Na área da educação, a necessidade de formular políticas que corroborem com a elevação da escolaridade das comunidades quilombolas articula-se com o reconhecimento de que os quilombos são territórios patrimoniais que educam. Educam a resistência histórica da população negra e para a re-elaboração da cultura africana e afrobrasileira no contexto paranaense. Educam também a partir de uma ética própria de solidariedade que possibilita alimentar alternativas mais justas e ecologicamente mais equilibradas de desenvolvimento social. Como escolarizar então em territórios que, em si, são territórios potencialmente educativos? A forma própria de educação dos quilombos – a educação quilombola – tem sido considerada como ponto de partida para a reflexão sobre os processos de escolarização nesses territórios , sendo inspiração e fundamento para implementação da educação escolar pública, democrática e de qualidade que queremos desenvolver nessas comunidades.