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Resumos
IMUNOLOGIA
IMMUNOLOGY
8º Simpósio Brasileiro de Hansenologia
8th Brazilian Leprosy Symposium
30 outubro a 02 de novembro de 2015
October 30 - November 02, 2015
São Paulo - São Paulo - Brasil
PAPEL DE LINFÓCITOS T EFETORES E DE MEMÓRIA NA REAÇÃO DO TIPO I (T1R) DA HANSENÍASE
BORDERLINE LEPROMATOSA.
Luciana Nahar SANTOS(1), Pedro Henrique SILVA(1), Iris Maria Peixoto ALVIM(3), José Augusto da Costa NERY(1),
Flávio Alves LARA(3), Euzenir Nunes SARNO(1), Danuza ESQUENAZI(1,2)
FIOCRUZ - Lab de Hanseníase, Instituto Oswaldo Cruz(1), UERJ - Disciplina de Patologia Geral, Faculdade de
Ciências Médicas(2), FIOCRUZ - Lab de Microbiologia Celular, Instituto Oswaldo Cruz(3)
Introdução: As formas borderlines da hanseníase são as mais instáveis do ponto de vista clínico e imunológico e os
pacientes dessas formas sofrem frequentes episódios reacionais. Diversos trabalhos associam a reação do tipo I (T1R)
ao desenvolvimento de um perfil de resposta Th1. Entretanto, a maioria dos estudos agrupa pacientes de todas as formas borderlines. O padrão de apresentação da forma borderline lepromatosa (BL) difere das outras, especialmente da
forma borderline tuberculóide (BT), dentre outras coisas, por sua hiporresponsividade M. leprae-específica. Objetivos:
Investigar a participação de subpopulações de linfócitos T na abertura da T1R na forma BL da hanseníase. Materiais e
Métodos: Foram estudados 22 pacientes (12 BL/T1R e 10 BL não reacionais) e 10 indivíduos sadios de área endêmica
para a hanseníase. Subpopulações linfocitárias ex vivo ou produtoras de citocinas pró-inflamatórias derivadas de sangue periférico foram analisadas por citometria de fluxo multiparamétrica (culturas de 6h em presença de coestímulos).
Expressão gênica de fatores de transcrição associados com diferenciação de linfócitos T foram analisados por PCR
quantitativo em tempo real em sangue total (paxgene). Análise de linfócitos T e do receptor de homing para a pele em
fragmentos de lesão de pele congelados foi observada por imunofluorescência. A análise estatística foi realizada pelos
métodos de Kruskal-Wallis com pós-teste de Dunn (comparação entre condições de cultura), Mann-Whitney (comparação entre os grupos) e Pearson (testes de correlação). Resultados: Observamos aumento significativo na frequência
ex vivo de linfócitos T CD4 e CD8 efetores e de memória efetora no grupo BL/T1R em comparação com os demais grupos. M. leprae induziu aumento significativo em células CD4 de memória efetora e CD8 efetora, além da subpopulação
CD8/TEMRA, expressando altos níveis de CD69. Linfócitos T CD4 efetores, além de CD8 naïve e efetores produtores
de IFN-γ e TNF, foi um achado significativo no grupo BL/T1R. TBX21 estava significativamente aumentado no grupo
BL/T1R, enquanto no grupo BL observamos aumento de GATA3 e FOXP3. No grupo BL/T1R TBX21 se correlacionou
fortemente com a frequência de linfócitos T CD8 produtores de IFN-γ e TNF. Células duplamente positivas (CD8/CLA e
CD45RA/CLA) estavam significativamente em maior número nas lesões de pele de pacientes BL/T1R em comparação
com lesões de pacientes BL não reacionais. Conclusão: A observação de frequências ex vivo aumentadas de linfócitos
T na abertura da T1R sugere que nesses pacientes ocorra uma ativação intravascular. O padrão de resposta antígeno-específica na T1R em pacientes BL confirmou uma reativação da resposta imune celular do tipo Th1 também nessa
forma da doença. A alta frequência de linfócitos T CD8 de memória efetora sugere que essas células, uma vez ativadas
no sangue, migrem para áreas de lesão. O achado de maior número de linfócitos T CD8 e CD45RA positivos para CLA
nas lesões dérmicas dos pacientes em T1R sugere que células ativadas no compartimento vascular por componentes
do M. leprae, migrem para as lesões.
Palavras-chaves: reação do tipo I, forma borderline lepromatosa, linfócitos T, citocinas, fatores de transcrição
Agência de Fomento: PAPES VI-FIOCRUZ/CNPq, CAPES
Hansen Int. 2015; 40(Suppl 1): 87
ISSN: 19825161 (on-line)
Hansenologia Internationalis
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