Otimização de um protocolo para extração de DNA a partir de

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51º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 51º Congresso Brasileiro de Genética • 7 a 10 de setembro de 2005
Hotel Monte Real • Águas de Lindóia • São Paulo • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 85-89109-05-4
[email protected]
Palavras-chave: extração de DNA, plantas, Cerrado
Silva, MN; 1Blanco, A; 1Bandeira, ACE; 1Coelho, ASG
Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO.
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Otimização de um protocolo
para extração de DNA a partir
de tecidos foliares maduros
de plantas nativas do cerrado
Estudos de identificação e caracterização da diversidade genética de plantas por meio de técnicas
moleculares envolvem a avaliação de um grande número de indivíduos, exigindo a utilização de
métodos rápidos e robustos de extração de DNA. A presença de polissacarídeos, fenóis e compostos
secundários representam o principal problema encontrado no processo de purificação de DNA vegetal,
pela ação que estes contaminantes apresentam sobre a atividade da enzima Taq DNA polimerase. Folhas
de diversas espécies vegetais nativas do Cerrado possuem níveis variados de alcalóides, esteróides,
flavonóides, glicosídeos, gomas, taninos, resinas e diferentes ácidos orgânicos que podem comprometer
a extração do DNA. Protocolos tradicionalmente utilizados para extração de DNA vegetal, baseados
na utilização de CTAB, quando aplicados a tecidos maduros de plantas nativas de Cerrado em geral
levam à obtenção de um produto final viscoso e problemático em reações de PCR. Este trabalho foi
desenvolvido no sentido de se adaptar os protocolos atualmente utilizados para extração de DNA
de plantas, buscando-se aumentar a eficiência e a qualidade da extração do DNA de plantas nativas
de Cerrado. Testes prévios sugeriram um forte efeito da concentração utilizada de β-mercaptoetanol
no tampão de extração sobre a qualidade do DNA extraído. Neste sentido, tecido foliar maduro das
espécies: Annona crassiflora (araticum), Eugenia dysenterica (cagaita), Anacardium humilis (caju-do-cerrado),
Hancornia speciosa (mangaba) e Caryocar brasiliense (pequi), foram submetidos à extração utilizando-se o
protocolo descrito em Ferreira & Grattapaglia (1996) com diferentes concentrações de β-mercaptoetanol
no tampão de extração (0, 2, 5, 10, 15 ul de β-mercaptoetanol/ml do tampão de extração: 100 mM
de Tris-HCl, pH 8; 20 mM de EDTA; 1,4 M de NaCl; 2% de CTAB; 1% de PVP). A qualidade dos
produtos obtidos pelos diferentes métodos de extração foi avaliada em gel de agarose 0,8%, submetido
à eletroforese em tampão TBE (Tris-Borato 90 mM e EDTA 2 mM), visualizado pela adição Brometo de
Etídio e posterior exposição à luz UV. Os produtos obtidos foram quantificados mediante comparação
com quantidades conhecidas de DNA de fago λ. Os resultados obtidos sugeriram que a utilização
de β-mercaptoetanol em uma concentração de 1,5% no tampão de extração (concentração 7,5 vezes
superior ao recomendado em geral) permitiu, para as espécies avaliadas, a obtenção de quantidades
ótimas de DNA de boa qualidade, eliminando-se os problemas com contaminantes comumente obtidos
pela utilização de protocolos tradicionais.
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