Clinical Case Study Estudo do Cas

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Clinical Case Study
Estudo do Caso Clínico
Celiac Disease Refractory to a Gluten-free Diet?
Leann M. Mikesh1, Sheila E. Crowe2, Grant C. Bullock1, Nancy E. Taylor1 and David E. Bruns1,a
A Doença Celíaca é Refratária a uma Dieta livre de Glúten?
Leann M. Mikesh1, Sheila E. Crowe2, Grant C. Bullock1, Nancy E. Taylor1 and David E. Bruns1,a
Department of Pathology and 2 Division of Gastroenterology and Hepatology, Department of Medicine,
University of Virginia School of Medicine, Charlottesville, VA.
Envie correspondência para esse autor para: Department of Pathology, Box 800214, University of Virginia Medical School, Charlottesville,
VA 22908; e-mail [email protected].
DESCRIÇÃO DO CASO
Uma mulher de 75 anos de um hospital de
foi negativo para linfoma, e uma série gas-
fora foi encaminhada por causa de contínuos
trointestinal superior e um seguinte raio-x de
sinais e sintomas de doença celíaca ( entero-
bário do intestino delgado foram normais.
patia sensível ao glúten) que persistia a despeito dela própria ter relatado adesão a uma
Resultados de biópsia endoscópica obtidos
durante os 2 anos enteriores mostraram con-
dieta livre de glúten. A paciente relatou gases
tínua atrofia vilosa com linfócitos intraepiteli-
excessivos, distensão do intestino, uma perda
ais. Pouco antes do encaminhamento da paci-
de peso de 7 quilos durante os últimos anos,
ente, biópsias repetidas mostraram blunting
insônia, e um exantema em suas extremida-
viloso com inflamação crônica aumentada,
des inferiores. A paciente necessitou de hos-
achados confirmados por um patoligista gas-
pitalizações, fluidos intravenosos, e terapia
trointestinal em nossa instituição.
contínua com corticosteróides por 6 meses.
A paciente, uma senhora idosa, agradável e de
Um diagnóstico de doença celíaca tinha sido
aparência frágil sem nenhuma dor aguda, era
feito 6 anos antes, baseado em (a) sinais e
aposentada, casada e tinha dos filhos adultos.
sintomas gastrointestinais típicos com culturas negativas de fezes e exame de toxina de
Ela negou o uso de cigarro e bebida e não
tinha hostórico familiar de doença celíaca,
Clostrídio difícil (Clostridium difficile), (b) so-
doença de fígado, ou câncer de cólon. Seu
rologia positiva para doença celíaca, (c) colo-
histórico médico era marcado pela colocação
noscopia não perceptível com resultados de
de um stent na artéria carótida 5 anos antes.
biópsia randômicos normais, e (d) resultados
Exame físico foi imperceptível exceto pela
da biópsia do intestino delgado mostrando
evidência de blunting viloso com células in-
presença de um exantema máculopapilar inconsistente com dermatite herpetiforme e
flamatórias
com distribuiçao restrita às partes de baixo
crônicas
aumentadas.
Naquela
época, os resultados laboratoriais da paciente
das pernas.
incluíam anticorpo antigliadino (AGA) IgG 0.8
A pressão sanguínea da paciente era 133/59
AU (<10 AU), anti-AGA IgA 1.1 AU (<5 AU),
mmHg, pulso 51 batidas/minuto, temperatura
transglutaminase de anti-tecido (tTG) IgA 9.2
AU (<4 AU), e valores IgA e de anticorpos
36.5 °C, e peso 59.4 kg. Resultados laboratoriais desde seu encaminhamento incluíam
antiendomisiais IgA (EMA) totais e normais.
vitamina B12 245 ng/L [intervalo de referência
Um exame de
(RI), 251–911 ng/L], ferro 370 ug/L (RI, 400–
tomografia computadorizada
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1450 µg/L), anti-tTG IgA 13 AU (RI, 0–20 AU),
crescimento bacteriano excessivo, colite mi-
e 5'nucleotidase 22.1 U/L (RI, 4.0–11.5 U/L).
croscópica, e intolerância à lactose. Visto que
A paciente procurou um nutricionista e im-
os sintomas da paciente eram refratários ao
plementou mudanças recomendadas em sua
tratamento e requeriam uso contínuo e pro-
dieta para eliminar glúten. Seus sintomas
longado de terapia corticosteróide, uma esô-
temporariamente melhoraram, com o retorno
fagogastroduodenoscopia com biópsias duo-
de suas funções intestinais normais, mas após
denais foi realizada, e amostras da biópsia de
um curto tempo seus sintomas reapareceram.
tecido do intestino delgado fixadas com for-
Resultados de testes posteriores excluíram
malina foram enviadas para o laboratório de
condições conhecidas por complicarem ou
diagnóstico molecular para testes adicionais.
coexistirem com a doença celíaca, incluindo
DISCUSSÃO
Doença celíaca
outros fatores contribuintes tais como locais
Doença celíaca é um distúrbio inflamatório
crônico multifuncional dirigido pela célula T
do intestino delgado caracterizado por inflamação da mucosa, atrofia vilosa, e hiperplasia
cripta; ela prevalece em aproximadamente 1%
da população. Entre as doenças autoimunes, a
doença celíaca é única na qual um gatilho ambiental (glúten) e um autoantígeno (transglutaminase de tecido) tem sido identificados (1).
As principais fontes de dieta de glúten são
trigo, centeio, cevada e aveia, contudo o glúten na aveia não foi constatado
contribuir
para doença celíaca. O glúten é quebrado em
peptídeos menores pelo ácido gástrico e enzimas digestivas. No intestino, tTG converte a
glutamina em ácido glutâmico, dessa forma
aumentando a afinidade de união dos peptídeos de glúten na fissura das moléculas HLA
classe II. Os peptídeos modificados são inapropriadamente reconhecidos pelas células T
auxiliadoras, talvez por causa da imitação
molecular de peptídeos microbianos. A identidade desses peptídeos imunogênicos foi determinda
(2)(3)(4). A maioria dos indivíduos
com doença celíaca
expressam
HLA-DQ2
(95% dos pacientes), e os outros tipicamente
expressam
HLA-DQ8. A presença de
HLA-
DQ2 e/ou
DQ8 somente, entretanto, não é
suficiente para a doença, que supoe envolver
genéticos adicionais, estresse, inflamação e
infecção. O tratamento chave para doença celíaca é uma adesão vitalícia a uma
restrita
dieta livre de glúten.
Diagnóstico de doença celíaca
O diagnóstico de doença celíaca é basedo na
concordância de testes sorológicos, biópsia de
intestino delgado, e resolução de sintomas na
retirada do glúten da dieta (5)(6). Teste sorológico para doença celíaca inclui
anti-EMA
IgA e anti-tTG IgA e IgG. Testes anti-AGA não
são mais recomendados por causa de sua
sensibilidade e especificidade mais baixas
[
anti-AGA IgA sensibilidade 75%–95%, especificidade 80%–95% (7); anti-AGA IgG sensibilidade 57%–100%, especificidade 47%–94% (8)].
No teste anti-EMA, anticorpos do soro do paciente se unem ao tecido conectivo cercando
as células musculares lisas do esôfago do macaco ou do cordão umbilical humano e são
detectadas por imunofluorescência. A identificação de EMA como tTG levou ao desenvolvimento de imunoensaios
meiros testes usaram
anti-tTG. Os pri-
tTG de cobaia; testes
correntes usam tTG humano, ou nativo (de
eritrócitos) or recombinante. O teste anti-tTG
é mais fácil de realizar e de melhor custo do
que
o teste
anti-EMA, e os resultados são
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objetivos e quantitativos. O teste abrange
peptídeo gliadino desamidado de 9 amino
100% de especificidade e >90% de sensibili-
ácidos recentemente se tornou comercialmen-
dade para doença celíaca numa variedade de
te disponível, mas poucos estudos da acurácia
ambientes clínicos e populações (ver Tabela
de seu diagnóstico foram publicados.
1
) (7). Um teste para anticorpos contra um
Tabela 1.
Sensibilidade, especificidade, e coeficientes de probabilidades de testes sorológicos comuns para doença
celíaca.1
Coefificente de
Teste
Coeficiente de
Sensibilidade
Especificidade
IgA-EMA-ME
80–90%
99.5%
160–180
IgA-EMA-HU
92.5%
99.6%
231
0.1
IgA-tTG-GP
85–95%
95.4%
18–21
0.05–0.16
IgA-tTG-HR
90.2%
95.4%
20
0.1
1
probabilidade Positiva probabilidade Negativa
0.1–0.2
Adaptado do (7). Os valores mostrados são de uma metaanálise de populaçoes mistas de adultos e crianças numa
variedade de ambientes clínicos. EMA, anticorpo endomisial; ME, esôfago de macaco; HU, cordão umbilical hum ano;
tTG, transglutaminase de tecido; GP, cobaia; HR, recombinante humano.
O padrão de ouro para diagnóstico é a avalia-
sugerem um diagnóstico de doença celíaca
ção histopatológica de 4–8 amostras de bióp-
refratária, que é caracterizada por persistente
sias da mucosa do intestino delgado obtidas
atrofia vilosa com um aumento dos linfócitos
enquanto a paciente está em uma dieta à base
intraepiteliais no intestino delgado enquanto a
de glúteo.
paciente estiver em uma dieta livre de glúten
Causas do fracasso em responder ao tratamento
A paciente desse caso está entre a pequena
proporção de indivíduos com doença celíaca
cuja doença não responde a uma dieta livre de
glúteo. As 3 principais causas do fracasso do
tratamento são:
(i) fracasso intencional ou
inadvertido em aderir a uma restrita dieta livre
de glúteo; (ii) outras condições coexistentes e
complicadoras tais como crescimento bacteriano excessivo
no intestino delgado, intole-
rância à lactose, ou colite microscópica; e (iii)
a refratariedade da doença perante uma dieta
livre de glúten. A paciente descrita aqui estava
complacente com a dieta, e testes diagnósticos não revelaram evidência de intolerância à
lactose, colite microscópica , crescimento
bacteriano excessivo no intestino delgado,
jejunite ulcerativa , ou linfoma. Esses achados
de longo tempo. Tanto na doença celíaca refratária quanto na sensível, anticorpos celíacos usualmente diminuem com terapia de dieta (como observado nesse caso ) e permanecem dentro dos intervalos de referência a menos que os indivíduos sejam reexpostos ao
glúten.
Dois tipos de doença celíaca refratária ocorrem e são diferenciados pelo tipo de populações de células T na mucosa intestinal, que
são policlonais na doença tipo I e clonais na
doença tipo II (9). Embora a presença dessa
população clonal de células tipo T seja denominada “linfoma intraepitelial críptico”, esse
achado não significa um diagnóstico de um
processo malígno, embora enteropatia associada ao linfoma das células T se desenvolva
em um subgrupo desses pacientes.
Reorganização do gene tcr
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Na paciente desse caso, um teste de reorgani-
nizados na configuração linha de germe estão
zação de gene de local
de receptor de
bem distantes, e portanto não dão origem a
céluias T (TCR ) foi o teste molecular realiza-
produtos PCR. Um produto PCR surgirá ape-
do nas amostras de biópsias intestinais para
nas de segmentos (V) e (J) reorganizados. Ca-
testar a presença de uma popuiação clonal de
da específica reorganização
células T.
um produto PCR de um tamanho característi-
TCR humano funcional é codificado pela re-
co. Indivíduos sem doença celíaca terão mui-
organização randômica de 1 de 10 segmentos
tas células T diferentes, cada uma com uma
variáveis (V) e de 1 de 5 segmentos de união
específica
(J) do gene TCR . Durante a maturação da
levando a formaçao de produtos PCR de mui-
célula T na medula óssea, os segmentos de
tos diferentes tamanhos (Fig. 1A). Esse teste
gene (V) e (J) são randomicamente recombi-
revelou que a amostra da biópsia intestinal da
nados para formar uma cadeia TCR funcio-
paciente desse caso continha reorganizações
nal.
de gene TCR bialélicas (uma das quais é mos-
Os segmentos de gene de cadeia TCR
estão
(V) e (J) produz
TCR (uma população policlonal),
trada na Fig. 1B). Esse achado de uma popu-
localizados no cromossoma 7p14, e toda cé-
lação clonal e predominante
lula T carrega 2 alelos (paternal e maternal)
juntamente com
de células T
desse local. Durante o desenvolvimento da
por biópsia do intestino delgado indicou um
célula T um ou ambos os alelos passam por
diagnóstico de doença celíaca
uma reorganização, de modo que uma popu-
tipo II.
blunting viloso observado
lação clonal de células T carregue 1 (monoalélico) ou 2 (bialélico) genes de cadeia TCR
reorganizados.
No teste para células T clonais, pares de primers PCR específicos tem como alvo as regiões preservadas ladeando os segmentos de
gene (V) e (J). Segmentos (V) e (J) não reorga-
Figura 1. Estudo da Reorganização do Gene TCR .
refratária do
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O teste de clonagem de gene TCR baseado no PCR mostra os produtos de 4 reações de amplificação
variando de tamanho de 145–255 nucleotídeos (nt) tendo como alvo a TCR V 1–8 + 10 e 4 dos 5
segmentos de gene J . As 4 regiões são V 1–8 até J 1.1/2.1 (230–255 nt, azul); V 1–8 até J 1.3/2.3
(195–230 nt, verde); V 10 até J 1.1/2.1 (175–195 nt, azul); e V 10 até J 1.3/2.3 (145–175 nt, verde).
Cada célula numa população clonal de células T carrega as mesmas reorganizações (V) e (J), produzindo
um pico predominante de um tamanho específico com intensidade fluorescente maior do que a população policlonal anterior de células T. Esse achado indica que uma população de células T proliferou e
superou em número todas as outras células T. A distribuição do tamanho dos produtos PCR é limitada
pelo específico par primer usado e mostra uma distribuição gaussiana através dessa variação de tamanhos definida pelo primer. Um dos primers é fluorescentemente marcado, permitindo a detecção após
eletroforese de gel capilar. A intensidade da fluorescência indica a quantidade relativa de qualquer dado
produto PCR comparada com o resto da população de produtos PCR. Marcadores de tamanho são mostrados em vermelho. (A), O controle policlonal produz o padrão esperado para uma distribuição TCR
policlonal. A população policlonal de picos fluorescentes mostra uma distribuição randômica de tamanhos de picos e alturas sem quaisquer sinais fluorescentes dominantes. (B), O tecido da biópsia intestinal da paciente revela uma predominante reorganização do gene TCR amplificada pelos primers tendo como alvo V 10 até J 1.1/2.1 (175–195 nt, azul). O amplicon predominante (192 nt) produziu
uma intensidade de altura de pico fluorescente 3 vezes maior do que a intensidade de altura de pico
anterior policlonal média.
Prognóstico e tratamento da doença celíaca refratária do tipo ii
A sobrevida de 5 anos para a doença celíaca
Dado os resultados dos estudos TCR, confir-
refratária do tipo é <50%, com as causas mais
mação repetida da adesão restrita da paciente
comuns de morte
sendo infecção e linfoma
a uma dieta livre de glúten, e a dependência
da célula T. Opções de tratamento incluem
contínua da paciente por esteróides por um
corticosteróides e agentes imunossupressivos
período de vários meses, a terapia imunossu-
tais como
pressiva foi iniciada com
tiopurinas e
infliximab. Há uma
6-mercaptopurina
preocupaçao de que a terapia imunossupres-
com o objetivo de diminuir ou eliminar a ne-
siva promova a progressão para linfoma, contudo nenhum dado confirma esse risco. Tera-
cessidade de terapia de corticosteróide. A
paciente foi capaz de interromper os corto-
pias sob investigação incluem anticorpo para
cisteróides e na época desse relatório estava
IL-15, uma citoquina que leva a uma elimina-
indo bem só com 6-mercaptopurina.
ção aumentada de enterócitos na doença celíaca (10), e transplante de células tronco.
PONTOS PARA SEREM LEMBRADOS

A doença celíaca tem uma prevelência de 1%, e diagnóstico baseado em concordância
de testes sorológicos, biópsia do intestino delgado, e resolução de sintomas pela reti-

rada de glúten da dieta.
Trigo, centeio e cevada são as principais fontes de dieta de glúten que contribuem
para a doença celíaca. O glúten na aveia parece não contribuir para a doença celíaca.

Teste para anticorpos tTG antihumanos fornece uma sensibilidade que se aproxima de
100%. Teste de anticorpos antigliadinos não é mais recomendado por causa de sua
baixa sensibilidade e especificidade.
Clinical Case Study

Estudo do Caso Clínico
Várias possíveis explicações são responsáveis pelo fracasso da paciente em responder
a uma dieta livre de glúten, incluindo não adesão, e outras condições coexistentes
(tais como crescimento bacteriano excessivo no intestino delgado, intolerância à lactose, e colite microscópica), e a presença da doença celíaca refratária do tipo I ou II.

Um teste apropriado para doença celíaca refratária para o qual a adesão a uma dieta
livre de glúten foi verificado é um estudo da reorganização do gene TCR
para
determinar se um importante clone da céluia T está presetne na mucosa intestinal.
Agradecimentos
Subvenção/Apoio Financeiro: O treinamento pós doutorado em química clíinica e medicina laboratorial do L.M.M. é apoiadp por uma Bolsa de Estudos de Presidentes Anteriores da Fundação Van
Slyke da Associação Americana para Química Clínica. G.C.B. é apoiado por uma Premiação de Serviços de Pesquisas Nacionais Ruth L. Kirschstein 1F32HL086046-01. Nós agradecemos o Departmento de Patologia pelo apoio adicional do L.M.M.
Interesses Financeiros: Nada a declarar.
Referências
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2007;117:41-49.Shan L, Molberg O, Parrot I, Hausch F, Filiz F, Gray G, et al. Structural basis
for gluten intolerance in celiac sprue. Science (Wash DC) 2002;297:2275-2279.
2. Kim C, Quarsten H, Bergseng E, Khosla C, Sollid L. Structural basis for HLA-DQ2-mediated
presentation of gluten epitopes in celiac disease. Proc Natl Acad Sci USA 2004;101:41754179.
3. Jabri B, Sollid L. Mechanisms of disease: immunopathogenesis of celiac disease. Nat Clin
Pract Gastroenterol Hepatol 2006;3:516-525.
4. Rostom A, Murray J, Kagnoff M. American Gastroenterological Association (AGA) Institute
technical review on the diagnosis and management of celiac disease. Gastroenterology
2006;131:1981-2002.
5. NIH Consensus Development Program. NIH consensus development conference on celiac disease.
2007).
http://consensus.nih.gov/2004/2004CeliacDisease118main.htm
(Accessed
July
6. Rostom A, Dube C, Cranney A, Saloojee N, Sy R, Garritty C, et al. The diagnostic accuracy of
serologic tests for celiac disease: a systematic review. Gastroenterology 2005;128:S38-S46.
7. Hill I. What are the sensitivity and specificity of serologic tests for celiac disease? Do sensitivity and specificity vary in different populations?. Gastroenterology 2005;128:S25-S32.
8. Cellier C, Delabesse E, Helmer C, Patey N, Matuchansky C, Jabri B, et al. Refractory sprue,
coeliac disease, and enteropathy-associated T-cell lymphoma. French Coeliac Disease Study
Group. Lancet 2000;356:203-208.
9. Mention J, Ahmed M, Begue B, Barbe U, Verkarre V, Asnafi V, et al. Interleukin 15: a key to
disrupted intraepithelial lymphocyte homeostasis and lymphomagenesis in celiac disease.
Gastroenterology 2003;125:730-745.
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Commentário
Robin G. Lorenz
University of Alabama at Birmingham, Birmingham, AL.
Envie correspondência para o autor para: University of Alabama at Birmingham, 1825 University Blvd., SHEL 602, Bi rmingham, AL 35294-2182. Fax 205-996-9113; e-mail [email protected].
O padrão de ouro para diagnóstico da doença
teropatia (EATL) ou CD refratária. EATL é uma
celíaca (CD) requer tanto uma biópsia duo-
proliferaçao clonal de IELs que historicamente
denal mostrando blunting viloso, hiperplasia
tem sido diagnosticada baseada em biópsia e
cripta, e números aumentados de linfócitos
intraepiteliais (IELs) e uma subsequente bi-
análise imunohistoquímica para determinar a
presença de células T anormais no epitélio
ópsia do intestino delgado que mostre resolu-
intestinal. Esse caso em estudo, é um dos
ção desses achados histológicos depois que a
primeiros a investigar o uso da reação em ca-
paciente é posta em uma dieta livre de glúten
deia da polimerase (PCR) para reorganizações
(1). O desenvolvimento de novos testes sorológicos, entretanto, resultaram no padrão di-
de genes receptores de células T (TCR) em
EATL/ CD refratária e demonstra que essa
agnóstico corrente de transglutamitase de
abordagem detectará uma reorganização clo-
anti-tecido IgA (tTG), que é o autoantígeno
nal em biópsias
intestinais. É crítico notar,
responsável pelo desenvolvimento de anticor-
entretanto, que
populações
pos endomesiais.
monoclonais também podem ser detectadas
Nesse caso, o diagnóstico original da paciente
era para uma biópsia e IgA anti-tTG. Ela era,
na grande maioria das CD refratárias (tanto o
tipo I quanto o tipo II), e portanto a diferenci-
contudo, refratária a sua dieta livre de glúten
ação entre EATL e doença refratária é de uso
(uma situação que podia ser atribuída a não
limitado (2). Análise Imunohistoquímica para
adesão à dieta ). Quando essa possibilidade é
receptores de superfície de células T (CD3 e
excluída, uma razão mais condizente para
CD8) e o aparecimento histológico são mais
uma pobre resposta clínica é que a paciente
úteis no diagnóstico de EATL ou CD refratá-
pode ter uma séria complicação de doença
ria. Sorologia é útil apenas no disgnóstico ini-
celíaca, linfoma de células T associadas a en-
cial.
IEL oligo- ou
Agradecimentos
Subvenção/Apoio Financeiro: Nada a declarar.
Demonstrações Financeiras: Nada a declarar.
Referências
1. Green P, Cellier C. Celiac disease. N Engl J Med 2007;357:1731-1743.
2. Al-toma A, Verbeek W, Mulder C. The management of complicated celiac disease. Dig Dis
2007;25:230-236.
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Comentário
Susan H. Barton and Joseph A. Murraya
Division of Gastroenterology and Hepatology, Department of Internal Medicine, Mayo Clinic, Rochester, MN.
Envie correspondência para esse autor para: Division of Gastroenterology and Hepatology, Department of Internal
Medicine, Mayo Clinic, Rochester, MN. e-mail [email protected].
Embora a doença celíaca refratária (RCD) seja
ro. Identificação da transformação clonal dos
frequentemente suspeitada, diagnósticos al-
linfócitos intraepiteliais por citometria de flu-
ternativos ou adicionais podem frequente-
xo tem sido recentemente usada como um
mente explicar os sintomas da paciente. Primeiro, é importante se rever cuidadosamente
método alternativo para diagnóstico.
O diagnóstico da RCD do tipo II tem implica-
o diagnóstico original, especialmente as lâmi-
ções clínicas significantes.
nas de biópsia e sorologia. A ausência
A transformação
dos
clonal da célula T é tipicamente vista como
pares de genes específicos associados com
um passo inicial ao longo de um contínuo le-
risco de CD, DQA1*05:DQB1*02 (DQ2) ou
DQA1*03:DQB1*0302(DQ8), torna CD impro-
vando a um claro linfoma de células T associado a enteropatia (EATL). O desenvolvimento
vável. RCD é categorizada no tipo I (fenótipo
de EATL é comum entre pacientes RCD II e
policlonal) e tipo II (expansão clonal de uma
está associado a uma alta taxa de mortalida-
população de células T intraepiteliais
de.
aber-
O uso de drogas imunossupressivas em
rantes ). O fenótipo monoclonal pode ser de-
pacientes RCD II é controverso devido ao risco
tectado por análise imunohistoquímica dos
linfócitos intraepiteliais, que terão CD3 cito-
teórico de acelerar a transformação para um
linfoma. Uma recente abordagem agressiva
plásmico mas não terão os marcadores de su-
usando quimioterapia mieloablativa seguida
perfície típicos de células T, incluindo
CD8,
por apoio de célula tronco autóloga tem sido
CD4, e receptor de células T –βF1. Análise da
usada em pacientes com RCD II com resulta-
reorganizaçao dos genes receptores de células
dos prematuros que parecem encorajadores.
T por PCR em DNA extraído de biópsias in-
Mais recentemente, budesonida tem mostra-
testinais é um método alternativo de identifi-
do melhorar os sintomas clínicos gerais tanto
car um clone de célula T, como nesse caso.
entre os grupos RCD I e II quanto minimizar
Embora suficiente DNA para PCR pode ge-
os efeitos colaterais adversos associados a
ralmente ser obtido de biópsias fixas, nós
imunossupressão crônica. A despeito do tra-
descobrimos que amostras frescas congeladas tem uma melhor produção de DNA, tor-
tamento, pacientes com RCD II frequentemente pioram clinicamente devido a compli-
nando possível blotting sulista além da sen-
cações de grave desnutrição. Como apropria-
sível contudo menos específica técnica PCR.
damente ilustrado por Mikesh et al., doença
Também deve ser notado que extração de
celíaca não sensível é uma condição desafia-
DNA destrói os blocos do tecido, então análise
dora.
imunohistoquímica deve ser realizada primei-
Agradecimentos
Subvenção/Apoio Finaneiro: S.H.B. é apoiado pela subvenção de treinamento NIH T32 DK07198.
J.A.M. é apoiado pelas subvenções NIH, DK57892 e 071003.
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Demostrações Financeiras: J.A.M. tem sido um consultor para Astra Zeneca, Alvine Inc., e Novartis e
um investigador para Alba Therapeutics e Dynagen Inc.
Referências
1. Al-toma A, Visser OJ, van Roessel HM, von Blomberg BM, Verbeek WH, Scholten PE, et al. Autologous hematopoietic stem cell transplantation in refractory celiac disease with aberrant T cells.
Blood 2007;109:2243-2249.
2. Daum S, Ipczynski R, Heine B, Schulzke JD, Zeitz M, Ullrich R. Therapy with budesonide in patients with refractory sprue. Digestion 2006;73:60-68.
“This article has been translated with the permission of AACC. AACC is not responsible for the accuracy of the translation. The views presented are those of the authors and not necessarily those of
the AACC or the Journal. Reprinted from Clin Chem, 2008; 54:2 441-444, by permission of AACC.
Original copyright © 2007 American Association for Clinical Chemistry, Inc. When citing this article,
please refer to the original English publication source in the journal, Clinical Chemistry.”
“Este artigo foi traduzido com a permissão da AACC. AACC não é responsável pela acurácia da tradução. Os pontos de vista apresentados são aqueles dos autores e não necessariamente os da AACC ou
do Jornal. Reimpresso da ClinChem, 2008; 54:2 441-444, por permissão da AACC. Cópia original ©
2007 American Association for Clinical Chemistry, Inc. Quando citar este artigo, por favor refira-se à
fonte de publicação original em inglês na revista,Clinical Chemistry.”
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