[ESPAÇO hospital particular do algarve] Tratar a infertilidade Mais esperança para a parentalidade > ABRIL 2015 < A 30 dinâmica do processo reprodutivo tem vindo a alterar-se de forma substancial, devido fundamentalmente a fatores comportamentais e ambientais, projetando a infertilidade para uma das disfunções importantes do século XXI. A OMS define infertilidade como a “ausência de gravidez após dois anos de relações sexuais regulares e sem uso de contraceção. Existe, no entanto, consenso em considerar que, após um ano, deve ser iniciado um processo de avaliação de eventuais fatores envolvidos. Embora não existam estatísticas específicas para Portugal, os estudos referem que nos países ocidentais a infertilidade afeta um em cada sete casais em idade reprodutiva, correspondendo esse valor a cerca de 14% da população, valor que tende a ser superior em função da idade dos envolvidos. A infertilidade tem vindo a aumentar, sendo múltiplas as suas causas (ver caixa) podendo estas estar ou não associadas a anomalias do sistema reprodutor masculino ou feminino. A investigação deve desenvolver-se de forma faseada e abranger simultaneamente os dois elementos do casal, uma vez que, em cerca de 30% dos casos, ambos contribuem para o problema. FATORES MASCULINOS O fator masculino participa na etiologia da infertilidade conjugal em mais de 50% dos casos: em 1/3 das situações como fator isolado e na mesma proporção associado a algum fator feminino. Perante esta evidência, fica descrita a absoluta necessidade, para além da anamnese conjugal, a inclusão do espermograma na primeira abordagem à dificuldade reprodutiva do casal. A infertilidade masculina comporta basicamente dois componentes: as alterações espermáticas (quantidade e/ou qualidade dos espermatozoides) e a impossibilidade mecânica de depositar o sémen na cavidade vaginal (por impotência erétil ou ausência de ejaculação). FATORES FEMININOS No que respeita à infertilidade feminina, ela surge atualmente ligada de sobremaneira ao adiamento do projeto reprodutivo, o qual consubstancia a função ovárica, concretamente a quantidade e qualidade ovocitária. No entanto, existem outras alterações estruturais, e consequentemente fisiológicas, que podem ser, de forma expressiva, responsáveis por esta disfunção no feminino: fator tuboperitoneal, útero e cavidade uterina. TRATAMENTOS Os tratamentos para a infertilidade, designados de procriação medicamente assistida, variam em função da(s) causa(s) primária(s) do problema. De qualquer forma, a primeira proposta Causas da infertilidade 4Adiamento da maternidade (de forma mais significativa, acima dos 35 anos); 4Aumento da prevalência das infeções de transmissão sexual; 4Medicamentos; 4Sedentarismo; 4Obesidade; 4Consumo de tabaco/álcool/drogas; 4Poluição. A INFERTILIDADE É HOJE CONSIDERADA PELA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS) UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA, PERSPETIVANDOSE QUE A ACESSIBILIDADE AOS CUIDADOS EM INFERTILIDADE E PROCRIAÇÃO MEDICAMENTE ASSISTIDA SEJA UM DOS GRANDES DESAFIOS DO MILÉNIO. NESSE SENTIDO, IMPORTA ORGANIZAR SERVIÇOS, TÉCNICAS E MÉTODOS QUE, DE UMA FORMA GLOBAL, POSSAM MELHORAR A SAÚDE E O BEM-ESTAR REPRODUTIVOS, SATISFAZENDO AS NECESSIDADES DOS CASAIS AO LONGO DO CICLO DE VIDA. Dando cumprimento a este objetivo, o Hospital Particular do Algarve, concretamente o Hospital de Gambelas, em Faro, em parceria com o IVI - líder mundial em reprodução medicamente assistida - disponibiliza agora uma consulta especializada para lhe dar todo o apoio e orientação. - também chamado tratamento de primeira linha - é a inseminação intrauterina, processo pelo qual são depositados os espermatozoides na cavidade uterina e cuja taxa de sucesso ronda os 20 por cento. O procedimento seguinte, caso seja necessário, é a fecundação in vitro, com resultados positivos à volta dos 50%. Este processo inclui um conjunto de procedimentos sequenciais: estimulação ovárica; obtenção dos ovócitos e espermatozoides; fertilização dos ovócitos; avaliação da fecundação; cultura de embriões; e, por fim, transferência ou congelação. A tecnologia existente neste domínio é atualmente muito diferenciada, permitindo por exemplo, ao nível da cultura embrionária, a sua observação sequencial quase de forma permanente, além de oferecer a monitorização de vários parâmetros, com vista à segurança dos resultados. DIAGNÓSTICO GENÉTICO E PRESERVAÇÃO DA FERTILIDADE Além disso, existe ainda a possibilidade do Diagnóstico Genético Pré-Implantacional, processo que permite fazer o diagnóstico das alterações genéticas e cromossómicas nos embriões, antes da sua implantação. Esta viabilidade tem indicações precisas, onde se incluem: aborto recorrente, idade avançada (superior a 38 anos), insucesso repetido na implantação, fator masculino grave, alterações do cariotipo e doenças monogénicas (por exemplo, drepanocitose, atrofia muscular espinal). Para além destes tratamentos, existe ainda a possibilidade da mulher poder preservar a fertilidade através da vitrificação de ovócitos ou congelação do tecido ovárico. Estas técnicas destinam-se sobretudo a mulheres com risco de perda da função ovárica, como, por exemplo, na presença de cancro, sujeitas a quimioterapia e/ou radioterapia, mulheres com doenças autoimunes ou com risco de cirurgia ovárica de repetição, como é o caso da endometriose, mas também mulheres que desejam adiar a sua gravidez por motivos sociais ou pessoais. O Hospital Particular do Algarve, em parceria com a IVI – empresa líder mundial em reprodução medicamente assistida –, orgulha-se de poder, a partir de agora, disponibilizar-lhe o apoio e as orientações que lhe permitirão, de forma plena, atingir a grandiosidade da parentalidade. Porque a Sua Saúde é de Particular Importância, Estamos Consigo em Todos os Momentos