Avaliação da extração de óleos na polpa de abacate utilizando H2SO4 Juliano Passaretti Filho1, Manoel Lima de Menezes1 1 UNESP - Faculdade de Ciências- DQ – Bauru – SP 1. Objetivos O óleo extraído do abacate possui diversas utilidades, tanto na indústria de alimentos como na fabricação de cosméticos[1]. No desenvolvimento nesta etapa do projeto de pesquisa, o principal objetivo foi aperfeiçoar uma metodologia adequada para efetuar a extração do óleo presente na polpa do abacate. Neste trabalho foi avaliado o método de extração; hidrólise ácida empregando soluções aquosas de ácido sulfúrico, com concentrações de 0,5 e 1,0 % (v/v). 2.Material e Métodos Tabela 1 - Avaliação de Extração da amostra de abacate empregando a hidrólise ácida com H2SO4 0,5% (v/v) Extração Soxhlet H2SO4 0,5 % (v/v) Teor de óleo DPR Extração DPR (%) (%) (%) (%) 3,74 9,30 131,5 30 Tabela 2 - Avaliação de Extração da amostra de abacate empregando a hidrólise ácida com H2SO4 1,0% (v/v) Extração Soxhlet H2SO4 1,0 % (v/v) Teor de óleo DPR Extração DPR (%) (%) (%) (%) 4,66 15,8 85,67 8,80 a) Extração Soxhet Para a avaliação da extração de óleo da polpa de abacate, empregando os diferentes métodos propostos abaixo, as amostras estudadas foram submetidas à extração soxhlet [2]. b) Hidrólise ácida da polpa de abacate Transferiu-se 500g da polpa de abacate previamente preparada em um reator de inox de 10 litros, seguido pela adição de 1,5 litros de uma solução aquosa de ácido sulfúrico 0,5% (v/v). Manteve-se o sistema sob agitação mecânica e temperatura a 95ºC por 60 minutos. Após a redução da temperatura para 50ºC, procedeu a filtração com auxílio de um filtro prensa. Após o escoamento da fase aquosa submeteu-se a massa a uma pressão no próprio sistema hidráulico, que compõe o filtro prensa. O mesmo foi efetuado com solução aquosa de ácido sulfúrico a 0,5% (v/v). Em seguida, transferiu a solução obtida para um funil de separação e procedeu-se a extração do óleo empregando a técnica de partição líquido-líquido. Transferiu-se 500 ml de hexano para o funil de separação, seguido por agitação e repouso. Após o descarte da fase aquosa, procedeu-se a destilação, recuperando-se o hexano, obtendo-se o óleo bruto de abacate no balão de destilação. O mesmo procedimento foi efetuado com solução aquosa de ácido sulfúrico a 1,0% (v/v). Em ambos os casos, ao término da hidrólise, após a filtração com auxílio do filtro prensa, observou-se a formação de duas fases imiscíveis, sendo uma fase oleosa e a outra aquosa. A fase oleosa apresentava-se com uma característica de emulsão, sendo necessário empregar a extração liquido-liquido para extrair o óleo da fase aquosa. Em ambos os processos, independente das águas de lavagem, que foram empregadas para lavar o óleo obtido, para extrair os resíduos de ácido sulfúrico, observou-se que houve um consumo muito elevado de água, gerando um teor elevado de efluentes. Foi observado, que ao efetuar a filtração com o produto de hidrólise realizado com ácido sulfúrico 1% (v/v), houve um ataque na placas metálicas do filtro prensa, bem como no embolo do sistema hidráulico. Este ataque ácido não foi observado quando empregou o ácido sulfúrico 0,5% (v/v). 3.Resultados e Discussão [1]TANGO, J. S. et al; Caract. Fís. e Quí. de frutos de abacate visando a seu potencial para extração de óleo. Revis. Brasileira Fruticultura, Jaboticabal. v. 26, n. 1, abr. 2004. [2]Association Of Official Analytical Chemists. Official methods of analysis., 1994 As hidrólises da polpa de abacate empregando o ácido sulfúrico com concentrações de 0,5% e 1,% (v/v), apresentaram bons resultados, como podem ser observados nas Tabelas 1 e 2. 4. Conclusão O emprego da hidrólise ácida, empregando o ácido sulfúrico com concentrações de 0,5 e 1,0% (v/v), apresentaram um bom rendimento de extração, porém observou a geração de uma grande quantidade de efluentes e o emprego da solução de ácido sulfúrico 1,0% (v/v), promoveu a corrosão nos equipamentos de filtração 5. Referências