Nariz e seios paranasais

Propaganda
Diogo Araujo – Med 92
Nariz e seios paranasais: anatomia
Professor Nakanishi
















Os ossos nasais são o local da fratura de nariz.
Existem casos de fratura da cartilagem nasal, mas são raros.
Existem as narinas e as coanas (aberturas posteriores).
Ao menos 2/3 da população têm desvio de septo, mas só é cirúrgico quando há
obstrução nasal.
O septo é formado pelo vômer (posterior e inferior), pela lâmina perpendicular do
etmoide (posterior e superior) e a cartilagem quadrangular (mais anterior).
O teto da cavidade nasal é o seio frontal. As paredes laterais são formadas pelo osso
etmoide e pela órbita.
A parede lateral do nariz é complexa. Existem os cornetos inferior, médio e superior
com os meatos inferior, médio e superior. Todos os seios da face drenam para o meato
médio (exceto o seio esfenoide, que drena para o recesso esfenoetmoidal).
A região do teto do nariz é a sua porção olfatória.
O ducto nasolacrimal drena para o meato inferior.
Existem dois sistemas de irrigação do nariz: anterior (a. etmoidal anterior) e posterior
(a. esfenopalatina e a. etmoidal posterior). A inervação da cavidade nasal se dá pelo
primeiro nervo e pelo trigêmeo.
o Lembrar que as artérias etmoidais são ramos da artéria carótida interna.
o Já a artéria esfenopalatina é ramo da artéria maxilar (que é ramo da artéria
carótida externa).
Existe a área de Little ou de Kisselbach, região de fácil sangramento na narina. Mas o
sangramento dessa região costuma ser autolimitado. Essa é a região de encontro das
artérias que irrigam a parte posterior e anterior da cavidade nasal.
o Quando houver epistaxe (sangramento nasal saindo anteriormente), devemos
abaixar a cabeça e comprimir as narinas para comprimir a área de Kisselbach.
o Contudo, se o sangramento nasal for posterior (gotejamento posterior),
devemos suspeitar de ruptura da artéria etmoidal posterior, que é uma
emergência na otorrinolaringologia!!!
As veias que drenam o nariz vão para o seio cavernoso, que fica na dura-máter.
o Por isso que as infecções nasais podem culminar com acometimento das
meninges.
O seio esfenoide não está na face! Ele fica na região mais póstero-superior da cavidade
nasal.
Os seios paranasais são esfenoidal, maxilar, etmoidal e frontal.
Os seios são estruturas de proteção. Também têm papel imunológico, além de
contribuir para a reverberação da voz e a leveza dos ossos da face.
O teto do seio maxilar é o assoalho da órbita. Já o chão do seio é a estrutura alveolar
dos dentes.
o Logo, os olhos podem cair no seio (fraturas em blow out: o assoalho da órbita
se quebra e o conteúdo cai no seio maxilar).
Diogo Araujo – Med 92









o Infecções de dente podem causar sinusite odontogênica.
Os seios etmoidais ficam no limite medial da órbita e no assoalho do crânio.
O seio frontal é um funil que drena para o meato médio.
O seio esfenoide tem formato de borboleta. Ele fica na base do crânio e serve de porta
de acesso à hipófise.
Produzimos de 1 litro a 1,5 litro por dia de secreção nasal.
A síndrome de Kartagener (ou discinesia ciliar primária ou doença dos cílios imóveis) é
uma condição congênita em que há redução da motilidade ciliar. Isso propicia que o
paciente tenha quadros de otite, sinusite, rinite, bronquite e/ou pneumonias de
repetição. A bronquiectasia, portanto, pode vir como uma consequência crônica
dessas infecções. A síndrome é caracterizada por três elementos:
o Dextrocardia (ou situs inversus);
o Baixa de motilidade ciliar;
o Bronquiectasia.
A redução da drenagem de conteúdo mucoso do seio causa infecção (sinusite).
A semiologia nasal conta com a visualização somente da narina anterior. A visualização
da parte posterior é feita com óptica (rinoscopia; é mais reservado aos
otorrinolaringologistas).
O NC V (trigêmeo) passa bem perto do seio esfenoidal. Então, sinusite nesse seio pode
causar hipoestesia na face.
Por vezes, podem se formar comunicações (fístulas) entre o espaço subacnóideo (com
líquor) e os seios da face (geralmente, as fístulas liquóricas são para o seio etmoidal).
Nesses casos, há gotejamento anterior de líquido transparente (“água de rocha”), que
pode ser unilateral. É preciso intervir para fechar a fístula antes que haja migração
bacteriana e meningite.
Download