0 UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS, ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS CRISTIANE BEATRIZ THEIS HOFF AUDITORIA OPERACIONAL TRABALHISTA DE UMA PADARIA (Relatório do Trabalho de Conclusão de Curso) IJUÍ (RS) 2016 1 CRISTIANE BEATRIZ THEIS HOFF AUDITORIA OPERACIONAL TRABALHISTA DE UMA PADARIA Relatório do Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no DACEC - Curso de Ciências Contábeis da UNIJUÍ, como requisito parcial para aprovação no componente curricular Trabalho de Conclusão de Curso. Profº Orientador: IRANI PAULO BASSO Ijuí (RS), Julho de 2016 2 AGRADECIMENTOS A Deus acima de tudo, primeiramente pela vida, pela saúde pela força de vontade que fez eu sentir nos momentos de fraqueza. Aos meus professores do curso de ciências contábeis, pela sua dedicação em passar seus conhecimentos e principalmente o professor orientador Irani Paulo Basso que me orientou nesse trabalho com muita dedicação e empenho para que tudo estivesse de acordo. 3 Dedico este trabalho a meus familiares e principalmente a meu esposo que de alguma forma entenderam a minha ausência ao longo dos 8 anos de estudos e incentivaram o meu interesse e comemoraram comigo mais essa vitória. 4 RESUMO As empresas buscam sempre fazer o correto para não ter problemas com a legislação vigente e seus colaboradores, mas para isso acontecer é necessário se fazer um estudo aprofundado da legislação em vigor, evitando dessa forma demandas judiciais e infrações administrativas. Para poder verificar possíveis falhas no setor de Recursos Humanos, é necessário fazer uma Auditoria preventiva. O objetivo deste estudo é verificar como estão sendo praticadas as rotinas trabalhistas no setor de recursos humanos de uma empresa aqui denominada simplesmente de Padaria, se estão de acordo com as regras vigentes. A Padaria atua no mercado a mais de 14 anos, e atualmente conta com uma equipe de 4 colaboradores. A pesquisa foi baseada em dados coletados a partir de documentos disponibilizados pela empresa, baseando-se na legislação atualizada aplicável ao setor auditado. Foi possível identificar as falhas que vinham ocorrendo no setor da empresa e assim com o conhecimento correto fornecido subsídios à direção da empresa, bem como apresentadas algumas recomendações e sugestões para melhoria dos processos. Se trata de uma pesquisa bibliográfica e documental, de forma qualitativa, pois teve uma análise aprofundada da legislação vigente, exposta de forma descritiva para fácil interpretação. Palavras Chaves: Contabilidade. Auditoria. Legislação. e-Social. Recursos Humanos 5 LISTA DE QUADROS Quadro 1 - tabela de multas por atraso do CAGED ................................................................. 41 Quadro 2 - Tabela salário maternidade..................................................................................... 49 Quadro 3 - tabela proporcionalidade de férias.......................................................................... 53 Quadro 4 - Tabela incidência INSS .......................................................................................... 60 Quadro 5 - Tabela do IRRF ...................................................................................................... 61 Quadro 6 - Programa de auditoria no Setor de Recursos Humanos ......................................... 78 Quadro 7 - Papel de trabalho da entrevista com o proprietário ................................................ 80 Quadro 8 - Plano de trabalho com a responsável de departamento pessoal no escritório contábil ..................................................................................................................................... 81 Quadro 9 - Plano de trabalho dos documentos de admissão – Exame médico ........................ 81 Quadro 10 - Plano de trabalho dos documentos para admissão – Contrato trabalho ............... 82 Quadro 11 - Plano de trabalho dos documentos para admissão – Livro de registro ................ 82 Quadro 12 - Plano de trabalho dos documentos para admissão – Carteira de trabalho e livros .................................................................................................................................................. 83 Quadro 13 - Plano de trabalho dos documentos para admissão – Comprovante entrega/devolução CTPS .......................................................................................................... 83 Quadro 14 - Plano de trabalho documentos para admissão – Termo responsabilidade salário família ....................................................................................................................................... 84 Quadro 15 - Plano de trabalho dos documentos para admissão – Solicitação de vale transporte .................................................................................................................................................. 84 Quadro 16 - Plano de trabalho movimentação dos funcionários – Exame periódico............... 84 Quadro 17 - Plano de trabalho movimentação dos funcionários – Atribuição salárial ............ 85 Quadro 18 - Plano de trabalho movimentação dos funcionários – Ponto eletrônico ou mecânico ................................................................................................................................... 85 Quadro 19 - Plano de trabalho movimentação dos funcionários – Verbas extra salário .......... 86 Quadro 20 - Plano de trabalho movimentação dos funcionários - Serviços autônomos .......... 86 Quadro 21 - Plano de trabalho movimentação dos funcionários – RAIS, CAGED e SEFIP ... 87 Quadro 22 - Plano de trabalho movimentação dos funcionários – PPP, PCMSO, PPRA, LTCAT ..................................................................................................................................... 87 Quadro 23 - Plano de trabalho movimentação dos funcionários – Direito dos colaboradores 88 Quadro 24 - Plano de trabalho movimentação dos funcionários- Descontos facultativos ....... 88 Quadro 25 - Plano de trabalho movimentação dos funcionários – Descontos legais ............... 89 6 Quadro 26 - Plano de trabalho movimentação dos funcionários – Confecção da folha ........... 90 Quadro 27 - Plano de trabalho movimentação dos funcionários – Guias de pagamento ......... 92 Quadro 28 - Plano de trabalho movimentação dos funcionários - Férias ................................. 93 Quadro 29 - Plano de trabalho movimentação dos funcionários – 13º salário ......................... 93 Quadro 30 - Plano de trabalho movimentação dos funcionários – Livro inspeção trabalho .... 94 Quadro 31 - Plano de trabalho movimentação dos funcionários – Quadro de horários ........... 94 Quadro 32 - Plano de trabalho movimentação dos funcionários – Comuni acidente trabalho 95 Quadro 33 - Plano de trabalho do desligamento de colaborador - Aviso prévio...................... 95 Quadro 34 - Plano de trabalho do desligamento de colaborador - Demissão........................... 96 Quadro 35 - Plano de trabalho do desligamento de colaborador – Exam médico demissional 96 Quadro 36 - Plano de trabalho do desligamento de colaborador – Calculo verbas rescisórias 97 Quadro 37 - Plano de trabalho do desligamento de colaborador - Homologação .................... 98 7 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 10 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ...................................................................... 11 1.2 ÁREA DE CONHECIMENTO CONTEMPLADA ...................................................... 11 1.3 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO.............................................................. 11 1.4 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA ............................................................................. 12 1.5 OBJETIVOS .................................................................................................................. 13 1.5.1 Objetivo geral ............................................................................................................... 13 1.5.2 Objetivos específicos .................................................................................................... 13 1.6 JUSTIFICATIVA .......................................................................................................... 13 2.1 CONTABILIDADE....................................................................................................... 15 2.1.1 Conceituação de contabilidade ................................................................................... 16 2.1.2 Objeto e finalidade da contabilidade ......................................................................... 16 2.1.3 Funções da contabilidade ............................................................................................ 17 2.1.4 Princípios da Contabilidade ....................................................................................... 18 2.2 AUDITORIA ................................................................................................................. 20 2.2.1 Objeto da Auditoria .................................................................................................... 21 2.2.2 Objetivo da auditoria .................................................................................................. 21 2.2.3 Normas de Auditoria ................................................................................................... 22 2.2.4 Vantagens ou benefícios da Auditoria ....................................................................... 22 2.2.5 Tipos de Auditoria ....................................................................................................... 23 2.2.6 Planejamento da Auditoria ......................................................................................... 23 2.2.7 Programa de Auditoria ............................................................................................... 23 2.2.8 Riscos de Auditoria...................................................................................................... 24 2.3 AUDITORIA OPERACIONAL .................................................................................... 25 2.3.1 Sistemas de controles internos .................................................................................... 25 2.3.2 Métodos e Formas de Auditoria ................................................................................. 26 2.3.3 Auditoria interna x Auditoria externa ...................................................................... 27 2.3.4 Papéis de trabalho ....................................................................................................... 27 2.3.5 Objetivo dos papéis de trabalho ................................................................................. 28 2.3.6 Classificação dos papéis de trabalho.......................................................................... 29 2.3.7 Técnicas de Auditoria .................................................................................................. 29 2.3.8 Planejamento e programa de Auditoria .................................................................... 30 8 2.3.9 Relatório de Auditoria................................................................................................. 30 2.3.10 Ética Profissional ......................................................................................................... 31 2.4 E-SOCIAL ..................................................................................................................... 31 2.4.1 Multas de eventos periódicos e não periódicos ......................................................... 32 2.4.2 Transmissão do arquivo eSocial ................................................................................. 33 2.4.3 Procedimentos a adotar para ir se adequando ao eSocial ....................................... 34 2.5 AUDITORIA DE RECURSOS HUMANOS ................................................................ 34 2.5.1 Admissão de Empregado ............................................................................................ 35 2.5.2 Documentos Necessários ............................................................................................. 36 2.5.3 Livros ou Fichas de registro de Empregados ............................................................ 37 2.5.4 Contrato de Trabalho.................................................................................................. 37 2.5.5 Jornadas de trabalho ................................................................................................... 39 2.5.6 CAGED ......................................................................................................................... 41 2.4.7 CIPA ............................................................................................................................. 42 2.5.8 Programa de controle médico de saúde Ocupacional (PCMSO) ............................ 42 2.5.9 LTCAT (Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho) ........................ 42 2.5.10 PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário)............................................................. 43 2.5.11 PAT ............................................................................................................................... 43 2.5.12 RAIS.............................................................................................................................. 44 2.5.13 DIRF ............................................................................................................................. 46 2.6 SALÁRIO ...................................................................................................................... 46 2.6.1 Insalubridade e periculosidade .................................................................................. 47 2.6.2 Adicional noturno ........................................................................................................ 47 2.6.3 Salário família .............................................................................................................. 48 2.6.4 Estabilidade Gestante e Licença Maternidade ......................................................... 48 2.6.5 Décimo terceiro salário ............................................................................................... 50 2.6.6 Férias ............................................................................................................................ 51 2.6.7 Faltas justificadas ........................................................................................................ 54 2.6.8 Reajuste Salarial .......................................................................................................... 54 2.6.9 Equiparação Salarial ................................................................................................... 55 2.6.10 Contribuições Sindicais ............................................................................................... 55 2.6.11 Vale Transporte ........................................................................................................... 57 2.7 ENCARGOS SOBRE A FOLHA DE PAGAMENTO ................................................ 57 2.7.1 Fundo de Garantia por Tempo de Contribuição ...................................................... 58 9 2.7.2 Instituto Nacional do Seguro Social ........................................................................... 59 2.7.3 IRRF(Imposto de Renda Retido na Fonte) ............................................................... 60 2.8 RESCISÕES DO CONTRATO DE TRABALHO (RCT) ............................................ 62 2.8.1 Aviso Prévio ................................................................................................................. 62 2.8.2 Tipos de rescisões de contrato de trabalho ................................................................ 63 2.8.3 Pagamento das verbas rescisórias .............................................................................. 67 2.8.4 Documentos necessários para homologação ............................................................. 67 2.8.5 Seguro desemprego ...................................................................................................... 68 3 METODOLOGIA DO ESTUDO ................................................................................ 70 3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA .............................................................................. 70 3.1.1 Quanto à sua natureza ................................................................................................ 70 3.1.2 Quanto à forma de abordagem................................................................................... 70 3.1.3 Quanto aos objetivos ................................................................................................... 71 3.1.4 Quanto aos procedimentos técnicos ........................................................................... 72 3.2 COLETA DE DADOS .................................................................................................. 72 3.3 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ......................................................... 73 4 ANÁLISE DOS DADOS ............................................................................................. 75 4.1 PROGRAMA DE AUDITORIA OPERCIONAL DE RECURSOS HUMANOS ....... 75 4.1.1 Setor de Recursos Humanos da Padaria ................................................................... 75 4.1.2 Objetivo da Auditoria ................................................................................................. 76 4.1.3 Amostra ........................................................................................................................ 77 4.1.4 Procedimentos de verificação ..................................................................................... 77 4.1.5 Avaliação dos controles internos ................................................................................ 77 4.2 ELABORAÇÃO E APLICAÇÃO DO PROGRAMA DE AUDITORIA DE RECURSOS HUMANOS NA PADARIA ............................................................................... 77 4.3 ELABORAÇÃO DOS PAPÉIS DE TRABALHO DE AUDITORIA .......................... 80 4.4 RELATÓRIO DE AUDITORIA ................................................................................... 98 4.4.1 Ofício de Encaminhamento ........................................................................................ 99 CONCLUSÃO............................................................................................................ 109 REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 111 10 1 INTRODUÇÃO Na atualidade muitas organizações buscam métodos de melhoria de seu desempenho, com o intuito principal de evitar problemas que possam acarretar desperdícios e também problemas com entidades governamentais e órgãos públicos de fiscalização. Na medida do possível, buscam soluções para problemas internos e também sugestões de melhorias no ambiente operacional dentro da sua organização, baseando-se em uma importante ferramenta da Contabilidade focadas na revisão de procedimentos técnicos e operacionais, como é o caso da técnica contábil básica da Auditoria. Além de identificar possíveis erros, o objetivo principal da presente pesquisa, buscouse na retomada nos procedimentos de contabilidade e recursos humanos, identificar fatos ocorridos, se os mesmos estão de acordo com as normas e legislação vigentes, revisando assim, conceitos de contabilidade e apontando melhorias no setor de recursos humanos durante a pesquisa empírica realizada pela acadêmica proponente. Este Trabalho de Conclusão de Curso teve em sua composição, quatro grandes dimensões, as quais estão constituídas de um capitulo inicial que trata da introdução e contextualização do estudo, onde foi abordado o tema e a abordagem do problema, com a finalidade de opinar se estão sendo cumpridas corretamente as rotinas de recursos humanos por parte do seu Departamento de Pessoal, complementado pelo estabelecimento de objetivos a serem atingidos e pela apresentação da justificativa da proponente com a realização do seu TCC na área eleita para fazê-lo. No segundo capítulo, abordou-se a fundamentação teórica, a qual se deu através da revisão bibliográfica envolvendo conhecimentos aprofundados na área de estudo abrangida, como embasamento teórico no assunto em questão, para realizar as tarefas práticas do Trabalho de Conclusão de Curso. No terceiro capítulo, é apresentada a metodologia da pesquisa e dos trabalhos práticos desenvolvidos, com enfoque para o desenho da pesquisa e para a coleta e apresentação dos dados. Por último e como coroamento da tarefa de final de curso, é apresentado o produto das tarefas práticas de auditoria aplicada ao setor trabalhista de uma empresa real, seguido do relatório de Auditoria. Logo após, o estudo apresenta a conclusão e a bibliografia utilizada no estudo. 11 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO Neste capítulo do trabalho, apresenta-se a parte inicial, constituída da caracterização da área de realização do TCC, bem como da problematização do tema de estudo da organização, seguido da apresentação dos objetivos a serem atingidos no decorrer da realização do trabalho, bem como da apresentação das justificativas da autora para a área escolhida. 1.2 ÁREA DE CONHECIMENTO CONTEMPLADA A contabilidade é uma ciência que estuda o patrimônio das organizações, através de suas técnicas que auxiliam todos os colaboradores envolvidos no trabalho a desempenhar corretamente as suas atividades. O profissional contador possui vários ramos de atuação, e um deles é a Auditoria, que se ramifica em diversas áreas de aplicação, como a auditoria fiscal, a auditoria contábil, a auditoria patrimonial, a auditoria de recursos humanos, entre outros. De acordo com Attie (2011, p. 5), “[...] a auditoria é uma especialização contábil voltada a testar a eficiência e eficácia do controle patrimonial implantado com o objetivo de expressar uma opinião sobre determinado dado”. Sendo assim, a Auditoria, além de constatar a legitimidade dos fatos contábeis, orienta as organizações na adequação de seus procedimentos, contribuindo para maior eficiência administrativa e operacional. Estudos realizados por Magalhães; Lunkes; Muller (2001), dizem que a Auditoria é um instrumento indispensável ao controle na moderna administração; entretanto, não se devem interpretar com exagero as suas funções. Neste contexto, o presente trabalho de conclusão de curso é da área de Auditoria e abordará um estudo referente as rotinas operacionais trabalhistas em uma empresa do ramo de fabricação de produtos de padaria e confeitaria com predominância de produção própria. 1.3 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO O estudo foi realizado em uma empresa industrial do ramo de padaria e confeitaria com predominância de revenda, localizada no Noroeste do Rio Grande do Sul, onde possui a padaria e confeitaria e demais produtos para revenda. A empresa está no mercado há mais de 12 14 anos, iniciou suas atividades com poucos funcionários e hoje conta com uma equipe de colaboradores qualificada, com perspectiva de crescimento. Sempre preocupada em satisfazer seus clientes, buscou se atualizar no ramo alimentício, utilizando-se de novas técnicas, e cursos de padaria e confeitaria, além de investir em infraestrutura para o melhor atendimento de seus clientes. Atualmente, fabrica produtos de padaria e confeitaria, fornecendo produtos pra Região. Está enquadrada no regime jurídico de Micro empreendedor individual, portanto, único proprietário, enquadrado pelo regime de tributação Simples Nacional, e conta com 4 funcionários. Para resguardar o sigilo profissional, serão omitidas demais informações de identificação da empresa. 1.4 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA A Auditoria tem como objetivo expressar uma opinião, através de procedimentos de verificação da veracidade das demonstrações contábeis preparadas pela companhia auditada, sendo que quando aplicada a aspectos operacionais, busca também, verificar a adequação dos procedimentos operacionais ligados à área específica, como no caso, o setor de recursos humanos. De acordo com Áttie (2011, p. 12), discorre que, “[...] o exame de auditoria deve ser efetuado de acordo com as normas de auditoria, inclusive quanto ao planejamento do trabalho, a constatação dos registros dos eventos contábeis e as avaliações das práticas e estimativas adotadas pela empresa [...]”. A auditoria operacional tem função independente e específica de avaliação, pois é criada dentro da empresa para examinar e avaliar atividades desempenhadas na mesma. Neste sentido, Gil (2000, p. 29), expõe que: “[...] a auditoria operacional poderá atuar em termos preventivos, consoante o plano anual de auditoria, ou corretivos, quando, via denúncia configurada, ou indícios identificados, inclusive em trabalho/projetos de auditoria, possam ocorrer situações de dolo [...]”. A auditoria operacional é de suma importância para as empresas por avaliar e revisar os procedimentos internos, auxiliando a todos os membros envolvidos a desempenhar corretamente suas funções. Na organização em que será realizado o trabalho prático de auditoria operacional, não tem uma prática constante de avaliação dos procedimentos internos de rotinas operacionais, nem auditoria do departamento de pessoal. Diante disso, a pergunta que busca resposta no 13 presente trabalho de conclusão de curso é a seguinte: como estão sendo praticadas as rotinas trabalhistas no setor de recursos humanos da empresa e se os mesmos estão em acordo com a legislação vigente? 1.5 OBJETIVOS Os objetivos para a realização do trabalho de conclusão de curso são divididos em geral e específicos, onde procura-se a solução antecipada à problematização do tema proposto, bem como, detalhar aspectos do mesmo. 1.5.1 Objetivo geral Analisar, mediante técnicas de auditoria operacional, se os procedimentos de rotinas trabalhistas estão sendo cumpridas conforme a legislação aplicável vigente. 1.5.2 Objetivos específicos Aprofundar conhecimentos técnicos em auditoria operacional através de pesquisa bibliográfica. Elaborar um programa de auditoria operacional aplicada na empresa “X”. Aplicar os procedimentos de auditoria operacional para diagnosticar corretamente os procedimentos em operação na empresa “X”. Elaborar um relatório analítico de auditoria operacional do departamento de pessoal da empresa “X”. 1.6 JUSTIFICATIVA Nos dias atuais, a legislação trabalhista está em constantes mudanças, e isso faz com que as empresas tenham que se adequar e também se atualizar constantemente para cumprir com as normas trabalhistas. Para que a empresa e o seu administrador esteja em total segurança operacional, é de suma importância que utilize métodos da contabilidade para se adequar as normas vigentes, minimizando dessa forma possíveis falhas ou erros operacionais que poderiam ocasionar em 14 reclamatória trabalhista ou em penalidades em uma fiscalização por parte de órgão público como o Ministério do Trabalho e Emprego. Já para a acadêmica do curso de Ciências Contábeis, a realização deste trabalho contribuiu para a sua aprendizagem, aperfeiçoando o profissionalismo e contribuindo para o desempenho de sua atividade habitual. Para a Universidade, juntamente para o curso de Ciências Contábeis, o presente estudo é importante, pois traz a legislação trabalhista atualizada e vigente, o que contribui como um estudo de caso para colaborar na formação de seus acadêmicos, trazendo a realidade das empresas para estudos em sala de aula, bem como para a sociedade em geral, que terá disponível uma pesquisa da realidade fática de uma empresa real, como mais um substrato da realidade para avaliação e julgamento. 15 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A fundamentação teórica apresenta um resumo da pesquisa bibliográfica, utilizada para fundamentar o assunto em questão, tendo por base a bibliografia especializada no tema objeto de estudo, bem como na legislação trabalhista vigente, em artigos publicados em revistas técnicas em consultas na internet. O estudo abordar conhecimentos de contabilidade, auditoria, rotinas trabalhistas e a auditoria operacional no setor de Recursos Humanos e outros temas correlatos que possam contribuir para fundamentação da proponente para a realização das tarefas práticas do seu TCC. 2.1 CONTABILIDADE A Contabilidade pode ser identificada como um conjunto de informações concatenadas, com o objetivo de demonstrar a real situação do patrimônio de uma determinada organização, gerando informações úteis aos seus administradores, contribuindo para melhorar a gestão e assim, garantir uma tomada de decisão com maior probabilidade de acerto que erros ao nível interno das organizações e também aos usuários externos que assim desejarem informações para encaminhar eventuais decisões de dimensões externas. A contabilidade vem trazendo benefícios e foi criada com intuito de auxiliar na administração do patrimônio conforme cita Basso (2011, p. 26): Concebida para tratar do controle do patrimônio e estudar sua composição, variações e estados, e sendo o patrimônio pertencente ao homem, que, por sua vez, vive, age e interage de forma pessoal ou coletiva na sociedade por ele constituída, a contabilidade é enquadrada como uma ciência social, mais especificamente no grupo das ciências econômicas e administrativas, que utiliza técnicas especificas para se tornar útil a sociedade e cumprir com as finalidades para que foi concebida. Seguindo essa mesma linha de pensamento relacionado a contabilidade, Attie (2011, p. 4), interpreta que: A contabilidade tem a finalidade precípua de promover os meios informativos e de controle com o intuito de coletar todos os dados ocorridos na empresa e que tenham, ou possam ter, impactos e causar variações em sua posição patrimonial. A contabilidade é o instrumento de medição e avaliação do patrimônio e dos resultados auferidos pela gestão da administração da entidade. 16 Portanto, muitas organizações buscam na contabilidade, métodos e técnicas para financiar projetos de melhoria da sua organização, visando maior lucratividade e trazendo benefícios a sociedade em geral. Para tanto, o contador se tornou um profissional consagrado em meio a sociedade conforme cita Sá (2006, p. 30): “[...]o contador, portanto, deixou de ser apenas um informante para transformar-se em um orientador, um autêntico médico da empresa e das instituições, orientando e opinando sobre os destinos dos empreendimentos [...]” 2.1.1 Conceituação de contabilidade A contabilidade normalmente é conceituada como uma ciência social que estuda o patrimônio das entidades, conforme conceitua Toigo (1987 apud BASSO 2011, p. 26): a “Contabilidade é a ciência que estuda e controla o patrimônio sob o ponto de vista econômico-financeiro, observando e registrando seus aspectos quantitativos e qualitativos e as variações por ele sofridas”. Muitos autores pesquisados chegam ao mesmo consenso de que a Contabilidade realmente é uma ciência que estuda o patrimônio, ou seja, uma ciência social voltada a gerar informações aos diferentes usuários no dia a dia das organizações. Nosso entendimento é que realmente ela é uma ciência social, que utiliza técnicas cientificas, se tornando um instrumento de grande valia para gerar informações importantes sobre o patrimônio das organizações. 2.1.2 Objeto e finalidade da contabilidade O objeto da Contabilidade é o patrimônio, onde geralmente é constituído por um conjunto de bens, direitos e obrigações. Basso (2011, p. 27), aborda que do ponto de vista da contabilidade a) os bens são aqueles elementos (objetos) materiais (corpóreos) ou imateriais (incorpóreos) integrantes de um determinado patrimônio, que concorrem direta ou indiretamente para a obtenção dos fins da entidade b) os direitos são os haveres que a entidade tem a receber de terceiros c) as obrigações, ao contrario dos direitos, são os valores que a entidade tem a pagar[...]. 17 Dessa forma, os bens e direitos formam a parte positiva do patrimônio, enquanto as obrigações constituem a parte negativa. Por outro lado, a Contabilidade estuda o patrimônio sob dois aspectos: quanto a forma qualitativa e a forma quantitativa, onde o primeiro considera os bens, direitos e obrigações do ponto de vista da sua natureza e o segundo considera os bens, direitos e obrigações do ponto de vista monetário Basso (2011, p. 27), nos traz dois aspectos básicos da contabilidade: Qualitativo-considera bens, direitos e obrigações do ponto de vista da sua natureza, como a composição individual e a natureza jurídica de cada elemento. Quantitativo-considera bens, direitos e obrigações do ponto de vista monetário intrínseco, isto é, concebe elementos patrimoniais como expressão de valor econômico, o que torna os elementos heterogêneos do patrimônio em homogêneos [...]. No entanto, entende-se que a Contabilidade reúne conjunto de conhecimentos, originados de pesquisas e estudos técnicos e científicos, gerando leis, princípios, normas e métodos que visam o controle e informação do patrimônio. 2.1.3 Funções da contabilidade A Contabilidade somente tem sentido se gerar alguma informação que seja de importância para o seu usuário. Para a realização dos objetivos, pode-se atribuir as seguintes funções à Contabilidade, conforme ensina Basso (2011, p. 29): coletar os documentos comprobatórios dos atos e fatos administrativos e econômicos que ocorrem com o patrimônio da entidade; classificar os documentos comprobatórios de acordo com as alterações que provocam no patrimônio da entidade; registrar os fatos contábeis decorrentes das alterações patrimoniais nos livros de escrituração contábil da entidade; acumular informações quantitativas e qualitativas do patrimônio e suas variações, ao longo do tempo; resumir informações do patrimônio e suas variações, em demonstrativos contábeis; revelar a situação patrimonial, econômica e financeira da entidade Sendo assim, a coleta de documentos dos fatos ocorridos no patrimônio da entidade, o registro nos livros contábeis dos fatos decorrentes de alteração patrimoniais e resumos das informações do patrimônio e suas variações ao longo dos períodos, são as principais funções da Contabilidade. Sá (2006, p. 43), ressalta que: “[...] a aplicação do conhecimento da contabilidade, conduziu a racionalidade o governo da riqueza individualizada, é o caminho certo para o equilíbrio econômico e para o bem-estar material social [...]”. 18 No entanto, o conhecimento da contabilidade proporciona para as empresas uma visão da real situação financeira e administrativa da organização, o qual possibilita o equilíbrio econômico. Conforme cita Sá (2006, p. 43), em relação aos benefícios da contabilidade destaca que: “[...]uma nação só pode ser socialmente forte se fortes forem suas células sociais, e as células sociais só podem ser fortes se a riqueza que possuem tenha a capacidade de suprir as pertinentes necessidades humanas das mesmas [...]”. Para a sociedade humana, a riqueza precisa de uma administração correta para fins da distribuição da mesma ser coerente com a necessidade de cada um. A medida de controle de necessidade será a contabilidade, através de suas demonstrações, detalhando os recursos que serão distribuídos. 2.1.4 Princípios da Contabilidade Os princípios são a base do sistema de normas, estabelecem regras de registros, relatos, demonstrações e análise de variações sofridas pelo patrimônio da organização e busca suas causas, possibilitando suas adequações conforme legislação em vigor. Os princípios que regem a Contabilidade são denominados de: Principio da Entidade, Princípio da Continuidade, Princípio da Oportunidade, Princípio do Registro pelo Valor Original, Principio da Competência e, o Principio da Prudência. Relatando sobre a Contabilidade, Basso (2011), discorre que, seus princípios fundamentais valem para todos os patrimônios, independente das entidades a que pertençam, das finalidades, da forma jurídica da qual estejam revestidos, ou da sua localização, expressividade e quaisquer outros qualificativos, desde que gozem da condição de autonomia em relação aos demais patrimônios existentes. Conforme o Conselho Federal de Contabilidade esses Princípios, resumidamente significam: a) Principio da Entidade- reconhece o patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, tornando necessária a distinção entre o patrimônio particular dos sócios e patrimônios da Entidade, independente de pertencer a uma pessoa ou a um conjunto de pessoas. b) Princípio da Continuidade -pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância. 19 c) Principio da Oportunidade: refere-se a época oportuna de registro, mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas. d) Princípio do Registro pelo Valor Original- os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores originais na data das transações ocorridas, em moeda nacional, esclarecendo a base de avaliação patrimonial. Cabe ressaltar que os valores originais devem ser ajustados, segundo a perda ou aumento dos valores econômicos. e) Principio da Prudência: determina a adoção do menor valor para os componentes do ativo e do maior valor para os componentes do passivo, sempre que se apresentam alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio liquido. f) Princípio da Competência: determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento e pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas. Além dos princípios, a Contabilidade também ela é regida pelas Normas Brasileiras da Contabilidade (NBC’s), as quais são aprovadas por resoluções emitidas pelo Conselho Federal de contabilidade (CFC) e que se dividem em normas técnicas, as quais são regras que devem ser aplicadas no momento de fazer a Contabilidade e também as Normas profissionais, que são os procedimentos de conduta a ser adotado pelo profissional Contábil no decorrer do exercício de sua profissão. Discorre Sá (2006, p. 100), que muitas são as normas editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade, através de resoluções, estampadas no Diário Oficial da União e amplamente difundidas pelo órgão. Dentre elas estão as que tratam dos seguintes temas codificados como NBCT: 1. Da escrituração Contábil; 2. Conceito, conteúdo, estrutura e nomenclatura das Demonstrações Contábeis; 3. Da avaliação contábil 4. Da correção monetária; 5. Da divulgação das demonstrações contábeis; 6. Da conversão da moeda estrangeira nas demonstrações contábeis; 7. Das demonstrações contábeis consolidadas; 8. Da fusão, incorporação, cisão, transformação e liquidação de entidades; 9. Dos aspectos específicos em entidades diversas; 10. Auditoria Independente e demonstrações Contábeis; 11. Da Auditoria Interna; 12. Da Perícia Contábil, etc. 20 Cada Norma traz um assunto específico, o qual deve ser aplicado na prática operacional de acordo com o assunto a que se refere seu conteúdo e que se acham atualmente em processo de harmonização ás Normas Internacionais de contabilidade e Auditoria. 2.2 AUDITORIA Percebe-se que há uma crescente necessidade de avaliar a situação de todos os setores dentro de uma organização, uma vez que isso traz uma tranquilidade para seus sócios no sentido de estar de acordo com todas as Normas e Princípios abrangidos pela Contabilidade, bem como com a legislação societária, tributária e fiscal a que as entidades estão sujeitas. Uma das técnicas contábeis usadas para desempenhar essa função é a Auditoria, a qual tem o objetivo de identificar possíveis erros, e também prevenir fraudes e detectar situações errôneas já ocorridas. Ensina Attie (2011, p. 5), que “[...] a auditoria é uma especialização contábil voltada a testar a eficiência e eficácia do controle patrimonial implantado com o objetivo de expressar uma opinião sobre determinado dado [...]”. Todos os estudos realizados durante a Auditoria devem obedecer as Normas Brasileiras de Contabilidade e também incluir os procedimentos de comprovação dos dados. Conforme ensina Attie (2011, p. 5), A ação da auditoria não pode limitar-se aquilo que está registrado nos livros oficiais, mas também aquilo que pode ter sido omitido nos registros principais. Dependendo das circunstâncias vividas pelas empresas, determinados dados podem ter sido omitidos propositadamente dos registros principais que, se considerados, podem acabar transformando, por completo, a situação patrimonial e financeira da empresa em exame. Seguindo essa mesma linha de pensamento, Santos (2012, p. 35), afirma que: Contudo, a auditoria em conformidade com as normas de auditoria é conduzida com base na premissa de que a administração e quando apropriado, os responsáveis pela governança tem conhecimento de certas responsabilidades que são fundamentais para a condução da auditoria. Portanto, o gestor deve estar ciente dos fatos e em conformidade com as normas para conduzir sempre a organização dentro dos limites estabelecidos nas normas de auditoria. 21 2.2.1 Objeto da Auditoria A auditoria tem seu objeto definido buscando através de elementos patrimoniais a busca pela certificação das informações verdadeiras e fiéis do patrimônio, tendo base nos registros contábeis, papéis de trabalho e documentos disponibilizados da empresa, onde se identificam a veracidade ou falhas dos registros já efetuados. Conforme discorre Basso (2005, p. 93), ”[...] o principal fim da Auditoria é a confirmação da lisura dos procedimentos administrativos, operacionais, dos registros contábeis e das consequentes demonstrações contábeis”. Portanto, o objeto da Auditoria é o mais amplo possível, pois a matéria patrimonial é extensa e tudo o que estiver nela envolvido direta ou indiretamente, é objeto da auditoria. 2.2.2 Objetivo da auditoria Quanto aos objetivos, se baseando nos fundamentos teóricos dos autores, pode-se dizer que consiste em aumentar o grau de confiabilidade dos usuários nas demonstrações contábeis e auxiliar na gestão dos controles internos. Assim, pode-se afirmar que o objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança dos usuários em relação a seu objeto. Para Pagliato (2011, p. 26), seu entendimento do objetivo da Auditoria é que, A auditoria exerce sua ação preventiva saneadora e moralizadora para confirmar a veracidade dos registros e a confiabilidade dos comprovantes, com o fim de opinar sobre a adequação das situações e informações contidas nas demonstrações contábeis, na salvaguarda dos direitos dos proprietários, dos financiadores do patrimônio físico até da sociedade em geral. Seguindo nessa mesma linha de pensamento, Attie (2011, p. 12), discorre que, “[...] dessa forma, o objetivo principal da auditoria pode ser descrito, em linhas gerais, como sendo o processo pelo qual o auditor se certifica da veracidade da totalidade das demonstrações contábeis preparadas pela companhia auditada [...]”. Além disso Attie (2011, p. 13), ressalta que: “[...] a função da auditoria deve ser exercida em caráter de entendimento e que o trabalho executado tenha e mereça toda a credibilidade possível, não sendo permissível existir qualquer sobra de dúvida quanto a honestidade e aos padrões morais do auditor [...].” Assim sendo, a auditoria busca prevenir situações que possam vir a trazer problemas para a organização, e ao mesmo tempo, se identificar irregularidades, busca fazer ações 22 corretivas no intuito de transparecer confiabilidade nas informações prestadas à sociedade e ao Fisco em conformidade com a ética profissional do auditor que a executar. 2.2.3 Normas de Auditoria As normas de Auditoria se dividem em Normas Técnicas e Normas Profissionais, onde as Técnicas estabelecem orientações a serem observadas na execução das práticas de auditoria e as Profissionais são os requisitos exigidos dos Profissionais que irão executar as atividades de auditoria. Somente irá executar atividades de auditoria o Bacharel em Ciências Contábeis, onde o mesmo deverá possuir registro junto ao conselho Regional de Contabilidade na categoria de Contador e que tenha sido registrado no Cadastro Nacional de Auditores Independentes. Conforme Attie (2011, p. 55), As normas de auditoria diferem dos procedimentos de auditoria, uma vez que eles se relacionam com as ações a serem praticadas, conquanto as normas tratam das medidas de qualidade da execução destas ações e dos objetivos a serem alcançados através dos procedimentos. As normas dizem respeito não apenas as qualidades profissionais do auditor, mas também a sua avaliação pessoal pelo exame efetuado e do relatório emitido. Os procedimentos dizem respeito à execução direta das ações dos auditores no fazer auditoria, enquanto que as normas são regras que devem ser respeitadas e cumpridas pelos auditores na prática das ações auditoriais propriamente ditas. 2.2.4 Vantagens ou benefícios da Auditoria Uma empresa para ter credibilidade nas informações prestadas nas demonstrações contábeis, deverá detectar possíveis falhas ocorridas no seu sistema, ou até preveni-las antes de fazer a publicação legal. A auditoria compreende o exame de documentos, livros e registros, inspeções e obtenções de informações e confirmações, internas e externas, relacionadas ao controle do patrimônio, objetivando mensurar a exatidão desses registros e das demonstrações financeiras deles decorrentes. (PAGLIATO, 2011 p. 24) É no processo de auditoria que a empresa garante confiabilidade nas informações prestadas. Através dela que se tem garantia do sistema operacional correto dentro da organização. 23 2.2.5 Tipos de Auditoria São vários os motivos para levar uma organização a utilizar os serviços de Auditoria. Dependendo do motivo que o levar, será utilizado o tipo de auditoria mais adequado. Conforme Lins (2014, p. 4), “Em linhas gerais, pode-se dividir a auditoria em dois grandes grupos: Auditoria interna; e Auditoria externa”. Ambos os tipos buscam informações precisas baseadas em documentos, porém a interna é realizada por funcionários da própria empresa na qual a auditoria é executada, já na externa é realizada por funcionário da empresa de auditoria independente. 2.2.6 Planejamento da Auditoria Antes de iniciar qualquer trabalho de Auditoria é necessário fazer um planejamento da mesma, para fins de avaliar possíveis dificuldades ou problemas durante o processo, sendo que o seu objetivo precípuo, segundo Lins (2014, p. 213), “[...] é determinar os riscos da auditoria e a extensão dos exames a serem efetuados no campo [...]”. Para tanto, o planejamento é o inicio da Auditoria, é a fase inicial de todo o estudo. Dando sequencia nessa mesma linha de pensamento, Lins (2014, p. 215), discorre que: Outro ponto importante no planejamento da auditoria e relacionado diretamente com a continuidade da empresa auditada é o fato de o auditor avaliar as principais questões econômicas relativas direta ou indiretamente ao cliente e que possam vir a afetar suas decisões relativas ao planejamento. Assim, o planejamento direciona o estudo no intuito de indicar questões relevantes que possam interferir nas suas decisões relativas à análise. 2.2.7 Programa de Auditoria Ao realizar uma auditoria o auditor deverá planejar seu trabalho, desenvolvendo assim um programa de Auditoria onde explicitará os objetivos a serem seguidos dentro de um cronograma planejado, no modo que poderá realizar várias tarefas individuais e simultaneamente, alocando-as dentro do programa a executar. Segundo Magalhães (2001, p. 92), “[...]o programa de Auditoria permitirá um registro do trabalho executado e oferecerá segurança contra possíveis omissões, identificando assim a 24 responsabilidade da execução de cada área, além de propiciar a revisão e a avaliação do exame procedido [...]”. Para tanto, é extremamente necessário seguir o programa para não ter problema, pois, segundo Magalhães (2001, p. 92), “[...] não se pode afirmar que a simples utilização de um programa represente só vantagens, pois seu uso inadequado poderá representar desvantagens, para as quais o auditor deve estar sempre atento [...]”. Seguindo os mesmos pensamentos, Pagliato (2011, p. 136), afirma que: O programa de Auditoria caracteriza-se por ser o plano ordenado e sequencial de trabalhos a serem executados em campo. Esse planejamento deve ser elaborado considerando o objetivo da auditoria e as características da empresa a ser auditada. Nele, será definido o objeto do exame na área específica, a extensão e a profundidade do exame, a estimativa de tempo gasto, a equipe de trabalho e outros. Sendo assim, o programa de auditoria, vem a ser uma ferramenta que auxilia os auditores a dar um inicio nos seus trabalhos e dar o seguimento correto para finalizar com o objetivo alcançado, dentro do que foi planejado. 2.2.8 Riscos de Auditoria O risco de Auditoria vem a ser um termo técnico relacionado ao processo de auditoria. Quanto ao risco de auditoria, Santos (2012, p. 270), cita que, “[...] é uma função dos riscos de distorção relevantes e do risco de detecção. Seguindo esse mesmo raciocínio, Santos (2012, p. 270), complementa que: A avaliação dos riscos baseia-se em procedimentos de auditoria para a obtenção de informações necessárias para essa finalidade e evidências obtidas ao longo de toda a auditoria. A avaliação dos riscos é antes uma questão de julgamento profissional que uma questão passível de mensuração precisa. Para determinar o risco de Auditoria, Pagliato (2011, p. 67), cita que deve-se avaliar o ambiente de controle da atividade considerando: a) Função e envolvimento dos administradores nas atividades da entidade; b) Estrutura organizacional e métodos de administração; c) Políticas de pessoal e segregação de função; d) Fixação, pela administração, de normas para o inventário e conciliação de contas; e) Implantação, modificação e acesso aos sistemas de informações, bem como acesso a arquivos de dados; f) Sistemas de aprovação e registro de transações; 25 g) Limitações de acesso físico a ativos e registros contábeis; h) Comparações e análise de resultados financeiros e dados históricos. Portanto, o risco de Auditoria é normalmente usado com um fim específico e para um determinado assunto, visando a verificação de fraudes e desvios, revisão dos resultados operacionais da empresa, em outros aspectos, ela vem a ser normalmente de interesse fiscal. 2.3 AUDITORIA OPERACIONAL A auditoria operacional vem a ser uma atividade especializada de auditoria exercida nas empresas através de levantamentos de dados e análises da produtividade. Ela pode ser exercida tanto na Auditoria Interna, quanto na Externa. Discorre Gil (2000, p. 25), que quanto aos objetivos da atuação da auditoria operacional podem ser assim elencados: Avaliar o nível de operacionalização das unidades consoante os normativos vigentes; Contribuir para otimização da dinâmica de atuação das unidades via auditoria preventiva, baseada na aplicação de checklist, cobrindo produtos, serviços e infraestrutura; Verificar a adequacidade das normas operacionais das unidades em função da evolução da tecnologia de cada organização; Estimular a qualidade organizacional. Portanto, a Auditoria operacional vem trazer benefícios à organização no sentido de estruturar as rotinas do ambiente operacional, e adequar os usuários para contribuir na otimização dos itens relacionados no checklist. 2.3.1 Sistemas de controles internos Na atualidade, as empresas que possuem algum tipo de sistema de controle interno, vêm se destacando no mercado empresarial, tendo em vista que a existência desse sistema traz benefícios visíveis no suporte para os gestores no desempenho de suas atribuições não só no nível financeiro, mas na entidade como um todo. Um sistema de controle interno bem desenvolvido pode incluir o controle orçamentário, custo padrão, relatórios operacionais periódicos, análises estatísticas, programas de treinamento do pessoal e, inclusive, auditoria interna. Pode também por 26 conveniência, abranger atividades em outros campos, como, por exemplo, estudo de tempos e movimentos e controle de qualidade. (ATTIE, 2011). Seguindo essa linha de pensamento, Attie (2011, p. 193), cita que as características de um sistema de controle interno eficiente são: Plano de organização que proporcione apropriada segregação de funções entre execução operacional e custódia dos bens patrimoniais e sua contabilização; Sistema de autorização e procedimentos de escrituração adequados, que proporcionem controle eficiente sobre o ativo, passivo, receitas, custos e despesas; Observação de práticas salutares no cumprimento dos deveres e funções de cada um dos departamentos da organização; e Pessoal com adequação qualificada técnica e profissional, para a execução de suas atribuições. Attie (2011, p. 191), cita ainda que: Um sistema de controle interno implica que os funcionários tenham liberdade de atuação na execução de seus compromissos para buscar melhores resultados. Contudo para evitar que esses mesmos funcionários exorbitem em suas funções e possam tirar benefícios em seu próprio proveito e causarem, deste modo, prejuízos a entidade social, por erros intencionais ou dolosos, um adequado sistema de controle interno limita a prática desses atos e possibilita que estes não permaneçam arquivados em definitivo. Analisar os controles internos da entidade auditada é uma das tarefas preliminares a ser implementada pelo Auditor na fase de planejamento e de execução da auditoria. 2.3.2 Métodos e Formas de Auditoria Na Auditoria são usadas dois métodos através das técnicas de auditoria, uma que verifica se os fatos passados correspondem com os fatos patrimoniais e a distinção entre escrituração e o registro contábil (retrospecção), e a outra caracteriza a conduta do trabalho da técnica de auditoria e orienta a execução do trabalho (análise). A auditoria poderá ser executada de várias formas, cada uma com suas características particulares. As formas mais conhecidas definem-se quanto à extensão, à profundidade e à tempestividade, conforme cita Magalhães et al. (2001 p. 25): a) Quanto à extensão: - geral, quando abrange todas as unidades operacionais [...] - parcial, quando abrange especificamente determinadas unidades operacionais [...] - por amostragem, a partir da análise do controle interno [...] b) Quanto à profundidade: 27 Integral [...] compreende o exame minucioso dos documentos (origem, autenticidade, exatificação), dos registros (contábeis, extra contábeis, formais/informais e de controle), do sistema de controle interno quanto à eficiência e a aderência) e das informações finais geradas pelo sistema. Por revisão analítica [...] opera-se com trilhas de auditoria mais curtas, para obter razoável certeza quanto à fidedignidade das informações. c) Quanto à tempestividade: Permanente, feita habitualmente, podendo ser constante ou sazonal, porém em todos os exercícios sociais [...] Eventual, sem caráter habitual, por exemplo: não é feita todos os anos. Exige completo processo de ambientação dos auditores e de planejamento todas as vezes em que vai ser feita. 2.3.3 Auditoria interna x Auditoria externa Com a evolução das grandes empresas no Brasil, surgiu a necessidade de acompanhar o cumprimento das normas dos diversos setores nas organizações. Com isso, surgem também várias empresas de auditoria externa. Porém as grandes empresas necessitam ter um controle interno e rigoroso, por isso demanda um auditor interno com o intuito de fiscalizar internamente as rotinas, pincipalmente trabalhistas. Conforme cita Pagliato (2011, p. 35), o Auditor interno surgiu pela ramificação do externo: O auditor interno surgiu como ramificação do auditor externo e, consequentemente, do contador. O auditor interno é um empregado da empresa e dentro de uma organização, ele não deve estar subordinado àqueles cujo trabalho examina. Além disso, o auditor interno não pode desenvolver atividades que ele possa vir um dia a examinar, para que não interfira na sua independência. Portanto, o auditor interno deve ter sua independência no sentido de poder fiscalizar livremente se as rotinas estão sendo cumpridas rigorosamente, no intuito de punir atos seja por fraude ou involuntários. Pode-se verificar várias diferenças na forma da execução da auditoria interna para a externa, começando pelo executor, onde na interna é um funcionário da organização e na externa é um funcionário da empresa contratada para executar a Auditoria. 2.3.4 Papéis de trabalho Para auxiliar o Auditor para facilitar o manuseio da Auditoria, bem como localizar informações, foi criado os papéis de trabalho, que são os registros dos procedimentos de auditoria executados conforme cita Attie (2011, p. 235): 28 Os papéis de trabalho formam o conjunto de formulários e documentos que contêm as informações e apontamentos obtidos pelo auditor durante seu exame, bem como as provas e descrições dessas realizações; constituem a evidencia do trabalho executado e o fundamento de sua opinião. Conforme cita Lins (2014, p. 61) os papéis de trabalho destinam-se também a: a) Ajudar o entendimento, pela análise dos documentos de auditorias anteriores; b) Facilitar a revisão do trabalho de auditoria; e c) Registrar as evidências do trabalho executado, para fundamentar o parecer do auditor independente. Geralmente os papéis de trabalho são padronizados para facilitar seu uso, entendimento, arquivo e sobretudo a arquitetura da evidencia do exame praticado, ressalta Attie (2011, p. 235). 2.3.5 Objetivo dos papéis de trabalho O objetivo da documentação de auditoria é fornecer registros suficientes do embasamento do relatório do auditor e mostrar evidencias de que a auditoria foi planejada e executada em conformidade com as normas e as exigências legais e regulamentares aplicáveis, conforme a NBC TA 230. Magalhães et al. (2001, p. 105), ressaltam que os papéis de trabalho devem ser delineados, organizados e completados de maneira que constituam: 1. Evidencia do trabalho feito e das conclusões alcançadas, os quais servirão de base aos pareceres sobre as demonstrações contábeis auditadas. Em outras situações, aos certificados (quando sobre a qualidade da organização) e aos relatórios (quando sobre os sistemas contábeis e de controle interno e quando sobre áreas ou casos especiais). 2. Um registro que possa ser consultado para obter detalhes da organização ou de seus órgãos divisionais, bem como de universos contábeis (saldo de contas, vulto de transações ou outros dados relacionados com a auditoria); 3. Um meio de revisão: Para determinar se a auditoria foi realizada de maneira adequada e eficaz, de forma a fundamentar o julgamento das conclusões enunciadas pelo auditor; Propicio às modificações nos procedimentos de auditoria e no programa de trabalho, objetivando melhor desempenho nas tarefas subsequentes; Que facilite o estudo e a avaliação dos controles interno; Que permita avaliação do desempenho dos auditores. 29 2.3.6 Classificação dos papéis de trabalho Os papéis de trabalho podem ser classificados em permanentes e correntes ou periódicos. Conforme Magalhães, et al. (2001, p. 106), definem que papéis de trabalho permanentes e correntes ou periódicos são: a) Permanentes: os que contêm informações que terão utilização para mais de uma gestão, formando uma corrente básica de informações pela continuidade, sendo sempre consultados em uma nova auditoria; b) Correntes ou periódicos: os que registram informações especiais de determinados problemas ou casos, não servindo como instrumento de consulta em auditorias posteriores, e que são arquivados apenas como prova da execução do trabalho. 2.3.7 Técnicas de Auditoria A aplicação dos procedimentos de auditoria precisa estar atrelada ao objetivo que se quer atingir. O objetivo é a meta a ser alcançada. Os procedimentos são os caminhos que levam à consecução do objetivo. (Attie, 2011). Seguindo essa linha de pensamento, Attie (2011, p. 209), ainda afirma que: Em verdade, os procedimentos de auditoria são as ferramentas técnicas, das quais o auditor se utiliza para a realização de seu trabalho, consistindo na reunião das informações possíveis e necessárias e a avaliação das informações obtidas, para a formação de sua opinião imparcial. São em torno de onze as técnicas mais utilizadas na Auditoria: Exame físico-consiste na verificação do objeto físico e este deve ter as características de identificação, existência física, autenticidade, quantidade e qualidade. Confirmação-é a obtenção de declaração formal e imparcial de pessoas independentes à empresa e que estejam aptas a confirmar seja positivamente ou negativamente. Exame de documentos originais- é o procedimento voltado para a avaliação de documentos que comprovem transações comerciais ou de controle e mantendo sempre a autenticidade, normalidade, aprovação e registro. Conferencia dos cálculos- é voltado para a verificação das operações aritméticas e financeiras se estão adequados e exatos. 30 Exame da escrituração- é a técnica utilizada para constatar a veracidade das informações contábeis. Investigação minuciosa – é o exame da matéria auditada em profundidade. Inquérito- é a formulação das perguntas e a obtenção das respostas satisfatórias. Exames dos registros auxiliares- é o suporte da autenticidade dos registros principais examinados. Correlação das informações obtidas- é o relacionamento harmônico do sistema contábil de partidas dobradas. Observação- é indispensável na auditoria, pois, pode revelar os erros, problemas e deficiências. 2.3.8 Planejamento e programa de Auditoria Antes de realizar qualquer atividade, o auditor deve ter um planejamento do seu trabalho, e isso se dá através de um programa de auditoria, onde ele irá esclarecer seus objetivos, a quantidade necessária de tempo para executar a tarefa. Esses programas de auditoria facilitam muito o trabalho do Auditor pelas suas vantagens, conforme cita Attie (2011, p. 246): As vantagens fornecidas pelo programa de auditoria são: Estabelecer a forma adequada de realização dos trabalhos; As considerações feitas pelo auditor para a determinação de seu trabalho; Controlar o tempo despendido na realização do trabalho; A sequencia lógica de realização do trabalho; e Evidencia dos trabalhos e quaisquer modificações ocorridas em relação ao original. 2.3.9 Relatório de Auditoria Relatório de Auditoria consiste no documento que o Auditor independente expressa sua opinião com base na avaliação das conclusões evidenciadas. O relatório deve estar claro, objetivo e imparcial e não deve conter erros de redação. Deve estar relatado com fidelidade o trabalho executado, cuidando para não omitir fatos relevantes, pois poderá ser responsabilidade pela omissão. 31 2.3.10 Ética Profissional Todo e qualquer profissional de contabilidade precisa manter a ética profissional para que seu trabalho seja reconhecido e atingindo dessa forma o seu objetivo. Segundo Pagliato (2011), a ética profissional é de grande valia em todas as profissões, notadamente na de auditor, que tenha em suas mãos grande responsabilidade, pois mediante seus serviços, será possível conhecer todas as irregularidades, erros, falhas dentro do grupo de empresas, conhecendo o responsável hierárquico e executores das rotinas, que originam estas informações. Um bom auditor sempre deverá estar conciliando a ética profissional em serviços que irá prestar, somente assim, alcançará os resultados almejados. Seguindo essa mesma linha de pensamento, Pagliato (2011), afirma que é imprescindível que o auditor adote padrões de conduta próprios de sua função. Tais padrões constituem a ética do exercício profissional. Como padrões éticos do auditor interno e externo, merecem destacar-se: Bom senso no procedimento de revisão e sugestão; Autoconfiança; Sigilo profissional; Discrição profissional; Capacidade prática; Sentido objetivo; Liberdade de pensamento e ação; Meticulosidade e correção; Perspicácia nas ações; Pesquisa e atualização técnica permanente; Finura de trato e educação. 2.4 E-SOCIAL O eSocial é um projeto do governo Federal que tem por objetivo desenvolver um sistema de coleta de informações descritas no seu objeto, armazenando-as no ambiente Nacional do eSocial, possibilitando aos órgãos participantes do projeto, sua efetiva utilização para fins trabalhistas, previdenciários, fiscais e de apuração de tributos e do FGTS (ESCOBAR, 2015, p. 25) 32 Os participantes do programa são a caixa econômica federal, a Receita Federal do brasil, o Ministério do Trabalho e Emprego e o Ministério da Previdência Social O eSocial não altera de nenhuma forma a legislação em vigor, apenas exige uma mudança significativa no comportamento das empresas em cumprir com suas obrigações acessórias da área trabalhista e previdenciárias e na prática será como uma folha de pagamento digital o que ocasionará um impacto significativo no setor de Recursos Humanos, pois esse deverá informar diariamente os dados de movimentações que hoje em dia são feitas conforme necessidade. O programa foi publicado no diário Oficial da União em 12/12/2014 através do Decreto nº 8.373, o qual esta na versão 2.0 do Manual de orientações que define o leiaute dos arquivos que compõe o sistema de escriturações, e aguardando a liberação do sistema de testes para em seguida dar andamento na obrigatoriedade conforme as categorias especificas de enquadramento. O acesso á versão aprovada esta disponível nos endereços eletrônicos www.esocial.gov.br e www.caixa.gov.br. Quanto a prestação das informações pelo empregador ao FGTS, atualmente realizada por meio do sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e informações á Previdência SocialSEFIP (Escobar, 2012, p. 27), esclarece que será substituída pela transmissão dos eventos aplicáveis ao FGTS por meio do leiaute dos arquivos que compõe eSocial, naquilo que for devido. Com o intuito de obrigar as empresas a cumprir com as obrigações em vigor, o governo instituiu no programa a fiscalização imediata, facilitando a aplicação de multas já existentes na legislação trabalhista e previdenciária. 2.4.1 Multas de eventos periódicos e não periódicos O artigo 32 da Lei nº 8.212/91 determina que a empresa deva elaborar sua folha de pagamento por estabelecimento e prestar as informações da mesma a receita Federal do Brasil pelos meios que a RFB determinar. A falta de entrega de referidas informações bem como a retificação sujeita o infrator à multa prevista no artigo 32-A da lei nº 8.212/91. Para tanto, os valores das multas variam, no caso de eventos periódicos, uma retificação ou omissão acarreta em multa mínima de R$ 500,00. A multa será reduzida á metade, quando a declaração for apresentada após o prazo, mas antes de qualquer 33 procedimento de ofício ou em 75% em caso de apresentação da declaração no prazo fixado em intimação. O eSocial possui um bloco conhecido como bloco SST, que são eventos que visam a declaração da presença de ambientes do trabalho que contenham agentes nocivos bem como estabelecer se o empregado possuiu algum adicional ou condições diferenciadas de aposentadoria (aposentadoria especial). Para esse fim, a empresa que não fornecer aos empregados expostos a agentes nocivos, estará sujeita as penalidades previstas em Lei que segundo o art. 133 da Lei nº 8.213/91 variam de R$ 1.925,81(um mil novecentos e vinte e cinco reais e oitenta e um centavo) a R$ 192.578,66 (cento e noventa e dois mil quinhentos e setenta e oito reais e sessenta e seis centavos) a partir de 1.1.2015. No entanto, essas multas já existem antes mesmo do programa eSocial entrar em vigor, porém, os órgãos responsáveis pela fiscalização não estão mantendo o controle geral, por esse motivo muitas empresas acabam imunes as penalidades já previstas em Lei, já com o eSocial a empresa estará se denunciando de forma voluntária ao transmitir os eventos com falhas nos controles internos. 2.4.2 Transmissão do arquivo eSocial A transmissão do arquivo eSocial será feita através da geração do arquivo eletrônico, contendo as informações previstas nos leiautes e assinatura digital do empregador transformando-o em um documento eletrônico nos termos da legislação, objetivando garantir a integridade dos dados e a autoria do emissor. Este arquivo é transmitido via internet para o ambiente eSocial, e após verificar a integridade formal, emitirão protocolo de envio e o enviará ao empregador. O número do recibo de entrega será a referencia para possíveis retificações ou exclusões. Os eventos a serem transmitidos para o ambiente do eSocial estão classificados em: eventos iniciais: identificam o empregador/contribuinte eventos de tabelas: informações de rubricas, cargos, funções, horários eventos não periódicos: admissão, alterações cadastrais, afastamentos temporários, movimentações eventos periódicos: irão substituir o SEFIP e a DIRF. 34 2.4.3 procedimentos a adotar para ir se adequando ao eSocial Para muitas empresas o eSocial está se tornando uma preocupação, pois não tem uma equipe qualificada para atender as necessidades da legislação em tempo real. Escobar (2012, p. 70) cita os passos indispensáveis a serem implementados pelas empresas para se adequar ao eSocial: Atualizar os dados cadastrais dos trabalhadores; Validar os dados no aplicativo “qualificação cadastral”; Estar em dia com os laudos ambientais e condições de risco (PPRA, PCMSO e PPP); Realizar estudo sobre a incidência de IRRF, INSS, FGTS, contribuição sindical; Verificar se há discussões judiciais ou administrativas sobre alguma verba; Capacitar e integrar todos os profissionais envolvidos na implementação; Revisar os procedimentos internos da empresa a fim de verificar a existência de gargalos que podem interferir no fluxo de informações para o eSocial. Para que as informações sejam enviadas ao eSocial é necessário que os cadastros CPF e CNIS estejam qualificados. Portanto, o eSocial poderá se tornar um excelente recurso para a otimização da gestão, fundamentando a tomada de decisões estratégicas através da visão mais abrangente da empresa gerada pela comparação de dados relevantes e criação de novos indicadores no sistema. As empresas ainda poderão contar com um back-up de seus registros, eliminando a necessidade de arquivos em papel. O eSocial também colaborará para uma maior transparência e segurança jurídica, evitando condições para a criação de passivos fiscais e trabalhistas. 2.5 AUDITORIA DE RECURSOS HUMANOS A auditoria trabalhista é uma importante ferramenta para fins de fiscalização e orientação interna ou externa, tendo como principal objetivo, evitar fatos ocultos, reduzir custos e aumentar a produtividade, além de sugerir melhorias a serem aplicadas na organização. Por vários aspectos, a auditoria Operacional, vem se destacando com o objetivo de prevenção, conforme cita Gil (2000, p. 29): “[...] a auditoria operacional poderá atuar em termos preventivos, consoante o plano anual de auditoria, ou corretivos, quando, via denúncia 35 configurada, ou indícios identificados, inclusive em trabalho/projetos de auditoria, possam ocorrer situações de dolo [...]”. Para muitas organizações, é importante que se faça uma auditoria operacional dentro do setor de recursos humanos, para se ter plena segurança operacional, visando uma qualidade no devido departamento, para fins de prevenir denúncias e também ter plena convicção dos fatos ocorridos estarem de acordo com as regras vigentes, ou ainda impedir fatos que ocultos possam acarretar problemas com órgãos públicos, evitando demandas judiciais e infrações administrativas e até divergências comportamentais dentro da própria organização. Muitas empresas optam em prevenir fiscalizações e optam por serem auditadas por interesse próprio, conforme cita Ribeiro (2012, p. 24), com o intuito de: Averiguar a confiabilidade de controles internos; Apurar a existência de fraudes, principalmente na área financeira; Verificar a eficácia e a eficiência de procedimentos operacionais; Garantir maior segurança e confiabilidade nos registros contábeis; Inibir a prática por parte dos empregados de atos lesivos ao patrimônio ou à própria imagem da organização, etc. Nesse sentido, percebe-se que a maior preocupação das organizações é sofrer punições por erros próprios, provocados pelo seu quadro de colaboradores, para isso, vem se precavendo no intuito de iniciar um controle rigoroso dentro de suas rotinas operacionais, principalmente voltado ao setor de recursos humanos, o que pode ser facilmente um setor a ser fiscalizado. O departamento de pessoal é um dos setores de maior importância, pois atua constantemente de forma a manter a manutenção e o desenvolvimento da empresa. É o setor responsável por toda rotina do trabalhador dentro da organização, desde a contratação até o desligamento. 2.5.1 Admissão de Empregado Segundo Oliveira (2012, p. 3), partindo do ponto de vista de que uma empresa tem a necessidade de obter informações a respeito daqueles que se candidatam à obtenção dos empregos que oferece, o recrutamento do pessoal obedece às seguintes etapas: inicialmente, faz-se o anúncio através de jornais, internet, revistas especializadas, agências de emprego, site eletrônico, etc. 36 Já as etapas seguintes ficarão aos cuidados dos entrevistadores, psicólogos e outros agentes selecionadores. As pequenas e médias empresas que não tem um departamento especifico para o recrutamento de pessoal, quem desempenha essa função vem a ser o próprio empregador. Faz-se necessário observar o curriculum vitae do candidato com sua mão de obra qualificada, além de outras observações e histórico de cursos. Ao admitir um empregado a empresa deverá registrá-lo no livro ou na ficha “Registro de Empregados” conforme cita no artigo 29 da CLT: Art 29. A Carteira de Trabalho e Previdência Social será obrigatoriamente apresentada, contra recibo, pelo trabalhador ao empregador que o admitir, o qual terá o prazo de 48 horas para nela anotar, especificadamente, a data de admissão, a remuneração e as condições específicas, se houver, sendo facultada a adoção de sistema manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego. 2.5.2 Documentos Necessários Conforme Oliveira (2012, p. 5), menciona-se uma série de documentos que serão exigidos do candidato, para que se proceda ao seu registro: Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS); Cédula de Identidade; Titulo de Eleitor; Certificado de reservista “Menor estudante”: declaração da escola que confirme estar frequentando algum curso; Cadastro de Pessoa Física (CPF); Exame médico; Fotografias 3x4; Certidão de Nascimento ou Casamento; Certidão de nascimento de filhos menores de 14 anos ou inválidos de qualquer idade, necessária para o pagamento do salário família. Caderneta de Vacinação e comprovação escolar: até seis anos de idade caderneta de vacinação, e a partir dos sete anos de idade, comprovação semestral de frequência à escola para pagamento do salário família. Endereço completo (rua, nº, bairro, cidade, CEP). Caso falte algum desses documentos no ato da admissão, é necessário que o candidato providencie antes de iniciar as atividades na empresa, pois a CTPS deverá ser devolvida ao empregado em 48 horas. Na CTPS deverão ser anotadas as informações referentes ao vínculo, tais como: CNPJ (cadastro nacional pessoa Jurídica); Endereço completo da empresa; 37 Cargo que irá ocupar dentro da empresa; Data da admissão; Nº do registro e nº da folha ou ficha Remuneração especificada; Assinatura do Empregador. Anotação nas observações gerais se o contrato for por período de experiência, e se tiver adicionais, tais como, comissões, insalubridade, periculosidade, ou ainda se a carga horária for reduzida. 2.5.3 Livros ou Fichas de registro de Empregados Toda empresa que tiver funcionários, deve conter o Livro Registro de Empregados ou ter as Fichas de Registro de Empregados e nele devem constar todas as informações do empregado e do empregador, tais como, foto, nome completo, data de admissão, cargo, remuneração entre outras informações. Conforme art. 41 da CLT, “Em todas as atividades será obrigatório para o empregador o registro dos respectivos trabalhadores, podendo ser adotado livro, fichas ou sistema eletrônico”. 2.5.4 Contrato de Trabalho Conforme artigo 443 da CLT, no que se refere ao contrato de trabalho, O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou indeterminado. § 1º. Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja vigência dependa de termo prefixado ou da execução de serviços especificados ou ainda da realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada. § 2º. O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando: a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo; b) de atividades empresariais de caráter transitório; c) de contrato de experiência. (Parágrafo acrescentado pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967). (http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/art443daclt.htm- 2015). 2.5.4.1 Contrato de experiência O contrato de experiência é a forma contratual mais utilizada habitualmente, pois é de interesse de ambas as partes conhecerem as formas de trabalho e também hábitos do 38 empregador e aptidões do empregado, e no caso de não se adaptarem ambas as partes, rescindir sem o aviso prévio, sendo o prazo máximo de experiência previsto em lei 90 dias e conforme artigo 445, parágrafo único da CLT e prorrogado somente uma única vez conforme artigo 451 da CLT e súmula 188 do TST. 2.5.4.2 Contrato por prazo determinado O contrato por prazo determinado tem datas de inicio e fim pré-fixados, sendo o prazo máximo de duração dois anos, podendo ser prorrogado por mais de uma vez, semque ultrapasse o limite de dois anos. No término do prazo não terá aviso prévio de ambas as partes, nem indenização de 40% do FGTS e não poderá ser feito novo contrato por prazo determinado no período de seis meses com o mesmo trabalhador. Durante todo o período contratual, o empregado terá direito a férias, 13º salário (décimo terceiro salário), além, de outras vantagens constantes na convenção coletiva da categoria. 2.5.4.3 Contrato por prazo indeterminado O objetivo desse contrato é prolongar o vinculo e o tempo, até que uma das partes decida rescindir o contrato mediante aviso prévio de no mínimo 30 dias á outra parte. Na vigência desse contrato, o empregado adquire direito a férias, 13º salário, e várias outras vantagens e benefícios que constam em convenção coletiva da categoria. 2.5.4.4 Contrato temporário A empresa que tiver contrato de trabalho temporário deverá estar condicionada ao registro específico no MTE. Para a prestação de serviço temporário é obrigatória a celebração de contrato escrito entre a empresa de trabalho temporário e a empresa tomadora de serviço ou cliente, dele devendo constar expressamente: O motivo justificador da demanda de trabalho temporário; A modalidade da remuneração da prestação de serviço, onde estejam claramente discriminadas as parcelas relativas a salários e encargos sociais. (http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/trab_temporario.htm). Nessa modalidade contratual, poderá somente ter uma prorrogação, por período igual. 39 As empresas prestadoras de trabalho temporário deverão fazer retenção de 11% na Nota Fiscal de Prestação de Serviços do trabalho temporário, e deverão entregar GFIPs distintas para cada empresa contratante (tomadora do serviço). 2.5.5 Jornadas de trabalho Atualmente, a jornada máxima permitida em Lei e regulamentada pela Constituição Federal, não pode ultrapassar 8 horas diárias (salvo exceções), onde se considera, além de horas trabalhadas, as horas em que o empregado fica a disposição do empregador em sua residência, não sendo somente computado no período de repouso e refeições, nem o tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho, salvo se for de difícil acesso. Para os estabelecimentos com mais de dez trabalhadores, será obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções serem expedidas pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social, devendo haver pré-assinalação do período de repouso (art. 74, § 2º, da CLT com alterações dadas pela Lei nº 7.855/89).(OLIVEIRA 2012, p. 128). As jornadas podem ser por Regime de Tempo parcial, jornada de turnos ininterruptos, horas in itinere. Jornada por tempo parcial é aquela cuja jornada semanal não ultrapasse as 25hoo min., sendo que fica proibida a prestação de horas extras. O salário poderá ser pago proporcional a carga horária. Jornada por turnos ininterruptos é aquela trabalhada em constante revezamento. O que caracteriza o turno não é o trabalho contínuo em um dia, mas sim o constante revezamento de horário do empregado que esteja a cada turno em horário diferente, com enorme desgaste para sua saúde. Horas in itinere é o tempo que o trabalhador gasta para realizar o percurso casaemprego ou emprego-casa. Segundo o Enunciado 90 do TST e o art. 4º da CLT, as horas despendidas pelo empregado durante o itinerário, quando o local de trabalho for de difícil acesso ou não possuir transporte regular público, deverão ser remuneradas como horas de efetivo trabalho. Nesse período, o trabalhador está a disposição do empregador, o que acarreta na computação deste tempo na jornada de trabalho.(http://www.jusbrasil.com.br/busca?q=horas+in+itinere). 40 2.5.5.1 Prorrogação da jornada de trabalho Caso seja necessário o empregador poderá prorrogar a jornada do empregado no máximo 02h00, desde que seja acordado por escrito com o mesmo, ou mediante cláusula específica em convenção coletiva (art. 59 da CLT). Essas horas extraordinárias deverão ser esporadicamente e devem ser acrescidas de no mínimo, 50% conforme cita Oliveira (2012, p. 51): “O empregado, sujeito a controle do horário, remunerado à base de comissões, tem direito ao adicional de, no mínimo 50% (cinquenta por cento) pelo trabalho em horas extras, calculado sobre o valor-hora das comissões realizadas no mês, considerando-se como divisor o numero de horas efetivamente trabalhadas”. Normalmente, segue-se cláusula específica da convenção coletiva para o pagamento de horas extras. Exista possibilidade das horas extraordinárias serem colocadas em um banco de horas e serem compensadas, conforme Oliveira (2012, p. 51), entende que: Com a nova redação dada ao parágrafo 2º e o acréscimo do parágrafo 3º do art.59 da CLT através da Lei nº 9.601, de 21-1-98, e MP nº 2.164-41, de 24-8-2001, as empresas, ou meio de acordo ou convenção coletiva, poderão deixar de pagar horas extras, podendo o excesso de horas em um dia ser compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda o período máximo de um ano, nem ultrapasse o limite máximo de 10 horas diárias. Havendo rescisão do contrato de trabalho, e o empregado tendo excesso de horas, deverão ser remuneradas com adicional de no mínimo 50% da remuneração atual. Além do acréscimo de no mínimo 50% sobre o valor da hora, é necessário pagar o DSR (descanso semanal remunerado), que vem a ser os dias de repouso sobre as horas extras. 2.5.5.2 Horas de sobreaviso Considera-se em sobreaviso o empregado que, [...] à distância é submetido ao controle patronal por instrumentos telemáticos ou informatizados, permanecer em regime de plantão ou equivalente, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço durante o período de descanso. O uso de instrumentos telemáticos ou informatizados fornecidos pela empresa ao empregado, por si só, não caracteriza o regime de sobreaviso. (http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/sobreaviso.htm). Cada escala de sobreaviso deve ter no máximo 24 horas e deve ser remunerada com adicional de 1/3 do salário normal. 41 2.5.6 CAGED Esse informativo foi criado pelo governo Federal, através da Lei nº 4.923/65, que institui o registro das admissões e demissões de empregados regidos pela CLT até o dia sete do mês subsequente ao fato ocorrido. O programa gerador do arquivo é chamado ACI e validador é o “Granulito”, aplicativo disponível no sitio do MTE. Este CAGED (cadastro geral de empregados e desempregados) vem sofrendo mudanças devido a muitas fraudes no seguro desemprego, para isso foi criado a CAGED diário, onde se deve informar a admissão no dia que o trabalhador iniciar as atividades na empresa, ou seja, na data da admissão caso esteja em benefício do seguro desemprego. Esse informativo também serve como base para pesquisas governamentais no sentido de projetos governamentais. A omissão ou atraso da declaração sujeita o estabelecimento à multa automática. Neste caso, é necessário preencher o Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF) em duas vias, informando no campo 04 (código da Receita), "2877", e no campo 14 (Outras Informações), "Multa Automática Lei Nº4923/65". No campo 04 (Código da Receita): "2877"; no campo 05 (Número de Referência): "3800165790300843-7". A multa é calculada de acordo com o tempo de atraso e a quantidade de empregados omitidos. Para encontrar o período de atraso, iniciar a contagem a partir da data máxima permitida para a postagem das informações, ou seja, o dia 07 do mês subsequente à movimentação não declarada. Quadro 1 - tabela de multas por atraso do CAGED Período de Atraso Valor por Empregado (R$) até 30 dias 4,47 de 31 a 60 dias 6,70 acima de 60 dias 13,40 Fonte - Site MTE O pagamento da multa deve ser efetuado por meio do DARF no mesmo dia da postagem ou entrega das informações. Uma via do DARF deverá ser arquivada com a 2ª via do CAGED (relatórios/extratos/disquetes), para comprovação junto à fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego. Não é necessário enviar cópia do DARF ao MTE. 42 A Multa deve ser paga antes de qualquer procedimento fiscal por parte do Ministério do Trabalho e Emprego. (http://www.mtps.gov.br/trabalhador-caged/sobre-o-caged/multa). 2.4.7 CIPA Conforme NR cinco (5), a CIPA é a comissão interna de prevenção de acidentes, e é obrigatória quando a empresa possuir um quadro de funcionários igual ou superior a 20 trabalhadores. Oliveira (2012, p. 547), entende que, a comissão interna de Prevenção de Acidentes – CIPA- tem como objeto a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. O trabalhador que fizer parte da CIPA terá estabilidade de emprego garantida desde o inicio de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato. 2.5.8 Programa de controle médico de saúde Ocupacional (PCMSO) O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO é regulamentado pela norma regulamentadora nº 07 do Ministério do Trabalho e Emprego, que estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores. O PCMSO estabelece a realização de exames médicos admissionais, periódicos, retorno ao trabalho, mudança de função e demissional. Assim como tem o objetivo prevenir, monitorar e controlar possíveis danos a saúde e integridade do empregado e detectar riscos prévios, especialmente no que diz respeito as doenças relacionadas ao trabalho conforme orienta a NR nº 07. 2.5.9 LTCAT (Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho) O LTCAT é um laudo, elaborado com o intuito de documentar agentes nocivos ambientais de trabalho e concluir se estes podem gerar insalubridade para os trabalhadores 43 expostos. Este laudo será feito uma vez, e somente terá renovação, caso mude as condições no ambiente de trabalho. A empresa que não mantiver laudo técnico atualizado com referencia aos agentes nocivos existentes no ambiente do trabalho, estará sujeito à penalidade prevista na MP 159614 de 10.11-97 e convertida na Lei 9528 de 10.12.97. 2.5.10 PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário) O Perfil Profissiográfico Previdenciário-PPP constitui-se em um documento históricolaboral do trabalhador que reúne, entre outras informações, dados administrativos, registros ambientais e resultados de monitoração biológica, durante todo o período em que este exerceu suas atividades na respectiva empresa. Tendo sua elaboração obrigatória a partir de 01.01.2004 (data fixada pela IN INSS/DC 96/2003), o PPP tem por objetivo primordial fornecer informações para o trabalhador quanto às condições ambientais de trabalho, principalmente no requerimento de aposentadoria especial e esta fundamentado na instrução normativa INSS nº 99/2003. O PPP tem como finalidade de: Comprovar as condições para habilitação de benefícios e serviços previdenciários, em particular, o benefício de aposentadoria especial; Prover o trabalhador de meios de prova produzidos pelo empregador perante a Previdência Social, a outros órgãos públicos e aos sindicatos, de forma a garantir todo direito decorrente da relação de trabalho, seja ele individual, ou difuso e coletivo; Prover a empresa de meios de prova produzidos em tempo real, de modo a organizar e a individualizar as informações contidas em seus diversos setores ao longo dos anos, possibilitando que a empresa evite ações judiciais indevidas relativas a seus trabalhadores; Possibilitar aos administradores públicos e privados acesso a bases de informações fidedignas, como fonte primária de informação estatística, para desenvolvimento de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como definição de políticas em saúde coletiva. (http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/novasnormasppp.htm). 2.5.11 PAT O programa de alimentação do trabalhador (PAT) foi instituído pela Lei nº 6.321, de 14 de abril de 1976 e regulamentado pelo Decreto nº 5, de 14 de janeiro de 1991, e priorizam o atendimento aos trabalhadores de baixa renda, aqueles que ganham até cinco salários mínimos mensais. 44 As empresas beneficiárias poderão incluir no Programa trabalhadores de renda elevada, desde que esteja garantindo o atendimento de todos os que ganham até cinco salários mínimos. A inscrição ou Registro no PAT implica a sujeição voluntária à integridade de suas regras e é por meio eletrônico no site do MTE. A inscrição é o modo de adesão as empresas beneficiárias e o registro é o modo de adesão as empresas fornecedoras e prestadoras de alimentação coletiva. Todas as empresas jurídicas que tenham trabalhadores poderão participar do PAT, porém, as empresas sujeitas ao pagamento do imposto de renda tem incentivo fiscal previsto na legislação (em torno de 4% do imposto de renda devido) e todas as empresas beneficiárias são isentas do pagamento dos encargos Sociais (INSS e FGTS) devidos sobre o valor do beneficio concedido. O principal objetivo do programa não é a isenção fiscal e sim a melhoria da situação nutricional dos trabalhadores. Se a beneficiária tiver filiais, o registro será estendido a elas, entretanto no preenchimento do formulário no site deverá incluir as filiais. As formas de participação são como beneficiária, como fornecedora e como prestadora de serviço de alimentação coletiva. As modalidades podem ser de serviço próprio, administração de cozinhas, alimentação convenio, refeição-convenio, refeições transportadas e cesta de alimentos. Quando a empresa conceder o auxilio alimentação em dinheiro para o trabalhador, não poderá se beneficiar dos incentivos e nem se inscrever no PAT. A participação do trabalhador fica limitada a 20% do custo da refeição. 2.5.12 RAIS A RAIS – Relação de Informações Sociais é um informativo que deve ser prestado anualmente por meio eletrônico, através de aplicativo disponibilizado no sitio http://www.rais.gov.br/sitio/index.jsf. É baseado nesse informativo que o governo verifica a participação do empregado no fundo PIS/PASEP. O Prazo legal para o envio da declaração inicia em janeiro e termina no mês de março de cada ano. Conforme o site da Rais, quem deve declarar a RAIS é: 45 a) inscritos no CNPJ com ou sem empregados – o estabelecimento que não possui empregado ou manteve suas atividades paralisadas durante o ano-base está obrigado a entregar a RAIS Negativa; b) todos os empregadores, conforme definidos na CLT; c) todas as pessoas jurídicas de direito privado, inclusive as empresas públicas domiciliadas no País, com registro, ou não, nas Juntas Comerciais, no Ministério da Fazenda, nas Secretarias de Finanças ou da Fazenda dos governos estaduais e nos cartórios de registro de pessoa jurídica; d) empresas individuais, inclusive as que não possuem empregados; e) cartórios extrajudiciais e consórcios de empresas; f) empregadores urbanos pessoas físicas (autônomos e profissionais liberais) que mantiveram empregados no ano-base; g) órgãos da administração direta e indireta dos governos federal, estadual ou municipal, inclusive as fundações supervisionadas e entidades criadas por lei, com atribuições de fiscalização do exercício das profissões liberais; h) condomínios e sociedades civis; i) empregadores rurais pessoas físicas que mantiveram empregados no ano-base; e j) filiais, agências, sucursais, representações ou quaisquer outras formas de entidades vinculadas à pessoa jurídica domiciliada no exterior. As empresas que perderem o prazo ou não informaram estarão sujeitas as penalidades e pagamento das multas previstas conforme o contido no site da RAIS: O atraso na entrega da declaração, omissão ou declaração falsa ou inexata, sujeitão estabelecimento à multa, conforme determina a Portaria nº 14, de 10 de fevereiro de 2006, alterada pela Portaria nº 688, de 24 de abril de 2009. Art. 2º O empregador que não entregar a RAIS no prazo legal ficará sujeito à multa prevista no art. 25 da Lei nº 7.998, de 1990, a ser cobrada em valores monetários a partir de R$ 425,64 (quatrocentos e vinte e cinco reais e sessenta e quatro centavos), acrescidos de R$ 106,40 (cento e seis reais e quarenta centavos) por bimestre de atraso, contados até a data de entrega da RAIS respectiva ou da lavratura do auto de infração, se este ocorrer primeiro. o Parágrafo único. O valor da multa resultante da aplicação do previsto no caput deste artigo, quando decorrente da lavratura de Auto de infração, deverá ser acrescido de percentuais, em relação ao valor máximo da multa prevista no art. 25 da Lei nº 7.998, de 1990, a critério da autoridade julgadora, na seguinte proporção: o I - de 0% a 4% - para empresas com 0 a 25 empregados; o II - de 5% a 8,0% - para empresas com 26 a 50 empregados; o III - de 9% a 12%- para empresas com 51 a 100 empregados; o IV - de 13% a 16,0% - para empresas com 101 a 500 empregados; e o V - de 17% a 20,0% - para empresas com mais de 500 empregados. Art. 3º O empregador que omitir informações ou prestar declaração falsa ou inexata ficará sujeito à multa prevista no art. 25 da Lei nº 7.998, de 1990, a ser cobrada em valores monetários a partir de R$ 425,64 (quatrocentos e vinte e cinco reais e sessenta e quatro centavos), acrescidos de R$ 26,60 (vinte e seis reais e sessenta centavos) por empregado omitido ou declarado falsa ou inexatamente. Art. 4º O valor resultante da aplicação dos arts. 2º e 3º será dobrado se o atraso na entrega ou correção do erro ou omissão ultrapassar o último dia do ano de exercício para entrega da RAIS em referência. Para o cumprimento do disposto na referida Portaria, o estabelecimento poderá recolher a multa de forma espontânea mediante Documento de Arrecadação de Receitas Federais – DARF, a ser preenchido com o código da Receita: 2877 e com o Número de Referência 3800165790300842-9, conforme Ato Declaratório Executivo Corat nº 72, de 12/08/2004 (DOU de 13.8.2004). O pagamento da multa não isenta o empregador da obrigatoriedade de prestar as informações requeridas pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social. 46 2.5.13 DIRF A DIRF – Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte, é a declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte, é a declaração feita pela fonte pagadora, com o objetivo de informar à Secretaria da Receita Federal do Brasil os rendimentos pagos a pessoas físicas domiciliadas no País, inclusive os isentos e não tributáveis nas condições em que a legislação especifíca, também o valor do imposto sobre a renda ou contribuições retidos na fonte, dos rendimentos pagos ou creditados para seus beneficiários, o pagamento, crédito, entrega, emprego ou remessa a residentes ou domiciliados no exterior, ainda que não tenha havido a retenção do imposto, inclusive nos casos de isenção ou alíquota zero, os pagamentos a plano de assistência à saúde coletivo empresarial. (http://www.contabilidadenobrasil.com.br/dirf-2016/). O prazo para envio da declaração inicia no mês de janeiro e termina em fevereiro de cada ano. As empresas que perderem o prazo ou não entregarem a declaração, estarão sujeitas as penalidades impostas e a pagamento de multas que giram em torno de duzentos reais, conforme Instrução Normativa SRF nº 197, de 10 de setembro de 2002. Através da DIRF, a receita Federal do Brasil, tem acesso aos rendimentos recebidos de Pessoas Jurídicas e confronta com a declaração do Imposto de Renda Pessoa Física. Ambas devem estar de acordo. 2.6 SALÁRIO Contraprestação devida ao trabalhador pelos serviços prestados em um determinado período, somando salário, comissões e adicionais. Oliveira (2012, p. 47), descreve que: Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, gorjetas, percentagens, gratificações ajustadas, diárias de viagem que excedam 50% do salário percebido pelo empregado e abonos pagos pelo empregador. O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade de trabalho, não deve ser estipulado por período superior a um mês, salvo no que concerne a comissões, percentagens e gratificações. O pagamento deve ser feito até o quinto dia útil do mês subsequente ao seu vencimento, e pode ser feito em cheque, dinheiro ou depósito bancário. 47 2.6.1 Insalubridade e periculosidade Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. (OLIVEIRA, 2012). Conforme art. 192 da CLT, o exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo MTE, assegura a percepção de adicional respectivo de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário mínimo da região, segundo a classificação de grau máximo, médio e mínimo. A eliminação ou neutralização da insalubridade determinará a cessação do pagamento do adicional respectivo. A eliminação ou neutralização da insalubridade deverá ocorrer com a adoção de medidas de ordem geral que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância, ou com a utilização de equipamento de proteção individual. Já a periculosidade, é garantida em situações de risco e operações perigosas, que conforme afirma Oliveira (2012, p. 54), o empregado que trabalha em condições de periculosidade recebe um adicional de 30% sobre o salário efetivo, não incidindo esse percentual sobre gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. Se o empregado já recebe o adicional de insalubridade, deverá optar por um ou outro. Conforme art. 193 são consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo MTE, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a: Inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; Roubos e outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial Ainda segundo Oliveira (2012, p. 54), é proibido o trabalho do menor em serviços perigosos ou insalubre. 2.6.2 Adicional noturno Considera-se trabalho noturno aquele realizado entre as 22 horas de um dia e às 5 horas do dia seguinte, e este deverá ser pago com adicional de, no mínimo, 20% sobre o valor da hora diurna do empregado. 48 Se o adicional do trabalho noturno for pago com habitualidade, integram o salário para todos os fins, como férias,13º salário, aviso prévio, descanso semanal remunerado, FGTS, etc. A duração do período noturno é reduzido, correspondendo a 52 minutos e 30 segundos. Assim, cada período trabalhado de 52 minutos e 30 segundos corresponde a 1 hora de trabalho. 2.6.3 Salário família O salário família é concedido aos filhos de empregados, de baixa renda, independentemente de seu estado civil, até 14 anos de idade, ou inválido de qualquer idade. Se pai e mãe trabalharem na mesma empresa, ambos irão ganhar o salário família. Conforme art. 84 do Decreto nº 3.048/99, que aprova o Regulamento da Previdência Social, o trabalhador deverá apresentar o atestado de vacinação para filho de até seis anos e comprovante escolar a partir dos sete anos para receber o pagamento do salário família. A tabela do salário família é atualizada anualmente juntamente com a do INSS. O valor pago ao funcionário é abatido integralmente na guia de INSS a recolher. Oliveira (2012, p. 793), cita que: De acordo com a Portaria do MPAS nº 3.040/82 e art. 89 do RPS, para a concessão do salário família ao pai ou á mãe, por ocasião de sua admissão na empresa, ou da solicitação da inclusão de nova cota, o segurado assina um termo de responsabilidade, comprometendo-se a comunicar de imediato a ocorrência dos seguintes fatos que determinam a perda do direito ao salário família: óbito do filho; cessação da invalidez de filho inválido; e sentença judicial que determine o pagamento a outrem nos casos de desquite ou separação, abandono de filho ou perda do pátrio poder. 2.6.4 Estabilidade Gestante e Licença Maternidade Conforme art. 10, inciso II, alínea “b” do Ato das disposições Constitucionais Transitórias, determinou que ficasse vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa da empregada gestante desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto. O salário-maternidade é um benefício pago às seguradas que acabaram de ter um filho, seja por parto ou adoção, ou aos segurados que adotem uma criança. 49 Quadro 2 - Tabela salário maternidade Evento gerador Tipo de trabalhador Onde pedir ? Quando pedir ? Como comprovar ? Parto (inclusive de natimorto) Empregada (só de empresa) Na empresa A partir de 28 dias antes do parto Atestado médico (caso se afaste 28 dias antes do parto) ou certidão de nascimento Desempregada No INSS A partir do parto Certidão de nascimento Demais seguradas No INSS A partir de 28 dias antes do parto Atestado médico (caso se afaste 28 dias antes do parto) ou certidão de nascimento Adoção Todos os adotantes No INSS A partir da adoção ou guarda para fins de adoção Termo de guarda ou certidão nova Aborto nãocriminoso Empregada (só de empresa) Na empresa A partir da ocorrência do aborto Atestado médico comprovando a situação Demais trabalhadoras No INSS Fonte: site http://www.mtps.gov.br/salario-maternidade Conforme o site do MTPS, para ter direito ao salário-maternidade, o(a) beneficiário(a) deve atender aos seguintes requisitos na data do parto, aborto ou adoção: Quantidade de meses trabalhados (carência) o 10 meses: para a trabalhadora Contribuinte Individual, Facultativa e Segurada Especial. o isento: para seguradas Empregada de Microempresa Individual, Empregada Doméstica e Trabalhadora Avulsa (que estejam em atividade na data do afastamento, parto, adoção ou guarda com a mesma finalidade). Para as desempregadas: é necessário comprovar a qualidade de segurada do INSS e, conforme o caso, cumprir carência de 10 meses trabalhados. A duração do salário-maternidade dependerá do tipo do evento que deu origem ao benefício: 120 (cento e vinte) dias no caso de parto; 120 (cento e vinte) dias no caso de adoção ou guarda judicial para fins de adoção, independentemente da idade do adotado que deverá ter no máximo 12 (doze) anos de idade. 120 (cento e vinte) dias, no caso de natimorto; 14 (quatorze) dias, no caso de aborto espontâneo ou previstos em lei (estupro ou risco de vida para a mãe), a critério médico. 50 O pagamento do salário maternidade será efetuada pela empresa, e esta se compensa na GPS (guia da previdência social) em seu valor integral, exceto o valor de outras entidades e fundos. Conforme Oliveira (2012, p. 346), “A mulher tem direito, durante a jornada de trabalho, a dois descansos especiais de meia hora cada um “para amamentar o próprio filho, até que este complete seis meses de idade”; esse tempo pode ser dilatado a critério da autoridade competente, quando exigir a saúde do filho (art. 396 da CLT)”. 2.6.4.1 Prorrogação da licença maternidade A licença maternidade poderá ser prorrogada por mais 60 dias conforme a Lei 11.770/08. A prorrogação será garantida à empregada da pessoa jurídica que aderir ao Programa, desde que a empregada a requeira até o final do primeiro mês após o parto, e concedida imediatamente após a fruição da licença-maternidade de que trata o inciso XVIII do caput do art. 7º da Constituição Federal. A prorrogação será garantida, na mesma proporção, também à empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança. No entanto, a empregada, no período da prorrogação do beneficio, não poderá desempenhar atividades remuneradas e a criança não poderá se mantida em creche. A pessoa jurídica tributada com base no lucro real poderá deduzir do imposto devido, em cada período de apuração, o total da remuneração integral da empregada pago nos 60 (sessenta) dias de prorrogação de sua licença-maternidade, vedada a dedução como despesa operacional. 2.6.5 Décimo terceiro salário O 13º (décimo terceiro salário) é a gratificação de Natal e foi instituída no Brasil pela Lei 4.090, de 13/07/1962, e garante que o trabalhador receba o correspondente a 1/12 (um doze avos) da remuneração por mês trabalhado. Ou seja, consiste no pagamento de um salário extra ao trabalhador no final de cada ano. A primeira parcela deverá ser paga até o dia trinta de novembro do ano corrente, ou seja, cinquenta por cento do seu salário na época do pagamento, e a segunda parcela deverá ser paga até dia vinte de dezembro do mesmo ano, com o desconto do INSS incidente sobre o total dos proventos. Conforme Lei nº 4.749/65, o empregado pode receber a 1ª parcela, por 51 ocasião das férias, desde que solicite ao empregador durante o mês de janeiro do correspondente ano. Para adquirir direito integral ao 13º salário, o empregado deverá trabalhar no mínimo quinze dias em cada mês durante todo o ano. Se for ficar afastado por conta de auxilio doença, esse período será pago pelo INSS juntamente com o salário de auxilio doença. Se o empregado faltar ao serviço por tempo superior a 15 dias dentro do mesmo mês, perderá o direito a gratificação nesse. Já o empregado afastado para cumprir o serviço militar obrigatório, fará jus ao período em que trabalhou para o empregador. Os adicionais de insalubridade, periculosidade, gratificações, integram o 13º salário em valor integral, pois fazem parte da remuneração do empregado. Já as horas extras, adicional noturno, comissões que são valores variáveis, serão pagos conforme médias dentro do ano corrente e até 10 de janeiro do ano seguinte diferenças das médias referente dezembro, conforme cita Oliveira (2012, p. 115): Para o cálculo da segunda parcela usam-se os mesmos critérios adotados para a primeira. Considera-se como salário fixo o de dezembro. Quando houver salário variável faz-se a média mensal de janeiro a novembro, ou do mês em que foi admitido até novembro, obtendo-se, dessa forma 1/11 avos. [...] Para aqueles que recebam o salário variável, a empresa tem o prazo até o dia 10 de janeiro do ano seguinte para acertar a diferença de 1/12 avos, correspondente a dezembro [...]. Para os empregados que foram admitidos durante o ano, o pagamento do adiantamento será a metade da remuneração proporcional aos meses que irá trabalhar até dezembro. Caso ocorra a Rescisão contratual do empregado, este receberá o 13º salário juntamente com outras verbas rescisórias, proporcional ao período trabalhado. 2.6.6 Férias Para o empregado ter direito à férias, há necessidade de cumprir um período que é denominado de período aquisitivo. No momento em que é admitido na empresa, começa a correr esse período aquisitivo, e somente após 12 meses de vigência do contrato de trabalho é que haverá o direito às férias. (Art. 130, CLT). As férias correspondem ao período em que o empregado não presta serviços, com o fim de restaurar suas energias, mas recebe remuneração do empregador, em período não inferior a 10 dias, uma vez que só podem ser fracionadas em casos especiais e em 2 períodos. O pagamento das férias deverá ser feito com antecedência de 2 dias ao inicio do gozo e acrescidas de 1/3 da remuneração proporcional aos dias gozados. 52 O empregador deverá controlar o período de concessão das férias para não deixar vencer a segunda, pois se acaso acontecer, terá que indenizar o empregado em dobro a remuneração correspondente. A concessão das férias deverá ser informada ao empregado, por escrito, com antecedência mínima de 30 dias. (Art.135 da CLT). O valor das férias será sobre o salário do empregado na época da concessão, acrescida das vantagens, médias variáveis e 1/3 sobre a soma de salário mais médias e vantagens, descontando o INSS e IRRF conforme tabela vigente. Conforme art. 130 da CLT, após período de 12 meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a 30 dias de férias, sem prejuízo na remuneração, porém se tiver faltas injustificadas, terá férias na seguinte proporção: 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado por mais de 5 (cinco) vezes; 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 14 (quatorze) faltas; 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e três) faltas; 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas. Nenhum dia de férias, quando tiver acima de 32 (trinta e duas) faltas. Não terá direito a férias o empregado que, no curso do período aquisitivo conforme cita Valcam (2013, p. 46-47): o Deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 (sessenta) dias subsequentes á sua saída; o Permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais de 30 dias; o Deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30 dias em virtude de paralisação parcial ou total dos serviços da empresa, neste caso a empresa comunicará o MTE, com antecedência mínima de quinze dias, as datas de inicio e fim da paralisação e nos mesmos prazos informar o sindicato. o Tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho ou de auxilio doença por mais de 6 meses, embora descontínuos. A CLT prevê direito de coincidência para estudantes menores de 18 anos gozarem as férias junto com o período de férias escolares. (CLT, art. 136). Os membros da mesma família que trabalham no mesmo estabelecimento, terão direito de coincidência se desejarem, desde que não resulte em prejuízos ao empregador. (CLT, art. 136). 53 2.6.6.1 Férias do empregado contratado a tempo parcial Considera-se trabalho a tempo parcial, aquele cuja duração não exceda as 25 horas semanais. As férias proporcionais se dá da seguinte forma: Quadro 3 - tabela proporcionalidade de férias Jornada de Trabalho Semanal Férias - Duração 8 ou mais Faltas Superior a Até Até 7 Faltas Injustificadas Injustificadas 22 horas 25 horas 18 dias 9 dias 20 horas 22 horas 16 dias 8 dias 15 horas 20 horas 14 dias 7 dias 10 horas 15 horas 12 dias 6 dias 5 horas 10 horas 10 dias 5 dias Igual ou inferior a 5 horas 8 dias 4 dias Fonte: site http://www.empresario.com.br/legislacao/edicoes/2012/0601_regime_tempo_parcial.html O empregado contratado sob o regime de tempo parcial que tiver mais de sete faltas injustificadas ao longo do período aquisitivo terá o seu período de férias reduzido pela metade. Para empregados contratados por regime de tempo parcial, não há conversão de parte das férias em abono pecuniário. 2.5.6.2 Abono pecuniário de férias A lei permite a transformação de 1/3 das férias em pagamento em dinheiro. Haverá redução nos dias de férias e proporcional aumento no ganho do empregado, conforme Oliveira (2012, p. 184): Todo empregado que quiser poderá converter 1/3 do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário, no valor da remuneração das férias, já acrescidas de 1/3, referido no citado artigo 7º, inciso XVII, da constituição federal. Para isso é necessário que o empregado requeira tal abono até 15 dias antes do término do período aquisitivo. 2.5.6.3 Férias Coletivas A CLT permite que sejam concedidas férias coletivas a todos os empegados de uma empresa ou de determinados setores da empresa, poderá ser fracionada em 2 períodos, porém nenhum inferior a 10 dias. 54 A decisão de conceder férias coletivas ou individuais é de encargo do empregador, bem como a sua abrangência e o fracionamento. Conforme art. 140 da CLT, apesar da proibição de fracionamento de férias, para empregados contratados a menos de 12 meses pela empresa serão concedidas, na oportunidade, férias coletivas proporcionais ao tempo de serviço, iniciando-se novo período aquisitivo a contar do primeiro dia do inicio das férias coletivas. 2.6.7 Faltas justificadas Quando o empregado, sem motivo justificado, faltar ou chegar atrasado ao trabalho, o empregador poderá descontar-lhe do salário quantia correspondente à falta (OLIVEIRA, 2012). Já em outros casos, conforme art. 473 da CLT, a falta será abonada. Art. 473- o empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário ou do repouso semanal: Em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que declara, sob sua dependência (até dois dias consecutivos); Em virtude do casamento (até três dias consecutivos); Em caso de nascimento de filho, (por cinco dias); Em cada doze meses de trabalho em caso de doação voluntária de sangue (um dia); Para fins de se alistar eleitor (até dois dias consecutivos); No período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar Nos dias que prestar vestibular para ingressar em estabelecimento de ensino superior; Pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo; Pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de representante sindical, estiver participando de reunião oficial. Quando o empregado servir como testemunha Comparecimento à justiça do trabalho Em caso de doença do empregado, devidamente comprovada por atestado médico. São muitos os casos de faltas justificadas, muitos estão em convenções coletivas e devem ser obedecidas em sua totalidade. 2.6.8 Reajuste Salarial É assegurado ao trabalhador, a garantia de reajuste anual, que poderá ser baseado em convenção coletiva da categoria, conforme data base anual, e deduzido as antecipações, percentual negociado entre categoria econômica e profissional. (OLIVEIRA, 2012). 55 O sistema que irá homologar as negociações do dissidio coletivo se chama Mediador. O empregador poderá reajustar o salário de seu empregado por livre e espontânea vontade, ou por mudança de função, ou aumento de carga horária obedecendo as 220 mensais. 2.6.9 Equiparação Salarial Conforme art. 461 da CLT, no que se refere a igualdade salarial, cita que: “Art. 461Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade”. No entanto, no inciso 2º do art 461 da CLT, cita que se a empresa tiver pessoal organizado em quadro de carreira, os dispositivos desse artigo não prevalecerão, porém, deverão obedecer aos critérios de antiguidade e merecimento. 2.6.10 Contribuições Sindicais Conforme art. 149, da Constituição Federal, prevê a contribuição Sindical da seguinte forma: Art. 149 - Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. Parágrafo único - Os Estados, o Distrito Federal e os municípios poderão instituir contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, de sistemas de previdência e assistência social. O recolhimento da contribuição sindical obedecerá ao sistema de guias, de acordo com instruções do MTE. Oliveira (2012, p. 68) afirma que: Os empregadores ficam obrigados a descontar na folha de pagamento dos seus empregados associados desde que por eles devidamente autorizados, as contribuições devidas aos sindicatos, quando por estes notificados, salvo quando à contribuição sindical, cujo desconto independe dessa formalidade. A empresa deverá anotar na ficha ou folha de registro de empregados e na CTPS, informações relativas ao desconto, para também o empregado comprovar o devido desconto 56 em outra empresa em caso de rescisão contratual. Quanto ao valor da contribuição, o artigo 582 da CLT, rege que: Art. 582. Os empregadores são obrigados a descontar, da folha de pagamento de seus empregados relativa ao mês de março de cada ano, a contribuição sindical por estes devida aos respectivos sindicatos; § 1º Considera-se um dia de trabalho, para efeito de determinação da importância a que alude o item I do Art. 580, o equivalente: a) a uma jornada normal de trabalho, se o pagamento ao empregado for feito por unidade de tempo; b) a 1/30 (um trinta avos) da quantia percebida no mês anterior, se a remuneração for paga por tarefa, empreitada ou comissão; § 2º Quando o salário for pago em utilidades, ou nos casos em que o empregado receba, habitualmente, gorjetas, a contribuição sindical corresponderá a 1/30 (um trinta avos) da importância que tiver servido de base, no mês de janeiro, para a contribuição do empregado à Previdência Social. 2.6.10.1 Contribuição Assistencial A Contribuição Assistencial, conforme prevê o artigo 513 da CLT, alínea "e", poderá ser estabelecida por meio de acordo ou convenção coletiva de trabalho, com o intuito de sanear gastos do sindicato da categoria representativa. Ela é imposta pelo sindicato quando fecha as negociações do dissidio, e, normalmente é em torno de um dia de salario, o qual deve ser descontado do trabalhador e repassado para a entidade sindical. A data da contribuição varia de sindicato para sindicato. Todo trabalhador poderá abster-se do desconto, porém, deverá escrever a próprio punho, carta ao sindicato informando que não autoriza a empresa a fazer o devido desconto, porém, os sindicatos estipulam prazo para isso. 2.6.10.2 Mensalidade sindical A mensalidade sindical é uma contribuição que o sócio sindicalizado faz, facultativamente (conforme art. 5º, inciso XX da CF), a partir do momento que opta em filiar-se ao sindicato representativo. Esta contribuição normalmente é feita através do desconto mensal em folha de pagamento, no valor estipulado em convenção coletiva de trabalho, e a empresa repassa a entidade sindical. 57 2.6.11 Vale Transporte O vale transporte é direito de todo o trabalhador que necessita de transporte público para se deslocar de casa até o trabalho e vice-versa. A opção do vale transporte pode ser feita no momento da admissão ou posteriormente, caso venha a usar com o tempo, devendo o empregado informar o seu endereço completo, a linha de transporte que irá utilizar e o número de vezes. No entanto, vale transporte não incorpora o salário, uma vez que é um benefício sem natureza salarial. A contribuição do empregado é 6% calculado sobre o salário base, portanto terá reajuste toda vez que esse aumentar, e o empregador deverá fornecer todos os vales que o funcionário necessitar. Não existe distancia mínima para que seja obrigatório o fornecimento do vale, se o empregado necessitar, o empregador é obrigado a fornecê-lo. È terminantemente proibido a substituição do vale transporte em dinheiro, conforme Lei 7.418/85. No entanto, o fornecimento de alguma ajuda de custo de auxilio transporte tem natureza salarial e, portanto, deverá ter incidência de INSS e FGTS e também fará base de calculo para férias e 13º salário. Para as empregadas domésticas, de acordo com o parágrafo único do art. 19 da LC 150/2015, o empregador doméstico poderá conceder, a seu critério e mediante recibo, os valores para a aquisição das passagens necessárias ao custeio das despesas decorrentes do deslocamento residência-trabalho e vice-versa. Ainda que seja concedido em espécie, tal valor não tem natureza salarial e nem se incorpora ao salário. O uso inadequado do vale transporte, se comprovado, constituem falta grave, passível de justa causa, conforme artigo 482 da CLT. 2.7 ENCARGOS SOBRE A FOLHA DE PAGAMENTO Toda e qualquer empresa, seja pessoa jurídica, equiparada, ou pessoa física, tendo funcionários ou exercendo atividades, terá contribuições patronais ou contribuições do empregado a repassar para os órgãos competentes. No caso de uma empresa tributada pelo simples Nacional, terá apenas o FGTS e o INSS correspondente ao desconto do empregado, mas se a empresa for do lucro presumido, lucro real, ou pessoa física e ainda empregador doméstico, terá encargos patronais que variam conforme a atividade da empresa. 58 2.7.1 Fundo de Garantia por Tempo de Contribuição O FGTS - fundo de garantia por tempo de contribuição se tornou obrigatório para as pessoas jurídicas e equiparadas em 1989, a partir da lei nº 7.839, porém, foi instituído pela lei nº 5.107 de 13/09/1966 e que foi regulamentada pelo decreto nº 59.820 em 20/12/1966, e para empregadores domésticos até então era opcional, apenas se tornou obrigatório a partir da competência 10/2015. O direito ao FGTS se estende aos diretores não empregados de empresas públicas e sociedades controladas direta ou indiretamente pela união e empresas sujeitas ao regime de legislação trabalhista. O agente operador que administra a aplicação do FGTS é a Caixa Econômica Federal (CEF). O percentual do encargo será 8% (oito por cento) calculado sobre a remuneração mensal do empregado, ou empregador sob regime de CLT e sendo empregado celetista, quando for por contrato de aprendizagem, ou seja, menor aprendiz, o encargo reduz a 2% (dois por cento) sobre a remuneração mensal. O empregado doméstico tem um diferencial nesse encargo, pois, o FGTS mensal será de 8% e mais 3,2% ref. a multa indenizatória, que é a antecipação do pagamento da multa do FGTS em caso de demissão do empregado doméstico. Para empregados de pessoas jurídicas ou físicas equiparadas às jurídicas, em caso de rescisão contratual, a multa será de 50% (cinquenta por cento) sobre o FGTS depositado, acrescido do FGTS da rescisão, sendo que o empregado irá sacar somente 40% (quarenta por cento), pois os outros 10% (dez por cento) ficarão para o governo que é a contribuição social. O trabalhador que permanecer por três anos ininterruptos fora do regime do FGTS, poderá fazer o saque do valor depositado a partir do mês de seu aniversário, ou utilizar o valor para abatimento total ou parcial para liquidação ou amortização do saldo devedor de financiamento imobiliário da Caixa Econômica Federal. O empregado que estiver no regime a mais de três anos para o mesmo empregador, poderá também amortizar a dívida de financiamento do imóvel financiado pela CEF, sendo que, poderá somente a cada dois anos fazer nova movimentação e o valor do abatimento será de no máximo 80% (oitenta por cento) do montante da prestação. 2.7.1.1 Guia de recolhimento do FGTS e Declaração ao FGTS e Previdência Social A lei nº 9.528/97 introduziu a obrigatoriedade de entregar a guia de Recolhimento do fundo de Garantia por Tempo de Serviço e Informações a Previdência Social (GFIP). Desde 59 1999 as pessoas jurídicas ou físicas sujeitas ao recolhimento do FGTS, ou informações a previdência social, estão obrigadas a remeter as declarações mensais ao sistema de FGTS e a previdência Social mediante entrega da GFIP através de aplicativo disponibilizado pela caixa econômica federal (SEFIP). A empresa esta obrigada a entregar a GFIP mesmo se não tiver empregados. Caso ficar sem movimentação, terá que entregar uma GFIP sem movimento no primeiro mês, após isso só terá que fazer a declaração nas competências relativas ao 13º e quando iniciar novamente as atividades. O prazo para entrega da declaração será o dia 7 do mês seguinte a movimentação. A partir do momento de envio da GFIP, se a empresa tiver empregados ou empregador optando pelo regime de FGTS, o aplicativo disponibilizará a guia de recolhimento do Fgts, com o vencimento dia 7 de cada mês, mas, se esse dia não for dia útil para expediente bancário, deverá ser recolhido no dia anterior. Estão desobrigados a declaração da GFIP os contribuintes individuais, o segurado especial, o empregado doméstico que recolhe FGTS a partir da competência 10/2015, o segurado facultativo e os órgãos públicos em relação aos servidores estatutários vinculados ao regime próprio de previdência social – RPPS. 2.7.2 Instituto Nacional do Seguro Social O INSS - Instituto Nacional do Seguro Social é um órgão público, vinculado ao Ministério da Previdência Social. È o órgão Federal responsável pelo pagamento de aposentadorias, pensões, auxílios doença e acidentários, entre outros benefícios previstos. Em conjunto com a empresa Dataprev, faz o processamento de todos os dados da Previdência. Todo trabalhador empregado, autônomo ou empregador, deverá contribuir com o INSS no momento do recebimento da remuneração, para mais tarde, poder usufruir de benefícios, como a aposentadoria, ou auxílios doenças caso precise se afastar de suas atividades por motivos de saúde ou outras licenças previstas em lei. Parte das contribuições para o INSS já são retidas na fonte, ou seja, na folha de pagamento e assim, a empresa se torna a responsável por fazer o repasse para o INSS, mediante o pagamento da Guia de Previdência Social (GPS) através das informações repassadas em GFIP (guia fundo de garantia e informações á Previdência Social). 60 Para saber o valor a reter de INSS, é preciso acompanhar a tabela disponibilizada anualmente em janeiro, pois existe um valor máximo de contribuição estabelecido conforme a Lei nº 8.212/91; Decreto nº 3.048/99 e Instrução Normativa RFB nº 971/09. A tabela vigente em 2016 para o desconto é demonstrada no quadro 4. Quadro 4 - Tabela incidência INSS Salário de Contribuição (R$) Alíquota (%) Até R$ 1.556,94 8 De R$ 1.556,95 a R$ 2.594,92 9 De R$ 2.594,93 até R$ 5.189,82 11 Fonte: site www.mtps.gov.br Portanto, deverá ser obedecida a tabela de contribuições, conforme as faixas salariais. A contribuição ao INSS sobre o 13º salário dos empregados é feita em separado, obedecendo a mesma tabela de descontos e alíquotas. 2.7.2.1 INSS patronal e a guia de Recolhimento Para as empresas tributadas pelo lucro presumido ou real, além da contribuição do empregado, terá que contribuir com a parte patronal do INSS que é de 20% (vinte por cento) sobre a remuneração com incidência, além da contribuição do RAT (risco de acidente de trabalho), que varia de 1,00 a 3,00 conforme o risco da atividade e outras entidades (SEST, SENAT,SESC, etc.) conforme a atividade da empresa. Para muitas empresas se torna alto o custo de um empregado, uma vez que, a incidência de INSS chega a 28,8 % (vinte e oito vírgula oito por cento) sobre a remuneração. O pagamento dessa contribuição patronal é feita juntamente com o INSS retido do empregado, autônomo que presta serviço na guia GPS. O vencimento desta é dia 20 do mês subsequente ao fato gerador. Se cair em sábado, domingo ou feriado, o pagamento será antecipado. 2.7.3 IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte) O IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte) é um imposto obrigatório à pessoa jurídica de qualquer natureza, que precisa reter o imposto correspondente a todo e qualquer 61 beneficiário assalariado contratado, nos termos estabelecidos pelo Regulamento do Imposto de Renda. De acordo com Oliveira (2012, p. 61): [...] a tributação do imposto de renda sobre os rendimentos do trabalho assalariado pago incide sobre: Salários, ordenados, soldadas, subsídios, honorários, adicionais, vantagens, extraordinários, suplementação, abonos, bonificações, gorjetas, gratificações, 13º salário, participações, percentagens, prêmios, cotas-partes em multas ou receitas, comissões, corretagens, vantagens por transferências de local de trabalho, verbas de representações, e outros rendimentos admitidos em lei pela Receita Federal. Esse imposto retido na fonte poderá ser restituído na declaração de renda de pessoa física anual, se for o caso. Quando a empresa reter o imposto do trabalhador, se torna responsável pelo repasse do valor ao governo, mediante o pagamento de guia de imposto de renda código 0561 para empregados e código 0588 para autônomos através de DARF (Documento de Arrecadação de Receitas Federais). A tabela para aplicar o percentual do desconto também é ajustada anualmente. A vigente em maio de 2016 é a seguinte: Quadro 5 - Tabela do IRRF Base de cálculo mensal em R$ Até 1.903,98 De 1.903,99 até 2.826,65 De 2.826,66 até 3.751,05 De 3.751,06 até 4.664,68 Acima de 4.664,68 Alíquota % – 7,5 15,0 22,5 27,5 Parcela a deduzir do imposto em R$ – 142,80 354,80 636,13 869,36 Fonte: site http://www.tabelairrf.com.br/ acessado em 26/05/2016. Os contribuintes do imposto se tiverem dependentes poderão deduzir da base calculo o valor correspondente á R$ 189,59 por dependente. 2.7.4 PIS PIS – Programa de Integração Social sobre a folha de pagamento, é uma obrigação tributária principal devida por todas as entidades sem fins lucrativos, classificadas como Isentas, Imunes ou Dispensadas, e calculado sobre a folha de pagamento de salários, à alíquota de 1%. 62 Conforme o site Portal de Contabilidade, contribuição para o PIS das será determinada na base de 1% sobre a folha de salários do mês, pelas seguintes entidades: 1. Templos de qualquer culto; 2. Partidos políticos; 3. Instituições de educação e assistência social imunes ao Imposto de Renda; 4. Instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural, científico e associações isentas do Imposto de Renda; 5. Sindicatos, federações e confederações; 6. Serviços sociais autônomos, criados ou autorizados por lei; 7. Conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas – do tipo CRC, CREA, etc.; 8. Fundações de direito privado e fundações públicas instituídas ou mantidas pelo poder público; 9. Condomínios de proprietários de imóveis residenciais ou comerciais; 10. A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e Organizações Estaduais de Cooperativas – previstas na Lei 5764/1971. 2.8 RESCISÕES DO CONTRATO DE TRABALHO (RCT) A rescisão do contrato de trabalho pode ser feita por vontade de ambas as partes, ou seja, pelo empregado ou pelo empregador. A rescisão de contrato de trabalho é a formalização do fim do vínculo empregatício, ou seja, aponta o término da relação de trabalho por vontade do empregado ou do empregador. Conforme Oliveira (2012, p. 432), tratando-se de menor de 18 anos, a rescisão de contrato de trabalho só terá validade mediante a assistência do pai ou da mãe, ou do responsável legal (art. 439 da CLT). 2.8.1 Aviso Prévio Segundo Oliveira (2012, p. 464), [...] qualquer uma das partes, que sem justo motivo, quiser rescindir o contrato deverá avisar a outra com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, sendo por iniciativa do empregador serão acrescidos 3 dias por ano de serviço prestado na mesma empresa até o máximo de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de 90 (noventa) dias. Caso o empregado estiver em contrato de experiência, ambas as partes estarão dispensadas do aviso prévio. Continuando nessa mesma linha de pensamento, Oliveira (2012, p. 464), esclarece que: 63 A falta de aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantia sempre a integração desse período no seu tempo de serviço; isso quer dizer que integra 1/12 até 3/12 avos (dependendo do tempo de serviço na mesma empresa) a mais no 13º salário, tendo o mesmo procedimento nas férias e nos demais casos em que o aviso integra o tempo de serviço. Portanto, o aviso prévio indenizado contará o mesmo tempo de serviço que o trabalhado, e, integrará férias e 13º, as quais serão indenizadas na rescisão do contrato de trabalho, juntamente com o aviso. No entanto, se for de vontade do empregado rescindir o contrato de trabalho, Oliveira (2012, p. 466), esclarece que: “[...] a falta de aviso prévio do empregado dá ao empregador o direito de descontar os salários correspondentes ao prazo respectivo, a menos que o empregado ao fazer sua carta pedindo demissão peça dispensa do mesmo e o empregador dê seu parecer favorável à sua solicitação.” Se a parte que der a notificação quiser reconsiderar o ato, cabe à outra parte aceitar ou não. Se tiver aceitação, o contrato continuará a vigorar normalmente. 2.8.2 Tipos de rescisões de contrato de trabalho Há várias maneiras de se rescindir um contrato de trabalho, isso vai depender da condição do contrato e do tempo de serviço na mesma empresa. A rescisão poderá ser por motivo de demissão sem justa, demissão por justa causa, pedido de demissão, término de contrato de experiência, rescisão antecipada do contrato de experiência por iniciativa do empregador, rescisão antecipada do contrato de experiência por iniciativa do empregado, rescisão indireta e rescisão por morte do empregado. Existem outros motivos, mas os mais comuns são estes mencionados acima. 2.8.2.1 Demissão sem justa causa Demissão sem justa causa é o desligamento do funcionário por iniciativa do empregador, sem que este tenha dado motivo justo para a rescisão. O empregado demitido sem justa causa, terá direito ao aviso prévio de no mínimo 30 dias e no máximo 90 dias, que poderão ser trabalhados ou indenizados, conforme a vontade do empregador no ato do aviso. O empregado que receber o aviso trabalhado, poderá optar em redução de 7 dias no final do aviso, ou redução de 2 horas diárias, para a procura de novo emprego. Se encontrar um novo 64 trabalho durante o aviso prévio, estará dispensado de cumprir o restante do aviso, mediante carta da nova empresa. Além do aviso, o empregado terá direito ao saldo de salários, férias vencidas, férias proporcionais, adicional de 1/3 das férias, 13º salário e a multa dos 40% do FGTS depositado. Se o empregado obtiver tempo de serviço suficiente, poderá encaminhar o seguro desemprego após o saque do FGTS mediante formulário eletrônico disponibilizado no site do Empregador Web. Se o empregado tiver mais de um ano de trabalho, a rescisão deverá ser homologada no sindicato da categoria ou no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). 2.8.2.2 Demissão por justa causa A ocorrência de determinadas faltas previstas no artigo 482 da CLT permite que o empregador aplique a rescisão por justa causa, tais como: a) b) c) d) e) f) g) h) i) j) k) l) m) Ato de Improbidade Incontinência de Conduta ou Mau Procedimento Negociação Habitual Condenação Criminal Desídia Embriaguez Habitual ou em Serviço Violação de Segredo da Empresa Ato de Indisciplina ou de Insubordinação Abandono de Emprego Ofensas Físicas Lesões à Honra e à Boa Fama Declaração falsa ou mau uso do vale transporte Recusa em utilizar Equipamento de Proteção Individual Além desses motivos, existem muitos outros que punem o empregado por ato faltoso. Os direitos do empregado demitido por justa causa são reduzidos. Só terá direito a saldo de salários e férias vencidas ou proporcionais com adicional de 1/3. Nesse caso, o empregado não terá direito ao saque do saldo de FGTS, nem ao encaminhamento do seguro desemprego. O empregador também ficará dispensado do pagamento da multa de FGTS de 40% e da contribuição social de 10% sobre o saldo depositado. Quanto à homologação da rescisão, terá que ser feita pelo sindicato ou na falta deste, pelo Ministério do Trabalho (MTE), caso o empregado tiver mais de um ano de serviço. 65 2.8.2.3 Pedido de demissão Em se tratando de pedido de demissão, o empregado terá que dar o aviso prévio com 30 dias de antecedência. Se não cumprir o aviso prévio, o empregador poderá descontar os dias de aviso, de seu saldo rescisório conforme art. 487 da CLT. O empregado que pedir demissão terá direito ao saldo de salários, 13º salário proporcional ou integral, férias vencidas se tiver e proporcionais, adicional de 1/3 das férias. O seu FGTS da rescisão será recolhido juntamente com a guia dos demais empregados, uma vez que, este não saca seu saldo no pedido de demissão. O valor integral do seu FGTS ficará retido em sua conta vinculada na caixa econômica federal. 2.8.2.4 Término de contrato de experiência O contrato de experiência tem prazo determinado, não podendo exceder os 90 dias. Se ocorrer de alguma das partes não querer continuar com o vinculo, poderão rescindir o contrato no seu término. Nesse caso, o empregado terá direito a saldo de salários, férias proporcionais com adicional de 1/3, 13º proporcional, saque do saldo de FGTS depositado e o da rescisão. 2.8.2.5 Rescisão antecipada do contrato de experiência por iniciativa do empregador Conforme artigo 479 da CLT, em caso de rescisão antecipada por parte do empregador, e não havendo no contrato de experiência clausula assecuratória do direito reciproco de rescisão antecipada, o empregador deve pagar, a título de indenização, 50 % da remuneração a que o empregado teria direito até o final do contrato. Neste caso, o empregado também não terá direito ao aviso prévio, uma vez que, esta em experiência. Terá direito ao saldo de salários, indenização do art. 479 da CLT, férias proporcionais e adicional de 1/3 delas e 13º salário proporcional se tiver mais de 15 dias trabalhados para a mesma empresa. Nessa situação, o empregador terá que pagar a multa de 50% do FGTS e o funcionário irá sacar todo o FGTS disponível na conta vinculada, mais os 40 % da multa. 66 2.8.2.6 Rescisão antecipada do contrato de experiência por iniciativa do empregado Nessa modalidade de rescisão, não caberá aviso prévio, por estar em período de experiência, porém, se o empregado causar prejuízos comprovados ao empregador, terá que indenizar o empregador em condições idênticas desde que não ultrapasse aquelas a que teria direito. O empregado receberá o saldo de salários, férias proporcionais acrescidas de 1/3 e13º proporcional. O FGTS fica retido em sua conta vinculada. 2.8.2.7 Rescisão indireta Conforme o site Guia trabalhista, despedida indireta (rescisão indireta) se origina da falta grave praticada pelo empregador na relação de trabalho, prevista na legislação trabalhista como justo motivo para rompimento do vínculo empregatício por parte do empregado. Estes motivos estão previstos no artigo 483 da Consolidação das Leis do Trabalho CLT, os quais preveem esta possibilidade em razão do empregador não cumprir com as obrigações legais ou contratuais ajustadas entre as partes. Os motivos que ensejam a justa causa do empregador são os seguintes: Exigir do empregado serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos bons costumes, ou alheios ao contrato; Tratar o empregado com rigor excessivo; Submeter o empregado a perigo manifesto de mal considerável; Deixar de cumprir as obrigações do contrato de trabalho; Praticar contra o empregado ou pessoas de sua família, ato lesivo da honra e boa Ofender fisicamente o empregado ou pessoas de sua família, salvo em caso de fama; legítima defesa própria ou de outrem; Reduzir unilateralmente o trabalho do empregado, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a sua remuneração. 2.8.2.8 Rescisão por morte Conforme portal guia trabalhista, o falecimento do empregado constitui um dos meios de extinção do contrato individual de trabalho, extinguindo automaticamente o contrato. Para 67 determinação do cálculo das verbas rescisórias considera-se esta rescisão do contrato de trabalho como um pedido de demissão, sem aviso prévio. Os valores não recebidos em vida pelo empregado serão pagos em quotas iguais aos dependentes habilitados perante a Previdência Social ou, na sua falta, aos sucessores previstos na lei civil, indicados em alvará judicial, independentemente de inventário ou arrolamento. A empresa ficará isenta do pagamento da multa de FGTS sobre a rescisão por morte e do saldo do FGTS depositado na conta vinculada. 2.8.3 Pagamento das verbas rescisórias Segundo o artigo 477 da CLT, o pagamento das verbas rescisórias deve ser efetuado nos seguintes prazos: a) Até o primeiro dia útil do término do contrato em caso de ter aviso prévio trabalhado ou por término de contrato. b) Até o décimo dia, contado da data da dispensa do seu cumprimento (aviso indenizado ou em casos que não cabe o aviso, obedecendo ao limite do término) Quanto a forma de pagamento, poderá ser através de deposito bancário, dinheiro, transferência bancária, cheque. 2.8.4 Documentos necessários para homologação A homologação da rescisão do contrato de trabalho é obrigatória a partir de um ano de serviço na mesma empresa, porém, existe entidades sindicais que exigem a homologação a partir de 6 meses de trabalho. Deverão comparecer no sindicato ou no MTE, o empregado e o empregador, ou prepostos, em se tratando de menor de 18 anos, é obrigatório a presença do responsável. Os documentos indispensáveis para efetivar a homologação, são: Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho, em 5 (cinco) vias; Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS, com as anotações atualizadas; Comprovante de aviso prévio, quando for o caso, ou do pedido de demissão; Extrato para fins rescisórios da conta vinculada do empregado no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, devidamente atualizado, e guias de recolhimento das competências indicadas no extrato como não localizado na conta vinculada; Guia de recolhimento rescisório do FGTS – GRRF; 68 Requerimento do Seguro Desemprego, para fins de habilitação, quando devido; Atestado de Saúde Ocupacional Demissional, ou Periódico, durante o prazo de validade, atendidas as formalidades especificadas na Norma Regulamentadora – NR7. Demonstrativo de parcelas variáveis consideradas para fins de cálculo dos valores devidos na rescisão contratual; e. Prova bancária de quitação, quando for o caso, ou valor em dinheiro ou cheque. 2.8.5 Seguro desemprego Conforme o site do Ministério do trabalho e previdência Social, O SeguroDesemprego é um benefício integrante da seguridade social, garantido pelo art.7º dos Direitos Sociais da Constituição Federal e tem por finalidade prover assistência financeira temporária ao trabalhador dispensado involuntariamente. Embora previsto na Constituição de 1946, foi introduzido no Brasil no ano de 1986, por intermédio do Decreto-Lei n.º 2.284, de 10 de março de 1986 e regulamentado pelo Decreto n.º 92.608, de 30 abril de 1986. Após a Constituição de 1988, o benefício do Seguro-Desemprego passou a integrar o Programa do Seguro-Desemprego que tem por objetivo, além de prover assistência financeira temporária ao trabalhador desempregado em virtude de dispensa sem justa causa, inclusive a indireta, auxiliá-lo na manutenção e busca de emprego, promovendo para tanto, ações integradas de orientação, recolocação e qualificação profissional. Os documentos necessários para requerer o seguro desemprego são: a) Guias do seguro-desemprego conforme Resolução CODEFAT nº 736 (Empregador Web) b) Cartão do PIS-Pasep, extrato atualizado ou Cartão do Cidadão; c) Carteira de Trabalho e Previdência Social- CTPS (verificar todas que o requerente possuir); d) Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho - TRCT devidamente quitado; e) Documentos de Identificação: Carteira de identidade; ou Certidão de nascimento; ou Certidão de casamento com o protocolo de requerimento da identidade (somente para recepção); ou Carteira nacional de habilitação (modelo novo); ou Carteira de trabalho (modelo novo); ou Passaporte ou certificado de reservista; e) Três últimos contracheques, dos três meses anteriores ao mês de demissão; 69 f) Documento de levantamento dos depósitos do FGTS (CPFGTS) ou extrato comprobatório dos depósitos ou relatório da fiscalização ou documento judicial (Certidão das Comissões de Conciliação Prévia / Núcleos Intersindicais / Sentença / Certidão da Justiça); g) Comprovante de residência. Para adquirir direito ao benefício do seguro desemprego, o trabalhador terá que comprovar: a) Pelo menos doze meses nos últimos vinte e dezoito meses imediatamente anteriores à data da dispensa, quando da primeira solicitação; b) Pelo menos nove meses nos últimos doze meses imediatamente anteriores à data da dispensa, quando da segunda solicitação; c) A cada seis meses imediatamente anteriores à data da dispensa quando das demais solicitações nos últimos trinta e seis meses. Isso além de não estar em gozo de qualquer outro benefício previdenciário e não possuir nenhum tipo de renda própria. 70 3 METODOLOGIA DO ESTUDO Neste capitulo, apresenta-se a metodologia do presente estudo, enfocando sua classificação quanto ao tipo de pesquisa a ser realizada, descrevendo o plano de coleta de dados e sua interpretação. 3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA Toda e qualquer pesquisa tem características diferentes, quanto a natureza, objetivos e afins. Portanto existe a necessidade de prever a provisão dos recursos necessários de acordo com seu tipo. Por isso, as pesquisas podem ser classificadas de diferentes formas. 3.1.1 Quanto à sua natureza A pesquisa pode ser aplicada ou básica e classifica-se em relação a dois aspectos: quanto aos fins e quanto aos meios, conforme ensina Vergara (1990 apud VERGARA 2009 p. 45), quanto aos fins e quanto aos meios, tem-se: a) quanto aos fins- trata-se de uma pesquisa descritiva, pois pretende expor as características das metodologias de balanço social atualmente utilizadas; b) quanto aos meios- trata-se de pesquisa , ao mesmo tempo, bibliográfica e documental. A pesquisa bibliográfica recorre ao uso de material acessível ao público em geral, como exemplo: jornais, revistas, livros, artigos e a pesquisa documental, que se dá através de documentos de trabalho e relatórios de consultorias privadas, não disponíveis ao público. Portanto, o presente estudo classifica-se como uma pesquisa aplicada, pois a metodologia a ser utilizada é aplicada à verificação das rotinas de departamento de recursos humanos da empresa, para identificar se estão sendo cumpridas as práticas e rotinas trabalhistas conforme as novas regras vigentes. 3.1.2 Quanto à forma de abordagem A forma de abordagem pode ser classificada em dois tipos: a qualitativa e a quantitativa. 71 Segundo Beuren et al. ( 2004,p. 92), “[...] na pesquisa qualitativa concebem-se análises mais profundas ao fenômeno que está sendo estudado. A abordagem qualitativa visa destacar características não observadas por meio de um estudo quantitativo, haja vista a superficialidade deste último [...]”. Pesquisa qualitativa vem a ser a ausência que qualidades que não sejam números. Nesse mesmo sentido, Beuren et al. (2004, p. 92), expõe que: “[...] diferente da pesquisa qualitativa, a abordagem quantitativa caracteriza-se pelo emprego de instrumentos estatísticos, tanto na coleta quanto no tratamento dos dados [...]”. Richardson, apud Beuren et al., 2004), afirma que a abordagem quantitativa: Caracteriza-se pelo emprego de quantificação tanto nas modalidades de coleta de informações, quanto no tratamento delas por meio de técnicas estatísticas, desde as mais simples, como percentual, média, desvio-padrão, às mais complexas, como coeficiente de correlação, análise de regressão etc. Portanto, a presente pesquisa se classifica como qualitativa, embora se apresente números, não terá dados estatísticos. 3.1.3 Quanto aos objetivos Diante da necessidade de definir padrões a pesquisa, pode-se enquadrar a pesquisa como: exploratória, descritiva ou explicativa. Segundo Beuren et al. (2004, p. 80), “[...] a caracterização do estudo como pesquisa exploratória normalmente ocorre quando há pouco conhecimento sobre a temática a ser abordada. Por meio do estudo exploratório, busca-se conhecer com maior profundidade o assunto, de modo a torná-lo mais claro ou construir questões importantes para a condução da pesquisa [...]”. Seguindo essa mesma linha de pensamento, Vergara (2009, p. 42), entende que: “[...] a investigação exploratória, que não deve ser confundida como leitura exploratória, é realizada em área na qual há pouco conhecimento acumulado e sistematizado. Por sua natureza de sondagem, não comporta hipóteses que, todavia, poderão surgir durante ou ao final da pesquisa [...]”. A pesquisa explicativa tem o objetivo de tornar algo inteligível, conforme cita Vegara (2009, p. 42): “[...] visa, portanto, esclarecer quais fatores contribuem, de alguma forma, para a ocorrência de determinado fenômeno [...]”. 72 No conceito de Beuren et al. (2004, p. 81), “[...] infere-se do exposto que a pesquisa descritiva configura-se como um estudo intermediário entre a pesquisa exploratória e a explicativa, ou seja, não é tão preliminar como a primeira nem tão aprofundada como a segunda [...]”. Diante do exposto, a presente pesquisa se classifica como sendo, descritiva e explicativa. 3.1.4 Quanto aos procedimentos técnicos Os procedimentos técnicos referem-se a maneira de conduzir o estudo da pesquisa. Estes podem ser classificados como: pesquisa bibliográfica, documental, experimental, de observação e estudo de caso. Para Beuren et al. (2004, p. 84), “[...] a pesquisa do tipo estudo de caso caracteriza-se principalmente pelo estudo concentrado de um único caso”. Já para a pesquisa bibliográfica, Beuren et al. (2004, p. 87), discorre que: “[...] o material consultado na pesquisa bibliográfica abrange todo referencial já tornado público em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, dissertações, teses, entre outros [...]”. Para Vergara (2009, p. 47), “[...] a pesquisa é também documental, porque será feito uso de documentos de trabalho e relatórios de consultorias privadas, não disponíveis para consultas públicas [...]”. De todos os procedimentos técnicos expostos, conclui-se que a presente pesquisa foi do tipo bibliográfico, documental, pois foram analisadas as rotinas trabalhistas de uma determinada empresa em determinado período de tempo, através de documentos buscando saber se esta vem seguindo as rotinas determinadas nas legislações. 3.2 COLETA DE DADOS A coleta de dados se deu por meio de avaliação dos documentos básicos obrigatórios para a empresa, como livro de registro de empregados, carteira de trabalho e previdência social dos funcionários, documentos admissionais como exames, documentos pessoais, além dos contratos de trabalho elaborados individualmente e também foram analisados os extratos das folhas de pagamento comparado com o envio das informações através da SEFIP no período de janeiro a março de 2016. 73 Para Vergara (2009, p. 54), “A coleta de dados pode ser longitudinal, isto é, feita em diferentes momentos, quando se deseja descobrir se houve mudanças do fenômeno no tempo. E pode ser transversal, isto é, em um único momento no tempo”. A coleta ocorreu através de informações coletadas no banco de dados e também através de documentos disponibilizados pela empresa, e conforme citam Lakatos; Marconi (2010, p. 49), “[...] são vários os procedimentos para a realização da coleta de dados, que variam de acordo com as circunstâncias ou com o tipo de investigação”. Em linhas gerais, as pesquisas técnicas são: 1.Coleta documental 2.Observação. 3.Entrevista. 4.Questionário. 5.Formulário. 6.Medidas de opiniões 7.Técnicas mercadológicas 8.Testes. 9.Sociometria. 10. Análise de conteúdo. 11. História de vida. A documentação é uma ferramenta importante na coleta de dados para encontrar as informações necessárias para o estudo, juntamente com a pesquisa bibliográfica. Beuren et al. (2004, p. 135), cita que: As pesquisas bibliográficas ou de fontes secundárias utilizam, fundamentalmente, contribuições já publicadas sobre o tema estudado. Considera-se documentos de fontes secundárias as teses, dissertações, monografias, artigos de anais, artigos eletrônicos, publicações avulsas, livros, revistas, os boletins de jornais. Para elaborar a presente pesquisa se utilizou métodos que deram possibilidade de levantar as informações necessárias para desenvolver o estudo, como a observação, incluindo a pesquisa documental, e entrevistas despadronizadas. 3.3 ANALISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS O plano de análise e interpretação de dados na pesquisa documental pode variar conforme a natureza dos documentos utilizados, podendo inclusive ser relatórios apresentados 74 pelas empresas, estes são identificados como sendo documentos de segunda mão, pois já passaram por tratamento analítico. (GIL ,2010). Na presente pesquisa a análise e interpretação de dados foi realizada após o recebimento do material documental disponibilizado pela empresa e informações coletadas. Nesse sentido foi feita uma análise com o objetivo de encontrar possíveis falhas e suas soluções para o problema levantado no estudo. 75 4 ANÁLISE DOS DADOS O resultado do trabalho de conclusão de curso que ora se conclui, teve como base principal a elaboração de um programa de auditoria operacional na área de Recursos Humanos aplicável no Departamento de Pessoal de uma empresa denominada de a Padaria, no período de 01 de janeiro de 2016 a 31 de março de 2016, com o objetivo de analisar as informações, identificando a regularidade dos procedimentos de admissão, manutenção e desligamento do pessoal, levando em consideração a legislação aplicável, com base em documentos do Setor que se encontram em posse do Escritório Contábil encarregado dos serviços contábeis da empresa, sistematizadas nos papéis de trabalho de auditoria, que por sua vez, deram origem ao relatório final da Auditoria realizada. 4.1 PROGRAMA DE AUDITORIA OPERCIONAL DE RECURSOS HUMANOS O Programa de Auditoria, conforme citado no referencial teórico, é um planejamento do trabalho que deve ser executado, onde devem ser abordados os objetivos, os objetos e o levantamento dos controles, permitindo assim, que se façam várias tarefas simultaneamente. O programa de auditoria, além de servir como guia e instrumento de controle para a execução do trabalho, deve abranger todas as áreas a serem examinadas pelo auditor. A Auditoria de Recursos Humanos vem a ser de forma preventiva, uma possível solução para evitar problemas futuros, evitando dessa forma, que ocorram notificações por parte de órgãos públicos fiscalizadores, ou ainda, em ações judiciais através de reclamatórias trabalhistas movidas por colaboradores insatisfeitos. Ainda, uma auditoria no setor de Recursos Humanos, permite uma visão clara dos procedimentos internos voltados ao cumprimento das normas trabalhistas em função do novo Sped, denominado E-Social (projeto do governo Federal voltado ao setor de Recursos humanos das entidades em geral). 4.1.1 Setor de Recursos Humanos da Padaria O setor de Recursos humanos é o responsável pelo período em que o funcionário estiver com o vinculo trabalhista com a organização, ou seja, desde sua admissão até o seu desligamento. Para que isso ocorra de forma correta, o profissional deverá seguir a legislação 76 trabalhista prevista na CLT e seus complementos, convenções coletivas e outras, bem como as mudanças da legislação correlata que ocorrem constantemente. O setor de recursos humanos é o órgão responsável pelo registro dos empegados, acompanhamento periódico para a manutenção de dados cadastrais do pessoal, elaboração da folha de pagamento, emissão de guias de tributos e encargos trabalhistas, elaboração do controle de férias, 13º salário, atestados médicos e encaminhamentos ao INSS; acompanhamentos dos aumentos salariais sejam por dissídios coletivos ou pisos regionais, rescisões contratuais e suas especificidades, declarações anuais para Rais e Dirf; além disso, deve fazer acompanhamentos se as empresas estão cumprindo com as normas trabalhistas e correlatas. Da entrevista realizada no Escritório de Contabilidade com a responsável pelo setor de Pessoal, a empresa auditada tem os serviços de recursos humanos realizados sob responsabilidade de um profissional da área devidamente registrado no CRCRS, que desenvolve acompanhamentos nos serviços acima relatados. Conforme o profissional encarregado do setor de recursos humanos do escritório de contabilidade X, os funcionários são selecionados pelo proprietário da empresa, depois são encaminhados a fazer o exame médico admissional no consultório de algum médico credenciado pelo Ministério do Trabalho e após isso, são encaminhados ao setor de recursos humanos do escritório contábil para fazer todos os procedimentos de admissão. Após todos os procedimentos de registros terem sido concluídos, o funcionário, se apto a exercer a devida atividade pela qual foi contratado, começa a desempenhar seus serviços na empresa. Todos os procedimentos de registros são informatizados, proporcionando maior segurança e agilidade nos serviços, preservando na memória virtual, com todo o histórico do vinculo com a empresa. Todo o material da empresa empregadora é arquivado no escritório contábil, ficando sob sua responsabilidade. 4.1.2 Objetivo da Auditoria O objetivo principal da Auditoria no setor de Recursos Humanos é verificar se as normas trabalhistas estão sendo cumpridas com regularidade, se os procedimentos de admissão e rescisão estão conforme determinados em CLT, se os cálculos da folha de pagamento estão corretos, a fim de prevenir autuações através de fiscalizações com o novo Sped implantado pelo governo federal (E-social) e também com o intuito de continuar manter 77 clara a relação entre empregado e empregador de que ambos seguem corretamente com suas obrigações. 4.1.3 Amostra A Amostra de Auditoria é constituída por cem por cento dos funcionários em atividade e todos aqueles que por ventura foram demitidos e/ou admitidos no período de realização da Auditoria, ou seja, de janeiro a março de 2016. 4.1.4 Procedimentos de verificação Foram verificados os livros de Registros de Empregados e a CTPS, documentos utilizados em sua admissão, manutenção e demissão de funcionários, além de dissídios coletivos, circulares, guias de encargos trabalhistas e previdenciários, declarações mensais, com a finalidade de se certificar da regularidade da empresa com as leis trabalhistas, bem como sugeridas medidas de correção e/ou de melhoria de procedimentos em caso de necessidade. 4.1.5 Avaliação dos controles internos Foi feita entrevista presencial com o responsável da empresa e com a responsável do setor de recursos humanos no escritório contábil. Foram feitos questionamentos de como funciona o controle interno e rotinas executadas, tanto na empresa como no escritório de contabilidade, relacionadas ao setor de recursos humanos. 4.2 ELABORAÇÃO E APLICAÇÃO DO PROGRAMA DE AUDITORIA DE RECURSOS HUMANOS NA PADARIA Dando sequencia nos trabalhos práticos de aplicação dos procedimentos previstos no programa de Auditoria no Setor de Recursos humanos da Padaria em questão, o qual serviu como base na aplicação de todos os procedimentos elencados nos papéis de trabalho. O programa segue todas as etapas envolvidas no período funcional do setor de recursos humanos, envolvendo todos os processos de admissão, acompanhamento dos encargos de 78 manutenção do pessoal e de rescisão de contrato de trabalho, conforme segue nos quadros seguintes. Quadro 6 - Programa de auditoria no Setor de Recursos Humanos Programa de Auditoria Fato ou Objeto Exames a serem realizados 1 Avaliação dos controles internos 1.1 entrevista com o Verificar os controles internos e rotinas proprietário. executadas pelos responsáveis pelo setor 1.2 entrevista com a responsável pelo setor de recursos humanos Verificar os controles internos e as rotinas executadas pelo setor de recursos humanos Finalidade Certificar-se que as normas trabalhistas estão sendo cumpridas de acordo com a legislação. Confirmar se a empresa segue com as normas trabalhistas. 2.Documentos de admissão 2.1 Exame Médico 2.2 Contrato de Trabalho 2.3 Livro de Registro 2.4 Carteira Profissional x Livro de Registro 2.5 Comprovante de Entrega e devolução de CTPS 2.6 Termo de Responsabilidade para a concessão de Salário Família 2.7 Solicitação Transporte de Vale Verificar se foram realizados os exames médicos admissionais, e se estão conforme o previsto em lei. Verificar se estão assinados pelo funcionário e pelo médico. Verificar se o contrato é celebrado por escrito, se possuem assinaturas de ambas as partes, se está devidamente preenchido, consta horário de trabalho, se possui cláusula autorizando descontos em folha e quais, observar se foi respeitado os prazos legais de contrato de experiência e sua prorrogação. Verificar se todos os funcionários estão registrados e se constam os dados obrigatórios, como nome, nº da CTPS e série, RG, CPF, PIS, data de admissão, horário e local de trabalho, endereço e filiação do funcionário. Verificar se todas as informações estão de acordo nos dois documentos. Verificar se existe comprovante de entrega e de devolução da carteira de trabalho. Verificar se o termo de responsabilidade para concessão do salário família está devidamente preenchido e assinado pelo funcionário. Verificar se os colaboradores fizeram ou não a opção de utilização de vale transporte por meio de solicitação escrita. Certificar se a entidade está cumprindo com suas obrigações. Averiguar se os contratos estão com os dados completos, atualizados, identificar possíveis falhas. Assegurar que os funcionários estejam protegidos mediante registro e para que a entidade não sofra punição por eventual irregularidade. Identificar possíveis divergências entre os dois documentos. Certificar que a entidade está agindo de acordo com a legislação vigente. 3 Movimentação do funcionário 3.1 Exame Médico Periódico 3.2 Atribuição Funcionários Salarial dos Verificar se estão sendo realizados os exames médicos periódicos e se os mesmos estão em conformidade com a lei. Identificar os colaboradores em atividade, suas funções e remunerações e ainda se ocorreu aumento de salário e se foi considerado o percentual correto. Certificar que a entidade está cumprindo com a legislação. Averiguar se a equiparação salarial está de acordo com a legislação vigente e certificar que nenhum funcionário seja prejudicado quanto ao salário a receber. 79 3.3 Ponto mecânico Eletrônico ou 3.4 Verbas extra-salário 3.5 Serviço de Autônomo 3.6 Rais, Caged, Sefip 3.7 PPP, LTCAT PCMSO, Verificar se os funcionários cumpriram corretamente a jornada de trabalho, observando as Inter jornadas, intrajornadas e se não excederam a jornada diária conforme faculta a lei. Averiguar ainda se ocorreram faltas, se tiveram justificativas e se ocorreu algum Verificar se a empresa disponibiliza ajuda de custos, benefícios... Verificar se a entidade utilizou serviço de autônomo, e se no valor pago foi retido a contribuição previdenciária no valor correto. Verificar se foram realizadas as informações aos órgãos competentes dentro do prazo. PPRA, 3.8 Direitos dos Colaboradores 3.9 Descontos Facultativos 3.10 Descontos Legais 3.11 Confecção da Folha de Pagamento 3.12 Guias de INSS, FGTS e Contribuições Sindicais. Verificar se a empresa possuiu os controles da medicina ocupacional 3.8.1 Insalubridade e periculosidade 3.8.2 Salário Maternidade 3.8.3 Salário Família 3.8.4 Quinquênio (ATS) 3.8.5 FGTS 3.8.6 PIS 2.9.1 Vale Transporte: conferir se a entidade observa o limite para o desconto do vale transporte. 2.9.2 Descontos diversos (convênios, empréstimos...) 2.10.1 INSS e IRRF: conferir se o desconto está obedecendo a tabela vigente e se incide sobre todos os proventos. 2.10.2 Contribuição Sindical: conferir a contribuição recolhida. 2.11.1 Examinar os valores que compõem a folha de cada colaborador. 2.11.2 Conferir a quitação da Folha de Pagamento. Verificar a quitação das guias. 3.13 Férias Averiguar a data de aviso, o pagamento, o período de gozo. Refazer os cálculos e conferir os valores que compõem a base de calculo. 3.14 Décimo Terceiro Salário Verificar os cálculos, valores pagos e prazos para pagamento. 3.15 Livro de inspeção do trabalho Verificar a existência do livro de inspeção do trabalho 3.16 Quadro de horário de trabalho Verificar a existência do quadro de horário de trabalho de todos os funcionários com as devidas anotações Assegurar ao funcionário usufruir de seu descanso semanal, observando também se este está cumprindo seu horário. Identificar incorporação ao salário. Identificar se quando a entidade utiliza serviço de autônomo efetua o pagamento e recolhimento de acordo com a legislação vigente. Certificar se as informações foram enviadas corretamente. Verificar quanto ao cumprimento das obrigações legais. Certificar se as alíquotas estão corretas. Averiguar se há eventual irregularidade nos descontos em folha dos colaboradores. Devem ser contratados por escrito. Certificar se os descontos foram efetuados de acordo com a legislação vigente. Confirmar os valores líquidos da folha e sua efetiva quitação mediante comprovante. Conferir se a entidade esta efetuando o pagamento das guias conforme legislação. Verificar se os valores estão corretos, a data de pagamento e o período de gozo de férias, se estão de acordo com a lei. Certificar os valores e prazos para pagamento do décimo terceiro salário. Averiguar se a empresa dispõe do livro em caso de fiscalização Certificar a existência e correto preenchimento do quadro com os horários de início, intervalos e final da 80 jornada de trabalho. 3.17 Comunicação do Acidente de Trabalho – CAT Verificar se ocorreu algum acidente e caso afirmativo conferir se houve a emissão do CAT 4 Desligamento do Colaborador 4.1 Aviso Prévio Verificar os prazos e assinaturas nos Avisos 4.2 Demissão de funcionários Motivo da demissão 4.3 Exame Médico Demissional Verificar se foi realizado o exame médico dentro do prazo previsto na demissão. Aviso Prévio, Férias, Décimo Terceiro, INSS e FGTS Verificar se o funcionário está a mais de um ano na entidade, caso esteja confirmar a homologação no Ministério do Trabalho. 4.4 Cálculo das Rescisórias 4.5 Homologação Verbas Averiguar se a comunicação atendeu o prazo previsto na lei. Averiguar se estão de acordo com a legislação Verificar quais os motivos da demissão. Certificar que a entidade cumpre suas obrigações. Examinar os cálculos rescisórios. Averiguar homologação da rescisão do contrato de trabalho dos funcionários. Fonte: Vieira 2014 4.3 ELABORAÇÃO DOS PAPÉIS DE TRABALHO DE AUDITORIA Os Papéis de Trabalho de auditoria constituem um registro permanente do trabalho efetuado pelo auditor, dos fatos e informações obtidos, bem como das suas conclusões sobre os exames. É com base nos Papéis de Trabalho que o auditor irá relatar suas constatações, opiniões, criticas e sugestões. Baseada no programa de Auditoria proposto realizaram-se todos os procedimentos de verificação descritos nos papéis de trabalho e confrontando-os com as leis vigentes e com as futuras regras a serem implantadas, como medida, preventiva, para notificações, conforme segue: Quadro 7 – Papel de trabalho da entrevista com o proprietário EMPRESA DE AUDITORIA: CBTH AUDITORIA E CONSULTORIA PT N. CLIENTE: PADARIA E CONFEITARIA SETOR: RECURSOS HUMANOS OBJETO DE EXAME: AVALIAÇÃO DOS CONTROLES INTERNOS 1.1 ASSUNTO: ENTREVISTA COM O PROPRIETÁRIO CONSTATAÇÕES: Na entrevista com o proprietário da empresa, foram expostos os objetivos da auditoria no setor de recursos humanos, e solicitada autorização para a aplicação do programa de auditoria no setor de Recursos humanos. Após ter a autorização do empregador, foi requerida a autorização para que o escritório de contabilidade contribuísse fornecendo todos os documentos necessários para a realização dos trabalhos, o que foi feito presencialmente no escritório com o responsável do escritório e a responsável pelo setor de recursos humanos do mesmo. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Conforme reunião com o empresário responsável pela padaria e confeitaria, obteve-se sucesso na solicitação da autorização para a realização da Auditoria. EXECUTADO POR: Auditora Cristiane REVISADO POR: Auditor Revisor X LOCAL E DATA: 13/06/2016 20/06/2016 Fonte: Dados elaborados pelo autor na execução da auditoria 81 Quadro 8 – Plano de trabalho com a responsável de departamento pessoal no escritório contábil EMPRESA DE AUDITORIA: CBTH AUDITORIA E CONSULTORIA PT N. CLIENTE: PADARIA E CONFEITARIA SETOR: RECURSOS HUMANOS OBJETO DE EXAME: AVALIAÇÃO DOS CONTROLES INTERNOS 1.2 ASSUNTO: ENTREVISTA COM A RESP. DEP. PESSOAL NO ESCRITÓRIO CONTÁBIL CONSTATAÇÕES: CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Conforme ficou claro para ambos os objetivos da auditoria de Recursos Humanos da padaria, e com a aprovação do empresário, iniciou-se os trabalhos e ambos se colocaram a disposição para eventuais esclarecimentos. EXECUTADO POR: Auditor um REVISADO POR: Auditora Cristiane LOCAL E DATA: 13/06/2016 20/06/2016 Fonte: Dados elaborados pelo autor na execução da auditoria Quadro 9 – Plano de trabalho dos documentos de admissão – Exame médico EMPRESA DE AUDITORIA: CBTH AUDITORIA E CONSULTORIA PT N. CLIENTE: PADARIA E CONFEITARIA SETOR: RECURSOS HUMANOS OBJETO DE EXAME: DOCUMENTOS PARA ADMISSÃO 2.1 ASSUNTO: EXAME MÉDICO CONSTATAÇÕES: Verificou-se que na admissão, todos os empregados do período auditado, realizaram os exames admissionais, porém, não o fizeram antes de iniciar as atividades na empresa, conforme orientação da NR 7. Os exames periódicos não são feitos, uma vez que a empresa não possui assessoria de empresa que presta serviços de medicina ocupacional. Observou-se que o ônus do exame admissional foi pago de fato pelo empregador, uma vez que possui o comprovante de pagamento em nome da empresa. Todos os exames analisados possuem o carimbo e CRM do médico que prestou seu serviço, com os riscos da função destacados, nome do funcionário, função, RG e também se está apto para realizar as atividades pela qual foi contratado. Todos estão devidamente assinados pelo médico e pelo empregado. Constatou-se que 100% dos funcionários estão aptos a desempenhar suas funções. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Conforme análise na documentação disponibilizada pela empresa, observou-se que a mesma não está cumprindo com todas as obrigações que trata a legislação em vigor. Foi orientado para o empregador realizar os exames dos seus funcionários antes de iniciarem as atividades na empresa, e fazer também os acompanhamentos periódicos que trata a NR 7. EXECUTADO POR: Auditora Cristiane REVISADO POR: Auditor Revisor X LOCAL E DATA: 13/06/2016 Fonte: Dados elaborados pelo autor na execução da auditoria 20/06/2016 82 Quadro 10 – Plano de trabalho dos documentos para admissão – Contrato trabalho EMPRESA DE AUDITORIA: CBTH AUDITORIA E CONSULTORIA PT N. CLIENTE: PADARIA E CONFEITARIA SETOR: RECURSOS HUMANOS 2.2 OBJETO DE EXAME: DOCUMENTOS PARA ADMISSÃO ASSUNTO: CONTRATO DE TRABALHO CONSTATAÇÕES: Foram conferidos todos os contratos de trabalho dos funcionários que estão ativos e os que já foram demitidos e verificou-se que os mesmos estão de acordo com as normas estabelecidas na legislação vigente. Observou-se que o empregador costuma fazer contrato de experiência por 30 dias, podendo ser prorrogado por mais 60 dias conforme, previsto na legislação. Após o período de experiência de 90 dias, se for de ambas as partes continuar com o vínculo, o funcionário será efetivado por prazo indeterminado automaticamente. Todos os contratos analisados possuem cláusulas especificas de jornadas de trabalho, horário de trabalho, autorizações de descontos se necessário, vigência do contrato além de outras pertinentes. Todos estão devidamente assinados por empregado e empregador. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES A empresa esta seguindo com as normas da CLT e deve continuar com os procedimentos de contrato para não ter problemas futuros. EXECUTADO POR: Auditora Cristiane REVISADO POR: Auditor de Revisão X LOCAL E DATA: 13/06/2016 20/06/2016 Fonte: Dados elaborados pelo autor na execução da auditoria (2016) Quadro 11 - Plano de trabalho dos documentos para admissão – Livro de registro EMPRESA DE AUDITORIA: CBTH AUDITORIA E CONSULTORIA PT N. CLIENTE: PADARIA E CONFEITARIA SETOR: RECURSOS HUMANOS OBJETO DE EXAME: DOCUMENTOS PARA ADMISSÃO 2.3 ASSUNTO: LIVRO DE REGISTRO CONSTATAÇÕES: Foi analisado o Livro de Registro de Empregados nº um, o qual está devidamente preenchido no termo de abertura e assinado pelo Empregador. Foi constatado que todos os registros dos empregados estão totalmente preenchidos com os dados dos funcionários em análise tais como: Nome completo, RG, CPF, CTPS, Série, Nº Pis, data de admissão, função, salário, filiação, horário de trabalho, data de nascimento, Nacionalidade, entre outros. Apenas em alguns não consta o endereço da Residência do empregado, e em um registro apenas falta a foto ¾. Constatou-se que o livro de Registros não é atualizado regularmente com os dados de alterações salariais, férias, contribuições sindicais, alterações de funções. Isso só é feito na demissão. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Consultou-se o empregador se foi solicitado para o funcionário providenciar a foto ¾ que está faltando, e o mesmo afirmou que sim, mas aguardando ainda o funcionário trazer. Foi orientado para o empregador solicitar todos os documentos admissionais antes da contratação e solicitar ao Escritório Contábil fazer com regularidade as atualizações no livro de registro de empregados, o qual fica em sua posse. EXECUTADO POR: Auditora Cristiane REVISADO POR: Auditor de Revisão X LOCAL E DATA: 13/06/2016 20/06/2016 Fonte: Dados elaborados pelo autor na execução da auditoria (2016) 83 Quadro 12 – Plano de trabalho dos documentos para admissão – Carteira de trabalho e livros EMPRESA DE AUDITORIA: CBTH AUDITORIA E CONSULTORIA PT N. CLIENTE: PADARIA E CONFEITARIA SETOR: RECURSOS HUMANOS OBJETO DE EXAME: DOCUMENTOS PARA ADMISSÃO 2.4 ASSUNTO: CARTEIRA DE TRABALHO E LIVRO DE REGISTROS CONSTATAÇÕES: Foram analisadas as carteiras de trabalho dos empregados ativos da padaria e verificou-se que estão desatualizadas as alterações salariais, férias que já foram gozadas e anotações de contribuições sindicais; também não estão relacionadas nas anotações gerais, ou seja, estão completamente desatualizadas com alterações adicionais que ocorrem na vida funcional dos empregados. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Recomenda-se que a empresa encaminhe as carteiras de trabalho ao setor de recursos humanos do Escritório para fazer as devidas atualizações e também o livro de registro de empregados, para ambos documentos estarem atualizados de acordo com as alterações que ocorrem. EXECUTADO POR: Auditora Cristiane REVISADO POR: Auditor de Revisão X LOCAL E DATA: 13/06/2016 20/06/2016 Fonte: Dados elaborados pelo autor na execução da auditoria (2016) Quadro 13 – Plano de trabalho dos documentos para admissão – Comprovante entrega/devolução CTPS EMPRESA DE AUDITORIA: CBTH AUDITORIA E CONSULTORIA PT N. CLIENTE: PADARIA E CONFEITARIA SETOR: RECURSOS HUMANOS OBJETO DE EXAME: DOCUMENTOS PARA ADMISSÃO 2.5 ASSUNTO: COMPROVANTE DE ENTREGA E DEVOLUÇÃO DA CTPS CONSTATAÇÕES: Foi verificado que a empresa não possui comprovante de entrega e devolução das CTPS assinado pelo empregado. Foi entrado em contato com o Escritório o motivo pelo qual não faz esse documento, sendo que o mesmo informou que contém protocolo de entrega ao empregador, mas que providenciará um protocolo para o funcionário assinar no momento da entrega e devolução da mesma a partir deste momento. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Conforme análise a empresa está em desacordo com a legislação vigente, uma vez que não se tem o controle do período em que se está em posse da CTPS do empregado, a qual deve ser devolvida em até 48 horas. EXECUTADO POR: Auditora Cristiane REVISADO POR: Auditor Revisor X LOCAL E DATA: 13/06/2016 Fonte: Dados elaborados pelo autor na execução da auditoria (2016) 20/06/2016 84 Quadro 14 – Plano de trabalho documentos para admissão – Termo responsabilidade salário família EMPRESA DE AUDITORIA: CBTH AUDITORIA E CONSULTORIA PT N. CLIENTE: PADARIA E CONFEITARIA SETOR: RECURSOS HUMANOS OBJETO DE EXAME: DOCUMENTOS PARA ADMISSÃO 2.6 ASSUNTO: TERMO DE RESPONSABILIDADE PARA CONCESSÃO DO SALÁRIO FAMÍLIA CONSTATAÇÕES: Foi analisada a documentação dos empregados sendo que apenas em um único funcionário possui dependentes menores de 14 anos de idade, o qual teria direito ao salário família, e para este foi feito o termo de responsabilidade para a concessão do beneficio, o qual está devidamente assinado pelo empregado em questão, juntamente com os demais documentos do mesmo. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Conforme análise a empresa está em acordo com a Legislação vigente. EXECUTADO POR: Auditora Cristiane REVISADO POR: Auditor de Revisão LOCAL E DATA: 13/06/2016 Fonte: Dados elaborados pelo autor na execução da auditoria (2016) 20/06/2016 Quadro 15 – Plano de trabalho dos documentos para admissão – Solicitação de vale transporte EMPRESA DE AUDITORIA: CBTH AUDITORIA E CONSULTORIA PT N. CLIENTE: PADARIA E CONFEITARIA SETOR: RECURSOS HUMANOS OBJETO DE EXAME: DOCUMENTOS PARA ADMISSÃO 2.7 ASSUNTO: SOLICITAÇÃO DE VALE TRANSPORTE CONSTATAÇÕES: Foi feita análise criteriosa nesse quesito, uma vez que este é um dos muitos motivos que levam um empregado após ser demitido, entrar com reclamatória trabalhista. Em todos os contratos analisados, estão as opções de vale transporte devidamente assinadas pelo empregado com a sua opção no momento da admissão, a qual pode ser alterada conforme a necessidade de cada trabalhador em novo documento. Até o momento, nenhum trabalhador necessitou do vale transporte, ou seja, todos marcaram na opção que não iriam necessitar desse beneficio. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Conforme análise a empresa segue com todas as orientações das legislações em vigor nesse quesito. EXECUTADO POR: Auditora Cristiane REVISADO POR: Auditor Revisor X LOCAL E DATA: 13/06/2016 Fonte: Dados elaborados pelo autor na execução da auditoria (2016) 20/06/2016 Quadro 16 – Plano de trabalho da movimentação dos funcionários – Exame periódico EMPRESA DE AUDITORIA: CBTH AUDITORIA E CONSULTORIA PT N. CLIENTE: PADARIA E CONFEITARIA SETOR: RECURSOS HUMANOS OBJETO DE EXAME: MOVIMENTAÇÃO DO FUNCIONÁRIO 3.1 ASSUNTO: EXAME PERIÓDICO CONSTATAÇÕES: Constatou-se que os empregados não realizaram nenhum exame periódico, apenas faz no momento da admissão e demissão. A empresa não tem o acompanhamento da medicina ocupacional, portanto não cumpre com a sua obrigação. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Orienta-se a empresa providencie periodicamente os exames para verificar se os empregados continuam aptos a desempenhar suas funções. Portanto, não está em acordo com as legislação vigentes nesse ponto. EXECUTADO POR: Auditora Cristiane REVISADO POR: Auditor Revisor X LOCAL E DATA: 13/06/2016 Fonte: Dados elaborados pelo autor na execução da auditoria (2016) 20/06/2016 85 Quadro 17 – Plano de trabalho da movimentação dos funcionários – Atribuição salárial EMPRESA DE AUDITORIA: CBTH AUDITORIA E CONSULTORIA PT N. CLIENTE: PADARIA E CONFEITARIA SETOR: RECURSOS HUMANOS OBJETO DE EXAME: MOVIMENTAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS 3.2 ASSUNTO: ATRIBUIÇÃO SALARIAL DOS FUNCIONÁRIOS CONSTATAÇÕES: Primeiramente, foi entrado em contato com o Sindicato da categoria para verificar o salário mínimo da categoria, e foi constatado que a empresa está em acordo com os salários estipulados em dissidio. Todos os empregados estão recebendo o piso da categoria, a qual não tem distinção de cargo, alguns recebem de forma proporcional a carga horária. Portanto, todos os funcionários recebem o mesmo salário base, e alguns, por desempenharem funções insalubres, recebem adicional de insalubridade no grau médio de 20% aplicado sobre o salário base. Os empregados com mais de 5 anos de empresa recebem o adicional por tempo de serviço no percentual de 2% estando este de acordo com o dissidio coletivo em cláusula especifica. Ao empregado que possui dependentes cadastrados com menos de 14 anos de idade, recebe o beneficio do salário família de acordo com a tabela vigente. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Conforme análise documental, a empresa esta de acordo com a legislação trabalhista vigente no quesito. EXECUTADO POR: Auditora Cristiane REVISADO POR: Auditor Revisor X LOCAL E DATA: 13/06/2016 Fonte: Dados elaborados pelo autor na execução da auditoria (2016) 20/06/2016 Quadro 18 – Plano de trabalho da movimentação dos funcionários – Ponto eletrônico ou mecânico EMPRESA DE AUDITORIA: CBTH AUDITORIA E CONSULTORIA CLIENTE: PADARIA E CONFEITARIA SETOR: RECURSOS HUMANOS OBJETO DE EXAME: MOVIMENTAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS ASSUNTO: PONTO ELETRONICO OU MECANICO CONSTATAÇÕES: PT N. 3.3 Foi verificado com a empresa se ela tem algum controle de jornada, e o proprietário afirmou que faz controle manual, pois tem menos de 10 funcionários e por esse motivo não estaria obrigado a ter. Mas concluiu que não costuma fazer horas extras. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Passou-se a orientação à empresa que adquirisse ponto informatizado ou mecânico, pois, estes não correm risco de sofrer alterações e também, por ser uma prova favorável ao empregador em reclamatórias trabalhistas. EXECUTADO POR: Auditora Cristiane REVISADO POR: Auditor Revisor X LOCAL E DATA: 13/06/2016 20/06/2016 Fonte: Dados elaborados pelo autor na execução da auditoria (2016) 86 Quadro 19 – Plano de trabalho da movimentação dos funcionários – Verbas extra salário EMPRESA DE AUDITORIA: CBTH AUDITORIA E CONSULTORIA CLIENTE: PADARIA E CONFEITARIA SETOR: RECURSOS HUMANOS OBJETO DE EXAME: MOVIMENTAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS ASSUNTO: VERBAS EXTRA SALÁRIO PT N. 3.4 CONSTATAÇÕES: Foi questionada a empresa se ela costuma fornecer benefícios extras salários tais como: auxílio transportes, vale alimentação, bonificações, gratificações e outros, sendo que a mesma afirmou que não. Não paga nada além do salário que consta na folha de pagamento. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Conforme análise, a empresa está agindo de acordo com a legislação vigente, uma vez que passa todas as verbas salariais pela folha de pagamento. EXECUTADO POR: Auditora Cristiane REVISADO POR: Auditor Revisor X LOCAL E DATA: 13/06/2016 20/06/2016 Fonte: Dados elaborados pelo autor na execução da auditoria (2016) Quadro 20 - Plano de trabalho da movimentação dos funcionários - Serviços autônomos EMPRESA DE AUDITORIA: CBTH AUDITORIA E CONSULTORIA CLIENTE: PADARIA E CONFEITARIA SETOR: RECURSOS HUMANOS OBJETO DE EXAME: MOVIMENTAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS ASSUNTO: SERVIÇOS DE AUTONOMO PT N. 3.5 CONSTATAÇÕES: Foi consultado a empresa se ela contrata serviço de autônomos ou empregados sem registro, e foi constatado que não possuiu qualquer outro tipo de prestador de serviço a não ser os próprios funcionários devidamente registrados e o próprio empresário. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Foi orientado a empresa, que se por ventura contratar serviços de autônomos, pessoas físicas ou MEI, deverá imediatamente passar ao Escritório Contábil para este fazer a devida informação na folha de pagamento conforme cada caso. No entanto, a empresa até o momento, está operando de acordo com as normas vigentes nesse quesito. EXECUTADO POR: Auditora Cristiane REVISADO POR: Auditor Revisor X LOCAL E DATA: 13/06/2016 20/06/2016 Fonte: Dados elaborados pelo autor na execução da auditoria (2016) 87 Quadro 21 - Plano de trabalho da movimentação dos funcionários – RAIS, CAGED e SEFIP EMPRESA DE AUDITORIA: CBTH AUDITORIA E CONSULTORIA CLIENTE: PADARIA E CONFEITARIA SETOR: RECURSOS HUMANOS OBJETO DE EXAME: MOVIMENTAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS ASSUNTO: RAIS, CAGED, SEFIP PT N. 3.6 CONSTATAÇÕES: Verificou-se as declarações anteriores da RAIS e todas estão de acordo com as movimentações que ocorreram, sendo que todas foram entregues dentro do prazo previsto. O CAGED é informado quando houve movimentação mensal de trabalhadores, ou seja, se tiver admissão ou demissão. No período analisado, o CAGED foi informado corretamente e dentro do seu prazo estipulado em Lei. A SEFIP é entregue mensalmente, e seu prazo máximo é o dia 07 do mês subsequente a movimentação, no entanto, o escritório envia a declaração antes do final do mês, portanto, esta dentro do prazo legal. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Diante da análise feita, não foram encontradas irregularidades no período. Recomenda-se a empresa a conferir mensalmente com o escritório se as declarações estão nos prazos previstos. EXECUTADO POR: Auditora Cristiane REVISADO POR: Auditor Revisor X LOCAL E DATA: 13/06/2016 20/06/2016 Fonte: Dados elaborados pelo autor na execução da auditoria (2016) Quadro 22 - Plano de trabalho da movimentação dos funcionários – PPP, PCMSO, PPRA, LTCAT EMPRESA DE AUDITORIA: CBTH AUDITORIA E CONSULTORIA CLIENTE: PADARIA E CONFEITARIA SETOR: RECURSOS HUMANOS OBJETO DE EXAME: MOVIMENTAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS ASSUNTO: PPP,PCMSO,PPRA,LTCAT PT N. 3.7 CONSTATAÇÕES: Foi consultado a Empresa se ela contratou alguma prestadora de serviços para o controle da medicina Ocupacional, no entanto, o empregador afirmou que não possuiu, por motivos financeiros, uma vez que este profissional cobra valores por funcionário mensalmente. Somente são realizados exames admissionais e demissionais. Porém, a empresa não tem nenhum parâmetro para definir os riscos das atividades, no entanto, paga insalubridade no grau médio para padeiros e auxiliares de padaria, e o PPP para os empregados só é fornecido quando é solicitado pelo próprio funcionário quando este está para se aposentar ou em rescisão contratual se necessário. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Conforme análise, foi orientado a empresa contratar uma empresa devidamente registrada no órgão de classe, para fins de fazer o PCMSO, LTCAT e o PPRA, uma vez que esta obrigada a ter os programas atualizados para não correr o risco de ser multado pela falta conforme art. 133 da Lei 9.528/97. EXECUTADO POR: Auditora Cristiane REVISADO POR: Auditor Revisor X LOCAL E DATA: 13/06/2016 20/06/2016 Fonte: Dados elaborados pelo autor na execução da auditoria (2016) 88 Quadro 23 - Plano de trabalho da movimentação dos funcionários – Direito dos colaboradores EMPRESA DE AUDITORIA: CBTH AUDITORIA E CONSULTORIA PT N. CLIENTE: PADARIA E CONFEITARIA SETOR: RECURSOS HUMANOS 3.8 OBJETO DE EXAME: MOVIMENTAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS ASSUNTO: DIREITO DOS COLABORADORES (Insalubridade ou periculosidade, Salário Maternidade, Salário Família, Quinquênio (ATS, FGTS, PIS) CONSTATAÇÕES: Foram analisadas as folhas de pagamento para verificar a existência do pagamento das vantagens de insalubridade ou periculosidade pelo fato de se tratar de atividade insalubre, e foi constatado que os padeiros e auxiliares recebem 20% de insalubridade, ou seja, grau médio, no entanto, não se sabe se de fato está correto, pois a empresa não possui laudo. O salário família esta sendo pago corretamente conforme legislação vigente, com o valor conforme tabela disponibilizada no site MTPS de acordo com a quantidade de filhos menores de 14 anos de idade. O valor correspondente esta sendo abatido na guia de GPS conforme a Lei permite. Foi constatado que no período analisado nenhuma funcionaria entrou em licença maternidade, portanto, sem dados a analisar. Conforme o tempo de serviço, o funcionário, a partir do quinto ano começa a receber o quinquênio (ATS) no percentual de 2%, o qual aumenta a cada a cada 5 anos) conforme cláusula especifica da convenção coletiva. Este esta sendo pago corretamente. O FGTS incidente sobre a folha de pagamento em todos os proventos com incidência esta sendo paga dentro do prazo, e com alíquota de 8% conforme determina a Legislação. Foi constatado que todos os empregados estão devidamente cadastrados no PIS. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Com base na importância dos Laudos da Medicina ocupacional, o único problema encontrado é a falta deste. No entanto, orientou-se a empresa a cumprir com essa obrigação. No restante, os itens em análise nesse ponto estão de acordo com as normas. EXECUTADO POR: Auditora Cristiane REVISADO POR: Auditor Revisor X LOCAL E DATA: 13/06/2016 20/06/2016 Fonte: Dados elaborados pelo autor na execução da auditoria (2016) Quadro 24 - Plano de trabalho da movimentação dos funcionários- Descontos facultativos EMPRESA DE AUDITORIA: CBTH AUDITORIA E CONSULTORIA CLIENTE: PADARIA E CONFEITARIA SETOR: RECURSOS HUMANOS OBJETO DE EXAME: MOVIMENTAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS ASSUNTO: DESCONTOS FACULTATIVOS PT N. 3.9 CONSTATAÇÕES: Foram analisadas as folhas de pagamento do período em questão e constatou-se que não há nenhum tipo de desconto facultativo. Os únicos descontos são os previstos em Lei, ou seja, INSS, e contribuições ao sindicato. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Após análise, constatou-se que a empresa esta seguindo com as legislações vigentes. EXECUTADO POR: Auditora Cristiane REVISADO POR: Auditor Revisor X LOCAL E DATA: 13/06/2016 20/06/2016 Fonte: Dados elaborados pelo autor na execução da auditoria (2016) 89 Quadro 25 - Plano de trabalho da movimentação dos funcionários – Descontos legais EMPRESA DE AUDITORIA: CBTH AUDITORIA E CONSULTORIA CLIENTE: PADARIA E CONFEITARIA SETOR: RECURSOS HUMANOS OBJETO DE EXAME: MOVIMENTAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS ASSUNTO: DESCONTOS LEGAIS (INSS, IRRF E CONTRIBUIÇÃO SINDICAL) PT N. 3.10 CONSTATAÇÕES: Foram analisadas todas as folhas de pagamento do período em auditoria, e constatou-se que os descontos de INSS estão de acordo com a tabela vigente que foi atualizada no mês de janeiro. Quanto ao IRRF constatou-se que nenhum funcionário obteve base de cálculo suficiente para reter o imposto no período abrangido na análise. Referente à contribuição Sindical, ela acontece todo ano no mês de março, onde é descontado um dia por funcionário a favor de entidades sindicais, e o valor descontado dos funcionários está conforme a legislação vigente, o mesmo foi repassado aos órgãos através de GRCSU (guia de recolhimento de contribuição sindical Urbana) com vencimento para dia 29/04/2016. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Conforme análise, constatou-se que a empresa esta seguindo com as legislações vigentes. EXECUTADO POR: Auditora Cristiane REVISADO POR: Auditor Revisor X LOCAL E DATA: 13/06/2016 Fonte: Dados elaborados pelo autor na execução da auditoria (2016) 20/06/2016 90 Quadro 26 - Plano de trabalho da movimentação dos funcionários – Confecção da folha EMPRESA DE AUDITORIA: CBTH AUDITORIA E CONSULTORIA CLIENTE: PADARIA E CONFEITARIA SETOR: RECURSOS HUMANOS OBJETO DE EXAME: MOVIMENTAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS ASSUNTO:CONFECÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO 01/2016 a 03/2016 PT N. 3.11 CONSTATAÇÕES: Foram analisados os extratos das folhas de pagamento do período de janeiro a março de 2016 e constatou-se que os valores e cálculos de origem estão corretos. Foram analisadas todas as ocorrências desse período, e contatou-se que teve uma rescisão contratual por inciativa do empregador com aviso trabalhado sem justa causa e término no mês que antecedeu a data base da categoria que é no mês de março, portanto, o funcionário tem indenização adicional no valor de um salário base e não tem direito ao dissidio conforme Lei 6.708/79 e Lei 7.238/84. Foram também conferidos os controles de jornada, realizado de forma manual e visualizou-se que os funcionários realmente não fazem horas extras e trabalham no seu horário normal conforme estabelecido no contrato de trabalho. Para os empregados que exercem atividade insalubre, a empresa paga adicional de insalubridade no grau médio de 20%, e também ATS para quem tem completos 05 anos de trabalho na empresa e salário família para o empregado que tem filhos menores de 14 anos de idade. O pagamento das verbas salariais é realizado nas dependências da empresa em espécie, em parcela única e até o quinto dia útil do mês subsequente ao fato gerador. Segue cálculos conferidos: JANEIRO/2016 FUNCION. 01 02 03 04 05 06 PROVENTOS 1054,00 942,21 731,25 1264,80 1285,88 880,00 Salário 1054,00 47,91 574,90 1054,00 1054,00 Insalubridade 114,98 210,80 210,80 Quinquênio 21,08 Salário Família 41,37 Férias 670,36 Diferença de férias 0,36 1/3 de férias 223,45 Diferença 1/3 de férias 0,12 INSS dif. Fér. Desc maior 0,01 Pró-labore 880,00 DESCONTOS 84,32 897,68 55,19 101,18 102,87 INSS 84,32 75,38 55,19 101,18 102,87 96,80 Adiantamento férias 822,30 Liquido a receber 969,68 44,53 676,06 1.163,62 1.183,01 783,20 fevereiro/2016 FUNCION. PROVENTOS Salário Insalubridade Quinquênio Salário Família Pró-labore Indenização adicional 13º rescisão Vantagens 13º Férias vencidas Férias Proporcionais 1/3 férias rescisão 01 1054,00 1054,00 02 718,63 718,63 03 731,25 574,90 114,98 04 4.497,08 119,46 05 1285,88 1054,00 210,80 21,08 06 880,00 41,37 880,00 1054,00 175,67 35,13 1054,00 439,17 421,60 07 456,73 456,73 91 Vantagens férias prop. Vantagens férias Venc 1/3 férias proporcionais Aviso prévio Vantagens do aviso DESCONTOS INSS rescisão INSS 13º rescisão INSS Liquido a receber MARÇO/2016 FUNCIONÁRIO PROVENTOS Salário Insalubridade Salário Família Férias Diferença de férias 1/3 de férias Diferença 1/3 de férias Pró-labore 13º rescisão Férias Proporcionais 1/3 férias rescisão Aviso prévio DESCONTOS INSS rescisão INSS 13º rescisão INSS Adiantamento férias Contribuição Sindical Liquido a receber 84,32 84,32 969,68 01 1.154,68 55,19 57,49 661,14 02 718,63 718,63 55,19 676,06 03 731,25 574,90 114,98 41,37 87,83 210,80 175,67 105,40 21,08 84,31 67,45 16,86 4.412,77 05 1.870,90 102,87 102,87 1.183,01 36,53 96,80 783,20 07 36,53 420,20 06 880,00 1.154,68 1285,88 122,83 428,63 33,56 880,00 288,67 769,79 256,60 115,47 163,19 101,61 23,09 38,49 2.422,02 89,22 81,45 1.728,59 130,86 62,98 60,46 92,37 96,80 26,24 698,06 20,99 715,70 168,38 1.525,08 35,13 142,31 38,49 1023,82 783,20 Conforme análise, constatou-se que a empresa está seguindo com a legislação vigente. Foram recalculados todos os valores e não há divergências. A empresa vem realizando corretamente todos os pagamentos a seus empregados EXECUTADO POR: Auditora Cristiane REVISADO POR: Auditor Revisor X LOCAL E DATA: 13/06/2016 20/06/2016 Fonte: Dados elaborados pelo autor na execução da auditoria (2016) 92 Quadro 27 - Plano de trabalho da movimentação dos funcionários – Guias de pagamento EMPRESA DE AUDITORIA: CBTH AUDITORIA E CONSULTORIA PT N. CLIENTE: PADARIA E CONFEITARIA SETOR: RECURSOS HUMANOS 3.12 OBJETO DE EXAME: MOVIMENTAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS ASSUNTO: GUIAS DE PAGAMENTO (INSS, FGTS E CONTRIBUIÇÕES SINDICAIS) CONSTATAÇÕES: As contribuições ao INSS estão de acordo com as tabelas vigentes disponibilizadas pela Previdência Social. De acordo com a Legislação, essa obrigação de repasse aos órgãos competentes deve ser feita até o dia 20 do mês subsequente ao fato gerador, ou no 1º dia útil anterior ao vencimento. Foram revisadas as guias de GPS e as mesmas estão de acordo com as regras. Examinou-se as guias de FGTS, as quais devem ser pagas até o dia 07 do mês seguinte ao movimento, e ambas estão de acordo. Quanto a contribuição Sindical prevista em Constituição Federal, e abrangidas nos artigos 578 e 579 da CLT, torna obrigatório o desconto de 1 dia do salário de todos os empregados. A empresa realizou o devido desconto e se tornou o responsável pelo repasse do valor, o qual foi realizado através de guia GRCSU até o seu vencimento que ocorreu no dia 29 de abril do corrente ano. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Com a análise, observou-se que a empresa mantem um rígido controle dos pagamentos de impostos e contribuições, o que facilita o controle dos encargos. Todos os pagamentos estão coerentes com os valores encontrados na folha de pagamento e dentro do prazo de vencimento. EXECUTADO POR: Auditora Cristiane REVISADO POR: Auditor Revisor X LOCAL E DATA: 13/06/2016 20/06/2016 Fonte: Dados elaborados pelo autor na execução da auditoria (2016) 93 Quadro 28 - Plano de trabalho da movimentação dos funcionários - Férias EMPRESA DE AUDITORIA: CBTH AUDITORIA E CONSULTORIA CLIENTE: PADARIA E CONFEITARIA SETOR: RECURSOS HUMANOS OBJETO DE EXAME: MOVIMENTAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS ASSUNTO: FÉRIAS PT N. 3.13 CONSTATAÇÕES: Constatou-se em análise feita, que as férias são concedidas após o momento em que o empregado adquiriu o direito a elas e são de forma integral, ou seja, 30 dias corridos de gozo, obedecendo o limite máximo para a concessão que a legislação permite. No período abrangido pela Auditoria, observou-se que dois empregados estiveram em período de férias, as quais foram de 30 dias de gozo, com o aviso assinado e comunicado para o empregado com 30 dias de antecedência. O pagamento das férias realizou-se dois dias antes ao funcionário entrar de férias. A única falha encontrada é a falta de anotação no livro de Registro de Empregados e na CTPS do funcionário, o que pode causar problemas futuros em caso de perda do sistema operacional ou em fiscalizações do MTE. Foram recalculadas as férias e estão de acordo com suas remunerações com o adicional de 1/3 Constitucional de férias. Como ocorreu aumento no salário após o pagamento das férias, pagou-se a diferença ao empregado no momento do fechamento da folha de pagamento do mês. Portanto, está de acordo com as regras vigentes até o momento. Segue o período aquisitivo e o período de gozo das férias dos dois empregados no período: Funcionário 02 05 Período aquisitivo 02/05/2014 a 01/05/2015 09/04/2015 a 08/04/2016 Período de gozo 30/12/2015 a 28/01/2016 01/03/2016 a 30/03/2016 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Constatou-se que os procedimentos adotados para a concessão e pagamento das férias estão corretos, apenas falhas encontradas na falta de anotação no livro de Registros de Empregados e na CTPS. Recomenda-se a empresa observar e realizar o controle no livro e a carteira de trabalho de cada funcionário no momento do afastamento temporário por motivo de férias. EXECUTADO POR: Auditora Cristiane LOCAL E DATA: 13/06/2016 Fonte: Dados elaborados pelo autor na execução da auditoria (2016) REVISADO POR: Auditor Revisor X 20/06/2016 Quadro 29 - Plano de trabalho da movimentação dos funcionários – 13º salário EMPRESA DE AUDITORIA: CBTH AUDITORIA E CONSULTORIA PT N. CLIENTE: PADARIA E CONFEITARIA SETOR: RECURSOS HUMANOS 3.14 OBJETO DE EXAME: MOVIMENTAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS ASSUNTO: 13º SALÁRIO CONSTATAÇÕES: No período abrangido pela presente Auditoria, não ocorreu o pagamento do 13º salário adiantado, apenas em rescisões contratuais que ocorreram. Foram recalculados os valores devidos aos funcionários proporcionalmente ao período de janeiro até a rescisão contratual, uma vez que o pagamento normal ocorre no mês de novembro e dezembro. Os valores encontrados estão de acordo com o que foi fago na rescisão. Portanto, a empresa vem pagando corretamente o valor, com todos os adicionais e vantagens que o funcionário possuiu. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Recomenda-se a empresa a continuar efetuando o pagamento de acordo com as normas vigente e também foi informado ao empregador que se por ventura quiser, a legislação permite fazer o adiantamento do 13º a todos os empregados a partir do mês de fevereiro de forma proporcional ao tempo de serviço, sendo a segunda parcela até o dia 20 de dezembro com o devido desconto dos encargos como INSS e IRRF. Sendo vedado qualquer outro desconto opcional dessa remuneração. EXECUTADO POR: Auditora Cristiane REVISADO POR: Auditor Revisor X LOCAL E DATA: 13/06/2016 20/06/2016 Fonte: Dados elaborados pelo autor na execução da auditoria (2016) 94 Quadro 30 - Plano de trabalho da movimentação dos funcionários – Livro inspeção do trabalho EMPRESA DE AUDITORIA: CBTH AUDITORIA E CONSULTORIA CLIENTE: PADARIA E CONFEITARIA SETOR: RECURSOS HUMANOS OBJETO DE EXAME: MOVIMENTAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS ASSUNTO: LIVRO DE INSPEÇÃO DO TRABALHO PT N. 3.15 CONSTATAÇÕES: O Livro de Inspeção do Trabalho é obrigatório para todas as pessoas jurídicas e equiparadas, conforme Portaria METPS 3.158/1971 e o mesmo deve permanecer no estabelecimento à disposição da fiscalização do Ministério do Trabalho, nos termos estabelecidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas. Constatou-se que a empresa possui o Livro, porém não contém nenhuma anotação por parte do órgão fiscalizador, uma vez que nunca foi fiscalizado. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Conclui-se que a empresa cumpre com seu dever mantendo o livro de inspeção a disposição do Ministério do trabalho em possível fiscalização. EXECUTADO POR: Auditora Cristiane REVISADO POR: Auditor Revisor X LOCAL E DATA: 13/06/2016 20/06/2016 Fonte: Dados elaborados pelo autor na execução da auditoria (2016) Quadro 31 - Plano de trabalho da movimentação dos funcionários – Quadro de horários EMPRESA DE AUDITORIA: CBTH AUDITORIA E CONSULTORIA CLIENTE: PADARIA E CONFEITARIA SETOR: RECURSOS HUMANOS OBJETO DE EXAME: MOVIMENTAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS ASSUNTO: QUADRO DE HORÁRIO DE TRABALHO PT N. 3.16 CONSTATAÇÕES: Foi consultado o empregador da existência de quadro de horários disponíveis aos funcionários e de forma visível, o qual nos informou que tem juntamente com o cartão ponto manual existe um informativo em folha A4 colocado no Mural à disposição dos empregados e para fins de fiscalização por parte do MTE. Foi argumentado o empregador qual seria o horário de trabalho dos empregado e o mesmo nos passou o seguinte quadro: FUNCIONÁRIO HORÁRIO CARGO 01 08:00 AS 12:00 e das 14:00 AS 17:20 Atendente de Padaria 02 15:00 AS 17:30 e das 17:45 AS 20:00 Atendente de Padaria 03 15:00 AS 17:30e das 17:45 AS 20:00 Aux. Confeitaria 04 08:00 AS 12:00 e das 14:00 AS 17:20 Auxiliar de padaria 05 16:00 as 20:00 Padeiro 06 Turno integral Padeiro sócio 07 08:00 as 12:00 e das 14:00 as 17:20 Atendente de Padaria Constatou-se que os empregados trabalham de acordo com o permitido na legislação, alguns com carga horária reduzida, outros integral de segunda a sábado dentro dos horários estipulados, não excedendo essa. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES A empresa cumpre com sua obrigação de deixar visível o quadro de horário de seus empregados, evitando transtornos dessa forma. Recomenda-se a empresa a continuar mantendo esse quadro visível e atualizado constantemente. EXECUTADO POR: Auditora Cristiane REVISADO POR: Auditor Revisor X LOCAL E DATA: 13/06/2016 Fonte: Dados elaborados pelo autor na execução da auditoria (2016) 20/06/2016 95 Quadro 32 - Plano de trabalho da movimentação dos funcionários – Comunicação acidente de trabalho EMPRESA DE AUDITORIA: CBTH AUDITORIA E CONSULTORIA CLIENTE: PADARIA E CONFEITARIA SETOR: RECURSOS HUMANOS OBJETO DE EXAME: MOVIMENTAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS ASSUNTO: COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO PT N. 3.17 CONSTATAÇÕES: Em entrevista despadronizada, consultou-se a empresa se houve acidente de trabalho no período em questão, a qual informou que não houve nenhum tipo de acidente de trabalho. Constatou-se que a empresa fornece EPI´s (equipamentos de proteção individual) para fins de prevenção de acidentes com o aquecimento dos fornos da padaria. Porém a empresa não dispõe de Laudos técnicos e medidas preventivas para diminuir os riscos de Acidentes, uma vez que trabalha em local insalubre e perigoso de explosão. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Recomenda-se que a empresa contrate uma assessoria para fins de medidas preventivas, e que faça os programas de segurança da medicina ocupacional. E que se, por ventura, ocorrer algum tipo de acidente de trabalho, deverá informar a CAT (comunicado de acidente de trabalho) em até 24 horas após o ocorrido. EXECUTADO POR: Auditora Cristiane REVISADO POR: Auditor Revisor X LOCAL E DATA: 13/06/2016 20/06/2016 Fonte: Dados elaborados pelo autor na execução da auditoria (2016) Quadro 33 - Plano de trabalho do desligamento de colaborador - Aviso prévio EMPRESA DE AUDITORIA: CBTH AUDITORIA E CONSULTORIA CLIENTE: PADARIA E CONFEITARIA SETOR: RECURSOS HUMANOS OBJETO DE EXAME:DESLIGAMENTO DO COLABORADOR ASSUNTO: AVISO PRÉVIO PT N. 4.1 CONSTATAÇÕES: No decorrer da análise, constatou-se que no período em que se realiza a auditoria houve duas rescisões contratuais por iniciativa da empresa, com aviso prévio trabalhado de 30 dias, com redução de 7 dias no final do aviso, ou seja, o empregado trabalhou somente 23 dias do aviso. O aviso foi dado com 30 dias de antecedência e começou a contar a partir do dia seguinte ao comunicado formalmente comunicado assinado pelo empregado e empregador. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES A empresa cumpre com a legislação vigente no tocante as rescisões de contrato de trabalho, já buscando se adaptar com o e-social que está por vir. Orienta-se apenas a empresa a sempre comunicar o empregado formalmente e solicitar o seu ciente no aviso prévio. Caso o empregado se negar a assinar o aviso, solicite a assinatura de testemunhas. EXECUTADO POR: Auditora Cristiane REVISADO POR: Auditor Revisor X LOCAL E DATA: 13/06/2016 20/06/2016 Fonte: Dados elaborados pelo autor na execução da auditoria (2016) 96 Quadro 34 - Plano de trabalho do desligamento de colaborador - Demissão EMPRESA DE AUDITORIA: CBTH AUDITORIA E CONSULTORIA CLIENTE: PADARIA E CONFEITARIA SETOR: RECURSOS HUMANOS OBJETO DE EXAME: DESLIGAMENTO DO COLABORADOR ASSUNTO: DEMISSÃO DE FUNCIONÁRIOS PT N. 4.2 CONSTATAÇÕES: Buscou-se o motivo que originou as demissões ocorridas no período, e constatou-se que foi sem justa causa, ou seja , por iniciativa do empregador, o qual não necessitou mais dos seus serviços dos demitidos. Confrontando o termo de rescisão do contrato de trabalho e documentos adicionais com as informações enviadas em SEFIP, constatou-se que ambas estão de acordo com o aviso prévio, liberando dessa forma o FGTS ao empregado , juntamente com o formulário do seguro desemprego, pois uma dispensa sem justa causa, libera esses direitos ao trabalhador. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES De acordo com a análise realizada, a empresa cumpre com suas obrigações no que tange a demissão dos empregados. Orienta-se a empresa a continuar com o compromisso de realizar adequadamente a demissão, pois uma demissão mal formulada poderá causar transtornos futuros. EXECUTADO POR: Auditora Cristiane REVISADO POR: Auditor Revisor X LOCAL E DATA: 13/06/2016 20/06/2016 Fonte: Dados elaborados pelo autor na execução da auditoria (2016) Quadro 35 - Plano de trabalho do desligamento de colaborador – Exame médico demissional EMPRESA DE AUDITORIA: CBTH AUDITORIA E CONSULTORIA CLIENTE: PADARIA E CONFEITARIA SETOR: RECURSOS HUMANOS OBJETO DE EXAME: DESLIGAMENTO DO COLABORADOR ASSUNTO: EXAME MÉDICO DEMISSIONAL PT N. 4.3 CONSTATAÇÕES: Foram verificados os exames demissionais que estão anexos nas rescisões dos empregados, e constatou-se que foi realizado antes do término da rescisão, para fins de se certificar que estão aptos a serem demitidos. Ambos estão assinados e carimbados pelo médico do trabalho que realizou o exame e também pelo empregado que afirmou serem verdadeiras as informações nele contidas. O pagamento do exame é ônus da empresa, e para isso tem o recibo do pagamento para comprovar que de fato foi. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES A empresa vem realizando corretamente os exames demissionais com o intuito de prevenir problemas futuros. Portanto, esta isenta de irregularidades nesse caso, se prevenindo para novas mudanças que poderão ocorrer com o e-social. Recomenda-se continuar com os procedimentos adotados. EXECUTADO POR: Auditora Cristiane REVISADO POR: Auditor Revisor X LOCAL E DATA: 13/06/2016 20/06/2016 Fonte: Dados elaborados pelo autor na execução da auditoria (2016) 97 Quadro 36 - Plano de trabalho do desligamento de colaborador – Calculo verbas rescisórias EMPRESA DE AUDITORIA: CBTH AUDITORIA E CONSULTORIA CLIENTE: PADARIA E CONFEITARIA SETOR: RECURSOS HUMANOS OBJETO DE EXAME: DESLIGAMENTO DO COLABORADOR ASSUNTO: CALCULO DAS VERBAS RESCISÓRIAS PT N. 4.4 CONSTATAÇÕES: Conferidos os cálculos das rescisões que ocorreram no período, contatou-se que estão de acordo com os direitos dos empregados, seguindo os padrões exigidos pelo novo modelo do Ministério do Trabalho e Emprego. No termo de rescisão de contrato de trabalho estão descriminados claramente todas as verbas rescisórias a que o empregado teve direito, tais como: saldo de salário e vantagens, férias vencidas e proporcionais, 1/3º das férias, 13º proporcional, aviso prévio indenizado, indenizações adicionais, e os descontos legais, totalizando o liquido a receber. No verso do termo de rescisão de contrato de trabalho, esta o termo de quitação ou homologação conforme exigência do MTE. Segue o cálculo conferido das rescisões que ocorreram no período em questão: FUNCIONÁRIO 04 VALORES FUNCIONÁRIO 01 VALORES DEMITIDO EM 17/02/2016 DEMITIDO EM 31/03/2016 Saldo de salário horas 597,27 Saldo de salário horas 1.154,68 Insalubridade 20% 119,46 13º salário (3/12 avos) 288,67 Indenização adicional 1054,00 Férias proporcionais(8/12) 769,79 13º salário( 2/12 avos) 210,80 1/3º das férias 256,60 Férias vencidas 1264,80 Aviso prév.indeniz.(3 dias) 115,47 Férias proporcionais(5/12) 527,00 DESCONTOS 1/3 das férias 597,27 INSS sobre rescisão 101,61 Aviso prév.indeniz.(3 dias) 126,48 INSS 13º salário 23,09 DESCONTOS Contribuição sindical 38,49 INSS sobre rescisão 67,45 INSS 13º salário 16,86 Liquido a receber 2.422,02 Liquido a receber 4.412,77 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES A empresa efetuou corretamente o calculo das verbas rescisórias, recolhendo a guia da multa dos 50% de FGTS já depositado mais o da rescisão, através da GRR, de acordo com as normas. EXECUTADO POR: Auditora Cristiane REVISADO POR: Auditor Revisor X LOCAL E DATA: 13/06/2016 Fonte: Dados elaborados pelo autor na execução da auditoria (2016) 20/06/2016 98 Quadro 37 - Plano de trabalho do desligamento de colaborador - Homologação EMPRESA DE AUDITORIA: CBTH AUDITORIA E CONSULTORIA CLIENTE: PADARIA E CONFEITARIA SETOR: RECURSOS HUMANOS OBJETO DE EXAME: DESLIGAMENTO DO COLABORADOR ASSUNTO: HOMOLOGAÇÃO PT N. 4.5 CONSTATAÇÕES: No período em que se fez a auditoria houve duas rescisões, das quais se analisou a documentação anexa, e se concluiu que ambas as rescisões foram homologadas no sindicato da categoria. Para esse fim, foram juntados todos os documentos necessários para a efetivação da rescisão do contrato de trabalho. Constatou-se que o Sindicato fez a devida comprovação da quitação das verbas rescisórias, com a assinatura e carimbo do agente responsável pela homologação, o empregado e o empregador também assinaram os termos, dando plena, geral e irrevogável quitação dentro do prazo previsto em Lei. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Concluímos que a empresa realizou corretamente todos os procedimentos cabíveis na demissão dos funcionários, portanto de acordo com o estipulado em Lei. EXECUTADO POR: Auditora Cristiane REVISADO POR: Auditor Revisor X LOCAL E DATA: 13/06/2016 20/06/2016 Fonte: Dados elaborados pelo autor na execução da auditoria (2016) 4.4 RELATÓRIO DE AUDITORIA Na sequência, apresenta-se o relatório da Auditoria Operacional de Recursos Humanos realizada no Departamento de Pessoal da Empresa Padaria, como documento formal do trabalho executado, conforme o Programa de Auditoria abrangendo o período de 01 de janeiro a 31 março de 2016. 99 4.4.1 Ofício de Encaminhamento Ilmo. Senhor Proprietário da Empresa Padaria NESTA Anexo, encaminhamos o Relatório de Auditoria Operacional de Recursos Humanos, relativo aos trabalhos realizados no Departamento de Pessoal de vossa Empresa, do período correspondente a 01 de janeiro a 31 de março de 2016, que abordou os processos de admissão, movimentação, manutenção e desligamento de seus funcionários. Estamos à disposição para maiores esclarecimentos eventualmente necessários à compreensão de seu conteúdo ou à eventuais dúvidas que possam surgir na interpretação do exposto. Ijuí , 15 de julho de 2016. Atenciosamente ________________________________________________ Cristiane Beatriz Theis Hoff Contadora CRCRS XX.XXX-X 100 CBTH AUDITORIA E CONSULTORIA CRCRS YY.YYY-Y ESCOPO DA AUDITORIA A Auditoria teve como foco o setor de Recursos Humanos da Empresa a Padaria e foi realizada no período de 01 de janeiro a 31 de março de 2016, com amostra de 100% de seus colaboradores, com o objetivo de avaliar o desempenho do Departamento responsável quanto a se o mesmo está atendendo as exigências da legislação trabalhista, previdenciária e do Ministério do Trabalho aplicável, de forma preventiva, com a chegada do mais novo “Sistema de Informações Sociais” em tempo real, denominado E-social, no sentido do cuidado com as normas, leis e procedimentos adotados no processo de admissão, registro, manutenção e desligamento de empregados, bem como a elaboração de folhas de pagamento, com seus recibos e documentos correlatos, bem como de guias de recolhimento de tributos e encargos sociais incidentes. Concluída a Auditoria, o resultado é exposto em relatório, apontando eventuais falhas e apresentando recomendações e/ou soluções quando necessário. 1 DOCUMENTAÇÃO DE ADMISSÃO 1.1 Exame médico O exame admissional de todos os empregados foi realizado e encontra-se anexo ao livro de registro de empregados que fica sob guarda do Escritório de Contabilidade. Os dados cadastrais dos empregados, preenchidos nos exames, estão de acordo e estão devidamente assinados pelo médico responsável pela avaliação e pelo empregado. No entanto, os exames não foram realizados dentro do prazo estipulado na legislação que é até o dia imediatamente anterior ao inicio das atividades, portanto, recomenda-se a empresa a sempre que admitir fazer os exames admissionais antes, e também dar seguimento no acompanhamento da saúde de seu trabalhador realizando os exames periódicos. 1.2 Contrato de Trabalho 101 Verificou-se todos os contratos de trabalho de trabalhadores ativos no período auditado, e constatou-se que todos estão de acordo com o que permite a legislação, pois foram contratados por experiência de 30 dias e prorrogados por mais 60 dias, devidamente assinados pelo empregado e empregador, com cláusulas especificas de jornadas de trabalho, horário de trabalho, autorizações de descontos se necessário, vigência do contrato além de outras pertinentes. Estão todos em poder do Escritório de Contabilidade, no setor de recursos Humanos. 1.3 Livro de registros Verificado o livro de registro de empregados e seu preenchimento, foram constatadas irregularidades quanto às atualizações salariais, férias, possíveis mudanças de funções, contribuições sindicais; o livro só fora atualizado dos empregados desligados. Os dados obrigatórios nas admissões foram praticamente todos preenchidos, faltando apenas de alguns o endereço de residência. Todos os registros constantes no livro estão assinados pelo empregado. Como recomendação, sugere-se que o empregador solicite ao Escritório, mais especificamente, o setor de Pessoal, para fazer as atualizações na medida em que ocorrem os fatos, para não correr risco de autuações por órgão fiscalizador. 1.4 Carteira de trabalho e livro de registros Analisadas as carteiras de trabalho dos empregados ativos, constatou-se que estão desatualizadas, pois não constam alterações salariais, nem as férias gozadas e contribuições sindicais. Recomenda-se que a empresa encaminhe as carteiras de trabalho ao setor de Departamento de Pessoal do Escritório para fazer as devidas atualizações e solicite também as atualizações no livro de registro de empregados, para ambos documentos estarem atualizados de acordo com as alterações que ocorrem. 102 1.5 Comprovante de entrega e devolução da CTPS Constatou-se que a empresa não tem nenhum controle de entrega e devolução da carteira de trabalho de seu colaborador. Dessa forma, não teria como provar a devolução da carteira em 48 horas conforme determina da Lei. Recomenda-se que a empresa tome a iniciativa de fazer um rígido controle nessa questão, uma vez que a legislação pune a empresa que retém a carteira de seu empregado por mais de 48 horas. 1.6 Termo de responsabilidade para concessão do salário família Foi verificada a existência do Termo de Responsabilidade para o pagamento do salário família do único colaborador que tem o direito ao benefício, e o mesmo se encontra anexo ao contrato de trabalho e devidamente assinado pelo empregado, o que afirma serem verdadeiras as informações contidas, assumindo as penalidades previstas em Lei caso serem falsas. Portanto, a empresa cumpre com o seu dever. 1.7 Solicitação de vale transporte Foi constatado que nenhum trabalhador necessita do vale transporte, pois tem seus próprios veículos ou residem próximo ao local de trabalho. 2 MOVIMENTAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS 2.1 Exame periódico Foi verificado que nenhum dos empregados realizou os exames periódicos no período. Dessa forma, a empresa não cumpre com sua obrigação que é ter conhecimento da aptidão do empregado para desempenhar suas funções, uma vez que seus colaboradores estão expostos em local insalubre. Como sugestão, orienta-se que a empresa, regularize essa exigência imediatamente, fazendo a solicitação de exames periódicos de seus colaboradores para saber se continuam aptos a desempenhar suas atividades normalmente, para não ser autuado por órgão 103 fiscalizador e também para se adequar a fiscalização virtual que acontecerá com a chegada do E-social. 2.2 Atribuição salarial dos funcionários No período abrangido pela Auditoria, verificou-se a coerência na atribuição salarial de seus empregados, uma vez que, seguem o piso estipulado em convenção coletiva da categoria de forma proporcional a carga horária desempenhada e as vantagens de acordo com o tempo de serviço. Portanto, dentro dos conformes que a legislação exige. 2.3 Ponto eletrônico ou mecânico Foi constatado que a empresa possui um controle de horário de trabalho manual de seus empregados, dentro da normalidade. Porém, como sugestão, a empresa deveria adquirir um relógio ponto mecânico ou digital para não correr o risco de sofrer alterações. 2.4 Verbas extra salário A empresa auditada não repassa verbas extra salário para nenhum funcionário no período em análise, portanto, está de acordo com o que rege a Lei que regulamenta esses aspectos. 2.5 Serviços de autônomo No período abrangido pela Auditoria , verificou-se que não teve nenhuma prestação de serviços de autônomos. 2.6 RAIS. CAGED e SEFIP Verificou-se que o Escritório de Contabilidade informou todas as declarações dentro do prazo estipulado, evitando dessa forma multas e estão arquivadas juntamente com outros documentos da empresa. 104 Constatou-se que as informações enviadas ao CAGED e na SEFIP estão de acordo com as movimentações do período. Portanto, não foram encontradas irregularidades nas declarações emitidas. 2.7 PPP, PCMSO, PPRA e ITCAT Contatou-se que a empresa não tem nenhum controle de acompanhamento da saúde ocupacional de seu trabalhador a partir de sua admissão. A empresa não possui os Laudos exigidos pela NR 7, tais como o PCMSO, PPRA E LTCAT. Recomenda-se que a empresa contrate alguma prestadora de serviço devidamente autorizada para emitir esses Laudos que são exigidos em Lei. Nesse mesmo momento, comece a fazer o controle da vida ocupacional de seus empregados, pois na medida em que entrar em vigor o E-social, estará automaticamente autuado pela sua falta. 2.8 Direito dos colaboradores Com base na importância dos Laudos da Medicina ocupacional, o único problema encontrado é a falta deste para definir o grau de insalubridade ou periculosidade. No entanto, orientou-se a empresa a cumprir com essa obrigação. No restante, os itens em análise nesse ponto estão de acordo com as normas. Após análise, constatou-se que a empresa não faz nenhum tipo de desconto facultativo. Os únicos descontos são os previstos em Lei. Portanto, esta dentro das Normas exigidas. 2.10 Descontos legais (INSS, IRRF E CONTRIBUIÇÃO SINDICAL) Os descontos legais estão sendo realizados de acordo com as tabelas vigentes. A contribuição sindical é anual e no mês de março, e esta de acordo com o valor estipulado na legislação. Quanto ao desconto do IRRF, constatou-se que nenhum trabalhador atingiu renda suficiente para ter o desconto, portanto, tornando-se isento da contribuição. 2.11 Confecção da folha de pagamento 01/2016 a 03/2016 Foram revisados todos os cálculos da folha de pagamento do período abrangido pela Auditoria, e não encontrou-se nenhuma irregularidade nos valores. Verificou-se que houve 105 duas rescisões no período e contatou-se que a empresa vem realizando corretamente o pagamento a seus empregados. 2.12 Guias de pagamento (INSS, FGTS e contribuições sindicais) Os descontos de INSS estão sendo feitas com base na tabela vigente disponibilizada pela Previdência social. As guias de pagamento desse imposto estão de acordo com os descontos realizados, e pagos dentro do seu prazo de validade original. Constatou-se que o FGTS esta sendo recolhido corretamente de acordo com o percentual estipulado e dentro do prazo legal. Quanto ao pagamento da guia de contribuição sindical, esta conforme o desconto em folha, ou seja, um dia de salário de cada empregado, e dentro do prazo de validade original. 2.13 Férias No período abrangido pela Auditoria, observou-se que dois empregados estiveram em período de férias, as quais foram de 30 dias de gozo, com o aviso assinado e comunicado para o empregado com 30 dias de antecedência. O pagamento das férias realizou-se dois dias antes ao funcionário entrar de férias. Porém, foi constatada a falta de anotação no livro de registro de empregados e na carteira de trabalho do trabalhador. Sugere-se a empresa a solicitar ao setor de recursos Humanos do escritório de contabilidade a fazer as devidas atualizações o mais breve possível para evitar transtornos futuros. 2.14 13º salário No período abrangido pela presente Auditoria, não ocorreu o pagamento do 13º salário adiantado, apenas em rescisões contratuais que ocorreram. Foram recalculados os valores devidos aos funcionários proporcionalmente ao período de janeiro até a rescisão contratual, uma vez que o pagamento normal ocorre no mês de novembro e dezembro. Não foram encontradas irregularidades. 106 2.15 Livro de inspeção do trabalho Verificou-se que a empresa mantém a disposição do ministério do Trabalho o seu Livro de Inspeção do trabalho para possível fiscalização que possa vir a ocorrer conforme Portaria METPS 3.158/1971. Portanto, a empresa cumpre com a legislação trabalhista nesse ponto. 2.16 Quadro de horário de trabalho Verificou-se que a empresa mantém atualizado o quadro de horário de seus empregados em local apropriado e visível, dessa forma a disposição de seus empregados e do Ministério do Trabalho em possível fiscalização. Constatou-se que os empregados trabalham de acordo com o permitido na legislação, alguns com carga horária reduzida, outros integral de segunda a sábado dentro dos horários estipulados, não excedendo essa. Recomenda-se a empesa a continuar mantendo visível e atualizado o quadro de horários de todos os colaboradores sempre que tiver alterações. 2.17 Comunicação de acidente de trabalho No período abrangido pela Auditoria não houve nenhum tipo de acidente de trabalho, porém a empresa não tem Laudos técnicos e medidas preventivas para diminuir os riscos de Acidentes, mas fornece EPI’s a todos seus empregados expostos a riscos. Recomenda-se a empresa como medida cautelosa a fazer de imediato os Laudos específicos de medidas preventivas para reduzir os riscos, pois até o momento esta irregular com as exigências da legislação, passível a multas por parte de órgãos fiscalizadores. 3 DESLIGAMENTO DE EMPREGADO 3.1 Aviso prévio No decorrer da análise, constatou-se que no período em que se realiza a auditoria houve duas rescisões contratuais por iniciativa da empresa, com aviso prévio trabalhado de 30 dias, com redução de 7 dias no final do aviso, ou seja, o empregado trabalhou somente 23 dias do aviso. 107 O aviso foi dado com 30 dias de antecedência e começou a contar a partir do dia seguinte ao comunicado formalmente assinado pelo empregado e empregador. Todos os procedimentos adotados estão de acordo com as exigências da legislação. 3.2 Demissão de funcionários Buscou-se o motivo que originou as demissões ocorridas no período, e constatou-se que foi sem justa causa, ou seja , por iniciativa do empregador, o qual não necessitou mais dos serviços dos demitidos. Diante dos fatos, a empresa esta de acordo com a legislação, uma vez que não esta obrigado a manter em seu quadro de funcionários os colaboradores demitidos e nenhum possuiu nenhum tipo de estabilidade provisória. 3.3 Exame médico demissional Verificou-se que os atestados demissionais estão arquivados juntamente com a rescisão contratual. Todos estão devidamente assinados e carimbados pelo médico responsável pela avaliação e dentro das normas vigentes. 3.4 Cálculo das verbas rescisórias Conferidas as rescisões contratuais e constatou-se que estão dentro da normalidade, com os valores corretos aos direitos dos empregados. Os valores de férias, 13º salário, vantagens, aviso prévio estão devidamente relacionados no termo de rescisão. A Multa do FGTS está de acordo com o valor do FGTS já depositado e somado ao mês da rescisão. Constatou-se dessa forma que, a empresa vem seguindo a orientação da legislação. 3.5 Homologação da Rescisão No período em que ocorreu a Auditoria houve duas rescisões das quais se analisou a documentação anexa, e se concluiu que ambas as rescisões foram homologadas no sindicato da categoria. Para esse fim, foram juntados todos os documentos necessários para a efetivação da rescisão do contrato de trabalho. Constatou se que o Sindicato fez a devida comprovação da quitação das verbas rescisórias, com a assinatura e carimbo do agente responsável pela homologação, o empregado e o empregador também assinaram os termos, dando plena, geral 108 e irrevogável quitação dentro do prazo previsto em Lei. Conclui-se que a empresa adotou os procedimentos corretos no desligamento dos colaboradores. 4 CONCLUSÃO DOS TRABALHOS Realizada a Auditoria de Recursos Humanos no Departamento de da Padaria, constatou-se algumas falhas e/ou irregularidades nos controles e procedimentos adotados pela empresa e pelo Escritório de Contabilidade encarregado dos serviços contábeis da empresa no momento da admissão, movimentação e/ou demissão de colaboradores, decorrentes de insuficiências de controles internos, os quais estão devidamente relatados. Tais procedimentos devem ser regularizados ou melhorados para não ter problemas decorrentes com fiscalizações imediatas no momento em que iniciará o sistema de escrituração Digital das obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas (e Social). Recomenda-se que sejam realizadas todas as observações constantes no Relatório de Auditoria e que sejam executadas as devidas recomendações, de forma que inicie uma cautelosa medida de ajuste de conduta mediante as irregularidades encontradas. Todas as orientações elencadas no relatório devem ser seguidas conforme a legislação trabalhista, previdenciária em vigor são rigorosas e podem trazer transtornos que vão desde advertências até multas pecuniárias. Para prevenir autuações com a Escrituração Digital, recomenda-se a atualização trabalhista de forma permanente de todo o pessoal envolvido nas rotinas trabalhistas e previdenciárias da empresa. Colocamo-nos à disposição da empresa e do Escritório de Contabilidade para eventuais esclarecimentos que se fizerem necessários quanto ao entendimento de toda a legislação elencada no relatório de Auditoria, bem como em outras situações em que a empresa necessite de orientações ou esclarecimentos adicionais. Ijuí (RS), 15 de julho de 2016. Cristiane Beatriz Theis Hoff Auditora Responsável CRCRS XX.XXX.X CBTH AUDITORIA E CONSULTORIA CRCRS YY.YYY- 109 CONCLUSÃO A Auditoria, em muitos aspectos, vem contribuindo com o gestor da empresa auditada para a verificação de possíveis falhas que ocorrem em determinados setores, principalmente no de Recursos Humanos, que por muitos motivos podem causar transtornos maiores por se tratar de uma área que abrange todos os colaboradores, e por isso, muito suscetível à reclamatórias trabalhistas e mesmo de intervenções da área fiscal concernentes a aspectos trabalhistas, tributários e sociais. Nesse sentido, ela se torna importante ferramenta para se ter uma fiscalização interna preventiva, com o objetivo de evitar problemas com órgão públicos fiscalizadores e da justiça do trabalho. Tem o principal foco, averiguar equívocos e prevenir falhas e/ou erros que possam ter ocorrido sem que se tivesse uma solução ou conhecimento dos fatos preventivamente. Ao concluir este trabalho de conclusão de curso na área da Auditoria, confirma-se a sua necessidade e importância, pois através dela, observou-se algumas falhas na empresa Padaria, as quais não haviam sido corrigidas ao longo do tempo, e que em uma fiscalização externa do Ministério do Trabalho ou da Previdência Social, a aplicação de multa seria certa. Todas as empresas necessitam de conhecimentos específicos para fazer uma boa administração de seu pessoal. Para isso, é preciso ter um acompanhamento na legislação, que muda constantemente. Para esse fim, o trabalho de conclusão de curso, abordou uma atualização trabalhista preventiva, a qual deverá ser seguida e acompanhada para se ter um bom andamento nos processos operacionais no setor de Recursos Humanos para não sofrer punições com a chegada do e-Social e mesmo de eventuais reclamatórias trabalhistas na Vara do Trabalho de parte de algum colaborador que vier a ser demitido e entender que tenha algo que lhe foi sonegado em termos de direitos trabalhistas e/ou sociais ao longo de sua jornada de trabalho. Este trabalho foi efetuado na Empresa denominada de a Padaria, do ramo de produtos alimentícios, no período de 1/01/2016 á 31/03/2016, onde foi aplicado um programa de auditoria operacional de recursos humanos para verificar como estão sendo praticadas as rotinas trabalhistas e previdenciárias e se os mesmos estão em acordo com a legislação vigente. O objetivo foi completamente alcançado, uma vez que verificou-se divergências em alguns aspectos com a legislação em vigor e para isso foram elaboradas recomendações e sugestões para a empresa corrigir as falhas encontradas. 110 O trabalho foi realizado mediante pesquisas em documentos fornecidos pela empresa e pelo Escritório Contábil encarregado dos serviços contábeis e correlatos da empresa, para fazer o levantamento de dados, e baseou-se em pesquisas bibliográficas e na legislação trabalhistas e previdenciárias. Concluindo, após finalizado este estudo, pode-se afirmar que foi gratificante para a autora, onde todos os objetivos foram alcançados plenamente. Outro aspecto a considerar-se, principalmente para empresários e para os profissionais da Contabilidade, é extremamente necessário se fazer uma atualização constante, pois o que vale hoje, em termos de legislação, poderá amanhã ser diferente. Como autora, obtive satisfação pessoal e profissional, uma vez que se trata de assunto do qual me traz um aprendizado favorável no ramo de atuação profissional. Muitas coisas ainda são necessárias para uma atuação profissional competente, mas certamente o primeiro passo foi dado; resta agora continuar estudando e principalmente, praticando outras áreas do campo profissional, pois a Contabilidade proporciona um amplo campo de atuação e todos eles requerem muito aprendizado e em especial muita aplicação prática para se obter o maior êxito profissional possível. 111 REFERÊNCIAS ÁTTIE, William. Auditoria: conceitos e aplicações. 6ª ed. Ed. Atlas: São Paulo. 2011.674 p. BASSO, Irani Paulo. Contabilidade geral básica. 4. ed. Ed Unijuí: Ijuí. 2011, 376 p. BASSO, Irani Paulo. Iniciação à Auditoria. 3ª ed. revisada Ed. Unijui: Ijui. 2005,374 p. BEUREN, Ilse Maria. Como elaborar trabalhos monográficos em contabilidade: Teoria e prática. Ed. atlas: São Paulo, 2004.195 p. 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