I SIMPÓSIO DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA Local: Centro Universitário São Camilo Data: 17 e 18 de maio de 2013. INIBIDORES DA FOSFODIESTERASE 5: ASPECTOS CLÍNICOS E FARMACOLÓGICOS RELACIONADOS AO RISCO CARDIOVASCULAR COSTA, Laísa C. de O.; MAZAIA, Cristiana L.; COSTA JÚNIOR, Válter L. da Centro Universitário São Camilo Introdução: Fosfodiesterases (PDEs) são um grupo de 11 isoenzimas responsáveis pela hidrólise do monofosfato de guanosina cíclico (GMPc) e monofosfato de adenosina cíclico (AMPc), mensageiros intracelulares responsáveis por mediar respostas a vários hormônios e neurotransmissores. Os monofosfatos cíclicos regulam vários processos fisiológicos importantes incluindo resistência vascular, débito cardíaco, motilidade visceral, resposta imune, inflamação, visão, reprodução, entre outros. Objetivo: Apresentar as características farmacológicas dos I-PDE5 utilizados no tratamento da disfunção erétil no Brasil, bem como comparar os riscos cardiovasculares destes fármacos. Metodologia: A metodologia empregada foi revisão bibliográfica integrativa, retrospectiva a 2013, a partir de livros acadêmicos, artigos científicos, revistas e periódicos nas bases de dados Medline, Pubmed e Scielo. Resultados e Discussão: A PDE5 é encontrada no corpo cavernoso peniano, nas células da musculatura lisa de artérias e veias periféricas, bem como na circulação coronariana, pulmonar e nas plaquetas e células endoteliais dos vasos sanguíneos, sendo a principal enzima responsável pela hidrólise do GMPc e pelo retorno do pênis ao estado flácido. Os inibidores da PDE5 (I-PDE5) prolongam a atividade dos GMPc e assim promovem a manutenção do estado de ereção. Esses fármacos são capazes de causar alterações hemodinâmicas em sítios onde há PDE5, causando grande potencial de interação com o sistema cardiovascular. Pacientes que apresentam disfunção erétil devem passar por avaliação clínica para investigar as causas subjacentes da disfunção e, com isto, escolher qual o tratamento mais indicado. Dentre as possíveis abordagens terapêuticas adotadas ao longo dos anos, a terapia oral com I-PDE5 é a que apresenta maior sucesso terapêutico. Os I-PDE5 comercializados no Brasil são a sildenafila, vardenafila, lodenafila e tadalafila. Tais fármacos apresentam mecanismos de ação semelhantes, diferindo-se principalmente quanto à potência de inibição da enzima e às propriedades farmacocinéticas, como velocidade de absorção, meia-vida plasmática e duração do efeito. Foi possível observar que os I-PDE5 não apresentam grandes riscos cardiovasculares quando utilizados de forma adequada e quando o paciente não apresenta nenhum risco cardiovascular inerente. Conclusão: Os estudos avaliados demonstraram que não houve aumento da incidência de eventos cardíacos e apesar da ação vasodilatadora dos I-PDE-5, quando utilizados em doses terapêuticas, geralmente não causam hipotensão significativa. Porém, vale ressaltar que o acompanhamento médico regular é ideal para se obter bons resultados na farmacoterapia adotada, e o farmacêutico deve orientar a forma ideal de administração para que os efeitos dos I-PDE5 sejam satisfatórios Palavras-chave: Disfunção erétil – quimioterapia. Inibidores da fosfodiesterase – farmacologia. Inibidores da fosfodiesterase – uso terapêutico. Realização