reações adversas a medicamentos

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CENTRO DE FARMACOVIGILÂNCIA DO
CEARÁ
(CEFACE)
INFORME Nº 04
EM FARMACOVIGILÂNCIA
FEVEREIRO - 2003
REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS
Reação adversa a medicamento pode ser definida como
“qualquer efeito prejudicial ou indesejado que se apresente
após a administração de doses normais utilizadas no homem
para a profilaxia, diagnostico ou o tratamento de uma
enfermidade”. Os termos reação adversa, efeito indesejável,
e enfermidade iatrogenica são equivalentes e respondem a
definição anterior. (Laporte J.R, Tognoni G, Princípios de
epidemiologia del medicamento)
Existem seis tipos de efeitos indesejáveis, são eles:
1. Superdosagem relativa: fármaco é administrado em
doses normais, mas por motivos farmacocinéticos
suas concentrações são superiores às habituais.
Exemplo: maior incidência de surdez em pacientes
com insuficiência renal em uso de aminoglicosídios.
2. Efeitos colaterais: são inerentes à própria ação
farmacológica do medicamento, mas que o
surgimento é indesejável em um determinado
momento de sua aplicação. Exemplo: broncoespasmo
produzido pelo uso de bloqueadores β-adrenérgicos.
3. Efeitos secundários: são aqueles devidos não à ação
farmacológica principal (que como já vimos são os
efeitos colaterais), são conseqüências de seu efeito
desejadas. Exemplo: as tetraciclinas possuem um
efeito bacteriostático, com isso podem alterar a
microbióta intestinal.
4. Idiossincrasia: é definida como uma sensibilidade
particular a um determinado produto, motivada por
uma estrutura particular de um sistema enzimático.
Em geral se trata de um fenômeno genético.
Exemplo: efeitos extrapiramidais causado pelo uso
do haloperidol ou outros neurolépticos.
5. Hipersensibilidade
alérgica:
para
o
seu
acontecimento é necessária a sensibilização previa do
individuo. A intensidade da reação não está
relacionada com a dose administrada.
6. Tolerância: a administração repetida, contínua ou
crônica de um fármaco ou sempre a uma mesma
dose, diminuem progressivamente a intensidade dos
efeitos.
EXEMPLOS DE REAÇÕES MAIS COMUNS E
MEDICAMENTOS RELACIONADOS:
ANFOTERICINA B (FUNGIZON): calafrios,
febre, dor no local da injeção, prurido, rash.
CAPTOPRIL: tosse seca, tontura, cefaléia, rash,
prurido.
CEFTRIAXONA (ROCEFIM): rash, prurido,
febre, calafrios, náusea, vômitos, diarréia.
CIPROFLOXACINO: cefaléia, tontura, náusea,
diarréia, vômitos, rash, prurido, edema.
DIAZEPAM: tremor, fadiga, cefaléia, hipotensão,
retenção urinaria, rash, náusea, constipação.
DICLOFENACO: rash, prurido, urticária, tontura,
hipertensão, diarréia, vomitoa, náusea.
DIPIRONA: discrasias sanguíneas, urticária, rash,
prurido.
DIGOXINA: agitação, cefaléia, tontura, vertigem,
arritmias, náusea, vômitos, diarréia.
FENOBARBITAL: síndrome de Stevens-Johnson,
rash, urticária, náuseas, vômitos.
METOCLOPRAMIDA
(PLASIL):
reações
extrapiramidais, tontura, náuseas.
MORFINA: náuseas, vômitos, constipação, prurido.
OXACILINA: febre, rash, prurido.
PREDNISONA: síndrome de Cushing, edema,
hipertensão, ulcera, insônia.
VANCOMICINA: síndrome do homem vermelho,
calafrios, febre, náuseas.
WARFARINA: hemorragias, necrose, urticária,
dermatites, náuseas.
Preocupados em conhecer a segurança dos
medicamentos, o CEFACE solicita que, qualquer
reação adversa observada, seja comunicada, através da
Ficha Amarela de Notificação de Reações Adversas
ou pelos telefones (0XX85) 288-8276 (FAX) ou
(0XX85) 288-8242.
Se você ainda não tem ficha de notificação, solicitenos.
Bibliografia consultada: Laporte J.R, Tognoni G, Princípios de epidemiologia del medicamento; Goodman & Gilman, As Bases Farmacológicas da Terapêutica,
8ª ed.; Martindale, The Extra Pharmacopeia 31a ed.; Pharmacist’s Drug Handbook 2001; DUKES, M.N.G., MEYLER´S Side Effects of the Drugs, 12a ed.
Responsáveis: Ana Lúcia F. Veneranda; Marco Antonio M. Ferreira; Prof. Dra. Marta Maria F. Fonteles. E-mail : [email protected]
ATENCIOSAMENTE,
CENTRO DE FARMACOVIGILÂNCIA DO CEARÁ
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