH and IGF-I levels in approximately 35% of patients both as primary or adjunct therapy. Cabergoline, a potent dopamine agonist, is a cheaper alternative to OCT-LAR that allows control of GH and IGF-I in up one third of patients. Better results are found in patients with concomitant hyperprolactinemia. Objective: To evaluate the effectiveness of the addition of cabergoline to acromegalic patients resistant to longterm therapy with OCT-LAR. Patients and methods: A total of 52 patients resistant to longterm therapy (at least, 12 months) to OCT-LAR (30-40 mg every 28 days IM) were given cabergoline (at the maximum dose of 3.5 mg/week). Data on acromegalic patients submitted to combined therapy were collected in 4 Brazilian endocrine centers. Results: Among the 52 patients evaluated, 54% were females. Their age ranged from 23 to 71 years (mean ± SD, 48.4 ± 14.5). Normalization of IGF-I levels were achieved in 40.4% of patients after the addition of cabergoline (at doses ranging from 1 mg to 3.5 mg/week). Compared to non-responsive subjects, responsive patients had higher mean % ULNR-IGF-I values (226.4 ± 95.2 vs 171 ± 88.1; p = 0.01) and higher mean prolactin (PRL) levels (93.2 ± 76.5 vs 27.4 ± 30.3 ng/mL; p = 0.001). However, the rate of hyperprolactinemia did not significantly differ (40% vs 34%; p = 0.78) when responsive and non-responsive patients were compared. Moreover, the rate of positive PRL immunohistochemical staining was similar in responsive and non-responsive patients. Conclusion: The combination of octreotide LAR + cabergoline may be useful in patients partially responsive to octreotide LAR, even in the absence of hyperprolactinemia or if immunohistochemistry is not positive for PRL. P039 DIETA DE MUITO BAIXA CALORIA: PERDA DE PESO SUBSTANCIAL E SUSTENTADA EM PACIENTE HOSPITALIZADO Carvalho AP1, Silveira LC1, Fiuza CM1, Alcântara MRS1, Rezende KF1 1 Serviço de Endocrinologia, Universidade Federal de Sergipe (UFS), SE, Brasil O aumento da prevalência da obesidade e sua morbimortalidade vem adquirindo proporções epidêmicas. A expectativa de vida é reduzida proporcionalmente à gravidade da obesidade. O presente trabalho relata a perda de peso de uma paciente de 33 anos de idade pesando 297 kg (índice de massa corporal 130 kg/ [m.sup.2]) durante internação hospitalar por enfermidade aguda. A paciente estava confinada à cama por diminuição de força muscular, anemia por metrorragia e insuficiência respiratória por distúrbio ventilatório restritivo secundárias ao excesso de peso. Por causa da necessidade de redução de peso rápida, uma abordagem hospitalar com uma dieta de muito baixa caloria (VLCD) e gestão de equipe multidisciplinar foi instaurada. A intervenção com VLCD foi prescrita em conjunto com as intervenções da equipe médica, fisioterapia regular, terapia comportamental e aconselhamento dietético. Medidas antropométricas e bioquímicas foram obtidas durante o período de tratamento. A paciente obteve perda de peso de 133 kg (55% do peso corporal inicial) ao longo de uma internação de sete meses. Após resolução nas comorbidades relacionadas à obesidade, foi possível alta hospitalar com acompanhamento ambulatorial. A utilização de uma VLCD em um indivíduo motivado em um ambiente hospitalar, juntamente com a contribuição da equipe multidisciplinar, resultou na perda de peso substancial e sustentada, com impacto na saúde. P040 ESTUDO COMPARATIVO DOS NÍVEIS GLICÊMICOS ENTRE HIPERTENSOS PRATICANTES E NÃO PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA REGULAR – ESTUDO DE CORTE TRANSVERSAL Cruz CG1, Guimarães MA1, Marques PO1, Santos EC2 1 2 Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Campina Grande, PB, Brasil. Médico Especialista em Saúde da Família Introdução: A inatividade física da população moderna é um importante fator contribuinte para o desenvolvimento de doenças crônicas, como a hipertensão e o diabetes melito tipo 2, em pessoas propensas. A prática regular de atividade física, associada a uma dieta adequada, é capaz de contribuir de maneira expressiva no controle glicêmico, fundamental para a redução das chances de desenvolvimento de complicações micro e macrovasculares inerentes a essas comorbidades. Objetivos: Avaliar, entre a população em tratamento para hipertensão arterial sistêmica de uma Unidade de Saúde da Família no município de Campina Grande – PB, a relação entre níveis glicêmicos e a prática de atividade física. Métodos: Trata-se de um estudo de corte transversal para o qual foi utilizado o banco de dados da pesquisa “Comparação dos índices de massa corpórea (IMC) de hipertensos e diabéticos em uma unidade de saúde da família no município de Campina Grande-PB”, realizada sob parecer favorável do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual da Paraíba. Os dados foram coletados por meio de um questionário semiestruturado anônimo, avaliando a prática regular de atividade física. Após aplicação do questionário, a glicemia capilar foi verificada utilizando-se um glicosímetro Track EASE. Os dados foram digitados e submetidos à análise estatística no programa EPI-INFO 3.5.1. Resultados: A amostra compreendeu 114 pacientes, entre os quais 70,4% (N = 80) eram do sexo feminino e 19,3% (N = 34), do sexo masculino. Analisando as glicemias encontradas, observou-se que a glicemia capilar média das 114 pessoas hipertensas participantes da pesquisa foi de 136,92 ml/dl. Dentre esses, 62,55% (N = 90) dos entrevistados eram hipertensos sedentários apresentando uma glicemia capilar média de 143,80 mg/dl, maior 5% que a média geral dos entrevistados. Os demais hipertensos, representando 37,45% (N = 54) dos entrevistados, eram praticantes de exercício físico e apresentaram uma glicemia capilar média de 128,53 mg/dl, menor 6,1% quando comparada aos níveis glicêmicos médios da população geral estudada. Conclusão: Os resultados dessa pesquisa comprovam que o estímulo à prática de atividade física é fundamental para o controle glicêmico. Quando associada a uma dieta equilibrada, a atividade física é uma grande ferramenta no controle glicêmico, atuando na prevenção primária entre os predispostos ao desenvolvimento de diabetes melito e, secundariamente, no combate às complicações decorrentes de estados hiperglicêmicos. P041 HIPERPARATIREOIDISMO NORMOCALCÊMICO NA PRÁTICA CLÍNICA: UMA CONDIÇÃO INDOLENTE OU UMA AMEAÇA SILENCIOSA Marques TF1, Diniz ET1, Rego D1, Vasconcelos RS1, Viturino MGM1, Ugulino L1, Macedo LF1, Bezerra IMA1, Griz L1, Bandeira F1 1 Unidade de Endocrinologia e Diabetes, Hospital Agamenon Magalhães, Sistema Único de Saúde (SUS), Universidade de Pernambuco (UPE), Recife, PE, Brasil Introdução: Uma entidade que vem ganhando crescente interesse científico é o hiperparatireoidismo normocalcêmico (HPTN), caracterizado por níveis séricos de cálcio consistentemente normais, S267 TEMAS LIVRES porém com níveis de PTH elevados, e sobre a qual ainda há muitas dúvidas e discussões. Este estudo teve como objetivo avaliar a ocorrência de HPTN e suas características clínico-laboratoriais em pacientes referenciados a um Centro de Endocrinologia e Metabolismo Ósseo. Pacientes e métodos: Foi realizada uma análise em um banco de dados do Centro de Endocrinologia e Metabolismo Ósseo de Pernambuco, Recife, Brasil, de prontuários de 179 mulheres que procuraram atendimento para avaliação de osteoporose. Após a avaliação dos critérios de exclusão, restaram 156 pacientes que foram, então, estudadas. Todas apresentavam dosagem de cálcio sérico, níveis séricos de PTH, dosagem de 25-hidroxi-vitamina D e C-telopeptídeo. A densidade mineral óssea (DMO) e escore-T foram avaliados por meio de densitometria óssea de coluna lombar (L1-L4), colo do fêmur e rádio distal, este último apenas em pacientes com hiperparatireoidismo primário. Nefrolitíase e fraturas ósseas foram documentadas pela revisão dos registros médico. Resultados: Foram identificadas 14 pacientes portadoras de hiperparatireoidismo normocalcêmico, correspondendo a 8,9% da população estudada. Nos registros médicos, o relato da existência de litíase renal ocorreu em 28,6% dos portadores de HPTN em contraste com apenas 0,7% nas mulheres não portadoras, com um p < 0,001. Em relação à presença de fraturas gerais, as pacientes com HPTN foram acometidas em 21,4% versus 16,2% nas não portadoras, com p = 0,705. Não houve diferenças estatísticas em relação à densidade mineral óssea da coluna lombar e colo do fêmur. Conclusão: Os dados obtidos em nosso estudo sugerem ser o HPTN uma patologia de apresentação fenotípica variada, inclusive semelhante ao próprio hiperparatireoidismo primário clássico, refutando, assim, a teoria de tratar-se de uma doença “indolente”. São necessários novos trabalhos que corroborem estes achados, e os mesmos serão possíveis com o uso mais frequente da dosagem de PTH em pacientes atendidos com redução da densidade mineral óssea, como já realizado em alguns centros. P042 TINNITUS EM DIABETES MELITO Barbosa KMF1, Nascimento Neto JR1, Oliveira LM1, Queiroz RB1, Mota LAA1 Faculdade de Ciências Médicas, Universidade de Pernambuco (UPE), Recife, PE, Brasil 1 Introdução: Tinnitus, do latim “tocar ou tilintar como um sino”, são definidos como sensações sonoras endógenas dissociadas de qualquer fonte externa de estimulação. Também denominados zumbidos ou acúfenos, os tinnitus têm etiologia variada, mas na maioria dos casos estão associados a afecções que acometem a orelha interna, mais especificamente a cóclea. A orelha interna é pouco provida de reservas energéticas, por causa disso, sua atividade metabólica é intensa e francamente dependente de glicose e oxigênio. Qualquer variação no fluxo ou metabolismo sanguíneo pode alterar a homeostase coclear e refletir imediatamente uma disfunção do sistema auditivo. Nos casos de diabetes melito, além das alterações metabólicas, alterações neurovasculares também são relacionados à fisiopatologia dos tinnitus. O espessamento dos capilares decorrente da microangiopatia diabética reduz o fluxo sanguíneo para a cóclea e dificulta sua irrigação. A neuropatia diabética pode provocar degeneração secundária do oitavo nervo craniano (vestibulococlear), responsável pelos sentidos da audição e do equilíbrio. Este trabalho tem por objetivo enfatizar a existência do tinnitus e sua relação com o diabetes melito. Método: Estudo do tipo revisão de literatura com levantamento bibliográfico realizado a partir de busca nas bases de dados Scielo e Pubmed e nas revistas @rquivos Internacionais de Otorrinolaringologia, ACTA ORL e Tinnitus Today – American Tinnitus Association, considerando-se os artigos publicados entre 1990 e 2010. Utilizaram-se os descritores tinnitus e diabetes extraído dos S268 Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). Foram selecionadas 12 referências. Resultados: Observou-se que o tinnitus, isoladamente, não pode ser considerado uma doença, mas um sintoma muito frequente em pacientes com alterações no metabolismo da glicose e na ação da insulina decorrentes do diabetes melito. Apesar de não existir um tratamento específico para o tinnitus, o controle da sua causa subjacente, no caso o diabetes melito, pode acarretar alívio desse sintoma e melhor qualidade de vida para o paciente. Conclusão: É significativamente importante a avaliação auditiva de pacientes com diabetes melito, visto que esse é um grupo com risco potencial para o desenvolvimento de alterações auditivas, sobretudo tinnitus. Quanto mais precocemente forem detectadas e tratadas as alterações metabólicas do paciente, melhores serão o direcionamento e a eficácia do tratamento do tinnitus, essa desagradável sensação auditiva. P043 TIREOIDOPATIAS SECUNDÁRIAS AO TRATAMENTO DOS CÂNCERES PEDIÁTRICOS EM PACIENTES ACOMPANHADOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO Silva MRM1, Nogueira MCL1, Santos LAV1, Ortolan M1, Morais VLL1, Almeida NCN1 1 Centro de Onco-hematologia Pediátrico, Hospital Universitário Oswaldo Cruz, Universidade de Pernambuco (UPE), Recife, PE, Brasil Introdução: Ultimamente, observou-se um aumento na sobrevida dos pacientes acometidos por câncer infantil. O estudo dos efeitos tardios nesses pacientes se faz necessário por causa da agressividade da terapêutica. Objetivos: Avaliar as sequelas relacionadas à tireoide em pacientes sobreviventes do câncer infantil. Método: Foram revisados 381 prontuários de pacientes sobreviventes do câncer infantil tratados em um hospital universitário, dos quais 306 pacientes estavam em acompanhamento. Resultados: Dentre os pacientes com alguma tireoidopatia, as neoplasias de base mais prevalentes foram o linfoma de Hodgkin (19,51%), seguida de leucemia linfoide aguda (17,07%), retinoblastoma (12,19%) e tumores do sistema nervoso central (12,29%). Observou-se que 41 pacientes (13,39%) apresentaram alguma sequela tireoidiana. Desses, 29 eram do sexo masculino e 12 do sexo feminino. A média do tempo para o surgimento da sequela tireoidiana após tratamento do câncer foi de 12,49 anos (6-36). A grande maioria dos pacientes (85,36%) que desenvolveu alguma sequela tireoidiana foi submetida à radiação no decorrer do tratamento. Dentre as sequelas encontradas, a mais frequente foi o hipotireoidismo (70,73%), seguida de hipertireoidismo (17,07%), nódulos tireoidianos (7,31%) e cânceres de tireoide (4,87%). Conclusão: Os achados obtidos corroboram os da literatura, exceto o hipertireoidismo, tido como efeito tardio raro, que foi observado em 17,07% dos pacientes. Achado interessante foi a maior incidência das alterações tireoidianas no sexo masculino, ao contrário do que ocorre na população em geral. A radioterapia e a dose aplicada aparecem como os principais agentes responsáveis pelas disfunções tireoidianas. As sequelas tireoidianas reiteram a importância de avaliações clínicas periódicas a longo prazo nos pacientes sobreviventes do câncer infantil. P044 HIPERPARATIREOIDISMO PRIMÁRIO ASSOCIADO COM NÍVEIS MUITO ELEVADOS DE CÁLCIO E PTH SUGESTIVOS DE CARCINOMA PARATIREOIDEO Vilar L, Pontes L, Montenegro L, Pontes S, Ibiapina GR, Montenegro JL, Carvalho MFL, Melo ATB, Canadas V, Ferreira VS, Campos R, Teixeira L, Moura E, Falcão DM, Cunha RA, Alves GS, Gusmão A MLS, 49 anos, encaminhada ao ambulatório da endócrino após investigação na hematologia de anemia, astenia, perda de peso e do- TEMAS LIVRES res ósseas. TAC torácica revelou massa cervical de 3 cm em topografia de paratireoide. Durante avaliação em nosso ambulatório foi evidenciado: cálcio: 18,7 mg/dL; PTH 1017 pg/mL; radiografias de crânio, mãos e coluna vertebral com alterações características de hiperparatireoidismo. Cintilografia de paratireoide com sestamibi: hipermetabolismo, compatível com adenoma/hiperplasia de paratireoide na projeção do polo inferior do lobo tireoidiano direito. A paciente foi encaminhada para cirurgia e aguarda-se o histopatológico. P045 USO DE CABERGOLINA NO TRATAMENTO DE TUMORES HIPOFISÁRIOS CLINICAMENTE NÃO FUNCIONANTES: RELATO DE TRÊS CASOS Barreto RGO1, Almeida FP1, Moura FF1, Souza APTC1 1 Universidade de Pernambuco (UPE). Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), Recife, PE, Brasil O uso da cabergolina (CAB) em pacientes com adenomas hipofisários clinicamente não funcionantes (ACNF) é um achado pouco frequente na prática clínica. Na maioria dos estudos realizados não houve redução significativa nos tumores hipofisários em região selar. Descreveram-se 3 casos, 2 pacientes eram do sexo masculino e 1 do sexo feminino, 2 idosos e 1 adulto jovem, que apresentavam ACNF responsivos ao tratamento com cabergolina, na dose 0,5 mg\3 vezes por semana durante 1 a 3 meses. O tamanho dos macroadenomas suprasselares variava de 1,9 cm a 2,5 cm, como descritos na RMN e TC, além de apresentarem os seguintes sintomas: diminuição súbita de nível de consciência e cefaleia de intensidade forte. Apesar de um dos pacientes ter compressão do quiasma óptico, em nenhum deles houve alteração do campo visual. No quadro laboratorial, 2 pacientes não apresentaram alterações hormonais significativas, em apenas 1 deles foi verificado pan-hipopituitarismo (cortisol, ACTH baixos e PRL normal). Depois do tratamento com a CAB, já com um mês de uso, houve redução tumoral de 0,6 cm em um paciente e presença de cisterna suprasselar livre de massas nos outros dois. O desaparecimento dos sintomas foi verificado em 2 pacientes, apesar de que o outro não obteve melhora na sua cefaleia. Constata-se, portanto, que a CAB representa uma opção terapêutica segura com boa eficácia e tolerabilidade, tanto para micro como para macroadenomas. A CAB deve ser levada em consideração no tratamento dos ACNF, pois os resultados apresentados mostraram a sua atuação na redução tumoral e no alívio dos sintomas nesses pacientes. P046 SAZONALIDADE DE LIPÍDIOS SÉRICOS Lima JG1, Nóbrega LHC1, Nóbrega MLC1, Sousa AGP1, Oliveira MA1, Baracho MFP1, Nunes A1, Gomes LS1, Freitas YGPC1, Santos JR AC1, Souza AB1 Hospital Universitário Onofre Lopes, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Natal, RN, Brasil 1 Introdução: Existem evidências demonstrando que ocorre uma variação sazonal nos níveis séricos de lipídeos, embora esse mecanismo ainda não seja totalmente compreendido. Os estudos têm mostrado que há uma tendência dos níveis lipídicos aumentarem no outono e inverno, com alguns estudos mostrando diferenças importantes na prevalência de hipercolesterolemia nas diversas estações do ano. O objetivo deste trabalho é determinar se há variação mensal do perfil lipídico de uma população no ano de 2009. Métodos: Foram selecionadas dosagens de lipídeos séricos colhidas entre janeiro e dezembro de 2009, incluindo HDL, colesterol total (CT) e triglicerídeos (TG). O LDL foi calculado pela fórmula de Friedwald, excluindo-se aqueles com triglicerídeos acima de 400. A amostra total foi de 11.635 dosagens; apenas pacientes com as três dosagens no mesmo dia foram selecionados. Os resultados foram agrupados de acordo com as estações do ano e, posteriormente, conforme os meses em que foram realizados. Foram calculados a média e o desvio-padrão para cada período estudado. Resultados: O inverno foi a estação que teve o pior perfil lipídico (CT e LDL mais elevados e HDL mais baixo), enquanto nos meses de outono o perfil foi melhor. Tais variações foram estatisticamente significantes. Os níveis de CT foram progressivamente crescentes entre os meses de maio a agosto e decrescentes de setembro a maio, com o valor máximo obtido em agosto (204 ± 44,6 mg/dl) e o valor mínimo obtido em maio (178,6 ± 41,7 mg/dl). Os valores de LDL mostraram-se crescentes em julho e agosto (máximo de 128,6 ± 38,1 mg/dl) e decrescentes de janeiro a junho e de setembro a dezembro (valor mínimo, em junho, de 96 ± 35 mg/dl). Com relação aos níveis de TG, foram verificados períodos de valores crescentes de abril a junho e de setembro a novembro, com períodos decrescentes entre os meses de janeiro a março, julho a agosto e dezembro (mínimo de 141,9 ± 91,6 mg/dl em março e máximo de 172,7 ± 121,4 mg/dl em junho). Os valores de HDL apresentaram valor máximo em dezembro (51,7 ± 8,9 mg/ dl) e mínimo em julho (45,3 ± 9,7 mg/dl), sem um padrão de variação bem definido. Conclusão: Existe uma variação sazonal dos lipídios séricos, entretanto, como não há um padrão bem estabelecido de estações do ano, outros fatores podem ser responsáveis por causar tais alterações. Atividade física e mudanças dietéticas decorrentes de períodos festivos podem estar implicadas em tais variações. Mais estudos são necessários para identificar esses fatores. P047 LINFOMA DE CÉLULAS B MARGINAL (LINFOMA MALT) DA TIREOIDE – RELATO DE CASO Ferreira VS, Vilar L, Gusmão A, Pontes L, Montenegro L, Silva SP, Ibiapina GR, Montenegro JL, Carvalho MFL, Melo ATB, Canadas V, Ferreira VS, Campos R, Teixeira L, Falcão DM, Cunha RA, Alves GS, Moura E Caso clínico: Paciente com 70 anos, com queixa de aumento de volume da região cervical anterior nos últimos dois meses. Negava dor e sinais inflamatórios. Exame físico: tireoide palpável (++/4+), móvel, fibroelástica, difusa, porém com massa palpável de ± 4 cm no lobo esquerdo (LE). A função tireoidiana (TSH, T4 livre e antiTPO) eram normais. À USG evidenciou-se no LD nódulo sólido isoecoico ao parênquima, medindo 1,1 cm no LD, nódulo de 6,3 cm no LE e um outro de 3,3 cm no istmo. O paciente foi submetido à PAAF guiada por USG, com laudo citológico de bócio adenomatoso associado a células linfoides e ocasionais células exibindo diferenciação do tipo Hurthle. Também foram encontradas numerosas células de padrão linfocitoide dispostas de maneira isolada. O paciente foi encaminhado para tireoidectomia, porém se recusou e insistiu em realizar nova punção. Três meses depois retornou com tireoide com maior aumento no LE à palpação. Realizada nova PAAF, que mostrou ausência de células neoplásicas no material examinado. O paciente foi finalmente submetido à cirurgia, com diagnóstico final de microcarcinoma papilar, variante oncocítica (0,3 cm), tireoidite linfocítica crônica e linfoma de células B marginal (linfoma MALT) da tireoide, com positividade para CD 20 e negatividade para CD10, CD23 e CD5. P048 A REALIDADE DO HIPERDIA NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA EM CAMPINA GRANDE/PB Araújo CQB1, Bruno ELA1, Couto JP1, Teixeira JVM1, Coutinho LQCM1, Sá RMN1 Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande (FCM-CG), Campina Grande, PB, Brasil 1 Introdução: O Hiperdia é um sistema informatizado de cadastro e acompanhamento dos pacientes portadores de hipertensão arterial (HA) e diabetes melito (DM), os quais são considerados problemas de saúde pública. É notável a redução da morbimortalidade de pa- S269 TEMAS LIVRES cientes hipertensos e diabéticos após a implantação do programa. O objetivo fundamental deste trabalho é descrever a realidade do funcionamento do Hiperdia na Unidade Básica José Pinheiro I. Métodos: Foram feitas visitas à Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) de Campina Grande – PB, visando coletar dados específicos, bem como obter maiores informações a respeito do funcionamento do Hiperdia. Resultados: Em nossa região a atividade do programa Hiperdia vem sendo desenvolvida nos Programas de Saúde da Família que conta com o apoio de médicos, enfermeiros, agente comunitário de saúde, assistente social, ou seja, uma equipe multidisciplinar. O atendimento a esses clientes ocorre por meio de uma sistematização, em que é feita uma consulta médica, mediante a qual é suspeitada a presença dessas enfermidades, solicitam-se os exames complementares e, quando há a confirmação, esses pacientes são cadastrados no Hiperdia e passam a receber seus medicamentos. A equipe de saúde da referida unidade encontra-se bem integrada, trabalhando em conjunto para melhor atender a comunidade, contudo uma falha encontrada foi na falta de atividades relacionadas à educação continuada, em forma de palestras, reuniões para esclarecer a comunidade a respeito da prevenção em saúde, bem como outros temas que a equipe sinta necessidade. Conclusão: Na unidade de saúde da família visitada, a atividade do programa Hiperdia vem sendo desenvolvida de forma satisfatória, com o apoio de médicos, enfermeiros e agente comunitário de saúde, orientando em relação à adesão ao tratamento, aceitação e compreensão da patologia, dieta alimentar, plano medicamentoso, tabagismo, atividade física, alcoolismo, entre outros. Contudo, essa orientação encontra-se com falhas, pois na unidade não há educação continuada, educação essa que deveria ser implantada para os pacientes do Hiperdia, bem como os outros usuários da unidade, pois a educação e o acompanhamento visam prevenir as possíveis complicações dessas patologias. P049 A REALIDADE SOBRE O CONHECIMENTO DE MÉDICOS RECÉM-FORMADOS NO TRATAMENTO DO DIABETES MELITO NA CIDADE DE CAMPINA GRANDE/PB Teixeira JVM1, Silva AT1, Araújo CQB1, Medeiros Jr PF1 Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande (FCM-CG), Campina Grande, PB, Brasil 1 Introdução: O diagnóstico e o tratamento do diabetes melito (DM) ganha cada vez mais importância em virtude do crescente e assustador número de casos da doença, com consequentes complicações decorrentes da evolução natural da doença. Tendo em vista seu caráter epidêmico, é uma patologia que interessa a todos os profissionais de saúde. Métodos: Para avaliar o conhecimento dos médicos aplicou-se um questionário com sete perguntas de múltipla escolha a 50 médicos. O questionário enfocou aspectos básicos do DM, tais como: conceito, classificação, diagnóstico, seguimento, hipertensão arterial, dislipidemia e complicações. Resultados: A apresentação dos resultados da pesquisa foi feita por meio de percentuais quanto às opções escolhidas em cada questão. Na primeira questão, que aborda o conceito do diabetes, 100% dos médicos estão familiarizados com o conceito do DM. No segundo item, que aborda o seguimento dessa patologia, notou-se grande desinformação, visto que 84% dos entrevistados não consideram o colesterol como um aspecto básico a ser avaliado periodicamente. A terceira questão descreve as complicações do DM e verifica-se que, surpreendentemente, 10% dos médicos erraram ao responder a questão. O quarto item envolve a dosagem da hemoglobina glicosilada, com 80% de acertos e 20% de erros. O quinto quesito interroga sobre o limite máximo ótimo da pressão arterial para diabéticos, tendo uma média de acertos de 62%. A sexta questão pergunta acerca do diagnóstico do diabetes em relação à glicemia, e observa-se que 42% não sabem o nível de glicemia de jejum a partir do qual o paciente é diagnosticado como diabético. O último quesito aborda o colesterol LDL com índice de erro de 60%, demonstrando o não conhecimento sobre o limite ideal máximo do colesterol LDL S270 em diabéticos. A confusão sobre o diagnóstico sobre o DM é patente, sendo uma condição ímpar para que o tratamento seja realizado. Conclusão: O conjunto dessas respostas mostrou que os médicos têm um conhecimento básico não convincente sobre o diabetes. Isso justifica um investimento maior por parte do poder público e universidades na formação e educação desses profissionais para que os pacientes tenham tratamento e acompanhamento mais eficazes. P050 PREVALÊNCIA DE DIABETES MELITO ENTRE UMA POPULAÇÃO DE HIPERTENSOS ATENDIDA EM UM SERVIÇO BÁSICO DE SAÚDE NO AGRESTE PARAIBANO Cruz CG1, Guimarães MA1, Marques PO1, Santos EC2 1 2 Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Campina Grande, PB, Brasil. Médico Especialista em Saúde da Família Introdução: O diabetes melito (DM) e a hipertensão arterial sistêmica (HAS) são apontados como fatores de risco independentes e sinérgicos para o desenvolvimento de patologias cardiovasculares. Tais condições representam elevado custo econômico e social, sendo apontados como importante causa de aposentadoria precoce e absenteísmo no trabalho. O manejo dessas doenças, visando prevenir ou retardar o aparecimento de complicações agudas e crônicas, deve ser conduzido dentro de um sistema de saúde hierarquizado, sendo seu pilar a atenção básica à saúde. Objetivos: Analisar a prevalência da associação entre DM e HAS em uma população atendida no serviço básico de saúde em um município do agreste paraibano. Métodos: Trata-se de um estudo de corte transversal para o qual foi utilizado o banco de dados da pesquisa “Comparação dos índices de massa corpórea (IMC) de hipertensos e diabéticos em uma unidade de saúde da família no município de Campina Grande-PB”, realizada sob parecer favorável do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual da Paraíba. A coleta de dados foi feita utilizando questionário semiestruturado anônimo aplicado após aceitação e assinatura de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os dados foram digitados e submetidos à análise estatística no programa EPI-INFO 3.5.1. Resultados: A amostra compreendeu 114 pacientes, entre os quais 70,4% (80/114) eram do sexo feminino e 19,3% (34/114), do sexo masculino. A faixa etária mais prevalente estava acima de 60 anos, representando 46,5% da amostra. Em relação à escolaridade, 21,1% (24/114) eram iletrados, 76,3% (87/114) tinham grau de escolaridade compreendido entre ensino fundamental incompleto e ensino médio completo e 2,6% (3/114) possuíam ensino superior incompleto ou completo. Quanto ao índice de massa corporal (IMC), 79% (90/114) estavam com IMC igual ou superior a 25 kg/m2. A prevalência da associação entre DM e HAS foi de 19,3% (22/114); desses obtiveram menores níveis tensionais e melhor controle glicêmico aqueles que praticavam atividade física regularmente. Conclusão: Diante desse resultado, torna-se impreterível a adoção de medidas que estimulem a adesão a um estilo de vida saudável, principalmente entre aqueles nos quais há a somatização dos fatores de risco, os quais estão mais expostos às complicações. Nesse sentido, a qualidade da assistência primária à saúde é essencial para que se alcance o sucesso terapêutico e comportamental. P051 ALTERAÇÕES METABÓLICAS EM PACIENTES POLITRAUMATIZADOS Fonseca Neto OCL1, Vilaça TG1, Montenegro RP1, Souza RN1, Câmara PRA1, Pinheiro LS1 Serviço de Cirurgia do Trauma e Terapia Intensiva do Hospital da Restauração, Recife, PE, Brasil 1 Introdução: As alterações metabólicas em pacientes vítimas de trauma são comuns e estão associadas com a sobrevida desses pacientes. Vários escores prognósticos utilizam variáveis metabólicas (lacta- TEMAS LIVRES to, glicemia, pH, BE, bicarbonato, temperatura) que contribuem para identificar os pacientes com maior risco de morte. Material e métodos: Estudo prospectivo entre pacientes adultos atendidos na emergência entre janeiro e março de 2010. Foram incluídos apenas os politraumatizados com hipotensão. Análise dos gases arteriais foi realizada em todos os estudados no momento da coleta para classificação sanguínea. A glicose e o lactato foram avaliados por meio da mensuração de amostra arterial. Resultados: Vinte seis pacientes foram acompanhados, sendo vinte do sexo masculino. A idade variou entre 25-34 anos. A ingesta alcoólica ocorreu em 5 (foram excluídos). Acidente automobilístico foi a maioria (15/26), motociclístico (6/26) e atropelamento (5/26). A associação entre TCE e trauma torácico foi a mais frequente (10 pacientes). O índice de trauma revisado (RTS) variou de 5-9. A hiperlactatemia (> 2,5 mmol/L) ocorreu em 13 pacientes (variou de 1-10 mmol/L); a hiperglicemia (> 150 mg/dL), em 10 (variou de 50-3/5 mg/dL). A acidose metabólica foi encontrada em 16 pacientes (BE = -69-14) e o pH variou de 7,45-7,1. Dos 21 pacientes, apenas 6 receberam alta hospitalar (tempo de internamento entre 7-15 dias). Conclusões: Alterações metabólicas em pacientes vítimas de trauma no momento da admissão podem estar associadas com a mortalidade, devendo ser utilizadas para identificar indivíduos de maior risco de complicações P052 LINFOMA PRIMÁRIO DE TIREOIDE – RELATO DE CASO Campos R, Vilar L, Gusmão A, Pontes L, Montenegro L, Pontes S, Ibiapina GR, Montenegro L, Melo ATB, Carvalho MFL, Canadas V, Gusmão A, Ferreira VS, Falcão DM, Teixeira L, Cunha RA, Alves GS, Moura E TGN, sexo feminino, 29 anos, procurou o Serviço de Endocrinologia do HC-UFPE com relato de aumento do volume cervical há dois meses. Apresentava, ainda, disfagia e dispneia aos esforços. Não tinha antecedentes mórbidos e não fazia uso de nenhuma medicação. Ao exame físico: tireoide aumentada de volume, de consistência endurecida, pouco móvel à deglutição, linfonodos palpáveis em cadeia cervical bilateralmente, limites pouco precisos. Nos exames apresentava função tireoidiana normal e USG cervical com tireoide aumentada de volume, multinodular e com linfonodos aumentados. Foi realizada PAAF com diagnóstico citológico de linfoma, confirmado por biópsia do linfonodo. O mielograma não mostrou alterações. A TAC de pescoço, tórax, abdome superior e pelve evidenciou doença com acometimento cervical e mediastínico, auxiliando no diagnóstico de linfoma de tireoide. A paciente evoluiu com piora da dispneia e estridor laríngeo durante investigação e foi submetida à quimioterapia de resgate. Evoluiu bem, com diminuição importante da massa cervical, e continua em tratamento quimioterápico. P053 ANÁLISE DA IDADE DO RECEBIMENTO DO DIAGNÓSTICO DO DIABETES MELITO E DA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA NA CIDADE DE CAMPINA GRANDE/PB Peixoto SHP1, Machado LCA2, Parízio ITS2, Maurício V2, Pontes AAN1 Unidade Acadêmica de Medicina, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). 2 UFCG, Campina Grande, PB, Brasil 1 Introdução: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma síndrome clínica de elevada prevalência, assim como o diabetes melito (DM), sendo muitas vezes comuns a um só paciente. São entidades que requerem grandes recursos e tempo prolongado de internação hospitalar, além de relacionarem-se a diversas complicações tardias como a doença arterial coronariana, acidente vascular encefálico e nefropatia; que muitas vezes podem ser a primeira manifestação clí- nica do paciente. A abordagem preventiva de tais doenças é feita predominantemente nas unidades básicas de saúde, na maioria das vezes quando o paciente já é sintomático. Objetivo: Consiste na avaliação da idade do recebimento do diagnóstico da HAS e do DM em mulheres no Hospital João XXIII e no Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC) em Campina Grande/PB. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo de campo censitário com 70 mulheres diabéticas pós-menopausadas internadas no Hospital João XXIII e no HUAC em Campina Grande/PB. A análise foi realizada mediante aplicação de um questionário no período de setembro de 2009 a março de 2010 para coleta de dados acerca da idade, cor, grau de escolaridade, profissão, altura, peso, IMC, hábitos de vida como etilismo, tabagismo e exercícios físicos, idade do diagnóstico da HAS, idade do diagnóstico do DM, idade da menopausa, história de DAC, ICC ou HA. Resultados: Foi visto que das 70 pacientes entrevistadas, 21,42% receberam o diagnóstico do DM conjuntamente ao diagnóstico da HAS; 38,57% receberam primeiro o diagnóstico de DM. Conclusão: Os resultados mostraram elevado índice de pacientes que se tornaram sabidamente diabéticos e hipertensos em um mesmo momento. Tais resultados apontam falhas no sistema de saúde, por não haver prevenção primária satisfatória para o DM e a HAS. Talvez essa prevenção primária seja mais efetiva tanto para o paciente quanto para o sistema público de saúde se realizada numa faixa etária em que a prevalência dessas doenças não seja plena. P054 AVALIAÇÃO DA INCIDÊNCIA DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM MULHERES DIABÉTICAS TIPO 2 NO PERÍODO PÓS-MENOPAUSA NA CIDADE DE CAMPINA GRANDE/PB Peixoto SHP1, Machado LCA2, Parízio ITS2, Maurício V2, Pontes AAN1 Unidade Acadêmica de Medicina, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). 2 UFCG, Campina Grande, PB, Brasil 1 Introdução: O diabetes melito do tipo 2 (DM2) é uma síndrome metabólica de etiologia multifatorial e de presença global que atinge a qualidade e o estilo de vida dos acometidos. Diabéticos podem reduzir em 15 ou mais anos sua expectativa de vida, com a grande maioria morrendo em decorrência das complicações cardiovasculares. Dentre essas doenças cardiovasculares (DCV), estão a hipertensão arterial sistêmica (HAS), a doença arterial coronariana (DAC) e a insuficiência cardíaca (IC). Já a menopausa propicia tanto sintomas desconfortáveis como aumenta a incidência de doenças. Entre elas encontram-se as doenças cardiovasculares. Estudos epidemiológicos demonstraram que nas mulheres há um aumento progressivo na incidência da doença isquêmica do coração (DIC) à medida que elas envelhecem. Objetivo: Avaliação da prevalência de doenças cardiovasculares em mulheres diabéticas na pós-menopausa no Hospital João XXIII e no Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC) em Campina Grande, na Paraíba. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo de campo censitário com 70 mulheres diabéticas pósmenopausadas internadas no Hospital João XXIII e no HUAC, em Campina Grande/PB. A análise foi realizada mediante a aplicação de um questionário no período de setembro de 2009 a março de 2010 para coleta de dados acerca da idade, cor, grau de escolaridade, profissão, altura, peso, IMC, hábitos de vida como etilismo, tabagismo e exercícios físicos, história de DAC, ICC ou HA. Resultados: Os resultados demonstraram que 58,57% das mulheres diabéticas desenvolveram DCV só após a menopausa; 18,57% que desenvolveram DCV na ocasião do diagnóstico não eram diabéticas; 11,42% desenvolveram DCV na fase pré-menopausa; porcentagem igual para diabéticas e não diabéticas. Conclusão: A pesquisa exibe a importância de orientar mulheres diabéticas no período pós-menopausa sobre o risco de desenvolver DCV na fase pós-menopausa. Já que essas, S271 TEMAS LIVRES além de serem diabéticas, um fator de risco agravante, não possuem o estrógeno, um hormônio protetor. Pode-se concluir que a falta desse hormônio em diabéticas e não diabéticas possui o mesmo impacto percentual na presente pesquisa, demonstrando que, apesar de o diabetes ser um fator de risco considerável na mulher, a falta do estrógeno tem relevância bem mais significativa. P055 AVALIAÇÃO DA INCIDÊNCIA DE OBESIDADE GLOBAL EM MULHERES DIABÉTICAS TIPO 2 NO PERÍODO PÓSMENOPAUSA NA CIDADE DE CAMPINA GRANDE/PB Peixoto SHP1, Machado LCA2, Parízio ITS2, Maurício V2, Pontes AAN1 Unidade Acadêmica de Medicina, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). 2 UFCG, Campina Grande, PB, Brasil 1 Introdução: O diabetes é uma doença crônica extremamente incidente e prevalente, afetando atualmente aproximadamente 171 milhões de indivíduos em todo o mundo e com projeção de alcançar 366 milhões de pessoas no ano de 2030. É estritamente associado ao aumento do risco de complicações macrovasculares e microvasculares, e a intervenção nos fatores de risco pode mudar a história natural da doença. A obesidade está entre esses fatores de risco, por acarretar resistência à insulina, pior controle glicêmico e dislipidemias, aumentando o risco cardiovascular. Na mulher, o estrogênio confere efeitos benéficos tanto no endotélio vascular quanto nas lipoproteínas séricas, e a cessação da função ovariana provoca redução do metabolismo, da quantidade de massa magra e do gasto energético no exercício, diminuição da lipólise abdominal permite maior acúmulo de gordura abdominal. Objetivo: Avaliação da prevalência de obesidade central em mulheres diabéticas na pós-menopausa no Hospital João XXIII e no Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC), em Campina Grande, na Paraíba. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo de campo censitário com 55 mulheres diabéticas pósmenopausadas, internadas no Hospital João XXIII e no HUAC, em Campina Grande/PB. A análise foi realizada mediante a aplicação de um questionário no período de setembro de 2009 a março de 2010 para coleta de dados acerca da idade, cor, grau de escolaridade, profissão, IMC, hábitos de vida como etilismo, tabagismo e exercícios físicos, história de DAC, ICC ou HA. O IMC foi avaliado aplicando a fórmula ICM = peso (kg)/altura2 (m²). Foi categorizado em normal (18,5-24,9 kg/m²), sobrepeso (25,0-29,9 kg/m²) e obesidade (≥ 30,0 kg/m²). Resultados: A média de idade da população estudada foi de 64,1 anos. A média do IMC foi de 27,60 kg/m². A prevalência global de sobrepeso foi de 27,2% (n = 15). Foi observada obesidade em 38,18% (n = 21). E os pacientes com IMC normal somaram 34,54% (n = 19). Conclusão: A avaliação mostrou um índice significativo de sobrepeso e obesidade, o que constitui isoladamente um fator de risco cardiovascular, e, somado à obesidade têm-se o diabetes melito e a menopausa, favorecendo uma maior incidência de eventos cardiovasculares, pior controle pressórico e glicêmico, entre outras inúmeras complicações intrínsecas a esses fatores. P056 AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DE ATIVIDADE FÍSICA NO DESENVOLVIMENTO DE HIPERTENSÃO EM MULHERES DIABÉTICAS TIPO 2 NO PERÍODO PÓS-MENOPAUSA NA CIDADE DE CAMPINA GRANDE/PB Peixoto SHP1, Machado LCA2, Parízio ITS2, Maurício V2, Pontes AAN1 Unidade Acadêmica de Medicina, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). 2 UFCG, Campina Grande, PB, Brasil 1 Introdução: O sedentarismo e o baixo nível de condicionamento físico têm sido considerados fatores de risco para a mortalidade prematura, tão importantes quanto fumo, dislipidemia, diabetes e hipertensão S272 arterial. Para os diabéticos, a atividade física bem controlada e com orientação correta pode ajudar a evitar a evolução de comorbidades como doenças cardiovasculares, que em sua maioria se expressam em primeiro grau como hipertensão. A prática de exercícios estimula a secreção de insulina pelo pâncreas e a neogênese de células beta, além disso, contribui para diminuir os níveis pressóricos. Sabe-se que as mulheres diabéticas têm maior probabilidade de desenvolver hipertensão que os homens, e tal fato é agravado no período pós-menopausa por causa da falta do estrógeno. Objetivo: Avaliar a influência da atividade física em mulheres diabéticas na evolução de hipertensão em dois estágios distintos, pós e pré-menopausa, no Hospital João XXIII e no Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC), em Campina Grande, na Paraíba. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo de campo censitário com 40 mulheres diabéticas pósmenopausadas internadas no Hospital João XXIII e no HUAC, em Campina Grande/PB. A análise foi realizada por meio da aplicação de um questionário no período de setembro de 2009 a março de 2010 para coleta de dados acerca da idade, cor, grau de escolaridade, profissão, IMC, hábitos de vida como etilismo, tabagismo e exercícios físicos, história de DAC, ICC ou HA. Foram adotados os critérios da Sociedade Americana de Cardiologia (SAC): PA > 140 x 90 mmHg. Resultados: Dentre as mulheres diabéticas e pós-menopausadas que desenvolveram hipertensão, apensas na união dessas duas comorbidades (n = 35), 31,4% faziam atividade física (n = 11), enquanto as mulheres diabéticas não menopausadas (na ocasião do diagnóstico) que desenvolveram hipertensão (n = 5), nenhuma realizava atividade física. Conclusão: A pesquisa demonstrou a importância da atividade física para evitar a evolução da hipertensão em um grupo já atingido por duas comorbidades (diabetes e menopausa). A falta do estrógeno no período pós-menopausa teria sido um fator favorável à precipitação do surgimento de hipertensão nesse grupo de diabéticas que realizavam atividade física. Refletindo, portanto, a importância de se incentivar, desde cedo, a prática de exercícios em mulheres diabéticas. P057 AVALIAÇÃO DA MÉDIA DE TEMPO DE INSTALAÇÃO DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA EM MULHERES DIABÉTICAS E MENOPAUSADAS NA CIDADE DE CAMPINA GRANDE/PB Peixoto SHP1, Machado LCA2, Parízio ITS2, Maurício V2, Pontes AAN1 Unidade Acadêmica de Medicina, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). 2 UFCG, Campina Grande, PB, Brasil 1 Introdução: O diabetes melito (DM) é uma epidemia em curso. O número de diabéticos adultos vem crescendo desde 1985; em 2002 eram 173 milhões e estimam-se para 2030 300 milhões de portadores da síndrome. Com a prevalência de DM aumentando e sabendo-se que as doenças cardiovasculares são as campeãs de mortalidade no Brasil e no mundo, a associação dessas duas entidades torna-se cada vez mais presente. Com o avanço do tratamento da hipertensão arterial e da doença arterial coronariana, a incidência de insuficiência cardíaca (IC) está aumentando nas últimas décadas, com sobrevida de um ano após o diagnóstico de 62% (segundo a British Heart Foundation 1996), atingindo mais a população idosa. Foi visto que nas mulheres diabéticas o risco de desenvolver insuficiência cardíaca é cinco vezes mais provável se comparado às mulheres não diabéticas. Objetivo: Avaliar o tempo médio de instalação da IC em mulheres diabéticas na pós-menopausa no Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC) e no Hospital João XIII, ambos na cidade de Campina Grande/PB. Metodologia: Foi feito um estudo descritivo de campo censitário que englobou 26 mulheres diabéticas e com insuficiência cardíaca na pós-menopausa, internadas no HUAC e no Hospital João XIII, em Campina Grande/PB, no período de setembro de 2009 a março de 2010. A pesquisa foi realizada mediante a aplicação de um questionário acerca da idade, cor, peso, altura, TEMAS LIVRES tabagismo, etilismo, idade em que recebeu o diagnóstico de DM, idade em que recebeu o diagnóstico da IC e idade da menopausa. Resultados: O “n” amostral obtido foi de 26 pacientes com IC. Dessas, 3,8% quando receberam o diagnóstico de IC não eram diabéticas nem estavam na menopausa; 7,6% já eram diabéticas, mas não estavam na menopausa; 19,2% não eram diabéticas, mas já estavam na menopausa; e 61,5% receberam o diagnóstico de IC após o diagnóstico de DM e também após a menopausa. Conclusão: Por ser o destino final da maioria das doenças cardiovasculares, a IC vem se tornando cada vez mais prevalente, sendo o DM e a menopausa fatores de risco consideráveis, já que a idade está implicitamente incluída nesse contexto. A pesquisa não divergiu da literatura ao concluir que mais da metade dessas pacientes com IC já tinha DM e também estava na menopausa. P058 EVOLUÇÃO DA DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA NÃO ALCOÓLICA EM PACIENTES OBESOS MÓRBIDOS SUBMETIDOS À CIRURGIA DE FOBI-CAPELLA França MM¹, Bolfi F¹, Santos AB¹, Hirosawa RM¹, Moura RP¹, Bianchi LA¹, Mendes AL¹,2, Yamashiro FS3, Souza GL¹,2 ¹ Disciplina de Endocrinologia e Metabologia, Faculdade de Medicina, Universiade Estadual Paulista (FMB-Unesp). 2 Grupo de Estudo em Cirurgia Bariátrica e Metabólica, FMB-Unesp. 3 Disciplina de Gastroenterologia Clínica, FMB-Unesp3, SP, Brasil Introdução: Doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) é uma manifestação hepática da síndrome metabólica (SM) na qual a obesidade é o principal fator de risco. Perda de peso melhora a SM e consequentemente a DHGNA, a cirurgia bariátrica é reconhecida como o tratamento de escolha para pacientes com obesidade grau III, por promover perda de peso substancial sustentada e prolongada. O estudo tem como objetivo avaliar os resultados da cirurgia bariátrica na evolução da esteatose hepática diagnosticada por ultrassom abdominal (US), avaliando também a variação dos níveis de transaminases em pacientes pré e pós-cirúrgicos. Indivíduos e métodos: Revisão de prontuário de 109 pacientes com IMC ≥ 40 kg/m² submetidos à cirurgia bariátrica de Fobi-Capella no período de 2004 a 2009. Foram avaliados os resultados de US abdominal e classificados quanto à presença e grau de esteatose hepática e os níveis de transaminases pré e pós-operatório (um ano em média). Resultados: Dos 109 pacientes, 95 do sexo feminino (87%) e 14 do sexo masculino (13%), 67(61%) apresentaram alteração ultrassonográfica compatível com esteatose hepática no pré-operatório, 53 pacientes realizaram US em média um ano após a cirurgia e, 29 desses (55%) apresentaram melhora ultrassonográfica relacionada com DHGNA. Em relação às transaminases, 15 pacientes tinham alterações séricas acima do limite superior da normalidade no pré-operatório, caracterizando esteato-hepatite e após a cirurgia apresentaram normalização dos seus valores (100%). Valores de AST (TGO) pré-operatório: 23 ± 5,88 U/L e pós-operatório: 24 ± 4,78 U/L (p > 0,05); valores de ALT (TGP) pré-operatório: 30 ± 9 U/L e pós-operatório: 24,8 ± 5,38 U/L (p < 0,001). Conclusão: A cirurgia gastrorredutora com derivação intestinal em Y de Roux (cirurgia de Fobi-Capella) promoveu regressão e/ou melhora da DHGNA em pacientes submetidos ao procedimento, associado com significativa redução dos níveis de ALT/TGP. P059 CARCINOMA OU METÁSTASE ADRENAL: UM ACHADO RADIOLÓGICO Araújo CQB1, Bruno ELA1, Couto JP1, Teixeira JVM1, Magalhães LB1, Coutinho LCQM1, Medeiros Jr PF1, Sá RMN1 Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande (FCM-CG), Campina Grande, PB, Brasil 1 Introdução: Incidentalomas adrenais (IA) são massas adrenais clinicamente inaparentes, descobertas ao acaso por meio de exames de imagem, na investigação de distúrbios não relacionados a patologias adrenais. Foram observados em grandes estudos em até 4% das TC de abdômen. Sua frequência aumenta com a idade, atinge um pico entre a quinta e a sétima década e sem distinção entre os sexos. Os IA podem ser unilaterais ou, menos comumente, bilaterais. Dentre as massas unilaterais, a principal etiologia são os adenomas adrenais. Metástases, na maioria das séries, aparecem como a segunda causa mais frequente. Em revisões de estudos, os principais diagnósticos etiológicos foram: adenomas em 41%, metástases em 19%, carcinomas em 10%, mielolipomas em 9% e feocromocitomas em 8%. Objetivo: Afastar a hipótese de carcinoma ou metástase mediante manuseio de incidentaloma adrenal. Metodologia: O estudo trata de uma análise de um incidentaloma adrenal. Os dados foram coletados a partir do prontuário médico, acompanhamento do paciente e apreciação dos exames laboratoriais e de imagens. Paciente: AJM, masculino, 63 anos, assintomático, hipertenso. Desejando fazer checkup geral. Resultados: Observou-se na tomografia computadorizada uma formação expansiva sólida, de aspecto arredondado, localizada na glândula adrenal esquerda, medindo 1,4 x 1,1 cm em seus diâmetros maiores e que apresentou tênue impregnação à administração de contraste. Após a detecção da massa, a conduta diagnóstica deve direcionar-se para identificar se existe um tumor primário ou secundário, presença de malignidade e secreção hormonal. E a partir dessa identificação, dependendo do tipo de massa, proceder com o acompanhamento clínico-laboratorial ou indicar para cirurgia. Conclusão: Paciente submetido a vários exames laboratoriais, os quais mostraram valores normais. Diante do caso clínico não se deixou levar pelo resultado da TC de abdômen (exame complementar), mantendo, assim, a integridade do paciente, evitando o tratamento cirúrgico. Deve-se observar o paciente como um todo, realizado anamnese, exames físicos e complementares, para que sejam evitados procedimentos desnecessários. P060 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E NÍVEIS PRESSÓRICOS MÉDIOS ENTRE INDIVÍDUOS HIPERTENSOS DIABÉTICOS E NÃO DIABÉTICOS ASSISTIDOS EM UMA USF DE CAMPINA GRANDE/PB Santos EC1, Cruz CG2, Guimarães MA2, Marques PO2 Médico Especialista em Saúde da Família. 2 Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Campina Grande, PB, Brasil 1 Introdução: A transição epidemiológica ocorrida na sociedade contemporânea determina um perfil de risco em que as doenças crônicas, como diabetes e hipertensão assumiram ônus crescente e preocupante. É possível reduzir consideravelmente essas características de morbimortalidade por meio de um adequado controle glicêmico e redução dos níveis pressóricos. As ações dirigidas ao controle individual dos níveis pressóricos e de alguns outros fatores de risco para desenvolvimento de doenças cardiovasculares (DCV), assim como a adoção de medidas que incidem sobre o coletivo, como ações educativas, são tarefas atribuídas aos serviços de atenção primária à saúde. Objetivos: Traçar o perfil epidemiológico e analisar os níveis pressóricos médios de indivíduos hipertensos assistidos em uma USF de Campina Grande/PB. Métodos: Trata-se de um estudo transversal no qual foi utilizado o banco de dados da pesquisa “Comparação dos índices de massa corpórea (IMC) de hipertensos e diabéticos em uma unidade de saúde da família no município de Campina Grande-PB”, realizada sob parecer favorável do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual da Paraíba. A coleta de dados foi feita utilizando questionário anônimo aplicado após assinatura de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os níveis pressóricos foram verificados de acordo com o procedimento preconizado na V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. Resultados: Análise 114 pacientes, sendo 92 hi- S273 TEMAS LIVRES pertensos não diabéticos e 22 hipertensos e diabéticos, entre os quais 70,4% (80/114) eram do sexo feminino e 19,3% (34/114) do sexo masculino. A faixa etária mais prevalente estava acima de 60 anos, representando 46,5% da amostra. Quanto ao estado civil, 52,6% (60/114) eram casados, 14% (16/114) eram divorciados, 16,7% (19/114) solteiros e 16,7% (19/114) viúvos. A maioria analisada (50,9%) tinha renda familiar de um a três salários mínimos. Em relação aos níveis de PAS, 38,5% estavam com PAS normal, 7,1% com PAS limítrofe, 27,2% com nível de hipertensão grau I, 15,8%, hipertensão grau II e 11,4%, hipertensão grau III. Quanto à PAD, 48,2% tinham PAD normal, 1,8% tinham PAD limítrofe, 22%, hipertensão grau I, 18,4%, grau II e 9,6%, grau III. Conclusão: O percentual de hipertensos com níveis pressóricos controlados pode ser considerado razoável, já que aproximadamente metade dos pacientes encontrava-se com PA entre normal e limítrofe. Os dados apontam para a necessidade de uma revisão das estratégias adotadas no tratamento dos hipertensos da comunidade em estudo. P062 PREVALÊNCIA DE HÁBITOS TABAGISTAS EM MULHERES DIABÉTICAS TIPO 2 PÓS-MENOPAUSA NA CIDADE DE CAMPINA GRANDE/PB Peixoto SHP1, Machado LCA2, Parízio ITS2, Maurício V2, Pontes AAN1 Unidade Acadêmica de Medicina, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). 2 UFCG, Campina Grande, PB, Brasil 1 Introdução: O diabetes melito é um fator de risco para eventos cardiovasculares, estando associado a grande morbimortalidade e altos custos para os serviços de saúde. O tabagismo também é fator independente para eventos cardiovasculares, agravando a aterosclerose, com aumento da oxidação das lipoproteínas de baixa densidade, alteração na atividade plaquetária, contribuindo para a instabilização da placa. A nicotina também estimula a liberação de catecolaminas e diminui a síntese de óxido nítrico no endotélio. Está associada também a pior evolução da retinopatia e renopatia. Nas mulheres, o estrogênio confere efeitos benéficos tanto no endotélio vascular quanto nas lipoproteínas séricas, e até a menopausa há retardo de 10 a 15 anos no aparecimento de coronariopatia, benefícios perdidos após a menopausa. Com a redução do estrógeno, os níveis de LDL-colesterol podem ser mais elevados e os níveis de HDL-colesterol, mais baixos, constituindo irrefutavelmente maior risco cardiovascular. O tabagismo associado ao diabetes melito potencializa o risco e necessita de intervenção mais apropriada no tratamento. Objetivo: Avaliação da prevalência de tabagismo em mulheres diabéticas na pós-menopausa no Hospital João XXIII e no Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC), em Campina Grande, Paraíba. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo de campo censitário com 70 mulheres diabéticas pósmenopausadas, internadas no Hospital João XXIII e no HUAC, em Campina Grande/PB. A análise foi realizada por meio da aplicação de um questionário no período de setembro de 2009 a março de 2010 para coleta de dados acerca da idade, cor, grau de escolaridade, profissão, altura, peso, IMC, hábitos de vida como etilismo, tabagismo e exercícios físicos, história de DAC, ICC ou HA. Resultados: A média de idade das mulheres pesquisadas foi de 66,5 anos, e o percentual de mulheres tabagistas foi de 17,1% (n = 12), contra 82,9% (n = 58) de não tabagistas (inclui ex-tabagistas há mais de 10 anos). Conclusão: A pesquisa mostrou um índice de tabagismo menor que em populações aleatórias, mas que é significativo no curso da doença quando associado a diabetes e menopausa. O tabagismo é comprovadamente importante na evolução das complicações agudas e crônicas do diabetes melito, sejam elas cardíacas, vasculares periféricas, retinianas ou renais. S274 P063 RELAÇÃO ENTRE O ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA E A PRÁTICA REGULAR DE ATIVIDADE FÍSICA ENTRE INDIVÍDUOS HIPERTENSOS DE UMA USF DE CAMPINA GRANDE/PB Santos EC1, Cruz CG2, Guimarães MA2, Marques PO2 1 Médico Especialista em Saúde da Família. 2 Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Campina Grande, PB, Brasil Introdução: Uma alimentação inadequada com elevado teor calórico, associada ao baixo gasto energético vem criando, nas últimas décadas, uma nova população, caracterizada por um rápido e crescente aumento no número de pessoas obesas. A prática de atividade física, apesar de bastante difundida é um hábito cada vez mais irregular na sociedade moderna, de modo a agravar os riscos de desenvolvimento da obesidade, que é um grande fator predisponente para o desenvolvimento de patologias crônicas, como a hipertensão e o diabetes melito tipo 2. Objetivos: Avaliar, dentre a população diagnosticada com hipertensão arterial sistêmica em Unidade de Saúde da Família no município de Campina Grande – PB, a relação entre IMC (índice de massa corpórea) e a prática de atividade física. Métodos: Trata-se de um estudo de corte transversal para o qual foi utilizado o banco de dados da pesquisa “Comparação dos índices de massa corpórea (IMC) de hipertensos e diabéticos em uma unidade de saúde da família no município de Campina Grande-PB”, realizada sob parecer favorável do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Esta­ dual da Paraíba (CEPUEPB). A coleta de dados foi feita utilizando questionário semiestruturado anônimo. Após, foi feita a verificação antropométrica do peso e altura, a partir disso foi calculado o índice de massa corpórea (IMC) individual, pela fórmula IMC = peso (kg)/ altura2 (m2). Resultados: A amostra compreendeu 114 pacientes e, com a análise dos resultados, observou-se que o IMC médio das pessoas analisadas era de 29,52 kg/m2. Dentre esses, 62,55% eram hipertensos e sedentários (N = 90) e apresentaram um IMC médio de 29,24 kg/m2 (N = 54), menor de 0,95% que o IMC médio da população geral da pesquisa e 37,45% eram hipertensos e praticantes de atividade física regular, apresentando um IMC médio de 29,75 kg/ m2, maior 0,78% que a média de todos os entrevistados. Conclusão: Nesse estudo não se observou uma relação significativa entre a prática de exercício físico e a redução do IMC em pacientes hipertensos. Dados que não condizem com a literatura, que é incisiva ao afirmar que a prática regular de atividade física é fundamental para o controle do sobrepeso e da obesidade em todas as pessoas. Esses resultados controversos foram decorrentes do fato de esse estudo ser seccional e, segundo Rouquayrol e Almeida Filho (2003), os estudos de coorte são os únicos capazes de abordar hipóteses etiológicas produzindo medidas de incidência e, por conseguinte, medidas diretas de risco. P065 CRIANÇAS OBESAS: UMA REALIDADE ATUAL Teixeira JVM1, Silva AT1, Araújo CQB1, Bruno ELA1, Couto JP1, Coutinho LCQM1, Sá RMN1 Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande (FCM-CG), Campina Grande, PB, Brasil 1 Introdução: A obesidade e o sobrepeso em crianças apresentam dimensões epidêmicas globais, e são fatores de risco relevantes para o surgimento de doenças crônicas. O perfil epidemiológico no Brasil vem mudando muito nas últimas décadas, contribuindo para ascensão desse problema. Sua ocorrência tem adquirido grande significância na área de saúde. Métodos: Este estudo realizou uma revisão bibliográfica com abordagem descritiva, suas informações são extraí­das na sua totalidade de acervos bibliotecários. Discussão: A obesidade é um distúrbio do estado nutricional traduzido por acúmulo de tecido adiposo, consequência de um desequilíbrio permanente e prolongado entre a ingesta calórica (alimentação) e o gasto energético (me- TEMAS LIVRES tabolismo basal, crescimento e atividade física). A tendência atual é a de compreender a obesidade como multicausal, na qual interagem fatores genéticos, fisiológicos, ambientais e psíquicos, resultando em acúmulo excessivo de energia em forma de gordura no organismo. Pode-se classificar a obesidade, de acordo com a causa, como exógena ou nutricional, secundária ou endógena e genética. A exógena é a mais frequente, responsável por cerca de 95% dos casos de crianças obesas. Os 5% restantes dividem-se para a endógena e genética. Esta é a obesidade decorrente de alguma alteração genética, como síndrome de Prader-Willi, Turner e Lawrence-Moon-Biedl, e aquela é devida a algum processo mórbido como as síndromes dismórficas, endocrinopatias ou alterações do sistema nervoso central. Conclusão: A obesidade infantil é uma doença de difícil controle, com altos percentuais de insucessos terapêuticos e de recidivas, podendo apresentar, na sua evolução, sérias repercussões orgânicas e psicossociais, especialmente nas formas mais graves. Há indicativos de correlações entre esses aspectos psicológicos e a presença de obesidade em crianças. Dessa forma, é de fundamental importância que a comunidade científica internacional e nacional, investigue profundamente novas descobertas que venham a trazer benefícios para o paciente e sua família. P066 DISNATREMIAS EM PACIENTES CIRÚRGICOS Fonseca Neto OCL1, Vilaça TG1, Montenegro RP1, Silva JTD1, Bruno JPB1, Lacerda CM1 sua patogênese é multifatorial. Material e métodos: Estudo retrospectivo entre 2002 e 2010. Foram avaliados pacientes cirróticos na lista de espera para transplante de fígado (TxF) que apresentaram EHHNC atendidos no ambulatório ou internados. Foi avaliada a presença de infecção, encefalopatia e severidade da doença hepática (Child/Meld). Apenas adultos (> 12 anos) participaram do estudo. Resultados: Doze pacientes foram identificados. Apenas três eram do sexo feminino. A doença hepática de origem alcoólica foi a prevalente (6/12), depois a doença por vírus C (3/12). A idade variou de 39 a 63 anos. Quanto ao Meld, todos eram >20; o Child variou de B9-C15. Em 7 pacientes a encefalopatia era grau II. A encefalopatia grau IV foi observada apenas em um 1 caso. Infecção foi encontrada em 8 pacientes (PBE em 3, ITU em 2, pneumonia em 3). A glicemia sérica variou entre 423 e 680 mg/ dL. Em 4 pacientes o diagnóstico foi no ambulatório. Ocorreram 2 óbitos. Conclusões: Em pacientes cirróticos descompensados deve-se ficar atento aos distúrbios da glicose para melhor otimizar o tratamento e identificar precocemente complicações não usuais, como o EHHN-C. P069 EXPERIÊNCIA COM ÁCIDO TIÓCTICO EM PACIENTES COM NEUROPATIA DIABÉTICA Alves D1, Araújo E1, Arruda J1, Ramos T1, Nunes V1, Moura F1 1 Clínica Moura, Recife, PE, Brasil P067 Introdução: A neuropatia periférica (NP) é a complicação mais comum do diabetes, capaz de comprometer todos os tecidos do corpo, sendo causa de significativa morbidade e mortalidade1. Afeta entre 60% e 70% dos pacientes diabéticos tipo II2. As principais opções terapêuticas para a parestesia e a dor da NP são: amitriptilina, gabapentina, pregabalina1, duloxetina e outros3.O ácido tióctico é uma nova droga que atua tanto na fisiopatologia (via dos polióis) como um alívio dos sintomas da doença. Infelizmente ainda não estão disponíveis resultados significativos que comprovem a eficácia da droga. No presente estudo, será analisado o uso da droga em 19 pacientes que apresentavam neuropatia periférica diabética. Objetivo: Avaliar a eficácia do ácido tióctico em pacientes com NP, em portadores de DM 2. Pacientes e métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo, no qual foram avaliados 19 pacientes com DM 2 diagnosticados clinicamente com neuropatia diabética sensitiva motora. Não foram avaliados pacientes com insuficiência renal crônica (IRC), hipotireoidismo, hepatite crônica, deficiência de B12 ou outras causas conhecidas de neuropatia. No período entre 30-45 dias os 19 pacientes selecionados (os quais assinaram termo de consentimento) receberam 600 mg/dia. Eles foram analisados seguindo o parâmetro da escala de dor Marlow, por meio da qual foram considerados responsivos pacientes que obtiveram resposta ≥ 50%. Resultados: 21,1% dos pacientes obtiveram resposta < 50%. 78,9% foram responsivos, e dentre estes 26,6% tiveram a eficácia máxima e os outros 73,3% obtiveram resposta ≥ 50% < 100%. Nenhum paciente queixou-se de efeitos colaterais. Conclusão: Os achados sugerem que o uso do ácido tióctico representa uma eficaz opção terapêutica no tratamento de NP. Diferentemente de outros medicamentos que têm um perfil de efeitos colaterais indesejáveis, o ácido tióctico não apresentou nenhum efeito colateral. Embora os resultados sejam animadores, são necessários mais estudos com o ácido tióctico. ESTADO HIPEROSMOLAR HIPERGLICÊMICO NÃO CETÓTICO EM CIRRÓTICOS P070 Serviço de Cirurgia Geral e Transplante de Fígado do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), Universidade de Pernambuco (UPE), Recife, PE, Brasil 1 Introdução: O manejo de fluidos e eletrólitos é uma atividade comum na prática clínica, principalmente no ambiente de pacientes cirúrgicos. Apesar disso, conhecimento sobre o balanço hidrossalino parece não ser suficiente por parte dos médicos responsáveis pela prescrição no pós-operatório. Material e métodos: Estudo retrospectivo entre os pacientes internados para cirurgia eletiva do aparelho digestivo entre janeiro de 2009 e janeiro de 2010. Foi observada a presença de hiponatremia e hipernatremia no pós-operatório e sua relação com a administração parenteral dos eletrólitos (Na, K, Cl) e água. O peso diário também fez parte da avaliação. Foram excluídos os pacientes cirróticos, nefropatas e com insuficiência cardíaca. Resultados: Durante o período de estudo, 34 pacientes (4% de 850 admissões) apresentaram hiper ou hiponatremia. Quatorze pacientes apresentaram hipernatremia (Na+ > mEq/L), treze, hiponatremia (Na+ < 130 mEq/L) e sete, hipercloremia (Cl- > 110 mEq/L). O balanço hídrico aferido pelo peso diário foi sempre positivo, variando entre 1-8 kg. A quantidade de Na+ prescrito para os pacientes com hipernatremia variou de 154924 mEq/dia; quanto ao cloro, 100-310 mEq/dia e quanto à água, 2-5 L/dia. A hipocalemia foi mais frequente (7 pacientes). A prescrição diária variou entre 75-150 mEq/dia. Apenas 4 pacientes não foram pesados diariamente. Ocorreram 7 óbitos, sendo 4 nos pacientes com disnatremias e 3 relacionados com excesso de fluidos (água). Conclusões: O aparecimento de disnatremias e o excesso de fluidos em pacientes cirúrgicos estão associados com aumento de mortalidade. Pode ser um indicador de qualidade de cuidados com o paciente. Fonseca Neto OCL1, Vilaça TG1, Montenegro RP1, Pinheiro LS1, Silva JTD1, Lacerda CM1 Serviço de Cirurgia Geral e Transplante de Fígado do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), Universidade de Pernambuco (UPE), Recife, PE, Brasil 1 Introdução: A associação entre doença hepática crônica e anormalidades na glicose sérica é bem estabelecida. A maioria dos cirróticos (> 60%) apresenta alterações na glicemia e alguns evoluirão para diabetes (10%25%). O estado hiperglicêmico hiperosmolar não cetótico (EHHN-C) é uma complicação relativamente incomum dos pacientes diabéticos e MARCADORES NUTRICIONAIS EM RECEPTORES DE TRANSPLANTE DE FÍGADO Fonseca Neto OCL1, Vilaça TG1, Montenegro RP1, Bruno JPB1, Souza RN1, Lacerda CM1 Serviço de Cirurgia Geral e Transplante de Fígado do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), Universidade de Pernambuco (UPE), Recife, PE, Brasil 1 Introdução: Desnutrição é comum em pacientes com doença hepática crônica na lista de espera para o transplante de fígado (TxF). S275 TEMAS LIVRES Avaliação nutricional nesses pacientes, geralmente, é difícil e imprecisa, podendo tornar-se indicadores nutricionais de avaliação não reais. Material e métodos: Estudo retrospectivo entre os receptores de transplante de fígado durante 10 anos (1999-2009). Severidade da doença (Child/Meld), albumina (g/dl), creatinina (mg/dl), IMC (kg/cm2) foram correlacionados com resultados pós-transplante de fígado (tempo de terapia intensiva, mortalidade precoce). Resultados: Trezentos e quinze transplantes de fígado foram estudados. O sexo masculino foi a maioria (58%) e quanto à etiologia, hepatite por vírus C é mais prevalente (35%). O Child variou de A5 a C15 (M = B10). Quanto ao Meld, foram encontrados Meld < 15 = 15%, 15 < Meld < 20 = 30%, Meld > 20 = 55% dos estudados. A albumina sérica variou de 0,9 a 4,1 g/dl (M = 2,8 g/dl) e creatinina sérica, de 0,2 a 5 (M = 1,8 mg/dl). O tempo de terapia intensiva variou de um dia a dois meses. A maioria permaneceu 48 horas na UTI (68%). Óbito no primeiro mês ocorreu em 22 pacientes (< 1%). Conclusões: Os pacientes com desnutrição grave candidatos ao TxF não devem ser excluídos, pois os resultados após o procedimento cirúrgico parecem não estar apenas correlacionado com os marcadores nutricionais. P071 MIELOPATIA APÓS SHUNT PORTO-SISTÊMICO EM CIRRÓTICOS Fonseca Neto OCL1, Vilaça TG1, Montenegro RP1, Câmara PRA1, Silva JTD1, Pinheiro LS1 Serviço de Cirurgia do Trauma e Terapia Intensiva do Hospital da Restauração, Recife, PE, Brasil 1 Introdução: Mielopatia é uma rara complicação em pacientes com doença hepática crônica, caracterizada por paraparesia espástica com mínimo envolvimento sensorial. É mais observada em pacientes submetidos a shunts cirúrgicos tipo porto-cava. Entretanto, algumas vezes pode ser observada quando da presença de shunts espontâneos. Material e métodos: Estudo prospectivo entre janeiro de 2002 e março de 2010, nos pacientes submetidos à anastomose porto-cava de urgência. Resultados: Onze pacientes adultos foram acompanhados entre 1 mês-8 anos. Oito são do sexo masculino. A idade variou entre 25 e 60 anos. Doença alcoólica foi a etiologia mais frequente (7/11 pacientes). Hemorragia digestiva alta refratária foi a indicação do shunt cirúrgico. Em 3 pacientes, as alterações na marcha e na força dos MMSS. Em todos a função vesical é preservada. Realizado RNM de encéfalo e coluna espinhal sem achados de anormalidades. Investigação para HIV e outras doenças neurológicas foram realizadas e descartadas. O manejo com restrição proteica, lactulona e fisioterapia parece evitar a progressão da doença. No primeiro momento foi utilizado corticoide (prednisona 20 mg/dia), que foi descontinuado em virtude da retenção hidrossalina. Apenas dois continuaram vivos e apenas um está na lista de transplante de fígado. Conclusões: Mielopatia hepática é uma complicação não usual do shunt cirúrgico porto-cava cuja patogênese e manejo são ainda incertos. P072 PERFIL HEMATOLÓGICO EM PACIENTES COM DOENÇA TIREOIDIANA Ramos AJS, Mota AM, Ramos ALC, Nóbrega MP, Lucena RMB, Ramos AJC, Kim IC, Pordeus ACB, Vasconcelos GRC, Queiroz UC, Bernardes LP, Alencar AEF Introdução: O hipotireoidismo pode causar anemia por vários mecanismos, entre eles síntese alterada de hemoglobina, resultante da deficiência de tiroxina; deficiência de ferro relacionada a sangramento menstrual excessivo e/ou a deficiência intestinal de ferro secundária à acloridria gástrica; deficiência de folato decorrente da redução da absorção de ácido fólico; anemia perniciosa com anemia megaloblástica por deficiência de vitamina B12. Objetivo: Avaliar a prevalência S276 de anemia e o perfil hematológico em uma amostra de pacientes com doença tireoidiana, atendidos em uma clínica especializada em distúrbios endócrinos, comparado a um grupo controle de pessoas sem doença tireoidiana. Material e métodos: A população do estudo foi constituída por 220 pacientes com diagnóstico de hipotireoidismo e/ou tireoidite, com níveis normais de TSH e T4 livre. O grupo controle foi de 282 pacientes, sendo 214 (75,9%) do sexo feminino com dosagens de TSH, T4 livre e antiTPO normais, sem estar em uso de LT4. Foi realizado um estudo caso controle comparando as cifras hematológicas, em pacientes com doença tireoidiana e o grupo controle. O hemograma foi realizada por citometria de fluxo, citoquímica e impedância por meio do equipamento automatizado Pentra 60 – ABX®. As dosagens hormonais de TSH, T4 livre e TPO total foram realizados em ensaios de terceira geração, por quimioluminescência Immulite – 1000 – Siemens®. Resultados: A avaliação revelou que a anemia está presente em maior frequência no grupo de doença tireoidiana, com 40 (22,22%) pacientes versus 31 (12,35%) no grupo controle (p = 0,022). Com relação à classificação de anemia de acordo com os índices hematimétricos, pode-se verificar que as anemias normocítica (p = 0,084) e microcítica (p = 0,047) foram mais presentes em pacientes portadores de doença tireoidiana. A anemia hipocrômica está associado com os pacientes com doença tireoidiana (p = 0,047) e doença de Hashimoto (p = 0,048). Em relação ao número de neutrófilos, observou-se que o grupo de doença tireoidiana apresentou frequência de neutropenia, em 22 (10,0%) pacientes versus 15 (5,6%) no grupo controle (p = 0,046). Não se observou relação estatística nos demais parâmetros. Conclusão: Os resultados obtidos permitem concluir que tanto os pacientes do grupo controle como pacientes com doença tireoidiana apresentaram uma prevalência elevada de anemia, sendo a anemia normocítica e normocrômica a mais encontrada. Observou-se uma associação entre diminuição no número de neutrófilos e os pacientes com doença tireoidiana. Nos demais parâmetros do leucograma e no plaquetograma, parece não existir associação entre os grupos estudados. P073 IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PRECOCE DA DISFUNÇÃO TIREOIDIANA NO CRESCIMENTO DOS PACIENTES COM DIABETES MELITO TIPO 1 Ramos AJS, Mota AM, Nóbrega MP, Lucena RMB, Ramos AJC, Kim IC, Pordeus ACB, Vasconcelos GRC, Queiroz UC, Bernardes LP, Alencar AEF Introdução: A associação entre diabetes melito tipo 1 (DM1) e outras doenças autoimunes, particularmente a doença autoimune da tireoide (DAT), é conhecida de longa data. A prevalência da DAT entre portadores de DM1 tem sido estimada em cerca de 20%, com variação entre 3% e 50%. Sendo uma condição capaz de afetar negativamente o crescimento, recomenda-se avaliação tireoidiana em todos os DM1, anualmente ou a intervalos menores, se houver indícios clínicos de tireoidopatia, corroborando com a nossa forma de screening, visando ao diagnóstico precoce e à prevenção dos efeitos indesejáveis no crescimento de crianças e adolescentes. Objetivo: Verificar o impacto da disfunção tireoidiana no crescimento dos pacientes DM1, bem como averiguar se a nossa forma de rastreamento de DAT está adequada para prevenir complicações no crescimento. Materiais e métodos: De um total de 177 pacientes com DM1 atendidos em nosso serviço, foram incluídos, na nossa amostra, 55 pacientes com idade entre 5 e 15 anos e que estavam sendo acompanhados há pelo menos um ano. Dessa amostra, 60% são do sexo masculino, a média de idade foi de 11,4 (± 2,9) anos e tempo de diabetes de 5 (± 3,0) anos. Os dados foram coletados retrospectivamente por meio de prontuário hospitalar. O paciente foi considerado portador de DAT quando apresentou aumento dos títulos de anticorpo antiTPO e/ou alterações nas dosagens de TSH (≥ 4 μUI/mL) e/ou es- TEMAS LIVRES tava em uso de L-T4, e foi considerado com déficit estatural quando tinha mais de dois desvios-padrão abaixo do percentil 50 da curva de crescimento do NCHS. Resultados: A frequência de DAT foi de 20% (n = 11), e em 10 (18,1%) pacientes foi encontrado hipotireoidismo e em 3 (5,4%) foi encontrada tireoidite. Dos 55 pacientes, 20 (36,4%) apresentaram déficit estatural, e desses, 18 (40,9%) não tinham doença tireoidiana e 2 (18,2%) tinham DAT. Não foi encontrada associação entre DAT e déficit estatural (p = 0,293). Dos 33 (60%) meninos, 5 (45,5%) tinham DAT e 14 (70%), baixa estatura, enquanto das 22 meninas, 6 (54,5%) tinham DAT e 6 (30%), baixa estatura, não havendo também significado estatístico entre gênero e DAT (p = 0,316) e entre gênero e déficit estatural (p = 0,391). Conclusão: Na amostra não se encontrou relação significativa entre déficit estatural e DAT. Também não foi estatisticamente significante a relação entre sexo, DAT e déficit estatural. É provável que o diagnóstico precoce, mediante o rastreamento periódico, tenha evitado a influência da DAT no crescimento. Figura 1. Glicemia de jejum e resistência insulínica com relação à faixa etária e alteradas em crianças e adolescentes com excesso de peso. Campina Grande/PB, 2008-2010. P075 P074 ALTERAÇÕES GLICÍDICAS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM EXCESSO DE PESO Noronha JAF1, Ramos ALC1, Gonzaga NC1, Cardoso AS1, Melo MMA1, Cardoso MAA1, Ramos AT1, Medeiros CCM1 1 Núcleo de Estudos e Pesquisas Epidemiológicas (NEPE), Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Campina Grande, PB, Brasil Introdução: A obesidade infantil é preocupante e está relacionada com as principais doenças metabólicas e cardiovasculares. Ela está associada com resistência à insulina, levando à intolerância à glicose, glicose de jejum alterada e diabetes melito. As taxas crescentes de diabetes melito tipo 2 (DMT2) no jovem seguem em paralelo ao aumento da obesidade. A resistência insulínica é definida como a ineficiência da insulina plasmática e sua confirmação se faz com medidas de insulina e glicose plasmáticas, por meio de índices com base na insulinemia e na glicemia de jejum, mediante o índice homeostasis model assessment for insulin resistance (HOMA-IR). Estudos brasileiros detectaram que a resistência insulínica está presente não só em crianças obesas, como também nas com sobrepeso, e sua prevalência é em torno de 21,1%. Objetivos: Verificar a prevalência de alterações glicídicas (glicemia de jejum, glicemia pós-dextrosol e resistência insulínica) em crianças e adolescentes com excesso de peso e verificar sua relação com a faixa etária. Metodologia: Estudo transversal com uma amostra de 161 crianças e adolescentes, entre 2 e 18 anos, com diagnóstico de sobrepeso ou obesidade, no período de 07/2009 a 03/2010. Foi calculado o IMC adaptado para idade. Os exames laboratoriais foram realizados após jejum de 12 horas. Foram considerados alterados glicemia de jejum ≥ 100mg/ml, glicemia pós-dextrosol ≥ 140mg/dL, HOMA-IR ≥ 2,5. Resultados: Dos 161 pacientes que compuseram o estudo, 114 (71%) eram do sexo feminino, 16(9,9%) tinham de 2 a 5 anos, 42 (26,1%), de 6 a 9 anos e 103 (64%), de 10 a 19 anos. Com relação ao IMC, foi observada prevalência de 26 (16,2%) de sobrepeso, 28 (17,4%) de obesidade e 107 (66,4%) de obesidade grave, sendo mais prevalente nos adolescentes com 58 (36%) dos casos. A glicemia de jejum alterada foi observada em três jovens (1,9%), sendo desses dois adolescentes; a glicemia pós-dextrosol, em apenas um jovem (0,62%). Já o HOMA-IR alterado foi observado em 63 jovens (39,1%), sendo 52 (32,3%) adolescentes (Figura 1). Conclusão: Apesar da baixa prevalência da glicemia de jejum e a pós-dextrosol encontrada nessa amostra de crianças e adolescentes com excesso de peso, a resistência insulínica alterada foi bastante frequente, principalmente na faixa etária de adolescentes, provavelmente por se tratar de um dos primeiros sinais para o desenvolvimento do DMT2, permitindo intervenção mais precoce. AVALIAÇÃO DOS FATORES CLÍNICOS PRÉ E PÓSOPERATÓRIOS QUE INFLUENCIAM O REGANHO DE PESO EM PACIENTES DIABÉTICOS E PORTADORES DE OBESIDADE GRAUS II E III SUBMETIDOS A DGYR Durão SF, Lins DC, Chalegre KP, Carvalho TF, Pedrosa IA, Ferraz AA, Campos JM Objetivo: Avaliar nos pacientes diabéticos e portadores de obesidade graus II e III os fatores clínicos pré e pós-operatórios que influenciaram no reganho de peso. Métodos: Foram analisados 107 diabéticos submetidos à derivação gástrica em Y de Roux no período de 2001 a 2006, provenientes do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco. Um anel de silicone foi empregado em 90 pacientes e os 17 restantes não utilizaram a referida prótese. Neste estudo, o reganho de peso importante no pós-operatório foi considerado quando ocorreu aumento ponderal com IMC acima de 35 kg/m². Resultados: O reganho de peso em relação ao menor IMC foi de 8,5%, no seguimento pós-operatório de quatro anos, em média. Utilizando o parâmetro de reganho de peso importante quando o IMC após a DGYR estivesse acima de 35 kg/m², apenas 18 pacientes apresentavam reganho de peso. A utilização do anel de silicone diminuiu o reganho de peso de maneira significativa no pós-operatório a longo prazo (p = 0,001). Dos 18 pacientes com reganho de peso importante, apenas 1 apresentou recidiva do DM2, o qual usava insulina há 10 anos e tinha a doença há 25 anos. Conclusão: Apesar do reganho de peso, apenas 5% dos pacientes que apresentavam o IMC acima de 35 kg/m² no pós-operatório não mantiveram a remissão do diabetes melito tipo 2. A longo prazo apenas o uso do anel de silicone teve influência no reganho de peso. Reganho de peso Gráfico. Avaliação do reganho de peso no pós-operatório de DRYR em relação ao uso do anel de silicone. S277 TEMAS LIVRES P076 AVALIAÇÃO RADIOLÓGICA PULMONAR E SUA RELAÇÃO COM A TROCA GASOSA EM PACIENTES COM ACROMEGALIA Rodrigues MP1, Naves LA2, Casulari LA2, Silva CAM1, Paula WD3, Cabral MT3, Araújo RR1, Viegas CAA1 1 Departamento de Pneumologia,Universidade de Brasília (UnB). 2 Departamento de Endocrinologia, UnB. 3 Departamento de Radiologia, UnB, Brasília, DF, Brasil Introdução: Diferentes alterações funcionais respiratórias são descritas na acromegalia, mas ainda é desconhecida uma relação dessas com anormalidades do tecido pulmonar. Objetivo: Observar possíveis alterações da estrutura pulmonar e sua relação com anormalidades da troca gasosa. Métodos: 36 pacientes com acromegalia e 24 controles foram submetidos à tomografia de tórax de alta resolução; os pacientes com acromegalia também foram avaliados com gasometria arterial, oximetria de esforço e dosagens de GH e IGF-1. Resultados: Foram observadas opacidades micronodulares, reticulares, de aumento e de redução da atenuação do parênquima, mas não foram em proporções significativas quando comparadas ao grupo controle (p = 0,28; 0,29; 0,48; 0,32; respectivamente); hipoxemia estava presente em 7 pacientes, porém em 6 deles a hipoxemia poderia ser explicada por uma condição clínica subjacente diversa da acromegalia (asma em 1, doença pulmonar obstrutiva crônica em 2, obesidade em 2, infecção brônquica em 1); as alterações radiológicas também não se relacionaram com as dosagens de GH e IGF-1. Conclusões: Não foram observadas alterações da estrutura pulmonar por tomografia de tórax, quando comparadas ao controle; as alterações funcionais respiratórias encontradas são explicáveis em grande parte por diagnósticos alternativos, ou se manifestam de forma subclínica, não apresentando relação plausível com o aspecto da estrutura pulmonar. P077 ANÁLISE DA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA EM PACIENTES OBESOS ASSISTIDOS NO SERVIÇO DE SOBREPESO E OBESIDADE DO INSTITUTO DE SAÚDE ELPÍDIO DE ALMEIDA (ISEA), CAMPINA GRANDE – PARAÍBA Barbosa PEA¹, Barbosa ACN¹, Costa ID¹, Fernandes IC¹, Sá RMN¹, Lacerda SG¹, Souza TAO¹, Freitas VC², Ferreira MFL1 Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande (FCM-CG). 2 Médico. Campina Grande, PB, Brasil 1 Introdução: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) e a obesidade, duas patologias de crescente prevalência no mundo contemporâneo, são responsáveis por altos índices de morbimortalidade, representam fator de risco independente para doença cardiovascular, a qual é responsável, só no Brasil, por 25,7% dos óbitos. A obesidade é uma doença crônica, de difícil tratamento, cuja prevalência vem aumentando em proporções epidêmicas nas últimas décadas. Estima-se que atualmente exista no mundo cerca de 400 milhões de obesos. Nesse contexto é de relevante importância estratificar os níveis pressóricos dos pacientes obesos, com a finalidade de evitar a ocorrência de condições mórbidas. Material e métodos: Trata-se de um estudo observacional com análise prospectiva, realizado no período abril de 2009 a abril de 2010. Os critérios de inclusão usados foram: o índice Quetelet, também conhecido como índice de massa corpórea (IMC), entre 25 e 29,9 kg/m² para determinação de sobrepeso e ≥ 30 kg/m² para classificação dos obesos; os níveis pressóricos foram obtidos e classificados segundo a V Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial por meio de esfigmomanômetros aneroides padrão. Os dados foram duplamente digitados e analisados mediante o programa Statistical Package for the Social Science (SPSS) versão 17.0 para Windows. Resultados: Avaliaram-se 247 pacientes; desses 219 (88,7%) eram do sexo feminino e 28 (11,3%), masculino; 37 (15%) foram classificados com sobrepeso; 90 (36,4%), como obesos grau I, 61 (24,7%), grau II e 59 (23,9%), grau III. Com relação aos S278 níveis pressóricos, 42 (17%) tinham pressão ótima, 62 (25,1%), normal, 42 (17%), limítrofe e 99 (40,1%) foram classificados como hipertensos, dos quais 62 (25,1%) foram classificados com hipertensão estágio 1, 21 (8,5%), estágio 2 e 16 (6,5%), estágio 3. Conclusão: Por fim, constitui fundamental importância o acompanhamento das cifras tensionais dos pacientes obesos, em que o maior percentual observado foi de pacientes com PA limítrofe ou portadores de HAS I, visto que é consenso o fato de a HAS aumentar os índices de mortalidade nesse grupo. P078 ANÁLISE DA PREVALÊNCIA DE DIABETES MELITO E FATORES ASSOCIADOS ENTRE INDIVÍDUOS ABORDADOS DURANTE CAMPANHA DE COMBATE AO FUMO Sales LM1, Almeida MKC1, Cruz CG1, Silva GF1, Guimarães MA1, Góis LCP1, Araújo IG2 1 Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).2 Unidade Acadêmica de Medicina, UFCG, Campina Grande, PB, Brasil Introdução: O diabetes melito (DM) é um fator de risco independente para o desenvolvimento de patologias cardiovasculares, representando um crescente ônus econômico e social, sendo, portanto, um importante problema de saúde pública. O manejo dessa morbidade, visando prevenir ou retardar o aparecimento de complicações micro e/ou macrovasculares, deve ser conduzido dentro de um sistema de saúde hierarquizado, sendo o foco primário a atenção básica à saúde. Objetivos: Analisar a prevalência de DM entre indivíduos de uma amostra não probabilística abordada durante campanha de combate ao fumo em Campina Grande/PB. Métodos: Trata-se de um estudo de corte transversal em uma amostra não probabilística na qual foi utilizado o banco de dados da pesquisa “Perfil clínico-epidemiológico da população tabagista abordada durante campanha de combate ao fumo na Cidade de Campina Grande - PB: Estudo Transversal”, realizada sob parecer favorável do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual da Paraíba. A coleta de dados foi feita utilizando questionário semiestruturado anônimo aplicado após aceitação e assinatura de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os dados foram digitados e submetidos à análise estatística no programa EPI-INFO 3.5.1. Resultados: A amostra compreendeu 109 indivíduos, entre os quais 29,4% (32/109) eram do sexo feminino e 70,6% (77/109), do sexo masculino. Entre os indivíduos abordados, 5,5% tinham diagnóstico prévio de DM, sendo igual a proporção entre os sexos. Em relação à faixa etária, a maioria dos indivíduos diabéticos (65%) tinha idade compreendida entre 55 e 65 anos. Quanto aos hábitos de vida, 16,7% eram tabagistas e 52% eram sedentários. Em relação ao índice de massa corpórea, a média foi de 27,11 (sobrepeso). Conclusão: A prevalência de diabetes na população estudada foi compatível com aquelas encontradas em outras investigações nacionais. Os estudos epidemiológicos de base eminentemente populacional são raros no âmbito nacional, merecendo maiores incentivos públicos ou privados, já que podem contribuir para melhor direcionamento e planejamento das ações voltadas para a prevenção das patologias crônicas. P079 ANÁLISE DO PERFIL EDUCACIONAL QUANTO AO RISCO DE OBESIDADE NOS PACIENTES DO SEXO FEMININO ASSISTIDOS NO SERVIÇO DE SOBREPESO E DO INSTITUTO DE SAÚDE ELPÍDIO DE ALMEIDA (ISEA), CAMPINA GRANDE – PARAÍBA Barbosa PEA¹, Barbosa ACN¹, Costa ID¹, Fernandes IC¹, Souza PB¹, Sá RMN1, Lacerda SG¹, Souza TAO¹, Ferreira MFL1 Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande (FCM-CG), Campina Grande, PB, Brasil 1 Introdução: Segundo a Organização Mundial de Saúde, há 1,6 bilhão de pessoas adultas acima do peso em todo o mundo, das TEMAS LIVRES quais 400 milhões são consideradas obesas, e esse número tende a dobrar até 2025 caso medidas eficazes não sejam tomadas. Os estudos epidemiológicos da obesidade envolvem análises da prevalência e da tendência secular da doença em regiões e países distintos, como também a distribuição em diferentes estratos populacionais por idade, sexo, faixa econômica ou cultural. A população brasileira feminina apresenta risco maior de obesidade que os homens, e a prevalência de sobrepeso é duas vezes maior nesse sexo. Este trabalho tem o objetivo de avaliar a relação da escolaridade com o risco de obesidade das pacientes atendidas no serviço de sobrepeso e obesidade da cidade de Campina Grande – Paraíba. Material e métodos: Trata-se de um estudo observacional com análise prospectiva, realizado no período abril de 2009 a abril de 2010. A presença/ausência de obesidade no indivíduo foi determinada com base no IMC. Seguindo recomendação internacional amplamente aceita, mulheres foram classificadas como obesas quando seu IMC era ≥ 30,0 kg/m². A escolaridade do indivíduo foi considerada pelos dados da anamnese [analfabeto, 1º grau incompleto (GINC), 1º grau completo (GC), 2º GINC, 2º GC, 3º GINC e 3º GC] dos pacientes. Os dados foram duplamente digitados e analisados por meio do programa Statistical Package for the Social Science (SPSS) versão 17.0 para Windows. Resultados: Avaliaramse 219 pacientes, com média de idade de 37,9 anos. O número de pacientes com 1º grau completo foi de 47 (21,5%), a maior prevalência de pacientes foi com 2º grau completo, que são 80 (36,5%), enquanto os com 3º grau completo perfazem um total de 27 (12,3%); os com 2º grau completo estão distribuídos da seguinte forma: 15 (42,9%) são classificado como sobrepeso, 34 (41,0%) são obesos classe I, 18 (32,7%) são obesos classe II e 13 (28,3%) são obesos classe III. Conclusão: Por fim, conclui-se que o grau de escolaridade das pacientes guarda uma relação inversa com o risco de obesidade, ou seja, quando as mulheres apresentavam baixo nível de escolaridade, aumentava o risco de obesidade. Portanto, os dados dessa amostra tendem a evidenciar uma mesma relação referenciada por diversos autores. P080 ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA MORTALIDADE POR DIABETES MELITO NO NORDESTE ENTRE OS ANOS DE 2004 E 2007 Sales LM1, Almeida MKC1, Cruz CG1, Guimarães MA1, Moraes FL1, Marques PO1 1 Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Campina Grande, PB, Brasil Introdução: A importância do diabetes melito (DM) tem aumentado conforme estudos apontam para uma crescente prevalência associada a um incremento na taxa de mortalidade em todo o mundo. Trata-se de uma das mais incidentes morbidades crônicas que afetam a humanidade, acometendo indistintamente as diferentes classes econômicas em países nos seus mais diversos graus de desenvolvimento. Pertence, em termos de número de pessoas afetadas, ao grupo dos quatro maiores problemas de saúde nacionais, sendo seu controle um dos maiores desafios dos profissionais de saúde na atualidade. Objetivos: Avaliar os aspectos epidemiológicos associados à mortalidade por DM no Nordeste, com ênfase nos anos de 2004 a 2007. Métodos: Os dados analisados foram coletados a partir das informações provenientes das declarações de óbito que compõem o Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), disponibilizados no portal do DATASUS do Ministério da Saúde. Para a seleção dos óbitos, foram utilizados os códigos E10 a E14 da Classificação Internacional de Doenças Décima Revisão (CID 10), no grupo “Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas”. Resultados: O incremento da taxa bruta anual de mortalidade por DM no Nordeste entre os anos estudados foi em média 10,2%, com mínimo de 7,2% entre os anos de 2006 e 2007 e máximo de 13,7% entre os anos de 2005 e 2006, alcançando cerca de 29 óbitos por 100.000 habitantes no último ano analisado. Na análise etária, as maiores taxas de mortalidade por diabetes se concentravam na faixa que ia dos 60 aos 69 anos, sendo seguida pela faixa etária que vai dos 70 aos 79 anos. Entre a mortalidade por DM dos indivíduos com idade entre 30 e 80 anos ou mais, o sexo feminino representou maior parte dos indivíduos acometidos, representando em média 58% do total. Conclusão: Os resultados encontrados apontam para a necessidade de implantação de estratégias que visem à redução da morbimortalidade por DM, contribuindo, assim, para a redução dos elevados custos econômicos e sociais atribuídos a tal patologia. Portanto, os programas de atenção básica ao paciente diabético devem ser enfatizados em toda a população já a partir dos 30 anos, de modo a diagnosticar e controlar precocemente a doença e, consequentemente, permitir maior sobrevida e melhor qualidade de vida para os diabéticos. P081 ASSOCIAÇÃO ENTRE PESO AO NASCIMENTO E RESISTÊNCIA À INSULINA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES OBESOS E COM SOBREPESO Amorim SD1, Santiago JS1, Leal AAF1, Werner RPB1, Albuquerque FCL2, Ramos ALC1, Cardoso AS3, Ramos AT3, Medeiros CCM3 1 Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). 2 Médica Pediatra. 3 Núcleo de Estudos e Pesquisas Epidemiológicas, UEPB, Campina Grande, PB, Brasil Introdução: Pesquisas têm associado o peso ao nascer com a obesidade e algumas patologias típicas da idade adulta. Essa associação apresenta a forma de “U”, ou seja, os extremos de peso ao nascer parecem interferir no estado nutricional futuro desses indivíduos, predispondo-os a efeitos deletérios em longo prazo, como obesidade e resistência à insulina. Considerando que o sobrepeso e a obesidade infantil e juvenil são considerados um problema de saúde pública significativo, objetiva-se com esse estudo verificar a ligação do peso ao nascimento de crianças e adolescentes inseridos nessa problemática com a resistência à insulina. Metodologia: O estudo, com caráter transversal e abordagem quantitativa, foi realizado no período de agosto de 2009 a fevereiro de 2010. A amostra foi composta por 163 crianças e adolescentes entre 2 e 18 anos. A coleta de dados foi realizada por meio de questionário, avaliação clínica, medidas antropométricas e análise laboratorial: dosagem da glicemia de jejum, insulinemia de jejum para cálculo da resistência à insulina (Homeostasis Model Assessment – HOMA). A avaliação do estado nutricional baseou-se nos dados do CDC, 2002. Considerou-se sobrepeso IMC entre o percentil 85 e 94,9 e obesidade percentil ≥ 95. Foi realizado um estudo descritivo para caracterização da população estudada. Para análise da associação entre baixo peso ao nascer e resistência insulínica, o peso foi dividido em dois grupos (grupo 1 – baixo peso e 2 – macrossômico e normal) e foi utilizado o teste de Fisher, considerado um intervalo de confiança de 95%. Para análise estatística foi utilizado o programa SPSS 17.0. Resultados: Foram avaliados 163 pacientes com idade entre 2 e 18 anos, sendo mais prevalente essa problemática no gênero masculino, contemplando 64,4% da amostra na faixa etária entre 10-18 anos, o que correspondeu a 63,2%. A ocorrência de sobrepeso foi observada em 15,3% e de obesidade em 84,7%. A análise do peso ao nascimento foi realizada em 146 crianças e adolescentes, pois 17 pacientes não souberam informar o peso ao nascimento. A prevalência de baixo peso foi de 4,1% e de macrossomia, de 16,4%. Conclusão: Indivíduos que possuem baixo peso ao nascer apresentaram maior suscetibilidade ao desenvolvimento de resistência à insulina, condição que, associada ao sobrepeso ou obesidade, torna esses indivíduos mais propensos a diabetes e doenças cardiovasculares. Daí, a importância da avaliação das condições clínicas para que a correção desses fatores possa ser aplicada e a prevenção seja realmente efetivada. S279 TEMAS LIVRES P082 AVALIAÇÃO DA ADESÃO TERAPÊUTICA NOS PORTADORES DE DIABETES MELITO ATENDIDOS NA REDE PRIMÁRIA DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE FORTALEZA Araújo ST1, Penaforte KL1, Santos DMC1, Fernandes VO1, Aragão ML1, Sales APAM1, Quidute ARP1, Montenegro APDR1, Montenegro RM1, Carvalho SL1, Montenegro Jr RM1 Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza, CE, Brasil 1 A dificuldade de adaptação da pessoa diabética ao tratamento prescrito é ainda o maior obstáculo para o controle de sua doença e prevenção das complicações agudas e crônicas. Por muitas razões, os pacientes com diabetes não tomam todos os medicamentos prescritos. Ajudar a melhorar a adesão dos pacientes é um passo essencial no manejo do diabetes, sendo o cuidado com uma assistência individualizada importante antes de iniciar ou ajustar um plano de tratamento. Muitos são os elementos que tornam a questão da adesão ao tratamento motivo de estudo entre os pesquisadores, desde sua definição até as formas de lidar com ela. Vários estudos focalizam em estratégias para melhorar a adesão aos medicamentos, em mudanças de comportamento de promoção à saúde e em teorias sobre os motivos apresentados por algumas pessoas para justificar certos tipos de comportamento. Este estudo teve como objetivo avaliar a adesão terapêutica dos portadores de diabetes melito atendidos na rede primária de saúde no município de Fortaleza. Trata-se de um estudo transversal, descritivo com abordagem quantitativa. Foram entrevistados 46 pacientes em atendimento no serviço de atenção básica, de março a abril de 2010. Utilizou-se como técnica a entrevista estruturada. Dos 46 pacientes, 63% eram do sexo feminino, predominando pacientes acima dos 50 anos (59%). Destes, 20% eram não alfabetizados, 23% tinham ensino fundamental incompleto e somente 15% tinham ensino médio completo. A renda familiar média encontrava-se entre 1 e 3 salários mínimos (71%). Quanto ao tratamento, 58% dos pacientes estavam em terapia com múltiplos fármacos. Dentre as barreiras encontradas para atingir as metas do tratamento, destacam-se o número de comprimidos ao dia (19%), efeitos colaterais (16%), múltiplos ou complexos esquemas de tratamento (14%), custo do tratamento (12%) e falta de medicamentos no posto (10%). Apenas 13% realizavam automonitoramento glicêmico e 78% relataram bom entendimento das prescrições medicamentosas. Observa-se que são muitas as variáveis que podem influenciar na adesão ao tratamento e não há consenso acerca de qual tem maior influência. Diante de tais fatores, podem-se perceber a variedade e a complexidade de elementos que contribuem para que a pessoa com uma condição crônica de saúde, como o diabetes, apresente dificuldades para a adesão ao regime terapêutico e alcance das metas do tratamento, devendo ser esta, portanto, uma preocupação constante para os profissionais de saúde. P083 AVALIAÇÃO DA OCORRÊNCIA DE DISLIPIDEMIA EM UMA AMOSTRA NÃO PROBABILÍSTICA ABORDADA DURANTE CAMPANHA DO DIA MUNDIAL DE COMBATE AO FUMO Góis LCP1,Almeida MKC1, Sales LM1, Cruz CG1, Silva GF1, Guimarães MA1, Moraes FL1, Araújo IG2 1 Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).2 Unidade Acadêmica de Medicina, UFCG, Campina Grande, PB, Brasil Introdução: Hiperlipidemia ou dislipidemia é um estado modificável extremamente comum na população geral, sendo considerado importante fator de risco para doenças cardiovasculares, por causa do papel relevante que as partículas de colesterol exercem para a formação da placa ateromatosa. No Brasil, poucos estudos epidemiológicos abrangentes se propuseram a traçar o perfil S280 epidemiológico dos indivíduos com dislipidemia, sendo necessários estudos que enfoquem tal temática. Objetivos: Avaliar a prevalência da dislipidemia e fatores associados em uma amostra não probabilística abordada em uma campanha do dia mundial de combate ao fumo em Campina Grande/PB. Métodos: Casuística não probabilística de 109 indivíduos que participaram de um estudo descritivo de corte transversal intitulado: “Perfil clínico-epidemiológico da população tabagista abordada durante campanha de combate ao fumo na Cidade de Campina Grande - PB: Estudo Transversal”, realizado sob parecer favorável do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual da Paraíba (CEPUEPB). A coleta de dados foi feita utilizando questionário semiestruturado anônimo aplicado após aceitação e assinatura de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os dados foram digitados e submetidos à análise estatística no programa EPI-INFO 3.5.1. Resultados: Dentre os indivíduos estudados, 29,4% (32/109) eram do sexo feminino e 70,6% (77/109) do sexo masculino. Entre os quais a prevalência de dislipidemia foi de aproximadamente 12%. A maioria (53,8%) era do sexo masculino e a faixa etária que compreendia um maior contingente populacional era aquela situada entre os 40 e 49 anos (54%). Quanto aos hábitos de vida, 30,7% eram tabagistas e 76,9% eram sedentários. Um total de 23,1% estava com níveis pressóricos superiores ao limite aceitável (140 x 90 mmHg). Conclusão: Os resultados do estudo apresentado alerta para a necessidade de os profissionais de saúde estimularem a mudanças no estilo de vida, fato que contribui expressivamente para se chegar aos níveis lipídicos recomendados, sendo fundamentais a identificação e o controle rotineiro dos fatores de risco associados à doença cardiovascular, uma das mais importantes causas de morte no mundo. P084 AVALIAÇÃO DO IMPACTO DO TRATAMENTO COM SITAGLIPTINA SOBRE POTENCIAIS EVOCADOS SOMATOSSENSITIVOS E CONTROLE METABÓLICO EM PORTADORES DE DIABETES MELITO TIPO 2 Tagliapietra JI1, Montenegro Jr RM1, Fernandes VO1, Vale OC1, Jamacaru FVF1, Souza MHLP1, Montenegro RM1, Mota MV1, Moraes MO1, Moraes MEA1 Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza, CE, Brasil 1 Introdução: Neuropatia diabética (ND) é o termo que descreve uma alteração demonstrável clinicamente ou por métodos diagnósticos que ocorre em pacientes portadores de diabetes melito (DM) sem outras causas de neuropatia. As desordens neuropáticas incluem manifestações somáticas e/ou do sistema nervoso autonômico. A ND é subclínica quando consiste na evidência de disfunção de nervos, tal como condução nervosa sensorial ou motora diminuída ou limiar sensorial elevado, na ausência de sinais clínicos e sintomas de ND. As neuropatias sensitivas são, de longe, as formas mais comuns de neuropatias diabéticas e provocam diminuição da velocidade de condução nervosa. As deficiências de condução do sistema nervoso central em diabéticos podem ser bem detectadas pelo estudo dos potenciais evocados somatossensitivos (PESS), que são muito sensíveis a condições subclínicas O papel dos PESS no diagnóstico de doenças neurológicas é identificar, ou localizar, uma ou mais lesões nas vias somatossensitivas, mesmo antes do aparecimento de alterações clínicas, além de estarem direta ou indiretamente relacionados com alterações do controle glicêmico. Dessa forma, objetivou-se avaliar o efeito do controle metabólico nos resultados de exames de PESS em portadores de DM 2 antes e após o tratamento com sitagliptina. Material e métodos: Trata-se de um estudo do tipo intervencionista, prospectivo e aberto realizado em portadores de DM 2 assintomáticos, recentemente diag- TEMAS LIVRES nosticados (menos de seis meses), que realizaram avaliação física, metabólica de jejum e após um estímulo alimentar de 566 kcal, em que foram feitas coletas seriadas durante três horas para dosagem de glicose, insulina, glucagon, GLP1 ativo e GIP total, além do PESS. Após essas avaliações, os pacientes receberam sitagliptina 100 mg/dia por três meses, com realização do mesmo protocolo após esse período. Resultados: Dos 20 pacientes avaliados, mais de 60% encontravam-se na faixa etária de 41 a 60 anos (53,24 + 9,43 anos), não havendo diferença significativa de idade entre os sexos (P = 0,356). Desses, 68,29% eram mulheres. Em relação à pressão arterial, 51,22% dos voluntários eram hipertensos e 100% obesos. Após o tratamento, observou-se a melhora dos índices antropométricos, de todos os parâmetros laboratoriais com ênfase na glicose em jejum (pré: 174,43 ± 67,18 e pós: 129,07 ± 29,19 mg/ dL) e A1C (pré: 8,76 ± 2,68 e pós: 6,64 ± 1,11%), todos com P < 0,0001 e, ainda, aumento da concentração da AUC de GLP1 ativo (P = 0,003) e diminuição da AUC de GIP total (P = 0,001), bem como diminuição das latências N9D (P < 0,0001), N13E (P = 0,036), N20D (P = 0,028) e dos tempos de condução central N13N9E (P = 0,045), N20-N13D (0,044), além de correlações com significância estatística entre parâmetros bioquímicos e eletroneurofisiológicos. Conclusão: Observou-se melhora clínica, metabólica e nas vias de condução do impulso nervoso somatossensitivo dos pacientes tratados com sitagliptina. P086 CARCINOMA MISTO DE TIREOIDE: RELATO DE DOIS CASOS Torres MRS1, Ramos AJS1, Rocha AM1, Nóbrega MP1, Lucena RMB1, Costa GJF¹, Bernardes LP¹, Brito FLM1 ¹ Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Campina Grande, PB, Brasil Introdução: O câncer de tireoide responde por 1% das neoplasias em adultos, sendo a neoplasia maligna mais comum do sistema endócrino. Os tipos mais comuns são o carcinoma papilífero e folicular, que juntos correspondem a cerca de 90% dos cânceres da tireoide. Destes, o papilífero é o mais comum (80%), com bom prognóstico e crescimento lento, diferente do carcinoma folicular, que geralmente se encontra em estágio mais avançado no momento do diagnóstico. A ocorrência simultânea de diferentes tipos de carcinoma da tireoide em um único paciente é um evento incomum, entretanto a presença de múltiplos focos não afeta o prognóstico e a sobrevida dos pacientes. Objetivos: Relatar dois casos de ocorrência simultânea de dois tipos histológicos de carcinoma de tireoide em um mesmo paciente. Material e métodos: Dados obtidos do prontuário dos pacientes. Resultados: Paciente de 26 anos, sexo feminino, com história prévia de lobectomia esquerda por nódulo benigno há oito anos, apresentou recorrência da doença nodular e foi submetida à tireoidectomia total. O exame histopatológico mostrou um carcinoma papilífero variante folicular de 4 cm, encapsulado, e um carcinoma papilífero tipo clássico de 0,6 cm, não encapsulado, em um mesmo lobo (direito). Outra paciente, também do sexo feminino, de 45 anos, portadora de tireoidite de Hashimoto, foi submetida à tireoidectomia parcial por lesão folicular à PAAF, em nódulo de 1,1 cm no lobo direito. O exame histopatológico evidenciou carcinoma folicular, não encapsulado e restrito ao leito tireoidiano. A conduta estabelecida foi totalizar a cirurgia, e o novo histopatológico mostrou um carcinoma papilífero, forma clássica, encapsulado, no lobo esquerdo. As pacientes submeteram-se à radioablação com I131 na dose de 150 mCi e seguem em acompanhamento com terapia supressiva com L-T4. Conclusão: Casos de carcinomas de tireoide de diferentes tipos histológicos em um mesmo paciente são raros, e a maioria é de carcinomas mistos medulares-foliculares. A ocorrência simultânea de carcinomas papilíferos e foliculares é ainda mais rara, com poucos casos relatados na literatura. P087 COLECISTECTOMIA NOS PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA BARIÁTRICA NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ NO PERÍODO DE 2006 A 2009 Montarroyos D, Almeida N, Novaes M, Cavalcanti P, Fernandez F, Evangelista Neto J, França W, Moura F, Burle C, Lamour S, Almeida R, Novaes F Introdução: Segundo estudos da Sociedade Americana para Cirurgia Bariátrica, de 25% a 45% dos obesos mórbidos desenvolvem colecistopatia, quadro esse já tido como um problema clínico usual¹. Tal problema, na obesidade, possivelmente é influenciado pela massa gordurosa corporal total e sua distribuição regional mediante sua associação com a intolerância à glicose. A melhor forma de obter o diagnóstico de coledocolitíase é o exame ultrassonográfico, contudo a precisão do exame fica comprometida ao se tratar de um paciente com grande massa corpórea, sendo assim, grande parte dos casos são descobertos quando o paciente se submete a uma exposição da cavidade abdominal, como na gastroplastia¹. Mesmo depois de realizada a cirurgia bariátrica, a rápida taxa de perda de peso é um importante fator desencadeante das coledocopatias, uma vez que há o aumento da saturação do colesterol biliar3,4, que, junto com a diminuição da motilidade da vesícula biliar, é tido como fator de predisposição aos cálculos biliares. Daí, vem o seguinte questionamento: Por que não fazer a colecistectomia no mesmo ato da cirurgia bariátrica? Objetivos: Conhecer e analisar o número de pacientes que necessitam de colecistectomia, intervenção cirúrgica para retirada da vesícula biliar decorrente de alteração do funcionamento dela, na grande maioria das vezes decorrente de cálculos cristalinos, após a realização de gastroplastia no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), no período de 2006 a 2009. Metodologia: Estudo retrospectivo baseado nos prontuários, tanto de internamento quanto de ambulatório, de 624 pacientes portadores de obesidade mórbida ou IMC > 35 kg/m², com duas ou mais comorbidades, refratárias a pelo menos três tratamentos clínicos num intervalo de dois anos, submetidos à gastroplastia redutora tipo “Capella”, assim como 285 pacientes que sofreram colecistectomia no Hospital Universitário Osvaldo Cruz (HUOC), no período de 2006 a 2009. Resultados: Após análise dos prontuários foram encontrados 25 pacientes que necessitaram de intervenção cirúrgica para correção de uma coledocopatia de um total de 624 pacientes submetidos à cirurgia bariátrica. Em porcentagem, significa que 4,0064% dos pacientes retornaram ao serviço em uma faixa de tempo relativamente curta, em média dois anos, para a realização de outro procedimento cirúrgico. Desses 25 casos, 20 são mulheres, ou seja, 80%, enquanto os homens resumem-se a 20% desses pacientes. Conclusão: Segundo a literatura, aproximadamente 10% dos pacientes obesos que realizam a gastroplastia necessitam de outro procedimento para retirada da vesícula com no mínimo dois anos de operado. Assim, este estudo vem consolidar a literatura tendo um índice bem abaixo dos 10% propostos, apenas 4,0064%, e confirmar a escolha de não fazer a colecistectomia no ato cirúrgico, uma vez que não tenha indicação para sua retirada, ou seja, fazê-la de forma preventiva. Referências. 1. Garrido Jr AB. Cirurgia da obesidade. 2. Hendel HW, Hojgaard L, Pedersen BH, Paloheimo LI, Rehfeld JF, Gotfredsen A, Rasmussen MH. Fasting ball bladder volume and lithogenicity in relation to glucose tolerance, total and intraabdominal fat masses in obese subjects. 1998;22(4):294-302. 3. Erlinger S. Gallstone in obesity and weight loss. 4. Wudel LJ, Wrigth LK, Debelak JP, Allos TM, Shyr Y, Chapman WC. Prevention of gallstone formation in morbidly obese patients undergoing rapid weight loss: results of a randomized controlled pilot study. S281 TEMAS LIVRES P088 COMPARAÇÃO ENTRE OBESOS DIABÉTICOS (OD) E OBESOS NÃO DIABÉTICOS (OND) QUANTO AO IMC E À CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL, ASSISTIDOS NO AMBULATÓRIO DO SERVIÇO DE SOBREPESO E OBESIDADE DO INSTITUTO DE SAÚDE ELPÍDIO DE ALMEIDA (ISEA), NA CIDADE DE CAMPINA GRANDE – PARAÍBA Fernandes IC¹, Barbosa PEA¹, Barbosa ACN¹, Costa ID¹, Lacerda SG¹, Souza TAO¹, Ferreira MFL1 Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande (FCM-CG), Campina Grande, PB, Brasil 1 Introdução: O diabetes melito (DM) é uma doença caracterizada por hiperglicemia crônica, com perturbações do metabolismo dos carboidratos, gorduras e proteínas, resultantes de um defeito ou mesmo na ação da insulina, ou ambas. A coexistência de DM e obesidade eleva o risco cardiovascular. No Brasil, o DM tipo 2 tem prevalência estimada em torno de 7%, mas apresenta aumento considerável em todo o mundo. O risco de pacientes obesos desenvolverem DM aumenta em 50% quando o índice de massa corporal (IMC) está entre 33 e 35 kg/m2. O presente trabalho tem como objetivo avaliar se existem diferenças em relação aos OD e OND no sentido de estratificação do IMC e na medida de circunferência abdominal. Material e métodos: Trata-se de um estudo observacional com análise prospectiva, realizado por um período de um ano, abril de 2009 a abril de 2010. O trabalho foi desenvolvido em um serviço de sobrepeso e obesidade na cidade de Campina Grande – PB. Como critério de inclusão, os pacientes deveriam apresentar índice de massa corpórea (IMC) ≥ 25 kg/m2. A coleta dos dados foi realizada mediante preenchimento de ficha clínica padrão do serviço. As variáveis analisadas foram idade, sexo, DM previamente diagnosticada, IMC e medida da circunferência abdominal. O tratamento estatístico foi feito com o Statistical Package for the Social Science (SPSS) versão 17.0 para Windows. Resultados: Fizeram parte da pesquisa 247 pacientes, sendo 28 (11,3%) masculinos e 219 (88,7%) femininos. A média de idade foi de 37,6. Pelo menos 14 (5,7%) desses eram OD. Nos obesos classe I, não houve diferença entre os percentuais de OD e OND, 5 (35,7%) e 85 (36,5%), respectivamente. Já nos obesos classe III, existiu diferença significativa entre os percentuais de OD, igual a 6 (42,9%), e OND perfazendo 53 (22,7%), fato que não foi presenciado nos demais do grupo, com sobrepeso e nos obesos classe I. Em relação à circunferência abdominal, as médias e os desvios-padrão (DP) encontrados entre os OD e OND foram, nessa ordem, 117,79, DP 11,35 e 110,97, DP 15,2. Conclusão: Observase que com o aumento do IMC houve diferença pouco significativa no que diz respeito aos percentuais de OD e OND, enquanto, para a medida da cintura, os OD têm valores maiores em relação aos OND. P089 DETERMINANTES DE RISCO CARDIOVASCULAR EM FREQUENTADORES DE UM PARQUE NA CIDADE DE CAMPINA GRANDE Bruno ELA1, Couto JP1, Teixeira JVM1, Andrade JSO1, Magalhães LB1, Sá RMN1 Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande, Campina Grande (FCM-CG), Campina Grande, PB, Brasil 1 Introdução: De acordo com Serrano & Carlos (2009), “as Doenças Cardiovasculares (DCV) são responsáveis por 16,7 milhões de mortes ao ano. Projeções referentes ao ano de 2020 indicam sua permanência como a primeira causa de morte mundial e uma elevação no número de óbitos para cerca de 35 milhões, dos quais 80%-90% dos casos ocorreram nos países de baixa e média renda”. Conforme dados do Ministério da Saúde (2004), “em todos os estados brasileiros, considerando-se o conjunto de todas as faixas etárias, as doenças S282 cardiocirculatórias foram responsáveis, em 2005, por 283.927 óbitos, dos quais 90.006 foram por DCV”. Conforme se observou, o número de pacientes acometidos por DCV cresce progressivamente em todo o mundo, em razão de uma maior sobrevida após o tratamento dos quadros isquêmicos agudos e do maior número de diagnósticos realizados, bem como em razão da prevalência de fatores de risco, os quais foram avaliados nessa referida pesquisa. Material e métodos: Realizou-se um estudo epidemiológico, observacional, com frequentadores de um parque em Campina Grande, com idade entre 45 e 78 anos, selecionados por meio de uma amostra não probabilística. A análise estatística foi feita mediante cálculo das medidas antropométricas em condições padrões associadas às informações sobre a presença ou não dos fatores de risco clássicos para desenvolvimento de DCV colhidos por meio da aplicação de um questionário estruturado. Resultados: Fizeram parte da amostra 256 participantes, dos quais 73,81% pertenciam ao sexo feminino. As prevalências dos fatores de risco para DCV encontrados foram: (1) sedentarismo 18,25%; (2) sobrepeso 44,44%; (3) obesidade 23,8%; (4) diabetes melito 14,28%; (5) hipertensão arterial sistêmica 34,92%; (6) dislipidemia 20,63%; (7) tabagismo 10,31%; (8) etilismo 7,14%; (9) circunferência abdominal (CA) 89,33 cm; (10) relação cintura-quadril (RCQ) 0,86. Conclusão: Muito se tem evoluído em relação ao diagnóstico e tratamento das DCV, porém ainda continuam sendo as principais causas de incapacidade e morte mundial. Quando se leva em consideração a população estudada, percebe-se que os dados obtidos indicam a necessidade de um maior cuidado em avaliar a saúde dos frequentadores de parques, sugerindo, assim, que os parques da cidade tenham um setor de avaliação e orientação à prática de atividades físicas, uma vez que ambientes coletivos podem ser especialmente adequados para a elaboração e a implantação das ações em saúde. P090 Diabetes melitO tipo 2 e obesidade grau I: Avaliação do controle glicêmico de acordo com o tempo de seguimento pós-cirúrgico em pacientes submetidos À Gastroplastia redutora com reconstituição em Y de Roux Lins DC1, Pedrosa IA1, Lins DC1, Campos JM2, Sa VC2, Chalegre KPA1, Durão SF1 1 Universidade de Pernambuco (UPE). 2 Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife, PE, Brasil Objetivo: O objetivo do presente estudo foi avaliar o controle glicêmico em pacientes com diabetes melito tipo 2 e obesidade grau I submetidos à cirurgia de bypass gástrico, de acordo com o tempo de seguimento pós-cirúrgico. Material e método: Foram analisados, de maneira retrospectiva, 27 pacientes de um total de 1.139 operados no período de 2002 a 2008. Os critérios de inclusão foram: 1. pacientes submetidos ao bypass gástrico em Y de Roux proximal; 2. portadores de diabetes melito tipo 2 segundo critérios da ADA; 3. pacientes que tinham no pré-operatório o IMC entre 30 e 35 kg/ m2. Para avaliar o controle glicêmico, a amostra foi dividida em três grupos, de acordo com o tempo de seguimento: grupo I – operados até de 12 meses (n = 14); grupo II – operados há mais de 12 meses (n = 13); grupo III – operados há mais de 24 meses (n = 07). Resultados: 1. No grupo I, controle glicêmico foi alcançado em 78,6% (n = 11) sem uso de medicação e em 93% (n = 13) com uso de medicação. Nos pacientes operados do grupo II, a glicemia de jejum média foi de 90 mg/dL e a Hba1c em 6,1%, havendo diminuição em 50% e 27,6%, respectivamente. Nove pacientes (69%) não necessitaram de medicação hipoglicemiante, estando com a glicemia controlada, e 6 (46%) pacientes apresentaram remissão da DM tipo 2, sendo os resultados semelhantes ao do grupo I. Os pacientes do grupo III não apresentaram alterações significativas no controle glicêmico compa- TEMAS LIVRES rado aos pacientes dos outros grupos, ficando a média da glicemia de jejum em 97 mg/dL e de Hba1c em 6,3%. Conclusão: O controle glicêmico foi alcançado desde o primeiro ano, não havendo diferença significativa quanto à remissão e ao controle glicêmico entre o grupo de pacientes operados há mais de dois anos e os que foram num período menor que esse. P091 BALÕES GÁSTRICOS EM OBESOS – UMA TÉCNICA MAIS SEGURA, RÁPIDA E ECONÔMICA PARA OS PROCEDIMENTOS DE COLOCAÇÃO E REMOÇÃO Vilaça TG1, Carvalho GL1, Novaes ML1, Moura FF1, Rocha FG1, Cruz CRC1, Lima DL1, Chaves EFC1 1 Faculdade de Ciências Médicas, Universidade de Pernambuco (FCM/UPE). Unidade de Pesquisa Clínica (Unipeclin), Hospital Universitário Oswaldo Cruz e Clínica Cirúrgica Videolaparoscópica Gustavo Carvalho, Recife, PE, Brasil Introdução: Embora a cirurgia bariátrica seja a mais rápida e mais eficaz forma de perder e controlar o peso, pacientes com sobrepeso que querem controlar o peso não são elegíveis para esse procedimento. Objetivos: Avaliar o uso do balão gástrico em pacientes obesos sob aspectos de segurança, economia, perda de peso e praticidade. Material e métodos: Entre junho de 2006 e abril de 2010, 160 pacientes obesos (118 mulheres com média ponderal de 94.47 kg; ± 21.9) realizaram tratamento para obesidade usando 176 balões intragástricos de silicone (BIS). Todos os BIS foram não só inseridos como removidos por meio de endoscopia ambulatorial, sob sedação usual. A anestesia geral não foi necessária, diminuindo custos e riscos. Para esse propósito, um novo BIS foi desenvolvido (Silimed®). A colocação foi realizada pela fixação dos BIS a uma alça de polipectomia, inserindo-os sob visão direta. Os BIS foram liberados no fundo do estômago e preenchidos com uma solução de soro fisiológico, contraste iodado e azul de metileno (470-850 ml). A remoção foi realizada por um posicionamento de um duplo “overtube” no esôfago do paciente. Fez-se um orifício no BIS com uma agulha ou endotesoura e inseriu-se um cateter. O conteúdo total do balão foi completamente aspirado. Para retirar o BIS vazio, usou-se uma alça de polipectomia ou pinça duplo gancho. O BIS foi parcialmente inserido no “overtube” e ambos removidos em conjunto. Resultados: Todos os 176 balões foram colocados satisfatoriamente. Dos 176 balões, 118 foram retirados – 11 por causa de intolerância, 6 por perfuração do balão e 101 ao fim dos seis meses de tratamento. Todos os pacientes deixaram o consultório com menos de uma hora dos procedimentos de colocação ou retirada, satisfeitos com o procedimento e a sedação. No dia seguinte após a colocação do BIS, 8 pacientes precisaram ser internados por 12-48 horas para controlar náusea e vômitos. Seis balões foram eliminados espontaneamente e assintomaticamente. A média de perda ponderal entre os 101 pacientes que terminaram os seis meses de tratamento foi de 13,7 (± 5.8) kg, e a média de perda de peso excessivo (PPE%) foi de 62,7 (± 68.5) %. Conclusão: A utilização dessa técnica aperfeiçoou a colocação e a remoção do balão gástrico, tornando-as mais rápidas, seguras e com custos reduzidos. P092 BALÕES INTRAGÁSTRICOS SÃO EFETIVOS PARA CONTROLE DE PESO EM PACIENTES NÃO OBESOS Rocha RG, Carvalho GL, Moraes CE, Barros CB, Vilaça TG, Albuquerque PPC, Silva JSN, Fernandes Jr JAM Faculdade de Ciências Médicas (FCM), Universidade de Pernambuco (UPE), Clínica Cirúrgica Videolaparoscópica Gustavo Carvalho, Recife, PE. Gastrocor, Rio de Janeiro, RJ, Brasil Introdução: Muitos tratamentos clínicos têm sido tentados para redução de peso em pacientes com sobrepeso (IMC < 30), muito comumente tratados com Orlistat®, sibutramina e mais recentemente com Rimonabant®, todos apresentando efeitos colaterais gastrointestinais, circulatórios, metabólicos ou psicológicos, os quais são algumas vezes severos. Ensaios clínicos recentes usando balões intragástricos de silicone (BIS) em pacientes com sobrepeso têm provado a utilização segura de BIS nesses pacientes. No entanto, não há relato de publicação de tratamento com BIS nos grupos de pacientes com sobrepeso. Objetivos: Apresentar os resultados do tratamento com BIS em pacientes com sobrepeso. Métodos: De junho de 2006 a abril de 2010, 401 pacientes foram submetidos ao tratamento com o balão intragástrico da Silimed® em dos centros diferentes. Desses, 43 foram selecionados para esse estudo apresentando IMC < 30. Resultados: Os balões foram inseridos e removidos por meio de endoscopia ambulatorial, segura e efetiva em todos os casos. Anestesia geral não foi necessária. Todos os pacientes deixaram o consultório em menos de uma hora. A média de idade dos pacientes foi de 35 (15-55) anos, pesos iniciais e IMC foram de 74.81 ± 9.9 (58.0100.2) kg e 28.2 ± 1.6 (22.8-29.9) kg/m². Para os 24 pacientes que completaram os seis meses de tratamento, os resultados em perda de peso e IMC final foram de 9.68 ± 4.2 (19.7-0.4) kg e 24.65 ± 1.7 (21.9-27.8) kg/m². Cinco pacientes (11,6%) tiveram episódios de vômitos severos e optaram por parar o tratamento. Um paciente (2,3%) teve perda de peso insuficiente. Trinta e quatro pacientes tiveram náusea no primeiro dia do tratamento. Um balão teve rompimento espontâneo durante o tratamento e foi removido por endoscopia ambulatorial. Conclusões: Os dados preliminares sugerem que o procedimento do balão gástrico é uma alternativa segura e eficaz para o tratamento médico de controle de peso em pacientes não obesos com indicação apropriada de uso. P093 EFEITO DA SITAGLIPTINA SOBRE AS ALTERAÇÕES VISUAIS DIAGNOSTICADAS POR POTENCIAL EVOCADO VISUAL NO DIABETES MELITO TIPO 2 Tagliapietra JI1, Montenegro Jr RM1, Fernandes VO1, Vale OC1, Jamacaru FVF1, Souza MHLP1, Montenegro RM1, Mota MV1, Moraes MO1, Moraes MEA1 Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza, CE, Brasil 1 Introdução: No diabetes melito (DM), a deficiência visual parece resultar tanto da doença vascular como de anormalidades metabólicas. Dessa forma, o acometimento visual não se restringe apenas à retina, mas pode comprometer o nervo óptico e o trajeto visual, como na neuropatia óptica isquêmica. Os potencias evocados visuais (PEV) são capazes de detectar patologias envolvendo as vias ópticas e córtex visual e, por isso, podem ser usados como método de diagnóstico complementar tanto da retinopatia diabética subclínica como na avaliação das demais vias de condução nervosa visual, além de poderem estar direta ou indiretamente relacionados com alterações do controle glicêmico. Dessa forma, objetivou-se avaliar o efeito do controle metabólico nos resultados de exames de PEV em portadores de DM 2 antes e após o tratamento com sitagliptina. Material e métodos: Trata-se de um estudo do tipo intervencionista, prospectivo e aberto, realizado com portadores de DM 2 assintomáticos, recentemente diagnosticados (menos de seis meses), que realizaram avaliação física, metabólica de jejum e após um estímulo alimentar de 566 kcal, em que foram feitas coletas seriadas durante três horas para dosagem de glicose, insulina, glucagon, GLP1 ativo e GIP total, além do PEV. Após essas avaliações, os pacientes receberam sitagliptina 100 mg/dia por três meses, com realização do mesmo protocolo após esse período. Resultados: Dos 20 pacientes avaliados, mais de 60% encontravam-se na faixa etária de 41 a 60 anos (53,24 ± 9,43 anos), não havendo diferença significativa de S283 TEMAS LIVRES idade entre os sexos (P = 0,356). Desses, 68,29% eram mulheres. Em relação à pressão arterial, 51,22% dos voluntários eram hipertensos e 100% obesos. Após o tratamento, observou-se a melhora dos índices antropométricos, de todos os parâmetros laboratoriais com ênfase na glicose em jejum (pré: 174,43 ± 67,18 e pós: 129,07 ± 29,19 mg/dL) e A1C (pré: 8,76 ± 2,68 e pós: 6,64 ± 1,11%), todos com P < 0,0001, e, ainda, aumento da concentração da AUC de GLP1 ativo (P = 0,003) e diminuição da AUC de GIP total (P = 0,001). Pôde-se verificar que houve alterações nas latências dos PEV no início do estudo, quando comparado aos valores de referência do laboratório. Comparando os exames realizados no pré-tratamento com os exames realizados no pós-tratamento, verificou-se diminuição das latências de N75, P100 e N120 no final do estudo, além de correlações com significância estatística entre parâmetros bioquímicos e eletroneurofisiológicos [peptídeo C em jejum (p = 0,008), colesterol total (p = 0,045), TGO (p = 0,010), A1C (p = 0,007)]. Conclusão: Houve melhora clínica, metabólica e nas vias de condução do impulso nervoso visual dos pacientes tratados com sitagliptina. P094 EFEITO DOS ESTEROIDES ANABOLIZANTES SOBRE A FUNÇÃO TIREOIDIANA Lacerda SG1, Barbosa ACN1, Costa DA1, Fernandes IC1, Barbosa PEA1, Ferreira MFL1 Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande (FCM-CG), Campina Grande, PB, Brasil 1 Introdução: A primeira descrição sobre os esteroides anabolizantes (EA) foi em 1889, tendo sido atribuídos à testosterona os efeitos designados como androgênicos responsáveis pelo desenvolvimento do trato reprodutivo masculino e dos caracteres sexuais secundários, assim como pela manutenção da função reprodutiva e anabólica. Atualmente, nos Estados Unidos, aproximadamente 1 a 3 milhões de homens e mulheres utilizam os EA. No Brasil, observou-se uma prevalência de 11,1% de usuários de EA em Porto Alegre/RS, alertando para um grave problema também em nosso país. Sabe-se que a testosterona tem efeito estimulatório sobre a síntese e a secreção de TSH. Uma vez que existem receptores para os esteroides sexuais (ES) na tireoide, é razoável esperar efeitos diretos desses hormônios no crescimento e função da glândula. Os ES também modulam as enzimas desiodases, principalmente a D1. Objetivou-se por meio de uma revisão literária crítica alertar acerca da interferência dos EA na função tireoidiana. Material e métodos: Foram analisados artigos recentes, revistas brasileiras de endocrinologia e ensaios clínicos em língua inglesa e portuguesa relacionados ao tema, utilizando publicações do Medline, Pubmed e Scielo. Resultados: Banu e cols. demonstraram, mediante estudo em ratos, que os EA interferem na regulação da resposta proliferativa ao TSH, visto que em animais gonadectomizados essa resposta estava suprimida. Esses autores comprovaram em outro estudo que a testosterona é um potente fator mitogênico nos tireócitos em cultura, podendo ou não atuar em conjunto com o TSH. Borges e cols. demonstraram que a testosterona era essencial para manutenção dos níveis séricos de TSH, pois nos ratos castrados foi observada diminuição desse hormônio, tendo os níveis de TSH sido restabelecidos após reposição do ES masculino. Avaliando doses suprafisiológicas, Malarkey e col., estudando atletas do sexo feminino usuárias de EA, demonstraram que a média das concentrações séricas de TSH foi três vezes maior do que no grupo controle. Daly e cols. avaliaram a função tireoidea de indivíduos submetidos a tratamento com metiltestosterona durante quatro dias e nesse período foi observada diminuição nas concentrações séricas de T3 e T4 totais e TBG e aumento nos níveis séricos de T4 livre e TSH. Conclusão: A partir da revisão de estudos científicos mais recentes, S284 pode-se constatar que há interferência dos EA na função tireoidiana, principalmente quando utilizados em doses suprafisiológicas. P095 ESÔFAGO NEGRO ASSOCIADO À INFECÇÃO POR CANDIDA SP. EM PACIENTE DIABÉTICO Baião AH1, Tasso PS1, Carvalho EH1 Clínica Médica do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), Recife, PE, Brasil 1 Introdução: Relatar caso de paciente diabético com esofagite necrotizante aguda causada por Candida albicans. O esôfago negro, ou esofagite necrosante aguda, é uma condição rara, com poucos casos descritos na literatura. Geralmente está associada a pacientes críticos e com graves doenças de base. Sua exata etiologia não é identificada na maioria dos casos, porém há relato da associação com infecções por CMV, HSV, Candida albicans, Aspergillus e Actinomyces. É caracterizado por uma coloração enegrecida do esôfago na endoscopia, geralmente com lesão circunferencial, associada à necrose da mucosa do órgão. Objetivo: Descrever apresentação atípica de uma doença rara, com incidência variando entre 0,2% e 0,008%. Metodologia: Relato de caso de paciente internado no serviço de clínica médica do IMIP no período de 12/8/2009 a 24/8/2009, com apresentação de fotos endoscópicas do evento agudo. Discussão: A esofagite necrotizante aguda é uma patologia rara associada a pacientes críticos, com doenças graves como câncer, estados de baixa perfusão e instabilidade hemodinâmica, entre outros. No caso relatado o paciente apresentava-se hígido, gozando de bom estado geral. O doente em questão apresentava como comorbidade apenas diabetes melito, controlada adequadamente. A etiologia frequentemente associada é isquêmica, tendo o paciente apresentado algum grau de instabilidade hemodinâmica ou hipoperfusão. Há poucos casos descritos na literatura de onde se isola o agente causador. Conclusão: Uma breve revisão da literatura nos demonstra que a esofagite necrotizante aguda é uma condição incomum, diagnosticada geralmente nos pacientes gravemente enfermos. A evolução favorável do caso relatado é discrepante com a literatura. A associação diabetes-infecções oportunistas já é bastante estudada, porém uma candidíase esofagiana causando necrose do epitélio esofágico em paciente hígido é incomum. Bibliografia A Burtally, P Gregoire. Acute esophageal necrosis and low-flow state. Can J Gastroenterol. 2007;21(4):245-7. Haviv YS, Reinus C, Zimmerman J. Black esophagus: a rare complication of shock. Am J Gastroenterol. 1996;91:2432-4. Goldenberg SP, Wain SL, Marignani P. Acute necrotizing esophagitis. Gastroenterology. 1990;98:493-6. Khan AM, Hundal R, Ramaswamy V, Korsten M, Dhuper S. Acute esophageal necrosis and liver pathology, a rare combination. World J Gastroenterology. 2004;10:2457-8. Plaza Santos R, Froilán Torres C, Castro Carbajo P, Martín Chavarri S, Gea Rodríguez F, Suárez de Parga JM. Acute necrotizing esophagitis associated with hyperglycemic hyperosmolar ketotic coma. Gastroenterol Hepatol. TEMAS LIVRES 2009;32(4):322-3. Kim YH, Choi SY. Black esophagus with concomitant candidiasis developed after diabetic ketoacidosis. World J Gastroenterol. 2007;13(42):5662-3. Gurvits GE, Shapsis A, Lau N, Gualtieri N, Robilotti JG. Acute esophageal necrosis: a rare syndrome. J Gastroenterol. 2007;42(1):29-38. Ramos R, Mascarenhas J, Duarte P, Vicente C, Casteleiro C. Acute esophageal necrosis: a retrospective case series. Rev Esp Enferm Dig. 2008;100(9):583-5. Gaissert HA, Breuer CK, Weissburg A, Mermel L. Surgical management of necrotizing Candida esophagitis. Ann Thorac Surg. 1999;67(1):231-3. P097 ESTUDO BAROPODOMÉTRICO DE PACIENTES COM DIABETES MELITO TIPO 2 PARA A DETECÇÃO PRECOCE DO PÉ DE RISCO Castro FM1, Aragão ML1, Fernandes VO1, Santos PJS1, Souza MR1, Sales APAM1, Quidute ARP1, Montenegro APDR1, Monteiro LZ1, Montenegro RM1, Carvalho SL1, Montenegro Jr RM1 Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza, CE, Brasil 1 Diabetes melito (DM) é uma doença progressiva, atualmente aceita como epidemia mundial. O pé diabético é uma das complicações mais sérias, de alto impacto socioeconômico, caracterizado por lesões decorrentes de neuropatia, isquemia e infecção. Este estudo teve por objetivo avaliar os parâmetros baropodométricos em pacientes com DM tipo 2 (DM2), por meio de uma plataforma de força – Footwork. O estudo foi realizado entre agosto e novembro de 2007, em um hospital universitário do Nordeste. Foram avaliados 138 indivíduos com DM2, selecionados de forma sequenciada no referido ambulatório, durante o período determinado para o recrutamento do estudo, sendo 101 do sexo feminino, com idade média de 57,9 ± 10,5 anos, índice de massa corpórea médio de 29,3 ± 4,8 kg/m2, glicemia média de 180,5 ± 77,9 mg/dl. Os dados foram tabulados e analisados com o programa Statistical Package for Social Science. Os resultados mostraram que ao exame estático a média da carga plantar de antepé foi de 48,7 ± 9,1%, a de retropé, de 51,4 ± 9,1%, a do pé direito, de 49,9 ± 6,5% e a do pé esquerdo, de 50,1 ± 6,5%. A média do pico de pressão plantar do pé direito foi de 2,3 ± 0,9 kgf/cm2 e a do pé esquerdo, de 2,2 ± 0,8 kgf/cm2. Ao exame dinâmico, a média do pico de pressão plantar do pé direito foi de 2,7 ± 0,8 kgf/cm2 e a do pé esquerdo, de 2,7 ± 0,8 kgf/cm2. O estudo revelou que os pacientes avaliados estão com a carga plantar aumentada em antepé e com elevação do pico de pressão plantar ao exame estático. Não houve associação entre alteração de sensibilidade vibratória e a presença de alteração na distribuição das cargas plantares de antepé/retropé, nem entre pé direito e pé esquerdo e nem com alteração dos picos de pressão plantar estática em ambos os pés. Em conclusão, as alterações detectadas na avaliação baropodométrica parecem preceder as detectadas pelo exame neurológico convencional e inspeção do pé, sugerindo poder contribuir para a detecção precoce do pé de risco. Ressalta-se que este estudo foi o primeiro utilizando a baropodometria em população diabética no nosso meio. P098 ESTUDO DA ASSOCIAÇÃO ENTRE DISLIPIDEMIA E OBESIDADE EM UMA AMOSTRA POPULACIONAL DO INTERIOR DO NORDESTE – ESTUDO TRANSVERSAL Araújo IG1, Almeida MKC2, Sales LM2, Cruz CG2, Silva GF2, Guimarães MA2, Marques PO2, Góis LCP2 1 Unidade Acadêmica de Medicina, Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). 2 UFCG, Campina Grande, PB, Brasil Introdução: Uma série de fatores de exposição ambiental como o consumo alimentar excessivo e a inatividade física contribui de modo significativo para a elevação da adiposidade corporal, que traz con- sigo uma série de comorbidades. A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece a obesidade como uma patologia que atinge proporções epidêmicas, representando um dos maiores problemas de saúde pública. A obesidade acarreta complicações clínicas, metabólicas e sociais. Dentre as alterações relacionadas ao metabolismo lipídico, destaca-se a dislipidemia secundária à obesidade. Objetivos: Analisar a associação entre dislipidemia e obesidade em uma amostra populacional não probabilística de Campina Grande – PB. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo de corte transversal, no qual foi utilizado o banco de dados da pesquisa “Perfil clínicoepidemiológico da população tabagista abordada durante campanha de combate ao fumo na Cidade de Campina Grande - PB: Estudo Transversal”, realizado sob parecer favorável do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual da Paraíba (CEPUEPB). A coleta de dados foi feita utilizando questionário semiestruturado anônimo, aplicado após aceitação e assinatura de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os dados foram digitados e submetidos à análise estatística no programa EPI-INFO 3.5.1. Resultados: A amostra compreendeu 109 indivíduos, entre os quais 29,4% (32/109) eram do sexo feminino e 70,6% (77/109), do sexo masculino. Dentre os indivíduos abordados, cerca de 12% tinham dislipidemia, entre os quais 30,7% tinham algum grau de obesidade associado. A faixa etária encontrada estava compreendida entre 40 e 65 anos. Desses, o tabagismo estava presente em 25% e, aproximadamente, 76% eram sedentários. Conclusão: O estudo da distribuição de doenças nas populações ao longo do tempo permite apontá-las como problemas de saúde pública e projetar seu impacto no futuro. Com o estudo em questão, torna-se evidente que há uma somatização importante entre dislipidemia e obesidade, de forma que hábitos de vida como tabagismo e inatividade física agravam, consideravelmente, as chances de complicações. P099 ESTUDO DO ALEITAMENTO MATERNO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES PORTADORES DE SOBREPESO OU OBESIDADE E SUA ASSOCIAÇÃO COM OS NÍVEIS DE LEPTINA Azevedo LB1, Gonzaga NC2 , Cardoso AS2, Clementino ELC1 , Mariz LS3, Alburquerque FCL4, Cardoso MAA5, Ramos AT5, Medeiros CCM5 1 Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). 2 Projeto de Iniciação Científica (PIBIC), UEPB. 3 UEPB e Universidade de Pernambuco (UPE). 4 Instituto Elpídeo de Almeida (ISEA). 5 Núcleo de Estudos e Pesquisas Epidemiológicas (NEPE), UEPB, Campina Grande, PB, Brasil Introdução: A amamentação exclusiva nos primeiros seis meses de vida constitui prática indispensável para a saúde e o desenvolvimento da criança. Alguns estudos sugerem que o aleitamento materno proteja as crianças contra o sobrepeso e a obesidade na idade adulta. Tal hipótese pode ser explicada em virtude de um menor índice energético e proteico do leite materno quando comparado às fórmulas lácteas, além da presença de fatores, tais como a leptina que modula o metabolismo energético e o apetite. Este estudo tem por objetivo analisar a associação do excesso de peso com o aleitamento materno exclusivo por tempo mínimo de seis meses, segundo as recomendações do Ministério da Saúde (MS), e se há associação com os níveis de leptina. Materiais e métodos: Trata-se de estudo transversal realizado no período de outubro de 2008 a abril de 2009, no município de Campina Grande – PB. A amostra foi composta por 146 crianças e adolescentes obesos ou com sobrepeso, com idade entre 2 e 18 anos, atendidos no Centro de Obesidade Infantil de Campina Grande/PB. Foram realizadas a avaliação antropométrica e a aplicação de questionário para a coleta de informações sobre a amamentação exclusiva e associada a água e/ou outros alimentos. A avaliação laboratorial da leptina foi realizada em 123 pacientes. Resultados: Das 157 crianças questionadas, 11 responsáveis não souberam informar, 2 por motivo de adoção. Assim, a amostra é composta por 146 S285 TEMAS LIVRES crianças e adolescentes, sendo 60,3% do sexo feminino. Na avaliação do estado nutricional, 17,1% tinham sobrepeso, enquanto 17,8% e 65,1% foram classificados, respectivamente, nos grupos obesidade ≥ percentil 95 e < percentil 97 e obesidade ≥ percentil 97. Das 146, 88,35% (n = 129) foram amamentadas, sendo 27,39% apenas de forma exclusiva, 8,21% sempre associada a água e/ou outros alimentos e em 64,4% o aleitamento materno aconteceu por tempo exclusivo e associado. A amamentação exclusiva por tempo mínimo de seis meses foi relatada por 47 responsáveis, representando 32,2% da amostra. A tabela 1 não destaca associação do estado nutricional com a amamentação. Tabela 1. Estado nutricional de 146 crianças e adolescentes e associação com aleitamento materno. ISEA, Campina Grande/PB, 2008-2010. Variáveis Amamentação Não foram amamentados Foram amamentados Total (n = 146) Forma Amamentação Aleitamento recomendado (exclusivo até no mínimo os 6 meses de idade) Aleitamento de forma não recomendada (Não exclusiva ou exclusiva por tempo inferior a 6 meses de idade) Total (n = 146) Sobrepeso/ Obesidade percentil < 97 Total % Total % 6 45 51 35,3% 34,9% 34,9% 11 84 95 64,7% 65,1% 65,1% 0,973 35 35,4% 64 64,6% 0,877 16 34% 31 66% 51 34,9% 95 65,1% Obesidade ≥ percentil 97 p Tabela 2. Valores médios e desvio-padrão de leptina de acordo com o antecedente de amamentação, amamentação segundo as recomendações do Ministério da Saúde (MS) e o estado nutricional de 123 crianças e adolescentes com sobrepeso ou obesidade. Ambulatório de obesidade, ISEA, Campina Grande/PB, 2008-2010. Variáveis Leptina (mg/mL) p Amamentação Não (n = 16) Sim (n = 107) 24,71 (11,56) 22,94 (9,56) 0,503 Recomendação Amamentação (MS) Forma recomendada (n = 36) Forma não recomendada (n = 87) 24,34 (9,50) 22,69 (9,95) 0,399 20,46 (9,29) 0,024 Estado Nutricional Sobrepeso/Obesidade Percentil IMC < 97 (n = 43) Obesidade Percentil IMC ≥ 97 (n = 80) Total (n = 123) 24,63 (9,82) 23,17 (9,81) Conclusão: A partir dos dados, observou-se que apenas 32,2% das crianças e adolescentes foram amamentados segundo a recomendação do MS. O estado nutricional não esteve associado ao aleitamento materno, mas sim a uma maior leptinemia, sugerindo insensibilidade à produção da leptina endógena. Apesar de este estudo não comprovar a relação protetora do aleitamento materno na gênese da obesidade, reconhecem-se as inúmeras vantagens advindas da prática da amamentação para o desenvolvimento infantil. S286 P100 EVOLUÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE O DIABETES MELITO DOS ACADÊMICOS DO CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ Freitas AV1, Damasceno Neto PN1, Melo IP1, Dantas NP1, Menezes Dantas AM1 1 Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza, CE, Brasil Introdução: O diabetes melito (DM) constitui um dos mais sérios problemas de saúde na atualidade, sendo fundamental a sua compreensão pelos acadêmicos de medicina. Material e métodos: Foi utilizado um questionário autoaplicável entre os alunos do 2º, 3º, 4º, 6º e 8º semestres, abordando os conceitos básicos do DM. Os dados foram analisados utilizando o programa Epi Info 6.0. Resultados: Foram incluídos 171 alunos (45,6%) dos 375 matriculados, sendo 46 (12,3%), 34 (9%), 27 (7,2%), 41 (11%) e 23 (6,1%) dos 2º, 3º, 4º, 6º e 8º semestres, respectivamente. A idade média dos participantes foi de 20,55; 20,76; 20,52; 20,03 e 23,25 anos dos 2º, 3º, 4º, 6º e 8º semestres, respectivamente. Quando perguntados se sabiam diferenciar DM1 de DM2: 84,8%, 88,8%, 96,6%, 97,6% e 100% dos estudantes responderam sim, respectivamente, dos 2º, 3º, 4º, 6º e 8º semestres. Sobre a definição de DM1, a porcentagem de acertos foi de 28,3%, 61,8%, 70,4%, 80,5% e 78,3%, respectivamente, nos 2º, 3º, 4º, 6º e 8º semestres. Sobre qual o tipo de DM (1 ou 2 ) apresenta maior concordância em gêmeos idênticos, a porcentagem de acertos foi de 13%, 8,8%, 11,1%, 17,1% e 13%, respectivamente, nos 2º, 3º, 4º, 6º e 8º semestres. Sobre qual o tipo de DM (1 ou 2) é mais prevalente, a porcentagem de acertos foi de 76,1%, 88,2%, 92,6%, 100% e 100%, respectivamente, nos 2º, 3º, 4º, 6º e 8º semestres. Sobre a prevalência do DM no Brasil, a porcentagem de acertos foi de 43,3%, 64,7%, 59,3%, 46,3% e 39,1%, respectivamente, nos 2º, 3º, 4º, 6º e 8º semestres. Quando perguntados em qual tipo de DM (1 ou 2) estão presentes os sintomas clássicos como poliúria, polidipsia e polifagia associada à perda de peso, a porcentagem de acertos foi de 60,1%, 55,9%, 77,8%, 80,5% e 87%, respectivamente, nos 2º, 3º, 4º, 6º e 8º semestres. Sobre o diagnóstico laboratorial do DM2, a porcentagem de acertos foi de 56,5%, 73,5%, 63%, 87,8%, 87%, respectivamente, nos 2º, 3º, 4º, 6º e 8º semestres. Sobre qual a glicemia ideal no tratamento do DM2, a porcentagem de acertos foi de 52,2%, 52,9%, 55,6%,80,5% e 69,6%, respectivamente, nos 2º, 3º, 4º, 6º e 8º semestres. Sobre o valor ideal da pressão arterial em pacientes diabéticos, a porcentagem de acertos foi de 26,1%, 32,4%, 18,5%, 46,3% e 43,5%, respectivamente, nos 2º, 3º, 4º, 6º e 8º semestres. Sobre os principais fatores de riscos para o DM2, a porcentagem de acertos foi de 52,2%, 85,3%, 96,3%, 100 % e 95,7%, respectivamente, nos 2º, 3º, 4º, 6º e 8º semestres. Conclusão: A partir da análise dos dados, pode-se perceber uma notável evolução do conhecimento acerca dos sintomas, do diagnóstico e do tratamento do DM, quando se comparam os semestres anteriores e posteriores à disciplina de Endocrinologia, vista no 5º semestre do currículo acadêmico. P101 GRAU DE INFORMAÇÃO EM RELAÇÃO À HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS) EM PACIENTES ATENDIDOS NO AMBULATÓRIO DE SOBREPESO E OBESIDADE DO INSTITUTO DE SAÚDE ELPÍDIO DE ALMEIDA (ISEA), CAMPINA GRANDE/PB Barbosa ACN1, Costa ID1, Fernandes IC1, Barbosa PEA1, Lacerda SG1, Souza TAO1, Ferreira MFL1 Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande (FCM-CG), Campina Grande, PB, Brasil 1 Introdução: A HAS é uma doença crônica que envolve alterações hemodinâmicas, tróficas e metabólicas, estando relacionada a altos ín- TEMAS LIVRES dices de morbimortalidade. No Brasil, aproximadamente 14 milhões de pessoas são hipertensas, destas cerca de 10% são economicamente ativas e 20% a 40% são obesas, justificando a necessidade da elaboração de estratégias para controlar essas entidades. Este trabalho tem por objetivo verificar a prevalência de pacientes adultos com sobrepeso/obesidade que descobriram ser hipertensos nas consultas médicas do ambulatório de sobrepeso e obesidade de Campina Grande – PB. Material e métodos: O presente estudo é caracterizado como observacional prospectivo no qual foram avaliados 245 prontuários, bem como as fichas de controle de retorno, de indivíduos adultos de ambos os sexos, atendidos no ambulatório de sobrepeso e obesidade, situado em Campina Grande/PB, no período de abril de 2009 a abril de 2010. O serviço ambulatorial em questão diagnosticava a HAS partindo de aferições da pressão arterial em pelo menos três consultas diferentes. Utilizou-se como critério para análise da pressão arterial (PA) a classificação adotada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia e pelo VI Joint National Committe (JNC) americano, na qual a PA é estratificada em ideal, normal, limítrofe, hipertensão estágio 1 (HAS 1), hipertensão estágio 2 (HAS 2) e hipertensão estágio 3 (HAS 3). O tratamento estatístico dos dados foi feito a partir de cruzamentos com o auxílio do software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 17.0 para Windows. Resultados: Dos 245 (100%) pacientes analisados, 161 (65,7%) pacientes que afirmaram não serem portadores de HAS, 26,1% (n = 42) foram diagnosticados como hipertensos após aferição das cifras tencionais. Dentre o total de 84 (34,3%) pacientes que afirmaram ser hipertensos, 32,1% (n = 27) foram diagnosticados como não hipertensos e em 67,9% (n = 57) a HAS foi comprovada. A prevalência de pessoas realmente diagnosticadas como hipertensas foi de 99%. Conclusões: A análise mostrou com bastante significância que a maior parte dos pacientes que afirmaram não serem portadores de HAS realmente não o era, porém uma parcela significativa desconhecia ser hipertensa. Alta prevalência de obesos e sobrepeso hipertensos foi encontrada, fazendo-se necessário que as políticas públicas em saúde desenvolvam programas voltados para esses pacientes, uma vez que há uma relação direta entre a obesidade e a HAS. P102 IDENTIFICAÇÃO DE PESSOAS COM CRITÉRIOS PARA SÍNDROME METABÓLICA SUBMETIDOS À REVASCULARIZAÇÃO EM SERVIÇO DE CARDIOLOGIA DE CAMPINA GRANDE/PB Araújo CQB1, Bruno ELA1, Medeiros FP1, Couto JP1,Teixeira JVM1, Coutinho LCQM1, Medeiros MO2, Sá RMN1 1 2 Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande, Campina Grande, PB. Médico Endocrinologista Introdução: A síndrome metabólica (SM) é uma situação clínica caracterizada por um agrupamento de fatores de risco para doença cardiovascular, entre eles a hipertensão arterial, a dislipidemia, a obesidade visceral e as manifestações de disfunção endotelial. Está associada a risco aumentado de doença cardiovascular arteriosclerótica (DCVA), diabetes melito tipo 2 (DM2) e suas complicações. A literatura específica refere que a prevalência de SM na população brasileira é de 25,9% em homens e 40,9% em mulheres entre 40 e 74 anos e revela, ainda, que o risco cardiovascular para pacientes com SM é de 1,78%. É relevante observar que a SM é um dos fatores agravantes para se estimar o risco cardiovascular com o escore de Framingham. A revascularização do miocárdio (RVM) consiste no tratamento cirúrgico adequado para desobstrução das artérias coronárias, proporcionando ao indivíduo melhora na qualidade de vida. Objetivou-se identificar os critérios de síndrome metabólica em pacientes submetidos à cirurgia de revascularização e correlacionar a risco de morte. Material e métodos: O projeto foi executado no hospital de referência cardíaca de Campina Grande/PB, sendo este realizado durante o período de oito meses, 17 de dezembro de 2008 a 19 de agosto de 2009. Trata-se de um estudo primário classificado em observacional. Participaram aqueles pacientes que iam se submeter ao procedimento de RVM que, após esclarecimento sobre o tema da pesquisa, demonstraram interesse em participar dela. Os dados foram coletados por meio de um questionário estruturado. Resultados: Tiveram interesse em participar um total de 27 pacientes (12 do sexo masculino e 15 do feminino). Dentre os fatores pesquisados, o mais prevalente foi a hipertensão em 78% dos pacientes, seguido pela dislipidemia em 67%, portadores de DM2 41% e, por fim, obesos 21% das mulheres e 8% dos homens. Já haviam sofrido pelo menos um IAM 63%. Faleceram 5 pacientes após o procedimento (18,51%; sendo 4 mulheres e apenas 1 homem); dentre eles, 100% eram dislipidêmicos e hipertensos 100%, 60% já sofreram um IAM e eram portadores de DM2 40%. O paciente do sexo masculino que faleceu era obeso e das quatro mulheres falecidas uma era obesa. Conclusão Conclui-se que os pacientes com maiores riscos de morte no pós-cirúrgico de RVM foram hipertensos, dislipidêmicos, obesos, cardiopatas e portadores de DM2, corroborando com os estudos realizados por Gami, Witt, Howard (2007) e o estudo de Framingham. P106 INCIDÊNCIA DE ALTERAÇÕES OCULARES EM PACIENTES DIABÉTICOS DE UM SERVIÇO DE SAÚDE DA CIDADE DE PAULO AFONSO/BA Silva MVA1, Santos DA2, Silva AA2, Dourado DAO2, Santos AFA3 Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande (FCM-CG), Campina Grande, PB. Universidade Estadual da Paraíba (EPB), Campina Grande, PB. 2 Universidade Estadual da Bahia, Paulo Afonso, BA. 3 Universidade Federal de Sergipe (UFS), Aracaju, SE, Brasil 1 Introdução: O diabetes melito (DM) é uma das mais frequentes doenças no mundo. Estima-se que 7,6% da população brasileira é de diabéticos e dessas pessoas apenas 50% têm o conhecimento de sua própria enfermidade. Alterações oculares como a retinopatia diabética são complicações oculares do diabetes melito, de caráter progressivo, classificadas de acordo com a presença de determinadas anormalidades clínicas verificadas no exame de fundo de olho. É a mais comum causa de cegueira numa faixa etária de 30 a 69 anos. A lesão da retina é consequente da combinação da oclusão e do extravasamento microvascular; tais ocorrências são melhor visualizadas pelo fundo de olho contrastado pela AGF (angiofluoresceína). No momento do diagnóstico do diabetes melito (tipo 2), 5% dos pacientes já possuem algum tipo de alteração oftálmica. Objetivos: Avaliar as alterações oftálmicas em pacientes portadores de diabetes melito tipo 2. Metodologia: Estudo transversal, descritivo-analítico, realizado de outubro a dezembro de 2009 com 58 pacientes diabéticos. Os dados foram avaliados por meio do programa Epi Info versão 3.4.1. Resultados: Em relação ao gênero, 69% eram femininos, a faixa etária esteve compreendida entre 60-69 anos e 89% eram portadores de hipertensão e diabetes. A glicemia esteve alterada em 83% dos homens, com média de 147,05 e desvio-padrão de ± 44,55 e em 73% das mulheres, com média de 152,40 e desvio-padrão de ± 61,50. As alterações oculares estiveram presentes em 30% da amostra estudada. Conclusão: Os programas de diabetes nos serviços públicos de saúde são pontos essenciais na prevenção da cegueira, em que os pacientes são acompanhados por equipe multidisciplinar, visando ao diagnóstico precoce. P107 INCIDENTALOMA SUPRARRENAL NA ADOLESCÊNCIA Oliveira VG1, Queiroz ADM1, Rocha AM1, Bernardes LP1, Nogueira AA1, Ramos RA1, Lucena RMB1, Nóbrega MP1 Unidade de Endocrinologia e Diabetes do Hospital Universitário Alcides Carneiro, Universidade Federal de Campina Grande (HUAC/UFCG), Campina Grande, PB, Brasil 1 Introdução: Com o avanço das técnicas de imagens e sua disseminação na prática clínica, a taxa de detecção de massas suprarrenais S287 TEMAS LIVRES tem aumentado nas últimas décadas. A maioria dos incidentalomas suprarrenais é de massas adrenocorticais clinicamente não funcionantes e menores do que 2 cm. Dentre as lesões funcionantes, as mais frequentes são a síndrome de Cushing subclínica, feocromocitoma e adenomas produtores de aldosterona. Os ganglioneuromas suprarrenais isolados são extremamente raros e trata-se de tumores benignos originários de tecido da crista neural e podendo ser encontrados em até 4% dos incidentalomas suprarrenais. Objetivo: Relatar a abordagem de um caso de incidentaloma suprarrenal em um paciente de 18 anos de idade. Metodologia e relato do caso: JEFN, 18 anos, masculino, branco, procedente de Prata/PB, encaminhado para investigação de massa suprarrenal direita. Paciente queixava-se de lombalgia direita há cerca de dois meses da admissão, que melhorava temporariamente com o uso de analgésicos e anti-inflamatórios não esteroidais. Negava outras queixas associadas. Em virtude da persistência do quadro, realizou em sua cidade exame ultrassonográfico, que evidenciou uma massa de aproximadamente 8,0 cm em topografia de suprarrenal direita, sendo confirmada por tomografia computadorizada (TC) que trazia consigo. O exame físico não apresentava hipertensão arterial/paroxismos, estigmas de síndrome de Cushing ou outras alterações. A investigação diagnóstica afastou feocromocitoma, síndrome de Cushing e hiperaldostenismo. Por causa do tamanho do tumor, o paciente foi encaminhado à cirurgia, cujo histopatológico evidenciou neoplasia medindo 11,0 cm no maior eixo, glândula suprarrenal na periferia apresentando 5,0 x 0,3 cm, com diagnóstico de ganglioneuroma. Conclusão: Os incidentalomas suprarrenais são achados raros na infância e adolescência, e a importância do diagnóstico é identificar lesões funcionantes ou com características de malignidade, para que sejam criteriosamente selecionados para tratamento cirúrgico. O prognóstico dos ganglioneuromas é bom, pois raramente ocorrem recorrências após a remoção cirúrgica completa. A maioria dos relatos recomenda o seguimento pós-operatório dos ganglioneuromas; no entanto, a frequência e a duração são incertas. P108 INFLUÊNCIA DA RENDA NA DETERMINAÇÃO DA OBESIDADE: UMA AVALIAÇÃO REALIZADA EM MULHERES NO AMBULATÓRIO DE SOBREPESO E OBESIDADE DO INSTITUTO DE SAÚDE ELPÍDIO DE ALMEIDA (ISEA), CAMPINA GRANDE/PB Barbosa ACN1, Costa ID1, Fernandes IC1, Barbosa PEA1, Lacerda SG1, Souza TAO1, Ferreira MFL1 Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande (FCM-CG), Campina Grande, PB, Brasil 1 Introdução: A obesidade é definida como uma doença crônica, verificada a partir do acúmulo de tecido adiposo de modo prejudicial à saúde dos indivíduos. Representa na atualidade um problema de saúde pública, havendo consenso na literatura de que sua etiologia envolva a interação dos fatores genéticos, metabólicos, endócrinos, nutricionais, psicossociais e culturais. Nas últimas décadas, muitas pesquisas relacionaram o excesso de peso ou a obesidade com níveis socioeconômicos – geralmente definidos pelos indicadores escolaridade, renda e ocupação –, revelando uma correlação inversa, sobretudo, entre as mulheres nas nações em desenvolvimento. Este trabalho tem por objetivo observar se a renda familiar é um fator preponderante na determinação da obesidade em mulheres. Material e métodos: Foi realizado um estudo de caráter observacional com análise prospectiva, no período de abril de 2009 a abril de 2010. Para tanto, foram analisados os prontuários médicos de todas as pacientes, excluindo-se aquelas que não informaram a renda mensal, sendo esta classificada em até 1 salário mínimo, 2 salários, 3 salários, > 3 salários As categorias de obesidade foram definidas com base no índice da massa corpórea (IMC), seguindo a classifica- S288 ção adotada pela Organização Mundial de Saúde: sobrepeso IMC ≥ 25 e ≤ 29,9 kg/m²; obesidade grau I: IMC ≥ 30 e ≤ 34,9 kg/m²; grau II: IMC ≥ 35 e ≤ 39,9 kg/m² e grau III: IMC ≥ 40 kg/m². Os dados foram processados a partir do software Statistical Package for the Social Sciences – SPSS, versão 17, para Windows. Resultados: Avaliaram-se 121 pacientes adultas atendidas no Ambulatório de Sobrepeso e Obesidade de Campina Grande/PB. Do total, 75 (62%) possuíam renda familiar de até 1 salário mínimo (SM), 31 (25,6%) apresentaram 2 SM, 7 (5,8%), 3 SM e 8 (6,6%), renda superior a 3 SM. A prevalência de maior índices de obesidade pôde ser observada nos indivíduos enquadrados no grupo que possuía renda familiar de até 1 SM. Conclusões: Após análise dos dados, observou-se uma relação inversa entre a renda familiar e a prevalência de sobrepeso/obesidade, corroborando com dados da literatura vigente na atualidade. P110 LIPIDOGRAMA E DISLIPIDEMIAS: ANÁLISE E PREVALÊNCIA EM UMA UNIDADE DE SAÚDE Silva MVA1, Santos DA2, Queiroz MSR2, Pequeno AS2, Vieira JPL2, Dourado DAO3 Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande (FCM-CG), Campina Grande, PB. 2 Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Campina Grande, PB. Universidade Estadual da Bahia, Paulo Afonso, BA, Brasil 1 3 Introdução: A aterosclerose desenvolve-se na íntima das artérias de médio e grande calibre e é considerada uma patologia imuneinflamatória. As enfermidades providas da aterosclerose são as principais causas de morbidade e mortalidade em adultos. São vários os fatores que podem desencadear o processo aterogênico, entre eles: dislipidemias, tabagismo, hipertensão arterial, diabetes melito, sedentarismo, obesidade. As dislipidemias – alterações no metabolismo das lipoproteínas circulantes – são citadas como um dos principais fatores de risco para desenvolvimento da doença arterial coronariana (DAC). Os dados sobre o perfil lipídico podem revelar a prevalência das dislipidemias em uma população, possibilitando uma intervenção direcionada para o controle e a prevenção das doenças ateroscleróticas, uma vez que as dislipidemias variam segundo características socioeconômicas, sexo, idade, hábitos dietéticos, culturais e diferentes estilos de vida. Objetivos: Analisar o perfil lipídico e determinar a prevalência de dislipidemias. Material e métodos: Estudo longitudinal, analítico-descritivo. Os critérios utilizados para classificar o perfil lipídico foram os estabelecidos pela IV Diretriz Brasileira sobre Dislipidemias para adultos. A prevalência foi calculada a partir do percentual da anormalidade: triglicerídeos (alto), LDL-c (alto), HDL-c (baixo). As análises bioquímicas foram feitas com kits comerciais, tendo sido medidos os níveis de CT, HDL-c e triglicerídeos. O LDL-c foi calculado pela fórmula de Friedwald, em que LDL-c = CT – HDL-c – TG/5. As análises estatísticas foram realizadas por meio do Epi Info versão 3.5.1. Resultados: A análise foi realizada em 108 pacientes, dentre os quais 78% eram do gênero feminino. A faixa etária mais prevalente foi entre 70-79 anos, com 32%. A hipertensão arterial era presente em 74% da amostra. As dosagens de triglicerídeos, LDL-c e HDL-c apresentaram 215,4, 131,9 e 44,8 como respectivas médias. Quanto aos tipos de dislipidemias, a hipertrigliceridemia e o HDL-c baixo apresentaram, respectivamente, 56% e 66% de prevalência. Conclusão: A análise na amostra mostrou altos índices nas frações lipídicas, principalmente aos triglicerídeos (hipertrigliceridemia). Como a presença de dislipidemias aumenta a tendência de elevação nas doenças cardiovasculares, agravando ainda mais o quadro de morbidade e mortalidade numa população, recomenda-se mais atenção da saúde pública para pacientes portadores desse distúrbio, bem como a prática de hábitos saudáveis por eles. TEMAS LIVRES P113 OBESIDADE SECUNDÁRIA AO TRATAMENTO DOS CÂNCERES PEDIÁTRICOS EM PACIENTES ACOMPANHADOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO Silva MRM1, Nogueira MCL1, Santos LAV1, Ortolan M1, Morais VLL1, Almeida NCN1 1 Centro de Onco-hematologia Pediátrico, Hospital Universitário Oswaldo Cruz, Universidade de Pernambuco (UPE), Recife, PE, Brasil Introdução: Ultimamente, observou-se um aumento na sobrevida dos pacientes acometidos por câncer infantil. O estudo dos efeitos tardios nesses pacientes se faz necessário em virtude da agressividade da terapêutica. Objetivos: Avaliar a obesidade como sequela em pacientes sobreviventes do câncer infantil. Método: Foram revisados 278 prontuários de pacientes sobreviventes do câncer infantil tratados em um hospital universitário, dos quais 242 pacientes estavam em acompanhamento. Resultados: Dentre os pacientes acometidos pela obesidade, as neoplasias de base mais prevalentes foram a leucemia linfoide aguda (35,71%), os tumores do sistema nervoso central (21,42%) e o retinoblastoma (14,28). Observou-se que 14 pacientes (5,78%) desenvolveram obesidade no período que sucedeu a terapia oncológica. Desses, 8 eram do sexo masculino e 6, do sexo feminino. A média do tempo para o surgimento da obesidade após tratamento do câncer foi de 12,54 anos (4-20) e a idade média do diagnóstico da obesidade foi de 18,43 anos (5-29). Conclusão: Os achados obtidos corroboram os da literatura, os quais consideram a obesidade como um importante efeito tardio das terapias oncológicas pediátricas, sobretudo naqueles que são submetidos à radioterapia craniana. A obesidade, assim como várias outras disfunções endócrinas, deve ser valorizada e investigada nesses pacientes. Os achados deste trabalho reiteram a importância de avaliações clínicas periódicas a longo prazo nos pacientes sobreviventes do câncer infantil. P114 OFTALMOPATIA DE GRAVES – SEGUIMENTO EM DOIS ANOS APÓS EVISCERAÇÃO OCULAR POR OFTALMOPATIA GRAU VI Torres MRS1, Ramos AJS1, Oliveira VG1, Nóbrega MP1, Lucena RMB1, Queiroz ADM1,Costa GJF¹, Bernardes LP¹, Santos RG1 ¹ Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Campina Grande, PB, Brasil Introdução: A oftalmopatia de Graves (OG) é uma doença autoimune órgão-específica, de etiopatogenia ainda não totalmente esclarecida, que afeta os músculos extraoculares e tecidos conectivos orbitais, clinicamente caracterizada por retração palpebral, proptose, exoftalmia, diplopia e estrabismo, havendo oftalmopatia severa em 5%-10% dos casos com perda visual. Está intimamente associada com doenças autoimunes da tireoide, principalmente doença de Graves (DG) com hipertireoidismo. Parece seguir um caminho independente do tratamento tireoidiano e, normalmente, não apresenta relação com as anormalidades da tireoide. Objetivo: Relatar a evolução em dois anos da OG após evisceração ocular. Material e métodos: Dados obtidos do prontuário do paciente. Resultados: JJS, 53 anos, masculino, casado, agricultor, natural de Boqueirão/PB e procedente de Barra de Santana/PB, com diagnóstico de DG e OG grau VI em 2008. Na ocasião, fora submetido à pulsoterapia com metilprednisolona (3 ciclos) e ciclofosfamida (2 ciclos) ao longo da qual evoluiu com ruptura de córnea e extrusão ocular esquerda, sendo realizada evisceração cirúrgica. O tratamento foi seguido com corticoterapia oral (prednisona 40 mg/d), drogas antitireoidianas (Tapazol 40 mg/d, 10 mg/d) e ß-bloqueador (propranolol 40 mg/d). Houve melhora do comprometimento ocular direito, mas persistindo, porém, hiperemia de conjuntiva e dor ocular, com perío­ dos de remissão. Apesar do bom controle clínico e laboratorial da endocrinopatia, houve recorrência do hipertireoidismo com a redu- ção gradativa do Tapazol. Diante disso, foi avaliada a possibilidade de realização de tireoidectomia, contraindicada, no momento, pelo fato de o paciente ser portador de coronariopatia. Conclusão: Apesar de o curso da orbitopatia e da doença tireoidiana progredir de forma independente, hipertireoidismo persistente ou sua recorrência após a descontinuação da terapia antitireoidiana parece afetar negativamente o curso da OG. Assim, o ideal é que se alcance um controle permanente do hipertireoidismo. Neste paciente, a remissão completa com as drogas antitireoidianas parece não ser possível e, considerando a gravidade do acometimento ocular e a possibilidade de piora com a radioiodoterapia, optou-se pela tireoidectomia. P115 PARALISIA PERIÓDICA HIPOCALÊMICA TIREOTÓXICA: RELATO DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA Dia INB1, Lauria MW1, Brandão JB1, Lages MV1, Dias APG1 1 Serviço de Endocrinologia, Hospital Felício Rocho, Belo Horizonte, MG, Brasil Introdução: Relatar caso de paralisia periódica hipocalêmica tirotóxica (PPHT) como manifestação clínica da doença de Graves. Material e métodos: EBS, 30 anos, sexo masculino, comparece ao serviço de urgência e emergência com queixa de fraqueza muscular proximal há três dias e episódios transitórios de paralisia em membros inferiores. Relata transpiração excessiva, irritabilidade, insônia e emagrecimento há alguns meses. Apetite aumentado e hiperdefecação. HF: mãe e irmã com doença de Graves. Nega uso domiciliar de medicamentos ou drogas ilícitas. Exame físico: afebril, FC: 120 bpm; pele quente e úmida, com tremores finos de extremidades. Tireoide indolor à palpação, firme, aumentada difusamente, sem nódulos. Exame neurológico: reflexos preservados e simétricos, paresia em membros inferiores proximais, ausência de parestesia ou nível sensitivo. HD: miopatia a esclarecer. Tireotoxicose? CD: solicitado íons, função tireoidiana, HIV, VDRL, FAN, fator reumatoide, PCR, VHS, sorologia para hepatites e enzimas musculares. Iniciado propranolol 40 mg de 6/6h. Resultados: T4 livre: 5,54 ng/100 ml (VR: 0,54-1,26); TSH: 0,01 UI/mL (VR: 0,34-5,6), K+ = 1,9 meq/l, TRAB positivo. Demais exames dentro da normalidade. Iniciada reposição venosa de K+ e Tapazol 40 mg/ dia. Paciente permaneceu estável hemodinamicamente e recebeu alta em uso de Tapazol 40 mg/dia e propanolol 120 mg/dia. Orientado controle ambulatorial. Conclusão: Descrita em 1931, a PPHT constitui uma emergência endocrinológica rara, caracterizada por ataques súbitos e transitórios de fraqueza muscular, hipocalemia e tirotoxicose. Qualquer causa de hipertireoidismo pode estar associada à PPHT, embora homens jovens com doença de Graves seja a apresentação mais comum. O tratamento definitivo precoce visando restabelecer o eutireoidismo permite a cura dos episódios de paralisias, e a reposição de potássio previne o estado arritmogênico agravado pela tireotoxicose. O caráter periódico, o padrão variado em intensidade, frequência e duração das crises de paralisia, além dos sinais inespecíficos do hipertireoidismo, somados à pouca familiaridade dessa urgência, ainda tornam essa entidade clínica esquecida e de difícil diagnóstico. P116 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES ASSISTIDOS NO AMBULATÓRIO DO SERVIÇO DE SOBREPESO E OBESIDADE DO INSTITUTO DE SAÚDE ELPÍDIO DE ALMEIDA NA CIDADE DE CAMPINA GRANDE – PARAÍBA Fernandes IC¹, Barbosa PEA¹, Barbosa ACN¹, Costa ID¹, Lacerda SG¹, Souza TAO¹, Ferreira MFL1 Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande (FCM-CG), Campina Grande, PB, Brasil 1 Introdução: A obesidade é considerada um problema epidêmico mundial que vem aumentando a cada dia. Dados da OMS de 2007 S289 TEMAS LIVRES sugerem uma prevalência de 1,6 bilhão de adultos com sobrepeso no mundo (IMC > 25 kg/m²) e, desses, cerca de 400 milhões são obesos (IMC > 30 kg/m²). No Brasil, os dados são alarmantes – cerca de 40% têm sobrepeso e há 8,9% a 13% de obesidade entre a população adulta. Este trabalho tem o interesse de traçar um perfil epidemiológico dos pacientes atendidos em um serviço de sobrepeso e obesidade na cidade de Campina Grande, Paraíba. Material e métodos: Trata-se de um estudo observacional com análise prospectiva, realizado no período de um ano, abril de 2009 a abril de 2010. O trabalho foi realizado em um serviço de obesidade na cidade de Campina Grande – PB. Como critério de inclusão, os pacientes deveriam apresentar índice de massa corpórea (IMC) ≥ 25 kg/m2. A tomada dos dados foi realizada utilizando ficha clínica padrão do serviço. As variáveis analisadas foram idade, sexo, estado civil, escolaridade, renda familiar, estratificação do IMC, diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica (HAS), hábitos de tabagismo e etilismo e atividade física. O tratamento estatístico foi feito com o SPSS versão 17.0 para Windows. Resultados: Participaram da pesquisa 247 pacientes, sendo 28 (11,3%) homens e 219 (88,7%) mulheres. A média de idade foi de 37,6, com desvio-padrão (DP) de 11,2. 145 (58,7%) eram casados, 142 (57,5%) tinham o segundo grau completo e 78 (31,6%) apresentavam renda familiar inferior a dois salários mínimos. Pelo menos 99 (40,1%) tiveram o diagnóstico confirmado de HAS durante consulta ambulatorial. A relação entre o hábito de ingerir bebida alcoólica e o uso do tabaco foi evidenciada, pois pelo menos 18,2% dos etilistas leves fumam, enquanto 57,1% dos etilistas moderados o fazem. 202 (80,8%) não fazem atividades físicas regulares e 45 (19,2%) fazem, sendo mais comum a caminhada, referida por 35 (14,2%) dos participantes. O IMC médio de 36,2, sendo os pré-obesos 37 (15%), obesos classe I 90 (36,4%), obesos classe II 61 (24,7%) e obesos classe III 59 (23,9%). Conclusão: Ficou evidenciado que a obesidade tem prevalência aumentada nas classes sociais mais baixas e que possuem nível educacional intermediário. O maior percentual dos pacientes não faz atividade física regular e os que fazem preferem a caminhada. A relação entre o hábito de ingerir bebida alcoólica e o uso do tabaco foi confirmada. P118 PERFIL HEPÁTICO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM EXCESSO DE PESO Ramos ALC1, Noronha JF1, Ramos AT1, Cardoso MAA1, Werner RPB1, Leal AAF1, Santiago JS1, Medeiros CCM1 Núcleo de Estudos e Pesquisas Epidemiológicas (NEPE), Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Campina Grande, PB, Brasil 1 Introdução: A obesidade é uma doença crônica que cresce de forma epidêmica em todo o mundo. O excesso de peso na infância e adolescência está relacionado com uma série de comorbidades como dislipidemia, hipertensão arterial sistêmica, resistência à insulina, síndrome metabólica e doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA), que é considerada uma das mais frequentes desordens do fígado na atualidade. Objetivos: Verificar o perfil hepático de crianças e adolescentes obesas ou com sobrepeso. Metodologia: Estudo transversal, descritivo, envolvendo 161 crianças com sobrepeso ou obesidade, entre 2 e 18 anos, no período de 7/2009 a 12/2009. Os pacientes foram submetidos a um jejum de 12 horas para realização dos exames laboratoriais. Para avaliação do perfil hepático, foi realizada dosagem de AST, ALT e Gama-GT, sendo considerado inadequado quando ≥ 18 u/L para AST e ALT e ≥ 35 u/L para Gama-GT. Resultados: Dentre as crianças e adolescentes avaliados, 114 (70,8%) eram do sexo feminino. Observaram-se 123 (76,4%) pacientes e 96 (59,6%) com alterações de AST e ALT, respectivamente. O Gama-GT esteve alterado em 13 (8,1%) indivíduos. Os adolescentes apresentaram maior prevalência de alterações nas enzimas hepáticas em relação às demais faixas etárias, sendo 42% para AST, 36% para ALT e 6,9% para Gama-GT. Observaram-se valores S290 significativamente maiores de ALT e Gama-GT para sexo masculino (p = 0,014 e 0,022). Conclusão: Houve alta prevalência de alterações hepáticas nessa população, reforçando, portanto, a importância de programas de educação alimentar e a prática regular de exercício físico para auxiliar no controle do peso e evitar alterações hepáticas e o desenvolvimento de outras doenças. P119 PERFIL LIPÍDICO E ADIPOSIDADE CORPORAL: ASSOCIAÇÃO PARA PACIENTES DE DIFERENTES FAIXAS ETÁRIAS Silva MVA1, Santos DA2, Queiroz MSR2, Pequeno AS2, Vieira JPL2, Dourado DAO3 Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande (FCM-CG), Campina Grande, PB. 2 Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Campina Grande, PB. Universidade Estadual da Bahia, Paulo Afonso, BA, Brasil 1 3 Introdução: As transformações ocorridas nos padrões socioeconômicos e culturais da população a partir da segunda metade do século XX alteraram de forma significativa o modo de vida da humanidade. Além dessas, o estresse causado pela vida moderna e urbana provavelmente tem contribuído sobremaneira para o aumento da incidência de várias doenças crônicas. A obesidade central tem demonstrado predizer diversas causas de mortalidade, como também elevar o risco para futuros eventos cardiovasculares. A adiposidade corporal pode ser avaliada a partir de métodos antropométricos que possuem diversos benefícios, por seu caráter não invasivo, baixo custo, facilidade de operação, ampla utilização em meios clínicos e estudos epidemiológicos, sendo assim caracterizados como uma forma de avaliação indireta para riscos à saúde. Objetivos: Verificar a associação entre perfil lipídico (TG, LDL-c, HDL-c) e medidas de obesidade global (IMC) e de obesidade central (OC). Material e métodos: Estudo observacional transversal, descritivo e correlacional. Os critérios utilizados para classificar o perfil lipídico foram os estabelecidos pela IV Diretriz Brasileira sobre Dislipidemias para adultos. Os exames bioquímicos foram feitos em um único local com kits comerciais, tendo sido medidos os níveis de colesterol total, HDL-c e triglicerídeos, sendo o LDL-c calculado pela fórmula de Friedwald, em que LDL-c = CT – HDL-c – TG/5. A circunferência da cintura foi obtida com fita métrica, a qual era posicionada na curvatura localizada entre o último arco costal e a crista ilíaca. O índice de massa corporal foi calculado mediante a divisão entre massa pelo quadrado da altura (IMC = M/ alt.2). As análises estatísticas foram realizadas por meio do programa Epi Info versão 3.5.1. Resultados: A amostra apresenta 85 pacientes; 79% deles são representados pelo gênero feminino. As faixas etárias prevalentes foram 60-69 e 70-79, ambas com 30,6%. Triglicerídeos, LDL-c, HDL-c, OC e IMC apresentaram as respectivas médias, 214,8, 128,9, 44,5, 99,11 e 28,05. Dos índices avaliados os mais elevados foram os triglicerídeos, HDL e OC, com prevalência de 70,6%, 67,05% e 74,11% respectivamente. Conclusão: A adiposidade corporal apresenta correlação com o aumento das frações lipídicas, principalmente a OC. Pacientes com esses parâmetros alterados devem reduzir a ingestão de gordura total na dieta e praticar atividade física regular, tais práticas constituem medidas auxiliares para o controle das dislipidemias e prevenção de eventos cardiovasculares. P120 PERFIL LIPÍDICO EM ADOLESCENTES COM EXCESSO DE PESO Noronha JAF1, Gonzaga NC1, Cardoso AS1, Melo MMA1, Leal AAF1, Cardoso MAA1, Ramos AT1, Medeiros CCM1 Núcleo de Estudos e Pesquisas Epidemiológicas (NEPE), Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Campina Grande, PB, Brasil 1 Introdução: No cenário epidemiológico do grupo de doenças crônicas não transmissíveis, a obesidade se destaca por ser simul- TEMAS LIVRES taneamente uma doença e um fator de risco para outras doenças, relacionando-se, inclusive, com alterações no perfil lipídico e consequentemente com maior risco para o desenvolvimento de doença aterosclerótica. O aumento em níveis epidêmicos do excesso de peso parece ser o responsável pelas mudanças negativas no perfil lipídico. Por isso se faz necessária a detecção, já na infância e adolescência, de níveis séricos elevados de lipídeos para prevenção da aterosclerose. Objetivo: Descrever o perfil lipídico de adolescentes com excesso de peso. Material e métodos: Tratou-se de um estudo transversal e descritivo realizado no período de agosto/2008 a março/2010 com 129 adolescentes entre 11 e 18 anos de idade, com diagnóstico de sobrepeso ou obesidade, conforme as recomendações do CDC (2002), que define as seguintes categorias: obesidade grave (IMC ≥ percentil 97), obesas (percentil 95 ≥ IMC < 97) e sobrepeso (85 ≥ IMC < 95) (CDC, 2002). Para avaliação do perfil lipídico, foram utilizados os valores de referência recomendados pela I Diretriz de Prevenção da Aterosclerose na Infância e Adolescência, em que se têm como valores desejáveis: CT ≤ 150 mg/dL, LDL-c < 100 mg/dL, HDL-c ≥ 45 mg/dL e TG < 100 mg/dL; limítrofes: CT de 151-169, LDL-c de 100-129 e TG de 100-129; e aumentados CT ≥ 170 mg/dL, LDL-c ≥ 130 mg/dL, HDL-c < 45 mg/dL e TG ≥ 130 mg/dL. Na análise estatística, utilizou-se o programa SPSS versão 17.0. Resultados: Foram avaliados 129 adolescente, destes 67,4% eram do sexo feminino, 41,1% tinha IMC entre 85 e 95, 58,9% acima de 97. A distribuição do perfil lipídico encontra-se na figura 1. O HDL baixo foi a alteração mais frequente (84,5%), seguida pelo triglicerídeo, que se apresentou alterado em 38% da população. Conclusões: A alta prevalência das concentrações lipídicas indesejáveis encontradas em adolescentes com excesso de peso reforça o alerta para medidas preventivas, como programas educacionais que enfatizem a importância de um estilo de vida saudável, com hábitos alimentares adequados e a prática de atividades físicas regulares, capazes de minimizar o risco de desenvolvimento prematuro de doença arterial coronariana. tica (RD), estima-se que, no Brasil, metade dos pacientes portadores de DM seja afetada pela RD, sendo responsável por 7,5% das causas de incapacidade de adultos para o trabalho e por 4,58% das deficiências visuais. Material e métodos: Estudo transversal, com abordagem quanti-qualitativa de investigação entre setembro e outubro de 2009 em instituto de cegos na cidade de Campina Grande, utilizando uma técnica observacional direta extensiva. Resultados: Participaram 80 deficientes visuais entre 25 e 49 anos, regularmente matriculadas no IEACN. Observou-se que 65% são do sexo masculino, 40% brancos, 85% naturais de Campina Grande, 70% recebem benefício previdenciário, 15% possuem ensino superior e 25% possuem ensino médio, 85% utilizam o Braille, 70% relatam gostar de música e esporte, 43,7% são etilistas, 17,5% tabagistas e 35% são portadores de DM. Após realização de exame oftalmológico, observouse que as principais patologias detectadas foram: 31,2% glaucoma congênito, 28,7% catarata congênita, 18,7% RD, 8,7% retinopatia da prematuridade. Dos entrevistados, 92,5% não sabem o motivo de sua deficiência, 55% apresentaram deficiência visual congênita, 51,2% apresentaram perda visual súbita, 13,7% apresentam baixa visão e 25% apresentam pelo menos um irmão com problema visual e 43,7% possuem patologias associadas. Conclusão: A oportunidade de se realizar uma pesquisa dessa natureza durante um curso de graduação proporciona ao aluno melhor formação profissional e vem reforçar o papel da universidade como um centro de ensino, pesquisa e extensão, na qual se propicia o conhecimento e a propulsão do saber, com função social de repassar à sociedade os estudos e experiências desenvolvidas em seus laboratórios e em salas de aula. Por meio dela, deseja-se levantar alguns tópicos para reflexão no tocante à RD, uma vez que representa um grave problema de saúde pública, devendo ser entendida como uma doença de abordagem multidisciplinar, levando-se em consideração os fatores de risco na abordagem de qualquer paciente portador de DM, com o objetivo de prevenir o aparecimento e a progressão da RD e consequente aumento da mortalidade e comprometimento na qualidade de vida. P122 PREVALÊNCIA DE SINTOMAS DISPÉPTICOS EM DIABÉTICOS TIPO 2 Mesquita SS1, Feitosa AML1, Fernandes VO1, Sales APAM1, Souza MAN1, Gurgel MHC1, Mota MV1, Quidute ARP1, Montenegro APDR1, Montenegro RM1, Vale OC1, Montenegro Jr RM1 Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza, CE, Brasil 1 Figura 1. Colesterol total, HDL, LDL e TG, valores desejáveis, limítrofes e alterados em adolescentes com excesso de peso. Campina Grande-PB, 2008-2010. P121 PREVALÊNCIA DE RETINOPATIA DIABÉTICA DE POPULAÇÃO ASSISTIDA POR UM INSTITUTO EM MUNICÍPIO DA PARAÍBA Araújo CQB1, Bruno ELA1 , Couto JP1, Teixeira JVM1, Andrade JSO1, Medeiros MO2, Sá RMN1, Lacerda SG1 Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande (FCM-CG). 2 Médico Endocrinologista 1 Introdução: O diabetes melito (DM) é uma síndrome metabólica complexa em que ocorre uma deficiência relativa ou absoluta de insulina, afetando o metabolismo dos carboidratos, lipídios e proteínas. Está associado a complicações relacionadas ao sistema nervoso periférico e autonômico, cardiovasculares e microvasculares. Uma das complicações microvasculares importante é a retinopatia diabé- Introdução: Sintomas sugestivos do comprometimento do trato gastrointestinal são muito comuns em pacientes com diabetes tipo 2 (DM2). Entretanto, no Brasil, há carência de estudos que avaliem as manifestações dispépticas, que possivelmente são decorrentes da hiperglicemia em pacientes diabéticos. Assim, este estudo objetivou avaliar a prevalência de sintomas dispépticos em portadores de DM2. Material e métodos: Estudo transversal, realizado em uma unidade de saúde de Fortaleza – CE, com a aplicação de um questionário padronizado que abordava o tempo de diabetes e a ocorrência de doenças do aparelho digestivo e de 13 diferentes sintomas sugestivos de dispepsia. Resultados: Dos 39 pacientes, 24 eram mulheres e 15, homens com DM2. A média de idade foi de 59,7 anos entre as mulheres e de 66,3 entre os homens. O tempo médio de doença entre os voluntários foi de 8,5 anos. Do total, 5 (12,8%) pacientes apresentavam doenças do aparelho digestivo, como gastrite (3 mulheres) e refluxo gastroesofágico (1 mulher e 1 homem). Observou-se que 71,7% dos pacientes referiram, pelo menos, um dos 12 sintomas avaliados. A frequência dos sintomas foi: 28,2% pirose (25% das mulheres e 33,3% dos homens), 28,2% regurgitação (37,5% das mulheres e 13,3% dos homens), 15,3% disfagia (16,6% das mulheres e 13,3% S291 TEMAS LIVRES dos homens), 5,12% odinofagia (8,33% das mulheres e 0 homem), 33,3% eructação (33,3% das mulheres e 33,3% dos homens), 7,69% soluços (8,33% das mulheres e 6,66% dos homens), 20,5% disfonia (20,8% das mulheres e 20% dos homens), 12,8% broncoespasmo (16,6% das mulheres e 6,66 dos homens), 28,2% pigarro (25% das mulheres e 33,3% dos homens), 25,6% tosse (20,8% das mulheres e 33,3% dos homens), 20,5% constipação (29,16% das mulheres e 6,66% dos homens), 33,3% saciedade precoce (33,3% das mulheres e 33,3% dos homens). Conclusão: Os resultados indicam uma elevada prevalência de sintomas dispépticos, principalmente os mais sugestivos de refluxo gastroesofágico, nessa população de diabéticos, o que pode sugerir que esse tipo de comprometimento do aparelho digestivo possa estar relacionado como uma complicação crônica do DM, tendo em vista o tempo médio de diagnóstico desses pacientes. PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS A DISTÚRBIOS METABÓLICOS EM PACIENTES COM INFECÇÃO PELO HIV/AIDS Ponte CMM, Takeda CFV, Ponte GA, Mendes PP, Mesquita CEC, Gurgel MHC, Pires Neto RJ, Colares JKB, Ramos Jr AN, Fernandes VO, Montenegro Jr RM Introdução: Diversas evidências mostram que há aumento dos distúrbios metabólicos e do risco cardiovascular em pacientes infectados pelo HIV/AIDS, especialmente entre aqueles em uso da terapia antirretroviral (TARV). Dentre as principais complicações, destacam-se elevada prevalência de diabetes melito (DM), resistência à insulina (RI), dislipidemia e lipodistrofia. Este estudo tem como objetivo determinar a prevalência de distúrbios metabólicos em pacientes portadores de infecção pelo HIV. Método: Tratar-se-á de estudo transversal, de abordagem quantitativa e descritiva. Foram incluídos aleatoriamente 90 pacientes portadores da infecção pelo HIV e 90 voluntários HIV-negativos, que constituem o grupo controle. Os resultados estão expressos em média ± sd e em proporção (%). Significância estatística (p < 0,05). Resultados: HIV+ (90) HIV – (90) p Sexo % F (n) % M (n) 34,4% F (31) 65,6% M (59) 32,2% F (29) 67,8% M (61) ns Idade (anos) 42,9 ± 9,8 37,6 ± 8,2 < 0,05 Tempo de diagnóstico (anos) 9,8 ± 4,9 na na Pacientes em TARV % (n) 94,4% (85) na na Caso AIDS % (n) 71,1% (64) na na 559,1 ± 261,2 na na Carga viral indetectável % (n) 83,3% (75) na na Lipoatrofia subcutânea clínica % (n) 27,8% (25) na na Lipo-hipertrofia % (n) 23,2% (21) na na Tabagismo atual % (n) 25,5% (23) 8,9% (8) < 0,05 ns CD4 atual (céls/mm³) Atividade física % (n) 37,8% (34) 39,7% (35) Colesterol total (mg/dL) 184,5 ± 55,6 187,1 ± 40,6 ns HDL (mg/dL) 38,1 ± 10,5 45,7 ± 14,3 < 0,05 LDL (mg/dL) 104,1 ± 36,0 110,2 ± 37,5 ns Triglicerídeos (mg/dL) 199,7 ± 130,5 144,4 ± 78,7 < 0,05 ns Glicemia de jejum (mg/dL) 98,3 ± 23,7 93,3 ± 9,3 Colesterol não HDL (mg/dL) 146,8 ± 52,5 137,6 ± 42,9 ns Índice de massa corpórea (kg/m²) 24,2 ± 4,4 25,5 ± 4,4 < 0,05 Circunferência abdominal (cm) 88,1 ± 10,7 92,9 ± 10,4 < 0,05 Relação cintura/quadril 0,92 ± 0,67 0,90 ± 0,58 ns Circunferência da coxa (cm) 46,8 ± 5,8 50,9 ± 5,4 < 0,05 Circunferência do braço (cm) 27,3 ± 3,7 30,0 ± 3,5 < 0,05 Escore de Risco de Framingham (ERF) % Alto/moderado (n) 42,2% (38) 25,5% (23) < 0,05 Síndrome metabólica (IDF) 33,3% (28) 40,4% (36) ns Síndrome metabólica (NCEP) 32,5% (25) 31,4% (28) ns S292 P124 REDUÇÃO DOS NÍVEIS DE ÓXIDO NÍTRICO APÓS INTERVENÇÃO COM SITAGLIPTINA EM DIABÉTICOS TIPO 2 P123 Variáveis Conclusões: Esta casuística demonstrou elevada prevalência de HDL baixo, hipertrigliceridemia e aumento do risco cardiovascular determinado pelo ERF entre os pacientes infectados pelo HIV. Observou-se também elevada prevalência de lipodistrofia, especialmente lipoatrofia subcutânea, que pode justificar a redução da medida de circunferência da coxa, braço e abdome. Esse achado pode indicar uma falha na utilização da circunferência abdominal como critério para o diagnóstico de síndrome metabólica nesses indivíduos, tendo em vista que 21,1% e 22,2% dos pacientes HIV+ não foram classificados como portadores de síndrome metabólica, pela IDF e NCEP, respectivamente, devido à ausência desse critério. Tagliapietra JI1, Montenegro Jr RM1, Fernandes VO1, Souza MHLP1, Vale OC1, Jamacaru FVF1, Montenegro RM1, Mota MV1, Moraes MO1, Moraes MEA1 Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza, CE, Brasil 1 Introdução: O óxido nítrico (NO) é sintetizado nas células endoteliais a partir do aminoácido larginina pela ação da enzima óxido nítrico sintetase (NOS). Esta se apresenta de três formas: óxido nítrico-sintetase neuronal (nNOS), constitutiva e presente nos neurônios e nas células β-pancreáticas; óxido nítrico-sintetase induzida (iNOS), estimulada por citocinas e lipopolissacarídeos, no endotélio e musculatura lisa vascular, e óxido nítrico-sintetase endotelial (eNOS), uma NOS constitutiva e produz NO no endotélio vascular sob condições basais. O NO é considerado um potente vasodilatador e tem sido implicado na fisiopatologia do diabetes melito tipo 2 (DM2). A hiperglicemia contribui para o estresse da parede arterial e o aumento da disfunção endotelial. Contudo, a geração de NO no DM2, principalmente no endotélio vascular, tem gerado resultados controversos. A disfunção endotelial tem sido associada tanto com decréscimo na produção de NO, com redução na vasodilatação, assim como com aumento na sua produção, acompanhada por neutralização do mesmo pelo superóxido e por estímulo da iNOS. Estudos demonstraram diminuição dos níveis de NO em diabéticos tratados com sulfonilureia e redução dos níveis de eNOS e iNOS com a pioglitazona. Neste trabalho, objetivou-se analisar os níveis de NO antes e após uma intervenção com sitagliptina. Material e métodos: Trata-se de um estudo do tipo intervencionista, prospectivo e aberto realizado em 41 pacientes portadores de DM 2 recentemente diagnosticados (menos de seis meses), que realizaram avaliação antropométrica, dos níveis pressóricos e metabólica, incluindo a dosagem de NO, antes e após a utilização de sitagliptina 100 mg/dia, por um período de três meses. Resultados: Dos pacientes avaliados, 28 eram mulheres e 13 homens, com idade média de 53,2 ± 9,43 anos, 100% eram obesos, 100% apresentavam dislipidemia e 50% deles eram hipertensos. Após o tratamento, observou-se a melhora dos índices antropométricos, da PA e de todos os parâmetros laboratoriais com ênfase na glicose em jejum (pré: 174,43 ± 67,18 e pós: 129,07 ± 29,19 mg/dL), A1C (pré: 8,76 ± 2,68 e pós: 6,64 ± 1,11%) e NO (pré: 85,21 ± 44,02 e pós: 39,91 ± 20,99 µM), todos com P < 0,0001. Conclusão: Os resultados sugerem que o aumento inicial do NO poderia ser um esforço para compensar uma possível inativação dele mediante reação com espécies reativas de oxigênio, que estariam aumentadas como efeito do estresse oxidativo e por alterações de citocinas inflamatórias que podem ter estimulado a atividade da iNOS. A intervenção com sitagliptina, mesmo por um curto período, promoveu o controle metabólico desses indivíduos, com melhoria do status pró-inflamatório, o que provavelmente trouxe um impacto na atividade dessa enzima e na redução dos níveis de NO. TEMAS LIVRES P125 RELATO DE CASOS: INTOXICAÇÃO POR VITAMINA D, UM DESAFIO DIAGNÓSTICO Brandao JB1, Dias INB1, Dias APG1, Silva RVD1, Rezende MS1, Soares MMS1 1 Serviço de Endocrinologia, Hospital Felício Rocho, Belo Horizonte, MG, Brasil Introdução: A síntese de 1,25(OH) vitamina D (VD) é finamente regulada pelo organismo, sendo necessárias doses extremamente altas para causar hipercalcemia. No entanto, a dosagem tóxica ainda não foi estabelecida por causa da variabilidade interindividual, reflexo de diferenças na absorção, estoque corporal, metabolismo da vitamina D e resposta dos tecidos-alvos aos seus metabólitos ativos. É cada vez mais comum o encontro de intoxicação por essa vitamina na prática clínica. Material e métodos: Relato de 4 pacientes em reposição de vitamina D manipulada, que se apresentaram ao nosso serviço com clínica de hipercalcemia. Exames à admissão CaT VR: 8,6-10 Cai VR: 1,101,35 P VR: 2,7-4,5 25(OH) VD VR: 14-80 1,25(OH) VD VR: 16-60 PTH VR: 4-58 Cr VR: 0,5-0,9 Paciente 1 13,2 1,95 3,3 69 36,5 8 4,8 Paciente 2 14,4 1,95 2,3 43,5 59,9 25 1,7 Paciente 3 12,3 1,9 4,2 76,5 33,8 8 Paciente 4 16,9 2,10 3,0 150 3 2,01 CaT: cálcio total (mmol/L); Cai: cálcio iônico (mmol/L); P: fósforo (mg/dl); 25 (OH) vitamina D: ng/ml; 1,25(OH) vitamina D: pg/ml; PTH: paratormônio (pg/ml); Cr: creatinina (mg/dl). Todos os pacientes apresentavam-se à admissão com hipercalcemia. Exceto o paciente 4, no qual os níveis de 25OH vitamina D encontravam-se elevados, o diagnóstico de intoxicação por essa vitamina foi oneroso e difícil. Com o objetivo de descartar malignidades e hiperparatireoidismo primário, uma ampla propedêutica foi realizada: EDA, TC crânio, tórax, abdome, pelve, eletroforese de proteínas, mielograma, biópsia de MO, cintilografia de paratireoides e imunofixação. O seguimento ambulatorial foi fundamental para definição diagnóstica de intoxicação por erro de manipulação da vitamina D. Discussão: Será discutido quais os pacientes em que se deve investigar intoxicação por vitamina D e as manifestações clínicas do excesso dessa vitamina e a relação dos níveis de PTH, 1,25(OH)VD e hipercalcemia nesse tipo de intoxicação. Conclusão: É importante pesquisar intoxicação por vitamina D em todo caso de hipercalcemia sem etiologia definida. Deve-se atentar também para o uso de formulações manipuladas, o que aumenta o risco de erros de dosagem. Apesar de não ser tão comum, a possibilidade de intoxicação por vitamina D existe, principalmente em pacientes idosos, nefropatas e portadores de hiperparatireoidismo, sendo, portanto, essencial a dosagem do cálcio antes de se iniciarem as reposições, além do acompanhamento com dosagens da calcemia e calciúria quando da reposição de vitamina D. A escolha do laboratório de manipulação e a interação dele com o médico é de extrema valia para que esse tipo de erro não ocorra. P126 DÉFICIT DE VITAMINA D NO PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA BARIÁTRICA Cruz DTS1, Ferraz SEJ1, Kuroki TMC1, Mello PFLSO1, Oliveira MG1, Moura F1 1 Clínica de Endocrinologia do Recife, Recife, PE, Brasil A cirurgia bariátrica (CB) é cada vez mais frequente em virtude da epidemia de obesidade. As técnicas mais utilizadas possuem um componente restritivo e disabsortivo, o que pode causar déficit de várias vitaminas e minerais, sendo necessário realizar a suplementação vitamínica em pacientes com déficit de vitamina D (1) (2). O déficit de vitamina D no pós-operatório de CB é um agravante nesse estado e os dados são conflitantes. Alguns estudos mostram que a condição é preexistente (1) (2) e outros afirmam que ela é causada ou agravada pela cirurgia (3) (4) (5) (6) (7). Não se encontraram na literatura dados brasileiros sobre esse tópico. O presente estudo analisa os dados sobre o status de vitamina D no pós-operatório de CB em um serviço privado na cidade do Recife, no período de 2005 a 2009. Pacientes e métodos: Foram avaliados todos os pacientes adultos (entre 18 e 60 anos) de ambos os gêneros, submetidos à CB há no mínimo seis meses, por técnica de Forbe Capelle, no período de 2005 a 2009, em uso regular de multivitamínicos. Foram critérios de exclusão: idade acima de 60 anos e uso de medicamentos que interfiram no metabolismo da vitamina D. Foi realizada dosagem de cálcio, fósforo, albumina, PTH e 25-hidroxivitamina D3 em todos os pacientes, que deram consentimento para participar do estudo. Foram considerados valores normais: vitamina D ≥ 30 mg/ dl; PTH normal = 15 a 65 pg/ml; cálcio = 8,8 a 10,2 mg/dl; fósforo = 2,5 a 4,5 mg/dl; albumina = 4 a 5 g/dl. Resultados: Foram avaliados 43 pacientes. Desses, 2 possuíam critérios de exclusão. Dos 41 pacientes analisados, 9 eram do sexo masculino e 32, feminino. 27 pacientes (aproximadamente 65,8%) apresentavam vitamina D menor que 30 mg/dl. 3 pacientes (7%) apresentavam cálcio abaixo dos valores considerados normais. 19 pacientes (46%) apresentavam PTH aumentado. A dosagem de fósforo em todos os pacientes se encontrava normal. Discussão e conclusão: O déficit de vitamina D no pós-operatório de CB foi muito frequente (65,8%), o que é compatível com os dados encontrados na literatura. Essa população deve ser considerada de risco, já que na população total é esperado um déficit de 30% a 50%. No entanto, não se pode afirmar que a CB causa ou agrava o déficit de vitamina D, haja vista não se dispor dos valores pré-operatórios. A frequência de hiperparatireoidismo observada é justificada pela alteração da concentração de vitamina D. O desenho desse estudo sugere que a análise de vitamina D faça parte do protocolo do pré e pós-operatório desses pacientes. P127 FATOR SOCIOECONÔMICO COMO DETERMINANTE PARA O DESENVOLVIMENTO DO SOBREPESO OU OBESIDADE EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES Amorim SD1,Azevedo LB1, Mariz LS2, Santiago JS1, Santos ZM3, Cardoso MAA1, Gomes AT1, Medeiros CCM1 Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Campina Grande, PB. 2 UEPB e Universidade de Pernambuco (UPE), Recife, PE. 3 Assistente Social 1 Introdução: Estudos afirmam que os hábitos dietéticos e predisposição para o problema do sobrepeso e obesidade são criados por uma inter-relação contínua com as condições sociais e dependem mais da influência dos fatores econômicos do que da educação nutricional. Considerando que o reconhecimento dos fatores para o sobrepeso e a obesidade constitui prática fundamental no desenvolvimento de ações voltadas para o controle de ambos, o referente estudo tem o objetivo de avaliar a influência do fator socioeconômico na determinação dessa problemática em crianças e adolescentes. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal quantitativo realizado no período de agosto de 2008 a abril de 2010 em pacientes entre 2 e 18 anos com diagnóstico de sobrepeso e obesidade para um percentil ≥ a 97 (CDC, 2002). Analisaram-se 227 questionários a fim de avaliar a renda familiar, recebimento de auxílios governamentais, escolaridade dos pais, além de faixa etária e sexo. Resultado: Dos 227 questionários analisados, 20 foram excluídos porque os pacientes faziam uso de corticoides ou apresentavam alguma doença crônico-degenerativa, reformulando a amostra para 208 S293 TEMAS LIVRES crianças e adolescentes. Sobre a renda de cada grupo familiar, 24% vivem com menos de um salário mínimo, 35,1% entre um e dois, 18,75% entre dois e três, 12,5% entre três e quatro e 10,5% acima de quatro. Os programas de incentivos financeiros do governo beneficiam 16,34% dos pacientes, sendo 13,46% desses referentes à Bolsa Família, 0,96% à Bolsa Jovem e 1,92% à Bolsa Escola. Com relação à escolaridade das mães, foi verificado que 3,36% são analfabetas, 39,42% possuem ensino fundamental, 37,5%, ensino médio, 17,78%, ensino superior e 1,92% não conseguiram mensurar essa informação. A classificação segundo a faixa etária agrupa 8,17% de pré-escolares, 22,1% escolares e 69,71% de adolescentes. Do total, 37,5% eram do sexo masculino e 62,5% do sexo feminino. Conclusão: O excesso de peso mostrou-se mais evidente nas camadas sociais menos favorecidas, em que os pais têm pouca escolaridade. Os programas governamentais têm beneficiado uma significante parcela da população estudada e, apesar de ser uma quantia irrisória, tem elevado a renda per capita das famílias e o acesso a bens de consumo e alimentação. Destaca-se que o aumento da renda não reflete na escolha de alimentos saudáveis, sendo assim, a orientação nutricional por profissionais torna-se requisito essencial para reversão do quadro de obesidade da população. P128 AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE O SEDENTARISMO E A OBESIDADE COM O DIABETES MELITO Araújo CQB1, Bruno ELA1, Couto JP1, Teixeira JVM1, Andrade JSO1, Lima LS1, Medeiros MUF1, Sá RMN1 Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande, Campina Grande, PB, Brasil 1 Introdução: Realizando uma avaliação dos fatos que ocorreram no século XX, observa-se uma modificação agressiva nos hábitos dietéticos e no estilo de vida, o que acarretou aumento da obesidade e sedentarismo. Essas mudanças provocaram significativo impacto sobre a saúde e a mortalidade de grandes populações, representando, dessa forma, um grave problema de saúde pública. Publicações relevantes e atuais sugerem que a prevalência da obesidade tem aumentado em taxas alarmantes, incluindo países desenvolvidos e subdesenvolvidos. O ganho de peso na vida adulta é proporcional ao risco de se adquirir diabetes melito (DM), enquanto o nível de atividade física é inversamente proporcional. Material e métodos: Realizou-se um estudo observacional, analítico e de delineamento transversal, com uma amostra não probabilística cuja faixa etária varia entre 45-78 anos. Utilizou-se um questionário interrogativo sobre o sedentarismo e o DM acrescido do cálculo das medidas antropométricas (peso, altura) em condições padronizadas. Resultados: Participaram da pesquisa 256 sujeitos dos quais 73,81% pertenciam ao sexo feminino. A prevalência da população sedentária na nossa esfera foi de 42,25% (17,4% do sexo masculino e 82,6% do sexo feminino); 68,25% apresentavam IMC > 30 (27,90% do sexo masculino e 72,09% do sexo feminino) e 14,28% (27,77% do sexo masculino e 72,22% do sexo feminino) referem ser portadores de DM. Conclusão: O atual levantamento da prevalência de fatores de risco numa subpopulação de indivíduos já com alto risco para doença coronariana mostra a importância de diagnosticar essa entidade e, a seguir, rastrear os indivíduos diagnosticados quanto aos demais agravantes frequentemente presentes. É essencial a identificação desses indivíduos como um grupo-alvo para a tomada de ações preventivas cardiovasculares em nível individual e populacional. Em nível mais precoce ainda, a intervenção ideal é a prevenção do DM, obesidade e sedentarismo. Ela pode ser obtida, pelo menos parcialmente, a partir de programas de saúde, dirigidos às populações com maior risco para a doença (indivíduos com sobrepeso e obesidade, além de sedentários, em especial), que estimulem a atividade física e a redução de peso corporal. S294 P129 SÍNDROME DA RESISTÊNCIA AOS HORMÔNIOS TIREOIDIANOS Lacerda SG1, Barbosa ACN1, Costa DA1, Fernandes IC1, Barbosa PEA1, Sá RMN1, Ferreira MFL1 Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande (FCM-CG), Campina Grande, PB, Brasil 1 Introdução: A síndrome da resistência aos hormônios tireoidianos (SRHT) caracteriza-se por uma mutação no receptor β dos hormônios tireoidianos (HT), ocasionando aumento nos níveis de HT com TSH não suprimido. Atinge 1/50.000 recém-nascidos, acometendo igualmente ambos os sexos. Pode-se classificar a SRHT em duas entidades: resistência generalizada aos hormônios tireoidianos (RGHT), caracterizando-se pela resistência tecidual periférica e hipofisária aos HT, e resistência hipofisária aos hormônios tireoidianos (RHHT), a qual apresenta maior grau de resistência hipofisária quando comparada a RGHT. Por meio dessa revisão bibliográfica, objetiva-se analisar os aspectos clínicos e terapêuticos da SRHT. Materiais e métodos: A realização desta revisão literária foi baseada em estudos retrospectivos, artigos científicos e ensaios literários em língua inglesa e portuguesa. Resultados: A severidade da SRHT pode variar. Assim, alguns indivíduos podem apresentar sinais e sintomas de hipertireoidismo por causa do aumento da síntese/secreção de HT, tais como taquicardia, avanço da idade óssea ou hiperatividade. O mesmo indivíduo pode, ainda, apresentar sintomas de ambos, excesso e deficiência de HT. O principal diagnóstico diferencial deve ser feito com tumores produtores de TSH, ocorrendo na SRHT uma resposta preservada do TSH ao TRH, e não há predomínio da subunidade alfa, como ocorre nos tireotropinomas. Até o momento não há tratamento específico para a SRHT, porém a maioria dos pacientes encontra-se compensada em razão dos altos níveis de T3 e T4 livres. Conclusão: A SRHT deve sempre ser cogitada nos pacientes com elevação dos níveis de HT com TSH normal ou aumentado. Deve-se estar atento para o seu principal diagnóstico diferencial, os tireotropinomas. A apresentação clínica mostra-se bastante variável e, embora não haja tratamento específico até o presente momento, a iniciação da terapêutica com levotiroxina deve ser realizada em pacientes com sinais e sintomas de hipotireoidismo, podendo haver necessidade da utilização de doses elevadas para vencer a resistência periférica, principalmente em crianças com baixa estatura, retardo mental ou déficit de atenção. P130 SÍNDROME DE KLINEFELTER SE APRESENTANDO COM DIABETES TIPO 2 E ÚLCERAS DE PERNA – RELATO DE CASO Nóbrega MBM1, Ramos AJS1, Nóbrega MP1, Ramos RA1, Lucena RMB1, Colares VNQ1, Bernardes LP¹ 1 Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Campina Grande, PB, Brasil Introdução: A síndrome de Klinefelter resulta de uma alteração genética que acomete homens, na sua maioria com cariótipo 47,XXY. Caracteriza-se por hipogonadismo hipergonadotrófico e apresentase com aparência eunucoide, escassez de pelos, ginecomastia, testículos pequenos, infertilidade e anormalidade comportamental. Úlceras de perna são frequentemente associadas, com uma prevalência de 6% a 13%, sendo resultado de uma combinação de fatores, incluindo atraso na cicatrização por anomalias genéticas do tecido conjuntivo, maior frequência de insuficiência venosa devida à morfologia particular (obesidade, alta estatura) ou à deficiência androgênica e distúrbios hemostáticos, como hiperagregabilidade plaquetária e diminuição da fibrinólise. O hipogonadismo pode levar também à adiposidade abdominal, aumentando o risco de síndrome metabólica e do desenvolvimento de diabetes tipo 2. Objetivos: Relatar um caso de úlcera de perna em paciente diabético como queixa principal da síndrome de Klinefelter. Materiais e métodos: Dados obtidos do TEMAS LIVRES prontuário do paciente. Resultados: JBS, 44a, M, solteiro, natural e procedente de Cuité/PB, procurou nosso serviço de pé diabético com história de úlceras nas pernas há oito meses, acompanhadas de edema, parestesias e câimbras. A história médica incluía dificuldade de aprendizado e comportamento agressivo, já tendo praticado um homicídio. Nos antecedentes patológicos, tinha DM2 e HAS há nove anos em uso de metformina 500 mg/d e captopril 75 mg/d. Etilismo cessado há 10 anos. O exame físico revelou duas úlceras na perna direita, superficiais, com 5 cm de diâmetro, de bordas irregulares e fundo sujo, sinais flogísticos perilesional com dermatite crônica, pulsos periféricos presentes. Apresentava biotipo eunucoide, altura de 195 cm, segmento inferior de 110 cm, envergadura de 210 cm, peso de 137,5 kg, IMC de 36 kg/m2, além de, ginecomastia, testículos pequenos, implante de cabelo baixo e pelos esparsos. Exames laboratoriais: Hb (11,2 g/dL) e Hcto (26,8%); TG (182 mg/ dl), CT (221 mg/dl), HDL (39 mg/dl) e LDL (146 mg/dl); FSH (30.09 mUI/ml, VN: 1,2-19,2), LH (8,17 mUI/ml, VN: 0,8-8,6) e testosterona (15,8 ng/dl, VN: 245-1600), indicando hipogonadismo hipergonadotrófico. Cortisol basal, HGH, IGF-1 e funções renal, hepática e tireoidiana normais. O Rx sela túrcica sem alterações, e o cariótipo, realizado pela técnica de bandamento G, revelou um cariótipo 47 XXY, que é diagnóstico de síndrome de Klinefelter. Conclusão: É importante considerar a síndrome de Klinefelter em pacientes do sexo masculino com úlceras crônicas de perna. Seu diagnóstico é importante, visto que a correção do hipoandrogenismo se correlaciona com a cura da úlcera e, ainda, evita ou reduz as complicações decorrentes do hipogonadismo. P132 A SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS TEM EFEITO INDEPENDENTE NOS NÍVEIS DA PROTEÍNA 4 LIGADORA DO RETINOL (RBP4), MAS NÃO NOS NÍVEIS DA ADIPONECTINA Caldas G1, Vasconcelos A2, Cerqueira J3, Catão D4, Geloneze B5, Tambascia A5, Calixto A5, Costa L6 Hospital Agamenon Magalhães, Sistema Único de Saúde (SUS), Universidade de Pernambuco (UPE), Recife, PE. Curso em Ciências da Saúde, UPE. 2 Hospital Agamenon Magalhães, SUS, UPE, Recife, PE. 3 Universidade Federal do Piauí (UFPI), Teresina, PI. 4 UPE. 5 Disciplina de Endocrinologia e Metabologia, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Campinas, SP. 6 Disciplina de Tocoginecologia, Faculdade de Ciências Médicas, UPE, Recife, PE, Brasil 1 Introdução: Pacientes com a síndrome dos ovários policísticos (SOP) podem apresentar um quadro de resistência à insulina (RI). A identificação desse subgrupo de pacientes com SOP e RI tem sido difícil na prática clínica. A utilização de marcadores séricos de RI, tais como a adiponectina e a proteína 4 ligadora do retinol (RBP4), portanto, necessita ser estudada em pacientes com SOP. Objetivos: Avaliar os níveis de adiponectina e RPB-4 nas mulheres com SOP, suas relações com marcadores clínicos e laboratoriais de RI. Métodos: Num estudo de corte transversal, foram comparados os níveis de adiponectina e RBP4 em 48 pacientes com SOP e 48 controles, entre 17 e 35 anos de idade. Foi realizada uma correlação (Spearman) univariada entre as adipocinas e idade, índice de massa corporal (IMC), circunferência abdominal (CA), perfil lipídico, glicose plasmática, insulinemia, HOMA-IR, pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD), hirsutismo, acantose nigricans, testosterona sérica. Uma análise de regressão multivariada foi realizada para estimar o efeito independente da SOP e dos parâmetros clínicos e metabólicos nos níveis das adipocinas. Foi considerada uma associação estatisticamente significante quando p < 0,05. Resultados: Não foi observada diferença nos níveis de adiponectina e RPB-4 entre as pacientes com SOP e controles (7,03 ± 4,29 vs. 7,53 ± 4,44 p = 0,576 para a adiponectina e 184,44 ± 37,61 vs. 173,32 ± 25,14 p = 0,092 para o RBP4). Os marcadores laboratoriais de RI não mostraram efeito independente na predição da adiponectina e RPB-4. Contudo, a presença da SOP, per se, foi o único fator preditor dos níveis de RBP4. Conclusão: Os níveis de adiponectina e RPB-4 foram semelhantes no grupo SOP e controle, portanto não conseguindo identificar um subgrupo de pacientes com RI. A SOP teve efeito independente na determinação dos níveis de RBP4. P134 Tempo de diagnóstico de diabetes melitO tipo 2 e influência no controle glicêmico em pacientes com obesidade grau I submetidos À Gastroplastia redutora com reconstituição em Y de Roux Lins DC1, Pedrosa IA1, Lins DC1, Ferraz AA2, Sa VC2, Durão SF1 1 Universidade de Pernambuco (UPE). 2 Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife, PE, Brasil Objetivo: O objetivo do presente estudo foi avaliar se o tempo de diagnóstico da DM tipo 2 teria influência no controle glicêmico em pacientes submetidos ao bypass gástrico. Material e métodos: Foram analisados, de maneira retrospectiva, 27 pacientes de um total de 1.139 pacientes operados no período de 2002 a 2008. Os critérios de inclusão foram: 1. pacientes submetidos ao bypass gástrico em Y de Roux proximal; 2. portadores de diabetes melito tipo 2; 3. pacientes que tinham no pré-operatório o IMC entre 30 e 35 kg/m2; 4. pacientes sem terem níveis glicêmicos controlados com o tratamento clínico. Os pacientes eram portadores de DM2 há 8,8 anos e estão com seguimento médio de 20 meses. O diagnóstico do diabetes melito tipo 2 e a meta de controle glicêmico seguiram os critérios estabelecidos pela Associação Americana de Diabetes. Para investigar se o tempo de diagnóstico teria influência no controle glicêmico, dividiu-se a amostra em dois grupos, usando como referência a mediana da amostra, que era de sete anos. Portanto, foram divididos em dois grupos: grupo I – os com diagnóstico há menos de sete anos e grupo II – os com diagnóstico há mais de sete anos. Resultados: 1. Pacientes do grupo I apresentaram melhor controle glicêmico quando comparados aos pacientes do grupo II (p < 0,03). Após um seguimento médio de 20 meses, nos pacientes do grupo I – com diagnóstico a menos de sete anos – foi visto que 13 (93%) dos 14 pacientes estudados atingiram as metas de controle glicêmico sem a necessidade de uso de medicaçãon enquanto apenas 7 (53%) dos 13 pacientes estudados no grupo II alcançaram essa meta. Conclusão: Os pacientes com diagnóstico recente têm melhor controle glicêmico e necessitaram menos de medicações em resposta ao tratamento cirúrgico comparativamente aos com diagnóstico mais tardio. P135 TERATOMA IMATURO DE OVÁRIO: RELATO DE CASO Magalhães LB1,Araújo CQB1, Bruno ELA1, Couto JP1,Teixeira JVM1, Magalhães MAF2, Sá RMN1 Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande (FCM-CG), Campina Grande, PB. 2 Médico Oncologista 1 Introdução: Os teratomas imaturos também chamados teratomas malignos são derivados de células predispostas à diferenciação somática de todos os folhetos embrionários. São raros, representam menos de 1% dos teratomas ovarianos, embora ocupem o primeiro lugar em frequência entre os tumores germinativos malignos não disgerminomas. Em menos de 10% dos casos, são causa de abdome agudo, resultado de ruptura ou torção do anexo, secundário ao crescimento do tumor. Métodos: Relato de caso de teratoma imaturo de ovário, em que os dados foram obtidos a partir da análise do prontuário médico e demais informações extraídas de acervos bibliotecários. Discussão: Paciente DCRT, 40 anos, multípara, G3/P3/A0, com queixa de dor inespecífica em região pélvica há dois meses. Sem comorbidades associadas, nega antecedentes pes- S295 TEMAS LIVRES soais e familiares relevantes. O exame ginecológico revelou útero de tamanho normal, anexo esquerdo aumentado de volume com diâmetro aproximado de 5 cm e anexo direito com volume e forma normais. Foi realizada ultrassonografia endovaginal, que revelou útero com tamanho e superfície normais, presença de tumor ovariano esquerdo com diâmetro de 4,8 cm, aspecto multiloculado com componentes sólidos no seu interior, septações grosseiras. Ovário direito de características normais. A dosagem plasmática de CA-125 foi de 25,5 UI/ml e alfafetoproteína de 1.1 ng/ml. Com base no aspecto macroscópico da tumoração em ovário esquerdo, houve ampliação do procedimento cirúrgico, sendo realizadas histerectomia e ooforectomia bilateral e diagnosticado, após biópsia, teratoma imaturo em ovário esquerdo com infiltração de sua cápsula. Exames clínicos, laboratoriais e imaginológicos definiram o estádio IC. Foi seguido de tratamento quimioterápico antineoplásico com quatro ciclos da associação BEP (bleomicina + etoposideo + platina). Durante o tratamento quimioterápico adjuvante a paciente apresentou toxicidade gástrica grau 2 (três a cinco episódios de náusea e vômitos ao dia por cerca de 48 horas) e intestinal grau 0 (não apresentou episódios de diarreia). Conclusão: Teratoma é o termo concedido ao tumor de células germinativas mais comum nos ovários. Originam-se de células germinativas primitivas que migram para o ovário no início da vida embrionária. A referida paciente desde o término da terapia até a presente data vem evoluindo satisfatoriamente, sem apresentar sinais e/ou sintomas, nem indícios laboratoriais (embora tivesse valor dentro dos limites da normalidade antes do início do tratamento, a dosagem sérica da alfafetoproteína ainda é solicitada) nem imaginológicos de doença tumoral recidivante nem metastática. P136 TRATAMENTO MULTIPROFISSIONAL A CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM SOBREPESO OU OBESIDADE: UMA ESTRATÉGIA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE Azevedo LB1, Amorim SD2, Gonzaga NC3, Mariz LS4, Cardoso MAA5, Gomes AT5, Medeiros CCM5 1 Projeto de Extensão, Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). 2 UEPB. 3 Projeto de Iniciação Científica (PIBIC). 4 UEPB e Universidade de Pernambuco (UPE). 5 Núcleo de Estudos e Pesquisas Epidemiológicas (NEPE), UEPB, Campina Grande, PB, Brasil Introdução: Obesidade é uma doença grave e, quando se manifesta na infância, pode ocasionar o surgimento de comorbidades, antes mesmo da vida adulta. Visto a necessidade de verificar a importância do acompanhamento multidisciplinar no decorrer desse tratamento, o Centro de Obesidade Infantil de Campina Grande/PB é formado por uma equipe multiprofissional, constituído por: assistente social, psicólogos, nutricionistas, educador físico, enfermeiro, farmacêutico e endocrinologista, que estão disponíveis para realizar atendimento periódico e gratuito. O objetivo deste estudo é verificar a relevância do trabalho prestado pela equipe multidisciplinar no tratamento de crianças com excesso de peso. Metodologia: Tratase de um relato de experiência qualitativo que teve início no mês de agosto de 2008 no Centro de Obesidade Infantil de Campina Grande. Acadêmicos de enfermagem e farmácia executam a triagem inicial aplicando um questionário misto e realizando a antropometria. Em seguida, o paciente é atendido pela assistente social, em consulta única, que aborda os aspectos socioeconômicos. Ao serviço de endocrinologia compete a avaliação do estado clínico geral e a solicitação dos exames laboratoriais e da bioimpedância. Após S296 o atendimento médico, o paciente é encaminhado ao nutricionista, que julga os hábitos alimentares, e ao preparador físico, que disponibiliza um programa de atividade física. Alguns casos específicos também são encaminhados para a psicologia. Quanto à periodicidade dos atendimentos, a endocrinologista realiza consultas trimestralmente, a enfermeira verifica as medidas antropométricas mensalmente, a nutricionista e o educador físico executam suas atividades bimestralmente. Resultados: A partir desse acompanhamento multidisciplinar, os pacientes incluídos no tratamento do ambulatório obtêm a oportunidade de serem acompanhados pela maioria dos profissionais, que interagem na discussão sobre seu estado clínico e avaliam a sua evolução. Por meio de eventos ocorridos no ambulatório, é perceptível a interação dos profissionais com as crianças, fator importante para que haja melhor eficácia ao tratamento. Infelizmente, há alguns pacientes que não respeitam as datas dos exames laboratoriais e de alguns atendimentos, fato que poderá implicar o retardo ou ausência de resultados positivos. Conclusão: Nota-se que é possível reunir uma equipe multidisciplinar focada no mesmo objetivo, para realizar um trabalho contínuo que possibilite meios nos quais os pacientes alcancem efeitos satisfatórios. Quando o paciente adere ao plano terapêutico de modo rigoroso, não faltando às consultas, obtém bom êxito no tratamento. P137 Uso de medicações hipoglicemiantes no préoperatório de pacientes com diabetes melitO tipo 2 e obesidade grau I submetidos a bypass gástrico em Y de Roux e sua influência no controle glicêmico Lins DC1, Sa VC2, Ferraz AA2, Lins DC1, Durão SF1, Carvalho THF1, Chalegre KP1 Universidade de Pernambuco (UPE). 2 Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife, PE, Brasil 1 Objetivo: O presente estudo tem como objetivo avaliar o uso de medicações hipoglicemiantes no pré-operatório e sua relação com o controle glicêmico em pacientes com diabetes melito tipo 2 (DM2) e obesidade grau I submetidos ao bypass gástrico em Y de Roux (BGYR). Material e método: Foram analisados, de maneira retrospectiva, 27 pacientes de um total de 1.139 operados no período de 2002 a 2008. Os critérios de inclusão foram: 1. pacientes submetidos ao BGYR; 2. portadores de DM 2 segundo critérios da ADA; 3. pacientes que tinham no pré-operatório o IMC entre 30 e 35 kg/m2. Para investigar se necessidade de insulina no pré-operatório teria influência nas alterações glicêmicas, dividiu-se a amostra em dois grupos, comparando-se os pacientes tratados somente com hipoglicemiantes orais com os que necessitam de insulina. Resultados: A análise do grupo de pacientes usuários de insulina (6 casos) mostrou que a glicemia de jejum média foi de 98 mg/dl e a HbA1c, de 6,0%. O controle glicêmico eficaz, sem medicação, aconteceu em 5 (83%) dos 6 casos. Cinco pacientes (83%) não necessitaram da insulinoterapia. Apenas 1 paciente que usava anteriormente 168 UI de insulina associada a dois hipoglicemiantes e após o BGYR diminui sua dose em 72% e não necessita mais de medicações orais, encontrando-se com HbA1c de 6,4% e GJ de 100 mg/dL em 30 meses de seguimento. No grupo de pacientes que não usaram insulina (21 casos), a glicemia de jejum média foi de 92 mg/dL e a HbA1c, de 5,9%. Quinze (71%) pacientes não necessitaram de medicação hipoglicemiante no pósoperatório. Conclusão: Apesar dos níveis mais elevados da HbA1c nos usuários de insulina, os níveis glicêmicos são semelhantes e não houve diferença na resolução, no controle glicêmico e na melhora do DM2 TEMAS LIVRES P138 VARIAÇÃO DO ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA EM CRIANÇAS ATENDIDAS EM UM AMBULATÓRIO DE OBESIDADE Azevedo LB1, Amorim SD2 , Mariz LS3, Alburquerque FCL4, Werner RPB5, Cardoso MAA6, Ramos AT6, Medeiros CCM6 Projeto de Extensão, Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). 2 UEPB. UEPB e Universidade de Pernambuco. 4 Instituto Elpídeo de Almeida (ISEA). 5 Projeto de Iniciação Científica (PIBIC), UEPB. 6 Núcleo de Estudos e Pesquisas Epidemiológicas (NEPE), UEPB, Campina Grande, PB, Brasil 1 3 Introdução: O índice de massa corpórea (IMC) é um preditor internacional que fornece a medida mais útil da prevalência de obesidade entre as populações. Recomenda-se o uso do IMC para classificar o risco de comorbidades associadas ao estado nutricional em crianças a partir dos 2 anos de idade. Sabendo-se que o sobrepeso e a obesidade infantil e juvenil tornaram-se uma questão de saúde relevante, objetiva-se com este estudo avaliar a variação do IMC dos pacientes que se encontram em tratamento em um ambulatório de obesidade. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal quantitativo, em que foram avaliados o peso e a estatura de 133 crianças e adolescentes entre 2 e 18 anos, atendidos desde abril de 2009 a março de 2010. Foram excluídos os pacientes que não tinham avaliação com pelo menos um mês de acompanhamento ou que apresentaram dados ausentes. Foram considerados as datas e os dados antropométricos da primeira consulta e da última, realizando-se, assim, comparação e avaliação do acompanhamento ambulatorial. Para análise estatística, foi utilizado o programa SPSS versão e13, categorizando o tempo de acompanhamento, 1-3 meses, 4-6 meses, 7-9 meses e 10-12 meses. Resultados: Das 166 crianças e adolescentes avaliados, 14 não tinham avaliação com pelo menos um mês e para 9 faltavam alguns dados. Assim, a amostra foi composta por 133 crianças e adolescentes. A frequência de acompanhamento foi diminuindo com o tempo. Em relação à variação do IMC: 63,2% perdeu, 4,5% manteve e 32,3% ganhou peso. Conclusão: Verificou-se uma diminuição expressiva do IMC em grande parte da população estudada, principalmente do primeiro ao nono mês de atendimento, demonstrando a importância do acompanhamento especializado no tratamento de crianças e adolescentes com excesso de peso. De acordo com os dados apresentados, observa-se que a frequência desse atendimento foi diminuindo com o passar do tempo, fato constatado pela desistência do tratamento por uma parcela relevante da população. Fazem-se necessários estudos que identifiquem as causas do abandono, que tem propiciado o aumento na incidência de sobrepeso e obesidade na infância e juventude, sendo assim, serão aplicadas as intervenções pertinentes na solução dessa problemática. P139 FRATURAS SUBTROCANTÉRICAS COM O USO PROLONGADO DE BISFOSFONATO: RESPOSTA AO RANELATO DE ESTRÔNCIO Carvalho NNC1, Camelo C1, Bandeira F1 1 Unidade de Endocrinologia e Diabetes, Hospital Agamenon Magalhães, Sistema Único de Saúde (SUS), Universidade de Pernambuco (UPE), Recife, PE, Brasil Introdução: As fraturas subtrocantéricas raramente têm sido descritas em mulheres em uso de bisfosfonato, embora em grandes estudos clínicos não tenha sido visto aumento significativo do risco durante seu uso. O ranelato de estrôncio, por ter efeito anabólico, assim como a te- riparatida, pode contribuir na consolidação dessas fraturas. Descrição: Caso 1 – Paciente feminino, 63 anos, apresentou fratura subtrocantérica de fêmur esquerdo há um ano, sem trauma, com dificuldade de cicatrização e nova fratura no mesmo local há seis meses. Tinha usado risedronato 35 mg/semana por um ano por causa da osteoporose e parado há três meses. Apresentava: sFA: 97U/L (32-92), sCTX: 470 ng/ml, s25(OH)D: 16.2 ng/ml. Iniciado zolendronato 5 mg/ano e colecalciferol 600 U/dia. Após quatro meses obteve fechamento da linha de fratura, sFA: 74 U/L (até 306), sCTX: 209 ng/ml, osteo­ calcina sérica: 12.1 ng/ml, sCa: 8.9 ng/dl, s25(OH)D: 56ng/ml, fosfatase alcalina óssea sérica (FAOS): 15U/L (14.8-43), sPTH: 25 pg/ml. Após um ano mantinha consolidação de fratura, sFA: 99 U/L, sCTX: 244 ng/ml, FAOS: 20 U/L e fez segunda dose de zolendronato 5 mg e foi aumentado colecalciferol para 800 U/dia. No final do segundo ano visto ao RX calo ósseo no local da fratura, normalização de vitamina D3 e DMO CF (T escore -1,6), DMO CL (T escore -2.5). Realizada terceira dose de zolendronato 5 mg. No terceiro ano de seguimento apresentou fratura em 1/3 médio de fêmur direito, sCTX: 109 ng/ml, osteocalcina sérica: 8.2ng/ml, sFA: 78U/L e iniciado ranelato de estrôncio (RE) 2 g/dia. Após dois meses de RE, aumentaram osteocalcina e CTX em 125% e 100%, respectivamente, com fechamento total de fratura. Caso 2 – Paciente feminino, 79 anos, usou alendronato 70 mg/semana por 10 anos e após suspensão apresentava: sCTX : 177 ng/ml, sFA: 71 U/l, sCa: 10.3 ng/dl, sPTH: 63 pg/ml, s25(OH)D: 27.4 ng/ml, DMO CF (-2.5) e DMO CL (-3.5). Após um ano sem alendronato: sCTX: 270 ng/ml, sFA: 108U/L, sCa: 9.6 mg/dl, s25(OH)D: 31 ng/ml. Iniciado ibandronato oral 150 mg/mês, porém apresentou fratura subtrocantérica de fêmur esquerdo no terceiro ano de uso. Após 10 meses não havia consolidação óssea e apresentava: sCTX: 337 ng/ml, osteocalcina sérica: 12 ng/ml, sFA: 325 U/l (até 306), 25(OH)D: 14.7 ng/ml. Prescrito colecalciferol 20000 U/semana e substituído ibandronato por RE 2 g/dia. Após três meses houve consolidação da linha de fratura, sCTX 412 ng/ml, osteocalcina sérica: 18 ng/ml e s25(OH)D: 32 ng/ml. Conclusão: Esses dados sugerem um efeito de aceleração do fechamento da linha de fratura com ranelato de estrôncio. P140 MACROPROLACTINOMA MANIFESTANDO-SE COMO AMENORREIA PRIMÁRIA Vilar L, Gusmão A, Pontes L, Montenegro L, Pontes S, Ibiapina GR, Montenegro JL, Carvalho MFL, Melo ATB, Canadas V, Gusmão A, Ferreira VS, Cunha RA, Alves GS, Campos R RSO, 27 anos, procurou o Serviço de Endocrinologia do Hospital das Clínicas da UFPE em janeiro/2010 com história de nunca ter menstruado. Também referia galactorreia, cefaleia e tonturas. Não apresentava comorbidades nem fazia uso de nenhuma medicação. Ao exame apresentava galactorreia espontânea, sem outras alterações clínicas. A investigação laboratorial revelou prolactina de 200 ng/mL (basal) e 8800 ng/mL após diluição do soro; a pesquisa de macroprolactina foi negativa. À RM evidenciou-se lesão hipofisária medindo 4,2 x 3,1 x 2,8 cm. Foi iniciado tratamento com cabergolina, na dose de 0,5 mg duas vezes por semana. No seguimento, a paciente retornou com desaparecimento da galactorreia, normalização da prolactina e ciclos menstruais regulares. S297 índice remissivo ÍNDICE REMISSIVO Albuquerque FCL .......................P081 Albuquerque JL............................P038 Albuquerque PPC.........................P092 Alburquerque FCL.......................P099, P138 Alcântara MRS..............................P039 Aleixo A.......................................P006, P015 Alencar AEF.................................P072, P073 Almeida FP...................................P045 Almeida M....................................P014, P019 Almeida MKC..............................P078, P080, P083, P098 Almeida N....................................P087 Almeida NCN .............................P036, P043, P113 Almeida R.....................................P087 Alves D.........................................P069 Alves GS.......................................P038, P044, P047, P052, P140 Amorim SD .................................P081, P127, P136, P138 Andrade JSO................................P089, P121, P128 Andrade MC.................................P037 Aragão ML...................................P082 Aragão ML...................................P097 Araújo CQB.................................P048, P049, P059, P065, P102, P121, P128, P135 Araújo E.......................................P069 Araújo IG.....................................P078, P083, P098 Araújo RR....................................P076 Araújo ST ....................................P082 Arruda J.......................................P069 Arruda TB....................................P027, P028 Asano N.......................................P002 Assunção LF.................................P036 Azevedo LB..................................P099, P127, P136, P138 Azevedo MF.................................P038 Baião AH......................................P095 Bandeira C....................................P001, P006 Bandeira E....................................P015, P020 Bandeira F ...................................P001, P002, P003, P004, P005, P006, P007, P008, P009, P010, P011, P012, P013, P014, P015, P016, P017, P018, P019, P020, P021, P139, P041 Baracho MFP................................P046 Barbosa ACN...............................P077, P079, P088, P094, P101, P108, P116, P129 Barbosa KMF...............................P033, P042 Barbosa PEA.................................P077, P079, P088, P094, P101, P108, P116, P129 Barboza Filho R............................P023, P025, P026, P029 Barreto RGO................................P045 Barros B.......................................P007, P021 Barros CB.....................................P092 Belfort P.......................................P008, P010, P015 Bernardes LP................................P072, P073, P086, P107, P114, P130 Bezerra IMA.................................P041 Bianchi LA...................................P058 Bolfi F..........................................P058 Borba AM....................................P024, P031 Braga DL......................................P022 Braga KS......................................P037 Brandão JB...................................P115, P125 Brito FLM....................................P086 S300 ÍNDICE REMISSIVO Brito P..........................................P004 Bruno ELA...................................P048, P059, P065, P089, P102, P121, P128, P135 Bruno JPB....................................P066, P070 Burle C.........................................P087 Cabral MT....................................P076 Cajueiro SEF................................P036 Calafell J.......................................P005 Caldas ADA..................................P030 Caldas G.......................................P132 Calixto A......................................P132 Câmara PRA.................................P051, P071 Camelo C.....................................P139 Campos JM..................................P075, P090 Campos R ...................................P140, P044, P047, P052 Canadas V....................................P044, P047, P052, P140 Cardoso AS .................................P081, P074, P099, P120 Cardoso MAA..............................P074, P099, P118, P120, P127, P136, P138 Carvalho AP.................................P034, P039 Carvalho E...................................P002, P008 Carvalho EH ...............................P095 Carvalho GL.................................P091, P092 Carvalho MFL..............................P044, P047, P052, P140 Carvalho NNC.............................P139 Carvalho SL..................................P082, P097 Carvalho TF.................................P075 Carvalho THF..............................P137 Castro FM....................................P097 Castro LF.....................................P023, P025, P026, P029 Casulari LA .................................P023, P024, P025, P026, P027, P028, P029, P030, P031, P038, P076 Catão D........................................P132 Cavalcanti P..................................P087 Cavalcanti TB...............................P003 Cerqueira J...................................P132 Chagas F......................................P001 Chalegre KP.................................P075, P137 Chalegre KPA...............................P090 Chaves EFC..................................P091 Clementino ELC..........................P099 Colares JKB..................................P123 Colares VNQ................................P130 Corrêa EC....................................P023, P025, P026, P029 Corrêa LF.....................................P027, P028 Cortês G.......................................P038 Costa DA.....................................P094, P129 Costa GJF.....................................P086, P114 Costa ID......................................P077, P079, P088, P101, P108, P116 Costa L.........................................P132 Costa R........................................P009 Costa S.........................................P005 Coutinho LCQM.........................P059, P065, P102 Coutinho LQCM.........................P048 Couto JP......................................P048, P059, P065, P089, P102, P121, P128, P135 Cruz CG......................................P035, P040, P050, P060, P063, P078, P080, P083, P098 S301 ÍNDICE REMISSIVO Cruz CRC....................................P091 Cruz DTS.....................................P126 Cunha RA....................................P038, P044, P047, P052, P140 Damasceno Neto PN....................P100 Dantas D......................................P001, P019 Dantas NP....................................P100 Darvenne F...................................P023, P025, P026, P029 Dia INB.......................................P115 Dias APG.....................................P115, P125 Dias INB......................................P125 Dias L...........................................P004 Diniz E.........................................P008, P011 Diniz ET......................................P022, P041 Diógenes L...................................P021 Domingues L................................P023, P025, P026, P029 Dourado DAO.............................P106, P110, P119 Durão SF......................................P075, P090, P134, P137 Evangelista Neto J .......................P036, P087 Falcão DM...................................P044, P047, P052 Faria AG.......................................P022 Faria MS . ....................................P038 Feitosa AML.................................P122 Fernandes IC................................P077 Fernandes IC................................P079, P088, P094, P101, P108, P116, P129 Fernandes Jr JAM.........................P092 Fernandes VO..............................P082, P084, P093, P097, P122, P123, P124 Fernandez F.................................P087 Ferraz AA.....................................P075, P134, P137 Ferraz SEJ....................................P126 Ferreira Júnior JAA . ....................P036 Ferreira MFL................................P077, P079, P088, P094, P101, P108, P116, P129 Ferreira MNL...............................P036 Ferreira VS...................................P044, P047, P052, P140 Figueiredo P.................................P038 Fiuza CM.....................................P034, P039 Fonseca Neto OCL.......................P051, P066, P067, P070, P071 Fontan D......................................P013, P017 Fontenelle T.................................P001 França MM...................................P058 França W......................................P087 Freitas AV.....................................P100 Freitas C.......................................P013 Freitas VC....................................P077 Freitas YGPC................................P046 Geloneze B...................................P132 Góis LCP.....................................P078, P083, P098 Gomes AT....................................P127, P136 Gomes LS.....................................P046 Gondim F.....................................P004, P020 Gondim S.....................................P013 Gonzaga MF................................P023, P025, P026, P029 Gonzaga NC................................P074, P099, P120, P136 Griz L...........................................P004, P007, P008, P010, P014, P017, P018, P041 Guimarães MA..............................P035, P040, P050, P060, P063, P078, P080, P083, P098 S302 ÍNDICE REMISSIVO Gurgel MHC................................P122, P123 Gusmão A ...................................P044, P047, P052, P140 Hirosawa RM...............................P058 Holanda N...................................P010 Holanda N...................................P018 Ibiapina GR..................................P038, P044, P047, P052, P140 Jamacaru FVF...............................P084, P093, P124 Januario AMS...............................P022 Kim IC.........................................P072, P073 Kuroki TMC................................P126 Lacerda CM.................................P066, P067, P070 Lacerda DFM...............................P036 Lacerda SG...................................P077, P079, P088, P094, P101, P108, P116, P121, P129 Lages MV.....................................P115 Lamour S......................................P087 Lauria MW...................................P115 Leal AAF .....................................P081, P118, P120 Leite SFB......................................P022 Lima DL.......................................P091 Lima JG........................................P046 Lima LS........................................P128 Lins DC.......................................P075, P090, P134, P137 Lofrano-Porto A...........................P030 Lopes J.........................................P019 Lucena RMB................................P072, P073, P086, P107, P114, P130 Macedo LF...................................P041 Machado LCA..............................P053, P054, P055, P056, P057, P062 Magalhães JE................................P022 Magalhães K.................................P002, P014 Magalhães LB...............................P059, P089, P135 Magalhães MAF............................P135 Mariz LS......................................P099, P127, P136, P138 Marques PO ................................P035, P040, P050, P060, P063, P080, P098 Marques T....................................P017 Marques TF..................................P041 Martins C.....................................P010, P018 Maurício V...................................P053 Maurício V...................................P054, P055, P056, P057, P062 Medeiros CCM ...........................P074, P081, P099, P118, P120, P127, P136, P138 Medeiros FP.................................P102 Medeiros Jr PF.............................P049, P059 Medeiros L...................................P009 Medeiros MO...............................P102, P121 Medeiros MUF.............................P128 Mello PFLSO...............................P126 Melo ATB....................................P044, P047, P052, P140 Melo GCMP.................................P036 Melo IP........................................P100 Melo MMA..................................P074, P120 Mendes AL...................................P058 Mendes PP...................................P123 Menezes Dantas AM.....................P100 Mesquita CEC..............................P123 Mesquita SS..................................P122 S303 ÍNDICE REMISSIVO Miranda AK..................................P007, P009 Montarroyos D.............................P087 Monteiro A...................................P011 Monteiro LZ................................P097 Montenegro APDR......................P082, P097, P122 Montenegro JL.............................P044, P047, P140 Montenegro Jr RM . ....................P038, P082, P084, P093, P097, P122, P123, P124 Montenegro L..............................P038, P044, P047, P052, P140 Montenegro RM..........................P038, P082, P084, P093, P097, P122, P124 Montenegro RP............................P051, P066, P067, P070, P071 Moraes CE...................................P092 Moraes FL....................................P080, P083 Moraes M.....................................P002 Moraes MEA ...............................P084, P093, P124 Moraes MO..................................P084, P093, P124 Morais VLL..................................P043, P113 Moreira EL...................................P022 Mota AM.....................................P072, P073 Mota LAA....................................P033, P042 Mota MV.....................................P084, P093, P122, P124 Motta LDC..................................P030 Moura E . ....................................P044, P047, P052 Moura F ......................................P069, P087, P126 Moura FF.....................................P045, P091 Moura RP.....................................P058 Nascimento Neto JR.....................P033, P042 Naves LA......................................P024, P031, P038, P076 Neves AP......................................P009, P011, P018 Neves UD....................................P034 Nóbrega LHC..............................P046 Nóbrega MBM.............................P130 Nóbrega MLC..............................P046 Nóbrega MP.................................P072, P073, P086, P107, P114, P130 Nogueira AA................................P107 Nogueira MCL.............................P043, P113 Noronha JAF................................P074, P120 Noronha JF..................................P118 Novaes F......................................P087 Novaes M.....................................P087 Novaes ML...................................P091 Nunes A.......................................P006, P008, P046 Nunes V.......................................P069 Oliveira GF...................................P027, P028 Oliveira LM..................................P033, P042 Oliveira MA..................................P046 Oliveira MG.................................P126 Oliveira S......................................P009 Oliveira TRR................................P027 Oliveira TRR................................P028 Oliveira VG..................................P107, P114 Ortolan M....................................P043, P113 Pancell M.....................................P020 Parízio ITS...................................P053, P054, P055, P056, P057, P062 Pascoal AG...................................P022 S304 ÍNDICE REMISSIVO Paula WD.....................................P076 Pedrosa IA....................................P075, P090, P134 Peixoto SHP.................................P053, P054, P055, P056, P057, P062 Penaforte KL................................P082 Pequeno AS..................................P110, P119 Pereira I........................................P003 Pereira Neto A..............................P024, P031 Pinheiro LS..................................P051, P067, P071 Pinto IHGP..................................P022 Pires Neto RJ...............................P123 Ponte CMM.................................P123 Ponte GA.....................................P123 Pontes AAN.................................P053, P054, P055, P056, P057, P062 Pontes L.......................................P038, P044, P047, P052, P140 Pontes S.......................................P044, P052, P140 Pordeus ACB................................P072, P073 Queiroz ADM..............................P107, P114 Queiroz MSR...............................P110, P119 Queiroz RB..................................P033, P042 Queiroz UC.................................P072, P073 Quidute ARP................................P082, P097, P122 Rabelo G......................................P016 Ramos AJC...................................P072, P073 Ramos AJS...................................P072, P073, P086, P114, P130 Ramos ALC . ...............................P072, P074, P081, P118 Ramos AT ...................................P074, P081, P099, P118, P120, P138 Ramos Jr AN................................P123 Ramos RA....................................P107, P130 Ramos T.......................................P069 Rego D.........................................P005, P041 Reis R...........................................P013 Rezende KF..................................P039 Rezende MS.................................P125 Ribeiro S......................................P002 Rocha AM....................................P086, P107 Rocha FG.....................................P091 Rocha RG.....................................P092 Rodrigues AFA.............................P036 Rodrigues FF................................P027, P028 Rodrigues MP..............................P076 Sá RMN ......................................P048, P059, P065, P077, P079, P089, P102, P121, P128, P129, P135 Sa VC...........................................P090, P134, P137 Saldanha L....................................P014, P016, P020 Sales APAM..................................P082, P097, P122 Sales LM.......................................P078, P080, P083, P098 Salgado C.....................................P011, P016 Santiago JS ..................................P081, P118, P127 Santos AB.....................................P058 Santos AFA...................................P106 Santos DA....................................P106 Santos DA....................................P110, P119 Santos DMC.................................P082 Santos EC.....................................P035, P040, P050, P060, P063 S305 ÍNDICE REMISSIVO Santos EG....................................P034 Santos JR AC................................P046 Santos LAV...................................P043, P113 Santos LL.....................................P016 Santos PJS....................................P097 Santos RG....................................P114 Santos ZM....................................P127 Silva A..........................................P017 Silva AA........................................P106 Silva AT........................................P049, P065 Silva CAM....................................P076 Silva GF........................................P078, P083, P098 Silva JSN......................................P092 Silva JTD......................................P066, P067, P071 Silva MRM...................................P043, P113 Silva MVA....................................P106, P110, P119 Silva RVD.....................................P125 Silva SP.........................................P038, P047 Silveira LC....................................P034, P039 Soares MMS.................................P125 Sousa AGP...................................P046 Souza AB......................................P046 Souza APTC . ..............................P045 Souza GL ....................................P058 Souza MAN..................................P122 Souza MHLP...............................P084, P093, P124 Souza MR....................................P097 Souza PB......................................P079 Souza RN.....................................P051, P070 Souza TAO...................................P077, P079, P088, P101, P108, P116 Tagliapietra JI...............................P084, P093, P124 Takeda CFV.................................P123 Tambascia A.................................P132 Tasso PS.......................................P095 Teixeira JVM................................P048, P049, P059, P065, P089, P102, P121, P128, P135 Teixeira L.....................................P044, P047, P052 Torres MRS..................................P086, P114 Ugulino L....................................P041 Vale OC.......................................P084, P093, P122, P124 Vasconcelos A...............................P132 Vasconcelos GRC.........................P072, P073 Vasconcelos RS.............................P041 Viegas CAA..................................P076 Viégas M......................................P012 Viégas MA....................................P003 Vieira JPL.....................................P110, P119 Vilaça TG.....................................P051, P066, P067, P070, P071, P091, P092 Vilar L..........................................P038, P044, P047, P052, P140 Vitorino A....................................P012 Viturino MGM.............................P041 Voss L..........................................P021 Voss LA........................................P012 Werner RPB ................................P081, P118, P138 Yamashiro FS................................P058 S306