51º Congresso Brasileiro de Genética Resumos do 51º Congresso Brasileiro de Genética • 7 a 10 de setembro de 2005 Hotel Monte Real • Águas de Lindóia • São Paulo • Brasil www.sbg.org.br - ISBN 85-89109-05-4 [email protected] Palavras-chaves: DNA, Extração, Análises moleculares, Espécies Florestais Alzate-Marin, AL1; Guidugli, MC1,2; Soriani, HH1,2; Mestriner, MA1 Laboratório de Genética Vegetal, Departamento de Genética, 2Departamento de Biologia, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. 1 Otimização de um método econômico e rápido de extração de DNA para quatro espécies de árvores tropicais Métodos baseados em PCR são amplamente utilizados em plantas para melhoramento assistido por marcadores, mapeamento de alta resolução e para análises de genética de populações. Estes estudos requerem análises de populações grandes dependendo inicialmente da capacidade de extrair DNA em qualidade e quantidade de forma rápida e eficiente. Assim, este trabalho teve como objetivo otimizar um método rápido, econômico e eficaz de minipreparação de DNA a partir do protocolo descrito por Doyle & Doyle (1990) para as espécies florestais Copaíba langsdorfii (Óleo de Copaíba), Hymaneae courbaril (Jatobá), Eugenia uniflora (Pitanga) e Tabebuia roseo alba (Ipê Branco). Para isso, folhas dessas espécies foram coletadas em florestas localizadas na região de Ribeirão Preto e preservadas a -20oC por aproximadamente um ano. Na maceração de cerca de 300 mg de tecidos de amostras das quatro espécies foi dispensada a utilização de nitrogênio líquido e seguiram-se as condições de extração do DNA das folhas do protocolo Doyle & Doyle (1990) com algumas adaptações. Dois tratamentos relacionados à adição ou não de Proteinase K no tampão de extração foram realizados para cada espécie. Nos dois tratamentos as amostras com os tampões foram incubadas a 65˚C por meia hora, sendo homogeneizadas a cada 10 minutos. Subsequentemente, somente foi realizada uma etapa de separação com clorofórmio-álcool isoamílico, fazendo-se inversões suaves durante 10 minutos e centrifugando-as por 5 minutos. Ao sobrenadante foi adicionada RNAse (40 µg/ml), procedendo-se a incubação em banho-maria a 37˚C por 30 minutos. Em seguida, acrescentou-se isopropanol gelado e as amostras foram colocadas a -20o C por 30 minutos. Após esse período houve centrifugação por 10 minutos, sendo o sobrenadante descartado e o precipitado submetido a duas lavagens, uma com etanol 70% e outra com etanol 95%. O DNA extraído foi secado à temperatura ambiente e ressuspendido com TE (Tris-HCl 1M, EDTA 0,5M pH 8,0). Amostras de DNA das quatro espécies extraídas com e sem o uso de Proteinase K, foram amplificadas com primers microssatélites (Jatobá e de Óleo de Copaíba) e RAPD (Pitanga e Ipê Branco). Como resultado foi observado que o DNA extraído das quatro espécies estudadas com e sem o uso de Proteinase K, apresentou alto rendimento e boa qualidade, obtendo-se cerca de 300 a 880 ng/µl de DNA a partir de 250-300 mg de tecido foliar congelado. Também ocorreram similares perfis de amplificação utilizando os primers microssatélites e RAPD para os tratamentos mencionados. No presente, rotineiramente no Laboratório de Genética Vegetal da USP/RP, esta metodologia de extração de DNA sem o uso de nitrogênio líquido na maceração (o que eliminou os custos da compra do gás, do botijão e sua manutenção) e sem adição de proteinase K está sendo empregada nas análises moleculares de populações das espécies florestais descritas. Apoio financeiro: FAPESP. 510