A história do surgimento da bomba atômica

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A história do surgimento da bomba atômica
Publicado por: Marco Aurélio da Silva Santos em Física
A descoberta do neutrão, no ano de 1932,
mudou totalmente os métodos utilizados para estudar
as propriedades do núcleo atômico. Ernest
Rutherford, físico inglês que viveu entre os anos de
1871 e 1937, fez inúmeras pesquisas investigativas
sobre a estrutura do átomo. Rutherford investigou a
estrutura do átomo utilizando para isso as partículas
alfa. Nos anos 30 inúmeras descobertas revelaram
aspetos inesperados em relação ao núcleo do átomo.
Ao bombardear átomos de urânio com neutrões,
cientistas como Otto Hahn e Lise Meitner, provaram
que o núcleo desse átomo, formado por 92 protões, é
dividido em núcleos menores e descobriram ainda que
o urânio pode fissionar (processo de fissão nuclear) o
Bomba nuclear: uma arma explosiva com
elemento
bário e o elemento criptónio, cada qual com
alto poder destrutivo
56 e 36 protões no núcleo respetivamente. Com essas
descobertas os cientistas perceberam que era possível criar uma reação em cadeia com
capacidade para gerar grandes quantidades de energia e que, se ela ocorresse de forma
descontrolada, em uma fração de segundos a liberação de energia seria gigantesca, provocando
dessa forma uma explosão de alto poder destrutivo. Após essas descobertas surgiu uma nova
arma: a bomba nuclear, cujo poder destrutivo é altíssimo.
Muitos dos cientistas que se empenharam nas pesquisas sobre fissão e fusão nuclear,
entre eles Einstein e Lise Meitner, se refugiaram em outros países em razão da perseguição
nazista, mas mesmo assim deram continuidade em suas pesquisas. Nessa época já se tinha o
conhecimento necessário para a construção da bomba nuclear. No ano de 1941, os Estados
Unidos da América entram na Segunda Guerra Mundial após o bombardeio de Peal Harbor
realizado pelos japoneses. A Europa estava um caos e Hitler já havia invadido vários países.
Mediante esse ataque surpresa, os EUA iniciaram uma operação ultrassecreta num laboratório
localizado no Novo México, para construção de uma bomba atômica. Vários cientistas foram
convidados, entre eles Lise Meitner, mas ela se recusou.
Em julho de 1945, foram realizados os primeiros testes para a detonação da bomba
atômica. Muitos que presenciaram os testes sabiam que a partir daquele instante a humanidade
não seria a mesma. Nesse mesmo ano os nazistas se renderam, mas os japoneses não fizeram o
mesmo. Dessa forma, os aviões norte-americanos bombardearam a cidade de Tóquio com
bombas incendiárias matando milhares de pessoas. Em uma decisão trágica, o presidente Harry
Truman autorizou o uso da bomba atômica com argumento de que a invasão por terra causaria
a morte de milhões de vidas americanas e japonesas. Com a autorização para o ataque, no dia 06
de agosto de 1945, a bomba atômica - apelidada de “Garotinho” - foi lançada sobre os céus de
Hiroshima, matando milhares civis e mesmo assim o Japão não se rendeu
Três dias depois desse ataque, outra bomba produzida com elemento radioativo artificial
foi detonada sobre a cidade de Nagasaki, causando novamente milhões de mortes. Esse foi o fato
que, segundo algumas pessoas, marcou o fechamento da Segunda Guerra Mundial.
Foi a partir dessa guerra e desse acontecimento que a ciência passou a receber verbas
para pesquisas, muitas delas diretamente do governo. Se por um lado a fissão nuclear
proporcionou o desenvolvimento da bomba atômica, por outro ela favoreceu o desenvolvimento
da fissão nuclear controlada, que é utilizada nos reatores nucleares e em várias aplicações na
medicina.
Bomba atômica
Notícia adaptada de:
http://www.mundoeducacao.com/fisica/a-historia-surgimento-bomba-atomica.htm
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