LOGO “Radioatividade” Profa. Núria Galacini Radioatividade Breve Histórico: 1896: Antoine-Henri Becquerel percebeu que um sal de urânio sensibilizava o negativo de um filme fotográfico, recoberto por papel preto ou por uma fina lâmina de metal. As radiações emitidas apresentavam propriedades semelhantes à dos raios X, e foi denominada radioatividade. 1897: Marie Sklodowska Curie demonstrou que a intensidade da radiação é proporcional à quantidade de urânio na amostra e concluiu que a radioatividade é um fenômeno atômico. Radioatividade Breve Histórico: 1897: Ernest Rutherford criou uma aparelhagem para estudar a ação de um campo eletromagnético sobre as radiações: Radioatividade partículas: possuem massa e/ou carga radiação: não possui massa e nem carga Radioatividade Leis da Radioatividade Primeira lei: a emissão de partícula alfa (α) O átomo de um elemento radioativo, ao emitir uma partícula α, dá origem a um novo elemento que apresenta n° de massa (A) com 4 unidades a menos e n° atômico (Z) com 2 unidades a menos. Genericamente, tem-se: Exemplo: Leis da Radioatividade Segunda lei: a emissão de partícula beta (β) Nessa emissão, um nêutron se decompõe, originando um próton que permanece no núcleo, um elétron e uma subpartícula denominada antineutrino. Todos eles são emitidos: Se um átomo de um elemento radioativo R emite uma partícula β (um elétron), dá origem a um novo elemento S com o mesmo n° de massa (A) e com o n° atômico (Z) uma unidade maior. Genericamente, tem-se: Leis da Radioatividade Segunda lei: a emissão de partícula beta (β) Exemplo: Obs.: Como as radiações γ (gama) são ondas eletromagnéticas, sua emissão não altera nem o n° atômico nem o n° de massa do átomo. Por esse motivo, sua emissão não costuma ser representada por equações. Cinética das desintegrações radioativas Tempo de meia-vida ou período de semi-desintegração (P ou t1/2): é o tempo necessário para que a metade dos núcleos radioativos se desintegre, ou seja, para que uma amostra radioativa se reduza à metade. Cinética das desintegrações radioativas Exemplo: decaimento de uma amostra de 16 g de fósforo32, que se reduz a 8 g em 14 dias, originando o enxofre-16. Assim sua meia-vida é de 14 dias. Fissão Nuclear “Divisão” de um átomo de grande massa atômica, com grande liberação de energia. Fissão Nuclear – Bomba Atômica Em 1945, os Estados Unidos conseguiram obter as massas críticas de urânio e de plutônio necessárias para produzir a reação em cadeia. Foi produzida, então, a primeira bomba atômica, detonada em 16 de julho de 1945 no deserto do Novo México. A ideia de apressar o término da Segunda Guerra Mundial levou o presidente americano Harry Truman a ordenar o lançamento de bombas atômicas sobre o Japão. Em 6 de agosto do mesmo ano foi lançada sobre Hiroshima uma bomba atômica de urânio chamada Littleboy. A bomba detonada sobre Hiroshima tinha 7 quilogramas de urânio235 e um poder destrutivo equivalente a 20 mil toneladas de TNT (20 quiloton), que provocou a morte imediata de aproximadamente 100 mil pessoas. Três dias depois, foi lançada outra bomba atômica de plutônio sobre a cidade de Nagasaki, resultando na morte imediata de 20 mil pessoas. Fissão Nuclear – Bomba Atômica A seqüência a seguir mostra os eventos que ocorrem na explosão de uma bomba atômica: Fusão Nuclear Praticamente toda a energia que a Terra recebe do Sol é produzida num processo denominado fusão nuclear: Esse processo libera quantidades de energia ainda maiores que a fissão nuclear. Um grama de hidrogênio, através da fusão, libera uma quantidade de energia igual à liberada na queima de 20 t de carvão. A primeira aplicação desse processo pelo ser humano foi na bomba de hidrogênio. Uma das possibilidades de uso da fusão nuclear seria em equipamentos nos quais a reação possa ser controlada, aproveitando-se a gigantesca quantidade de energia liberada. A construção desses reatores de fusão nuclear, no entanto, apresenta uma série de dificuldades. Uma delas é a adequação do material constituinte do recipiente no qual a fusão deve ocorrer, pois a temperatura atinge valores muito elevados. Exercício (Fuvest – 2010 - adaptado) A proporção do isótopo radioativo do carbono (14C), com meia-vida de, aproximadamente, 5.700 anos, é constante na atmosfera. Todos os organismos vivos absorvem tal isótopo por meio de fotossíntese e alimentação. Após a morte desses organismos, a quantidade incorporada do 14C começa a diminuir exponencialmente, por não haver mais absorção. a) Por que um pedaço de carvão que contenha 25% da quantidade original de14C não pode ser proveniente de uma árvore do início da era cristã? b) Por que não é possível fazer a datação de objetos de bronze a partir da avaliação da quantidade de14C? Resposta a) 100% 50% 25% São dois períodos de meia-vida (ou seja, duas ) 5700 anos x 2 períodos = 11400 anos Portanto, para ser do início da era Cristã, seria necessário que, ao restar 25% da quantidade inicial, que o carvão tivesse 2010 anos, aproximadamente. b) A datação de objetos de bronze não é eficaz visto que os materiais são de cobre e zinco. Para fazer a técnica do 14C, é necessário ter objetos que contenham carbono (tecidos, ossos, carcaças, plantas fossilizadas, dentes, etc.)