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Unidade Barreiros
Professor:
Fábio Will
Data da Prova:
Disciplina:
Época:
FILOSOFIA
RESUMO MENSAL I
Aluno(a):
Série:
2º Ano
Turma:
Nota:
REVISÃO MENSAL I – SOFISTAS X FILÓSOFOS
Os sofistas
Conforme nos reporta Platão, a profissão de sofista foi criada por Protágoras, discípulo de
Demócrito. Sofistas foram um tipo especifico de professor na Grécia antiga e no império romano, que
deveriam ensinar a arete, termo grego que traduz o conceito de "excelência" ou "virtude", aplicado a áreas
como música, política, matemática e atleticismo. Entre os principais sofistas conhecidos estão Protágoras,
Górgias, Pródico, Hípias, Trasímaco, Antifonte e Crátilo.
O termo "sofista" tem sua origem no idioma grego, a partir da palavra "sophistēs", derivada de
"sophia" e "sophos", significando "sabedoria" e "sábio" respectivamente. O termo Sophistēs foi
originalmente utilizado por Homero, para descrever alguém habilidoso em uma determinada atividade.
Com o tempo a palavra passou a designar a sabedoria nos assuntos tipicamente humanos, em oposição aos
assuntos da natureza, até chegar a designar um tipo especifico de profissional, o sofista.
Embora os sofistas não sejam considerados filósofos pela tradição, sua importância se dá na medida
em que estão entre os primeiros a desafiar a ideia de que a sabedoria seria recebida dos deuses, baseandose na hipótese de que, assim como nas atividades físicas, a prática da virtude, por meio da retórica e da
oratória, poderia melhorar os estudantes, tornando-os mais sábios e virtuosos.
O foco de seus ensinamentos era prático, direcionado a estratégias de argumentação e oratória, para
que os estudantes atingissem o ápice da excelência em suas atividades, independente de quais fossem estas
atividades.
Como os sofistas são conhecidos por meio das criticas de seus oponentes, alguns elementos de suas
posições são difíceis de se confirmar. Uma das principais criticas aos sofistas era a de que sua posição
baseava-se apenas em verossimilhança, quando um argumento parece verdadeiro, mesmo que não o seja.
O objetivo dos sofistas seria, pela visão de filósofos como Aristóteles, apenas o de vencer o debate, sem
preocupar-se com a busca pela verdade. Por esta razão, a expressão "sofisma" existe hoje para identificar
uma argumentação rebuscada, porém sem fundamentação sólida.
Como foi o primeiro sofista, a posição relativista atribuída a Protágoras é normalmente identificada
como a posição geral que iniciou o movimento, que se tornaria a profissão de sofista.
Protágoras é lembrado pela controvérsia acerca de sua afirmação "o homem é a medida de todas as
coisas", aparentemente manifestando uma forma de relativismo, o que era repudiado por filósofos como
Platão e Aristóteles, seus maiores críticos. Como aconteceu com a maioria dos filósofos pré-socráticos, as
citações de Protágoras sobreviveram sem o contexto no qual foram apresentadas, o que mantém abertas as
possibilidades de interpretações diferentes. Uma destas interpretações possíveis para a afirmação de
Protágoras é a de que o uso da palavra "chremata", significando "coisas usadas", ao invés da palavra mais
geral "onta", que significaria "entidades", para se referir ao que é traduzido como "coisas", indica que
Protágoras não falava da realidade objetiva do mundo como um todo, mas daquelas coisas especificas dos
seres humanos.
Desta forma entende-se que os sofistas não davam atenção a busca pela compreensão da natureza,
do universo e da origem dos objetos do mundo, pois concentravam seus esforços na demonstração de que
seriam capazes de tornar os estudantes melhores nas atividades humanas que poderiam auxiliá-los a
prosperar na sociedade grega.
Era comum que sofistas viajassem em grupos pelas cidades gregas e romanas, para assim poderem
realizar elaborados discursos e acalorados debates públicos, demonstrando suas habilidades na expectativa
de atrair estudantes para suas escolas. Em particular, nobres, homens de estado e jovens que pudessem
pagar pelos estudos. Os sofistas foram muito criticados por Platão e Aristóteles por só ensinarem aos que
podiam pagar pela educação.
Os Pré-Socráticos
Como o nome implica, os filósofos pré-socráticos, cuja linhagem inicia em torno do século VI a.C.
Na Grécia Antiga, são aqueles que surgiram antes do desenvolvimento dos trabalhos de Sócrates, mestre
de Platão. Estes filósofos não apenas são agrupados por uma data, mas por uma linha de desenvolvimento
de seu trabalho, esta linha de pensamento, ou corrente filosófica, é frequentemente referida como Filosofia
Pré-Socrática.
De fato, alguns filósofos da corrente pré-socrática são contemporâneos e até mesmo posteriores a
Sócrates, a divisão se dá na medida em que Sócrates, pelo que nos dá a conhecer Platão, alterou o curso da
filosofia em uma direção mais voltada para a ética e a política.
Iniciando com Tales de Mileto, a quem Aristóteles considerou o primeiro filósofo, os pré-socráticos
foram os responsáveis pela primeira empreitada no sentido de afastar a explicação da natureza da visão
mítica de mundo, aquela que considerava que por traz de todos os fenômenos naturais haviam causas
sobrenaturais, oriundas dos deuses, heróis e outros elementos. O principal objetivo destes filósofos e sua
corrente era entender o universo e os fenômenos da natureza, a partir dos elementos que a própria natureza
nos dava a conhecer, eliminando assim a necessidade de recorrer a explicações sobrenaturais.
Por esta razão, considera-se que a filosofia pré-socrática foi a responsável pelo surgimento não
apenas da filosofia como a conhecemos hoje, mas também das ciências naturais, considerando que o
trabalho do filósofo era o estudo e observação da natureza.
Com o foco no cosmos, e muitas vezes buscando explicar a origem do nosso universo, estes filósofos
entendiam a arche, ou natureza dos objetos, não apenas como um princípio, algo anterior, mas como algo
que lhes é originador. Diferentes filósofos entenderam diferentes elementos como cumprindo este papel,
Tales, por exemplo, acreditava que tudo se originava da água, enquanto Anaximandro desenvolveu o
conceito de ápeiron, o ilimitado e indefinido, como a origem de todos os objetos no mundo. Destes, por
composição ou dissolução, os objetos do mundo tomariam suas propriedades.
Posteriormente, o foco da escola mudou do cosmos como um todo para o homem, mas ainda com
uma abordagem de observação e estudo da natureza e suas leis.
A maior parte do conhecimento que hoje temos acerca da filosofia pré-socrática é derivada dos
trabalhos de Platão, Aristóteles e alguns historiadores gregos, estes tiveram acesso tanto aos trabalhos
publicados dos filósofos desta corrente, quanto aos próprios filósofos ou seus discípulos, apenas fragmentos
dos trabalhos publicados sobreviveram até o nosso tempo.
Embora não seja um lista exaustiva ou unânime, nesta corrente destacam-se os seguintes filósofos
e escolas:
Tales de Mileto, Anaxímenes, Anaximandro e Heráclito, que constituem a chamada Escola Jônica,
estes filósofos, embora tenham relações de proximidade, inclusive como mestre e discípulo, divergiam em
muitos aspectos, a ponto de alguns estudiosos não os considerarem como membros de uma mesma escola,
Aristóteles no entanto os classifica como physiologoi, ou "aqueles que discursavam sobre a natureza", já
que seu principal trabalho era explicar a natureza da matéria.
Empédocles de Agrigento, Anaxágoras de Clazômena, Leucipo e Demócrito de Abdera, da Escola
da Pluralidade, uma escola de medicina focada nos pontos mais prováveis de cada escola.
Pitágoras, Filolau e Árquitas, constituem a Escola Itálica, embora sejam dos mais importantes para
o desenvolvimento da matemática grega, manifestavam ao mesmo tempo tendências místico-religiosas e
científicas.
Arquelau e Diógenes, da Escola Eclética, que propunha a existência de várias arche, para resolver
as questões relativas ao movimento.
Xenófanes, Parmênides de Eleia, Zenão de Eleia e Melisso de Samos, considerados parte da Escola
Eleática, cujo fundamento era unidade, imutabilidade e necessidade do Ser.
Sócrates
Sócrates foi um filósofo ateniense, um dos mais importantes ícones da tradição filosófica ocidental,
e um dos fundadores da atual Filosofia Ocidental. As fontes mais importantes de informações sobre
Sócrates são Platão, Xenofonte e Aristóteles (Alguns historiadores afirmam só se poder falar de Sócrates
como um personagem de Platão, por ele nunca ter deixado nada escrito de sua própria autoria.). Os diálogos
de Platão retratam Sócrates como mestre que se recusa a ter discípulos, e um homem piedoso que foi
executado por impiedade. Sócrates não valorizava os prazeres dos sentidos, todavia se escalava o belo entre
as maiores virtudes, junto ao bom e ao justo. Dedicava-se ao parto das idéias (Maiêutica) dos cidadãos de
Atenas, mas era indiferente em relação a seus próprios filhos.
O julgamento e a execução de Sócrates são eventos centrais da obra de Platão (Apologia e Críton).
Sócrates admitiu que poderia ter evitado sua condenação (beber o veneno chamado cicuta) se tivesse
desistido da vida justa. Mesmo depois de sua condenação, ele poderia ter evitado sua morte se tivesse
escapado com a ajuda de amigos. A razão para sua cooperação com a justiça da pólis e com seus próprios
valores mostra uma valiosa faceta de sua filosofia, em especial aquela que é descrita nos diálogos com
Críton.
Platão
Platão foi um filósofo e matemático do período clássico da Grécia Antiga, autor de diversos diálogos
filosóficos e fundador da Academia em Atenas, a primeira instituição de educação superior do mundo
ocidental. Juntamente com seu mentor, Sócrates, e seu pupilo, Aristóteles, Platão ajudou a construir os
alicerces da filosofia natural, da ciência e da filosofia ocidental. Acredita-se que seu nome verdadeiro tenha
sido Arístocles; Platão era um apelido que, provavelmente, fazia referência à sua característica física, tal
como o porte atlético ou os ombros largos, ou ainda a sua ampla capacidade intelectual de tratar de
diferentes temas, entre eles a ética, a política, a metafísica e a teoria do conhecimento.
A sofisticação de Platão como escritor é especialmente evidente em seus diálogos socráticos; trinta
e cinco diálogos e treze cartas são creditadas tradicionalmente a ele, embora os estudiosos modernos tenham
colocado em dúvida a autenticidade de pelo menos algumas destas obras. Estas obras também foram
publicadas em diversas épocas, e das mais variadas maneiras, o que levou a diferentes convenções no que
diz respeito à nomenclatura e referenciação dos textos.
Embora não exista qualquer dúvida de que Platão lecionou na Academia fundada por ele, a função
pedagógica de seus diálogos - se é que alguma existia - não é conhecida com certeza. Os diálogos, desde a
época do próprio Platão, eram usados como ferramenta de ensino nos tópicos mais variados, como filosofia,
lógica, retórica, matemática, entre outros.
Aristóteles
Aristóteles foi um filósofo grego, aluno de Platão e professor de Alexandre, o Grande. Seus escritos
abrangem diversos assuntos, como a física, a metafísica, a poesia, o teatro, a música, a lógica, a retórica, o
governo, a ética, a biologia e a zoologia.
Juntamente com Platão e Sócrates (professor de Platão), Aristóteles é visto como uma das figuras
mais importantes, e um dos fundadores, da filosofia ocidental. Seu ponto de vista sobre as ciências físicas
influenciaram profundamente o cenário intelectual medieval, e esteve presente até mesmo o Renascimento
- embora eventualmente tenha vindo a ser substituída pela física newtoniana. Nas ciências biológicas, a
precisão de algumas de suas observações foi confirmada apenas no século XIX. Suas obras contêm o
primeiro estudo formal conhecido da lógica, que foi incorporado posteriormente à lógica formal. Na
metafísica, o aristotelismo teve uma influência profunda no pensamento filosófico e teológico nas tradições
judaico-islâmicas durante a Idade Média, e continua a influenciar a teologia cristã, especialmente a ortodoxa
oriental, e a tradição escolástica da Igreja Católica. Seu estudo da ética, embora sempre tenha continuado a
ser influente, conquistou um interesse renovado com o advento moderno da ética da virtude. Todos os
aspectos da filosofia de Aristóteles continuam a ser objeto de um ativo estudo acadêmico nos dias de hoje.
Embora tenha escrito diversos tratados e diálogos num estilo elegante (Cícero descreveu seu estilo literário
como "um rio de ouro"), acredita-se que a maior parte de sua obra tenha sido perdida, e apenas um terço de
seus trabalhos tenham sobrevivido.
Apesar do alcance abrangente que as obras de Aristóteles gozaram tradicionalmente, os acadêmicos
modernos questionam a autenticidade de uma parte considerável do corpus aristotélico.
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