Baixar este arquivo PDF

Propaganda
Disfunção Erétil:
aspectos anátomo-morfológicos e
a farmacologia do tratamento
Autor
Alan de Oliveira
Curso Farmácia
Universidade Estácio de Sá
Unidade Nova Friburgo
Orientador: Alex da Silva Nismachin
Resumo
Disfunção erétil é a incapacidade de obter ou manter uma ereção para que ocorra uma relação
sexual satisfatória. A disfunção erétil é considerada como uma doença à nível cardiovascular,
e desta forma, a sua ocorrência indica que provavelmente alguma alteração cardiovascular está
ocorrendo. Muitas são as causas da disfunção erétil, sendo então, considerada como uma
doença multifatorial, porém, suas etiologias podem ser de origem orgânica, psicogênicas e
mistas, onde dentro de cada categoria há subdivisões que por muitas das vezes a disfunção
erétil é enquadrada. Sabe-se que a disfunção endotelial é a maior causa dos quadros de
disfunção erétil, que por meio de alterações à nível endotelial dá-se início a processos
ateroscleróticos e inflamatórios, diminuição da formação de óxido nítrico. Os tratamentos para
a disfunção erétil englobam as técnicas cirúrgicas de colocação de próteses penianas, autoinjeção de substâncias vasodilatadoras e músculo-relaxadoras até aos tratamentos orais, que
constituem a maior parte da terapêutica. Dentro da terapêutica oral encontram-se os
medicamentos inibidores da enzima Fosfodiesterase - 5, que é a responsável pela linearização
do GMP cíclico, como o sildenafil, tadalafil, vardenafil, carbonato de lodenafila, estes
alcançam ótimo resultado, conforto ao paciente e melhoria da qualidade de vida do indivíduo.
Palavras-chave: Disfunção erétil. Sildenafil. Tadalafil. Vardenafil. Carbonato de lodenafila.
Introdução
Caracteriza-se como disfunção erétil a incapacidade de obter e/ou manter uma ereção
suficiente para que haja um desempenho sexual satisfatório (FREITAS et al., 2008;
MATHEUS et al., 2009; LAYDNER et al., 2009).
Uma preocupação concernente da atualidade é o uso de medicamentos para disfunção
erétil por homens jovens que não sofrem de disfunção erétil, uso recreativo. Em um estudo
Professor da Universidade Estácio de Sá-Campus Nova Friburgo.
1
Volume 2º. – nº 02 – 2º. semestre 2012
realizado na cidade de São Paulo - SP - Brasil, 14,7% dos jovens entrevistados já haviam
usado algum desses medicamentos, onde na maioria das vezes por curiosidade, para que
houvesse potencialização da ereção, contra ejaculação precoce e para aumentar o prazer
(FREITAS et al., 2008).
Atualmente, a disfunção erétil é considerada inicialmente como uma alteração a nível
cardiovascular, agindo por muitas das vezes como um marcador de doenças cardiovasculares
(LAYDNER et al., 2009).
As causas da disfunção erétil podem ser divididas em orgânicas, que possuem origem
vasculogênica, neurogênica, endócrina; e causas psicogênicas, que estão relacionadas ao
estresse emocional, coerção sexual, problemas de relacionamento, depressão. Na avaliação
clínica do indivíduo com disfunção erétil, deve-se levar em conta o histórico do paciente,
exames físicos, exames laboratoriais de nível sérico de testosterona, glicemia e lipídios, e a
avaliação psicológica desse paciente (MATHEUS et al., 2009).
Porém, nos dias de hoje se conhece que a disfunção endotelial é etiologia de maior
ocorrência na disfunção erétil, caracterizando-se como alterações a nível de endotélio, capazes
de promover doenças ateroscleróticas e cardiovasculares, danificando o endotélio (COSTA ;
VENDEIRA, 2007). Essa aterosclerose pode ser iniciada por processos inflamatórios e
estresse oxidativo, modificando a função plaquetária e o estado contrátil e proliferativo das
células musculares lisas vasculares, alterando, então, a vasodilatação mediada pelo endotélio,
que é importante na ereção. Na disfunção erétil encontram-se então, uma série de marcadores
inflamatórios aumentados. Ocorrendo também formação diminuída de óxido nítrico (NO),
diminuição de células precursoras da medula óssea que reparam as células endoteliais no
sangue periférico (LAYDNER et al., 2009).
A integridade endotelial cavernosa é importantíssima para a ocorrência de ereção. Para
tal, mecanismos de vasculoproteção são acionados, chamados de mecanismos de angiogênese
(proliferação e migração de células endoteliais adjacentes até o local afetado para repará-lo) e
vasculogênese (as células progenitoras endoteliais vão para os locais de neoagiogênese, se
diferenciando e regenerando o endotélio). Na disfunção erétil, esses mecanismos estão
desajustados. O Fator de Crescimento do Endotélio Vascular (VEGF), que media esse
processo, está alterado no corpo cavernoso. Os Inibidores de Fosfodiasterase – 5 (PDE-5)
fazem uma indução do recrutamento das células progenitoras, ocorrendo a vasculoproteção
(COSTA ; VENDEIRA, 2007).
Porém, a disfunção erétil nem sempre esta ligada à doenças cardiovasculares
(LAYDNER et al., 2009). Em indivíduos que necessitam de hemodiálise, e por conta disso,
acabam por desenvolver algum tipo de disfunção gonodal, hiperprolactinemia, deficiência de
zinco, iodo, manganês e anemia, também podem desenvolver disfunção erétil (SANTOS et al.,
2008).
Em indivíduos que necessitam de antipsicóticos, como os que sofrem de esquizofrenia,
a taxa de disfunção sexual (entre ela a disfunção erétil) pode chegar à 60%, devido ao efeito
22
Volume 2º. – nº 02 – 2º. semestre 2012
produzido pelos antipsicóticos, contra 30% dos homens em geral que desenvolvem algum tipo
de disfunção sexual (NUNES et al., 2008)
A disfunção sexual está ligada à diminuição da qualidade de vida, decréscimo na
formação de relacionamentos (problemas sociais que levam à dificuldades de interpessoais) e
redução da intimidade (NUNES et al., 2008; SANTOS et al., 2008).
Dentre os tratamentos medicamentosos, citam-se os Inibidores de Fosfodiasterase – 5,
(PDE-5) (sildenafil, tadalafil, vardenafil), que compreendem a terapia de maior sucesso
(FREITAS et al., 2008; MATHEUS et al., 2009).
A avaliação psicológica, injeções intracavernosas, e próteses penianas, também
constituem tratamentos contra a disfunção erétil (MATHEUS et al., 2009).
O objetivo desse trabalho é realizar uma revisão da literatura referente às questões
relacionadas à disfunção erétil como, sua etiologia, problemas posteriores trazidos aos
indivíduos que sofrem de tal doença e tratamentos mais utilizados, ressaltando o uso de
inibidores de PDE-5.
Metodologia
Essa revisão foi feita através de artigos específicos disponibilizados na internet, em
sites como Scielo, Bireme, Biblioteca Virtual da Saúde, LILACS e revistas especializadas na
área que tange tal revisão, pesquisadas também na internet. Para que a pesquisa fosse
realizada, utilizou-se de palavras-chave como disfunção erétil, sildenafil, tadalafil, vardenafil,
carbonato de lodenafila, pênis. Não houve delimitação do ano de publicação dos artigos, e a
pesquise se deu de 10 de Janeiro de 2011 à 8 de Setembro de 2011.
Desenvolvimento
Anátomofisiologia Peniana
O aparelho genital masculino (figura 1) funciona tanto como órgão copulador como
órgão excretor (BARROS et al., 2005; ANDRADE, 2010; FARIA et al., 2005),
compreendendo as seguintes estruturas: próstata, vesículas seminais, ductos ejaculatórios,
glândulas bulbouretrais, pênis, testículos, epidídimo e ductos deferentes, porém nem todas as
estruturas funcionam como estruturas excretoras (BARROS et al., 2005).
O pênis em si é dividido em três partes, raiz, corpo e glande (FARIA et al., 2005) e é
nutrido pela artéria pudenda interna e drenado pela veia dorsal profunda. No corpo do pênis
encontram-se os corpos cavernosos e corpo esponjoso, ambos, são envolvidos pela fáscia de
Buck, e por uma pele glabra. Ao momento em que a pele se estende sobre a glande, forma-se o
prepúcio. Os corpos cavernosos ficam situados logo acima da sínfise púbica, onde por um
septo incompleto posiciona-os lado a lado (BARROS et al., 2005; FARIA et al., 2005). Os
33
Volume 2º. – nº 02 – 2º. semestre 2012
corpos cavernosos dividem com o corpo esponjoso uma estrutura trabecular, constituída de
fibras elásticas e colágenas, além do músculo liso, formando inúmeros espaços vasculares
(sinusóides), e possuem o músculo liso como componente primordial para a contração e
relaxamento do corpo cavernoso, responsável pela manutenção da ereção e aumento da
pressão intra-cavernosa. Já o corpo esponjoso fica localizado ventralmente (ANDRADE,
2010), dilatando-se terminalmente formando a glande peniana (BARROS et al., 2005,
ANDRADE, 2010).
A uretra atravessa todo o espaço perineal, o corpo esponjoso e glande, desembocando
no externo da uretra (BARROS et al., 2005).
Histologicamente, os corpos cavernosos (tecido erétil) são constituídos de fibras do
sistema elástico, fibras colágenas, músculo liso, artérias e veias, que são envolvidos pela
túnica albugínea (BARROS et al., 2005).
A drenagem linfática peniana, dá-se para os linfonodos inguinais superficiais e
profundos, e daí para os linfonodos ilíacos externos (ANDRADE, 2010; FARIA et al., 2005).
A sensibilidade é conferida pelos nervos dorsais, que compreende o ramo terminal do
nervo pudendo (FARIA et al., 2005) que também suprirão a glande (BARROS et al., 2005).
Figura 1. Anátomofisiologia peniana. (http://www.promen.com.br/saiba-mais/disfuncao-eretil%5Bde%5D).
Ereção
O processo de ereção (tumescência) ocorre devido à estimulação do tecido erétil
peniano, que no estado de flacidez, os músculos lisos encontram-se tonicamente contraídos
devido à ativação simpática (ANDRADE, 2010; FARIA et al., 2005). A partir do instante que
há uma estimulação sexual, ocorre a liberação de neurotransmissores (NO), nos terminais
cavernosos parassimpáticos (ANDRADE, 2010; FARIA et al., 2005; BARROS et al., 2005),
esse processo de relaxamento resulta na dilatação das arteríolas e artérias, o sangue que chega
44
Volume 2º. – nº 02 – 2º. semestre 2012
no tecido erétil em expansão é aprisionado, o plexo venular da subtúnica é comprimido, de
forma a reduzir o fluxo da saída venoso, e a túnica é estirada até cobrir as veias emissárias,
reduzindo o fluxo de saída venoso (BARROS et al., 2005; FARIA et al., 2005).
Podem ser divididas ainda em ereções reflexogênicas (quando a ereção é oriunda de
estímulos locais no órgão genital) e psicogênica (estímulo psicogênicos de origem central)
(MOURA; CERESÉR, 2002)
A inervação feita pelos nervos cavernosos fazem com que haja a inervação autônoma,
simpática e parassimpática vinda do plexo pélvico (FARIA et al., 2005)
Inicialmente ocorre o aumento momentâneo da pressão intra-corporal (início da
contração da musculatura lisa contra um sistema venoso fechado), lenta diminuição da pressão
(reabertura lenta dos canais venosos com a retomada do fluxo de saída venoso) e, por fim,
ocorre uma diminuição rápida da pressão, com o restabelecimento da capacidade venosa
(figura 2) (BARROS et al., 2005).
O corpo esponjoso não fica tão rígido como os corpos cavernosos, pois a bainha que o
envolve é mais elástica, evitando a compressão exagerada da uretra esponjosa (ANDRADE,
2010).
A resposta simpática é a responsável pela ejaculação, esta é uma resposta involuntária
(ANDRADE, 2010).
A detumescência peniana é oriunda da reativação do tônus parassimpático
(adrenérgico), resultando na contração da musculatura lisa das artérias helicinais e trabéculas,
levando a redução do fluxo arterial e os espaços lacunares entram em colapso,
descomprimindo as vênulas subalbugíneas, aumentando a saída do sangue venoso, dessa
forma o pênis volta ao estado de flacidez (MOURA; CERESÉR, 2002).
A observação das alterações existentes no pênis em seu estado de contração e
relaxamento auxiliam na vislumbração do fluxo sanguíneo que interfere na situação de ereção
peniana (GIAMI et al., 2009).
Fatores como a obesidade, cardiopatias podem interferir no desejo sexual, ereção e
ejaculação, dessa maneira diminuindo a satisfação (SOUZA et al., 2011).
55
Volume 2º. – nº 02 – 2º. semestre 2012
Figura 2. Mecanismo de ereção. (http://www.cabuloso.xpg.com.br/Anatomia-Humana/SistemaReprodutor/Viagra.htm)
Bioquímica da ereção
A ereção compreende um processo neurovascular controlado hormonalmente, que
regula a vasodilatação arterial, relaxamento da musculatura lisa e mecanismos venoclusivos
(RODRIGUES et al., 2010) representando um processo não colinérgico e não adrenérgico,
onde o Óxido Nítrico (NO) (figura 3) atua como principal mediador (MOURA; CERESÉR,
2002).
Um estímulo de cunho erótico é percebido por algum dos cinco sentidos e este
estímulo é processado no hipotálamo. O hipotálamo inibe o tônus simpático acarretando em
um aumento do tônus parassimpático e liberação de NO (NEVES et al., 2004).
A conversão da L-arginina em L- citrulina dá origem ao NO, que por ação da enzima
óxido nítrico-sintase (NOS) libera o NO. O NO induz ao relaxamento das fibras musculares do
corpo cavernoso. O relaxamento das fibras musculares do corpo cavernoso pode não vir via
óxido nítrico-sintase, mas de origem neuronal e endotelial, onde por essa via o NO ativa a
enxima guanilato-ciclase citosólica que sintetiza a enzima guanosina monofosfato-ciclase
(GMPc) como segundo mensageiro. O GMPc espalha-se pelas células lisas trabeculares e
induz ao relaxamento celular pela redução dos níveis intracelulares de cálcio (MOURA;
CERESÉR, 2002; NEVES et al., 2004).
66
Volume 2º. – nº 02 – 2º. semestre 2012
As fosfodiesterases (PDE), principalmente a fosfodiesterase 5 que se encontra no corpo
cavernoso, são enzimas responsáveis pela linearização do GMPc, inativando-o. Ao momento
que essa inativação ocorre, não há mais o relaxamento do corpo cavernoso (MOURA;
CERESÉR, 2002).
Figura 3. Ciclo da ereção. (JESUS; DEKERMACHER, 2009)
Porém a inervação peniana acontece por três vias: adrenérgica, colinérgica e nãoadrenérgica e não-colinérgica, esta última é a responsável pela liberação de outros mediadores
que levam ao relaxamento da musculatura lisa do pênis. O peptídeo vasoativo intestinal,
substância P, purinas, aminoácidos descarboxilados, prostaglandinas, bradicinina fatores
endoteliais são alguns dos mediadores liberados pela via não-adrenérgica e não-colinérgica
(NEVES et al., 2004).
Disfunção Erétil
Disfunção erétil, anteriormente chamada de impotência sexual, tratada como uma
desordem psicossexual, ligada à perda da virilidade / masculinidade do homem, relacionada
com a infertilidade masculina (GIAMI et al., 2009; MOURA; CERESÉR, 2002), que desde
meados do século XIX interessava aos médicos, psiquiatras e, no início do século XX gerou
interesse aos psicanalistas GIAMI et al., 2009).
Chama-se de disfunção erétil a incapacidade do homem em ter e/ou manter uma ereção
peniana suficiente para que ocorra uma relação sexual completa e satisfatória (RODRIGUES
et al., 2010; GIAMI et al., 2009), com a gravidade medida pelo índice de recorrência do
aparecimento da perda da rigidez peniana, permanente ou temporária (GIAMI et al., 2009),
77
Volume 2º. – nº 02 – 2º. semestre 2012
podendo ser dividida em impotência mínima, moderada e grave (JÚNIOR et al., 1992), não
constituindo uma patologia ou síndrome, mas uma manifestação sintomatológica de outras
patologias (MOURA; CERESÉR, 2002), podendo indicar uma vasculopatia de pequeno
calibre, incluindo eventos coronarianos (RODRIGUES et al., 2010).
A disfunção erétil (DE) deve ser entendida atualmente como um problema de saúde
pública, devido a sua relativa alta prevalência na população masculina e de alterações
emocionais e psicossociais que corroboram para a piora dos casos (ABDO et al., 2006;
RODRIGUES et al., 2010).
Conhece-se que a disfunção erétil é capaz de causar impactos negativos sobre a vida do
indivíduo que a desenvolve, impacto tanto na vida familiar, social e econômica (MOURA;
CERESÉR, 2002), e que a baixa auto-estima, problemas no relacionamento com a parceira,
filhos e amigos, problemas no trabalho são algumas das situações recorrentes em homens com
disfunção erétil, observando que o número de relações sexuais desse grupo é menor que no
grupo de homens que não sofrem de nenhum tipo de disfunção erétil (ABDO et al., 2006).
É visto também que um adulto com algum tipo de disfunção sexual teve deficiências
no que tange a formação sexual quando criança e que um início de vida sexual traumático
pode levar à disfunção erétil, uma vez que essa situação pode alterar a auto-estima do adulto
em formação, abalando os vínculos emocionais (ABDO et al., 2006).
A insatisfação com a qualidade de vida (desemprego, falta de comunicação e vínculos
com a parceira) e algum tipo de disfunção sexual (ejaculação precoce e diminuição da libido,
por exemplo), podem decorrer para uma disfunção erétil (RODRIGUES et al., 2010; ABDO et
al., 2006).
Quanto à etiologia da disfunção erétil, podem ser classificadas basicamente em
orgânicas (responsáveis pelo maior número de casos) (JÚNIOR et al., 1992; GIAMI et al.,
2009); psíquicas / psicológicas e ainda causas mistas (JÚNIOR et al.; 1992; MOURA;
CERESÉR, 2002).
As causas orgânicas compreendem os eventos relacionados as alterações á nível
vascular, traumatismos físicos e acidentes, infecções, idade, cirurgias e medicamentos. Já as
causas psíquicas compreendem as situações de nervosismo, medo, estresse, ansiedade,
timidez, insegurança, algum tipo de bloqueio mental ou comportamental (JÚNIOR et al.,
1992).
Em um estudo com 25 homens com lúpus eritematoso sistêmico (doença auto-imune
que ocorre, normalmente, durante o período reprodutivo) comparados a 25 homens saudáveis,
viu-se que a idade média dos pacientes era de 26 anos, nos pacientes com lúpus a incidência
de disfunção erétil era maior, as alterações gonodais também eram em maior número e nos
pacientes com lúpus do que nos pacientes saudáveis. Discute-se que devido aos medicamentos
utilizados no tratamento da doença (medicamentos imunossupressores e corticóides) podem
levar ao hipogonadismo, daí às alterações decorrentes desta complicação (SILVA et al., 2009).
88
Volume 2º. – nº 02 – 2º. semestre 2012
As causas de origem mista compreendem a junção das causas orgânicas e psíquicas
(JÚNIOR et al.; MOURA; CERESÉR, 2002).
Porém fatores de risco como diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica, doença
vascular periférica, hipercolesterolemia, baixos níveis de lipoproteínas de alta densidade,
hiperlipidemia, drogas, fármacos utilizados em uso crônico, doenças neurológicas, alcoolismo,
tabagismo, insuficiência renal, infarto do miocárdio, neoplasias, obesidade, hipoandrogenismo
(MOURA; CERESÉR, 2002) e depressão podem acarretar na disfunção erétil (GIAMI et al.,
2009). Porém a prática de exercícios físicos, redução do tabagismo e o controle do peso são
alterações na vida do indivíduo que, melhoram a qualidade de vida à nível cardiovascular e
como visto, ajudam a evitar e/ou como tratamento adjunto para àqueles que sofrem de
disfunção erétil (RODRIGUES et al., 2010).
É importante ressaltar que o relaxamento inadequado do tecido cavernoso leva a uma
diminuição do indivíduo em obter uma ereção completa, levando à disfunção venoclusiva, esta
que possui uma grande gama de etiologias, desde eventos histopatológicos da musculatura
cavernosa e das veias, resultando em uma retenção sanguínea ineficaz (MOURA; CERESÉR,
2002).
Em estudo realizado com aplicação de questionários em 2.862 indivíduos transeuntes
de ruas e outros locais de lazer, foi observado que a amostra acoplava uma idade média de
37,6 ± 13,6 anos (p < 0,01). Foi visto que a prevalência de DE aumentava conforme a idade
(GIAMI et al., 2009).
Baixa auto-estima, problemas no relacionamento com a parceira, filhos e amigos,
problemas no trabalho são algumas das situações recorrentes em homens com disfunção erétil,
observando que o número de relações sexuais desse grupo é menor que no grupo de homens
que não sofrem de nenhum tipo de disfunção erétil.
É visto que um adulto com algum tipo de disfunção sexual teve deficiências no que
tange a formação sexual quando criança. Um início de vida sexual traumático pode levar à
disfunção erétil, uma vez que essa situação pode alterar a auto-estima do adulto em formação.
A insatisfação com a qualidade de vida (desemprego, falta de comunicação e vínculos
com a parceira) e algum tipo de disfunção sexual (ejaculação precoce e diminuição da libido,
por exemplo), podem decorrer para uma disfunção erétil.
Homens com disfunção erétil costumam ter seus vínculos emocionais abalados,
levando a estes, na tentativa de solucionar o problema, buscar relações extraconjugais.
É possível observar que indivíduos com algum tipo de cardiopatia e hipertensão arterial
sistêmica, possuem uma elevada probabilidade de desenvolverem a disfunção erétil, devido ao
comprometimento do sistema cardiovascular (ABDO et al., 2006).
99
Volume 2º. – nº 02 – 2º. semestre 2012
Diagnóstico
A atividade sexual é uma atividade física e pode-se mensurar seu gasto energético, que
é maior na fase do orgasmo, devido ao aumento do consumo de oxigênio, pode ser dividida
em fase de excitação, platô, orgasmo e resolução. Como, normalmente, se trata de as respostas
metabólicas e cardiovasculares da atividade sexual estão relacionadas mais à fase de excitação
do que ao esforço físico propriamente dito (SOUZA et al., 2011).
Alterações da fisiologia gênito-urinária ocorrem com o processo de envelhecimento.
Dessa maneira, os homens passam a ter menos ereções espontâneas e para que uma ereção
completa ocorra é necessário maior estimulação (SOUZA et al., 2011).
A obesidade interfere no desejo sexual, ereção e ejaculação, dessa maneira diminuindo
a satisfação.
A prática de exercícios físicos reduzem a probabilidade de indivíduos apresentarem disfunção
erétil, uma vez que melhoram a saúde cardiovascular do paciente (SOUZA et al., 2011).
Para diagnosticar uma situação de disfunção erétil deve-se levantar o histórico médico
do indivíduo, incluindo o histórico sexual (início do problema e tratamentos já tentados),
histórico emocional, qualidade das ereções, alterações relacionadas às ejaculações e orgasmos,
mesclando com uma avaliação psicológica bem realizada, levantando os antecedentes
psiquiátricos dos pacientes (MATHEUS et al., 2009; RODRIGUES et al., 1992).
Deve-se proceder com uma investigação urogenital para eliminação, ou não, de outras
afecções. Dentre os exames urogenitais, busca-se identificar se há ocorrência de curvatura
peniana anormal, presença de placas de fibrose peniana, alterações prostáticas e do tônus anal,
entre outras alterações, e com um exame geral pode-se visualizar se há alterações sistêmicas
capazes de promover a disfunção erétil, dentre elas citam-se a hipertensão arterial sistêmica,
alterações tireoidianas, hipogonadismo (RODRIGUES et al., 1992).
Com o aumento da idade, a deficiência androgênica pode acometer os homens.
Sintomas como indisposição para o trabalho, estados depressivos, irritabilidade, redução da
libido podem indicar a disfunção androgênica do envelhecimento masculino, nestes casos o
médico urologista pode iniciar a terapia de reposição hormonal. Para esse diagnóstico, pode-se
utilizar de exames laboratoriais, não só para auxiliar no diagnóstico mas também no
tratamento do paciente. Nestes exames buscam-se alterações à nível de glicemia, dislipidemia,
alterações hormonais tais como concentrações inadequadas de testosterona livre, testosterona
total e testosterona ligada à SHBG, nível de TSH, T3 e T4. Já indivíduos com alguns fatores
físicos como curvatura peniana, Peyronie, fatores hormonais como alterações endócrinas,
pacientes com histórico de trauma, cirurgia pélvica iatrogênica (que podem levar ao indivíduo
à cirurgia de revascularização peniana) necessitam, muitas vezes de exames laboratoriais
específicos (RODRIGUES et al., 2010).
10
10
Volume 2º. – nº 02 – 2º. semestre 2012
Tratamento
Como qualquer outra terapia farmacológica, o tratamento para a disfunção erétil busca
encontrar bons resultados com o menor número possível de alterações biológicas resultantes
dessa terapia, aumentando dessa forma a eficácia do tratamento e a qualidade de vida do
indivíduo (NEVES et al., 2004). Complementando esta ideia sabe-se que a prática de
exercícios físicos reduzem a probabilidade de indivíduos apresentarem disfunção erétil, uma
vez que melhoram a saúde cardiovascular do paciente (SOUZA et al., 2011).
O tratamento da disfunção erétil pode ser dividido em três linhas diferentes.
Tratamento de Primeira Linha
O tratamento chamado de Primeira Linha compreende a terapêutica oral utilizando os
inibidores da enzima Fosfodiesterase – 5 (PDE-5), com sucesso em cerca de 80%, não
importando qual a etiologia da disfunção erétil. Esses inibidores não permitem que a enzima
PDE-5 linearize o GMP cíclico, dessa forma o tempo de relaxamento muscular principalmente
no corpo cavernoso é aumentado, fato tal que também aumenta o influxo de sangue levando à
ereção (SILVA et al, 2010; CLARO; SROUGI, 2003).
Cabe salientar que os inibidores da PDE-5 devem ser utilizados na existência do desejo
sexual (ABDO et al., 2007).
Os inibidores da PDE-5 possuem uma atividade vasodilatadora, porém, quando
utilizados em sua janela terapêutica não são capazes de provocar hipotensão significativa
(SILVA et al., 2010).
Sensações como cefaléia, rubor facial, epigastralgia e congestão nasal são alguns dos
efeitos colaterais mais comuns que podem aparecer aos usuários de inibidores de PDE-5, sem
alterações significativas sobre a pressão arterial sistólica e diastólica e tampouco na função
cardíaca. Seu metabolismo se dá pelo citocromo CYP 3A4, fármacos como o cetoconazol,
inibidores da protease desativam esta via de metabolização, dessa maneira aumentam as
concentrações séricas dos inibidores de PDE-5, já drogas indutoras enzimáticas como a
rifampicina, promove uma redução das concentrações plasmáticas dos inibidores. Com relação
às interações medicamentosas, não deve-se fazer uso dos inibidores de PDE-5
concomitantemente com alfabloqueadores, devido ao efeito hipotensor gerado, e não devem
ser utilizados juntamente com nitratos, devido à sensibilidade dos inibidores frente aos nitratos
(ABDO et al., 2007).
Silva e colaboradores (2010) realizaram um estudo buscando averiguar a inter-relação
do álcool em relação aos inibidores de PDE-5. Foi visto que o álcool possui ação
vasodilatadora, interferindo diretamente no sistema do óxido nítrico, leva ao aumento
11
11
Volume 2º. – nº 02 – 2º. semestre 2012
momentâneo a pressão arterial com posterior queda desta. Quando consumido em grandes
quantidades, sua ação inicial representada pela euforia, passa à sedação, deprimindo o sistema
nervoso central. Quando esta situação ocorre, o homem sente dificuldades em ter ou manter
uma ereção. Foi observado o não foi observado sinergismo entre o álcool e os inibidores de
PDE-5 capaz de causar um efeito clínico exagerado.
Sildenafil
O primeiro inibidor de PDE-5 conhecido foi o citrato de sildenafil (figura 4),
quimicamente chamado de 1-[[3-(6,7-diidro-1-metil-7-oxo-3-propil-1H-pirazol-[4,3 d]pirimidin-5-il)-4-etóxifenil]sulfonil]-4-metilpiperazina (WEINERT et al., 2008) possuindo sua
meia-vida curta. O citrato de sildenafil é eficaz no tratamento de disfunção erétil,
independente de sua etiologia, levando a um aumento da auto-estima e satisfação do homem,
além de promover uma melhora significativa nos casos de ejaculação precoce (CLARO;
SROUGI, 2003; WANNMACHER, 2006; STEIN; HOHMANN 2006; DEBUSK et al., 2000).
Figura 4. Estrutura química do citrato de sildenafil. (http://en.wikipedia.org/wiki/File:Sildenafil.png).
Vardenafil
Porém novos inibidores foram lançados, inibidores estes mais específicos, como o
vardenafil (figura 5) (4-[2-etoxi-5-(4-etilpiperazina-1-il)sulfonil-fenil]-9-metil-7-propil3,5,6,8-tetrazabiciclo[4.3.0]nona-3,7,9-trien-2-ona), que pode ser ingerido meia hora antes da
relação sexual e seu efeito pode perdurar por até mais de sete horas após a sua ingestão
(CLARO; SROUGI, 2003).
12
12
Volume 2º. – nº 02 – 2º. semestre 2012
Figura 5. Estrutura química do vardenafil. (http://en.wikipedia.org/wiki/File:Vardenafil.svg).
Tadalafil
Um outro inibidor bastante conhecido, que fora lançado após o advento do sildenafil, é
o tadalafil (figura 6) ((6R-trans)-6-(1,3-benzodioxol-5-yl)- 2,3,6,7,12,12a-hexahidro-2-metilpirazino [1', 2':1,6] pirido[3,4-b]indol-1,4-diona), que também pode ser ingerido cerca de meia
hora antes da relação sexual, porém possui uma meia-vida longa (cerca de 17,5 horas), seus
resultados podem chegar até 48 horas. A especificidade dos inibidores de PDE-5 mais
modernos trazem mais segurança e conforto ao paciente que necessita do seu uso (CLARO;
SROUGI, 2003).
Com relação aos efeitos colaterais, tem-se que a dor lombar e mialgia são os mais
comuns (ABDO et al., 2007).
Figura 6. Estrutura química do tadalafil. (http://en.wikipedia.org/wiki/File:Tadalafil_skeletal.svg).
13
13
Volume 2º. – nº 02 – 2º. semestre 2012
Carbonato de Lodenafila
O carbonato de lodenafila (figura 7) (bis-(2-{4-[4-etóxi-3-(1-metil(-7-oxo-3-propil-6,7diidro-1H-pirazol[4,3-d]pirimidina-5-il)-benzenesulfonil]piperazina-1-il}-etil) é um inibidor
de PDE-5, composto por duas moléculas de lodenafil ligados por uma ponte de carbonato,
sendo então, classificado como uma pró-droga, que ao ser metabolizado (hidrólise plasmática)
libera dois monômeros de lodenafil como metabólitos ativos, possuindo baixa toxicidade,
elevada segurança e eficácia (SILVA et al., 2010).
O lodenafil por sua vez é metabolizado por enzimas hepáticas e plasmáticas, atingindo
a concentração efetiva máxima superior a do sildenafil, causando maior relaxamento com
menor concentração de fármaco (SILVA et al., 2010)
Figura 7. Estrutura química do carbonato de lodenafila. (http://dbpedia.org/page/Lodenafil).
Tratamento de segunda linha
O tratamento de Segunda Linha refere-se à auto-injeção intracavernosa de drogas
vasoativas (figura 8). Um fármaco bastante utilizado com sucesso próximo aos 79% é a
Prostaglandina E1, com o benefício de rápida metabolização intracavernosa, o que reduz o
número de casos de priaprismo e fibrose dos corpos cavernoso, mas apresenta a desvantagem
de provocar intensa dor local. Atualmente a associação de Prostaglandina E1 com fentonila e
papaverina tem aumentado o sucesso do tratamento para cerca de 95% e com poucos efeitos
colaterais devido ao sinergismo positivo das drogas, os casos de priaprismo são inferiores a
0,5% e a fibrose dos corpos cavernosos praticamente não ocorre e, não ocorre dor peniana
após sua administração (CLARO; SROUGI, 2003).
Um fármaco sintetizado a partir da morfina, chamado de apomorfina, aplicado
subcutaneamente e na forma de comprimidos sublinguais, apresenta alguns aspectos
estruturais iguais aos da dopamina, uma vez que para que ocorra uma ereção, por mais que
haja estimulação periférica, o controle é central e realizado pelo cérebro. Substâncias como o
quinorelano, bromocriptina que são agonistas dos receptores D2 apresentam potencial ação no
tratamento da disfunção erétil (NEVES et al., 2004).
14
14
Volume 2º. – nº 02 – 2º. semestre 2012
Figura 8. Injeção intracavernosa. (http://www.urologiaflorianopolis.com.br/noticias/disfuncao)
Tratamento de terceira linha
As próteses penianas (figura 9) correspondem ao tratamento de Terceira Linha. Essas
próteses evoluíram do acrílico ao silicone em cerca de 30 anos. Inicialmente havia somente as
próteses denominadas como rígidas, que causavam ereção rígida e permanente. Com a
evolução da indústria médica, foram desenvolvidas as próteses maleáveis (fio de prata
revestido por silicone), proporcionando maior conforto ao paciente. As próteses infláveis, mais
modernas, são constituídas por mecanismos hidráulicos, onde os cilindros se expandem em
diâmetro, ocasionando uma ereção plena. Um reservatório enche os cilindros. Os dilatadores
são postos lateramlente e contralateralmente aos corpos cavernosos, fato tal que mantém uma
ereção residual, melhorando o conforto do indivíduo e da sua parceira. Na prótese inflável a
bomba é posicionada no escroto de maneira que permita uma fácil manipulação (CLARO;
SROUGI, 2003).
Existe um fármaco denominado de ioimbina, classificado como um alcalóide
antagonista dos receptores α2-adrenérgicos pré-sinápticos, extraído da Corynanthe yohimbine
é com ação vasodilatadora periférica semelhante à reserpina, possui então, ação simpatolítica
(parassimpatomimética), dessa forma aumenta o tônus peniano e reduz o esvaziamento do
fluxo peniano, levando à estimulação erétil (ANDRADE et al., 2002) .
Em um estudo realizado com o objetivo de averiguar a eficácia da associação da
ioimbina com sildenafil, Andrade et al., (2002), separaram cinco grupos de seis pacientes cada
utilizaram a associação dos medicamentos com a dosagem da ioimbina variando de grupo para
grupo e, em um grupo utilizou-se placebo no lugar da ioimbina e em outro grupo, placebo no
lugar do sildenafil. Verificou-se que nos grupos onde se usavam a associação de ioimbina com
o sildenafil, independentemente da dosagem do primeiro, houve uma melhora surpreendente
na qualidade das ereções, o mesmo fato não foi obsrvado no grupo que recebia placebo no
lugar da ioimbina, confirmando assim, o sinergismo positivo entre as duas substâncias no
combate à disfunção erétil.
15
15
Volume 2º. – nº 02 – 2º. semestre 2012
Prótese Peniana
Semi-rígida
Prótese Peniana
Inflável
Figura 9. Próteses penianas. (http://www.urologiaflorianopolis.com.br/noticias/disfuncao).
Considerações Finais
Pode ser visto que o problema da disfunção erétil é bem mais complexo do que se
imagina, uma vez que os mecanismos envolvidos no reflexo da ereção são complexos e
extremamente delicados, haja visto que alterações à nível endotelial, tecidual e psicológicos
interferem de maneira surpreendentemente grande para a instalação de tal patologia.
Na sociedade contemporânea em que o ser humano vive, trabalha e se relaciona
atualmente gera um tão alto nível de estresse que, o organismo como uma forma de escape,
muitas das vezes, acaba por psicologicamente bloquear o reflexo de ereção independente do
estímulo que está sendo feito.
Mediante ao exposto, cabe ao médico conjuntamente ao paciente encontrarem uma
terapêutica adequada para a solução deste problema que afeta tão grande número de homens
em todo o mundo, interferindo diretamente em sua saúde física, mental e social, tendo em
mãos as três principais linhas de tratamentos, onde atualmente o uso dos inibidores da PDE-5
tem ganhado um grande vulto, devido à sua facilidade de uso, conforto ao paciente e resposta
biológica adequada, mas torna-se evidente a necessidade da divulgação dos efeitos benéficos
acarretados aos pacientes quando esses medicamentos são bem prescritos e utilizados.
Porém torna-se claro que uma conversa franca e aberta com o indivíduo que sofre de
disfunção erétil, deixando-o seguro e confiante pode auxiliar no tratamento, uma vez que essa
alternativa pode ser um excelente remédio para tal.
16
16
Volume 2º. – nº 02 – 2º. semestre 2012
Referências
ABDO, C. H. N.; JÚNIOR, W. M. O.; SCANAVINO, M. T.; MARTINS, F. G. Disfunção
erétil – resultados do estudo da vida sexual do brasileiro. Rev. Assoc. Med. Bras., São Paulo,
v. 52, n. 6, Nov. 2006.
ABDO, C. N.; BERTERO, E. B.; FARIA, G. E.; TORRES, L. O.; GLINA, S. Disfunção
erétil: tratamento com drogas inibidoras da fosfodiesterase tipo 5. Rev. Assoc. Med. Bras., v.
53, n. 2, p. 95-107, 2007.
ANDRADE, E. F. M.; MESSINA, L. E.; ALARCON, G.; CLARO, J. F. A.; SROUGI, M.
Associação da ioimbina com sildenafil para tratamento da disfunção erétil. Sinopse de
Urologia, a. 6, n. 2, mar. 2002.
ANDRADE, Filipe Moreira de. Caracterização histomorfométrica e estereológica das
fibras do sistema elástico da glande peniana em adultos jovens. 2010. 35 f. Dissertação
(Pós-Graduação em Ciências Médicas) – Universidade Federal Fluminense, Rio de Janeiro,
2010.
BARROS, Antônio Antunes de.; SANTOS, Bruna Claudino dos.; CUNHA, Gabriela Bastos
da.; SILVA, Jacqueline Consuelo da.; CREMONA, Julia Souza.; DUARTE, Juliana
Antoniolli. Patologias dos genitais masculinos. 2005. 49 f. Trabalho monográfico
(Graduação em Medicina) – Universidade Federal de Santa Catarina, Santa Catarina, 2005.
CLARO, J. A.; SROUGI, M. Disfunção erétil. RBM, v. 60, n. 12, p. 57-64, dez. 2003.
COSTA, V.; VENDEIRA, P. O pénis e o endotélio. Aspectos extra genitais da disfunção
eréctil. Rev. Int. Androl., v. 5, n. 1, p. 50-58, 2007.
DEBUSK, R.; GOLDSTEIN, I.; JACKSON, G.; KAUL, S.; KIMMEL, S. E.; KOSTIS, J. B.;
KLONER, R. A.; LAKIN, M.; MESTON, C. M.; MITTLEMAN, M.; MULLER, J. E.;
PADMA-NATHAN, H.; ROSEN, R. C.; STEIN, R. A.; ZUSMAN, R. Management of sexual
dysfunction in patients with cardiovascular disease: recommendations of the Princeton
Consensus Panel. Am. J. Cardiol., v. 86, p. 175-181, 2000.
FARIA, H.; VIEIRA, M. I.; PEREIRA, M.; SALVATO, R.; BREHM, R.; GESSER, R.
Traumatismo genital masculino. Florianópolis, 2005.
Figura 1. Anátomofisiologia peniana. Disponível em: <http://www.promen.com.br/saibamais/disfuncao-eretil-%5Bde%5D> Acesso em: 27 setembro 2011.
Figura 2. Mecanismo de ereção. Disponível em: <http://www.cabuloso.xpg.com.br/AnatomiaHumana/Sistema-Reprodutor/Viagra.htm> Acesso em: 27 setembro 2011.
Figura 4. Estrutura química do sildenafil. Disponível em:
<http://en.wikipedia.org/wiki/File:Sildenafil.png> Acesso em: 20 set. 2011.
Figura 5. Estrutura química do vardenafil. Disponível em:
<http://en.wikipedia.org/wiki/File:Vardenafil.svg> Acesso em 20 set. 2011.
Figura 6. Estrutura química do tadalafil. Disponível em:
<http://en.wikipedia.org/wiki/File:Tadalafil_skeletal.svg> Acesso em: 20 set. 2011.
Figura 7. Estrutura química do carbonato de lodenafila. Disponível em:
<http://dbpedia.org/page/Lodenafil> Acesso em: 20 set. 2011.
Figura 8. Injeção intracavernosa. Disponível em:
<http://www.urologiaflorianopolis.com.br/noticias/disfuncao> Acesso em: 02 set. 2011.
17
17
Volume 2º. – nº 02 – 2º. semestre 2012
Figura 9. Próteses penianas. Disponível em:
<http://www.urologiaflorianopolis.com.br/noticias/disfuncao> Acesso em 2 set. 2011.
FREITAS, V. M.; MENEZES, F. G.; ANTONIALLI, M. M. S.; NASCIMENTO, J. W. L.
Frequência de uso de inibidores de fosfodiesterase – 5 por estudantes universitários. Rev.
Saúde Pública, v. 42, n. 5, p. 965-967, 2008.
GIAMI, A.; NASCIMENTO, K. C.; RUSSO, J. Da impotência à disfunção erétil. Destinos da
medicalização da sexualidade. Physis.: Revista da Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 19, n.
3, 2009.
JESUS, L. E.; DEKERMACHER, S. Priapismo em crianças: revisão de fisiopatologia e
tratamento. Jornal de Pediatria, v. 85, n. 3, p. 194-200, 2009.
JÚNIOR, O. M. R.; SARTORI, M.; COSTA, M. Disfunção erétil Secundária: aceitação de
tratamento e a determinação de etiologia pelo paciente. Revista Brasileira de Sexualidade
Humana, v. 3, n. 2, jul.1992.
LAYDNER, H. K.; OLIVEIRA, P.; ANDRADE, W. S.; SANTOS, M. T.; ARAÚJO, J. L. R.
Disfunção erétil: um marcador precoce de doenças cardiovasculares. Revista Brsileira de
Medicina, 2009. Disponível em:
<http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=4126> Acesso em: 23
setembro 2011.
LÚCIO, L. A. G.; PAGANI, E.; AFIUNE, J. B. Carbonato de lodenafila no tratamento da
disfunção erétil. Revista Brasileira de Medicina, v. 64, n. 9, set. 2007.
MATHEUS, W. E.; FREGONESI, A.; FERREIRA, U. Como diagnosticar e tratar disfunção
erétil. Revista Brasileira de Medicina, 2009. Disponível em:
<http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=4197> Acesso em: 23
setembro 2011.
MOURA, L. R.; CERESÉR, K. M. M. Aspectos farmacológicos do citrato de sildenafil no
tratamento da disfunção erétil. Rev. Bras. Med., v. 59, n. 4, p. 265-275, abr. 2002.
NEVES, G.; RATES, S. M. K.; FRAGA, C. A. M.; BARREIRO, E. J. Agentes
dopaminérgicos e o tratamento da disfunção erétil. Química Nova, São Paulo, v. 27, n. 6, p.
949-957, nov. 2004
NUNES, L. V.; DIECKMANN, L. H. J.; LACAZ, F. S.; BRESSAN, R. A.; MARI, J. J.
Estratégia de manejo para a disfunção sexual induzida por antipsicóticos: descrição de um
relato de caso. Rev. Bras. Psiquiatr., v. 30, n. 3, p. 290-301, 2008.
RODRIGUES Jr., O. M.; SARTORI, M.; COSTA M. Disfunção Erétil Secundária: Aceitação
de Tratamento e a Determinação de Etiologia pelo Paciente. Revista Brasileira de
Sexualidade Humana, v. 3, n.2, p. 209-220, jul. 1992.
RODRIGUES, T. M.; SIMÕES, F. A.; CASTILHO, L. N.; FREDERICO, F. A. P.; NETO, W.
A. Como diagnosticar e tratar disfunção erétil. RBM, v. 67, p. 76-86, dez. 2010.
SANTOS, P. R. Disfunção erétil e qualidade de vida em pacientes jovens submetidos à
hemodiálise. J. Bras. Nefrol., v. 30, n. 2, p. 132-136, 2008.
SILVA, A. C.; TOFFOLETTO, O.; LÚCIO, L. A. G.; SANTOS, P. F.; AFIUNE, J. B.;
FILHO, J. M.; TUFIK, S. Repercussão cardiovascular, com e sem álcool, do carbonato de
lodenafila, um novo inibidor da PDE5. Arq. Bras. Cardiol.; v. 94, n. 2, p. 160-167, 2010.
SILVA, C. A. A.; BONFÁ, E.; BORBA, E. F.; BRAGA, A. P.; SOARES, P. M. F.;
MORAES, A. J. P.; SAITO, O.; COCUZZA, M. Saúde reprodutiva em homens com lúpus
eritematoso sistêmico. Rev. Bras. Reumatol., v. 49, n. 3, p. 207-222, 2009.
18
18
Volume 2º. – nº 02 – 2º. semestre 2012
SOUZA, C. A.; CARDOSO, F. L.; SILVEIRA, R. A.; WITTKOPF, P. G. importância do
exercício físico no tratamento da disfunção erétil. Rev. Bras. Cardiol., v. 24, n. 3, p. 180-185,
maio 2011.
STEIN, R.; HOHMANN, C. B. Atividade sexual e coração. Arq. Bras. Cardiol., v. 86, n. 1,
jan. 2006.
WANNMACHER, L. Sildenafil: mais potencial do que potência?. Uso racional de
medicamentos: temas selecionados, Brasília, v. 3, n. 6, maio 2006.
WEINERT, P. L.; PEZZA, L.; PEZZA, H. R. Determinação espectofotométrica de citrato de
sildenafil em formulações farmacêuticas. Química Nova, v. 31, n. 5, p. 1112-1116, 2008.
19
19
Volume 2º. – nº 02 – 2º. semestre 2012
Download