"aspectos geopoliticos do desenvolvimento brasileiro no futuro

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"ASPECTOS GEOPOLITICOS DO DESENVOLVIMENTO BRASILEIRO N O FUTURO -P&ESTRADO GOVERNADOR TASSO JEREISSATI
NA 7" EDIÇAO DO CAFÉ & NEGÓCIOS, SÃO PAULO,
30 DE MAIO D E 2001.
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Apreeentqão Peaeoal
.P . Prezados Senhores e m o r a s ,
Em primeiro lugar, gostaria de agradecer aos organizadores
do Café & Negóciospelo convite para participar deste evento e
trocar impressões sobre os problemas da sociedade brasileira no
m.
r
início deste século
e!discuth um pouco sobre as possíveis
agendas prioritáíias para a reversão das desigualdade$ e da
pobreza e a construção de u m a nação mais justa, próspera,
coesa e competitiva no contexto internacional. Muito mais apta,
portiato, a enfrentar os desafios e aproveitar as opominidades
trazidos por sua inserção em um mundo cada vez mais
1 - UMA AGENDA GEOPOLÍTICA PARA O BRASIL As profundas mudanças estruturais recentes no Brasil
apontam na direção certa:
- do autoritarismo à democracia;
- do protecionismo à competição;
- a liderança no MERCOSUL;
- a solução da crise da dívida externa;
- a manutenção da estabhação econômica
(Plano Real);
-
as reformas de primeira geração:
- liberalização comercial;
- privatização;
- abertura externa ao capital estrangeiro;
- descentralização fiscal;
- previdência social (INSS);
- administração pública;
- os avanços na área de educação.
Todas ar m d m q a s apontam na dmx$o certsi: libemdo as
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' paira Q crescimento sustentado e sustentá.vd.
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O A GEO INFLUI NO MERCADO Apesar dos avanços, persistem grandes desafios:
- o
equiliírio fiscal ainda é frágil e por isso
continua-,sendo um fator limitante para o
crescimento mais rápido da economia;
- a economia brasileira poderia crescer a 7% ao
ano, mas terá de limitar-se a 4 e 5% ao ano nos
próximos anos;
- o equiliírio fiscal é condição necessária para
que o crescimento da economia possa sustentarse durante um período longo (mencionar o
exemplo do Ceará pós 1987);
- entretanto, o equiliírio fiscal não é condição
suficiente para alcançar o crescimento
econômico com justiça social.
3. O MAIOR DESAFIO A ENFRENTAR
Diz respeito ao enfrentamento da pobreza, das desigualdades
e da insegurança que afetam a parte expressiva da população
brasileira.
- Pobreza: concentração no Nordeste rural e nas
periferias dos grandes centros urbanos;
- Desigualdades: entre ricos e pobres e entre
regiões;
- Insegurança: um problema de todos, mas os
pobres são os mais afetados.
O crescimento economico por si só não resolve o
problema da pobreza. Se nada for feito, o Brasil continuará
a ser uma nação desigual e de segunda classe.
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4 - ARTICULAR A AGENDA ECONQMICA COM A
AGENDASOCIAL
É preciso a assumit. compromissos clatos para o combate à
pobreza, i s des'gualdades e A insegurança:
- A educação é o ativo mais importante para que
os pobres possam participar nos h t o s do
crescimedto econômico. A educação deve ser o
carro-chefe da política de desenvolvimerytb;
- O acesso à terra (a exemplo da refomia agrária
solidhrh no Ceará, onde os trabalhadores rurais
tomam todas das decisões);
- O acesso à saúde pública;
- O acesso aos serviços públicos e ao crédito
bancário;
- A melhoria das condições de c'governação" a
nível dos municípios. Um bom governo
municipal faz a grande diferença no tocante às
metas soclals.
5 - NAO EXISTE M I U G R E PARA REDUZIR A
POBREZA A CURTO PRAZO
' Por isso, enquanto houver pobreza, é preciso que haja uma
rede de proteção, com ações de assistência social, para
proteger os mais pobres.
- programas de emergência em caso de crise.
Exemplo: secas, recessões na economia,
desemprego maciço;
- complementação de renda, bolsa-escola;
- projetos comunitários de combate à pobreza
(ex: Projeto São José no Ceará);
- "empoderamento"(e~owemeat)dospobres, para
que eles possam mobilizar sua capacidade
empreendedora (ex: reforma agrária solidária);
- criação
de mais oportunidades de geração de
/
renda para os pobres (ex: projetos intensivos
em trabalho).
6. QUE BARREIRAS A SUPERAR N O CAMPO
GEOPOL~TICO? -,
Quanto ao aprofúndamento das reformas necessárias para o
crescimento sustentável do Pais ainda há muito o que fazer:
- a
questão da previdência
ainda não está
resolvida. O problema maior está no RJU Regime Jurídico Único. As resistências
corporativas precisam ser enfrentadas para que
este problema seja resolvido;
- o problema da previdência dos funcionários
públicos é o problema mais sério a ser
enfrentado pelos governantes nos próximos
anos;
- A reforma tributária precisa sair do papel para
reduzir as distorções que mantêm o "Custo
Brasil" e atravancam o crescimento da
' economia;
-
A reforma do iudiciário precisa ser feita para
que a justiça possa funcionar com mais
aghdade. O acesso à justiça é uma das précondições para a cidadania;
- A reforma trabalhista, para reduzir as distorções
no mercado de trabalho. O problema dos
impostos sobre a folha de salários, que induz ao
trabalho informal e à maior intensidade no uso
do capital.
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BRASIL
CONHECIMENTO
SOCIEDADE
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E PERSPECTIVAS N O ÂMBITO
ECONOMICAS
DAS
RELAÇÕES
INTERNACIONAIS
8
Não basta olhar apenas para os desafios internos, mas buscar
avançar em pé de igualdade com as outras nações do mundo:
- como tirar proveito do processo de globalização
por meio de uma diplomacia comercial ativa e
dinâmica;
- como atingir uma economia integrada e
competitiva;
- como vencer o desafio de aumentar as
exportações brasileiras para alcançar maior
equilíirio nas contas externas e reduzir a
vulnerabilidade do balanço de pagamentos;
- fortalecer-se internamente para reduzir a
vulndabihdade aos choques externos: o
problema da volatilidade dos fluxos financeiros
internacionais.
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9 - A INSERÇÃO DO BRASIL N O MERCADO
GLOBAL E AS TE~~DÊNCIAS
DE SUA POLÍTICA
EXTERNA
Nesse sentido, vejo com cautela o projeto da área de Livre
Comércio das Américas (ALCA), o qual poderá oferecer
oportunidades e ao mesmo tempo grandes riscos para o Brasil,
que é o país mais industrializado da América Latina. Portanto,
entendo que a cautela e o profissionalismo devem presidir as
tratativas de negociação com os EUA com vistas à criação da
ALCA. Antes de mais nada, devemos buscar analisar mais
profundamente os possíveis impactos da área de livre comércio
continental sobre a economia brasileira, tanto do ponto de vista
setorial como regional. Conhecidos os seus efeitos prováveis,
devemos procurar envolver os diversos segmentos da sociedade
na discussão do projeto para se chegar a um consenso sobre a
posição do País. Feito isso, ou ao mesmo tempo, com o
conhecimento de causa e o apoio e legitimidade, devemos
preparar a nossa diplomacia comercial para defender de forma
mais efetiva os interesses nacionais com competência e
habilidade para conseguir ganhos reais sob a forma de redução
de barreiras às nossas exportações e salvaguardar a posição de
setores nacionais estxart6gicos.
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10 - A CRISE ENERGÉTICAE SEUS IMPACTOS
A atual crise energética no Brasil resulta de uma infeliz
deficiência conjuntural -&e chuvas nas regiões Nordeste e
Sudeste e de uma falha no planejamento estratégico da gestão
governamental. Caso não sejam atacados os problemas
estruturais do setor, as conseqüências para o mercado nacional a
curto e médio prazos serão muito negativas, comprometendo o
futuro do País.
O modelo de privatização do setor elétrico adotado produziu
um efeito perverso: as estatais não investiram por fdta de
dinheiro, enquanto que o setor privado nacional e estrangeiro
não investiu por falta de regras claras
relação aos riscos
inerentes aos investimentos.
A economia seguramente será adversamente afetada - resta
saber em que proporções. Para rninimizar os efeitos, as f a d a s
e as empresas acataram a convocação do Governo e já iniciaram
uma operação de guerra para enfrentar o racionamento, em
busca de redução do consumo de energia e de busca de
eficiência como forma de garantir o seu bem-estar e os
compromissos com seus clientes e fornecedores. Porém, temo
dizer que todo esse esforço terá sido em vão se não forem logo
atacados para valer os problemas do setor de energia, que é tão
vital para a vida econômica e o bem-estar do País.
(Mencionar o esforço do Ceará em apoiar o desenvolvimento
na geração de eletricidade a partir de fontes de energia
renováveis como a eólica e a solar).
Para aperfeiçoar as instituições e o processo político, a reforma
política deverá abordk os seguintes tópicos:
- voto distrital misto;
- fidelidade partidária;
- reeleição versus mandato de cinco anos;
- parlamentarismo;
-i
- financiamento de ~ a & ~ a n hpolíticas.
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12 - FECHAMENTO
Esses eram os pontos que eu tinha para falar. Espero que
possamos avançar a discussão durante a fase de debates.
MUITO OBRIGADO
ESTADO DO CEARA
GABINETE DO GOVERNADOR
CERIMONIAL
PALESTRA NO EVENTO CAFÉ & NEG~CIOS
Dia: 30 de maio de 2001 Hora: de 19horas as 21h30min iacal: Hotel Inter Continental
S;ãn&~.11231 São Paulo -
/
18hSOmin
- Chegada do ~0;ernador Tasso Jereissati
19 horas
- Início do Evento
-
os convidados: 180 alunos do c m o de graduqão e pós-graduação
administração de.e m i s a s da Fundação Getúlio Vargas estarão sentados
em mesas redondas no salão de eventos " Di Cavalcanti" onde serão
servidos vinhos e canapés.
-
Serão 3 palestrantes; cada um terá 20 minutos para fazer sua
apresentqão e em seguida estarão abertas as perguntas diretas dos
convidados aos palesbantes.
-
-
-
Governador Tasso Jereissati
Carlos An&6 - presidente da AT&T do Brasil
Rodrigo Vieira - Diretor do Site: Arremate.com (site de leilões)
- moderador: Francis Liu - Vice-presidente da Booz-Allen & Hamilton
2 1h30min
- Encerramento
ESTADO DO CEARÁ
GABINETE DO GOVERNADOR
CERIMONIAL
Temas nara awesenta@o do Governador Tasso Jereissati
Como a gsopolítia ínnui no memado? no âmbito das relaçks in-&s
nam&
globai nos prdkm awp?
Qiialls os dexosi tia fofm8@0 de um bloco economio0 diu Américas (ALCA) para o
M s ? Que mudanças immmrb sobre o Mmoszil? Como isso afetará o mercado?
Crise mzqgktica e seus h*
m h o meircado nacional a curto e mMio prazos
Pobmeiailiddes do Brasil em rnkqib a recursos xmtmais e ~ v o l v i m ~ t o
wvU6sío; Q u i s as barreiras a se s u p m no -r
geqmlítiw? 
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